domingo, 22 de junho de 2025

.: Crítica musical: Francis Hime traz músicas inéditas em ótima companhia


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.

Já está nas plataformas de streaming o novo álbum de Francis Hime, “Não Navego pra Chegar”. O projeto reúne apenas canções inéditas, além de convidados especiais, entre parceiros, intérpretes e músicos. Com 60 anos de carreira, Francis completou 85 de vida durante a gravação do álbum (em 31 de agosto de 2024), uma comemoração cercada de colaboradores dos quais o compositor é fã inconteste. Segundo ele, a linha musical deste disco remete a outros trabalhos seus, como o "Essas Parcerias", de 1984, e aos volumes 1 e 2 do "Álbum Musical". Nesse atual, ele trabalhou somente com músicas inéditas.

A parceria musical na melodia foi uma experiência nova e estimulante para Francis Hime. A partir da ideia inicial do parceiro compositor, ele seguiu compondo a sequência. Foi dessa forma que ele trabalhou com Ivan Lins na faixa “Imaginada”, com Maurício Carrilho na faixa título “Não Navego prá Chegar”, e com Zé Renato em “Imensidão”. Todas essas três contam com letras compostas por Olivia Hime.

Vale destacar os instrumentistas excepcionais que participam do projeto, como Paulo Aragão, Jorge Helder, Diego Zangado, Ricardo Silveira, Luciana Rabello, Maurício Carrilho, Kiko Horta, Marcus Thadeu, Aquiles, Dirceu Leite, Hugo Pilger e Cristiano Alves. Outros convidados surgem em duetos no álbum, reforçando o caráter coletivo de “Não Navego pra Chegar”. Simone, por exemplo, canta o ‘Samba pra Martinho’, enquanto Mônica Salmaso canta ‘Não Navego pra Chegar’, fazendo dela um choro-canção. Leila Pinheiro interpreta  a salsa "Tomara que Caia"(Francis Hime e Moraes Moreira). Dori Caymmi empresta sua voz na faixa ‘Um rio’.

Desnecessário dizer que o resultado ficou acima da média. A verdade é que Francis Hime está totalmente a vontade, seja compondo, seja interpretando as canções com os convidados. A audição desse álbum é puro deleite para quem curte a nossa autêntica MPB.

 "Imaginada" (com Ivan Lins)

"Samba pro Martinho" (com Simone)

"Não Navego Pra Chegar" (com Monica Salmaso)

.: Canta, dança e vinga: a fúria pop de Barbit em "Barbitch"


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: Fabio Audi

Ela nasceu na internet, brilhou no "Corrida das Blogueiras" e agora deixa sua marca definitiva nos fones de ouvido e pistas de dança do Brasil. Com o lançamento do EP "Barbitch", Barbit se reinventa - ou melhor, se reencontra - como uma artista completa: feroz, pop, politizada e inegavelmente performática. "Eu não escondo a política: eu faço ela dançar", afirma.

 Misturando funk, eletrônico e pop com letras afiadas, beats provocantes e uma estética de dar inveja, a influenciadora e cantora estreia oficialmente na música ao lado de uma constelação de estrelas trans, provando que representatividade e talento caminham juntos. 

Mais do que um projeto musical, "Barbitch" é um manifesto travesti que transforma vivências de dor e exclusão em afirmação e vingança dançante. Nesta entrevista exclusiva para o Resenhando.com, Barbit fala sobre fetiche, política, deboche, parcerias e o som que grita liberdade. "Quem olha vê mil reflexos distorcidos, e em todos eu tô linda", conclui. Prepare-se: a coleira agora está nas mãos dela - e a guia também!


Você batizou o EP como "Barbitch". Qual foi a primeira vez que te chamaram de “bitch” e você entendeu que isso podia ser poder - e não insulto?
Barbit - Foi um amigo meu que me chamou de "Barbitch" pela primeira vez, quando eu ainda era só a Bárbara. E eu amei - tinha tudo a ver comigo! Comecei minha vida na internet com esse nome, me sentindo poderosa, debochada, afiada. Depois, quando percebi que queria ganhar dinheiro com publis e me profissionalizar, comecei a me podar para ser bem vista pelas marcas. Aí o “Barbitch” virou “Barbit”, mas o fonema ficou. E agora, com esse EP, eu me reencontro com essa versão sem filtro - a que sempre existiu, mas que agora tá de volta sem pedir licença.


O Brasil é um país onde ser travesti ainda é resistência por existir. Como foi transformar essa dor em pista de dança sem diluir sua força política?
Barbit - A pista de dança sempre foi nosso campo de batalha. Se eu tô rebolando, não é só prazer - é vingança. Cada batida é um chute no sistema. A dor tá lá, mas eu transformo em corpo quente, em beat acelerado, em letra que provoca. Eu não escondo a política: eu faço ela dançar.


Você já performou no YouTube, no Instagram e agora no Spotify. Qual a diferença entre viralizar um meme e eternizar uma faixa?
Barbit - É muito mais fácil ter um vídeo viral do que uma música viral. Eu ainda tô caminhando pra que meu hit aconteça na música - e tô sem pressa, porque é só o começo. Metade das minhas amigas tem cinco, seis, sete anos de carreira e só agora começaram a ter um pouco de relevância. Eu tô feliz com o que consegui criar nesses oito meses desde o meu primeiro lançamento. Tá tudo no tempo certo.


Em "Cachorra", você assume a coleira e a morde ao mesmo tempo. Como foi o processo de construir uma persona sonora que encara o fetiche sem se submeter a ele?
Barbit - “Cachorra” não é submissa - ela é perigosa. Eu me inspiro no fetiche, mas quem dita as regras sou eu. A coleira só entra no pescoço se for de diamante, e quem segura a guia sou eu mesma. A música brinca com o desejo, mas sempre com a dominância de quem já entendeu que fetiche também é poder.


Seu som mistura pop, funk e eletrônico - três gêneros que nasceram marginalizados. Qual foi o desafio de fazer tudo isso soar coeso sem cair no pastiche?
Barbit - Foi ouvir muito, estudar e sentir no corpo. Cada beat tem sua alma, sua história. Não é sobre colar referências, é sobre costurar vivências. O desafio foi respeitar a raiz de cada som e ainda dar meu toque travesti glam, que é sempre exagerado, mas nunca raso.


Muita gente acha que o “deboche” na arte LGBTQIAP+ é só escudo. No seu caso, ele é mais armadura, espada ou espelho?
Barbit - Espelho quebrado. Porque quem olha vê mil reflexos distorcidos, e em todos eu tô linda. O deboche é minha forma de sobreviver e de revidar. Às vezes é armadura, às vezes é veneno, mas sempre tem intenção. Deboche é minha estética, meu idioma e meu veneno.


Você escolheu trabalhar com artistas trans em quase todas as faixas. Foi uma decisão estética, política, afetiva - ou as três misturadas no mesmo batidão?
Barbit - As três. Eu quero minha tribo brilhando comigo. Quando uma travesti sobe comigo no palco ou no som, o mundo treme. É político porque incomoda, é estético porque somos belíssimas, e é afetivo porque ninguém entende a gente como a gente mesma.


No palco, você entrega performance. No estúdio, entrega conceito. Qual foi a faixa mais difícil de parir - e qual foi a que nasceu gritando?
Barbit - “Perigo” foi a mais difícil. Tinha raiva demais, sensualidade demais, precisava do equilíbrio certo. Já “Dale” nasceu gritando em espanhol, em português, rebolando e suando - Mia Badgyal entrou no estúdio e a faixa simplesmente aconteceu. Foi possessão sonora.


Se o "Barbitch" fosse uma criatura mitológica, com que cabeça, corpo e rabo ele viria ao mundo?
Barbit - 
Cabeça de górgona, que transforma machinho em pedra com um olhar. Corpo de sereia, escorregadio, perigoso e hipnotizante. Rabo de escorpião cravejado de strass, que dá o bote com veneno doce. Uma criatura que canta, dança e vinga.


Você está abrindo caminho numa cena que ainda engatinha na inclusão trans. O que falta para o pop brasileiro sair do armário de verdade?
Barbit - Falta coragem de olhar além do que já foi aprovado por gente cis. Falta parar de tratar artista trans como cota, e começar a ouvir como revolução estética e sonora. E falta palco, falta investimento, falta respeito. Mas o que não falta é talento. A gente já chegou. O pop brasileiro que lute!

.: Camila Anllelini apresenta livro de crônicas sobre relação entre mãe e filha


Radicada no Rio há cerca de 20 anos, psicanalista leva obra “De Amor e Outros Ódios, também finalista no Prêmio Minuano de Literatura 2024, para a Bienal nos dias 15 e 21 de junho

O primeiro elo de uma pessoa é com a mãe. Pela literalidade do cordão umbilical, passando pela conexão da amamentação, a relação simbiótica de construção de si física e psicologicamente nunca passa incólume à figura materna. Em “De Amor e Outros Ódios”, publicado pela editora Patuá, Camila Anllelini apresenta uma personagem recorte de suas próprias experiências em uma série de crônicas e cartas à mãe.

O livro, que foi semifinalista no Prêmio Jabuti 2024, na categoria de crônicas e também finalista no Prêmio Minuano de Literatura 2024 na categoria narrativas curtas, vem do desejo da autora de que as pessoas possam fazer as pazes com suas contradições. “Cada leitor ou leitora que me procura para dizer que encontrou nas páginas desse livro algo da sua singularidade me faz acreditar um pouco mais nesse trabalho”, explica.

Escritora e psicanalista, Camila relata a dificuldade de definir um estilo para seu livro. “Tenho como fio condutor a poesia.” A construção de uma linguagem poética que perpassa toda sua escrita, independente do gênero textual. Para a autora, "este livro representa uma dose de coragem na qual antes dele me parecia selvagem e depois dele passou a ser bonita.”


A contradição no amor de mãe e filha
Sigmund Freud reconhece a relação primitiva entre uma menina e a mãe como uma fase fundamental permeada por uma combinação de sentimentos como amor e ódio. Camila Anllelini traduz essa ambivalência em “De Amor e Outros Ódios” com uma personagem que está emaranhada na figura materna no que ama, mas também no que repele e rejeita dessa mãe.

Com uma narrativa em primeira pessoa, as personagens não têm nomes, mas as personalidades bem marcadas. A mãe é uma sobrevivente de um acidente que quase a matou e também por isso valoriza a vida de forma muito vibrante. Uma “mulher ao revés”, como explica a filha. Esta que se define de forma quase sempre contrária, como alguém que precisa conferir ordem ao mundo, para compensar o espírito livre da mãe.

Há um olhar de preocupação e às vezes quase de rancor por essa mãe tão “diferente”, mas também uma admiração genuína por parte da filha que também costuma esquecer sua própria rigidez para se deslumbrar com a forma bonita que a mãe escolhe existir. Como se os papeis pudessem se inverter, a filha encontra nessa mãe a criança, que ela muitas vezes reprimiu em si mesma em um movimento de compensar na família as funções de cada um. Compre o livro "De Amor e Outros Ódios", de Camila Anllelini, neste link.


Literatura com uma dose de psicanálise
Camila Anllelini sempre nutriu uma admiração por cronistas. Desde menina alimentava a imaginação com a ideia de autores com estante que cobriam paredes, como nos filmes, que demandam uma escada para acessar livros que chegam até o teto. Sonhava em assinar uma coluna de jornal enquanto admirava o trabalho de autores de Martha Medeiros a Luis Fernando Veríssimo, assim como a descoberta dos que vieram antes como Clarice Lispector, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. “Admiro o trabalho de costura para alcançar a concisão necessária às narrativas curtas, não há tempo para rodeios em uma crônica.”

Natural de Pelotas, Rio Grande do Sul, Camila Anllelini apresenta em “De Amor e Outros Ódios” um emaranhado da complexidade com a relação materna, a partir da franqueza transparente de uma psicanalista. Radicada no Rio de Janeiro desde os 15 anos, a autora de 35 anos passou por diversas áreas incluindo administração, moda e dança, antes de se encontrar na psicanálise. Com mestrado em Resolução de Conflitos e Mediação pela Faculdade de Psicologia da Universidad Europea del Atlántico, da Espanha, posteriormente seguiu sua formação junto ao Corpo Freudiano Escola de Psicanálise e no fim de 2024 concluiu uma pós graduação em Psicanálise, Arte e Literatura pelo Instituto ESPE. Atualmente é associada ao Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro.

“De Amor e Outros Ódios” é o primeiro livro dela publicado, após algumas experiências de publicações com coletivos virtuais. Foi a partir do momento que decidiu fazer da escrita um ofício que ela iniciou as publicações autônomas. A autora aponta que esse processo ajudou a entender a necessidade de distanciar do texto para publicá-lo. “Quando estamos muito enroscados nele não conseguimos entregá-lo a outros olhares.” Camila acredita que é importante se destituir parcialmente do narcisismo para escrever, porque não se pode prever o que acontecerá com o escrito após se tornar público. “Um texto publicado passa a ser de quem o lê.”

Na sua escrita, a leitura de outras mulheres é inspiradora para o seu fazer artístico. Camila tem um apreço por ler autoras vivas e valoriza o trabalho de autoras como Socorro Acioli, Carla Madeira, Aline Bei, Liana Ferraz e Mariana Salomão Carrara. Mas valoriza também aquelas que abriram as páginas dos livros como possibilidade para mulheres como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst, Adélia Prado e Lúcia Berlin. A autora também reforça a importância de outras linguagens artísticas no seu processo de inspiração. Nas esculturas de Maria Martins, assim como nas obras de Lygia Pape, Adriana Varejão e Claudia Andujar. “Há a música, o cinema, o teatro. Há a vida acontecendo pelas ruas. Todas as formas de linguagem são influências em mim e para mim.”

O processo de escrita de Camila se divide em dois momentos principais: a escrita sem compromisso com forma e estilo, a partir de uma centelha criativa que pode vir de suas leituras, de uma frase, de uma palavra. Após esse despertar do texto, a autora precisa deixá-lo descansar por um tempo. É depois disso que começa o trabalho realmente braçal, com as metas de edição. “Acredito que um texto deve ser reescrito e editado quantas vezes forem necessárias até chegar na forma intencionalmente desejada.”

Em “De Amor e Outros Ódios”, esse processo foi longo, levando quase três anos. A autora conta que precisou esperar a própria ebulição da história, até o ponto que fosse impossível guardá-la unicamente para si mesma. “Mesmo quando eu não estava sentada escrevendo, essa história estava sendo escrita em mim.” Atualmente está trabalhando em dois projetos, provavelmente o primeiro a ser desenvolvido será um romance, mas ainda sem previsão de publicação. Compre o livro "De Amor e Outros Ódios", de Camila Anllelini, neste link.

.: "Dias Perfeitos", série adaptada do livro de Raphael Montes, anunciada na Bienal


Na imagem, Jaffar Bambirra, Julia Dalavia, Joana Jabace, Claudia Jouvin e Raphael Montes. Foto: Globo / Manoella Mello


Os fãs das obras de Raphael Montes e de séries de thriller psicológico podem aguardar por uma nova estreia eletrizante. Direto da Bienal do Livro 2025, na noite deste sábado, dia 21 de junho, o Globoplay anunciou a data de lançamento da série Original "Dias Perfeitos", uma adaptação de Claudia Jouvin do livro homônimo best-seller de Raphael Montes que tem direção geral de Joana Jabace: 14 de agosto. Os criadores se reuniram com os protagonistas Julia Dalavia e Jaffar Bambirra para comentarem sobre o processo de adaptação do thriller literário para a nova série do serviço de streaming e apresentaram um trailer inédito.

Diante de um público caloroso, a redatora final falou que mergulhou no universo do autor para a adaptação. “O tempo todo eu escrevi a série pensando nos fãs do Raphael. Tem lugares e objetos icônicos que não podem faltar e tem coisas novas que complementam. Nós expandimos dentro da própria história. Eu mapeei as grandes viradas, as grandes cenas e construí em cima disso. Falo que é como uma faixa extra de um disco”, pontuou. Ela também revelou alguns easter eggs para quem conhece as demais criações de Raphael Montes: “Fizemos uma lista com nomes de todos os personagens dos livros dele e usei ao longo da série. Tem Cyrille, Miguel, Dante...”

 Raphael Montes comemorou a forma como a obra foi transportada para o audiovisual e trouxe novos elementos: “Acho que é interessante que as histórias sejam complementares e não idênticas. Isso mantém a essência e permite uma outra experiência. Eu gosto muito como os personagens paralelos cresceram”. Já a diretora Joana Jabace falou sobre como construiu a atmosfera da obra. “O que mais me chamou atenção no roteiro é a subjetividade dos personagens. O roteiro tem muitos ganchos, assim como no livro, e optamos por fazer uma imagem, uma cinematografia e uma trilha mais pop e jovem. O último episódio é faixa extra do livro”, adiantou. 

 Julia Dalavia falou sobre a importância do anúncio da série na Bienal do Livro. “É uma honra estar na Bienal falando sobre essa série que vem de um livro de um autor brasileiro, exaltando nossa literatura. Estou muito feliz com essa conexão da literatura com o audiovisual”, pontuou. Jaffar Bambirra fez coro com a colega de cena e falou sobre a memória afetiva que tem com a feira. “Lembro de vir criança na Bienal e é muito bacana ver a feira tão cheia. Apresentar nossa série, derivada de um livro do Raphael que é um sucesso nacional, é um imenso prazer. Fico feliz que um evento cultural como esse movimente tanto a cultura”, finalizou.

 A obra tem produção da Anonymous Content BR e apresenta a história da aspirante a roteirista Clarice (Julia Dalavia) e do estudante de medicina Téo (Jaffar Bambirra). Téo se encanta por Clarice após conhecê-la por acaso e, diante das negativas da jovem, decide sequestrá-la acreditando que, com o tempo, ela irá correspondê-lo. Enquanto mantém Clarice distante de todos, Téo a leva para uma viagem horripilante pelas belas paisagens do Rio de Janeiro. O elenco também conta com Débora Bloch e Fabíula Nascimento, como as respectivas mães de Téo e Clarice, e outros nomes como Elzio Vieira, Juliana Gerais, Clarissa Pinheiro, Lee Taylor, Teca Pinheiro, Felipe Camargo, Giovanni Venturini, Heloísa Honein e Joana Castro. Junto a Claudia, Dennison Ramalho e Yuri Costa assinam os roteiros. Compre o livro "Dias Perfeitos", de Raphael Montes, neste link.

.: Vilãs dos contos de fadas ganham versão cristã e prometem surpreender

Quatro contos cristãos reimaginam anti-heroínas dos contos de fadas clássicos e as coloca como protagonistas de suas próprias jornadas de redenção e fé


E se as famosas vilãs dos clássicos contos de fadas fossem adolescentes repletas de problemas da vida real? É nesse cenário que as autoras do best-seller "Corajosas", Arlene Diniz, Queren Ane, Thaís Oliveira e Maria A. Martin, apresentam a nova ficção cristã "Redimidas: os Contos das Princesas Vilãs Desencantadas". As escritoras se unem para dar voz a quatro personagens que não são verdadeiramente más, porém se perderam em meio ao caos e desejam encontrar na fé uma forma para recomeçar a vida.

Cada história é inspirada nas icônicas Rainha de Copas ("Alice no País das Maravilhas"), Úrsula ("A Pequena Sereia"), Rainha Má ("Branca de Neve") e Bruxa Má do Oeste ("O Mágico de Oz"). Porém, neste lançamento da Mundo Cristão, em vez de espelhos mágicos, poções e maçãs envenenadas, as antagonistas vivem dilemas contemporâneos comuns da juventude, como: bullying, abandono, crises de identidade, vaidade, competitividade, traumas emocionais, orgulho e carência afetiva.

Os contos "A Cartada Final", "O Tesouro Mais Precioso", "Sapatilhas de Vidro" e "Oceano de Graça", são protagonizados por adolescentes que, mesmo diante dos próprios erros, arrogância ou mágoas, são profundamente humanas e buscam por redenção em Cristo. A virada acontece quando as meninas se deparam com a Graça de Deus: um tipo de amor que confronta, perdoa e transforma cada alma. Por meio das aventuras e desventuras dessas jovens, Arlene, Thaís, Queren e Maria transmitem princípios bíblicos e mostram que Deus é o roteirista de cada narrativa, ainda que o dia a dia não seja um verdadeiro conto de fadas.

"Redimidas" é um convite aos jovens leitores para reconhecer e lidar com os erros, além de refletir que mesmo aquelas consideradas “vilãs” têm potencial para viver uma transformação profunda. Afinal, a mensagem é clara: todos aqueles que carregam sombras e medos são alvos da redenção. Este é um lembrete de que não importa qual tenha sido o papel que cada um assumiu na história até hoje. Compre o livro "Redimidas: os Contos das Princesas Vilãs Desencantadas" neste link.


Sobre as autoras
Thaís Oliveira e Maria A. Martin, Arlene Diniz e Queren Ane são escritoras apaixonadas por literatura cristã juvenil. Em 2018, decidiram unir seus dons e experiências para criar histórias que tocassem o coração de adolescentes de forma leve, profunda e cheia de propósito. Assim nasceu "Corajosas", livro best-seller de ficção cristã pela Mundo Cristão que marcou o início dessa parceria literária. Agora, em "Redimidas", elas voltam a se reunir para mostrar que até as vilãs podem encontrar um novo começo. Compre o livro "Redimidas: os Contos das Princesas Vilãs Desencantadas" neste link.

sábado, 21 de junho de 2025

.: Luana Xavier lê Djamila Ribeiro na série "A(u)tores" e entrega importância


Antes de frequentar os aniversários badalados da escritora Djamila Ribeiro, Luana Xavier já via a escritora como uma das maiores autoras da sua geração. Por isso, pode-se imaginar sua emoção ao ler trechos do livro de Djamila no programa "A(u)tores", do Canal Futura. O programa conta com artistas da televisão, do teatro e da música vivenciando experiências por meio da leitura de grandes autores da literatura mundial. Para Luana, ler uma autora tão emblemática foi uma grande honra.

 “Além da visibilidade nacional, a Djamila vem ganhando notoriedade em muitos outros países. Então, fiquei lisonjeada por ser escolhida para ler a obra dela, que é tão importante na atualidade”, afirma a artista. Ela ainda entrega um dos livros da escritora, que se tornou o seu xodó de cabeceira: “'Cartas Para Minha Avó'. Acredito que esse meu apreço esteja ligado ao fato de minha avó ser também uma grande referência para mim no entendimento sobre o feminino, sobre negritude e sobre o poder da fé e das ervas”.

Outro livro de Djamila que também ocupa um lugar especial no coração de Luana é "Pequeno Manual Antirracista", tanto que o material inspirou um monólogo da atriz e apresentadora no teatro e lhe rendeu muitos elogios. “Sem dúvidas, essa obra é um divisor de águas na minha vida. Primeiro por ser o meu primeiro monólogo, e segundo, porque se tornou uma das principais referências para quem quer se aproximar do debate sobre antirracismo. Eu costumo dizer que é o prólogo para todos aqueles que querem se tornar aliados na luta antirracista no Brasil. Justamente por isso, muitas pessoas se interessam em assistir à peça para verem de forma mais palpável o que o livro traz como ferramenta”.

Voz ativa na luta contra o racismo, Luana defende que, para se tornar um aliado na causa, é necessário ter embasamento teórico. Por isso, as obras de Djamila são tão necessárias. “O racismo tem muitas facetas, ele se metamorfoseia constantemente, o que exige da sociedade um aprendizado constante. Pessoas não negras necessitam se cercar de informações para se aliarem a nossa luta e pessoas negras também precisam do conhecimento para se defenderem em situações cotidianas. Portanto, o didatismo de Djamila é absolutamente necessário para o avanço da discussão de pautas identitárias. Sorte a nossa, povo brasileiro, ter Djamila como uma de nossas vozes mais brilhantes”Compre os livros de Djamila Ribeiro neste link.


Programa com novo formato 
A grande novidade da produção "A(u)tores", do canal Futura, é o seu formato inédito, que apresenta leituras de obras consagradas, de autores contemporâneos ou do passado, feitas por artistas renomados ou coletivos culturais relevantes para o público do canal. Ao todo, serão 13 episódios de 30 minutos de duração. 

Nesta temporada, com a ampliação do tempo de exibição da série - que antes era de cinco minutos - Thiago Sacramento, diretor e roteirista do programa ao lado de Marcio Vianna, ambos da Guaraná Conteúdo, buscam ampliar o contato dos expectadores com a leitura de obras a partir de autores que marcaram a literatura nacional e internacional. Outra novidade é a presença da Fabiana de Pinho, doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade. Ela traz um olhar acadêmico sobre cada autor, com depoimentos em todos os episódios.  

“Esperamos que o público seja capturado pela beleza, atemporalidade e magnitude de obras escritas por Machado de Assis, Lima Barreto, Clarice Lispector, Carolina Maria de Jesus, Caio Fernando Abreu, Shakespeare, entre outros, e que se permita tanto o prazer de revisitá-las quanto de conhecê-las. E, principalmente, que a série desperte no espectador o enorme prazer que é estar diante de um livro aberto, que certamente é uma das maiores janelas para o mundo”, afirma Thiago.  

Marcio complementa: “A série nasceu para mostrar como a leitura pode nos transportar para diferentes universos, das aventuras eletrizantes até as mais tocantes reflexões sobre a vida. A atração sempre contou com o carisma e o talento de artistas para apresentar os textos, tornando o convite ainda mais irresistível para o público. Nessa temporada, com episódios maiores e uma curadoria de autores consagrados, conseguimos mergulhar mais fundo nessa jornada. Com mais profundidade nessa conversa entre o público e os convidados que protagonizam os episódios, numa troca cheia de afeto sobre o prazer de conhecer cada livro, poema ou letra de música declamada”.  

No programa, o público poderá embarcar nas obras de Clarice Lispector, Machado de Assis, Carolina Maria de Jesus, Literatura Indígena, Lima Barreto, Fernando Sabino, Mário de Andrade, Cazuza, Djamila Ribeiro, Shakespeare, Caio Fernando de Abreu, Conceição Evaristo e Solano Trindade. A ideia é, junto com eles, despertar conexões e emoções a partir das histórias apresentadas.  

Para Mariana Seivalos, supervisora do Canal Futura, essa nova roupagem do A(u)tores mostrará que diferentes linguagens artísticas podem conversar com a literatura. “Ver artistas que admiramos mergulhando nas obras de seus escritores favoritos é uma experiência poderosa. Revela conexões profundas entre diferentes linguagens artísticas e mostra como a literatura continua a inspirar, provocar e transformar. Estamos muito orgulhosos de lançar a quarta temporada deste projeto — agora com episódios mais longos — e de trazer para a tela autores fundamentais como Lima Barreto, Carolina Maria de Jesus, Mário de Andrade, Machado de Assis, entre tantos outros que moldaram a literatura brasileira.”

Os episódios desta temporada trazem Beth Goulart, Martinho da Vila, Maria Gal, Zahy Tentehar, Luis Miranda, Verônica Sabino, Hugo Germano, Emílio Dantas, Luana Xavier, Grupo Galpão, Cia Luna Lunera, Complexo Negra Palavra, Tatiana Tiburcio, Damiana Inês e Luciana Lopes. 

 
Programação 
Estreia aconteceu em 25 de abril, às 22h30 

Horários alternativos: 
Sábado, às 12h00; Domingo, às 21h00; Segunda, às 2h15; Terça, às 15h30;  Quarta, à 1h00; Quinta, às 10h30 

25 de abril - Clarice Lispector por Beth Goulart: interpretou Clarice Lispector nos palcos e compartilha sua jornada 

2 de maio - Machado de Assis por Martinho da Vila: debutou no samba-enredo com uma canção sobre Machado de Assis e segue admirando sua obra 

9 de maio - Carolina Maria de Jesus por Maria Gal: interpretou Carolina Maria de Jesus no teatro, encantada pelos textos e atitudes ousadas da escritora 

16 de maio - Literatura Indígena por Zahy Tentehar: destacou a importância de Ailton Krenak na Academia de Letras e sua conexão com as palavras 

23 de maio - Lima Barreto por Luis Miranda: interpretou Lima Barreto no cinema e, desde então, admira sua obra 

30 de maio - Fernando Sabino por Verônica Sabino: filha do escritor e cronista, deu um depoimento íntimo sobre sua relação com a Literatura e sobre a obra do seu pai 

6 de junho - Mário de Andrade por Hugo Germano: falou sobre sua adaptação de "Macunaíma" no teatro e a obra de Mário de Andrade. 

13 de junho - Cazuza por Emílio Dantas: interpretou Cazuza em espetáculo musical, compartilha seu processo, valorização das letras e poesias das canções do artista  

20 de junho - Djamila Ribeiro por Luana Xavier: brilhou no teatro com o monólogo adaptado do livro de Djamila Ribeiro, convida-nos a conhecer mais sobre a escritora. 

27 de junho - Shakespeare por Grupo Galpão: único grupo brasileiro a se apresentar no Globe Theatre, compartilha sua versão inovadora do clássico "Romeu e Julieta" 

4 de julho - Caio Fernando de Abreu por Cia Luna Lunera: companhia encenou texto baseado em um conto de Caio Fernando Abreu, celebra a escrita do autor e sua relação com o cotidiano 

11 de julho - Conceição Evaristo por Tatiana Tiburcio, Damiana Inês e Luciana Lopes: texto de Conceição Evaristo foi o ponto de partida do espetáculo Ponciá 

18 de julho - Solano Trindade por Complexo Negra Palavra: coletivo artístico homenageia o poeta Solano Trindade

.: MAM São Paulo reinventa seu jardim em exposição no Sesc Vila Mariana


Mostra Jardim do MAM no Sesc traz 21 obras de 19 artistas e propõe uma reflexão sobre a relação entre arte, espaço urbano e público. Na imagem, Felicia Leiner, Escultura, 1973. Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foto: Ding Musa


Até 31 de agosto de 2025, o Sesc Vila Mariana recebe a exposição inédita "Jardim do MAM no Sesc", uma correalização do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Sesc São Paulo. A mostra tem curadoria de Cauê Alves e Gabriela Gotoda e reencena na entrada do Sesc Vila Mariana elementos do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo. Nela, o público pode apreciar obras da coleção do MAM, entre esculturas icônicas de Alfredo Ceschiatti, Amilcar de Castro e Emanoel Araújo, e trabalhos que exploram críticas sociais, como as obras de Regina Silveira, Luiz 83 e Marepe.

Para a presidente do MAM, Elizabeth Machado, a parceria com o Sesc reforça o compromisso do museu em ampliar o acesso à arte: “O acervo do MAM é um patrimônio vivo, e essa exposição no Sesc Vila Mariana permite que um público ainda mais amplo entre em contato com obras fundamentais da nossa história, promovendo o encontro e a reflexão sobre a arte brasileira. O Sesc é um parceiro longevo do MAM, e essa colaboração reafirma nossa missão conjunta de ampliar o acesso à cultura.”

Os artistas participantes da mostra são Alfredo Ceschiatti, Amílcar de Castro, Bruno Giorgi, Eliane Prolik, Emanoel Araujo, Felicia Leirner, Haroldo Barroso, Hisao Ohara, Ivens Machado, Luiz83, Marepe, Mari Yoshimoto, Márcia Pastore, Mário Agostinelli, Nicolas Vlavianos, Regina Silveira, Roberto Moriconi, Rubens Mano e Ottone Zorlino.
 
A seleção de obras inclui peças que já integraram o Jardim do MAM, além de trabalhos do acervo do museu que dialogam com temas como natureza, cidade e materialidade. A montagem no Sesc Vila Mariana recria a dinâmica do Jardim de Esculturas, utilizando elementos cenográficos que evocam a topografia sinuosa do Parque Ibirapuera projetada pelo escritório do emblemático arquiteto paisagista Burle Marx, estimulando novas interações entre corpo, espaço e arte.
 
Inaugurado em 1993, o Jardim de Esculturas do MAM marca uma iniciativa que reavivou a coleção do museu em um espaço próprio, gratuito e de grande circulação de pessoas. “Ao propor uma espécie de reencenação do Jardim do MAM na Praça Externa do Sesc Vila Mariana buscamos elaborar a ideia de que, assim como o espaço do jardim no Parque Ibirapuera, o espaço do Sesc funciona como um centro de encontros urbanos”, diz Cauê Alves. “A exposição inclui obras da coleção do MAM que se relacionam, por diferentes vias, com a natureza, o corpo, a cidade, a materialidade, e com linguagens que expressam algumas das tensões inescapáveis à sociedade”, completa o curador.
 
A proposta da exposição do Jardim do MAM no Sesc Vila Mariana é estimular essa relação entre corpos, obras e espaço, transformando a Praça Externa da unidade em um território de circulação, experimentação e descoberta. Sem a pretensão de emular o paisagismo do parque, a cenografia do projeto recria as curvas e volumes que marcam o jardim original, propondo um ritmo espacial entre as esculturas. Para Gabriela Gotoda, curadora da exposição ao lado de Cauê Alves: “Se o princípio mais original e autêntico da arte moderna é de que ela se aproxima da vida, um museu que se dedica a colecioná-la e atualizá-la no seu tempo presente deve continuamente se esforçar para oferecer aos públicos possibilidades de fruição que não os distanciam das suas realidades, e sim vão de encontro a elas.”
 

Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de cinco mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas. 

O MAM têm uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

 O MAM está temporariamente fora de sua sede no Ibirapuera desde agosto de 2024 devido à reforma da marquise, realizada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, e o retorno do museu ao Parque está previsto para o segundo semestre de 2025. A programação de exposições do primeiro semestre está sendo apresentada em instituições parceiras como o Centro Cultural Fiesp e o Sesc São Paulo. Acompanhe as atividades do MAM através do site (www.mam.org.br) e pelas redes sociais (@mamsaopaulo).


Serviço:
Exposição "Jardim do MAM no Sesc"
Local: Sesc Vila Mariana
Curadoria: Cauê Alves e Gabriela Gotoda
Período expositivo: até 31 de agosto de 2025
Endereço: R. Pelotas, 141 - Vila Mariana, São Paulo - SP
Entrada: gratuita

sexta-feira, 20 de junho de 2025

.: Fotógrafo Ricardo Martins lança livro e série sobre o povo Yanomami no MIS


Evento acontece no dia 26 de junho e contará com exibição de um episódio da série, bate-papo com o autor

Retratar com sensibilidade e profundidade um dos últimos povos indígenas da Amazônia, os Yanomami. Este foi o objetivo do fotógrafo e documentarista Ricardo Martins, ao registrar o cotidiano de um dos maiores povos indígenas do Brasil. Por isso, no dia 26 de junho, ele lançará seu 15º livro de fotografia, intitulado “Os Últimos Filhos da Floresta”, e sua 5ª série documental, “Aventura Fotográfica Yanomami”, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.

O evento gratuito terá início com uma exibição especial do documentário, seguida de uma conversa com o autor e convidados, onde serão compartilhadas as experiências e desafios enfrentados durante a expedição à aldeia Yanomami. O evento culminará com uma sessão de autógrafos do livro, que homenageia os povos originários e celebra a conexão profunda entre a fotografia e a floresta. Além disso, algumas fotos serão exibidas no MIS, com a impressão das imagens realizada pela Canon do Brasil, uma das apoiadoras do evento.

Reconhecido por seu trabalho visual que exalta a natureza brasileira, Ricardo Martins mergulhou em uma experiência imersiva na Amazônia, convivendo por dias com os Yanomami. A aproximação com o povo originário se deu por meio de Regiane, uma indígena que já havia pertencido à aldeia e facilitou o contato do fotógrafo. Lá, Ricardo foi acolhido pelo líder Maciel, que lhe disse em sua chegada: “É seu Ricardo, seu nome ecoou pela floresta e chegou aos nossos corações”, disse ele.

“O projeto nasceu enquanto eu sobrevoava a Amazônia e assistia a um documentário que mencionava os Yanomami como os últimos filhos da floresta. Aquilo me tocou profundamente. Percebi que era hora de registrar essa história de forma visual, humana e respeitosa”, afirma o autor.

Durante a produção, Ricardo dormiu na mata e viveu o dia a dia da aldeia, acompanhando os rituais, caçadas e rotinas dos indígenas. O resultado é um livro com imagens potentes e uma série documental que deve chegar em breve a plataformas de streaming - como já ocorre com outras produções do autor disponíveis no Amazon Prime, BandPlay e CNBC. Outro fator importante é que a contrapartida desta produção realizada com o povo Yanomami será a construção de uma escola na aldeia Hemare Pi Wei, onde tudo aconteceu. Esse foi um pedido das lideranças feito a Ricardo.

"Nossos jovens precisam se orgulhar da nossa cultura e dos nossos costumes. Precisam ter orgulho de serem indígenas. Também precisam aprender a língua e a cultura do Napo (homem branco), pois isso será a defesa deles. Esse é o objetivo dessa escola”, afirma Maciel, umas das lideranças da aldeia Hemare Pi Wei.

“Convivendo com os Yanomami, vi um modo de vida conectado à terra, onde tudo é respeitado. Enquanto os povos originários existirem, a floresta estará em pé. Resolvemos abraçar o projeto, inclusive a construção da escola, que já começou a ser erguida e será um marco”, afirma Ricardo. Parte da verba arrecadada com a venda dos livros e da coleção FineArt criada por Martins está sendo revertida para a construção da escola na comunidade Yanomami, tornando esse sonho uma realidade.

Com distribuição nacional, o livro poderá ser encontrado nas maiores varejistas do Brasil e pelo site do autor www.ricardomartins.org alcançando leitores de todas as regiões após o lançamento oficial.


Serviço
Lançamento do livro e série "Os Últimos Filhos da Floresta"
Data: 26 de junho de 2025
Horário: a partir das 18h00
Local: MIS – Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo/SP
Entrada gratuita

Teaser "Os Últimos Filhos da Floresta"

.: Adeus a um ícone: morre Francisco Cuoco aos 91 anos, relembre a trajetória


Na imagem, Francisco Cuoco com o cachorro Balu. Foto: TV Globo/João Miguel Júnior

TV Globo/João Miguel Júnior"É importante que os personagens tenham vida própria. Prefiro que eles sufoquem o Francisco." A frase dita por Francisco Cuoco resume o legado de um dos maiores atores da dramaturgia brasileira, que faleceu nesta quinta-feira, 19 de junho, aos 91 anos, em São Paulo, vítima de falência múltipla dos órgãos. Com uma carreira marcada por personagens inesquecíveis, Cuoco deu vida ao carismático Carlão em "Pecado Capital" (1975), ao enigmático Herculano Quintanilha em "O Astro" (1975), ao revolucionário Tiradentes em "Saramandaia" (1976) e ao galã Cristiano Vilhena na primeira versão de "Selva de Pedra" (1972). Foi um camaleão da TV, um artista que fez história e atravessou gerações com seu talento.

Nascido em 29 de novembro de 1933, no tradicional bairro do Brás, em São Paulo, Francisco Cuoco teve o primeiro encantamento com a arte ainda criança, quando um circo se instalava em frente ao seu sobrado. Ali, começou a sonhar com o palco. Deixou o curso de Direito para seguir a paixão pelo teatro, passando por grupos como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete, antes de conquistar a televisão.

A estreia dele na TV Globo aconteceu em 1970, na novela "Assim na Terra Como no Céu", como padre Vitor. Desde então, brilhou em obras como "Redenção" (1966), "O Outro" (1987), "Tropicaliente" (1994), "Quem É Você?" (1996), "O Clone" (2001), "América" (2005), "A Vida da Gente" (2011), "Sol Nascente" (2016) e "Segundo Sol" (2018). No remake de "O Astro" (2011), voltou à trama como o misterioso Ferragus, acompanhando de perto Rodrigo Lombardi assumir o papel de Herculano Quintanilha, que o consagrou.

Cuoco também transitou pelo humor, marcando presença em programas como "Sai de Baixo" (2001) e "A Grande Família" (2004), e levou a arte dele para o cinema em produções como "Traição", "Gêmeas", "Um Anjo Trapalhão", "Cafundó" e, por fim, "Real Beleza" (2015), de Jorge Furtado. No teatro, retornou com força em 2005 na peça "Três Homens Baixos", ao lado de Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. E como se não bastasse, também se aventurou pela música: lançou o disco romântico "Soleado" (1975) e o álbum espiritual "Paz Interior", com 16 orações católicas musicadas.

Francisco Cuoco deixa três filhos - Rodrigo, Diogo e Tatiana -, e um legado imenso no coração do público brasileiro. O velório será aberto ao público nesta sexta-feira, das 7h00 às 15h00, no Funeral Home, na Bela Vista, em São Paulo. O sepultamento será reservado aos familiares e amigos mais próximos. Os palcos do Brasil reverenciam não só um ator, mas um mestre da representação que fez da vida uma sucessão de grandes personagens - todos, à sua maneira, inesquecíveis.

.: "Roda Viva" entrevista a atriz Andrea Beltrão nesta segunda-feira


A artista, que está em cartaz com o monólogo "Lady Tempestade", fala sobre a vida e carreira, ao vivo, na TV Cultura. Foto: Nana Moraes

A atriz Andrea Beltrão, uma das mais renomadas do cenário brasileiro, estará no programa "Roda Viva", ao vivo, na próxima segunda-feira, dia 23 de junho. Durante a entrevista, ela compartilhará detalhes sobre sua carreira na televisão e no teatro, destacando momentos marcantes e projetos que ganharam espaço em sua trajetória pessoal e artística.
 
Atualmente, Andrea Beltrão está em cartaz com o espetáculo "Lady Tempestade", um monólogo que vem conquistando o público e a crítica. A peça, que já realizou duas temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, recebeu seis indicações ao Prêmio APTR, incluindo categorias como atriz protagonista, direção, dramaturgia, espetáculo, produção não-musical e jovem talento. Agora, ela está em São Paulo para uma nova temporada no Sesc Consolação, até julho.

A bancada de entrevistadores será formada por Bruno Cavalcanti - jornalista e dramaturgo; Daniela Arrais - jornalista e sócia-fundadora da Contente.vc; Marina Caruso - editora-chefe da revista Ela, do jornal O Globo; Mika Lins - diretora; e Ubiratan Brasil - Canal Teatro MF. Haverá ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi. Com apresentação de Vera Magalhães, o "Roda Viva" vai ao ar a partir das 22h, na Cultura, no site da emissora, app Cultura Play, além de YouTube, X, Tik Tok e Facebook.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

.: Teatro: "A Médica", obra inédita do britânico Robert Icke, estreia no MASP


O texto faz uma releitura contemporânea da peça Professor Bernhardi (1912), de Arthur Schnitzler. Protagonizada por Clara Carvalho, a montagem marca a quarta parceria entre a pesquisadora e produtora Rosalie Rahal Haddad e a Cia. Círculo de Atores. Foto: Ronaldo Gutierrez


Em uma história que propõe uma espécie de julgamento público, no qual diferentes visões sobre religião, ciência, sociedade e ética se entrelaçam a questões de identidade, etnia e gênero, "A Médica" estreia no dia 20 de junho, sexta-feira, às 20h00, no auditório do MASP. O texto é do britânico Robert Icke, que faz uma releitura contemporânea de Professor Bernhardi (1912), de Arthur Schnitzler.

A montagem conta com direção de Nelson Baskerville, idealização da pesquisadora Rosalie Rahal Haddad, realização do Círculo de Atores e produção da SM Arte Cultura. A temporada tem sessões sextas e sábados, às 20h00, e domingos, às 18h00, até 24 de agosto. O elenco é formado por Clara Carvalho, Adriana Lessa, Anderson Muller, Cella Azevedo, Cesar Mello, Chris Couto, Isabella Lemos, Kiko Marques, Luisa Silva, Sergio Mastropasqua e Thalles Cabral. O espetáculo estreou na Inglaterra e vem circulando pelo mundo com várias produções de países como Holanda, Alemanha, Índia, Estados Unidos, Grécia, China e Peru.

Na trama, a Dra. Ruth Wolff é uma médica judia reconhecida que dirige um instituto especializado em pesquisas sobre o Alzheimer. Ela acaba se envolvendo em uma questão delicada ao impedir a entrada de um padre católico no quarto de uma adolescente que foi internada devido a um aborto mal realizado e que está prestes a morrer. A intenção do padre é aplicar a extrema-unção, mas a médica alega que a presença dele provocará tensão e ansiedade nos momentos finais da vida da jovem. O incidente toma grandes proporções e repercute amplamente.

A discussão entre a médica e o padre foi gravada e divulgada na internet. A protagonista começa a ser alvo de fortes reações por parte dos colegas do hospital, de grupos nas redes sociais e, por fim, seu caso chega à televisão. Como consequência, os primeiros patrocinadores ameaçam retirar o financiamento do instituto. A personagem se vê no centro de uma tempestade midiática e é confrontada em suas convicções.

Clara Carvalho é a responsável por viver a protagonista Dra. Ruth Wolff. “Ela é uma renomada médica, criadora desse instituto de pesquisa de alta tecnologia para a cura do Alzheimer. Ela tem um gesto maternal ao levar a adolescente ao hospital após o aborto, mas, ao proibir a entrada do padre, desencadeia uma série de discussões que envolvem a trama: fake news, racismo, antissemitismo, a questão de gênero, viralização nas redes sociais, haters. O texto passa por várias ramificações de assuntos que estão altamente em evidência”.

Um dos maiores embates da personagem principal acontece com o neurocirurgião Roger Hardiman, vivido por Sergio Mastropasqua. “Ele é um ótimo profissional, porém é um mau caráter, altamente traiçoeiro. Nesta peça, o dramaturgo embaralha tudo, é um panorama complexo, onde o público forma o seu juízo e vai acabar tomando suas posições”.

Nelson Baskerville já teve contato com a obra do dramaturgo inglês ao dirigir Mary Stuart, montagem que trouxe ares mais modernos ao clássico de Friedrich Schiller. Agora, o diretor se depara mais uma vez com a dramaturgia de Robert Icke. “O trabalho dele se baseia em realizar uma adaptação mais contemporânea de textos clássicos, inclusive está fazendo atualmente uma para Édipo Rei, de Sófocles. Ele mantém a espinha dorsal do autor original, porém adiciona elementos mais atuais. Nesta montagem, ele faz uma exigência de que alguns personagens tenham algo dissonante de gênero, raça ou idade do que estamos vendo no palco, uma característica que o público vai percebendo ao longo do espetáculo”.

Com cenário de Marisa Bentivegna, figurinos de Marichilene Artisevskis e iluminação de Wagner Freire, a encenação ainda incorpora videomapping. A trilha sonora original, de Gregory Slivar, é executada ao vivo. A parceria entre a pesquisadora Rosalie Rahal Haddad e o Círculo de Atores já resultou em três produções: A Profissão da "Sra. Warren" (2018), "O Dilema do Médico" (2023) - ambas de Bernard Shaw - e "Hedda Gabler", do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen. Esta última rendeu a Clara Carvalho uma indicação ao Prêmio Shell, na categoria de Melhor Direção. Rosalie Haddad produziu ainda a mostra "2XSHAW" (2019), composta pelas peças "A Milionária" e "A Profissão da Sra. Warren".

Rosalie Rahal Haddad é pesquisadora na área de Estudos Irlandeses da USP, membro do conselho da Universidade Trinity College, em Dublin, da International Shaw Society e da Brazilian Association of Irish Studies. Por meio da Fundação Haddad, mantém um programa de bolsas, proporcionando a alunos brasileiros a oportunidade de estudarem no Trinity College Dublin, em cursos de pós-graduação em diversas áreas relativas ao Teatro. Compre os livros de Robert Icke neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "A Médica".
IDEALIZAÇÃO: Rosalie Rahal Haddad. TEXTO: Robert Icke. TRADUÇÃO: Diego Teza. DIREÇÃO: Nelson Baskerville. ELENCO:  Clara Carvalho, Adriana Lessa, Anderson Muller, Cella Azevedo, Cesar Mello, Chris Couto, Isabella Lemos, Kiko Marques, Luisa Silva, Sergio Mastropasqua e Thalles Cabral. MÚSICA ORIGINAL: Greg Slivar MÚSICA AO VIVO:  Edézio Aragão. CENÁRIO: Marisa Bentivegna. FIGURINO: Marichilene Artisevskis. PRODUÇÃO DE OBJETOS: Jorge Luiz Alves. ILUMINAÇÃO: Wagner Freire. VIDEOMAPPING: Um Cafofo. DESIGNER GRÁFICO: Rafael Oliveira. PRODUÇÃO: Círculo de Atores e SM Arte Cultura. COORDENAÇÃO PRODUÇÃO: Sergio Mastropasqua/ Círculo de Atores. DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Selene Marinho/ SM Arte Cultura. PRODUÇÃO EXECUTIVA: André Roman / Teatro de Jardim. GERENCIAMENTO REDES SOCIAIS: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua. ASSESSORIA DE IMPRENSA: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. FOTOS: Ronaldo Gutierrez.


Serviço
Espetáculo "A Médica".
Local: Auditório do Masp. Temporada: 20 de junho a 24 de agosto, exceto dia 22 de junho (domingo). Sextas e sábados, às 20h00, domingos, às 18h00. Classificação: 14 anos. Duração: 105 minutos. Capacidade: 344 lugares. Ingressos: sextas-feiras, R$ 80,00 (inteira) - R$ 40,00 (meia-entrada) / Sábados e domingos: R$ 100,00 (inteira) - R$ 50,00 (meia-entrada).

.: "Uma Casa de Boneca" estreia em casa no Sumaré com releitura feminista


Idealizado por Livia Camargo e Paula Aviles, o espetáculo tem direção de Georgette Fadel e estreia em temporada gratuita na Casaurora. Foto: Laerte Késsimos

"Uma Casa de Boneca", de Henrik Ibsen (1828-1906), ganha nova encenação em São Paulo com foco nas interseções entre gênero, raça e classe. A montagem imersiva estreia no dia 20 de junho, sexta-feira, às 20h00, na Casaurora, espaço cultural independente localizado no bairro do Sumaré, em uma temporada gratuita, com ações formativas e bate-papos com o público. O espetáculo tem direção de Georgette Fadel (Cia. São Jorge de Variedades) e Livia Camargo, também responsável pela adaptação do texto original, e uma das idealizadoras do projeto ao lado de Paula Aviles. No elenco, estão Livia Camargo, Paula Aviles, Gustavo Vaz, Edson Duavy e Kleber di Lazzare.

Encenada em uma casa real, a peça convida o público a ocupar os cômodos, criando uma experiência intimista e provocadora. A proximidade entre espectadores e personagens torna a narrativa ainda mais impactante, especialmente em momentos de tensão, brigas ou silêncio. “Encenar a peça dentro de uma casa real contribui para aprofundar a experiência do público. É como na vida: se você está posicionado de um jeito, entende uma coisa; de outro, entende diferente”, afirma a diretora, que destaca como a movimentação pelos cômodos, os ruídos reais da casa e a proximidade física com os atores criam uma tensão particular, transformando o espectador em quase um voyeur da intimidade daquela família.

A nova adaptação amplia a crítica original ao patriarcado do século XIX ao incorporar outras formas de opressão contemporâneas: o racismo estrutural, a invisibilização de corpos fora dos padrões normativos e os limites da liberdade feminina em diferentes contextos sociais. A leitura de Nora Helmer (Livia Camargo) é atravessada por sua condição de mulher branca em contraste com outros corpos em cena; Cristina (Paula Aviles), mulher racializada; Krogstad (Edinho Duavy), homem negro; e Torvald Helmer (Gustavo Vaz), que encarna não apenas o privilégio de gênero, mas também o racial.

Para Georgette Fadel, os temas incorporados pela nova adaptação já estavam latentes no próprio texto de Ibsen, que fala de estruturas que se protegem e se perpetuam. “Essa família que se autopreserva, esse homem que se blinda... o texto já pede essas incorporações”, comenta. Já Livia Camargo destaca a importância de ter iniciado o processo pela dramaturgia, antes dos ensaios como atriz. “Foi fundamental começar por esse lugar. E dividir a direção com Georgette Fadel, uma artista gigante.”

Para ela, o texto de Ibsen, escrito em 1879, ainda é incrivelmente atual. “Vemos mulheres vivendo relações abusivas por anos, saindo destruídas, sem autoestima.O gesto de Nora, ao bater a porta, ainda hoje nos inspira a romper e reconstruir.” Livia reforça que esse gesto precisa ser ampliado: “Ibsen escreveu sobre uma mulher burguesa, mas hoje ele precisa incluir a mulher periférica, racializada, com filhos. O ato de bater a porta é quando ela percebe que só ela pode mudar a própria vida. E essa consciência é revolucionária.”

Além das apresentações, o projeto oferece quatro ensaios abertos com bate-papo com elenco e direção, e quatro leituras públicas de textos clássicos, com a participação de convidados e rodas de conversa com o público. Compre o livro "Uma Casa de Boneca", de Henrik Ibsen, neste link.


Sinopse de "Uma Casa de Boneca"
Tudo parece perfeito na casa dos Helmer. Com a recente promoção de Torvald à diretoria de um banco, a família ascende socialmente e vive a esperança de um futuro promissor. Nora Helmer, sua esposa, inicia alegremente os preparativos para a noite de Natal, mas por trás do sorriso amoroso, ela esconde um segredo: anos antes, para salvar a vida do marido, contraiu um empréstimo sem o seu consentimento - falsificando ainda a assinatura do próprio pai. 

O credor é Nills Krogstad, advogado de reputação questionável, que ameaça revelar tudo se Nora não ajudá-lo a manter seu cargo no banco em que agora Torvald é o diretor. Com a chegada de Cristina Linde, sua amiga de juventude, as certezas de Nora começam a ruir. Viúva, sem filhos e em busca de um novo sentido para a vida, Cristina logo percebe a prisão invisível por trás da fachada harmoniosa da casa dos Helmer. Ao redor da trama, orbita ainda uma figura igualmente complexa: Dr Hank, fiel amigo da família, gravemente doente e secretamente apaixonado por Nora, trazendo à tona as tensões entre afeto, convenção, culpa e desejo. Uma Casa de Boneca é um mergulho nas armadilhas de uma sociedade patriarcal — com e na coragem de mulheres que começam, enfim, a escutar a própria voz. Outras informações @casaurora.sp e @nossacasadeboneca


Ficha técnica
Espetáculo "Uma Casa de Boneca".
Idealização: Lívia Camargo e Paula Aviles. Texto original: Henrik Ibsen. Adaptação: Lívia Camargo. Direção:Georgette Fadel e Lívia Camargo. Elenco: Lívia Camargo (Nora Helmer) Paula Aviles (Cristina Linde), Gustavo Vaz (Torvald Helmer), Edson Duavy (Nills Krogstad), Kleber di Lazzare (Dr. Hank) e Fernando Zuben (Piano). Vídeo ao vivo: Laerte Késsimos.  Direção de arte, visagismo e colaboração dramatúrgica: Paula Aviles. Direção audiovisual e design gráfico: Laerte Késsimos. Direção musical e composições originais: Fernando Zuben.Direção de movimento: Débora Veneziani. Colaborador artístico: Wilson Feitosa. Iluminação: Laiza Menegassi. Desenho de Som: Duda Gomes. Operação de vídeo: Danilo Martignago. Direção de produção: Gustavo Sanna. Produção executiva: Denyria Plácido. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Gerenciamento de Redes Sociais: Michel Waisman. Cenotecnica e reformas: Marcos Portugal - Mdu Elétrica. Realização: Casaurora e Complementar Produções.

Serviço
Espetáculo "Uma Casa de Boneca".
Estreia dia 20 de junho, quinta, às 20h, na Casaurora. Temporada: De 20 de junho a 27 de julho de 2025. Sextas e sábados, às 20h. Domingos às 19h. Sessões vespertinas: Dias 19 e 26 de julho, sábados, às 17h30. Capacidade: 60 lugares. Duração: 120 minutos. Classificação indicativa: 16 anos. Ingresso: Gratuito. Casaurora: rua Plínio de Morais, 401, Sumaré/São Paulo.

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