sábado, 27 de setembro de 2014

.: Resenha de "A Bela e a Fera", dirigido por Christophe Gans

Uma história de amor apresentada com toda pompa e perfeição
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2014


Nova versão de "A Bela e a Fera" tem qualidade de grandes produções hollywoodianas.


Uma das mais envolventes narrativas de amor, chega aos cinemas em nova adaptação. A produção francesa e alemã, "A Bela e a Fera", dirigida por Christophe Gans, mantém todo o encanto e magia deste conto de fadas que encanta gerações. Tanto é que, o mesmo enredo rendeu muitas adaptações para película, como no drama "A Bela e a Fera" (1946) ou a famosa animação da Disney "A Bela e a Fera" (1991), relançada em 2012 no formato 3D. O apelo da narrativa é tão abrangente, que ganhou o formato de seriado: "Beauty and the Beast".

Partindo da chance de que a produção seja um sucesso garantido, em 2014, recebemos a versão dramática, na língua original, a francesa. Permeada de efeitos visuais bem caprichados e um colorido belíssimo -tendo em vista que não se trata de uma animação-, a mais nova versão de "A Bela e a Fera" apresenta um resultado incrível, fazendo jus ao orçamento de 33 milhões de euros.

Diferente da versão Disney, a trama é mais embasada e explica os problemas financeiros do pai da protagonista. Ambientado em 1810, o problema da família de Bela começa com o naufrágio do navio: "A Sereia". Por consequência, o comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas, perde toda a fortuna, a casa, os amigos, a rotina, tudo o que faziam até então.

Logo, a família segue rumo ao campo. Embora os cinco filhos do comerciante arruinado tenham perdido a felicidade, a caçula, Bela, moça alegre e cheia de graça, passa a gostar do novo modo de vida. Ao encontrarem o "Sereia", surge uma chance de retomada a uma boa vida. Assim, o comerciante e seu filho, Maxime, voltam à cidade. Antes, todos os filhos fazem os seus pedidos, mas Bela apenas deseja uma rosa.

Na cidade, pai e filho descobrem que não têm mais qualquer direito ao navio encontrado e os dois se perdem. Numa noite com neve, o comerciante chega a um palácio. Alimenta-se bem, recolhe joias para as filhas e arranca uma rosa do jardim encantado. Ali, em meio a total escuridão, aparece a sombra de um ser monstruoso que deseja saber a quem a rosa está destinada. O comerciante alega que a filha é o que tem de mais precioso, assim, o condenado ganha um dia para dar adeus a quem ama.

Embora o comerciante diga que não retornará ao castelo, a Fera reforça a ameaça, pois caso não o faça, matará todos os filhos do senhor, um de cada vez, até chegar em Bela. O recado do vilão é: "Uma vida... por uma rosa". Ao tomar conhecimento do ocorrido, a destemida Bela assume o lugar do pai. No entanto, no palácio, não encontra a morte, mas magia, luxo e tristeza.
Mantendo todo o mistério, ainda nos primeiros minutos a Fera aparece apenas timidamente, até somente por meio do reflexo em uma louça na mesa. Assim, o público passa a sentir o medo e a curiosidade de Bela. Cercada por riqueza e usando suntuosas vestimentas, todas as noites, a moça janta com a Fera. Ao dormir, Bela tem sonhos estranhos que, aos poucos, revelam a verdadeira história daquele ser que a encanta e a apavora. 

Enfim, a nova produção de "A Bela e a Fera", tem um roteiro rico de informações, além de uma direção de fazer cair o queixo, com efeitos especiais dignos de grandes produções hollywoodianas. O resultado? É excelente. Nota-se bem que o cinema francês só caminha rumo à perfeição.

Filme: A Bela e a Fera (La Belle et la Bête, França, Alemanha)
Ano: 2014
Gênero: Fantasia, Romance
Duração: 112 minutos
Direção: Christophe Gans
Roteiro: Christophe Gans, Sandra Vo-Anh
Elenco: Vincent Cassel, Léa Seydoux, André Dussollier
Distribuidor: Califórnia Filmes



* Mary Ellen é editora do portal cultural resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter: @maryellenfsm




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