segunda-feira, 8 de junho de 2009

.: Resenha de "Crepúsculo", Stephenie Meyer


Uma tentação chamada Crepúsculo
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Uma lindíssima história de amor narrada em grande estilo. Saiba mais do grande sucesso editorial, Crepúsculo, de Stephenie Meyer!



"Nunca pensei muito em como morreria - embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensando, não teria imaginado que seria assim. (...) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa"


"Crepúsculo", de Stephenie Meyer reúne os ingredientes dos grandes sucessos literários: um enredo intrigante, personagens cativantes, cenários do cotidiano com um toque de mistério e uma narração bem amarrada e de tirar o fôlego. Resultado: o livro virou mania entre os adolescentes. Embora o sucesso de Crepúsculo seja visto com muito preconceito -rotulado até de "modinha"-, não há qualquer dificuldade para os leitores -iniciantes e avançados- destruírem tal mito e embarcarem também nesta fantástica história com tempero na medida certa.

Basta folhear as primeiras páginas do livro que não haverá outra opção a não ser lê-lo sem parar. Contudo, na necessidade de uma parada, o leitor continua sendo provocado a continuar a leitura. Também pudera, enquanto o livro está fechado, na cabeceira de sua cama, a "tentação" das mãos segurando uma maçã de um vermelho inebriante (que remetem a história de Adão e Eva e ao conto de "A Branca de Neve") convidam a um mergulho livre na incansável história de amor de Isabella Swan e de Edward Cullen.

No romance vampírico tudo começa quando a jovem Bella está de mudança para a cidade de Forks. Ela que vivia com a mãe e o padrasto em Phoenix, cidade de muito sol e calor intenso, decide morar com seu pai, Charlie, o chefe de polícia de Forks, cidadezinha cheia de verde, muita chuva e neve. Tudo o que Bella mais detesta, apesar de não ter olhos claros, cabelos ruivos e uma pele bronzeada.


"Eu não me relaciono bem com as pessoas da minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono bem com as pessoas, e ponto final. Até a minha mãe, de quem eu era mais próxima do que de qualquer outra pessoa do plante, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes eu me perguntava se via as mesmas coisas que o resto do mundo. Talvez houvesse um problema no meu cérebro".


E assim, na primeira noite, a típica adolescente encontra dificuldades para dormir. Contudo é em Forks High School, com 358 alunos, que a história da jovem ganha ritmo. Já no estacionamento da escola, em sua picape dos anos 50, Bella percebe a grande quantidade de carros velhos, destacando-se somente um Volvo reluzente. Enquanto está "perdida" para a próxima aula "conhece" Eric.

É no refeitório, ao conversar com sete estranhos, que Bella vê pela primeira vez os Cullen. Ao notar os rostos diferentes, inumanamente lindos e nomes incomuns (Edward, Emmet, Rosalie, Jasper e Alice), ela descobre que os filhos de Carlisle e Esme são distantes dos outros alunos. Em contraponto, é Bella quem, aos poucos, acaba com este afastamento.

Enquanto Edward luta contra o desejo pelo (cheiro bom do) sangue de Bella, sem deixar de sentir amor pela novata da escola, sua colega de classe, o inimaginável acontece e reforça o sentimento dos dois: Edward a salva de um atropelamento.


"Por um segundo o silêncio foi absoluto, antes que começasse a gritaria. No tumulto repentino, eu podia ouvir mais de uma pessoa gritando meu nome. Mas com mais clareza ainda, podia ouvir a voz baixa e frenética de Edward Cullen no meu ouvido.

- Bella? Está tudo bem?

- Eu estou bem. - Minha voz parecia estranha. Tentei me sentar e percebi que ele me segurava junto à lateral de seu corpo num aperto de aço.

- Cuidado - alertou ele enquanto eu me esforçava. - Acho que você bateu a cabeça com força.

Percebi uma dor latejante acima da orelha esquerda.

- Ai - eu disse, surpresa.

- Foi o que eu pensei. - Pela voz dele, tive a surpreendente impressão de que ele reprimia o riso."


Ao desmistificar o ser vampiresco, Bella apaixona-se ainda mais por quem aquele que deveria manter distância, até porque uma parte de Edward desejava sugar-lhe a vida. E numa relação de amor e desejo, os dois jovens embarcam rumo ao inusitado, o namoro de uma humana de 17 anos e de um morto-vivo (que nasceu em 1901, mas desde 1918 assumiu esta forma de "vida"). Em meio a muitas declarações de amor, os dois percebem a importância de suas famílias e descobrem a beleza de amar alguém pela primeira vez.

AUTORA: Stephenie Meyer formou-se em literatura inglesa na Brigham Young University. Sobre este romance (Crepúsculo), ela diz: "Sempre admirei a capacidade de alguns escritores de criar situações de fantasia impossíveis e depois acrescentar personagens que são tão profundamente humanos que suas perspectivas tornam a situação real. Espero que Crepúsculo proporcione a mesma experiência a seus leitores". A escritora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.

SUCESSO: O romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas, ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição a qual permaneceu durante mais de um ano. Em todo o mundo vendeu 45 milhões de livros, sendo 20 milhões em apenas três meses. No Brasil, os livros ocupam as primeiras colocações na lista dos campeões de venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer venderam 45 milhões de exemplares em 37 países. Aqui no Brasil, as vendas já somam 700 mil desde o lançamento do primeiro título, em abril de 2008.

FAÇANHA - Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu mérito por envolver (em massa) o público adolescente, embora a série de livros seja adequada para todas as idades. A história com seres sobrenaturais com sede de sangue continua em outros três livros: Lua Nova, Eclipe e Amanhecer (com lançamento previsto para o final do mês de junho deste ano).

CURIOSIDADES: A autora Stephenie Meyer é grande admiradora da escritora Jane Austen, principalmente de romances como Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito. Para compor os quatro livros da saga de Crepúsculo ela inspirou-se nos seguintes clássicos da literatura:
- Crepúsculo: Orgulho e Preconceito
- Lua Nova: Romeu e Julieta
- Eclipse: O Morro dos Ventos Uivantes
- Amanhecer: O Mercador de Veneza e Sonho de uma noite de Verão
Fonte: blig.ig.com.br/powerteen/

FILME: O fenômeno Crepúsculo (Twilight, 2008) já é garantia de venda, seja pelo livro -esgotado em muitas livrarias- ou por produtos relacionados. No entanto, o longa que estreou no Brasil em dezembro de 2008, acumulou muitas críticas negativas ao redor do mundo. Em um estilo telefilme, a produção de Catherine Hardwicke, realizado com baixo orçamento, não é muito fiel ao livro. E, em umas alterações e outras derruba seus baldes de gelo no público que já conhece a história (em seus mínimos detalhes), principalmente em cenas importantes que causam expectativas e decepcionam por terem sofrido alterações ou até cortes. Por essas e outras cositas é melhor fazer o caminho mais correto: primeiro leia o livro e depois veja o filme. Ao chegar no final de tal trajeto, tire sua próprias conclusões e veja o que mais lhe agrada. Caso o assunto, seja o visual das personagens, este não há o que comentar, né!

Livro: Crepúsculo
Autora: Stephenie Meyer
102 páginas
Ano: 2008
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Intríseca

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Um comentário:

  1. No começo eu nem sabia o que era e achava que devia ser ruim, pq era 'moda'. Quando comecei a ler as primeiras páginas, não parei até completar o último volume, Amanhecer.Acho a história excelente e a autora tem um talento nato para prender o leitor em cada linha, cada capítulo. Viciante. O filme, eu já acho que peca em certos detalhes, mas é quase sempre assim nessas adaptações.

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