segunda-feira, 25 de junho de 2018

.: Pippi Meialonga: da Suécia, país da Copa de 58, à Vila Belmiro


Mostra será inaugurada dia 29 de junho e ficará em exibição no Museu Pelé até setembro. Fotos são assinadas por Paulo Villar, com a curadoria de Rodrigo Accioly. Lançamento terá ainda presenças da atriz Flavinha Scanuffo e do ex-jogador Pepe.

Tal como no Brasil, 1958 foi um ano marcante também na Suécia. Foi quando a escritora infanto-juvenil sueca Astrid Lindgren obteve seu primeiro grande reconhecimento internacional, a Medalha Hans Christian Andersen por seu livro “Pippi à Bordo”. Uma vasta obra literária, traduzida para mais de 70 idiomas.

Décadas após, em 1999, a autora foi eleita em consulta do jornal Aftonbladet, a figura mais influente do século XX, forte na luta em favor das criança que lhe rendeu, em 1978, o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão, aceito com o discurso “Violência Jamais”, que antecedeu em um ano a legislação anti-palmada na Suécia.

Coincidentemente, também, em 1958, o menino Edson Arantes do Nascimento, então com 17 anos, era escalado pela primeira vez na Seleção Brasileira, na Copa do Mundo realizada no país de Astrid.

O notável desempenho da Seleção, especialmente o de Pelé, surpreenderam o mundo e projetaram em âmbito internacional aquele que seria o brasileiro mais conhecido em todos os tempos. Curiosamente, os adversários do Brasil na final foram os anfitriões suecos, que, até hoje, reconhecem no vice-campeonato, seu maior resultado e motivo de grande orgulho nacional.

Elementos que tornaram a partida, realizada em 29 de junho, em certa medida, o marco inicial das relações culturais entre Brasil e Suécia.

Para homenagear Astrid Lindgren, promover sua obra e lembrar e os 60 anos de um época inesquecível para a amizade Brasil-Suécia, a personagem mais emblemática da escritora, Pippi Meialonga, aporta em Santos, berço da arte de Pelé, para uma viagem lúdica pelas paisagens e pela cultura.

A partir de sexta-feira, 29 de junho, abertura das 12 às 16h, chega ao Museu Pelé a exposição fotográfica “Pippi em Santos”, com fotos de Paulo Villar e curadoria de Rodrigo Accioly.

Para interpretar a menina ruiva mais forte do mundo, a escolha dos realizadores recaiu sobre Flavinha Scanuffo, 12 anos.

Durante sua aventura, Pippi encontra o “Canhão da Vila” Pepe, bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962 e segundo maior artilheiro da história do  Alvinegro Praiano, que a convida a visitar a Vila Belmiro, onde encontram nos “Peixinhos da Vila” – meninos da categoria sub-11 do Santos FC. Com eles, acontece uma mágica reconstituição da partida final de seis décadas atrás.

O evento é uma realização da M31 Produções com apoio de Volvo Cars, BrazilCham Sweden, Santos Futebol Clube, Prefeitura de Santos e Companhia das Letras, com parcerias de Espaço Visual, Studio LB e Moura Sport.



Sobre Pippi Meialonga (em sueco Pippi  Långstrump)
Apresentada no livro homônimo de 1945, Pippi era uma personagem bastante curiosa. Seus cabelos eram vermelhos como o fogo e ela os amarrava em duas tranças bem apertadas. Também vestia duas meias bem compridas, e calçava um par de sapatos muitos números maiores que seus pés. Para prover suas necessidades tinha um baú cheio de moedas de ouro, aspecto que, aliado a uma força física descomunal atribuiu à personagem um grau de independência revolucionário na época: "Pippi é uma menina que tem poder. Isto é extraordinário, pois leva a criança a pensar que, se fosse a Pippi poderia dizer a seus pais: Não faça isso!"; "Pippi tem o poder, mas não abusa dele, o que é mais difícil quando se tem nas mãos", disse a escritora em 1985.

Com Pippi Meialonga, Astrid Lindgren foi precursora de movimentos que se consolidaram décadas mais tarde. Uma personagem icônica que traz em si, o poder feminino e o antidoto para o preconceito e o bullying.

Sobre Paulo Villar
Quase engenheiro, decidiu-se pela literatura no 4º ano de Metalurgia na FEI. Ingressou no Banco do Brasil em 1980 e formou-se em Língua Portuguesa e Inglesa, atuando como professor em diversas unidades do Curso Objetivo e outras escolas da capital paulista. Trocou a segurança do emprego pela vida cheia de adrenalina das produções publicitárias. Considera-se fotógrafo desde seus 12 anos, quando seu pai adquiriu uma Voight Lander com lente 50mm e passou a receber elogios pelos clicks pueris. Autodidata, desenvolveu um estilo particular de soluções para iluminação e captação de imagens. Sempre acreditou na estrutura como forma de vencer os desafios do setor, tendo fundado o M31 Studio em 1988. Fotografa campanhas para grandes empresas, como Sony, Nestlé, Samsung, Microsoft, Ford, Vivo, entre outras.  Recentemente, uniu a literatura à fotografia, produzindo material cultural e exposições dentro da cultura afro-brasileira, ensaios na Umbanda, Candomblé, literatura escandinava.  Faz parte do coletivo fotográfico – Três Amigos e Seus Olhares. Sempre pronto a novos desafios, imprime esforço recente na produção e direção de vídeos, projetos culturais e conteúdo para TV. Maiores informações: www.paulovillar.com.br e www.m31.com.br.

Sobre Rodrigo Accioly
Publicitário por formação (PUC/RJ 1992), desde 2001, tem participado da produção de diversos eventos de intercâmbio cultural entre o Brasil e os países escandinavos.  Produtor e coordenador geral da exposição “Isvérie – Arte Sueca” dos artistas suecos Mikael Genberg, Maria Dalborg e Anders Hultman no Museu da República, em outubro de 2001. Coordenador geral e Curador da exposição “Pippi in Rio – Homenagem à Astrid Lindgren”, série de 25 fotos feitas pelo fotógrafo sueco-brasileiro Magnus Vaena, da personagem Pippi Meialonga (clássico da literatura nórdica) no Rio de Janeiro (janeiro de 2003).  Coordenador da exposição "5 x Brasil", de 27 artistas plásticos finlandeses, no Centro Cultural Justiça Federal. Curador e autor dos textos de apresentação das exposições “The Door" e “The Beginning of Life 1”, de Daniel Azulay em Estocolmo (Suécia) e Helsinki (Finlândia), em dezembro de 2007.  Curador da exposição “50 Years of Bossa Nova” no Hotel Diplomat, Estocolmo, Suécia (novembro de 2008). Coordenador da exposição “O Surgimento da Compreensão” do artista finlandês Osmo Rauhala, MAM-Rio (janeiro de 2009). Curador da exposição “A Porta”, de Daniel Azulay na Casa da América Latina, Lisboa (novembro de 2009). Coordenador geral da exposição “Amazônia”, de Christina Oiticica, no Hotel Diplomat, Estocolmo, Suécia (março de 2010). Curador e Produtor executivo das exposições de Chistina Oiticica em 2011 “Caminhos do Sol Nascente e do Sol Poente” (Sede da ONU em Nova York), “Mãe Terra” (sede do Jornal do Brasil no Rio de Janeiro) e “Caminhos do Sol Nascente”(Fliporto, Olinda).

Serviço: 
Lançamento “Pippi em Santos”
Presenças do fotógrafo Paulo Villar, do curador Rodrigo Accioly, da atriz Flavinha Scanuffo e do ex-jogador Pepe
Sexta-feira, 29 de junho, 12h às 18h
Museu Pelé - Largo Marquês de Monte Alegre, s/n - Valongo, Santos - SP, 11010-260
Gratuito 
- Depois a exposição segue até 15 de setembro, no horário de funcionamento do museu, de terça a domingo, das 10h às 19h (R$ 10 a entrada, a bilheteria fecha 17h).

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