quinta-feira, 4 de outubro de 2018

.: The Rolling Stones - “Beggars Banquet” (edição de 50º aniversário)


Edição Limitada em Versão Vinil 180 Gram, incluindo Versão Mono 12” do single “Sympathy For The Devil” e Flexi Disc de 1968 com a entrevista de Mick Jagger acondicionada numa capa super especial.

No dia 16 de novembro, a Universal Music vai lançar, em todos os formatos, The Rolling Stones Beggars Banquet (Edição de 50º aniversário). Gravado entre março e julho de 1968, no Olympic Sound Studios, em Londres, e mixado no Sunset Sound, em Los Angeles, Beggars Banquet foi o primeiro álbum dos Stones produzido por Jimmy Miller, e marca o início do que é considerada a mais prolífica era de álbuns da banda. Beggars Banquet tem um lugar especial na história da banda, já que é o último álbum com a formação original: Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts.

O pacote limitado da edição de vinil terá uma capa especial, com o bônus de 12” do single de grande sucesso “Sympathy For the Devil”, em Mono cortado em 45 rpm, acompanhado com a polêmica gravura da capa original do vaso sanitário. Também estará incluída uma réplica do raro bônus do disco flexi japonês contendo uma entrevista por telefone com Mick Jagger, feita em 1968, um código de download para o álbum e mais uma entrevista. O histórico álbum foi recentemente masterizado pelo engenheiro vencedor do Grammy® Bob Ludwig, o verniz (lacquers) foi cortado em Abbey Road e prensado em vinil 180g.

Na edição do dia 10 de agosto de 1968 da revista Rolling Stone, seu fundador e editor, Jann Wenner, deu para seus leitores uma prévia sobre o álbum dizendo: “The Rolling Stones retornaram e estão trazendo o rock and roll de volta com eles. Eles acabaram de terminar seu mais novo álbum — intitulado Beggars Banquet — e é o melhor disco que eles já fizeram até hoje. Em todos os aspectos, é um excelente álbum; um grande material e uma grande performance dos Rolling Stones; um grande álbum de rock and roll, sem nenhuma pretensão, uma conquista significante tanto nas letras quanto na música”. Wenner também colocou Mick na capa da edição, com uma orgulhosa manchete, “The Stones Fazem o Grande Retorno de Sua Carreira.”

Muito depois de seu lançamento original, o lendário jornalista de rock e autor Ben Fong-Torres anunciou Beggars Banquet como “um álbum cheio de clássicos instantâneos magistrais e rosnantes que respondem mais ao caos de 1968 e para si mesmos do que para qualquer outro artista... o clima é de dissolução e resignação, sob a aparência de uma voz de autoridade ambivalente.”

Como Fong-Torres se refere, “Street Fighting Man,” a música mais política dos Stones de todos os tempos, foi parcialmente inspirada pela experiência de Mick Jagger em um comício antiguerra na embaixada dos EUA em Londres, onde ele ouviu o ativista Tariq Ali. Simultaneamente, os protestos estudantis em Paris estavam ocorrendo, levando a uma enorme rebelião em maio, na qual quase um quarto da nação participou das greves e das manifestações. Jagger disse à Rolling Stone em 1997: “Foi uma época muito estranha na França. Mas não apenas na França, mas também na América, por causa da Guerra do Vietnã e de inúmeros distúrbios... Eu pensei que era uma coisa muito boa na época. Tinha toda essa violência acontecendo. Quero dizer, eles quase derrubaram o governo na França...”. Assista ao lyric video especial ‘Street Fighting Man’ aqui:


Fevereiro de 1969 marcou o lançamento do segundo single do álbum, “Sympathy For the Devil”, escrito principalmente por Jagger depois que Marianne Faithfull lhe deu uma cópia do romance de Mikhail Bulgakov, “The Master and Margarita”. A estória segue o diabo enquanto ele visita a União Soviética da era Stalin. Originalmente planejado para ser tocado em estilo folk, Richards sugeriu mudar o ritmo e adicionar percussão, transformando o ritmo em um samba.

Com o lançamento em 1969 de Beggars Banquet no Japão, foi incluído um disco flexi de 7" com uma entrevista por telefone entre Mick Jagger e um representante da King Records, gravadora japonesa dos Stones. O título deste raro momento foi traduzido para "Hello, Aqui é Mick Jagger! De Londres para Tóquio, no dia 17 de abril de 1968" e foi restaurado e reeditado em um disco flexi com a mesma arte de capa. 

Uma tiragem limitada será incluída no pacote da Edição Limitada em Vinil do 50º Aniversário, em todo o mundo, tornando este material pela primeira vez disponível fora do Japão. Um momento de malícia na conversa captada pelo telefone, do outro lado do mundo, enquanto a banda estava ocupada gravando o álbum no Olympic Sound Studios que ainda não tinha recebido o nome de Beggars Banquet, perguntaram para Jagger: “Qual você acha que será a direção futura da sua música?”. E, sem hesitação, ele respondeu: “Incerta.” 

A capa original do álbum "Beggars Banquet" foi inicialmente rejeitada tanto pela London Records, sua gravadora americana quanto pela Decca, sua gravadora do Reino Unido. A fotografia de Michael Vosse de uma parede de banheiro vandalizada (Jagger e Richards forneceram o grafite, o banheiro estava dentro de uma concessionária da Porsche) foi considerada ofensiva, possivelmente porque a tampa da privada aberta  aparecia na foto. 

A capa substituta foi simplesmente o nome da banda e o título do álbum escrito num estilo de um convite de casamento e permaneceu assim por vários anos antes que a foto do banheiro não fosse mais vista como ofensiva, e finalmente ganhasse seu lugar na capa do álbum. "Beggars Banquet" (Edição de 50 anos) presta homenagem a ambas as capas, já que o pacote sairá com a foto de Vosse, embrulhado com a “inofensiva” arte do convite de casamento. 

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