domingo, 7 de março de 2021

.: Civilização Brasileira relança obra de Rosa Luxemburgo


Lançamento marca também os 150 anos do nascimento da filósofa, nascida em 5 de março de 1871, na Polônia.

Após décadas fora das prateleiras, o título clássico de Rosa Luxemburgo retorna em nova edição com projeto editorial exclusivo da editora Civilização Brasileira com a tradução original do cientista político Moniz Bandeira e prefácio do escritor e professor Fábio Mascaro Querido, que contextualiza a importância da obra no século XXI.

O capital pode se acumular indefinidamente? Para responder a essa questão clássica da Economia Política, em "A Acumulação do Capital", a cientista, professora e militante marxista Rosa Luxemburgo defende a tese de que, para se expandir e acumular, o capitalismo necessitou de seu braço político, o imperialismo.

Ao estudar o volume II de "O Capital", Luxemburgo percebeu que o tomo trazia uma lacuna na discussão sobre acumulação, que teve seu desenvolvimento interrompido pela morte de Karl Marx. A obra magna da pensadora polonesa foi, então, escrita para buscar resolver esse ponto. A cientista analisa de que forma grandes nomes da economia, como Quesnay, Smith, Ricardo, Say, Sismondi, Vorontsov, Nikolai-on, Bulgakov e outros tratam o assunto e explica como e por que apenas formulações matemáticas abstratas são inexatas para elucidar a realidade histórica.

Um dos maiores méritos de A acumulação do capital é o modo como Luxemburgo percebe, descreve e formula as condições históricas e sociais que viabilizam a expansão e a acumulação por parte dos capitalistas. Ao fazer isso, a filósofa e economista enfoca o imperialismo – com suas políticas violentas, militarizadas, desagregadoras e exploratórias de povos e terras não capitalistas – bem como o regime financeiro internacional, que então se iniciava. Segundo Luxemburgo, este, por meio de empréstimos internacionais, permitiu à estrutura capitalista global de acumulação crescer.

Esta edição reúne o texto da principal obra de Rosa Luxemburgo – traduzido pelo célebre cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira –, um apêndice com “Crítica dos Críticos ou o que os Epígonos Fizeram da Teoria Marxista” – assinado pela pensadora polonesa – e o prefácio “Do Centro à Periferia: a atualidade de Rosa Luxemburgo”, de Fabio Mascaro Querido, professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Campinas.

Sobre o autor
Rosa Luzemburgo (1871, Zamość/Polônia – 1919, Berlim/Alemanha) é uma das mais importantes pensadoras marxistas do século XX. Sua vida uniu prática e teoria. Conhecida por sua excelente capacidade oratória, iniciou sua luta política no movimento operário ilegal aos 17 anos, participou da criação do Partido Comunista Alemão (KPD), escreveu livros e ensaios insubmissos a linhas doutrinárias e defendeu um socialismo democrático. Morreu assassinada pela GKSD, unidade paramilitar de elite, convocada pelo governo alemão. A acumulação do capital, editado pela Civilização Brasileira, é considerada sua obra mais importante.

O que disseram sobre o livro

“['A Acumulação do Capital'] seu grande livro sobre o Imperialismo.”
– Hannah Arendt

“À luz dos desafios do presente, Rosa Luxemburgo torna-se uma grande fonte de inspiração para uma releitura a um só tempo marxista e decolonial (e, por que não, ecológica) do capitalismo moderno.”
– Fábio Mascaro Querido


Ficha técnica:
Livro: 
"A Acumulação do Capital"
Autora: Rosa Luxemburgo
Título original: "La Acumulación del Capital"
Tradução: Luiz Alberto Moniz Bandeira
Páginas: 588
Editora: Civilização Brasileira | Grupo Editorial Record
Link na Amazon: https://amzn.to/2O1yohd

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