segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

.: Entrevista: Paulo Silvestrini, diretor de "Vai na Fé", conta tudo sobre a novela


Paulo Silvestrini, diretor artístico de "Vai na Fé", com Carolina Dieckmann, a Lumiar da novela. Na imagem, um registro da noite de shows no Teatro Rival, que marcou o evento de lançamento da obra. Foto: Globo/João Miguel Júnior


Paulo Silvestrini tem quase 30 anos de carreira na Globo. Em 1997, comandou ‘Malhação’ e, de 1999 a 2002, esteve à frente da direção do seriado "Sandy & Júnior". Em sua trajetória, constam trabalhos como diretor das novelas "Torre de Babel" (1998), "Da Cor do Pecado" (2004), "A Favorita" (2008), "Avenida Brasil" (2012), "Joia Rara" (2013), "O Rebu" (2014) e "A Regra do Jogo" (2015).

Em 2017, assinou a direção artística de "Malhação - Viva a Diferença", que ganhou o prêmio Emmy Internacional Kids de melhor série (2019). Como diretor-geral e artístico também esteve à frente da série Original Globoplay "Eu, a Vó e a Boi", lançada no final de 2019 na plataforma e em 2021 na TV Globo. "Vai na Fé" é a estreia de Paulo Silvestrini como diretor artístico no horário das sete da TV Globo e a primeira parceria com a autora Rosane Svartman. Em comum, diretor e autora tem como marca em suas carreiras sucessos com o público jovem.

Qual a principal mensagem de "Vai na Fé" que você gostaria de passar para o público?
Paulo Silvestrini - 
É uma novela carregada dessa positividade tão característica do povo brasileiro, dessa certeza de que o amanhã será melhor. Nossos personagens seguem “no corre”, na luta e na fé. Acreditam que tudo vai dar certo.  É um olhar otimista pra vida, com esperança e vontade de ser feliz.


Quais os personagens você destaca como principais condutores dessa história?
Paulo Silvestrini - 
Todos os personagens são realmente fundamentais pra nossa história. No centro estão Sol (Sheron Menezzes), Ben (Samuel de Assis), Lumiar (Carolina Dieckmann), Theo (Emílio Dantas) e Lui Lorenzo (José Loreto). 

Conte um pouco sobre o que motivou a escolha de Sheron Menezzes para viver Sol, protagonista dessa história.
Paulo Silvestrini - Sempre quis trabalhar com a Sheron. Eu a conheci num workshop com Robert Castle, do actors studios, na Globo há anos atrás e fiquei muito impressionado com o brilho e carisma dela. Quando li a novela pela primeira vez pensei na Sheron imediatamente para interpretar a Sol. Ela tem a luz e o coração da personagem.


Você destacaria alguma outra escalação desse elenco?
Paulo Silvestrini - Renata Sorrah interpreta Wilma, um personagem delicioso, inteligente e divertido. Regiane Alves é Clara, sensível e complexa. Em todos os núcleos conseguimos reunir atores e atrizes incríveis para personagens muito especiais.


A trama está ambientada em diversas regiões do Rio de Janeiro, o que pretende com isso?
Paulo Silvestrini - Queria mostrar essa cidade plural e misturada, onde as diferentes culturas e identidades sociais se confrontam e convivem, adequando expectativas e revendo valores, mas compondo um único grande grupo, sem hierarquia, onde todos são importantes. A cidade é uma só. Nenhum grupo é mais legal que todos juntos. 


Onde você está buscando referências estéticas e como será a linguagem de direção em "Vai na Fé"? 
Paulo Silvestrini - Nunca elegi em meus trabalhos uma referência específica. São tantas! Nessa novela elenquei os personagens como o principal foco da realização, então é ao elenco que dedico minha maior atenção. Aposto na interpretação sincera e  na integração entre os personagens. Busco imprimir um pulso em suas ações e sentimentos pra que a novela imprima o ritmo da vida contemporânea. E tento contar a história com intensidade e emoção contando com o talento incrível desse elenco maravilhoso que fomos capazes de reunir.


Como está sendo realizar essa parceria com a Rosane pela primeira vez?
Paulo Silvestrini - É uma parceria ensaiada há mais de 10 anos quando desenvolvemos um projeto juntos. A Rosane também é diretora, sua compreensão e colaboração são enormes, é sempre muito respeitosa com a realização. Defendo o texto com rigor, a novela é escrita primorosamente. É também uma relação cheia de afeto. Tem sido o melhor dos mundos, trabalhar com uma pessoa que eu gosto e  admiro.


Como está a elaboração da trilha sonora? E como será o estilo da música de Lui Lorenzo?
Paulo Silvestrini - 
É uma trilha pop, divertida e heterogenia. O repertório do  Lui Lorenzo, um cantor pop de gosto duvidoso, é todo original, composto e produzido especialmente para o personagem. O José Loreto se dedicou muito e o resultado foi  sensacional. A Sol, personagem da Sheron, além de cantar como backing vocal de Lui, pertence ao coral da igreja então vai cantar música gospel também. A Sheron é afinada, possui um timbre lindíssimo e empresta muita emoção ao repertório.


Você está há quase 30 anos na Globo. Agora em "Vai na Fé" é a sua estreia no horário das 19h como diretor artístico. Qual a sua expectativa com esse trabalho para sua carreira?
Paulo Silvestrini - Televisão é a minha paixão. Gosto da experiência de criar com  a equipe e o elenco, da oportunidade de conviver com universos tão diversos, de aprender coisas novas. Respeito profundamente a relação do público brasileiro com as novelas da TV Globo. Estar à frente de um projeto como esse é uma enorme responsabilidade, mas é também um prazer inigualável.


Seu último trabalho em novelas foi "Malhação - Viva a Diferença", em 2017, que conquistou o Emmy Kids Internacional, e esteve à frente de várias temporadas do seriado "Sandy & Junior". Como pretende explorar sua experiência com o público jovem para "Vai na Fé"?
Paulo Silvestrini - Tive a sorte de me relacionar com um público disposto a entrar em contato com o novo, jovens de todas as idades. Nossa novela está atenta às pautas e a agenda da sociedade contemporânea e buscamos lidar com elas de forma responsável e respeitosa. Estou sempre atento às questões sensíveis aos jovens e busco olhar pra elas com delicadeza.


O que o público pode esperar da novela?
Paulo Silvestrini - O público pode esperar uma novela com muito humor, leveza e emoção. Tem relevância, contemporaneidade e informação. É uma história linda contada por personagens apaixonantes com os quais vale a pena conviver.


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