sábado, 3 de fevereiro de 2024

.: Crítica musical: Danilo Caymmi recria clássicos da MPB em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O cantor, compositor e músico Danilo Caymmi lançou o álbum “Danilo Caymmi Andança 5.5”, uma referência ao clássico eternizado por Beth Carvalho na época dos festivais. E resgata canções desse fértil período de nossa música, em releituras que ficaram acima da média.

O repertório é fruto de uma pesquisa do músico e produtor Flávio Mendes, que já havia produzido o projeto "Danilo Caymmi Canta Tom Jobim". Ele trouxe uma lista de músicas lançadas no entorno de “Andança” e dos Festivais da Canção, do final dos anos 60. A partir desta seleção, chegaram a um consenso sobre o que entraria no disco.

“Danilo Caymmi Andança 5.5” é um álbum de intérprete, uma espécie de trilha sonora da sua trajetória musical. Mesmo reunindo clássicos como “Sabiá”, “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores”, “Travessia”, “Pra Dizer Adeus”, “Eu a Brisa”, “Viola Enluarada” e “Andança”, entre outros, não tem caráter saudosista, como explica Danilo: “A ideia foi gravar essas canções à minha maneira, dar novas versões para elas. Eu sinto que estou no meu melhor momento como intérprete e o disco traduz muito bem esse momento”.

A capa do álbum reproduz um dos quadros pintados por Danilo Caymmi  durante a pandemia. Estudante de arquitetura, Danilo herdou do pai Dorival não só a veia musical, mas também o talento para a pintura. Difícil apontar uma faixa como destaque. Todas estão muito bem produzidas e a voz de Danilo está cada vez melhor. Assim como seus irmãos (Nana e Dori Caymmi), ele mostra ser um excelente intérprete, capaz de trazer as canções para o seu estilo suave de cantar.

"Viola Enluarada"

"Andança"

 
"Travessia"

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