quinta-feira, 31 de julho de 2025

.: "Um Clássico: matou a Família e Foi ao Cinema" em cartaz na Vila Maria Zélia


Com uma abordagem ácida e provocativa, o espetáculo desconstrói a moralidade e explora os limites entre realidade e ficção, revelando os dilemas de uma geração perdida. Na imagem, 
Walmick de Holanda, Carlos Jordão e Lucas Rocha em cena. Foto: Dany Fontana

Com uma abordagem crítica e provocativa, o espetáculo "Um Clássico: matou a Família e Foi ao Cinema" desconstrói a moralidade e explora os limites entre realidade e ficção, revelando os dilemas de uma geração perdida. A nova temporada acontece de 9 de agosto a 7 de setembro, com sessões aos sábados e domingos às 16h00. Ingressos a R$ 80,00 e R$ 40,00 na temporada de resistência do grupo XIX na Vila Maria Zélia.

A peça está indicada ao prêmio Shell 2025 na categoria melhor Direção. Participou do Festival de Teatro de Curitiba de 2025, do Farofa na Funarte-São Paulo, além de já ter sido contemplada pelo prêmio Zé Renato de Circulação da Secretaria de Cultura de São Paulo. 

Decorrente do núcleo de pesquisa O Cinema Como Presença, desenvolvido e orientado por Luiz Fernando Marques - Lubi, dentro do contexto dos núcleos de pesquisa do Grupo XIX de Teatro, a montagem traz a busca por pertencimento e a banalização da violência traçando um retrato de uma geração perdida entre o desejo de se rebelar e a incapacidade de agir.

Inspirado em dois filmes marcantes dos anos 60 - "Matou a Família e Foi ao Cinema", de Júlio Bressane, que trouxe terror e comédia juntos ao cinema e "Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora", de Djalma Limongi, um dos primeiros filmes a abordar uma relação homossexual no cinema brasileiro - o espetáculo brinca com a fronteira entre o que é visto na tela e o que acontece ao vivo. No palco, dois homens, duas mulheres e um narrador criam um jogo onde passado e presente se confundem, convidando o espectador a construir sua própria narrativa.

Essa história cinematográfica leva aos palcos um olhar inquietante sobre a apatia contemporânea e o papel do entretenimento na construção de narrativas que anestesiam a realidade. Com uma encenação provocativa, o espetáculo convida o público a refletir sobre os limites entre a ficção e a brutalidade do cotidiano.


Sobre a Temporada de Resistência na Vila Maria Zélia
Desde 2004, o grupo XIX de Teatro realiza uma residência artística nos espaços históricos e públicos da Vila Maria Zélia. Em 2025, o grupo foi intimado a se retirar do local. A princípio, a temporada realizada em maio marcaria a despedida de uma trajetória de 21 anos de residência. Uma solicitação de diálogo foi feita à Funarte, que se dispôs a interceder junto ao INSS. No entanto, enquanto não há uma definição sobre a permanência no espaço, o grupo segue sendo cobrado pelos aluguéis vigentes.

Neste contexto, serão realizadas uma série de ações voltadas à manutenção do grupo na Vila Maria Zélia, sendo esta temporada parte dessas iniciativas. Como forma de ampliar o acesso do público, está sendo oferecida uma cota de ingressos sociais gratuitos. Não será exigida qualquer forma de comprovação para a retirada desses ingressos, seja na compra online ou na bilheteria. Siga a peça no Instagram @umclassico.mffc.


Sinopse de "Um Clássico: matou a Família e Foi ao Cinema"
Em um país onde cinemas se transformaram em igrejas pentecostais, dois filmes brasileiros pioneiros, lançados em 1968 e 1969, abordam temas homoafetivos. Essas histórias pertencem a um passado conservador em preto e branco ou são presságios de um presente tingido de sangue?

Os clássicos de Júlio Bressane e Djalma Limongi (1950-2023) se encontram na fricção entre cinema e teatro, dando forma a uma experiência única. O público recria a narrativa, mesclando o que foi filmado com o que acontece ao vivo. Dois filmes, uma peça, duas mulheres, dois homens e um narrador entrelaçam passado e presente na busca por um futuro mais diverso.


Ficha técnica
Espetáculo "Um Clássico: matou a Família e Foi ao Cinema"
Direção e dramaturgia: Luiz Fernando Marques (Lubi). Diretora assistente: Juliana Mesquita. Artistas Colaboradores e Atuantes: Bruna Mascarenhas, Clara Paixão, Carlos Jordão, Lucas Rocha e Walmick de Holanda. Cenografia e Edição de vídeo: Luiz Fernando Marques (Lubi). Figurino, visagismo e direção de arte: Bruna Mascarenhas, Clara Paixão, Carlos Jordão, Juliana Mesquita, Lucas Rocha, Luiz Fernando Marques Lubi e Walmick de Holanda. Técnico de Luz, som e vídeo: Luiz Fernando Marques (Lubi) e Juliana Mesquita Técnico de apoio: Cafi Otta e Luís Roberto Oliveira Mídias Sociais: Wagner Marinho Produção:Grupo XIX e Corpo Rastreado Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.


Serviço
Espetáculo "Um Clássico: matou a Família e Foi ao Cinema"
De 9 de agosto a 7 de setembro - Sábados e domingos, às 16h.
Duração: 80 minutos. Indicação: Maiores de 18 anos. Capacidade: 50 espectadores por sessão. Ingressos: R$ 80,00 e R$ 40,00.Compras pelo Sympla : https://www.sympla.com.br/eventos?s=um%20classico%20matou
Vila Maria Zélia - Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone – (11) 2081-4647. Acessibilidade. Estacionamento: gratuito. 

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