segunda-feira, 27 de outubro de 2025

.: Do glamour à sofrência: atriz Alice Wegmann transita entre novela e série


Depois de Solange em "Vale Tudo", Alice Wegmann volta à TV em grande estilo como Raíssa, estrela da terceira temporada de "Rensga Hits!". Foto: Alexandre Maciel

Quem acompanhou a reta final do remake de "Vale Tudo" ainda guarda na memória a energia solar de Solange, vivida por Alice Wegmann. Mal se despediu da personagem, e a atriz já volta ao horário nobre com outro papel vibrante: Raíssa Medeiros, protagonista da terceira temporada de "Rensga Hits!", série ambientada no universo sertanejo, que pode ser assistida na TV Globo, às quintas-feiras, logo após a novela "Três Graças".

Entre microfones, rivalidades e paixões de arrebatar, Raíssa vive o auge da carreira - e também suas maiores dores. Em entrevista, a atriz fala sobre o desafio de transitar entre duas personagens intensas, a experiência de gravar uma cena marcante logo após um episódio real de tensão e o que aprendeu com cada papel.


Como é para você viver esse momento intenso e contínuo na televisão, com duas personagens tão diferentes - Solange, de "Vale Tudo", e Raíssa, de "Rensga Hits!" - em sequência? Qual é a sua expectativa em relação à recepção do público?
Alice Wegmann - 
É maravilhoso. A Solange e a Raíssa têm trajetórias distintas, mas possuem uma vibração semelhante. Ambas são solares, determinadas, donas de suas escolhas - é bonito de ver. Acho que a Raíssa super faria uma campanha da Tomorrow, e ela e Solange se dariam muito bem! (risos) Tanto a primeira quanto a segunda temporadas de "Rensga" foram um sucesso, e, no Globoplay, a terceira já mostrou a que veio. Tenho certeza de que o público da TV vai adorar.


O que você mais aprecia em cada formato? Existe algo que só uma novela proporciona como atriz, e algo que apenas uma série permite explorar?
Alice Wegmann - 
A novela tem um alcance imenso, uma projeção muito diferente. Ela chega a todo o Brasil, e isso é o que mais me encanta. Nas séries, gosto da característica de ser um formato fechado, que nos permite pensar em começo, meio e fim, e desenhar as curvas do personagem com base no que nos é dado desde o início. As séries também oferecem uma densidade artística mais profunda porque, nesse tipo de trabalho, conseguimos ficar mais atentos aos detalhes. As novelas têm volume, demandam agilidade, rapidez - então, é preciso entrar num ritmo frenético. E vale dizer que só o Brasil consegue fazer isso como fazemos. Nesse aspecto, somos mestres.


Na nova temporada de "Rensga", Raíssa mergulha no trabalho e experimenta o sabor da fama, mas também enfrenta uma nova rivalidade e dilemas amorosos. Em meio a esse turbilhão emocional, qual foi a cena mais desafiadora para você gravar?
Alice Wegmann - 
Acho que a última cena da terceira temporada. Não pela cena em si, mas pelo que aconteceu antes dela. Eu estava a caminho da gravação, com o motorista que me buscava em casa, quando vimos um homem atropelado e paramos para socorrê-lo. Chamamos a ambulância, liguei para a mãe dele para avisar, e, depois que ele foi levado ao hospital, voltamos à estrada. Cheguei ao set ainda em choque, e para gravar uma cena de comédia. Nossa profissão é muito maluca: mais difícil do que fazer uma cena triste quando estamos felizes é fazer uma cena feliz quando estamos tristes. Mas é aí que mora a beleza do nosso ofício – dar dignidade a qualquer cena, mesmo que nossa emoção não esteja correspondendo.


E qual momento da Raíssa, nesta terceira temporada, você guarda com mais carinho?
Alice Wegmann - 
Gosto muito da cena do velório, porque “Romaria” é uma música que eu sempre quis ver na série. Pedi muito à Renata Corrêa, nossa autora maravilhosa, e ela inseriu no melhor contexto possível: as duas irmãs puxando o coro e cantando. Ficou tudo tão bonito. Foi emocionante de filmar.


Há alguma característica da Solange que você acredita que levará consigo após o fim da novela? E da Raíssa, existe alguma marca da sertaneja que você incorpora na sua vida?
Alice Wegmann - 
A Solange é muito autêntica e não tem medo de se arriscar - seja na forma de se vestir, de trabalhar ou de se relacionar. Gosto disso e levo para minha vida também. Quanto à Raíssa, admiro a maneira como ela diz “não” e se impõe em certos momentos. Acho que ela me ensinou a ser um pouco mais assim. Eu costumava ser muito boazinha e ingênua. Hoje me sinto mais atenta.

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