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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

.: "Conquistada até terça" chega às livrarias em outubro pela Verus

“Conquistada até terça” chega às livrarias em outubro pela Verus


Judy acabou de se formar na faculdade de arquitetura e decide aceitar a oferta do irmão mais velho para ficar um tempo na casa dele em Los Angeles. Mas seu irmão é ninguém menos que o super famoso Michael Wolfe, então, já era de se esperar uma residência cheia de alarmes e câmeras de segurança. Além, claro, de um guarda-costas à disposição. O escolhido para o trabalho é Rick Evans, um velho conhecido de Judy.

Musculoso, de olhos verdes e com um belo sorriso, Rick poderia ter a mulher que quisesse, mas está apaixonado pela irmã do seu chefe. Quando Judy sofre um ataque, ele sabe que não vai parar até ter certeza de que a mulher da sua vida está a salvo.

“Conquistada até terça” é o quinto volume da série “Noivas da semana”, que já vendeu mais de dois milhões de exemplares nos Estados Unidos e teve os direitos de publicação comprados por 11 países.

Sobre a autora: Catherine Bybee foi criada no estado de Washington, nos Estados Unidos. Depois de se formar no ensino médio, mudou para o sul da Califórnia onde mora até hoje. Atualmente ela é escritora em tempo integral e vive com o marido e dois filhos.


Livro: Conquistada até terça
Autora: Catherine Bybee
Páginas: 294
Tradução: Sandra Martha Dolinsky
Editora: Verus | Grupo Editorial Record 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

.: Lançamento do livro "Como enlouquecer seu professor de física"

A Editora do Brasil acaba de lançar a obra infantojuvenil "Como enlouquecer seu professor de física", da autora Elika Takimoto. Com uma narrativa dinâmica e envolvente, o livro reflete sobre o ensino de Física e sobre como o questionamento é importante para construir novos conceitos. Filosofar sobre uma ciência exata não é impossível, como prova esse texto divertido e criativo da professora, pesquisadora e escritora Elika Takimoto.

No dia 22 de outubro, às 15h, na Livraria da Travessa (R. Voluntários da Pátria, 97, Botafogo - RJ) a autora apresentará a obra e estará disponível para autógrafos. O evento será aberto ao público. 

.: Mayim Bialik: Estrela de The Big Bang Theory lança obra divertida para garotas

Atriz norte-americana Mayim Bialik, que atua na série e que também fez sucesso como a protagonista de Blossom, dá ensinamentos valiosos em Girling Up, lançamento da Primavera Editorial


Oxigênio. Carbono. Hidrogênio. Nitrogênio. Cálcio. Fósforo. Não, não é uma aula de química. Esses são os elementos que constituem todo o organismo do ser humano! E mesmo que o corpo seja feito de seis coisas apenas, há tantas mudanças físicas, cerebrais, emocionais que nem parece que essa “massa” corpórea seja tão simples. No caso das meninas, o peso para certas coisas é ainda maior! No livro Girling Up – Como se Tornar Uma Mulher Saudável, Esperta e Espetacular, Mayim Bialik, a Amy da série The Big Bang Theory, ensina, de maneira divertida e estimulante, vários conceitos importantes do ponto de vista biológico que afetam a vida das garotas por inteiro.

Além de suas famosas atuações como Blossom (uma adolescente inteligente e sarcástica, cujo nome também é a denominação da série dos anos 90) e Amy Farrah Fowler (ainda atuante), Mayim é PhD em Neurociência pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). É com esta formação que ela traz ensinamentos sobre a puberdade de maneira bem simples de forma que as garotas não precisam ser especialistas para entenderem. Mayim aborda assuntos como as mudanças no corpo e as diferenças entre meninas e meninos, mas de forma que a leitora vá além dos estereótipos sociais, aprenda a se conhecer de fato e preserve sua saúde física e mental, livrando-se das cobranças desnecessárias.

Quando vejo TV, vou ao cinema ou dou uma olhada nas redes sociais, vejo um monte de coisas espetaculares e gente super feliz. Vejo pessoas com famílias sorridentes, animais de estimação adoráveis, casas bonitas, amigos presentes, relacionamentos amorosos e o que frequentemente parecem vidas perfeitas. As coisas que as pessoas postam mostram um mundo de alegria e sucesso, mas nem sempre a vida é assim. Coisas ruins acontecem. Nós ficamos tristes. Surgem situações com as quais nós nem sempre sabemos como lidar. E às vezes pode parecer que, se a nossa vida não é como a vida dos outros, há algo de errado com a gente.

Sempre em tom didático, a autora conscientiza as meninas sobre como é essencial ter uma alimentação saudável, levando em consideração a importância do momento das refeições, a questão do consumo de água, a necessidade da prática de exercícios físicos e outros hábitos saudáveis, sob um viés natural, de forma a romper os padrões que a sociedade impõe para o corpo “perfeito”.

Mayim explica ainda todos os dilemas da puberdade do ponto de vista da neurociência, o que facilita a compreensão e identificação. A autora fala até mesmo dos sintomas físicos da paixão, o que muda no comportamento, os hormônios e os métodos contraceptivos para evitar gravidez precoce e doenças.

A neurocientista aborda também os aspectos pessoais que podem ajudar as meninas a serem fortes para enfrentar as dificuldades da vida. Através de exemplos de pessoas reais que contribuem para a construção de um mundo melhor, Mayim estimula as leitoras a fazerem a diferença.

Girling Up, que é lançamento da Primavera Editorial, chega às livrarias no mês de outubro.

Sobre a autora: Mayim Bialik, que interpreta a personagem Amy Farrah Fowler de The Big Bang Theory, não deve ter tido muita dificuldade para encarnar uma personagem nerd. Afinal, a atriz que também fez sucesso quando mais jovem como protagonista da série Blossom, é bacharel e tem um PhD em Neurociência pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA). Antes disso, ela foi aceita pelas universidades de Harvard e Yale, mas decidiu que não queria ficar longe dos pais. Bialik já foi indicada ao Emmy por sua atuação na série de TV e diz que preferiu não seguir carreira de pesquisadora universitária para ter mais tempo com os filhos.

Livro: Girling Up
Autora: Mayim Bialik
Formato: 13 x 18 cm
Número de páginas: 160

.: Intolerância religiosa: uma livre expressão do crime

Em defesa das vítimas de um ato injusto e de um julgamento precipitado de um protestante em um país católico, Voltaire escreve "Tratado Sobre a Tolerância" e dissemina o respeito


Torturado e morto injustamente! Aonde leva o fanatismo religioso? A cegueira religiosa não presta o direito à defesa, nem a uma contestação e muito menos à investigação. Voltaire, avesso a qualquer tipo de injustiça, escreveu a obra Tratado Sobre a Tolerância, em memória de uma vítima de um estado religioso.

Em tempos de intolerância religiosa, a Edipro relança a obra de Voltaire para que seja possível o entendimento dos problemas sociais que a falta de respeito com a fé do próximo pode causar.

Em outubro de 1761, Marc-Antoine, filho de Jean Calas, foi encontrado morto. Sem sinais de violência, todos os indícios apontavam para o suicídio por enforcamento. Entretanto, Calas era um protestante em uma França oficialmente católica e foi culpado.

A intolerância religiosa levou a um julgamento precipitado, à prisão, banimento de sua família, e à tortura e morte de Jean Calas. Vítima da intolerância por sua religião, o pai injustiçado motivou uma das maiores revoltas contra o sistema jurídico da história da França e uma das mais inspiradas e importantes obras de Voltaire.

Levantando-se contra essa barbárie e em defesa da justiça à memória de Calas e de sua viúva, Voltaire publicou este incrível tratado sobre tolerância. Em uma época ainda marcada pela guerra das religiões francesas, o filósofo ataca o fanatismo religioso e prega a aceitação e respeito ao próximo.

Tratado Sobre a Tolerância é uma peça de filosofia e ao mesmo tempo uma defesa jurídica de Voltaire em favor da família de Jean Calas. Registro de um dos processos jurídicos mais famosos da história, transformada em uma das mais brilhantes obras. É um texto que, infelizmente, continua necessário nos dias de hoje.

Sobre o autor: François-Marie Arouet (1694 – 1778), mais conhecido como Voltaire, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês. Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio. Deixou mais de 70 obras em diversos gêneros literários (peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas, cartas e panfletos). Por atacar os privilégios da realeza e do clero em suas obras, foi preso por duas vezes. Para escapar a uma terceira prisão, refugiou-se na Inglaterra por três anos.

Livro:
Autor: François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire
Editora: Edipro
Gênero: Filosofia/História
Edição: 1ª edição, 2017
Tamanho: 14x21
Número de páginas: 128


.: Livro-reportagem de Renata Cafardo: O furo que mudou a história do ENEM

Em livro-reportagem, Renata Cafardo conta como teve acesso à prova roubada em 2009, revela os erros da licitação para a aplicação do exame e faz um balanço das políticas públicas da educação dos anos 90 até hoje. O lançamento será no dia 30 de outubro, uma semana antes do ENEM 2017, na Livraria da Vila Pátio Higienópolis, a partir das 19h


30 de setembro de 2009, o telefone toca na redação de O Estado de São Paulo, um dos maiores jornais do país. Um “informante” diz à jornalista Renata Cafardo ter uma cópia da prova do ENEM, que seria aplicada dali a alguns dias a milhões de estudantes de todo o país. O exame daquele ano tinha sido anunciado com pompa pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad: ele substituiria as 55 provas de vestibulares das universidades federais do país. Renata, que era chefe de reportagem na época, conseguiu convencer a direção do jornal a marcar o encontro para tirar a história a limpo. Ela foi acompanhada do colega de redação Sergio Pompeu e dois fotógrafos. O desafio era botar a mão na prova sem ceder à chantagem do informante, que queria dinheiro para entregar o documento ao jornal.
               
A história de como conseguiu publicar um dos maiores furos de reportagem do jornal está contada, em detalhes, em “O roubo do ENEM”, livro que ela lança no fim de outubro, pela Record. Como jornalistas não pagam para obter informações, Renata não pôde ficar com a prova, mas conseguiu memorizar várias questões e, com elas em mente, procurou imediatamente o Ministério da Educação. A confirmação de que a prova tinha sido mesmo roubada só veio de madrugada, mas o jornal conseguiu publicar a história no dia seguinte, já com a notícia de que o ENEM seria cancelado. Os homens que roubaram a prova do ENEM chegaram a procurar outros repórteres de jornais, revistas e até de um site de notícias, mas nenhum dos veículos levou a apuração adiante.
               
“O livro é precioso não apenas pelo ensinamento que deixa aos estudantes e praticantes da profissão, mas, principalmente, porque retrata com confiança e precisão o papel da imprensa em sociedades democráticas. Neste livro, aprendemos que, além de fiscalizar o poder, a imprensa lança luzes que podem balizar os atos da administração pública em noites de breu, como faróis ao longe”, escreve o jornalista Eugênio Bucci no prefácio à obra.
               
Renata, que cobre a área de Educação há mais de 17 anos, e é uma das fundadoras da Associação de Jornalistas da Educação (JEDUCA), recheia o livro com uma boa cronologia das políticas públicas da área desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando começaram a surgir as primeiras avaliações de instituições educacionais no país. Ela mostra também como erros na licitação do consórcio que aplicaria a prova e na fiscalização do processo acabaram facilitando o roubo da prova. Funcionários do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação), órgão responsável pelo ENEM, chegaram a escrever notas técnicas apontando falhas de segurança na gráfica que imprimiu a prova. Mas, segundo o então presidente do órgão, Reynaldo Fernandes, ele e o ministro Haddad não tiveram acesso a essas informações.

“O Enem perdeu muita credibilidade pelo que aconteceu, algo que não foi recuperado ainda hoje, apesar de ser o maior exame do país e selecionar para centenas de universidades. A cada ano surgem notícias de pequenos vazamentos, supostos ou verdadeiros. Mas, mesmo assim, por inúmeras razões que explico no livro, ele se consolidou fortemente. Difícil saber exatamente quais seriam as consequências para o Enem se ele tivesse sido anulado depois da realização naquele ano. Mas há uma possibilidade de que o novo Enem enfraquecesse tanto que deixaria de existir em um curto espaço de tempo”, reflete Renata, em entrevista ao blog da editora.

O livro traz revelações sobre como o Ministério vem tentando aprimorar a aplicação do ENEM, seja em termos de segurança, mas também, e principalmente, na qualidade do conteúdo das provas. Para isso, o grande desafio é o banco de itens das disciplinas. O MEC costumava testar as questões em escolas particulares, mas em 2011 outro escândalo abalou a credibilidade do ENEM: na prova daquele ano, havia questões aplicadas anteriormente num teste de um colégio no Ceará, e a prova para os alunos daquela unidade escolar teve que ser cancelada. Durante a apuração para escrever o livro, Renata descobriu que o governo criou um programa de bolsas chamado “Jovens Talentos para a Ciência” para alunos que cursavam o primeiro ano das faculdades federais. A prova para conseguir a bolsa servia como teste dessas questões, a serem aplicadas depois no ENEM.

A autora, que chegou a ser ameaçada pelos homens que roubaram a prova, contou que teve medo de transformar a história em livro, mas disse que decidiu ir adiante por achar que ele pode “contribuir na formação de outros jornalistas, fazê-los refletir sobre a profissão, as relações com o governo e com as fontes, sobre o posicionamento diante de uma notícia importante”.  Além disso, diz Renata, “a história do roubo do Enem ajuda a aumentar o interesse pelo jornalismo de educação. Estudantes e jornalistas percebem que é possível também fazer grandes matérias de educação, com repercussão gigantesca, premiações. Isso não está restrito ao mundo da política ou economia. Ficaria muito feliz também se o livro levasse a reflexões sobre a educação no Brasil, sobre políticas de avaliação, sobre os políticos e técnicos envolvidos na educação brasileira. Os personagens dessa história do roubo do Enem estão todos por aí, ainda atuando na educação e na política”, conclui.

O livro será lançado no dia 30 de outubro, uma semana antes do ENEM 2017.


ORELHA: Por Antônio Gois 
Na última semana do mês de setembro de 2009, mais de 4 milhões de jovens brasileiros e seus familiares contavam ansiosamente os dias finais à espera do maior vestibular que seria realizado no país. O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) fora reformulado naquele ano pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad, e passaria a substituir processos seletivos das mais concorridas universidades federais. Era uma grande operação de guerra, e nada podia dar errado.
Porém, numa quarta-feira, 72 horas antes do primeiro dia de prova, uma bomba em forma de notícia chegou à redação do jornal O Estado de S. Paulo: a prova havia sido furtada, e estava sendo oferecida a alguns dos principais meios de comunicação.
O que aconteceu depois entrou para a história do jornalismo brasileiro. Sem ceder aos pedidos de pagamento, os repórteres Renata Cafardo e Sergio Pompeu marcaram um encontro com os criminosos, que tentavam lucrar com o material. Bastou uma rápida folheada nos papéis para que Renata, repórter especializada em educação, percebesse que não era blefe: aquela era mesmo a prova do Enem, fato que ela confirmaria com o MEC em poucas horas. No dia seguinte, o Estadão estampou em sua manchete o furo, e o exame foi cancelado.
O roubo do Enem traz os bastidores e novas revelações desse episódio. Faz também um mergulho na trajetória do exame, desde sua origem, em 1998, passando por todas as mudanças que o fizeram ganhar a dimensão gigantesca que tem até hoje. É leitura eletrizante não só para jornalistas, estudantes e professores, mas também para todos aqueles que têm prazer em conhecer uma boa história, com apuração minuciosa e contada em narrativa envolvente.

TRECHO: 
“Um deles perguntou se eu estava gravando o encontro. A pedido do Estadão, eu tinha um gravador em cada bolso do casaco, ambos ligados. Respondi que não.
O moreno acreditou e abriu a pasta. Tirou um caderno cheio de folhas brancas e a fechou de novo. Notei que havia mais coisa lá dentro. Ele deixou que eu manuseasse o material e não percebeu minhas mãos trêmulas. Passei a virar página por página, com o cuidado de quem duvida do que vê. Connasel, Inep, siglas familiares. [...]

Eu ainda não tinha certeza disso, mas, na noite de 30 de setembro de 2009, havia folheado o Enem. Naquele ano, pela primeira vez, a prova tinha sido levada à posição de maior vestibular da história do país por decisão do Ministério da Educação. Seria aplicada a 4,1 milhões de estudantes em todo o Brasil, dali a três dias. Deveria estar guardada sob rigoroso sigilo.”

SOBRE A AUTORA: Renata Cafardo é jornalista e escreve sobre educação desde o ano 2000. Trabalhou durante dez anos na redação do jornal O Estado de S. Paulo e foi repórter da TV Globo por seis anos. Em 2016, fundou com colegas a Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), que tem o objetivo de melhorar a cobertura jornalística na área de educação no país. Durante o período em que morou em Nova York, em 2016-2017, fez colaborações para a Folha de S.Paulo e foi uma das jornalistas do mundo todo aprovadas para participar do Dart Center Global Reporting Institute, sobre desenvolvimento na primeira infância, da Universidade de Columbia. Já recebeu mais de dez prêmios de jornalismo. Pela matéria sobre o vazamento do Enem, ganhou o Prêmio Embratel, o Prêmio Ayrton Senna e o Prêmio Estado, e foi finalista do Prêmio Esso de Jornalismo.

Livro: O roubo do ENEM
Autora: Renata Cafardo 
Páginas: 210
Editora: Record / Grupo Editorial Record

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

.: Autobiografia de Goethe lança luzes sobre a humanidade do escritor

Em nova edição brasileira, o texto abrange a vida do poeta contada por ele mesmo e revela o homem por trás da monumentalidade de sua obra Autobiografia de Goethe lança luzes sobre a humanidade do escritor.

Homem de múltiplos talentos, Johann Wolfgang von Goethe dedicou-se sobremaneira à escrita, que o imortalizou como um dos mais destacados pensadores da humanidade. Porém, se sua obra literária recebe luzes constantes, a fatia não literária produzida pelo poeta alemão, de suma importância para se entender quem é o homem e, por consequência, sua obra, ainda não é tão acessível ao grande público. Para completar essa lacuna, a Editora Unesp lança a autobiografia "De Minha Vida: Poesia e Verdade".

“Esta tradução se constrói menos em torno de uma imagem de monumentalidade da obra e de genialidade de seu autor do que em torno de uma imagem mais humanizada de Goethe”, anota Mauricio Mendonça Cardozo, responsável pela tradução, apresentação e notas. O alemão “sentindo, pensando, lendo e escrevendo em seu tempo, soube atravessar a espessura de suas experiências com intensidade”, continua. A densidade de sua obra ressoa atual nos ouvidos do século XXI.

Dividido em quatro grandes partes, o texto conta com um sistema de referências cruzadas para dar conta de mencionar um grande número de obras e personalidades ao leitor interessado sem repetir exaustivamente informações já mencionadas. 

“Pois esta parece ser a principal tarefa da biografia: apresentar o homem no contexto das relações de seu tempo, mostrar o quanto ele a elas resiste e o quanto delas se beneficia; de que modo, a partir delas, constrói sua visão do mundo e do homem; e de que modo elas impactam em sua condição de artista, poeta, escritor”, escreve Goethe.

"De Minha Vida: Poesia e Verdade" é a segunda obra lançada pela Editora Unesp com o objetivo de oferecer ao leitor brasileiro um acesso tão amplo quanto possível à variedade da obra não literária do alemão. A série, coordenada por Mario Luiz Frungillo, foi planejada em três grandes seções, tendo como abertura as Conversações com Goethe, de Johann Peter Eckermann, publicada em 2016. A primeira seção reunirá as principais obras de caráter autobiográfico e os relatos de viagem, a segunda será dedicada aos escritos de estética, e a terceira, às suas incursões no campo das ciências da natureza.

Sobre o autor 
Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832) nasceu em Frankfurt, na Alemanha. Foi poeta, dramaturgo, romancista e ensaísta e é considerado o maior nome da literatura alemã. Escreveu obras mundialmente consagradas como "Fausto" e "Os Sofrimentos do Jovem Werther". A Editora Unesp publicou "Conversações com Goethe nos Últimos Anos de Sua Vida (1823-1832)", do poeta Johann Peter Eckermann, que possibilita conhecer melhor tanto o literato quanto a sua época.  

Título: "De Minha Vida: Poesia e Verdade"
Autor: Johann Wolfgang von Goethe
Tradução, apresentação e notas: Mauricio Mendonça Cardozo
Número de páginas: 955

domingo, 15 de outubro de 2017

.: A autobiografia do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau

Em 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos com um discurso extremamente conservador em relação aos mais diversos assuntos – entre eles imigração, política externa e saúde das mulheres. 

Cerca de um ano antes, Justin Trudeau havia liderado o Partido Liberal do Canadá numa vitória histórica, garantindo importante maioria parlamentar e tornando-se o primeiro-ministro do país. Embora sejam contemporâneos e governem países vizinhos, os dois são constantemente citados em posições antagônicas, já que o canadense tem chamado a atenção do mundo por sua abordagem política liberal e altamente progressista. 

A ideia de que uma das maiores forças do Canadá é sua diversidade é um dos pilares do seu discurso, e permeia todo o texto de “Tudo Aquilo Que Nos Une”, autobiografia de Trudeau, que a BestSeller coloca nas livrarias em outubro.

Quando Justin Trudeau nasceu, seu pai, Pierre Trudeau, era o primeiro-ministro do Canadá. Um dos mais admirados líderes políticos da história do país, Pierre foi uma influência determinante na vida de Justin. Ele começa o relato narrando as aventuras ao ar livre com o pai e os dois irmãos, os altos e baixos da infância na residência oficial, suas viagens pelo mundo ao lado de Pierre e alguns engraçados encontros infantis com nomes importantes da política na época, como o presidente americano Ronald Reagan e a Princesa Diana.

Mas, apesar de não negar sua influência, o líder canadense faz questão de apontar suas diferenças – que ficaram claras pela primeira vez, ele conta, ao ser reprovado em uma matéria na escola, onde o pai também havia estudado e sido um aluno exemplar. O jeito rígido de lidar com as pessoas e a intelectualidade um tanto conservadora não foram hereditárias: ao contrário de seu pai, Justin diz gostar de estabelecer conexões pessoais, nas ruas. E é famoso também por gostar de cultura pop – ele causou comoção na internet ao aparecer vestindo uma blusa de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, por exemplo.

Justin Trudeau não foge de momentos difíceis, e fala no livro sobre a separação dos pais, que foi prato cheio para os jornais à época, quando ele ainda era criança. O político conta como a luta da mãe contra o transtorno bipolar moldou sua relação com os filhos, e destaca ainda as divergências irreconciliáveis de personalidade entre os pais, cuja diferença de idade era de 30 anos.  Outra passagem emocionante é a morte de Michel, seu irmão mais novo, aos 23 anos. Ele desapareceu após uma avalanche enquanto esquiava, e a perda foi especialmente difícil para o pai, que acabou falecendo dois anos depois.

Em ordem cronológica, o premier canadense fala ainda da adolescência, com suas divertidas “tentativas de desenvolver uma identidade social”, a “acne terrível”, e o mau jeito com as meninas; conta sobre seu período na faculdade e a “breve fase de farra”; e narra como foi afetado por uma viagem de um ano pelo mundo feita em meio à faculdade. Trudeau relata ainda suas experiências como professor em escolas e instrutor de snowboard, seu amor pelo boxe e o começo de sua família, ao conhecer a hoje esposa, Sophie.

A entrada para a política, que sempre pareceu inevitável, acabou vindo mais tarde. Relutante em seguir os passos do pai, foi só em 2006 que ele decidiu participar mais de perto: quando os liberais perderam a eleição em janeiro, Trudeau sentiu que poderia oferecer algo à renovação do partido. Começou fazendo pesquisas, elaborando relatórios e, no ano seguinte, decidiu disputar um cargo no parlamento pelo distrito de Papineau, em Montreal. Desacreditado pelo próprio partido, por comentaristas e jornalistas, investiu numa campanha de “corpo a corpo”, conhecendo os eleitores nas ruas. A estratégia deu certo e, a partir daí, sua subida foi constante.

No relato, ele faz uma autocrítica importante da atuação do Partido Liberal que, em 2011, sofreu uma grande derrota. “O principal motivo foi o Partido Liberal ter perdido o contato com os canadenses, e nós estávamos ocupados demais com brigas internas para perceber. Acabamos pagando caro pelo erro”, escreve. Em suas campanhas seguintes, para a liderança do partido e, por fim, para o cargo de primeiro-ministro, Trudeau investiu em ouvir os jovens, abraçar as minorias e usar a internet com inteligência – algo muito parecido com o que Barack Obama havia feito nos EUA anos antes.

O livro ajuda a entender por que Trudeau é personagem habitual de reportagens que destacam suas opiniões progressistas sobre a legalização do aborto e da maconha, por exemplo, ou sua decisão de abrir as portas do país para mais de 40 mil refugiados em meio à crise no Oriente Médio e na Europa. Seu gabinete, um grupo heterogêneo formado por homens e mulheres das mais distintas ascendências e etnias, também chamou atenção na época de sua posse. Ao ser perguntado por que havia escolhido um grupo tão diverso, ele respondeu apenas: “Porque estamos em 2015”.

O livro traz ainda um encarte com dezenas de fotos, oficiais e pessoais, que ilustram desde a infância de Trudeau até sua relação com os filhos e suas campanhas políticas; além de um apêndice que reproduz cinco de seus principais discursos. 

Trecho:
“Quando eu tinha uns 17 anos, o grupo saiu para uma de nossas primeiras refeições chiques em um restaurante sofisticado no centro de Montreal. Como a maioria dos atos feitos por garotos de 17 anos, a saída foi organizada para impressionar garotas. Eu pedi carnard au vinaigre de framboise [pato com vinagre de framboesa] e fiz questão de inspirar profundamente ao emitir essas palavras para o garçom. Até hoje, meus amigos ainda falam em “bater no Justin até o pato sair” quando parece que estou deixando a situação me subir à cabeça. É um ótimo puxão de orelhas. Nos anos seguintes, independentemente de eu ser aluno, professor, monitor de acampamento ou de partido, esses bons amigos sempre me trataram da mesma forma. Para eles eu sou, e sempre serei, ‘apenas Justin’.”

Justin Trudeau é primeiro-ministro do Canadá e líder do Partido Liberal. Antes de ser eleito, foi professor, defensor do meio-ambiente e porta-voz da juventude. Nascido em 25 de dezembro de 1971, é o filho mais velho do ex-primeiro ministro Pierre Elliot Trudeau. É casado com Sophie Grégoire desde 2005, e eles têm três filhos: Xavier, Ella-Grace e Hadrien.

sábado, 14 de outubro de 2017

.: Historiador contesta versão oficial sobre assassinato dos Romanov

Em 1917, a Revolução Russa mudou a configuração do país – e depois, consequentemente, do mundo – ao derrubar a monarquia e alçar o partido bolchevique e seu regime socialista soviético ao poder. 

Durante pouco mais de um ano, o tsar deposto, Nicolau II, viveu em prisão domiciliar e posterior exílio com a família – a esposa e cinco filhos. Em julho de 1918, toda a família foi executada na cidade de Ecaterimbugo, num dos mais emblemáticos episódios da revolução. 

Embora essa seja a história oficial, sempre houve teorias de que alguns dos membros do clã Romanov pudessem ter, secretamente, escapado da morte. O historiador Marc Ferro é um dos que questiona esta narrativa, como mostra em “A Verdade Sobre a Tragédia dos Romanov”, que a Record lança em outubro.

Em intenso trabalho de pesquisa, Ferro consultou documentos, depoimentos e diários, analisou casos como os de juízes e testemunhas subitamente mortos ou executados, peças do dossiê de instrução subutilizadas e testes de DNA controversos. Por fim, chegou à conclusão de que a tsarina e suas filhas teriam sido salvas graças a um acordo secreto entre bolcheviques e alemães, a partir do qual – e para sempre – elas deveriam se calar sobre terem sobrevivido.

No livro, o especialista em história européia do início do século XX e em história da Rússia e da União Soviética constrói a sua tese: ele detalha seu processo de apuração, revisita as tensões da época e analisa a posterior investigação conduzida pela Rússia. O livro traz ainda um apêndice com a íntegra de alguns dos documentos citados por Ferro, uma cronologia dos acontecimentos e a genealogia da família Romanov, entre outros extras.

Trecho:

“Neste inverno, recebi o telefonema de uma colega americana que ainda não conhecia, Marie Stravlo. De um fôlego só, ela disse: ‘Olá, Marc Ferro, encontrei o rastro de Olga, filha do tsar. Os documentos estão no Vaticano. Você tinha razão em Nicolau II. Suas filhas não foram executadas.’
Há um mês, Marie Stravlo bateu à minha porta, orgulhosa e feliz por ter em mãos o diário de Olga Romanov, escrito nos anos 1950 e intitulado 'Io Vivo'... ['Eu Vivo']. ‘Como você conseguiu descobrir a verdade?’, perguntou ela.
Eu lhe respondo neste livro.
Para ser honesto, minha hipótese, formulada pela primeira vez em 1990 em uma biografia de Nicolau II, foi recebida na França com uma indiferença e um silêncio glaciais. ‘Uma farsa!’, escreveu um jornal londrino.
Como se poderia pôr em dúvida o que se sabia há muito tempo, ou seja, que em 16 de julho de 1918, na casa Ipatiev, em Ecaterimburgo, Nicolau II, sua esposa, seu filho e suas quatro filhas foram selvagemente executados pelos bolcheviques?”

Marc Ferro é historiador e diretor acadêmico da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, codiretor da revista Les Annales e coeditor do Journal of Contemporary History. É autor, entre outros, de “Cinema e História” e “Reviravolta da História: a queda do muro de Berlim e o fim do comunismo, ambos pela Paz & Terra.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

.: "Noite Adentro" de Menalton Braff é o 3o volume da trilogia "Tempus Fugit"

Lançado pela Global Editora, "Noite Adentro" é o livro que encerra a trilogia "Tempos Fugit", iniciada com "Tapete de Silêncio" (2011) e sequenciada por "Pouso do Sossego" (2014). Neste novo romance, composto por dois planos narrativos, um em primeira pessoa e outra na terceira, Menalton Braff adota a forma certeira para emanar a atmosfera de suspense e de dilemas humanos que compõe a chave narrativa do livro.

Num dos planos, Sophia expressa o alumbramento que tinge a experiência de conhecer seu pai, agora homem livre após 20 anos encerrado na prisão. Com tanta distância e tanto silêncio, há muito a ser dito. O encontro entre eles indicia a procura por respostas e por identidades que ficaram vagando em zonas cinzentas da memória e que caminham a partir de então para lugares inesperados e definitivos.

No plano narrado em terceira pessoa, somos levados a conhecer o tumultuado e misterioso universo dos donos do poder de Pouso do Sossego, localidade em que a trilogia está assentada. Osório, doutor Madeira e outros personagens, conhecidos por sua sufocante influência nos rumos públicos e privados da pacata cidade, reaparecem neste livro como figuras emblemáticas de um sistema de valores que, a duras penas, deseja ter as suas verdades perpetuadas.

O autor fará eventos de lançamento: em 20 de outubro, na Livraria Martins Fontes, em São Paulo, e dia 27, em Serrana/SP.

Sobre o autor:
Contista, romancista e professor, Menalton Braff nasceu no Rio Grande do Sul, de onde transferiu-se para a cidade de São Paulo, para concluir o curso de Letras e a Pós-Graduação (lato sensu) em Literatura Brasileira. Em seus dois primeiros livros assinou com o pseudônimo Salvador dos Passos, passando a usar o próprio nome a partir de "À Sombra do Cipreste". Procurando melhor qualidade de vida, abandonou a capital, estabelecendo-se próximo de Ribeirão Preto, onde dedica seu tempo à literatura. Conquistou vários prêmios literários, como o Jabuti - Livro do ano (2000) e foi finalista da Jornada de Passo Fundo, do Portugal Telecom, do Jabuti (duas vezes) e do Prêmio São Paulo de Literatura. Recebeu Menção Honrosa do Prêmio Casa de las Américas - La Habana.



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

.: Livro traz trajetória de escritora deixada de fora da ABL por ser mulher

Livro traz peças inéditas e trajetória de escritora deixada de fora da ABL no século 19


Nos 120 anos da Academia Brasileira de Letras e em uma época em que os debates sobre o papel da mulher na sociedade têm ganhado cada vez mais destaque, Michele Asmar Fanini lança o livro "A (in)visibilidade de um legado: seleta de textos dramatúrgicos inéditos de Júlia Lopes de Almeida" pela Intermeios, em coedição com a Fapesp. A autora dá voz à vida e obra da escritora mais publicada no Brasil durante a Primeira República (1889-1930). Figura que compôs o grupo de idealizadores da ABL, fundada em 1897, mas não integrou a galeria dos imortais por ser mulher. A publicação traz informações biográficas e literárias sobre Júlia Lopes de Almeida (1862 – 1934), além de reunir seis textos dramatúrgicos inéditos. No livro, estão reunidas as peças O Caminho Do Céu, O Dinheiro Dos Outros, Vai Raiar O Sol, A Senhora Marquesa, A Última Entrevista e Laura.

Até a conclusão do livro, foram mais de 4 anos de intensa pesquisa que iniciou por meio de um estudo que tinha como objetivo falar sobre as mulheres e a Academia Brasileira de Letras. A intenção era reconstruir os bastidores do ingresso das escritoras que se elegeram e também os bastidores das "ausências institucionais" femininas. Durante os 80 primeiros anos de existência da ABL, as mulheres foram impossibilitadas de se candidatar.

“Estava investigando as circunstâncias de ingresso de Rachel de Queiroz, que foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na ABL, o que se deu somente em 1977, quando, em minhas buscas no acervo da própria Academia, deparei-me com a instigante história da escritora carioca Júlia Lopes de Almeida. Embora se tratasse da escritora mais publicada da Primeira República e única mulher cogitada a integrar o quadro de membros fundadores da ABL, Júlia Lopes de Almeida protagonizou o primeiro vazio institucional feminino da agremiação”, conta Michele Asmar Fanini.

O marido da escritora, Filinto de Almeida, cronista, jornalista e político, entrou logo no nascimento da ABL, como fundador. À época, Júlia Lopes já possuía uma produção significativa, com romances, contos, crônicas e textos teatrais. Para reconstruir a trajetória literária e social de Júlia Lopes de Almeida, Michele teve acesso, em 2008, a seu arquivo pessoal, então localizado no bairro de Santa Tereza (Rio de Janeiro), momento em que pode conhecer pessoalmente seu neto e legatário simbólico, Claudio Lopes de Almeida.

“Júlia foi testemunha ocular e intérprete de momentos-chave da história do país. Seu despontar literário se deu na Campinas imperial, com uma crítica teatral publicada na Gazeta de Campinas e sua projeção como escritora teve como cenário o Rio de Janeiro da Primeira República. Sua obra aborda temas como a escravidão, a profissionalização e a educação femininas, a assimetria das relações de gênero, o preconceito de classe, traz críticas ao lucro exacerbado, às relações baseadas na aparência, à jogatina. Importantes ângulos dessa efervescência cultural, social e política estão contemplados em seus escritos”, diz Michele.

Em uma das consultas ao arquivo pessoal da escritora, a pesquisadora localizou um conjunto de textos teatrais inéditos, que, anos depois, acabaram se tornando objeto de estudo de seu pós-doutorado, realizado entre 2011 e 2014, no Instituto de Estudos Brasileiros da USP, com bolsa Fapesp. 

A orelha do livro é assinada por Marcos Antonio de Moraes e Ana Paula Cavalcanti Simioni (ambos docentes do IEB e supervisores da pesquisa) e o Prefácio foi escrito por Maria de Lourdes Eleutério, autora do livro Vidas de romance: as mulheres e o exercício de ler e escrever no entresséculo (1890-1930).

A (in)visibilidade de um legado: seleta de textos dramatúrgicos inéditos de Júlia Lopes de Almeida é uma homenagem póstuma e um trabalho de resgate da memória cultural. A publicação tem 384 páginas e está disponível nas principais livrarias do país. 

domingo, 8 de outubro de 2017

.: Estudante sírio revela o dia a dia após a dominação do Estado Islâmico

"Diários de Raqqa", lançamento da Globo livros, traz um relato arrepiante de um estudante que vê sua vida se transformar após o Estado Islâmico ocupar a cidade e espalhar medo, restrições e incertezas entre os cidadãos. Apesar das conexões de internet e linhas de telefone serem controladas pelos rebeldes na capital do autoproclamado “califado” do Estado Islâmico na Síria oriental, correspondentes da rede BBC conseguiram fazer contato com um grupo ativista de mídia, o Al-Sharqiya 24. Um de seus membros, sob o pseudônimo de Samer, tomou a corajosa decisão de compartilhar com os jornalistas seu diário pessoal que resultou neste livro.

Para ajudar a proteger a identidade de Samer, já que a comunicação com a mídia ocidental é punida com morte nas áreas de dominação do EI, as mensagens enviadas foram criptografadas e mandadas a um terceiro país, antes de serem repassadas à BBC. “Seguiu-se assim um extraordinário e arrepiante vislumbre de como a brutalidade e as injustiças perpetradas pelo Estado Islâmico permeiam quase todos os âmbitos da vida em sua agora infame capital”, conta Mike Thomson, correspondente da BCC, no prefácio.

Repleto de ilustrações, o livro mostra como a rotina de um jovem que frequentava a universidade, estava apaixonado, tinha uma família unida e muitos amigos se transformou após a invasão do Estado Islâmico. Após ver as pessoas que amava serem exterminadas, as tradições da comunidade onde cresceu apagadas e a economia local arruinada, Samer decidiu revelar ao mundo o que estava acontecendo com as pessoas comuns que viviam em Raqqa, o que o fez se tornar um dos alvos do EI. Após algum tempo, Samer conseguiu escapar da cidade e atualmente vive em um campo de refugiados no norte da Síria.

Ficha Técnica
Título: "Diários de Raqqa - A História Real do Estudante que Desafiou o Estado Islâmico, Foi Jurado de Morte e Conseguiu Fugir de Uma Cidade Sitiada"
Autor: Samer
Tradução: Fácio Bonillo
Ilustração: Scott Coello
Gênero: Não ficção
Páginas: 112
Editora: Globo Livros

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

.: “Segredo de sangue” é o novo thriller de Tess Gerritsen

“Espere por uma viagem assustadora a lugares muito sombrios” – Paula Hawkins


Cassandra Coyle é roteirista e produtora executiva de filmes de terror independentes. Seu segundo longa estava em processo de finalização quando ela foi assassinada. Meses depois, Timothy McDougal, um contador de 25 anos, é encontrado morto na véspera do Natal. Em ambos os casos, a causa da morte é uma incógnita. O que a princípio eram dois fatos totalmente diferentes, se transforma em uma série de assassinatos envolvendo pessoas que estudaram juntas no jardim de infância. 

Jane Rizzoli é a detetive à frente do caso. Ela descobre que as vítimas, quando crianças, foram testemunhas em um processo que acusava os donos do colégio de pedofilia.  Com a ajuda da legista Maura Isles, Jane tenta solucionar o caso, que pode ter a sua resposta no passado há muito tempo enterrado.

Tess Gerritsen já vendeu mais de 30 milhões de livros, 150 mil só no Brasil. “Segredo de sangue” faz parte da série Rizzoli & Isles, que foi adaptada para a TV pela TNT. O livro chega às prateleiras em outubro pela Record.

Tess Gerritsen abriu mão da medicina para se dedicar à literatura e rapidamente conquistou o público e a crítica. É autora de “O cirurgião”, “Desaparecidos”, “O jardim de ossos” e “Valsa maldita”, todos publicados pela Record.

Livro: Segredo de sangue
Autora: Tess Gerritsen
Páginas: 350
Tradução: Roberto Muggiati
Editora: Record | Grupo Editorial Record

terça-feira, 3 de outubro de 2017

.: Convite para o lançamento de K-pop - Manual de Sobrevivência em São Paulo

As autoras Babi Dewet, Érica Imenes e Natália Pak participam de sessão de autógrafos no próximo domingo na Saraiva do Shopping Pátio Paulista


A escritora Babi Dewet se uniu às idealizadoras do Portal SarangInGayo, Érica Imenes e Natália Pak, para apresentar um livro que reúne absolutamente tudo sobre cultura pop coreana. O projeto, considerado um manual indispensável para os fãs e leitores que desejam conhecer esse universo, possui um projeto gráfico diferenciado, recheado de fotos e informações exclusivas, dicas sobre entretenimento sul-coreano, curiosidades sobre o mercado de ídolos, interatividade e um apanhado sobre outros aspectos da Coreia do Sul.

As três autoras estarão reunidas no próximo domingo, dia 08 de outubro, em São Paulo para lançar K-Pop - Manual de Sobrevivência: Tudo o que você precisa saber sobre a cultura pop coreana. O evento contará com sessão de autógrafos a partir das 15h na Saraiva do Shopping Pátio Paulista. Serão distribuídas 300 senhas na loja a partir das 13h mediante apresentação do livro.

Criado por fãs e peritas no assunto, o objetivo da obra é trazer um manual de sobrevivência sanando a carência de informação da colônia asiática presente no país. A ideia não é mostrar o que é certo e errado, e sim abrir uma discussão sobre as mudanças do gênero, que surgiu nos anos 90, e preencher uma lacuna de informações confiáveis sobre a nova onda coreana.

Sobre as autoras: Babi Dewet é autora e sempre fez da música o tema principal em suas histórias. Já lançou os livros trilogia Sábado à Noite (Generale), as coletâneas Turma da Mônica Jovem: Uma Viagem Inesperada (Nemo) e Um Ano Inesquecível (Gutenberg), e a série Cidade da Música (Gutenberg). Além de apresentadora do programa Ponto Kpop na PlayTV, ela trabalha também em eventos de cultura pop e é a responsável pelo canal do Dramafever, portal de dramas coreanos, e comanda o seu próprio no YouTube sobre K-Pop. Conhecida como uma das pioneiras a falar sobre música pop da Coreia do Sul no Brasil, Babi faz questão de colocar elementos da cultura coreana em seus livros, contagiando seus leitores com um pouquinho do que ela tanto ama.

Érica Imenes é formada em Produção Audiovisual e Jornalismo e trabalha com comunicação e showbusiness desde 2007. É apresentadora e produtora artística de eventos, sendo responsável por acompanhar e realizar shows de grupos do pop sul-coreano. Em 2013, entrou como editora do portal SarangInGayo por ser apaixonada pela cultura da Coreia do Sul, elaborando matérias sobre o tema, além de apresentar quadros de entretenimento e entrevistas no canal de YouTube, SIGTV.

Natalia Pak é filha de imigrantes coreanos e em 2008 fundou o SarangInGayo (maior e mais antigo portal de cultura coreana), com o objetivo de trazer para o Brasil conteúdo de qualidade da Onda Hallyu. Formada em Design Digital, seu trabalho com o SarangInGayo já foi reconhecido pelo governo coreano, recebendo inúmeros prêmios como representante da Coreia do Sul e o título de "Jovem Líder" pelo KOFICE e OKF (Organizações governamentais sul coreanas). Natalia também faz parte da diretoria da Geração de Jovens Coreanos no Brasil (HanMiYeon). 

Sobre o Portal SarangInGayo: Fundado em 17 outubro de 2008, com objetivo de divulgar a cultura coreana no Brasil, o site se encarrega de traduzir e adaptar notícias diárias de entretenimento sul-coreano para o português, e conta com equipe de redatores, colaboradores e colunistas, para prover o melhor conteúdo autoral, divididos em diferentes editorias, para cobrir todos os aspectos da onda Hallyu.

Serviço do livro:
K-POP - MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA
Tudo o que você precisa saber sobre a cultura pop coreana
Autoras: Babi Dewet, Érica Imenes e Natália Pak
Páginas: 160
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: brochura
Editora: Gutenberg  | Grupo Autêntica

Serviço do evento:
Data: 08 de outubro (Domingo)
Horário: 15h
Local: Saraiva | Shopping Pátio Paulista
Rua Treze de Maio, 1947 – Bela Vista
São Paulo – São Paulo

.: Novidades: Livros para estudos de linguagem e espaços ficcionais

A Editora Mackenzie lança nessa quarta-feira, dia 4 de outubro, às 18h, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Edifício Reverendo Wilson, os livros “A Linguagem e os Falantes – Ideias linguísticas e sua história” (127 páginas), de Ronaldo Batista, e “Narrativas e espaços ficcionais - Uma introdução” (180 páginas.), de Cristhiano Aguiar.

A obra de Ronaldo Batista é um manual didático, dividido em duas partes, que aborda temas da história da linguística e do pensamento sobre linguagem, atenta às relações entre falantes e o uso da língua em diferentes contextos. Esse é um trabalho de pesquisa que contribui para o entendimento da relação linguagem e fala, apontando direcionamentos e provocações para outros estudos.

Já o livro de Cristhiano Aguiar, é uma introdução ao estudo de narrativas e de espaços ficcionais, na qual o autor articula instrumentos de análise e releituras da tradição de modo despretensioso e inovador, para o exame do espaço em sua qualidade de componente essencial de toda narrativa de ficção.
Os lançamentos são uma contribuição didática aos estudos tanto da linguagem como da narrativa ficcional.

Sobre os autores: Ronaldo Batista é professor adjunto do curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Bacharel em Letras - Habilitação em Linguística pela Universidade de São Paulo e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo. Tem experiência docente em Teoria e Análise Linguística, Descrição e Análise da Língua Portuguesa e Historiografia Linguística.

Cristhiano Aguiar é doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor colaborador do programa de Pós-Graduação em Letras Stricto Sensu da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e dos cursos de Letras e Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Sobre a Editora: Especializada na publicação de livros acadêmicos e técnico-científicos, a Editora Mackenzie, com mais de 16 anos de mercado, publicou mais de 200 títulos de alguns dos mais renomados pesquisadores do país, nas áreas de Administração, Educação, Engenharia, Filosofia, Letras e Linguística, Psicologia, Teologia, entre outras, contribuindo para o desenvolvimento da educação brasileira.

Serviço
Lançamentos:
- A Linguagem e os Falantes – Ideias linguísticas e sua história
- Narrativas e espaços ficcionais - Uma introdução
Data: 04/10, às 18h
Local: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Edifício RW (Edifício Reverendo Wilson)
Rua Piauí, 143 – 3º and. – Higienópolis – SP

Sobre o Mackenzie: A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

sábado, 30 de setembro de 2017

.: Guia para futuros escritores é inspirado na obra de Jane Austen

Rebecca Smith é sobrinha-neta de quinto grau de Jane Austen. Isso não diz grande coisa, já que, como a própria Rebecca conta na introdução de “O Clube de Escrita de Jane Austen”, os irmãos da escritora inglesa tiveram trinta três filhos ao todo. E, passados exatos 200 anos de sua morte, o número de descendentes já deve chegar à casa dos milhares.

Mas Rebecca também escreve. E, entre 2009 e 2010, foi escritora residente na Casa Museu de Jane Austen, em Chawton, na Inglaterra. Durante um ano, ela releu toda a obra da tia-avó, promoveu clubes de leitura e inspirou-se ao “caminhar por onde ela caminhou e ter a mesma vista que ela ao abrir as janelas”. Daí surgiu a primeira ideia para este livro, que chega às prateleiras pela Bertrand Brasil em setembro.

“O Clube de Escrita de Jane Austen” é um guia de inspirações e dicas para aspirantes a escritores, além de ser uma fonte de curiosidades deliciosas para os fãs da inglesa. Usando cartas escritas por Austen e destrinchando trechos de alguns de seus clássicos romances, Rebecca revela algumas de suas lições valiosas, além dos principais deslizes a serem evitados.

Logo no começo, com base em diversas cartas enviadas a sua irmã Cassandra e a sobrinhos que queriam tornar-se escritores, o livro oferece algumas dicas básicas de Austen para quem está começando a planejar um romance. São sugestões como: “Leia”, “Escreva sobre coisas que você entende”, “Seja preciso nas informações ou seus leitores deixarão de confiar em você”, “Conheça bem os seus personagens”, “Não sobrecarregue sua obra com detalhes desnecessários: corte e edite” e “Pode ter acontecido na vida real, mas isso não significa que funcionará num romance”.

A partir daí, Rebecca divide os capítulos por temas: a criação de personagens, a construção de cenários, o desenvolvimento de pontos de vista e a escrita de diálogos são alguns deles, e trechos de obras como “Emma”, “Orgulho e Preconceito”, “Razão e Sensibilidade” e “Mansfield Park”ajudam o leitor a compreender os ensinamentos. O texto mergulha ainda em características marcantes de Austen, como a ironia e o humor, além de também contar alguns de seus rituais de escrita.

Rebecca Smith graduou-se na Universidade de Southampton, onde dá aulas de escrita criativa. É autora de romances e de um livro infantil. Pode ser encontrada no Twitter em @RMSmithAuthor.

domingo, 17 de setembro de 2017

.: "Cartas de Um Assassino em Massa": trechos do diário de um nazista

Margarete Siegroth, esposa do comandante da SS Heinrich Himmler, escreveu em 1940: “Fui, portanto, a Poznań, Łódz´ e Varsóvia. Esse bando de judeus, os polacos, em sua maioria não tem qualquer semelhança com seres humanos, e, além do mais, essa indescritível imundície. Pôr ordem em tudo isso é uma tarefa hercúlea”. A correspondência dela com o marido e as cartas dele, que foram encontradas junto com documentos pessoais do nazista em Tel Aviv, Israel, muitos anos depois do fim da Segunda Guerra, estão agora reunidas neste “Heinrich Himmler – Cartas de Um Assassino em Massa”, que chega às livrarias em setembro, pela Record.

O livro é organizado e comentado pelo historiador Michael Wildt e por Katrin Himmler, sobrinha-neta do oficial que, à frente da polícia alemã, foi responsável pelo terror, a perseguição e o extermínio dos judeus da Europa. Os textos da obra reproduzem cartas de Himmler e de Margarete, excertos de diários do casal e de Gudrun, sua filha, além de cartões-postais. A correspondência entre os dois constitui um mergulho inédito na vida privada de uma das figuras mais importantes do Terceiro Reich. “Foi tudo muito agradável. O Führer veio. (...) Foi maravilhoso sentar à mesa com ele para variar, em pequeno grupo. A saúde de Heini não anda muito bem. Ele tem uma carga de trabalho monstruosa (...) Também mandei costurar vestidos para mim. A política é agitada. O Führer na montanha”, escreve Margarete, em agosto de 1941.

Heinrich Himmler e Margarete Siegroth se conheceram em 1927, tendo em comum o antissemitismo e o sonho de viver no campo. Tiveram uma filha, Gudrun, dois anos depois. Ao tratar da vida cotidiana de uma família aparentemente comum – o pai que trabalha fora, a mãe que cuida da casa, a filha com dificuldades no colégio –, esses escritos exibem o ferrenho racismo e antissemitismo dos nazistas, os privilégios que tinham durante a guerra e a terrível crença de que a Solução Final não era nada além da coisa correta a se fazer. Um importante registro histórico da brutalidade do regime nazista escondida por trás da fachada pequeno-burguesa.

Parte deste acervo da família Himmler foi utilizada no documentário “Um Homem Decente”, da cineasta israelense Vanessa Lapa, exibido no Festival de Berlim de 2014.
  
Trecho:
“Gudrun, filha de Himmler, escreveu, no dia 5 de março de 1945, em seu diário:

Na Europa, não temos mais aliados, agora só contamos com nós mesmos. E há tanta traição entre nós. Os oficiais simplesmente debandam. Ninguém mais quer a guerra. O terror aéreo é indescritível, eles não param de atacar a população civil e os trens. Atacaram Dresden, embora a cidade estivesse cheia de refugiados do Leste. Nós mesmos reconhecemos que 10 mil pessoas foram mortas, é terrível. 

E, no entanto, ainda há tantas pessoas que poderiam ir combater e que se fingem de doentes, mas por outro lado ainda há tanto heroísmo. Jovens de 16 anos já estão na frente e os jovens hitleristas se saíram muito bem, eles pelo menos ainda acreditam. 

— Papai proclamou o Volkssturm no dia 18 de outubro em um magnífico discurso. [...] Papai é, desde 20 de julho, comandante do Exército da retaguarda. [...] O clima geral está a zero. [...] A Luftwaffe continua ruim; Göring, esse fanfarrão, não faz nada. Goebbels faz muita coisa, mas sempre fazendo questão de aparecer. Todo mundo recebe medalhas e condecorações, exceto Papai, embora devesse ser o primeiro a recebê-las. Se assim não fosse, muitas coisas seriam diferentes. O povo inteiro olha para ele. Ele se mantém sempre discreto, nunca quer aparecer.”

Sobre os Organizadores:

  • Michael Wildt é professor de história alemã do século XX na Universidade Humboldt, Berlim. Especialista em Nazismo internacionalmente reconhecido, publicou numerosos estudos e trabalhos de referência sobre o tema.
  • Katrin Himmler, sobrinha-neta de HenrichHimmler, é escritora e politóloga. Publicou Les Frère sHimmler, histoire d’une famille allemande [Os Irmãos Himmler, história de uma família alemã] em 2012.

Obra é organizada por historiador e sobrinha-neta do oficial da SS a partir de acervo encontrado anos depois do fim da Segunda Guerra. Documentos foram usados também em documentário sobre Himmler

"Cartas de Um Assassino em Massa"
Heinrich Himmler
Organização: Michael Wildt e Katrin Himmler
Tradução: Clóvis Marques
Páginas: 420
Preço: R$ 69,90
Editora: Record / Grupo Editorial Record

domingo, 10 de setembro de 2017

.: A "Poesia Completa" de Cecília Meireles lançada pela Global Editora

Após promover a reedição dos livros de poesia de Cecília Meireles em edições autônomas desde agosto de 2012, a Global Editora traz agora ao público leitor a "Poesia Completa", em dois volumes, reunindo a totalidade da produção poética da autora. A edição traz desde seu livro de estreia, "Espectros" (1919), até "Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian" (1965), publicado postumamente. Por meio desta edição, os leitores têm à sua disposição a oportunidade ímpar de fruir do puro e íntegro diamante de uma artista dos versos de primeira grandeza.

Cecília Meireles é considerada por muitos críticos literários e também por seus colegas de ofício como a maior poeta em língua portuguesa. Dona de uma sensibilidade rara, a obra da carioca nascida em 1901 causa admiração até hoje por sua profundidade e diversidade. Intrigante perceber que a mesma autora que concebeu poemas que indiciam profundos mergulhos existenciais, como os de seu livro "Viagem" (1939), também foi a responsável por "Romanceiro da Inconfidência" (1953), livro no qual recriou poeticamente um evento central da história brasileira, e, posteriormente, também remaria com naturalidade, intimidade e leveza pelo universo infantil com seu célebre "Ou Isto ou Aquilo" (1964), livro que encantou e continua encantando gerações e gerações de leitores.

A coordenação editorial e o estabelecimento do texto desta edição são assinados pelo crítico literário e ensaísta André Seffrin. A edição conta com um texto de apresentação de Alberto da Costa e Silva e também traz um caderno iconográfico com fotos e manuscritos do arquivo pessoal da autora e capas de edições de seus livros.

Sobre a autora:
Cecília Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro, onde faleceu, em 9 de novembro de 1964. Publicou o primeiro livro, "Espectros", em 1919. Em 1938, o livro "Viagem" conquistou o prêmio Olavo Bilac de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Além de estar entre os poetas brasileiros mais amados pelo público, foi jornalista, cronista, ensaísta, autora de literatura infantojuvenil, professora e pioneira na difusão do gênero no Brasil. Em 1965, recebeu, postumamente, o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

.: Mudanças na CLT: Lançamento da Edipro chega às livrarias

Edipro lança a nova CLT. Obra essencial e atualizadíssima com a reforma de 13 de julho deste ano chega às livrarias


A Edipro lança em primeira mão a nova edição da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943), revisada conforme a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017) e super atualizada até o Diário Oficial da União de 01º de agosto de 2017.

Com normas correlatadas e índice remissivo, a nova CLT traz as novidades da lei da terceirização (Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017) que, após um longo trabalho, foi aprovada de acordo com as mudanças previstas na reforma. O texto altera mais de 100 pontos da CLT, e transforma a lógica da relação trabalhista, trazendo grandes mudanças na rotina de empregados e empregadores.

Este material contribui para que advogados, estudantes de direito, empresários, profissionais liberais, profissionais de RH, entre outros, possam reciclar o conhecimento das leis trabalhistas. O formato mini resulta em produto de fácil e rápida consulta, além da facilidade de transporte para as pessoas que necessitam verificar a legislação com frequência.

As principais mudanças que foram sancionadas na reforma são: fracionamento das férias; novos tipos de jornada de trabalho e alterações nas já existentes; trabalho intermitente (por período); teletrabalho (home office); negociação entre empregadores e empregados; demissão (fim do acerto informal) e quarentena; horas-extras, horas in itinere, banco de horas e intervalos; gravidez e insalubridade; falta de registro, danos morais; remuneração e “prêmio” no salário; fim do imposto sindical obrigatório; terceirização; ações trabalhistas, justiça gratuita, honorários de sucumbência, depósito recursal, arbitragem; e acordos coletivos.

Sobre o supervisor editorial: Jair Lot Vieira é bacharel em Direito pela Instituição Toledo de Ensino e bacharel em Comunicação Social pela Fundação Educacional de Bauru, atual Unesp - Universidade do Estado de São Paulo. Há mais de 40  anos dedica-se a edição de obras jurídicas e de legislação profissional.


Ficha técnica
Livro: 
Editora: Edipro
Assunto: Direito/Legislação
Edição: 1ª edição
Ano: 2017
Altura: 12,5 x 18
Número de páginas: 288

segunda-feira, 24 de julho de 2017

.: Autora americana escreve romance sobre racismo para jovens

“O ódio que você semeia” ficou na lista de mais vendidos no New York Times e teve leitura recomendada para escolas e bibliotecas. No livro, menina negra testemunha morte de seu melhor amigo por um policial e vive os dilemas de morar num gueto e estudar numa escola onde a maioria dos alunos é branca


Trayvon Martin, Philando Castile, Tamir Rice, Alton Sterling, Oscar Grant, nos Estados Unidos. Roberto Silva de Souza, Wilton Esteves Domingos Júnior, Carlos Eduardo Silva de Souza, Wesley Castro Rodrigues, Cleiton Correa de Souza, no Brasil. O que essas pessoas têm em comum? Todas são negras. Todas viraram notícia depois de serem mortas pela polícia. Nenhuma delas estava armada. Os assassinatos de jovens negros inspiram movimentos como o Jovem Negro Vivo, aqui, e o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), lá. Provocam reação, protestos e também arte, música, cinema e literatura.

Foi depois de saber da morte de Oscar Grant, em 2009,  que a americana Angie Thomas começou a pensar em escrever um livro. Outros conterrâneos negros foram morrendo e, da raiva e da vontade de gritar, surgiu “O ódio que você semeia”, um romance sobre Starr, moradora de um gueto nos Estados Unidos que, ainda na adolescência, testemunha a morte por arma de fogo de dois de seus melhores amigos. Um deles, Khalil, foi assassinado por um policial, numa blitz.

Antes de morrer, Khalil e Starr estão ouvindo Tupac, um rapper americano que fez sucesso com seu ativismo nas décadas de 80 e 90. Ele canta Thug life (vida bandida) e Khalil explica a Starr que Thug é a abreviação de “The hate u give little infants fucks everybody”, ou “O ódio que você passa pras criancinhas fode com todo mundo”. O diálogo sobre a música, que inspirou o nome do livro de Angie Thomas, que foi rapper na adolescência, volta no capítulo Dez. Nele, Starr conversa com o pai, um simpatizante dos Panteras Negras, ex-traficante e atual dono de mercado, sobre a violência no bairro. O assunto é racismo, falta de oportunidades e um sistema feito para ferrar os negros. “É mais fácil conseguir crack do que uma boa escola por aqui”, desabafa o pai.

Três dos documentários que concorreram ao Oscar deste ano discutiram o sistema racista americano. Um deles, “13ª Emenda”, mostra como a criminalização das drogas multiplicou a comunidade carcerária, em sua grande maioria negra, nos Estados Unidos, nas últimas décadas. “Eu não sou seu negro” é sobre o escritor negro James Baldwin e seu ensaio sobre três líderes que lutaram contra o racismo: Martin Luther King, Malcolm X e Medgar Evers. 

E o vencedor “O.J.: Made in America” reconta a história de como o julgamento do jogador negro suspeito de matar a ex-mulher e um amigo foi influenciado pela discussão racista e o ódio da comunidade negra contra a polícia violenta de Los Angeles. O filme vencedor, Moonlight, também tem protagonistas negros e é sobre um menino filho de uma viciada em crack que vira traficante para se defender da violência em seu bairro.

O livro mostra também os dilemas de Starr, que, com os irmãos, estuda numa escola de elite, em outro bairro, onde a maioria dos alunos é branca. Suas duas melhores amigas de lá são brancas. Ela também tem um namorado branco. Quando está com eles, tenta ser uma outra Starr, evita os palavrões, qualquer gíria que possa associá-la ao gueto e qualquer gesto que possa parecer violento. Os negros como Starr, ensinam seus pais, têm que aprender desde cedo a se defender. Inclusive da polícia. Não reagir, não reagir, não reagir. Para não ser morta.

Mas nem tudo é simples. Starr identifica racismo nas falas de uma de suas amigas. Depois da morte de Khalil, ela está mais sensível. Com a insistência de seu tio policial, vai depor na delegacia. Conhece uma advogada, Ofrah, que trabalha numa instituição de defesa dos negros. Mas não quer contar para todo mundo que ela é a testemunha-chave do caso. Nem para seu namorado, que não entende suas reações. Starr quer ser só uma adolescente que curte (ama, pra dizer a verdade) Harry Potter e os jogos de basquete da NBA. Mas, de onde vem e o que viu, nada disso pode ser ignorado.

“Papai me disse uma vez que tem uma fúria que é passada para todos os negros pelos ancestrais, gerada no momento em que eles não conseguiram impedir que os donos de escravos machucassem suas famílias. Papai também disse que não tem nada mais perigoso do que a hora em que essa fúria é ativada”, diz Starr, depois de ver o pai sendo abordado violentamente por um policial em frente ao mercado. O que ela vai fazer? Protestar? Dar entrevistas contando a sua versão? Vai se desnudar para os amigos e o namorado da escola branca? Ou vai se calar e desonrar a vida de seu melhor amigo, que está sendo acusado de ser traficante e culpado pela própria morte?

“O ódio que você semeia” é um livro escrito para jovens. As cenas da ficção, narradas em forma de diálogos, são inspiradas na vida real e, guardadas as devidas diferenças de cultura entre os Estados Unidos e o Brasil, poderiam se passar em qualquer comunidade brasileira. Como aconteceu com os meninos Roberto, Wilton, Carlos, Wesley e Cleiton, mortos com mais de cem tiros, por policiais, em Costa Barros, zona oeste do Rio de Janeiro. 

SOBRE A AUTORA: Angie Thomas nasceu, foi criada e ainda vive em Jackson, no Mississipi, o que se percebe pelo sotaque. Quando adolescente, era rapper e sua maior conquista foi ter escrito um artigo sobre si mesma na Right-On Magazine (com foto). É bacharel em Creative Writing pela Belhaven University e possui um diploma não oficial em Hip Hop. Ela ainda sabe fazer rap, se for preciso. Seu livro de estreia, O ódio que você semeia (The hate U give), foi o primeiro a vencer o Walter Dean Meyers Grant, em 2015, na categoria We Need Diverse Books. O romance será adaptado para o cinema, pela Fox, e chegou ao primeiro lugar da lista do New York Times na semana do seu lançamento.

Leia no blog trechos da obra: http://bit.ly/2gXZTqr


“Maravilhoso. Um clássico de nosso tempo.” — John Green (A culpa é das estrelas)

“Essa história é necessária. Essa história é importante.” — Kirkus Review

“Um livro que é um tapa na sua cara.” — The Horn Book


Livro: O ódio que você semeia
Autora: Angie Thomas
Tradução: Regiane Winarski
Páginas: 378
Editora: Galera / Grupo Editorial Record


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