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segunda-feira, 26 de junho de 2023

.: Entrevista: Grace Gianoukas entra em "Terra e Paixão" como uma impostora


Petra (Debora Ozório) e Luigi (Rainer Cadete) observados por "Roma" (Grace Gianoukas). Foto: Globo/João Miguel Júnior

Em cenas previstas para irem ao ar a partir do dia 28 em "Terra e Paixão", Luigi (Rainer Cadete), enfim, consegue casar com Petra (Debora Ozório). Apesar de fazer uso dos medicamentos tarja preta antes da celebração, a jovem não terá problemas para aceitar a união na presença dos ilustres convidados. E entre eles, uma figura importante surge: “Roma” (Grace Gianoukas), a “mãe” de Luigi.

Depois da pressão de Irene (Gloria Pires) para levar alguém da família à cerimônia, com a ajuda de Anely (Tata Werneck), Luigi encontra uma atriz disposta a se passar por sua mãe. Momentos divertidos prometem dividir a atenção do espectador, com a confusão envolvendo Berenice (Thati Lopes) e Ramiro (Amaury Lorenzo) nos bastidores do grande evento, e um celebrante inusitado.

 Para ganhar algum dinheiro em cima do novo representante da Família La Selva, Kelvin (Diego Martins) conta as intenções de Berenice com o casamento a Luigi e sugere que Ramiro desapareça com ela do local, afinal, a dona do Bar queria vingança e seu objetivo era destruir a festa. Ela pede ao responsável pelo buffet contratado para entrar na casa de Antônio como funcionária da equipe. No entanto, suas expectativas são frustradas e ela vai parar no Rio de Janeiro. Já a briga pelo buquê da noiva é entre Kelvin e Anely, resta saber quem ganhará a disputa.

Figurinista responsável pela novela, Paula Carneiro comenta sobre alguns looks do evento, que além de confusão, terá muito glamour entre os anfitriões e convidados da Fazenda La Selva. “Para o vestido de Petra, optamos por um com mais cara de princesa, já que ela ia casar com uma tiara, teoricamente de uma nobre, comprada de um receptador pelo noivo, e usaria com o colar de diamantes dado pelo pai. Fizemos uma parceria com a Casamarela. Eles foram superlegais e nos enviaram o modelo. Já a roupa de Irene é de uma loja do Rio. Um vestido todo bordado, superpesado de tanto brilho que tem. É a apoteose dela como mãe da noiva, momento para brilhar muito num casamento durante o dia, em um jeito bem Irene de ser. E o Luigi coloquei com um terno branco para ficar bem príncipe, um príncipe da realeza”, conta. Abaixo, Grace Gianoukas comenta a participação na novela.

Como você define a personagem?
Grace Gianoukas -
A minha personagem é uma atriz que já estrelou algumas produções e que, inclusive, chegou a se apresentar em grandes centros, grandes polos de teatro como São Paulo, mas nesse momento ela vive em uma cidade vizinha de onde se passa a novela e faz teatro infantil. Ela continua sobrevivendo de teatro, vive em um mundo de lembranças das coisas que ela viveu e de arte. Está ali tentando sobreviver.


Em quem se inspirou para fazê-la? 
Grace Gianoukas - Tem um filme que eu gosto muito que chama "Callas Forever" que a Fanny Ardant faz a Maria Callas depois que ela se aposentou, depois que ela se retirou dos palcos, quando a voz dela já não era a mesma e, então, começa com ela dentro de sua casa com aquelas lembranças, um pouco perdida e, de repente, um amigo chega, um produtor, e começa a tentar tirá-la do buraco e arranja algumas produções para ela fazer. Ela volta com uma alegria para fazer. Peguei esse momento do filme como referência, quando a Maria Callas volta à vida artística.


O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Grace Gianoukas - Eu acho que o que ela traz de novo, para mim, é eu ter a oportunidade de interpretar a respeito do universo da personagem, que eu conheço muito, o teatro. E o meu maior desafio foi o da personagem, dela ser uma atriz brasileira e ter que se fazer de italiana, sem falar italiano, e fingir que ela não estava entendendo nada sobre o casamento, apesar de estar entendendo tudo, isso foi um toque até da Joana Clark, uma das diretoras, que as pessoas estão falando e eu tenho que me fazer de desentendida o tempo inteiro, isso foi um supergancho que ela me deu na direção, perfeito, exato e que me trouxe um desafio muito grande. Adorei.


Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama
Grace Gianoukas Acho que é segurar a onda de ser uma italiana sem falar italiano. Ela vai se virando com os recursos que tem, um pouco de interpretação de teatro adulto, de teatro infantil, um pouco da referência de princesa, um pouco dos clássicos de Shakespeare e dos clássicos do imaginário infantil, dos contos de fadas europeus para crianças.

 
E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nessa participação?
Grace Gianoukas - Primeiro, o reencontro de cena, eu e a Tata (Werneck), que é uma pessoa que amo, uma atriz que sou profundamente admiradora, contracenar com o Rainer que acho um ótimo ator, cheio de recursos, fazendo uma personagem incrível, aliás, os dois. Fui tão bem recebida por todo o elenco, todos foram tão gentis comigo, colegas, parceiros, nos divertimos muito mesmo contracenando pouco, mas foi de uma intensidade, poder estar com a Gloria, o Tony, o Ângelo Antônio, a Débora Falabella, que são atores com quem eu ainda não tinha trabalhado, a própria Agatha, minha amiga, a Leona Cavalli com quem fiz um espetáculo durante um ano e meio. Foi tão maravilhoso trocar com essas pessoas, tendo essa experiência de poder estar juntos novamente, vivendo outros papeis, outras personagens, já sacando um pouco do estilo de cada ator e admirá-los nas suas novas personagens, e também poder contracenar com o Tony, com a Gloria, que são atores que eu respeito muito e com quem a gente sempre tem o que aprender.

 
Como você acha que o público vai receber sua personagem?
Grace Gianoukas - Como eu sei que a minha personagem caiu em um núcleo cômico no meio da trama, dei o meu melhor e sempre que vou fazer algum trabalho na televisão tento investir muito na minha versatilidade como atriz, para que seja bem diferente de outras coisas que fiz na televisão. Eu dei o meu melhor entre o clássico e o infantil que essa personagem poderia trazer, para dar comicidade, então espero que o público curta. Foi bem bacana, todo mundo adorou e a minha personagem tem uma fala que no final do dia estava todo mundo repetindo e no dia seguinte também, todo mundo da técnica, o pessoal da logística, quem viu a gravação, pessoal da caracterização e os atores. Fiquei muito feliz.
 

Comente sobre a relação de Roma com Luigi e Anely.
Grace Gianoukas - Roma, que é o nome que o Luigi deu para ela, é contratada para se passar por mãe do Luigi a partir de uma sugestão da personagem Anely, então eles chegam na casa dela. O Luigi está todo encantado, está achando que vai dar certo porque ele tem uma fé incrível nos golpes que ele dá, para tudo ele tem uma desculpa, é um aventureiro, um malandro simpaticíssimo, e a Anely é mais ressabiada, está um pouco desconfiada, achando que não vai dar certo, mas mesmo assim é a única solução que eles têm, então, eles a contratam e ficam ali dando aquela monitorada para salvá-la. Anely o tempo inteiro fica tentando estar com ela para que não dê nenhuma gafe e o Luigi também. Quando podem, um ou outro estão sempre no lado dela. Roma chega não muito instruída de qual é a situação, ela só sabe que tem que se fazer de mãe, e a única coisa que precisa falar é “Grazie Mille”.

Quais foram seus últimos trabalhos?
Grace Gianoukas -  Eu tenho trabalhado muito nos últimos tempos, no ano passado fiz temporada e turnê nacional do meu espetáculo de 40 anos de carreira, “Grace em Revista”, que encerra um ciclo de muitas coisas que criei para o pessoal que é meu fã. Fiz uma revisão da minha carreira, ganhei prêmios, prêmio de humor (o prêmio do Porchat), o prêmio de Miguel Arcanjo, enfim, ganhei alguns prêmios com esse trabalho que foi maravilhoso e, no início de 2023, estreei um espetáculo, fenômeno de público e crítica, chamado “Nasci Para Ser Dercy”, uma comédia também emocionante, que conta um pouco da história que poucas pessoas conhecem da Dercy Gonçalves e, claro, a história conhecida também. É uma grande homenagem a Dercy Gonçalves na marca de 15 anos do seu falecimento. Nesse momento, estou em turnê pelo Brasil com ele. Fiz também esse ano e ainda estou fazendo de vez em quando um outro espetáculo dirigido pelo Jorge Farjalla, “O Que Faremos Com Walter”, texto do Juan José Campanella, argentino que ganhou um Oscar com o filme “O Segredo Dos Seus Olhos”. Fiz também o filme da Ana Muylaert, como uma das protagonistas, são 7 mulheres protagonistas, o “Clube das Mulheres de Negócios”. Já está com estreia marcada para o ano que vem na Europa, e fiz duas séries “O Dono do Lar”, do Multishow, que vai estrear a temporada e o “Auto Posto” na Paramount.

Como foi o convite para a participação na novela?
Grace Gianoukas - Foi uma alegria, foi uma surpresa que me deixou muito feliz, quando eu recebi a mensagem do Fábio Zambroni, produtor de elenco, dizendo que o Walcyr gostaria de me chamar para fazer uma participação especial na novela. Adoro o trabalho do Walcyr Carrasco, sempre sonhei em trabalhar com ele, em poder atuar em um texto seu, sei que o trabalho dele é incrível, tenho vários amigos que adoram trabalhar com ele e a gente vê o resultado disso pelo sucesso das novelas que faz. Fiquei extremamente honrada com o convite e fiz de tudo para conciliar minha agenda de turnês e compromissos com imprensa que tenho a cada viagem com o roteiro de gravação da novela, graças a Deus deu certo.

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Grace Gianoukas - Ser convidada pelo Walcyr Carrasco para encenar uma personagem que ele criou é uma grande honra, eu me sinto muito grata por ele ter pensado em mim para fazer essa personagem e eu me esforcei ao máximo para fazer jus ao interesse dele pelo meu trabalho. Espero que ele tenha ficado satisfeito. E o Luiz, meu Deus, o Luiz é um gentleman e toda a equipe dele. Foi muito bom de trabalhar. Ele é objetivo, sabe o que quer, uma pessoa educadíssima, prática, firme, me ajudou bastante a localizar minha personagem dentro dessa festa que é uma loucura, gravações de casamento geralmente envolvem muitos personagens, muitas situações, um elenco enorme, além da figuração, então, achei tudo maravilhoso, ele é um superdiretor, e os dois diretores que trabalham com ele com quem eu pude trabalhar, que são a Joana e o Emer, são maravilhosos, adorei ser dirigida por eles.


Criada e escrita por Walcyr Carrasco, "Terra e Paixão" é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

domingo, 25 de junho de 2023

.: 30 anos depois de estrear, "Mulheres de Areia" volta à Globo nesta segunda


Edição Especial de "Mulheres de Areia" estreia nesta segunda-feira, dia 26 de junho. Além do triangulo amoroso Ruth, Marcos e Raquel, relembre tramas importantes da novela. Na imagem, Viviane Pasmanter se destacou como a rebelde Malu. Foto: 
TV Globo / Divulgação


Nem só das gêmeas Ruth e Raquel vive um clássico da teledramaturgia. Preparado para a edição especial de "Mulheres de Areia"? Separamos os principais destaques das tramas que compõem a novela para já deixar você no ritmo do sucesso que volta ao ar nesta segunda-feira, dia 26. A obra de Ivani Ribeiro, lançada em 1993, será reexibida na primeira semana em carona com "Chocolate com Pimenta", logo após o "Jornal Hoje". 

"Mulheres de Areia", de volta à grade de programação da Globo, estreou pela primeira vez na emissora no dia 1° de fevereiro de 1993, no horário das 18h. Ambientada em Pontal D’Areia, um dos temas mais importantes da novela, além da relação das gêmeas Ruth e Raquel, vividas por Gloria Pires, é a discussão ambiental em torno da poluição da água das praias. 

Virgílio Assunção (Raul Cortez) é um empresário bem-sucedido que detém uma grande pousada na região, e visa transformar a cidade em um polo turístico, para lucrar ainda mais. Porém, seu cunhado, o prefeito Breno Soares (Daniel Dantas), quer impedir que esse plano vá adiante. O político, muito idealista e humanitário, descobre que as águas da praia de Pontal estão poluídas. Após um surto de cólera, o gestor da cidade decide proibir o banho de mar, provocando a revolta de Virgílio.  

 Mas Breno não fica sozinho na disputa contra o empresário. Tônia (Andrea Beltrão), a destemida dona deum bazar, e o médico Munhoz (Edwin Luisi), que alimenta um amor platônico por ela, são alguns dos que se comprometem com a causa socioambiental. Virgílio também é contrariado dentro de casa. Sua filha mais nova, Malu (Vivianne Pasmanter), culpa o pai pela morte de seu noivo e o afronta sempre que pode. Em meio às situações inusitadas que ela arma para manter a pose de filha rebelde, a jovem acaba se apaixonado pelo fazendeiro Alaor (Humberto Martins), e os dois vivem um divertido romance. “A gente tinha uma liberdade grande de improvisação. Foi ali que eu conheci a Vivi. É o que eu costumo chamar de química, quando um ator e uma atriz têm uma disponibilidade total para fazer seus personagens”, relembra Humberto Martins sobre o papel. 

 No núcleo mais urbano do folhetim, também está o sócio de Virgílio, Sampaio (Adriano Reis), que mantém uma corretora no Rio de Janeiro. Casado com a irreverente Juju (Nicette Bruno), que tenta copiar o refinamento da esposa de Virgílio, Clarita Assunção (Susana Vieira), ele é pai da ambiciosa Andrea (Karina Perez) e da meiga Carola (Alexandra Marzo). Enquanto isso, os pescadores da vila de Pontal sofrem altas cobranças de taxas de Donato (Paulo Goulart), dono dos barcos a quem precisam se sujeitar. Para os momentos de descontração, eles frequentam o bar do Alemão (Jonas Bloch) ou o restaurante de Joel (Evandro Mesquita), ponto de encontro sempre movimentado por rodas de violão. 

 "Mulheres de Areia - Edição Especial" estreia dia 26 de junho, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de  Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco.

sábado, 24 de junho de 2023

.: "A Mulher que Sobreviveu...": Bianca Rinaldi protagoniza novela no Instagram


Protagonizada por Bianca Rinaldi, a novela "A Mulher que Sobreviveu a Um Homem", produzida exclusivamente para o Instagram, está prestes a estrear. O autor renomado, palestrante e comunicador 
Emanuel Hallef
 assume também a direção do folhetim, que promete conquistar o público com uma trama envolvente e contemporânea.

Com cerca de sete capítulos, a novela estreia no dia 27 de junho nos Instagrans @emanuelhallef e @biancarinaldireal. Cada episódio terá a duração de um minuto e meio, oferecendo aos espectadores uma experiência ágil e dinâmica. "A Mulher que Sobreviveu a um Homem" conta a história de Denise, interpretada pela talentosa Bianca Rinaldi, uma mulher forte e independente que perdeu a fé nos relacionamentos com homens. 

Após enfrentar uma solidão insuportável, Denise decide explorar o mundo dos encontros virtuais e se aventura no aplicativo Tinder. Em meio a conversas superficiais e encontros frustrantes, Denise encontra Marcelo, interpretado pelo ator Marcelo Gomes, um homem aparentemente encantador e compatível com ela. O "match" instantâneo entre eles leva a protagonista a marcar um encontro, mas suas expectativas rapidamente se desvanecem quando a realidade se mostra muito diferente do que ela esperava.

"A Mulher que Sobreviveu a um Homem" aborda a necessidade de um certo tipo de conhecimento para lidar com relacionamentos, especialmente quando se trata do universo masculino, para preservar a saúde emocional. A trama, ao mesmo tempo reflexiva e envolvente, promete cativar os espectadores ao explorar os desafios enfrentados por Denise em sua jornada. Projeto inovador e criativo, a novela promete se emocionar e se identificar com essa história única de amor, decepções e redescobertas.


Sobre Bianca Rinaldi:
Bianca Rinaldi é uma talentosa atriz brasileira, conhecida por suas atuações em novelas de sucesso. Com uma carreira consolidada na televisão, Rinaldi traz sua experiência e habilidade para dar vida à personagem Denise, a protagonista de "A Mulher que Sobreviveu a um Homem".


Sobre Emanuel Hallef:
Emanuel Hallef
, renomado palestrante, comunicador, escritor e estudante de psicanálise, tem se dedicado ao estudo e trabalho com relacionamentos há mais de uma década. Com uma impressionante trajetória que abrange 12 anos de experiência, ele já atendeu mais de 1.2 milhões de mulheres em mais de 38 países. Seus livros, que já somam mais de 1.2 milhões de exemplares vendidos, juntamente com seus três cursos, têm alcançado grande sucesso tanto no Reino Unido como na América do Norte.

quinta-feira, 22 de junho de 2023

.: "Mulheres de Areia": Guilherme Fontes relembra mocinho

Ator resgata suas principais memórias ao interpretar o personagem Marcos Assunção na trama de 1993, que volta ao ar este mês, na TV Globo. Foto: TV GLOBO / Divulgação


O jovem empresário Marcos Assunção, personagem de Guilherme Fontes, é um rapaz sensível e romântico, que acaba se envolvendo com as irmãs Ruth e Raquel (Gloria Pires) e provocando grandes reviravoltas em "Mulheres de Areia". Na novela, que volta a ser exibida no "Edição Especial" dia 26 de junho, Marcos é noivo da abastada Andrea (Karina Perez) quando viaja para Pontal D’Areia, a fim de administrar os negócios do pai, e conhece a bela e doce Ruth, por quem primeiro se apaixona. 

Filho dos poderosos Virgílio (Raul Cortez) e Clarita Assunção (Susana Vieira), Marcos ajuda a cuidar de pousada da família na região turística do litoral fluminense. A viagem para solucionar uma crise, após sua irmã rebelde, Malu (Vivianne Pasmanter), envenenar a comida dos hóspedes, se transforma numa inesperada aventura amorosa, já que ele se vê dividido entre duas mulheres de personalidades opostas, mas de fisionomias idênticas.  

As moças, no entanto, são filhas de pescadores, os humildes Floriano (Sebastião Vasconcelos) e Isaura (Laura Cardosos). Virgílio, que visa consolidar o status econômico do filho, quer que ele se case com sua noiva, e não vê com bons olhos o novo relacionamento de Marcos – mas esse é o menor dos problemas que o herdeiro vai enfrentar. 

No ar como Jorge na série "Os Outros", do Globoplay, Guilherme Fontes comenta seu trabalho em "Mulheres de Areia", um clássico que volta à TV 30 anos após sua exibição original. Confira a entrevista com o ator!

 

Quais foram as suas memórias mais marcantes das gravações de ‘Mulheres de Areia’? Alguma situação em particular que você gostaria de compartilhar?

GUILHERME FONTES: Memórias de momentos mágicos ao lado de tantos colegas, atores e técnicos, todos do mais alto nível. E isso se refletiu de tal forma que faz com que a obra venha cada vez mais se eternizando na memória dos brasileiros. Sucesso dentro e fora do Brasil. Não consigo citar um em especial porque foram incríveis os momentos de bastidores, além de muitas cenas inesquecíveis. 

 

O que você acredita ser o segredo do sucesso de "Mulheres de Areia"? 

GUILHERME FONTES: Casamento entre grandes atores e técnicos com um grande texto. Um clássico é sempre um clássico. Ivani Ribeiro, a autora, foi uma das maiores novelistas do país. Uma carpintaria de dramaturgia perfeita. Essa versão da novela – porque houve uma anterior com Eva Wilma e Carlos Zara, na antiga TV Tupi – desde que a fizemos, em 1993, já é reprisada pela quarta vez. Coisa boa não cansa o público jamais. 

 

Marcos Assunção acaba vivendo um triângulo amoroso com as gêmeas Ruth e Raquel, e é o grande motivo de rivalidade entre as duas. Como você abordou essa complexidade emocional na construção do seu personagem? 

GUILHERME FONTES: Meu personagem é um romântico apaixonado, e bem “cego”, diga-se de passagem. Ainda que as gêmeas sejam tão parecidas, tem sempre a coisa do cheiro, do jeito. E, nesse caso, Ruth e Raquel, são 100% diferentes. Mas ele, no começo, nem se dá conta. Engraçado. 

  

O que pode falar de "Os Outros" e sobre o personagem Jorge? 

GUILHERME FONTES: Eu fiquei encantado com a forma como colocaram o título da história. É muito importante todos nós entendermos que a gente tem que acabar com a mania de achar que os problemas são os outros. Nós somos os outros. Nós individualmente criamos a maioria das intolerâncias e dificuldades que temos no dia a dia. E a síntese disso tudo é a nossa vida no prédio, num condomínio, num bairro, numa rua... Todos os problemas emocionais e pessoais começam muito mais perto do que imaginamos. O personagem foi um presente, assim como contracenar com esse elenco nesse texto do Lucas Paraizo e direção da Luisa Lima.   

"Mulheres de Areia – Edição Especial" estreia dia 26 de junho, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco. 




quarta-feira, 21 de junho de 2023

.: "Mulheres de Areia": Susana Vieira recorda gravações

Atriz interpreta Clarita Assunção, mãe do protagonista Marcos. Foto: TV GLOBO / Divulgação


Calma e honesta, Clarita Assunção, vivida por Susana Vieira, é esposa de Virgílio Assunção (Raul Cortez), e mãe dos jovens Marcos (Guilherme Fontes) e Malu (Vivianne Pasmanter). Mulher elegante, fina e amorosa, mantém sentimentos sinceros por Virgílio, apesar de ele ser rude e grosseiro. Preocupada com os filhos, vive infeliz no casamento e tenta protegê-los sempre que pode das atitudes imprevisíveis do marido. 

A música "Caminhos Cruzados", cantada por Gal Costa, com participação especial de Tom Jobim, deu o tom da trajetória dessa personagem. Irmã de um dos maiores rivais de Virgílio, o prefeito Breno (Daniel Dantas), a quem adora, acaba se distanciando de vez do companheiro quando se apaixona por Alemão (Jonas Bloch), um homem simples e bondoso, dono de um bar em Pontal d’Areia. 

Além de lidar com as rebeldias da filha, Clarita também se torna inimiga de Raquel (Gloria Pires), pois sabe que a moça tem más intenções com seu primogênito, e faz de tudo para os dois se afastarem. Confira a entrevista com a atriz Susana Vieira!

 

Clarita Assunção tentava defender os filhos sempre que podia, e tornou-se inimiga de Raquel. Na sua opinião, quais foram os momentos mais marcantes da trajetória da sua personagem em "Mulheres de Areia"? 

Clarita era uma mãe comum. Uma mulher de classe média alta e viviam todos numa casa onde o marido era muito autoritário. Ela dava palpites a respeito do casamento, da vida amorosa e futura dos filhos. É óbvio que ela se tornou inimiga da Raquel, quando ela descobre que Raquel é irmã de Ruth. Ela é enganada durante algum tempo, enquanto Raquel se faz de Ruth, mas chega uma hora que ela descobre isso e fica desesperada. As cenas mais marcantes dessa novela, para mim, eram as cenas com a Glorinha. A Gloria Pires é magistral, ela fazia tão bem a Raquel quanto a Ruth. A Raquel ficava insuportável, ela e a Clarita se peitavam, ela afrontava a sogra. Ela enganava a família toda. O que eu mais me lembro eram os embates entre Raquel e essa mãe. O que mais me encantava ao ver a novela era como, sem grandes modernidades, eram feitas as cenas de gêmeas com a mesma atriz. Eu ficava impressionada de ver a perfeição que a TV Globo imprimia nessa novela.  

 

Após a misteriosa Cândida, de "Terra e Paixão", você está no ar, atualmente, com diversas personagens. O que torna a sua atuação em "Mulheres de Areia" especial? 

Estou no ar em Senhora do Destino, que eu acho um personagem dos mais completos que eu já fiz, porque ela era tudo: brava, sofredora, feliz, amorosa... ela tinha todas as características. Em ‘Mulheres de Areia’, eu contracenava com Raul Cortez, eu adorava. Depois a Clarita se apaixona por um homem mais novo, quando ela se separa do marido. A novela foi pautada por grandes interpretações.  

 

Como foi contracenar com nomes como Raul Cortez, Guilherme Fontes e Vivianne Pasmanter? 

A Vivianne Pasmanter fazia uma personagem rebelde, uma menina fora dos trilhos. Aquela era uma família normal, e ninguém tem uma família com todos 100% bonzinhos. Sempre alguém vai dar trabalho, e as relações vão mudando. Ela é uma das minhas filhas preferidas, porque todas as atrizes jovens que são maravilhosas atrizes, hoje, passaram por mim, fazendo papel de filha. A Vivianne me encantava, ela chegava no estúdio com um caderno todo marcado, era muito estudiosa. Guilherme Fontes é uma pessoa muito querida, muito educado, também muito centrado no trabalho dele. Raul Cortez meu grande amigo, trabalhei várias vezes com ele, um ator supimpa, muito engraçado nos bastidores. Uma estrela. 

 

Tem alguma curiosidade sobre as gravações da novela ou sobre a repercussão dessa obra que gostaria de compartilhar? 

Faz muitos anos que essa novela foi ao ar. A gente guarda muito as coisas do trabalho, o convívio dos atores. Tem coisas que acontecem fora do ambiente de trabalho que podem ser engraçadas. Tem uma cena em que a Vivianne Pasmanter traz para o jantar na casa daquele casal super chique várias pessoas que moravam na rua para fazerem o final de ano. Era para afrontar o pai. Lembro que a gente foi gravar em uma casa em Angra dos Reis, e eu era amiga da dona da casa, foi ótimo. Era uma amiga minha das noitadas (risos). Ela tratou a gente super bem. Ficamos em Angra vivendo dias muito agradáveis, de muito trabalho, eu fui muito feliz nessa novela. Não posso reclamar de nada. 

"Mulheres de Areia – Edição Especial" estreia dia 26 de junho, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco. 


sexta-feira, 16 de junho de 2023

.: Mulheres de Areia: Paulo Betti fala sobre o personagem Wanderlei

No ar em "Amor Perfeito", o ator comenta seu papel em "Mulheres de Areia" 30 anos após a primeira exibição da novela


O insinuante Wanderlei, interpretado por Paulo Betti, é amante da ácida Raquel (Gloria Pires), a gêmea má de "Mulheres de Areia". A novela, que volta ao ar dia 26 de junho, no "Edição Especial", tem lugar importante na carreira do ator, que também está no folhetim das seis, "Amor Perfeito", como o prefeito Ancelmo Evaristo.   

Na trama, Raquel, interessada somente no dinheiro do jovem empresário Marcos Assunção (Guilherme Fontes), consegue seduzir o rapaz e levá-lo ao altar, no lugar de Ruth (Gloria Pires), sua irmã gêmea, que verdadeiramente o ama. Enquanto isso, ela mantém encontros às escondidas com Wanderlei, mas é descoberta pelo escultor Tonho da Lua (Marcos Frota). Após desaparecer num acidente no mar, e ser dada como morta, Raquel descobre que sua irmã está se passando por ela e planeja se vingar. Ela se une a Wanderlei para dar um golpe na família Assunção, além de se fantasiar de assombração para assustar da Lua.

O final de Wanderlei é trágico e envolve um assassinato. Em 1993, a morte de Wanderlei se tornou um dos principais assuntos do público, que estava ávido por saber quem teria sido o autor do crime. Confira a entrevista com Paulo Betti!

 

Quais são as suas principais lembranças de seu personagem em "Mulheres de Areia"?   

Lembro de conversas que a gente tinha, de ficar jogando sinuca. Lembro de gravações com o Guilherme Fontes, com a Gloria Pires. Lembro que eu falava muito que eu era o namorado mau da gémea má, porque tinha o namorado bom da gêmea boa (risos). Mas eu me lembro muito do clima. Lembro também do Marcos Frota fazendo o papel que tinha sido do Gianfrancesco Guarnieri na primeira versão dessa novela. Foi tudo muito agradável. Até hoje, em muitos lugares, as pessoas falam ‘Guanderlei’, porque a novela passou em vários países de língua espanhola, então eu fiquei muito conhecido como ‘Guanderlei’.   

 

Como foi contracenar com nomes como Gloria Pires?  

A Gloria Pires fazia o papel da gêmea boa e da gêmea má, e ela estava sempre às voltas com essa dualidade. Gloria Pires foi uma parceira incrível, a gente se relacionava muito bem e tinha altas conversas, sempre fui muito feliz trabalhando com ela.  


Wanderlei teve um final trágico, ao ser misteriosamente assassinado. O que você acha do desfecho desse personagem? 

Eu fiquei muito preocupado quando soube desse destino do personagem porque, naquela época, as revistas às vezes publicavam as matérias como se fosse sobre a gente. Eles não iam dizer ‘Wanderlei foi assassinado’, podia sair em uma revista ‘Paulo Betti foi assassinado’. Então eu tinha sempre essa preocupação em relação a minha mãe e aos meus familiares, para que eles não tomassem um susto vendo isso na imprensa. Era uma confusão danada. 


Qual é a expectativa para estar no ar com dois papéis ao mesmo tempo, em novelas e épocas diferentes? 

Que eu não tenha um ataque cardíaco ao ver a passagem do tempo (risos). A expectativa é de que o trabalho esteja bem-feito, que eu tenha feito bem o personagem naquela época, a passagem do tempo, inevitavelmente, será visível. 

"Mulheres de Areia – Edição Especial" estreia dia 26 de junho, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco.

terça-feira, 13 de junho de 2023

.: Entrevista: Marcos Frota comenta a volta do memorável Tonho da Lua


Ator, que viveu o personagem que marcou época, comenta a expectativa para a reprise de "Mulheres de Areia". Foto: 
TV Globo / Cedoc


Tonho da Lua, interpretado por Marcos Frota em "Mulheres de Areia", novela de Ivani Ribeiro, é um dos personagens mais lembrados por todos que assistiram esse clássico da teledramaturgia brasileira. Enteado de Donato (Paulo Goulart) e irmão de Glorinha (Gabriela Alves), o jovem escultor é apaixonado por Ruth (Gloria Pires) e foge dos maus-tratos de Raquel (Gloria Pires). 

Ingênuo e muitas vezes lírico, ele esculpe mulheres de areia na praia, mas vive sendo perseguido por Raquel, que destrói suas artes e o ofende sempre que pode. Na novela, que será exibida a partir de 26 de junho no ‘Edição Especial’, Tonho também sofre nas mãos de Donato, seu padrasto, um homem rude e violento, que explora todos os pescadores da fictícia Pontal D'Areia. 

Quando as gêmeas Ruth e Raquel se envolvem em um acidente no mar e apenas uma delas é resgatada, Tonho reconhece que a encontrada foi Ruth, que está segurando a aliança da irmã. Sabendo que ela é apaixonada por Marcos (Guilherme Fontes), rapaz com quem a gêmea má se casou apenas por interesse, Tonho coloca a aliança no dedo de Ruth e, quando ela desperta, todos pensam ser Raquel. Por causa de Tonho, uma irmã acaba assumindo o lugar da outra.  

Apesar de alimentar um amor puro e genuíno por Ruth, no fim da história, Tonho se encanta por um circo que passa pela cidade e decide ir embora para viver do picadeiro. Marcos Frota, que além de ator é trapezista e empresário, vê sua vida pessoal se cruzar com a desse personagem, já que é um importante expoente da história do circo no país. Confira a entrevista com Marcos Frota: 


Qual foi a maior inspiração para construir o personagem Tonho da Lua? Quais foram as suas referências?
Marcos Frota - O Tonho da Lua foi inspirado basicamente no texto da dona Ivani Ribeiro, com o auxílio da Solange Castro Neves. Ali no texto já tinham todas as indicações que eu precisava para poder construir o personagem, com a direção do Wolf Maia. Outras duas inspirações que eu tive foram, primeiro, um vendedor de sorvete que tinha na minha cidade, Guaxupé, no sul de Minas Gerais. Acho que o nome dele era Augusto, a gente o chamava de ‘seu Gustin’. Ele era um vendedor de sorvete que andava de um certo jeito, usava umas botininhas da roça, com um jeito único de falar e se comunicar... eu passei a observá-lo. Levei muito das características de ‘seu Gustin’, o sorveteiro mais querido da minha cidade, e meio Tonho da Lua, no sentido lúdico. Outra pessoa que eu me inspirei foi no meu filho, Tainã, que tinha três anos. A infantilidade dele me dava um pouco o tom infantil que o Tonho da Lua tinha, a pureza do Tonho da Lua. 


Quais foram os principais desafios de interpretar um personagem tão marcante como Tonho da Lua?
Marcos Frota - Eu vi a novela ‘Mulheres de Areia’ na TV Tupi de São Paulo, com a Eva Wilma fazendo Ruth e Raquel, e o Gianfrancesco Guarnieri interpretando o Tonho da Lua. Aquilo me marcou muito, e eu percebi, então, que eu tinha um enorme desafio pela frente. Eu procurei dar um pouco mais de ludicidade, transformar o Tonho da Lua num personagem um pouco mais lúdico, já que ele é um artista, um artista das areias, das esculturas. Sem dúvida nenhuma, o maior desafio de interpretar um personagem tão complexo e tão marcante foi estudar o texto. O texto é um clássico da nossa teledramaturgia e exige que o ator tenha muita atenção. Contracenar, também, com atores como Laura Cardoso, Paulo Goulart, Raul Cortez e, principalmente, a Gloria Pires, vivendo Ruth e Raquel, exigiu o máximo de mim. São grandes atores, que vinham para a cena com muita força, intensidade. Eu tinha que chegar com o texto muito estudado, para que eu pudesse realmente contracenar com colegas tão talentosos, tão intensos, com uma interpretação tão mágica. 
 

Em que medida interpretar Tonho da Lua teve impacto na sua trajetória profissional?
Marcos Frota - O Tonho da Lua primeiro arrancou a máscara da minha vaidade. Esse talvez tenha sido o maior impacto na minha trajetória, na minha carreira. Eu entendi, definitivamente, o exercício do ofício, da arte de representar, da arte de interpretar. A importância do trabalho em equipe, a presença magnânima de um diretor de telenovela e, claro, um texto espetacular da dona Ivani Ribeiro, que é uma das maiores autoras que o nosso país conheceu. Um trabalho em equipe, a ausência de vaidade, e exercício do ofício, foi o que mais o Tonho da Lua me ensinou.  

Tonho da Lua é um personagem lembrado até hoje. Na sua avaliação, quais elementos que compõem esse personagem fazem com que ele seja atemporal?
Marcos Frota - O Tonho da Lua rompeu a barreira do tempo junto com a novela, não é? É um personagem lembrado até hoje, em todo o lugar que eu chego com o meu circo ou com outro evento, as pessoas vêm conversar comigo sobre o Tonho da Lua. É um personagem que ficou. Agora, nesse momento que ele retorna, no ‘Edição Especial’, ele vai poder se apresentar a uma nova geração. Isso é muito importante, porque essa nova geração, principalmente as crianças, vão se identificar muito com as brincadeiras dele, vão ter com ele uma intimidade, vão se divertir com ele e, claro, vão acompanhar uma história linda que ele vive, de amor incondicional com a Ruthinha, interpretada pela Gloria Pires. O jeito que ele conduz a história dele, e o amor que ele tinha por aquele lugar que ele vivia, aquela prainha e os pescadores... aquilo tudo era a vida dele. 

 

Se Tonho da Lua pudesse transmitir uma mensagem ao público, qual seria?
Marcos Frota - O Tonho da Lua me ensinou o amor incondicional, aquele amor que não espera nada em troca. Por isso é o mais rico. É o que faz você crescer. O Tonho da Lua se libertou através do amor que ele sentia pela Ruth. A gente comentava muito isso, eu e a Gloria Pires, dessa relação que o Tonho tinha com a Ruth, e o quanto isso era um momento de acolhimento. Apesar de todas as dificuldades psicológicas e temperamentais que o Tonho da Lua tinha, isso libertou o Tonho. Tanto é que, no final da novela, ele foi embora com o circo. Isso é incrível, porque é um encontro com a minha própria vida, com a minha própria carreira. Eu criei um circo brasileiro, hoje de padrão internacional, e nunca imaginei que um personagem fosse ir embora com o circo, e o personagem foi. A última cena do Tonho da Lua é ele se despedindo da cidade dele, dos amigos, e indo embora para viver a vida do circo. É quando a vida se mistura com a arte. Eu sou muito agradecido a toda a equipe, e principalmente ao público, que acompanhou com tanto entusiasmo a história de um dos personagens mais queridos que a gente conhece. Eu até hoje fico muito sensibilizado e muito grato pela relação que o público tem. A mensagem que eu gostaria de passar com o Tonho da Lua é essa: ninguém faz nada sozinho, em nenhum aspecto. É a força da equipe que determina o êxito. 

 

'Mulheres de Areia - Edição Especial' vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco. 

domingo, 11 de junho de 2023

.: Entrevista: Carol Castro fala sobre a chegada da personagens em novelas


Mãe de Clara (Vitória Pabst), Darlene vai à cidade para apresentar a filha a Frei João (Allan Souza Lima), com quem se relacionou no passado; a atriz também será vista em "Mulheres Apaixonadas", seu trabalho de estreia na televisão. Foto: Globo/Manoella Mello


O público já percebeu que Darlene (Carol Castro) está cada vez mais presente nas memórias de Frei João (Allan Souza Lima), especialmente quando ele conversa com o noviço Luís (Paulo Mendes) sobre os desafios da vida religiosa. No passado, Darlene e João se envolveram, mas acabaram seguindo caminhos distintos: ela viveu outra relação; ele seguiu o chamado de sua vocação, tornando-se padre. Em cenas previstas para irem ao ar nesta segunda-feira (12), em ‘Amor Perfeito’, Darlene chega a Águas de São Jacinto, causando um rebuliço na vida de ambos em um reencontro inesperado e carregado de emoções.

Viúva, a jovem vai até a cidade para apresentar ao religioso a menina Clara (Vitória Pabst). O que João nem imagina é que a criança é fruto de sua relação com Darlene. Com oito anos, a filha deles é uma garota muito inteligente, com interesse especial pelas ciências e a matemática, e, inevitavelmente, vai conquistar o coração de seu pai.

Clarinha também será grande amiga de Marcelino (Levi Asaf). Darlene e a filha vão acabar se estabelecendo em São Jacinto e a chegada delas fará João ficar dividido entre a vida religiosa, o amor do passado por Darlene e o novo sentimento que nasce no momento em que descobre que tem uma filha. Confira a entrevista de Carol Castro sobre a chegada de sua personagem na trama e detalhes dos bastidores. A atriz também será vista, em breve, em "Mulheres Apaixonadas", sua estreia na televisão, dando vida a Gracinha.


Como foi dar início às gravações de "Amor Perfeito"? Fale um pouco sobre a recepção dos colegas de equipe.
Carol Castro -
Foi demais reencontrar tantos colegas de trabalho, de tantos anos, principalmente da equipe. Conheço praticamente todo mundo! Câmeras, assistentes de direção, além de elenco, maquiagem, figurino, camareiras! Foi uma alegria só. Achei interessante começar com cenas mais leves e logo partir para as mais intensas, como aconteceu. Isso me ajudou muito.

Quais suas inspirações para a construção dessa personagem? Já fez algo parecido? 
Carol Castro - Já fiz uma mulher ativista. Darlene foi uma mulher ativista. E essa força, essa garra, essa luta pela sobrevivência tenho forte em mim no filme que “Ainda Somos os Mesmos”, que ganhou o Festival Independente de Cinema de Montreal e que ainda chegará no Brasil. Mas nunca vivi algo parecido, em outros aspectos, com a vida da Darlene. 

O que o público pode esperar com a chegada de Darlene e Clara à trama?
Carol Castro - Com certeza, um ar de mistério, segredos e muita diversão.

Como tem sido a parceria com Allan e Vitória?
Carol Castro - Está sendo ótima a parceria com Allan e Vitória! O Allan já é um ator maduro, com longa estrada, concentrado. Troca em cena. O que é superimportante para o "jogo" funcionar. E a Vitória é uma espoleta! Assim como a personagem dela, a Clarinha.

Em breve, a Gracinha, sua personagem em "Mulheres Apaixonadas", voltará a aparecer na novela. Ela foi sua primeira personagem na TV e, na trama, foi um dos grandes obstáculos no romance de Cláudio e Edwiges. Como foi acompanhar a repercussão dessa trama na época? 
Carol Castro - Eu era literalmente odiada por todos (risos)! Até hoje tem pessoas que comentam comigo sobre isso: “Como eu adiava aquela Gracinha!”. Mas acho que hoje os comentários seriam diferentes. São outros tempos.   


Quais são as memórias mais marcantes desse trabalho? 
Carol Castro - A Gracinha praticava esportes radicais, então lembro bem das filmagens de asa-delta, nas quais obviamente não quis dublê (risos). Também houve cenas de moto. E, é claro, o frio na barriga de estar começando numa novela de sucesso, trabalhando com pessoas superexperientes quando eu não sabia nada de TV. Já tinha tido contato com teatro e cinema, mas TV era algo novo. Tinha feito apenas algumas publicidades. Tudo foi marcante!


Costuma rever trabalhos antigos como esse de "Mulheres Apaixonadas". Como é para você assistir às cenas? 
Carol Castro - Não costumo, mas sempre que acontece é interessante ver a evolução, a maturidade, como tudo muda. Na época da Gracinha, por exemplo, eu era crua, com nenhuma quilometragem de TV nem tempo de set de filmagem suficiente para passar mais experiência. Mas acho que era isso que estavam procurando: uma atriz nova com esse frescor de começo; uma certa ingenuidade que dá veracidade ao papel. Eu lembro que tentei muito entrar na Globo, já tinha até mandado currículo por correio (risos).

Você voltará ao ar em dose dupla, com "Mulheres Apaixonadas", no "Vale a Pena Ver de Novo", e a estreia em ‘Amor Perfeito’. Como está a expectativa? 
Carol Castro - Estou adorando! Será um retorno com ar de recomeço. Vai ser interessante a nova geração conhecer meu primeiro trabalho e, ao mesmo tempo, conhecer melhor como atuo hoje em dia. E para os que me acompanham há 20 anos –  o tempo que passou desde a estreia de "Mulheres apaixonadas" – só tenho carinho e gratidão. Recebo sempre mensagens muito queridas nas redes sociais perguntando sobre minha volta à TV. Então, agora teremos em dose dupla. Fico muito feliz com isso. Esse ano faço 30 anos de profissão, sendo que 17 foram na Globo. É bastante tempo! Estou muito feliz com esse reencontro com o meu início na TV. É como se fosse o futuro, no caso presente, olhando para o passado.

"Amor Perfeito" é criada e escrita por Duca Rachid e Júlio Fischer com direção artística de André Câmara. A obra é escrita com Elísio Lopes Jr, com a colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira. A direção é de Oscar Francisco, Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes. A produção é de Isabel Ribeiro e Mônica Fernandes e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Mulheres Apaixonadas" tem autoria de Manoel Carlos, com colaboração de Fausto Galvão, Vinícius Vianna e Maria Carolina. A novela tem direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington e direção geral de José Luiz Vilamarim e Rogério Gomes, com direção de Ary Coslov e Marcelo Travesso. "Mulheres Apaixonadas" vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após "Sessão da Tarde".

quarta-feira, 7 de junho de 2023

.: Entrevista: Debora Ozório, a Petra de "Terra e Paixão" comenta a novela


"É a personagem mais diferente que já fiz na minha trajetória.", afirma a atriz, que interpreta pela primeira vez uma personagem de Walcyr Carrasco. Foto: Globo/João Miguel Júnior


Em cena da novela "Terra e Paixão", escrita por Walcyr Carrasco, Irene (Gloria Pires) se preocupa com o desaparecimento de Petra (Debora Ozório). Ela percebe que a filha não está em seu quarto e com a ajuda de Angelina (Inez Viana) procura por todos os lugares, mas não a encontram. Diante da situação, Irene pede a ajuda de Daniel (Johnny Massaro), que decide avisar a Antônio (Tony Ramos) sobre o sumiço da irmã. Ramiro (Amaury Lorenzo), Caio (Cauã Reymond) e Luigi (Rainer Cadete) se juntam na busca pela jovem na área externa da fazenda. O italiano fica desesperado com a situação e Antônio pede calma, afinal, não quer ter que cuidar de mais uma pessoa. 

Enquanto eles seguem na busca, Caio aproveita as habilidades com o drone e tenta mapear a região. Antônio critica o filho por estar parado manipulando o equipamento, mas é ele quem encontra a irmã no meio das plantações. Nesse momento, Caio, Luigi e Daniel correm para socorrer Petra entre o soja e a localizam desmaiada. Ao chegar em casa, Luigi identifica que ela guardava os remédios tarja preta na fronha do travesseiro e revela o esconderijo à família. Abaixo confira a entrevista de Debora Ozório.


Como você define a sua personagem?
Debora Ozório -
É a personagem mais diferente que já fiz na minha trajetória. Petra é uma mulher muito interessante e cheia de conflitos familiares e internos. 

Em quem se inspirou para fazê-la? Como se preparou?
Debora Ozório - 
Eu me alimento de muitas fontes, gosto de ter muitas referências, estudar muito, e me preparo para na hora estar disponível e jogar com meus colegas e com a direção. 
 

O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Debora Ozório - Todo o universo cotidiano da Petra é novo, é outro sotaque, outro ambiente, outro estilo. Me sinto desafiada por um todo com ela, principalmente na questão do vício. 
 

Quais são as principais questões que ele enfrenta na trama?
Debora Ozório - A Petra é cheia de história. Ela tem a questão da estrutura familiar, que desenvolve muitos outros pontos como, por exemplo, o vício em remédios. 
 

E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco? O que você destaca como o mais interessante nesse trabalho?
Debora Ozório - Eu estou muito feliz! Meus amigos, a viagem ao Mato Grosso do Sul, toda a equipe…Todos em uma jornada muito vibrante e contagiante. Com a certeza de um belo trabalho sendo feito, de uma cenografia linda, e de muita troca com todos. 
 

Qual a sua expectativa nesse trabalho?
Debora Ozório - Minha expectativa é de uma personagem contada em cada detalhe, que seja uma troca de realidade com sinceridade e dedicação. Eu mergulho por inteiro na personagem e a Petra é um universo profundo, mas também divertido. Acredito que o público vibra junto porque a trama é muito instigante. 
 

Comente sobre a relação de Petra com Antônio e Irene. E com Caio e Daniel?
Debora Ozório - A relação de afeto com os pais é baseada dentro do que é possível da realidade daquelas pessoas que vivem em uma estrutura familiar bem conturbada, e que deixa consequências para minha personagem. A relação com os irmãos, Caio e Daniel já é diferente. Com o Daniel, Petra tem uma relação mais próxima e mais amigável, já com Caio a relação é um pouco morna chegando a ser fria, mas no geral, se dão bem. 
 

Quais foram seus últimos trabalhos, antes de ‘Além da Ilusão’?
Debora Ozório - Quando eu estava no ar em "Além da Ilusão", a série "Filhas de Eva" também foi ao ar, que é um trabalho muito especial, lindíssimo, que eu amei fazer, e também está disponível no Globoplay.


Como foi o convite para atuar na novela?
Debora Ozório - Eu fui chamada para fazer um teste que durou dois dias. Cheguei preparada e desejando muito que desse certo e as coisas aconteceram. Eu acho que o personagem escolhe a gente. Existe uma energia sobre tudo e estou bem feliz e realizada com essa oportunidade. 
 

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Debora Ozório - Essa é a minha primeira novela com o Walcyr e estou bem empolgada com esse desafio. Ele escreve muitos sucessos e tenho certeza que esse será mais um. Já tenho uma relação de amizade e confiança com o Luiz e esse será o combo perfeito para esse momento.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

.: Entrevista: Susana Vieira relembra a Lorena de "Mulheres Apaixonadas"


A Lorena, de "Mulheres Apaixonadas", abordou a diferença de idade nos relacionamentos. Na imagem, Lorena (Suzana Vieira) e Expedito (Rafael Calomeni), namorados na novela. Foto: TV Globo / João Miguel Júnior


Uma mulher vibrante e de muitas paixões. Assim é Lorena (Susana Vieira), uma das grandes personagens de "Mulheres Apaixonadas", novela que volta ao ar no "Vale a Pena Ver de Novo" na próxima segunda-feira, dia 29. Na trama escrita por Manoel Carlos, a personagem foi casada com Rafael (Claudio Marzo), de quem até hoje é muito amiga. Com ele teve seus dois filhos, Vidinha (Julia Almeida) e Diogo (Rodrigo Santoro). Como Vidinha tem um temperamento muito parecido com a da mãe, as brigas entre as duas são constantes. 

Sempre que necessário, Vidinha passa um tempo morando com o pai no hotel onde ele é gerente. Já Diogo é o "queridinho" da mamãe, trabalha na agência de turismo que fica no hotel e tem uma loja de motos em sociedade com o amigo Claudio (Erik Marmo). Irmã de Téo (Tony Ramos), Lorena também é diretora-geral da Escola Ribeiro Alves, a ERA. “Ela conhecia a alma de cada um dos alunos. Esse lado dela muito amoroso e inteligente de lidar com aquela juventude era muito interessante e de uma sabedoria muito grande”, avalia a intérprete do papel, Susana Vieira.

A atriz conta que traz, até hoje, muitas memórias deste trabalho, entre elas, as histórias das personagens femininas criadas pelo autor: “Cada personagem que o Manoel Carlos colocou nessa novela tinha uma questão a ser tratada, com coragem de mostrar o que nos abala e o que nos deixa inseguras”, observa Susana, que a seguir, conta mais detalhes da personagem com a qual diz se identificar. 


Este ano faz 20 anos da exibição original de "Mulheres Apaixonadas". Quais lembranças você guarda da experiência de viver a Lorena?
Susana Vieira - Tenho as melhores lembranças, porque foi uma novela do Manoel Carlos em que ele reuniu um grande número de personagens femininos. Nós ficamos em um grupo de amigas numa novela que abordou vários assuntos de relevância social e várias questões emocionais. Cada uma de nós levou um recado do Manoel Carlos ao público brasileiro - algo que ele fazia como ninguém. Ele aborda, desde aquela época, a questão da separação, o problema do alcoolismo, a violência contra as mulheres, a forma como a juventude trata os seus avós... É muito interessante. Guardo cada uma das minhas amigas e colegas de trabalho, que tinham todas uma função na novela. Cada personagem que o Manoel Carlos colocou nessa novela tinha uma questão a ser tratada, com coragem de mostrar o que nos abala e o que nos deixa inseguras. 
 

Na sua opinião, o que há de particular nessa personagem em comparação às outras que já interpretou?
Susana Vieira Manoel Carlos abrange várias situações da sociedade carioca daquela época, mas uma coisa particular do meu personagem é que ela gosta de um rapaz 20 anos mais novo que ela. Havia toda uma especulação e todo um preconceito. Havia também a traição do rapaz com a própria nora dela, a falta de respeito dele com ela. Na verdade, o Manoel Carlos estava expondo uma coisa que eu, na vida real, já estava vivendo há muito tempo. Eu estava vivendo com uma pessoa 24 anos mais nova do que eu já fazia uns dez anos, então, para mim não era novidade nenhuma, mas para o público, sim. 

Lembra da repercussão dessa trama junto ao público? Na sua visão, o que mudou daquele período para hoje em relação ao assunto?
Susana Vieira Quando começa a novela, ela já está separada do marido, com quem ela se dá muito bem e conversa sobre tudo, sobre os filhos. E de repente ela se vê apaixonada por um homem muito bonito, muito mais jovem do que ela, que trabalha no sítio dela. Eu não me lembro exatamente da repercussão do público, porque naquela época eu já vivia uma situação como aquela na minha vida e não via grandes problemas, não. Isso nunca me afetou nem afetou a minha relação pessoal, que foi a mais longa que eu tive na minha vida. Eu acho que essas coisas continuam sendo um tabu, continuam em pauta, sim. As pessoas sempre têm uma piadinha, porque quando a mulher é nova e o homem mais velho, dizem que é por causa do dinheiro. E, quando ocorre o contrário, na cabeça das pessoas, é sempre um jovem que quer se dar bem, não quer trabalhar, quer viver às custas da mulher e, consequentemente, vai traí-la com gente mais nova. Mas eu acho que tudo o que diz respeito à vida dos outros estimula muito a fofoca, infelizmente é uma coisa natural no ser humano o querer saber da vida do outro.


Você se identifica com a Lorena de alguma forma?
Susana Vieira Eu me identifico, porque ela era uma pessoa que procurava juntar todo mundo, agregar as pessoas, explicar tudo através da conversa. Ela era muito compreensiva, gostava de falar sobre tudo, não se esquivava de assunto nenhum. Havia a questão da homossexualidade, porque uma aluna do colégio era apaixonada por outra - mais um aspecto que o Manoel Carlos abordou nessa novela - e ela sempre teve um olhar muito complacente com todas. Ela era diretora de uma escola, então conhecia a alma de cada um dos alunos. Esse lado dela muito amoroso e inteligente de lidar com aquela juventude era muito interessante e de uma grande sabedoria.


Lorena e Téo eram irmãos na novela. Como é reencontrar o Tony Ramos agora em "Terra e Paixão"?
Susana Vieira O Tony Ramos é a pessoa com quem eu mais gosto de contracenar dentro de toda essa plêiade de atores fantásticos que nós temos e com quem já trabalhei na vida. Eu já trabalhei com Paulo Autran e com Sergio Britto no teatro, com José Wilker, Otávio Augusto... Meu Deus, tive tanta gente boa! Mas acontece que, com o Tony, eu não sei se é porque a gente veio do mesmo lugar. Somos paulistas, viemos no mesmo bonde, de São Paulo para trabalhar na TV Globo, em 1970. Viemos no meio de um grupo de dez atores. O Tony me encanta. Eu fico olhando para ele e ele me emociona. Contraceno muito bem com ele, porque ele se doa muito e eu ouço o que ele fala. A maioria dos atores tem que aprender que, quando você ouve o outro, você responde. A maneira mais fácil de saber o texto é ouvir o que o seu companheiro está falando. Enfim, na novela, eu ficava profundamente emocionada. Ele era meu irmão, nós tínhamos uma relação maravilhosa. Eu, na vida real, tenho uma relação de amor com o meu irmão, que é músico, compositor e maestro em São Paulo. Era uma relação muito boa. Eu já tinha reencontrado o Tony em outra novela ("A Regra do Jogo") em que eu era a dona do morro e ele, meu namorado. Também o reencontrei em uma novela do Silvio de Abreu em que eu era a dona de uma pizzaria ("A Próxima Vítima"). Então, ele tem sido meu companheiro em vários trabalhos. É sempre com muito prazer, muita tranquilidade e orgulho que eu contraceno com um dos maiores atores brasileiros, que é o Tony Ramos. Maior alegria é fazer cena com ele. É uma pena que nós só tivemos quatro cenas juntos em "Terra e Paixão".


Alguma cena foi mais marcante nesse trabalho para você?
Susana Vieira Manoel Carlos fez com que o meu namorado na trama, o Expedito (Rafael Calomeni), me traísse com a minha nora, a personagem da Paloma Duarte. Mas aquilo magoou profundamente a Lorena. Ela nunca achou que isso seria por conta da idade, porque sempre se achou jovem, bonita e exuberante. E eu falei com o Maneco que ele poderia fazer um final feliz para essa história, porque, às vezes, o que acontece é isso: namorados mais jovens acabam traindo, arrumando outra mulher mais jovem, nunca da sua idade. E aí eu pedi para ele não me tirar o namorado, porque eu estava chateada da personagem ficar sozinha. A Lorena começou e iria terminar a novela sozinha, porque havia o preconceito ou porque era ‘natural’ entender que aquele homem tinha que ter uma mulher mais jovem. E ele falou: ‘Não fique assim. Eu vou guardar uma surpresa para você’. E a surpresa ele deixou para o último capítulo, na hora da gravação. Era uma grande festa que estava sendo dada no colégio e, na nossa mesa, estava toda a família reunida. De repente chega um ator por trás de mim e pergunta se pode sentar naquela mesa, algo assim. E quando eu olho, esse ator é o Reynaldo Gianecchini. O Reynaldo havia sido lançado no ano anterior, na novela do Manoel Carlos; era o ator mais cobiçado. Então, ele era o crème de la crème que eu poderia imaginar. Então, a Lorena trocou o Expedido pelo personagem do Reynaldo Gianecchini. Eles começam namorar ali na festa, ou seja, mostrou para o público que ela conseguia, sim, despertar o desejo de outra pessoa. Eu fiquei super feliz. Foi tipo uma ‘bofetada com luva de pelica’ que o Manoel Carlos deu na novela, dizendo que tudo bem, aquele rapaz não ficou com ela, mas existiriam outras pessoas. E pelo jeito, o personagem do Reynaldo Gianecchini jamais faria nada que magoasse a Lorena, porque ele era um homem muito do bem.


De volta a partir do dia 29 de maio, no "Vale a Pena Ver de Novo", "Mulheres Apaixonadas" tem autoria de Manoel Carlos, com colaboração de Fausto Galvão, Vinícius Vianna e Maria Carolina. A novela tem direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington e direção geral de José Luiz Vilamarim e Rogério Gomes, com direção de Ary Coslov e Marcelo Travesso.

domingo, 28 de maio de 2023

.: Entrevista: Gloria Pires comenta as maldades de Irene em "Terra e Paixão"


A vaidosa Irene é mais uma personagem marcante na galeria de Glória Pires. Foto: Globo/Paulo Belote

Em cenas da novela "Terra e Paixão", Irene (Gloria Pires) é chamada para uma conversa com Cândida (Susana Vieira) em seu quarto. A dona do bar da cidade é conhecida por deter os segredos de todos os moradores do local. Irene chega e sua presença atrai a atenção dos funcionários do bar, principalmente de Luana (Valéria Barcellos). Ciente do inusitado encontro, ela fica interessada em saber o conteúdo do papo entre as duas e presta atenção ao movimento.

Durante a conversa, Cândida alerta Irene sobre a tentativa de prejudicar Caio (Cauã Reymond), mais uma vez, na sucessão dos negócios de Antônio (Tony Ramos). Ela tem o rapaz como filho e se preocupa com o futuro que ele terá com a madrasta por perto. E para convencer a vilã a desistir das maldades recorrentes, ela ameaça revelar o segredo que guarda sobre o seu passado. 

Irene se apavora com a possibilidade de ter sua vida exposta e decide dar um fim à vida de Cândida na mesma hora. Mas Luana invade o local a tempo de evitar uma tragédia e as duas disfarçam, mesmo constrangidas com o iminente flagrante, sem contar o que acabara de acontecer. Esta é uma das cenas fortes que vem rendendo a Gloria Pires mais um grande papel na teledramaturgia brasileira. Em entrevista, ela comenta a personagem. Compre a biografia de Gloria Pires neste link.

Como você define a sua personagem?
Gloria Pires -
Irene é uma mulher ambiciosa, inteligente e que sabe conduzir as palavras para manipular aqueles que estão em sua volta. É uma personagem interessante, com nuances, que sabe enganar quem está em cena e quem está assistindo. E ela não medirá esforços para realizar os seus desejos.  


Em quem se inspirou para interpretá-la? Como se preparou?
Gloria Pires - 
Eu gosto muito de ler o texto e compreender o que o autor quer dizer com aquela personagem. A leitura e o entendimento do texto são o meu ponto de partida. Depois eu busco as inspirações, sejam livros, documentários, músicas e filmes. E tem a preparação com o elenco, que cria a dinâmica e sintonia. Essas etapas vão construindo a personagem e dando o tom do trabalho.


Com tantos anos de carreira, novos trabalhos ainda são desafiadores? O que Irene traz de novo para você?
Gloria Pires - 
Eu sempre aprendo algo com os meus trabalhos. Sempre. Acho que é por isso que eu sinto essa energia pulsante em mim. Gosto de trocar, de aprender com essa turma nova. Eu levei um tempo para fazer desse processo todo algo prazeroso, gostoso… sem ser tão crítica comigo, como já fui. Essa é uma personagem interessante e estou gostando muito desse trabalho. 
 

Quais são as principais questões que Irene vai enfrentar na trama?
Gloria Pires - 
Ah, mas aí eu vou dar spoiler (risos). Acho que a principal questão da Irene está ligada ao dinheiro e poder. E como fazer essas duas coisas ficarem sob o domínio dela. E ela vai costurando narrativas e situações para manter esse lugar. 
 

E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco?
Gloria Pires - 
É um elenco afinado e muito dedicado. Quando a gente encontra esse comprometimento, isso já ajuda muito no processo. Ao mesmo tempo, existe uma leveza, porque conheço muitas pessoas nos bastidores e em cena. Isso também deixa o trabalho mais especial. Eu me sinto feliz de estar junto com esse elenco. 
 

Comente sobre a relação de Irene com Antônio. E com Caio, Daniel e Petra?
Gloria Pires - 
É uma relação de tensão nessa família. Ela quer que seus filhos Daniel e Petra estejam ali no controle dos bens, nas terras da família. E o Caio é um entrave para ela. Com isso, ela fará de tudo para tirar ele do caminho e ter as coisas do jeito que ela quer. 
 

Quais foram seus últimos trabalhos, além de "Éramos Seis"?
Gloria Pires - 
Na TV, depois de "Éramos Seis"fiz uma participação muito afetiva como Nise da Silveira em "Além da Ilusão". No cinema, eu estreei há pouco o longa "Desapega", e filmei "Vovó Ninja", que ainda será lançado.
 

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Gloria Pires - 
O Luiz Henrique é um diretor que tem uma escuta muito boa, aceita toda colaboração que acrescente aos personagens, traz uma equipe afiada de trabalhos anteriores e essa sintonia está enriquecendo a trama tão surpreendente do Walcyr. Reencontrar com o Walcyr - estive com ele em "O Outro Lado do Paraíso" - está sendo muito estimulante. 


Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a novela "Terra e Paixão" é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 306 e 307

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 306 e 307 (22.05 e 24.05)


Otto visita Luca na cadeia (Foto: Divulgação SBT)


Capítulo 306, segunda-feira, 22 de maio

Formiga e Celeste flertam (Foto: Divulgação SBT/SBT)


Formiga encontra Jeff e Brenda na faculdade e avisa que agora vai estudar gastronomia. Yuna acredita que Pedro e Chloe estão escondendo alguma investigação dela. Sobre a votação para decidir o representante da comissão de formatura, Poliana mostra para Song o vídeo da colega sabotando a urna. Song nega a atitude e alega que Poliana fez uma montagem. Em conversa com Poliana e Song, Renato diz que fez a contagem da urna e que houve mais votos do que alunos, comprovando fraude. Pedro e Chloe decidem expor para Yuna que a irmã dela fraudou as urnas. Poliana sugere que ela e Song fiquem como representante da comissão de formatura; Renato aceita, mas declara que vai ter que contar para os pais da Song sobre a ação da aluna. Otto visita Luca na cadeia e afirma que ele e o pai do garoto estão empenhados em tirá-lo do local. Otto fala para Luca que a “Luc4Tech” não está indo tão bem. Glória oferece o apartamento dela para Celeste morar temporariamente; ela aceita e fica emocionada com o carinho da avó. Um ano se passa e Poliana se prepara para a formatura. Waldisney faz contrabando de aparelhos celulares na prisão. Finalmente, o verdadeiro nome do Formiga é revelado. Formiga entrega comida na casa de Celeste e eles conversam sobre a vida. Celeste e Formiga flertam.


Terça-feira, 23 de maio


EXCLUSIVAMENTE NESTE DIA, POR CONTA DO FUTEBOL, O SBT NÃO EXIBE “POLIANA MOÇA”


Capítulo 307, quarta-feira, 24 de maio


         O SBT NÃO REVELA O RESUMO DO ÚLTIMO CAPÍTULO


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 21h30, no SBT

.: TV Globo exibe edição especial da novela clássica "Mulheres de Areia"


Novela de Ivani Ribeiro, que foi lançada na emissora há 30 anos, volta ao ar em junho após após "Jornal Hoje". Na imagem,Guilherme Fontes e Gloria Pires nos papéis de Marcos e Ruth. Foto: TV Globo / Cedoc 


A rivalidade das gêmeas Ruth e Raquel, ambas vividas por Gloria Pires, vai voltar às tardes da Globo a partir de junho, no "Edição Especial" da novela de Ivani Ribeiro. Com um elenco estrelado que inclui nomes como Susana Vieira, Humberto Martins, Andrea Beltrão, Nicette Bruno e muitos outros, ‘Mulheres de Areia’ conta a história da disputa entre as duas irmãs pelo mesmo homem, o bem-sucedido empresário Marcos Assunção (Guilherme Fontes).  

  Idênticas na aparência, mas com personalidades totalmente diferentes, Ruth é verdadeiramente apaixonada por Marcos, enquanto Raquel só pensa em conquistá-lo para melhorar de vida. Depois de passar um período dando aulas na escola primária de uma fazenda, a doce e bondosa Ruth volta a morar com a irmã e os pais Isaura (Laura Cardoso) e Floriano (Sebastião Vasconcelos) na fictícia cidade de Pontal D’Areia, no litoral fluminense. 

Também de volta à região litorânea para auxiliar nos negócios da família, Marcos logo fica encantado ao encontrar a professora, e eles engatam um namoro, mas não imaginam que Raquel, extremamente ambiciosa, planeja se aproveitar da semelhança com a irmã para tentar conquistar o rapaz, de olho em sua fortuna.   

Para a tristeza de Ruth, Raquel consegue se casar com Marcos. Mas a gêmea má, mesmo depois da união, continua se encontrando com seu amante, Wanderlei (Paulo Betti), dono de um caráter tão duvidoso quanto o dela. A traição é descoberta por Tonho da Lua (Marcos Frota), um artista que cria belas esculturas na areia da praia. Ardilosa, Raquel convence Marcos de que o rapaz não é uma pessoa confiável e o empresário prefere acreditar na esposa. 

Apesar de não estar mais sob a ameaça de Tonho, Raquel não esquece o que ele lhe fez e passa a persegui-lo, acabando com a tranquilidade do escultor. Em meio a tudo isso, Ruth sofre por não conseguir tirar Marcos de seu coração e por vê-lo casado com sua irmã, enquanto o poderoso Virgílio Assunção (Raul Cortez), pai de Marcos, é contra o casamento do filho.   

Escrita por Ivani Ribeiro e com direção geral de Wolf Maya, "Mulheres de Areia" foi baseada em sua versão original, exibida em 1973, e na obra "O Espantalho". A trama foi lançada na TV Globo em 1993, na faixa das seis horas, e já foi reexibida na emissora em 1996, 2011, e também em 2015 no Canal Viva.  

 Além da elogiada atuação de Gloria Pires, o personagem de Marcos Frota também se destacou na trama. Tonho da Lua conquistou o público com sua sensibilidade e garantiu momentos emocionantes à história. Assim como na versão de 1973, as esculturas de areia de Tonho da Lua eram feitas pelo ator Serafim Gonzalez, que, desta vez, contava com o auxílio do filho, Daniel. Os dois chegavam às gravações três horas antes da equipe e faziam até quatro esculturas por dia.   

 Angra dos Reis e Tarituba serviram de locações para as gravações, que contaram também com uma cidade cenográfica erguida nos Estúdios Globo, nos anos 90. Para tornar críveis as cenas em que as personagens Ruth e Raquel contracenavam, foram pesquisadas diversas técnicas de duplicação de imagem. O resultado foi o uso de sofisticados recursos tecnológicos, além de uma dublê, Graziela di Laurentis, que gravou as cenas de costas e perfil das irmãs.    

Entre tantos motivos para cativar os telespectadores ao longo de gerações, a abertura icônica com a música "Sexy Iemanjá", de Pepeu Gomes, é uma das primeiras memórias que vem à cabeça quando o assunto é "Mulheres de Areia". Na abertura, a modelo Mônica Carvalho surge ora na água, ora na areia, simbolizando a oposição entre as gêmeas Ruth e Raquel - o sucesso foi tanto que a modelo se tornou atriz. Efeitos de computação gráfica fazem com que as imagens da modelo fiquem de costas uma para a outras, até que ela se transforma numa única mulher.

Outros hits embalaram a trilha sonora da novela, como os nacionais "Ai, Ai, Ai, Ai, Ai" (Ivan Lins), "Pensando em Minha Amada" (Chitãozinho e Xororó), "Gita" (Raul Seixas) e "Ovelha Negra" (Os Fantasmas). A trilha internacional conta com os clássicos "Easy" (Faith No More), "Sweat (A La La La La Long)" (Inner Circle) e "No Ordinary Love" (Sade).   

"Mulheres de Areia - Edição Especial" vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após o "Jornal Hoje". A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco. 

domingo, 21 de maio de 2023

.: Entrevista: Maria Padilha relembra a Hilda de "Mulheres Apaixonadas"


Maria Padilha relembra momentos marcantes da personagem Hilda em "Mulheres Apaixonadas" . Foto: TV Globo / João Miguel Júnior


Em uma novela sobre relações de amor que são expostas às agruras da vida e aos tormentos do destino, a personagem Hilda (Maria Padilha) parece ser um ponto de equilíbrio entre as irmãs Helena (Christiane Torloni) e Heloísa (Giulia Gam). Dona de uma delicatessen onde vende doces e salgados que ela mesma faz, Hilda é casada com o advogado Leandro (Carlos Eduardo Lago) e mãe da adolescente Elisa (Giselle Policarpo). É uma mulher centrada e que dá bons conselhos. No entanto, ao longo da trama de "Mulheres Apaixonadas", escrita por Manoel Carlos, ela vê sua vida mudar ao receber a notícia de que está doente.

“Eu acho que o mais desafiador no papel foi construir essa leveza na personagem, quando parecia que não aconteceria nada com ela. Todas as cenas dela eram muito cotidianas, com a irmã, com o marido e a filha. Então, foi construir essa característica sem que ela ficasse monótona, porque, às vezes, quando os personagens são muito felizes, o público acha que não está acontecendo nada, que não é interessante. Eu sempre fiz personagens mais excêntricos e a Hilda é uma mulher muito bem resolvida, muito tranquila”, relembra Maria Padilha. 

A atriz também destaca recordações dos bastidores do trabalho: “Eu guardo memórias muito boas do elenco, um elencaço! Era uma novela feita em cima das coisas que estavam acontecendo no momento, quase que uma novela jornalística, então a gente tinha que estar muito preparado para fazer as cenas, para decorar o texto”, conta. Na entrevista a seguir, Maria Padilha também fala sobre a relação com o elenco da obra e com o texto de Manoel Carlos. E revela que cena foi mais marcante para ela neste trabalho, que estará de volta à TV Globo no próximo dia 29.


A sua personagem em "Mulheres Apaixonadas" faz parte do núcleo da protagonista da trama. Como foi a experiência de contracenar com a Christiane Torloni e a Giulia Gam, que eram suas irmãs na novela?
Maria Padilha -
Foi muito rico, porque nós realmente ficávamos muito próximas e tivemos que construir uma relação crível de irmãs. A Christiane e a Giulia são atrizes muito diferentes e foi muito interessante poder estar com elas. As duas são muito talentosas, então foi muito legal. Como a gente fala, a bola correu entre nós com muita facilidade, muito empenho e com muito amor. Foi muito bom.

A Hilda é uma mulher muito centrada e que sempre dá bons conselhos às irmãs. A vida dela parece tranquila, com o marido e a filha, quando é surpreendida com a notícia do câncer de mama. Como foi lidar com esse drama da personagem na época? 
Maria Padilha - 
Eu sabia que alguma coisa ia acontecer com a Hilda quando comecei a personagem, mas não sabia bem o quê. Então, quando veio, foi meio rápido. Eu já havia feito personagens que recebem uma notícia muito ruim relacionada a alguma pessoa de quem gosta, um parente ou um amor que está doente. Mas eu nunca tinha feito um personagem que recebesse uma notícia ruim sobre si mesma. Eu perguntei a algumas pessoas se já haviam passado por situação semelhante e como tinham se sentido; isso me ajudou muito. Lidar com esse drama foi bom, por um lado, porque a gente começa a conhecer mais as coisas e saber que também está ajudando, de certa maneira, quem está vendo a novela a se cuidar, a fazer exames de tempos em tempos. E para mim, como atriz, é um conflito interessante; foi um material muito rico que o Maneco (Manoel Carlos) me deu.

O que foi mais desafiador nesse papel?
Maria Padilha - 
Eu acho que o mais desafiador no papel foi construir essa leveza na personagem, quando parecia que não aconteceria nada com ela. Todas as cenas dela eram muito cotidianas, com a irmã, com o marido e a filha. Então, foi construir essa característica sem que ela ficasse monótona, porque, às vezes, quando os personagens são muito felizes, o público acha que não está acontecendo nada, que não é interessante. Eu sempre fiz personagens mais excêntricos e a Hilda é uma mulher muito bem resolvida, muito tranquila; eu nunca tinha feito isso. Foi desafiador, mas muito rico para mim ter a chance de fazer um personagem assim.
 

Que cena da personagem considera a mais marcante?
Maria Padilha - 
Foram muitas marcantes, mas eu posso dizer a cena mais difícil, que foi quando ela recebe a notícia de que tem um câncer. Nessa cena, eu lembro que eu estava com a Helena (Christiane Torloni) no médico, interpretado pelo Emílio di Biasi, e ele falava o que ela tinha. Eu tinha que receber essa notícia de maneira crível, sem muito drama, dentro da personagem da Hilda, que era uma pessoa "equilibrada". Acho que essa foi a cena mais marcante, de que até hoje eu lembro.


A novela foi exibida originalmente há 20 anos. Que memórias guarda da época das gravações?
Maria Padilha - 
Eu guardo memórias muito boas do elenco, um elencaço! Era uma novela feita em cima das coisas que estavam acontecendo no momento, quase que uma novela jornalística, então a gente tinha que estar muito preparado para fazer as cenas, para decorar o texto. Guardo uma recordação muito boa da convivência com o elenco e com os diretores, Ricardo Waddington, Papinha (Rogério Gomes), José Luiz Vilamarim. Só tinha gente muito bacana nessa equipe. Além das duas irmãs, tinha o Eduardo Lago, o Marcello Antony, com quem eu contracenava muito, o Tony Ramos... era um elenco adorável. As recordações são as melhores possíveis, pela convivência com o elenco e com os diretores, que eram muito talentosos e pessoas muito generosas.


De volta a partir do dia 29 de maio, no "Vale a Pena Ver de Novo", "Mulheres Apaixonadas" tem autoria de Manoel Carlos, com colaboração de Fausto Galvão, Vinícius Vianna e Maria Carolina. A novela tem direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington e direção geral de José Luiz Vilamarim e Rogério Gomes, com direção de Ary Coslov e Marcelo Travesso.

sábado, 20 de maio de 2023

.: "Fuzuê": mistério, comédia e romance dão o tom à nova novela das sete


Parte do elenco se reúne para ensaios da nova novela, que tem estreia prevista para o segundo semestre deste ano. Foto: Globo/Fabio Rocha

Junte um grande mistério, duas mulheres de personalidades fortes - que têm mais coisas em comum do que imaginam - pistas sobre uma mãe desaparecida, uma pitada de amor à primeira vista, e muito humor na busca pelos tesouros da vida. Está pronto o fuzuê. Ou melhor, a "Fuzuê", a próxima novela das sete da TV Globo, escrita por Gustavo Reiz e com direção artística de Fabricio Mamberti

E foi nesse clima do melhor do fuzuê que parte do elenco se reuniu, recentemente, para um workshop com a preparadora Ariela Goldmann. Na foto, estão Giovana Cordeiro, Marina Ruy Barbosa, Nicolas Prattes, Edson Celulari, Fernanda Rodrigues, Juliano Cazarré, Felipe Simas, Jessica Córes, Pedro Carvalho, Bia Montez, Walkiria Ribeiro, Guil Anacleto, Heslaine Vieira, Noemia Oliveira, Ruan Aguiar, Bruno de Mello, Danilo Maia, Cinnara Leal, Deo Garcez, Clayton Nascimento, Micael Borges.


Duas irmãs extremamente diferentes e um mapa
Com estreia prevista para o segundo semestre, "Fuzuê" é uma comédia romântica, que vai tratar, de forma leve e bem-humorada, sobre diferentes relações sociais e familiares, tendo como pano de fundo, a busca de duas irmãs por seus desejos e realizações pessoais. Na história, Luna (Giovana Cordeiro), heroína da trama, é uma mulher simples, carismática, moradora do Bairro de Fátima, no centro do Rio de Janeiro, que produz e vende biojoias e busca, incansavelmente, por pistas que desvendem o paradeiro de sua mãe, Maria Navalha (Olivia Araújo), ex-cantora da Lapa, que desapareceu misteriosamente.  

Do outro lado do mapa, vive Preciosa (Marina Ruy Barbosa), a antagonista da história. Uma conhecida e poderosa empresária, dona de uma joalheria, que recebe como herança do pai, Cesar Montebello (Leopoldo Pacheco), documentos que indicam a localização de uma fortuna escondida. O que Preciosa não imaginava é que, em meio à papelada deixada pelo pai, estaria uma outra revelação: a existência de uma irmã (Luna), com quem ela deveria dividir todo o seu patrimônio, incluindo o tesouro que ainda teria que ser encontrado.   

 

Sobre a Fuzuê  

Cenário ideal da guerra por preços baixos, mas também de muitas histórias, a Fuzuê é comandada pelo excêntrico Nero de Braga e Silva (Edson Celulari), um ex-feirante que se orgulha de suas origens e tem a loja como seu verdadeiro tesouro. Nero será um grande parceiro de Luna na busca por sua mãe, já que Maria Navalha foi vista pela última vez na Fuzuê.  

 

É também na brasileiríssima loja de departamentos que Luna conhece Miguel (Nicolas Prattes), advogado, filho de Nero, recém-chegado de Portugal, com quem viverá um grande amor e muita aventura. Miguel terá grande atuação para desvendar o mistério do desaparecimento da mãe de Luna e será uma das pontas do triângulo amoroso que formará com Jefinho Sem Vergonha (Micael Borges), aspirante a cantor sertanejo, que tem uma relação de idas e vindas com Luna. Eles viverão um fuzuê de emoções.   

 

No elenco, ainda estão Lilia Cabral, Olivia Araújo, Douglas Silva, Leopoldo Pacheco, Ary Fontoura, Zezeh Barbosa, Hilton Cobra, Michel Joelsas, Cyria Coentro, Val Perré, Rogério Brito, Milton Filho, Guilhermina Libânio, Eber Inácio, Ingrid Klug, Maria Flor Silva e Theo Matos. 

 

‘Fuzuê’ é criada e escrita por Gustavo Reiz, com direção artística de Fabricio Mamberti. A obra é escrita com colaboração de João Brandão, Juliana Peres e Michel Carvalho, e tem direção geral de Adriano Melo e direção de Bernardo Sá, Nathalia Ribas e Glenda Nicácio. A produção é de Gustavo Rebelo e direção de gênero de José Luiz Villamarim.  

 

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