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quinta-feira, 4 de abril de 2024

.: Entrevista: Fernanda, a verdadeira e autêntica loba do BBB 24

Fernanda, participante do BBB 24. Foto: TV Globo/João Cotta

A viseira como principal acessório, um "destempero" com direito a frases como "chora, bonequinha", comemorações para lá de sarcásticas e citações a boas dezenas de filmes foram algumas das marcas de Fernanda que cativaram o público do "BBB 24". Ou, pelo menos, uma alcateia inteira – como se denominaram os fãs da participante, que a apelidaram de "loba" e vibraram a cada movimento seu no jogo. A confeiteira chegou ao Top 10 da temporada, mas não conseguiu avançar, e deixou a competição com 57,09% dos votos do paredão contra Beatriz e Giovanna. 

Ela acredita que a forma com que se fechou em seus próprios sentimentos, reclusa no quarto Gnomos, tenha contribuído para sua eliminação, e diz que é algo que teria mudado se pudesse fazer diferente. No entanto, sai satisfeita com a própria trajetória. "Eu acreditava no meu enredo, na minha força, no meu propósito. Isso, para mim, foi o meu ponto forte. A força do meu desespero era tão grande que eu não tinha outra opção a não ser acreditar que eu era muito capaz, sim, de estar ali", opina.

Na entrevista a seguir, Fernanda também avalia o futuro do grupo que liderou enquanto esteve no programa e da amiga Pitel – que está no paredão –, reflete sobre as mudanças que viveu à frente das câmeras e fala sobre a aliança entre Gnomos e Puxadinho que, a seu ver, teria melhores resultados se tivesse começado antes no game.

 

No ‘BBB 24’, você foi líder, anjo, venceu prova Bate e Volta e protagonizou discussões emblemáticas da temporada. Na sua opinião, faltou viver alguma coisa no reality? 

Acredito que não. Acho que eu vivi muito bem, dentro dos meus próprios parâmetros, as minhas emoções, minhas atitudes, meus limites. Eu até me parabenizo nisso em alguns pontos porque consegui me segurar em muitos momentos. Em outros eu acabei ficando mais triste. Mas, faltar viver algo, não. Acho que consegui transparecer bastante como eu seria em todas as situações. Fui bem verdadeira e autêntica nesse ponto.

 

Algo mudou na Fernanda que entrou na casa no dia 8 de janeiro para a Fernanda que sai agora?

Quando eu entrei no BBB eu estava com muito medo, muito cansada e muito desesperada dentro do meu cenário de vida. Isso foi uma pedra fundamental para me dar força, mas era a mesma pedra que me enfraquecia em questão de contato com as outras pessoas, que me despertava emoções, ansiedades. Hoje, eu posso dizer que não tenho mais medo, pelo contrário. Eu estou tendo acesso a informações que estão me dando forças para acreditar que as coisas, de fato, vão melhorar; essa era a minha preocupação. Então mudou, sim, bastante e para melhor, graças a Deus. O tempo vai me fortalecendo, agora, porque preciso entender tudo que está acontecendo. De fato já não sou mais a mesma pessoa, já não estou mais com aquele sentimento de derrota. Acho que eu conquistei alguma coisa, que ainda não sei o quê, mas foi conquistada.

  

Quais foram seus altos e baixos nessa experiência que se dispôs a viver? 

A minha fé em mim mesma foi um ponto alto. Não era só a fé em Deus, porque ela, dentro de um jogo, é uma linha muito sensível de trabalhar. A gente tem que ter fé em Deus em toda a nossa vida, mas ali fica difícil ficar colocando o nome dele em vão. Então, eu acreditava muito em mim. Eu acreditava no meu enredo, na minha força, no meu propósito. Isso, para mim, foi o meu ponto forte porque eu buscava forças dentro de mim mesma a todo instante. Eu não me deixei derrubar quando as pessoas acharam que outras eram favoritas, que tinham mais chance, mais potencial. Não, porque eu estava no mesmo jogo. E eu falei em diversos momentos essa frase: enquanto eu estou aqui não tem vencedor garantido, porque eu estou aqui. A certeza de que eu estava ali e que meus motivos eram muito nobres me dava força. A força do meu desespero era tão grande que eu não tinha outra opção a não ser acreditar que eu era muito capaz, sim, de estar ali. E meu ponto baixo, que talvez tenha influenciado na minha derrota, foi a forma como eu lidava com meus sentimentos. Eu me abati, entrei em um casulo, e realmente encontrava na cama não o sono, mas uma situação que eu não conseguia resolver. Eu não queria ficar olhando para as pessoas, me estressando com elas, então eu só ficava quieta no meu canto porque sabia que ali, dentro daquela coberta, na minha cama, ninguém ia me perturbar e eu não teria que resolver questões que eu não tinha controle. Ali era só fechar os olhos, deixar o tempo passar e tentar acalmar meu coração e minha mente; era o meu momento de meditação. Ok que foi um momento bem longo (risos), mas foi onde eu encontrei segurança também. 

 

“Loba” foi um apelido atribuído a você pelos fãs, especialmente em momentos de se posicionar diante da casa. Imaginava que essa sua característica ao se colocar fosse aflorar tanto no BBB? 

Sob hipótese alguma, nunca imaginei! Nunca passou pela minha cabeça até porque, em alguns momentos, eu me senti frágil, menor que os outros e que meus próprios aliados. Talvez eu tivesse sido mais a loba que esperavam se eu não tivesse me sentindo cutucada, ofendida e medida o tempo todo até mesmo pelas pessoas que estavam comigo. Eu não vou mentir, isso me abalou demais. E eu não podia imaginar que esse enredo da loba estava sendo criado a partir de posicionamentos que, para mim, eram simplesmente naturais. Eu sempre fui uma pessoa muito convicta da minha opinião, e é muito difícil alguém me dobrar. A minha postura, as minhas atitudes e as minhas falas sempre estiveram na minha certeza do que eu estava dizendo. Isso ficou nítido, eu acredito. Quando me associaram com o lobo e falaram que eu fiz muitos movimentos, eu até fiquei surpresa porque eu achava que não eram movimentos e, sim, só uma questão de evidenciar o que eu acredito.

 

Você se aproximou da Pitel logo nos primeiros dias e com ela formou uma dupla que trocava além de estratégias de jogo. Qual foi a importância dela na sua trajetória no programa?

Hoje, conhecendo todos da casa, eu sei que nunca teria sido diferente. Não teria como eu ter me aproximado e me ligado a outras pessoas. Sempre foi para ser ela. A minha relação com a Pitel sempre foi de proteção. Mesmo sendo uma menina bem mais nova do que eu, ela tinha falas tão seguras e um conhecimento muito além da idade dela que me passavam proteção, segurança. Eu sempre perguntava para ela o que estava acontecendo no programa, porque antes eu não tinha assistido direito, e ela tinha muita paciência para me passar isso tudo. Tinham momentos em que eu não sabia se ela era como uma filha ou como uma mãe para mim. Ela me ajudou muito a entender o programa. Se eu não tivesse me associado a ela, acho que eu seria uma completa perdida ali. Ela me deu muito norte para que eu pudesse saber usar a minha voz.

 

O Rodriguinho também foi um aliado seu na casa, embora em alguns momentos ele tenha cogitado um afastamento. Como se sentia em relação às opiniões dele sobre o seu jogo?  

No começo eu fiquei muito triste – e ele ficou até chateado por eu estar triste –porque ele e a Pitel pareciam concordar na opinião ao meu respeito, coisa que também não foi muito falada para mim, mas foi debochada em várias situações. Eu ficava perguntando: "Por que vocês estão achando que eu não tenho razão nas coisas que eu falo?". Isso me incomodou porque eu tinha um carinho muito grande, e ainda tenho, pelo Rodrigo, e via muita importância em muitas coisas que a gente conversava. A gente tinha algumas semelhanças, então fiquei chateada de perceber durante o jogo que ele estava fazendo movimentos contra mim. Eu tinha a sensação de estar sendo traída. Mas, ainda assim, sempre gostei e me importei muito com o que ele pensava. E aqui fora é outra história.

 

Você observou o movimento do Lucas de se aproximar da Pitel. Tinha ciúmes da relação dos dois?

Eu sempre tive ciúmes, isso era declaradíssimo (risos). Era nítido o deslumbre dele, como ele olhava com muita emoção para ela, e eu sentia que estava muito além do jogo. Eu não posso nem tenho autoridade para dizer que ele estava apaixonado, mas a gente via uma afeição muito grande, e aquilo me incomodava um pouco. Quando eu entendi que ali não dava para competir, porque eles também tinham muitas afinidades das quais eu não tinha autonomia, de música, da idade, eu falei: "Beleza, que isso aconteça; eu só vou poder participar ou assistir". Ele foi chegando perto de mim porque precisava estar, já que queria ficar perto dela. Mas, até então, eu nunca confiei nele. E nunca estive errada, o curioso é isso (risos).

 

E como acha que fica o jogo agora que você deixou a disputa? 

Eu acho que a Pitel vai se lascar um pouquinho porque ela ainda vê muita força no Lucas, vê um norte nele. Agora, com a minha saída, ela vai ficar ainda mais próxima dele. Não acho que esse seja o melhor caminho, olhando agora para o jogo. Acho que, desde o começo, se ela tivesse se fortalecido mais comigo, se a gente tivesse sido mais uma "dupla dinâmica", a gente teria ido juntas mais longe. Acho que ela deveria dar uma despertada, ser um pouco mais neutra, e não pôr todas as crenças dela no Lucas. Se ainda tem quatro Gnomos, que fortaleça o quarteto, não um laço. Dentro do grupo tinham subgrupos, duplas e coisas do gênero, e claramente eu era um elo que não se colava com os outros. Eu saindo, seria interessante que todos se juntassem e não fizessem, por exemplo, duas duplas, como Bin e Giovana, Pitel e Lucas. Se isso vier a acontecer por algum motivo, vai ser ruim para ela.

 

Marcus Vinicius, antes de ser eliminado, apontou que você teria “comprado” os integrantes do Puxadinho (Raquele, Michel e Giovanna) com a pulseira do Vip na sua liderança, formando um grupo maior que jogava junto. Como avalia a formação da aliança com eles? Acha que foi uma estratégia bem-sucedida? 

Acho engraçado quando mencionam isso porque não foi uma estratégia, mas acabou sendo. Foi simplesmente a minha necessidade de conversar com o Michel; eu tinha um carinho por ele. Eu queria muito conversar com ele, e nem tanto assim com a Raquele e a Giovanna. Quando ele parou de falar comigo, assim como outras pessoas da casa, por situações que ele não tinha conhecimento, aquilo me deixou chateada. E eu falei: "Preciso falar com ele". Mas eu achava uma loucura tirar a pessoa do ambiente dela para justificar uma coisa que ela nem perguntou. Eu precisava criar uma situação para ter brecha para falar com ele. Convenientemente eu ganhei uma prova do líder, e falei: "Agora eu tenho poder para fazer isso". A pessoa ia dizer o quê? "Não quero ir para o seu Vip"? Ele iria e, no mínimo, iria me ouvir. O que ele ia fazer com isso depois era problema dele, mas eu queria que ele me escutasse porque eu gostava dele. A partir do momento em que ele me escuta e me entende, a gente começa a alinhar ideias e a ver que Giovanna, Raquele e Michel tinham pensamentos parecidos com os meus e da Pitel. Vimos ali uma coisa linda, uma liga que se tivesse vindo antes teria sido fundamental no nosso jogo. Então, para mim, foi um ato genuíno do meu coração que acabou virando uma estratégia. E que bom, né? (risos).

 

Você demonstrava bastante incômodo com o grupo do quarto Fadas e afirmava que alguns faziam “teatro” na casa. Chegou a sugerir que Pitel seria a pessoa que poderia derrotá-los no paredão. Agora ela está no paredão com Alane e Beatriz. O que você acha que pode acontecer?

Pelo meu sentimento, a Alane sai. Eu acho a Pitel maravilhosamente grande, e não é só pelo meu olhar enviezado; acho mesmo. Ela entra em muitas rodas, muitos arquétipos. Mas, pelo enredo que agora a gente está vendo, talvez ela nem tenha chance. E é bem triste isso porque eu entendi que quando se trata de uma coisa maior, os nossos pesos não são considerados. Ela falava isso desde o primeiro dia e eu não tinha entendido, agora parece que tudo que ela narrou está acontecendo lindamente. Se for isso, ela não tem nem chance. Se não for, vai ser lindo, porque eu sei que ela tiraria lindamente uma Alane nesse paredão.

 

Na última semana você acabou tentando uma aproximação maior com o grupo oposto, o que foi visto com desconfiança por eles. Como avalia essa movimentação mais recente? Foi uma estratégia? 

Muitos dos meus movimentos não eram vistos como estratégia por mim porque eu não planejava, não pensava, ia mais pela minha emoção. E a minha emoção estava dizendo que eu estava cansada, que estava na reta final e que ninguém ia me convencer de que eu preciso atacar outra pessoa para vencer. Ninguém me disse que o programa era "ataque, que você ganha; odeie o outro, que você ganha; se posicione contra o outro até o último dia, que você ganha". Como isso não foi falado e eu já estava na reta final, pensei que não queria mais isso. Eu queria mudar a minha visão sobre as próprias pessoas que eu já estava vendo de forma ruim. Me deixei levar por certos ranços que eu mesma falei que não tinha mais idade para ter. Se eu não tenho idade, por que vou continuar sismando com aquilo? Resolvi relaxar. Comecei a observar coisas que eu não estava tendo tempo para observar porque estava focada em cultivar um ranço. Comecei a ver talentos, pequenos gestos de afeto entre eles [Fadas], comecei a achar bonito, legal. Simplesmente me tornei mais acessível. Eu entendia que isso podia soar estranho e também aceitaria esse estranhamento; corri o risco. Só que, ainda assim, não iria fugir da minha vontade de não querer mais brigar. Eu não sabia que o pessoal queria que a gente continuasse brigando; eu só queria relaxar, deixar as coisas acontecerem sem a pressão de ter que culpar alguém por tudo o tempo todo.

 

Mesmo depois de se reconciliar com o MC Bin Laden, você ainda teve desconfianças dele, especialmente sobre o que ele teria dito de você no período em que estiveram brigados. Como estava a sua relação com ele na casa nesses últimos dias?  

A gente tinha se resolvido. Ficou realmente muito estranha a situação entre a gente, fiquei muito chateada. Ele é um menino maravilhoso, mas muito orgulhoso. Quando a gente se reconectou, ficou obscuro, ele não contou tudo. Eu sou uma pessoa desconfiada, gosto de saber onde estou pisando. Eu não tenho questão com as piores crises e problemas do mundo, mas gosto de estar preparada para elas. Não queria ataques-surpresa nem que dessem munição para os adversários usarem isso contra a gente. Se ele me contasse tudo e depois alguém viesse contar para mim, eu ia falar: "Amigão, você chegou tarde porque isso aí já está resolvido há muito tempo". Mas eu não tinha esse mérito porque eu já estava baseada na dúvida. Ele me deixou em dúvida porque, quando perguntei o que ele tinha falado sobre mim, ele disse que de algumas coisas não se lembrava e outras preferia não falar. Depois, teve uma situação no quarto do líder em que ele simplesmente ficou irritado de novo e se sentiu no direito de não falar comigo por mais um dia. E eu pensei: "Gente, que loucura é essa? Por que eu tenho que esperar o humor da outra pessoa ao invés de resolver as desavenças?". Aquilo ali me murchou mais uma vez ao ponto de eu deixar que ele fizesse o que quisesse, fosse resolver ou não. Era reta final e eu encarei dessa forma.

 

Olhando para a sua trajetória, você se arrepende de alguma coisa que tenha feito na casa ou voltaria atrás, se tivesse a chance? 

Hoje eu não me arrependo da minha briga com a Alane, que foi algo que eu disse antes, porque talvez tenha sido um dos meus momentos mais livres, mais sem amarras e sem cobranças. Eu simplesmente reagi como eu reagiria em qualquer outra situação aqui fora. Foi um momento mais "eu" dentro do meu enorme destempero. Mas, com certeza, me arrependo demais de ter me fechado muito dentro da minha dor. Me arrependo de não ter encontrado em outras situações forças para continuar o dia a dia. Nunca perdi a força do meu objetivo, mas da rotina, de comer, andar, mergulhar, malhar, falar mais com as pessoas eu fui perdendo o interesse e, com isso, me fechando. Eu queria ter sabido lidar melhor e ter tido mais enfrentamento dos meus sentimentos, e não ficar me encolhendo neles, que foi o que aconteceu.

 

Quais são seus planos para essa nova fase após o BBB? Pretende seguir na confeitaria ou quer explorar outras habilidades? 

Eu quero, sim, explorar novas habilidades, ver como o público me viu, ver como isso pode ter gerado talentos comerciáveis, vamos dizer assim. Quero entender se isso tem futuro ou não, se tem espaço. E quero também fazer com que a "Bem que vai" [empresa de confeitaria] cresça porque é um projeto meu, criado do zero em um momento muito triste da minha vida, e que trouxe muitos frutos e alegrias para tantas pessoas. Não posso deixar isso morrer em vão. Mas entendo que a minha falta de conhecimento administrativo me fez me cansar do meu próprio projeto. Então, eu queria buscar forças novas para ter alegria. Projetos novos alimentam a gente, dão força. Resgatar algo que eu tive dificuldades, às vezes, é mais uma tarefa do que um despertar. E eu procuro um despertar, nesse momento, para novos horizontes, com a certeza de que eu preciso melhorar e reforçar o que eu deixei mal-acabado.

 

O "BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico".  

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB – A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje", as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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quarta-feira, 3 de abril de 2024

.: Pitel: entrevista com a eliminada do Big Brother Brasil 24


Pitel fechou a porta do quarto Gnomos e, no mesmo dia, se despediu da casa do ‘Big Brother Brasil’. Integrante original do dormitório que se opunha ao das Fadas, a alagoana diz não se arrepender de ter escolhido a posição em que permaneceu até o fim. Quando questionada se faria algo diferente no reality, a assistente social não titubeia: “Eu poderia dizer a você que eu iria para o Fadas para concorrer a R$ 3 milhões, mas eu não me identificava com eles, então acho que não. Eu vivi e amei todo mundo que quis amar. É certo que você sai de casa querendo ganhar o prêmio, porque a gente vai atrás de ficar milionária, mas eu acho que me posicionei”. Eliminada nesta terça-feira, dia 2, com 82% dos votos em um paredão contra Alane e Beatriz, Pitel avalia que fez tudo o que estava a seu alcance para chegar mais longe no jogo, embora as despedidas frequentes de seus aliados lhe mostrassem que não estava entre preferidos do público. A ex-participante conquistou fãs com seu jeito autêntico e foi fiel às amizades, ainda que houvesse discordâncias. “Eu sentia que eu tinha que estar no Gnomos, que eu tinha que estar com o Rodrigo, com a Fernanda, com todo o caos que foi aquele quarto. Não sentia que deveria ir bater na portinha do Fadas e dizer: ‘Deixa eu jogar com vocês, porque vocês têm cara de que vão para a final’. Não fazia parte de mim”, conclui.

Na entrevista a seguir, Pitel apresenta sua visão acerca da competição e justifica a decisão de não criar laços com participantes do grupo adversário. Fala, ainda, sobre as amizades com Fernanda, Rodriguinho e Lucas Henrique e opina sobre o jogo do grupo rival. 

 

Você se despediu do ‘BBB 24’ a duas semanas da final. Na sua opinião, o que faltou para chegar ao pódio? 

Faltou o Brasil me escolher. Mas falando de movimentação de jogo, eu tentei tudo o que eu pude, até quando eu consegui, continuei jogando independentemente de como eu me sentia. Só que tem histórias que se sobressaem diante de outras, pessoas a quem o Brasil quer mais dar R$ 3 milhões do que a outras. Infelizmente eu não fui uma dessas pessoas.

 

Em determinado momento do jogo, você reafirmou que não queria fortalecer vínculos com ninguém além de seus aliados. Agora, fora da disputa, acredita ter sido uma boa estratégia? 

Foi, porque eu sou muito coração. Tanto é que, na última segunda-feira, quando eu fui para o cinema com a Alane – que claramente estava posicionada em outro lado do jogo – eu voltei dizendo: ‘Gente, eu não quero pontuar nem falar mal dessa menina. Como é que faz?’. Eu me propus a ir para o ‘Big Brother’ para jogar e fazer o jogo acontecer, e me relacionar com outras pessoas impedia que isso acontecesse, porque eu iria olhar para o outro com cuidado, eu iria olhar para o outro com carinho e num lugar de: ‘Caramba, sua história é muito forte’. Como é que eu vou apontar um defeito em você ou uma coisa que me incomoda no jogo se você é tão interessante? Isso é pequeno. A partir do momento em que eu escuto a sua história, os seus defeitos de jogo e a convivência com você não são mais tão difíceis porque eu sei de onde você veio, eu sei o que você passou. Então, eu não iria conseguir pontuar, não iria conseguir jogar; iria ficar muito mal. E lá eu não podia ficar mal, eu estava jogando. Então, para me proteger, para proteger os meus sentimentos e posicionamentos, foi mais coerente eu não me relacionar com pessoas do outro grupo.

 

Durante boa parte do programa, você falou sobre o público já ter escolhido seus preferidos, observando a sua posição no jogo como a preterida. Lá dentro, você não pensou que fosse possível reverter esse cenário, caso ele fosse real aqui fora? 

Não, tanto é que foi real. A minha visão não foi pessimista; ela foi realista porque é o que está acontecendo. Lá dentro você sabe que algo precisa ser feito, mas você não tem nenhuma informação do que precisa ser feito. É muito perigoso você mudar de posição e só se afundar mais do que antes. Para mim, meus pensamentos foram muito realistas porque era de fato o que estava acontecendo aqui fora. Eu não errei, não fui pessimista, eu só tive visão de jogo. Se a pessoa que está do outro lado do jogo não gosta de mim, ela vai dizer: ‘Nossa, você estava sendo muito pessimista.’ Mas não era o que estava acontecendo? Eu não errei no sentido de perceber os favoritos e os escolhidos pelo público.

 

Acha que vocês podem ter se colocado como antagonistas perante os participantes do quarto Fadas? 

Aconteceu de forma natural pelo fato de a gente se posicionar. O Gnomos era uma coisa, agora no final virou outra. Antes, jogávamos eu e Fernanda; depois eu, a Fernanda e o Bin; mais tarde, eu a Fernanda e o Rodrigo. E toda vez que alguém do quarto era eliminado, outra pessoa vinha. Nunca morreu de fato aquele quarto. Um jogo é feito de dois times, ninguém joga futebol com um time só, então é necessário para o jogo. Eu só me posicionei do outro lado. Eram dois times jogando e um deles vai ganhar. Foi isso que aconteceu.

 

Você chegou a dizer também que era difícil se manter otimista após as eliminações de seus aliados. Como foi lidar com a perda de tantos amigos na casa? De que forma isso impactou o seu jogo? 

Isso vai minando você. Apesar de ter uma boa visão de jogo e entender o que estava acontecendo, a gente segue esperançoso. Alguém falou para mim hoje a seguinte frase: ‘Eu sou realista e esperançosa’. Realista, porque eu sabia o que iria acontecer, mas esperançosa porque eu acreditava que outra coisa poderia acontecer. A sua esperança vai sendo minada a partir do momento em que você olha para o seu lado e só vão caindo os seus. O juiz – nesse caso o Brasil – só dá cartão vermelho para o seu lado, só tira os seus jogadores. Aí você pensa: ‘Gente, eu vou jogar com que time se o meu está caindo todinho?’ Acho que foi isso.

 

Sua relação com o Lucas Henrique acabou se fortalecendo nessa reta final do programa e a proximidade entre vocês foi bastante comentada aqui fora. Como avalia essa relação? Havia algum sentimento além da amizade? 

Nesse quesito, eu só posso responder por mim. E por mim, sempre foi muita amizade. Eu o admiro, acho um cara incrível, que merece muitas oportunidades aqui fora. Ele é uma das pessoas mais inteligentes com quem eu tive o prazer de dividir a casa, mas sempre foi amizade para mim.

 

Logo que chegou ao confinamento, você e Fernanda ficaram muito próximas. O que gerou a identificação e aproximou vocês?  

Eu e Fernanda temos histórias muito fortes, que nós evitávamos contar porque achávamos que ali não cabiam. Quando a gente se aproxima, eu reconheço a dor da Fernanda, reconheço tudo o que ela passou, reconheço ela enquanto mãe. Quando a gente chegou na casa, o Fadas foi disputado a dente, porque era um quarto muito bonito, muito fofinho, e ninguém quis ir para o Gnomos. Eu e Fernanda decidimos não brigar por cama no Fadas e fomos as únicas mulheres por muito tempo no Gnomos, porque ninguém queria ir para aquele quarto. Ali não existia disputa de camas, a gente tinha o nosso cantinho e foi ali que nós nos aproximamos. Com duas horas de casa, nós começamos a conversar, dormimos juntas na primeira noite e acordamos juntas no dia seguinte. E daí foi só se fortalecendo. A Fernanda foi meu alicerce muitas vezes, me ajudou, me acolheu, me aconselhou, cuidou de mim, me ouviu. Espero que eu tenha sido esse mesmo porto-seguro para ela. Ela foi fundamental no meu jogo.

 

Sua mais recente aproximação ao Lucas foi questionada pela Fernanda e, nas últimas semanas, vocês acabaram tendo alguns atritos. Em algum momento houve uma inversão de prioridades? 

Ela sempre foi a minha prioridade, tanto é que a gente teve uma conversa em que eu disse: ‘Eu voto no Lucas e em qualquer pessoa aqui dentro antes de votar em você.’ Não conversar ou não estar junto com tanta frequência não diminuía em nada meu sentimento por ela nem a tirava da minha prioridade; ela sempre foi a número 1 na minha vida. Então, qualquer um que não fosse ela eu botava no paredão direto. Entre ela e qualquer pessoa, a minha escolha era sempre estar ao lado dela.

 

O Rodriguinho também foi um de seus aliados na casa e você acabava sendo um contraponto ao jeito dele. Como foi dividir essa experiência o tendo como amigo?

Primeiro como fã do trabalho dele. Quem me acompanha sabe que eu sou muito pagodeira, eu conhecia as músicas todas dele. E foi um prazer vê-lo como jogador, estando muito perto de mim. Depois, a gente foi se aproximando e eu vi verdade na pessoa que ele era, nas reclamações, nos medos, nas angústias, e me aproximei dele de forma natural, não de caso pensado. Eu o vi, mas não quis invadir o espaço dele como fã. A gente fez uma prova juntos, ele foi para o quarto Gnomos e a gente foi se fortalecendo.

 

Na sua visão, o que motivou a união dos integrantes do quarto Gnomos? Você acredita que formavam um grupo? 

A gente era um caos, era todo mundo muito caótico dentro das suas próprias confusões. Não tinha fé, não tinha amor, não tinha nada que salvasse todo o nosso caos. Era sempre uma conversa maluca, sempre planejando coisas que dariam errado, muito provavelmente. A gente se encontrou no caos. No quesito quarto, eu não me uni muito, porque brigava com o Luigi, com o Bin, com o Vinicius; não concordava com o Juninho... era um desando! Aí, a gente se une com o Puxadinho, porque as nossas visões batem, e eles vão se mudando aos poucos para o Gnomos. À medida que sai um, entra outro, era um quarto que nunca morria. Toda vez que a gente achava que iria fechar por falta de integrantes, novos integrantes chegavam. De vez em quando era grupo, de vez em quando brigava todo mundo... A gente era como um grupo de verão: numa estação funcionava e na outra, não (risos). E assim a gente seguia.

 

Você teve discussões com a Beatriz e apontou que não via suas atitudes de forma natural. O que te incomodava nela? 

A gente só pode falar sobre como a gente se sente. Ela pode dizer a mim dez vezes seguidas que ela é assim aqui fora, só que eu não via naturalidade no que ela fazia. A quantidade de repetições das mesmas frases, a quantidade de vezes que buscava por câmera... E eu a pontuo no meu Sincerão e digo que não vejo naturalidade no que ela faz. Quando eu estava na varanda, ela já tinha se posicionado em relação ao assunto e falou exatamente o que eu disse que ela iria falar: ‘Lá fora eu sou desse mesmo jeito’. E eu digo: ‘Eu disse a você que você iria me dizer isso e respondi a você que eu não posso julgar você lá fora, porque lá fora eu não te conheço. Mas eu precisava pontuar o ‘bobo da corte’, porque para mim o que você faz é graça’. Aí ela foi embora. Já havia se posicionado, certo? Só que nesse mesmo momento, estava acontecendo a briga do Davi e da Leidy, então ela se sentiu ofuscada, achou que a câmera não tinha pegado ela o suficiente. Quando estava todo mundo calado já na cozinha, tudo já tinha se apaziguado, ela pegou uma garrafa de leite e começou a falar a mesma coisa que já tinha dito, porque ela teria certeza de que a câmera ia virar para ela. Ali ela disse: ‘Eu faço propaganda mesmo, eu estou na Globo’. E tinha sido justamente aquilo que eu havia pontuado. Eu não cheguei a dizer isso a ela, porque a pessoa grita tanto no seu ouvido, que você fica perturbada. Mas ela falou justamente o que eu tinha pontuado no Sincerão, que não era natural, que ela só fazia isso porque estava lá. E na cozinha ela reafirma: ‘Eu faço isso mesmo. Estou na Globo’. Então, meu argumento estava certo.

 

E nos outros integrantes do quarto Fadas, havia alguma coisa te incomodava?

No Davi, o fato de ele dizer que não conhece nada de ‘Big Brother’, sendo que ele age direitinho como quem assistiu a todas as edições, da primeira até a última. Me incomoda, porque não parece natural também. Vocês podem achar natural, mas eu não sinto isso e eu só posso falar como eu me sinto. De todos, eu vejo verdade na Isabelle, que não se encontrou em outras pessoas. Minha única questão com ela, por estar posicionada em um lado oposto, são as poucas movimentações de jogo. Você não vê ela fazendo nada no quesito jogo. Eu entendo que todo mundo foi para lá ciente de que iria jogar, mas eu não vejo nenhuma movimentação. Acho, como falei, que é a ministra da cultura, não de forma negativa, mas é a promoção da cultura, e está tudo bem. A Alane é uma benção, uma boa menina, mas está posicionada do lado oposto a mim também. Eu fiquei abismada que ela pegou meu pente. Ela estava com o pente que eu levei com tanto cuidado, e meu pente sumiu de repente; estava na cabeça dela. Aí tinha a questão do copo, o negócio de pedir desculpas e fazer a mesma coisa... eu não sei se vocês tinham noção das estalecadas, mas ela levava punição a torto e a direito, toda hora. E depois vem pedir desculpas? Não me parece genuíno, minha patroa, me ajude! Ela errava grande, errava muito.

 

Teria feito algo de diferente no BBB, se tivesse a chance? 

Eu poderia dizer a você que eu iria para o Fadas para concorrer a R$ 3 milhões, mas eu não me identificava com eles, então acho que não. Eu vivi e amei todo mundo que quis amar. É certo que você sai de casa querendo ganhar o prêmio, porque a gente vai

atrás de ficar milionária, mas eu acho que me posicionei. Falando de fora, é mais fácil dizer o que você faria de diferente, só que lá dentro eu segui tudo o que eu sentia. E eu sentia que eu tinha que estar no Gnomos, que eu tinha que estar com o Rodrigo, com a Fernanda, com todo o caos que foi aquele quarto. Não sentia que deveria ir bater na portinha do Fadas e dizer: ‘Deixa eu jogar com vocês, porque vocês têm cara de que vão para a final’. Não fazia parte de mim.

 

Quem você acha que é o melhor jogador do programa e por quê?  

De verdade? O Davi, que foi estudado para ganhar e fez direitinho o que se pede para cair nas graças do público. Ele é um ótimo jogador.

 

Dentre os oito que permanecem na disputa, que pódio gostaria de ver na final do ‘BBB 24’? 

Como o Bin vai ser eliminado, seria Buda, Isabelle e Giovanna.

 

E quem você quer que ganhe?

O Buda. Ele é um cara inteligentíssimo e eu espero que as coisas que aconteceram de forma negativa não impeçam as pessoas de verem o que ele tem a acrescentar aqui fora.

 

Quais os planos para a vida fora do BBB? Pretende voltar a atuar como assistente social? 

Eu tinha falado lá que eu não sou das artes, né? Não sei dançar, não sei cantar, interpretar, não tive aula de teatro, essas coisas que são necessárias. Então, nesse quesito, eu não tenho a menor ideia. A gente não tem noção de como vai ser a nossa vida aqui fora, não tem ideia se as pessoas vão querer contratar uma assistente social que passou pelo ‘Big Brother’, se as empresas querem essa exposição para si. Então, esse momento é um grande ‘não sei’. Vou perguntar aos meus seguidores o que eles querem para a minha vida para saber qual caminho eu devo seguir agora (risos). Eu estou precisando de um emprego, estou há três meses desempregada.


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quarta-feira, 27 de março de 2024

.: BBB 24: entrevista com Leidy Elin, a eliminada da semana

Foto: TV Globo


Foram 77 dias no "Big Brother Brasil" sem receber nenhum voto. Em temporadas anteriores, alguns participantes conseguiram chegar perto, mas só ela alcançou essa marca. Leidy Elin se despediu do reality show nesta terça-feira, dia 27, depois de enfrentar MC Bin Laden e os adversários Davi e Matteus em sua primeira berlinda. A agora ex-sister recebeu 88,33% dos votos para sair, mas aqui fora é só alegria com sua trajetória no BBB e com o que está por vir nesta nova fase. Depois de uma jogada arriscada – e planejada – contra seu maior rival e de recalcular rota algumas vezes, a trancista de São Gonçalo reconhece o que foi determinante para sua eliminação, mas afirma deixar no jogo o que aconteceu lá. “Da porta para fora, eu quero que todo mundo seja feliz, que todo mundo arrume trabalho e consiga o melhor aqui fora, ganhando ou não, porque todo mundo é merecedor de estar lá dentro”, destaca.

Na entrevista a seguir, Leidy Elin revela como estabeleceu suas maiores afinidades dentro do BBB, conta sua percepção em relação ao jogo de Davi e diz o que não quer deixar de fazer neste novo ciclo. Fora da casa, a ex-participante ainda avalia os rumos do programa nesta reta final e entrega sua torcida para campeão da temporada.

 

O que o "BBB 24" representou para você?

Foi uma experiência maravilhosa, que eu sei que mudou a minha vida desde o primeiro momento em que eu pisei lá. Eu sempre fui fã do programa, já tinha tentado entrar uma vez, mas não concluí [a inscrição]. E esse ano para mim foi uma surpresa conseguir entrar de primeira. Eu duvidava de mim o tempo inteiro... mas foi uma experiência que vai ficar marcada na minha vida para sempre. Agora estou famosa e sou uma ex-BBB! (risos).

 

Que momentos da sua trajetória no reality você destaca como os mais importantes, de tudo que viveu?

A festa com a Ivete Sangalo! O que foi aquilo? Eu não conseguia nem abraçar a mulher e ela dizia: ‘me abrace’. Eu fiquei sem acreditar, aquilo foi para mim a realização de um sonho. Ela é perfeita, simpática demais! Trouxe uma energia muito boa para dentro da casa. Por dois segundos eu esqueci que estava no ‘Big Brother’, parecia que eu estava em um show particular com a Ivete.

 

Você fez parte de diferentes grupos durante sua permanência na casa. O que te levava a recalcular a rota nesses momentos?

Afeto e conexão. Eu me conectei muito com o Marcus e, quando ele saiu, o Buda [Lucas Henrique] me acolheu automaticamente. Com isso, eu fiquei do lado dele e da Yas [Yasmin Brunet], mas foi todo mundo saindo... aí, quando eu fui ver, estava no Gnomos (risos). Ir para o Gnomos foi mais uma questão de estratégia de jogo, porque ali todo mundo tinha ciência de que logo logo teria que votar entre si.

 

Com que participantes você realmente tinha mais afinidade? Pretende manter essas amizades aqui fora?

Com o Marcus, com o Budinha, com a Raquele, com a Yas, com a Pitelzinha. Gosto muito deles. Se eles quiserem manter a amizade comigo, eu quero muito! 

 

Nas últimas semanas, sua rivalidade com Davi ficou bastante evidente. Como avalia o jogo dele? 

Eu acho ele muito jogador, entrou com a faca nos dentes. É o jogo dele... eu não concordava com algumas atitudes, mas as nossas questões eram mais coisas de convivência, ali no finalzinho. 

 

O que era incompatível entre vocês dois?

A convivência e algumas atitudes dele. Por exemplo: quando a cunhã [Isabelle], que era melhor amiga dele, estava com alvo no braço, ele foi oferecer o anjo para outra pessoa. Tinha essa questão de jogo, mas aqui fora, se quiser falar comigo, estou de boas, eu abraço, beijo. Jogo é jogo. Anteontem eu falei para ele: ‘Da porta para fora, eu quero que todo mundo seja feliz, que todo mundo arrume trabalho e consiga o melhor aqui fora, ganhando ou não, porque todo mundo é merecedor de estar lá dentro.’

 

Lucas Henrique foi um participante em quem você afirmou que confiava e escolhia para dividir estratégias. O que vocês tinham em comum ou o que aproximava vocês no jogo, em sua opinião? 

A gente se conectou muito em relação à favela. Ele veio da favela; eu também. A gente tinha aquela coisa bem periférica. Ele me entendia e eu entendia ele; a gente falava com gírias – “aulas”. E também por ancestralidade: ele é da capoeira, sabe muito da cultura africana. Quando eu trançava, ele falava: ‘Acho tão lindo você trançando...’. Então, foi uma conexão maravilhosa entre mim e ele. 

 

Você bateu um recorde histórico no ‘Big Brother Brasil’ permanecendo 77 dias de programa sem receber nenhum voto. Lá dentro você tinha noção de que ninguém votava em você? A que atribui este feito? 

O Davi queria ir para o paredão comigo, estava nítido o embate entre mim e ele, então quando teve aquela confusão das Fadas, todo mundo pensou: ‘Vou votar na Leidy’. Na minha cabeça, eu pensava que ele votava em mim e que lá no começo outras pessoas também haviam votado. Entraram 26 pessoas, como é que ninguém votou em mim? Eu jurava que tinha recebido pelo menos um ou dois votos. Se eu tivesse sido líder, ia ficar frustrada quando visse ‘zero votos’, que loucura! Mas eu bati recorde no BBB e atribuo isso ao meu jeito. Falavam de mim, mas todo o tempo diziam que eu era muito sincera, que eu não aguentava calada, então acho que foi isso. Eu não tinha estratégia; minha estratégia era ser do meu jeito. Fui tentar uma estratégia já no final.

 

Que estratégia era essa?

Somar voto, fazer contagem... igual no dia em que eu fiquei contando voto para a Alane não ir. Comecei a tentar descobrir quem iria votar em quem, do meu jeitinho, mas tentei (risos).

 

O que foi determinante para sua saída, em sua opinião?

A mala na piscina e o fato de recalcular rota.

 

Quem acha que devem ser os próximos participantes a deixarem a casa? E quem acredita que chega à final? 

Pelo que vi aqui fora, eu acho que quem sai é o Bin, o Buda e a Nandinha.Davi está com uma torcida gigantesca aqui fora, então eu acho meio óbvio que ele vai chegar à final. Acho que a Bia também chega. E além dela, a Alane ou a Cunhã (que eu gosto muito).

 

E para quem você torce?

Eu torço muito para a Pitel e para o Buda. Vamos ver como é que vai ser, vai que tem uma reviravolta nesses 20 dias, a gente não sabe...

 

Você mudou seu visual algumas vezes dentro da casa, também fez tranças em outras participantes. Que sentimentos vinham à tona quando você mexia com cabelos, que é o seu ofício fora do jogo? 

Eu amo trançar! Eu até falei isso para o Buda naquele dia da festa da Bia, em que a gente estava entrevistando, e ele perguntou por que eu gostava de trançar. Eu falei para ele que trança é uma arte que meus ancestrais deixaram para mim, então eu tenho muito orgulho de mostrar essa arte para o Brasil inteiro, lá dentro ou aqui fora. É a profissão que eu comecei a exercer com 16, 17 anos e nunca mais larguei. Eu amo! A Pitel fala para mim: ‘Eu não vou te perturbar, não, tá?’. E eu dizia: ‘Pode perturbar, quando eu não quiser, vou falar que não quero. Mas eu gosto’ (risos).

 

Pretende continuar exercendo a profissão no pós-BBB? 

Pretendo, porque é a minha profissão. Eu sou trancista. Vamos ver como vai se desenrolar o rolé aí, mas de alguma forma eu pretendo, sim.

 

Além desse, quais são seus planos para o pós-BBB?

Eu ainda estou um pouco no mundo da lua. Ainda não sei como vai ser, vou deixar a vida me levar, vida leva eu... Vou abraçar o que vier de melhor, mas também não quero largar minhas tranças. Amo trançar, amo mudar. Então, vamos ver se a gente consegue conciliar as coisas.

 

O "BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico". 

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje", as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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quinta-feira, 21 de março de 2024

.: "The Masked Singer" tem Alexandre Borges como jurado convidado

Ator Alexandre Borges quando participou do programa e foi desmascarado. Foto: Globo / Kelly Fuzaro


A disputa misteriosa, com espetáculos impressionantes, continua na TV Globo. Neste domingo, dia 24, o "The Masked Singer" exalta as novelas com apresentações de trilhas famosas, que marcaram a TV brasileira, pelas fantasias que seguem na competição – Bode, MC Porquinha, Preguiça e Sereia Iara. Mais uma fantasia virtual fará parte da dinâmica, ampliando a possibilidade dos mascarados se salvarem da eliminação; e o ator Alexandre Borges é o convidado para integrar a equipe de jurados, já formada por José Loreto, Paulo Vieira, Sabrina Sato e Taís Araujo.

Os mascarados disputarão em duplas. Bode combate com Sereia Iara; e MC Porquinha com Preguiça. Após cada par de apresentação, a plateia vota, salvando uma e levando a outra a correr o risco de ser desmascarada. As duas fantasias menos votadas pela plateia são discutidas pelo júri sobre qual será a desmascarada do episódio. Contudo, caso a escolhida para eliminação acerte quem está por trás da fantasia virtual, permanece no programa. 

A fantasia virtual da vez é a Nuvem. Assim como a Guerreira, do último domingo, a personagem foi desenvolvida com tecnologia 3D, e projetada integralmente por profissionais do time de tecnologia da Globo. A apresentação da Nuvem, a ser assistida no palco do "The Masked Singer", espelha os movimentos da performance de uma personalidade, que será descoberta no programa. Novamente, ela representa a chance de salvação para a fantasia menos votada do episódio. Portanto, além das fantasias que já fazem parte da disputa, os jurados podem também palpitar sobre a identidade das fantasias virtuais. Contudo, a participação desses personagens tem um papel-chave para a dinâmica: o mascarado deliberado pelo júri para eliminação muda de lado, e pode tentar descobrir quem está por trás da virtual. Caso acerte, é salvo e se mantém no jogo.

Reviravoltas poderão acontecer também com o Masked Sino. Localizado ao lado dos jurados, o recurso pode ser acionado a qualquer momento e a consequência é a anulação de uma revelação. Durante a temporada, o sino só pode ser tocado uma única vez, como mais uma possibilidade de salvar um mascarado da eliminação.

Ivete Sangalo, apresentadora, chama Kenya Sade, sua parceira, que comanda a investigação dos bastidores e na interação com a plateia, para também trazer as percepções de quem são os mascarados. O público de casa pode participar dando palpites de quem terá a identidade revelada por meio do Masked Game, um jogo hospedado no site do programa dentro do Gshow. O jogo inclui ainda duas perguntas sobre o conteúdo do programa: uma relacionada ao que acontece no palco e a outra que é “Encontre a Maskinha”, mascote que aparece em determinado momento; além de um quiz semanal, com questões sobre o universo ‘The Masked Singer’, contemplando todas das temporadas - assim que aberto, é divulgado dentro da programação da TV Globo. Os jogadores concorrem a brindes e prêmios.

O "The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção geral de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O programa vai ao ar na TV Globo aos domingos, após o "Temperatura Máxima", com reexibição na madrugada de segunda para terça-feira, à 00h30, no Multishow, seguida da entrevista de Kenya Sade com o eliminado da semana.

quarta-feira, 20 de março de 2024

.: "BBB 24": entrevista com Raquele, a décima terceira eliminada do reality

Foto: programa "BBB 24"


O principal medo de Raquele no "BBB 24" era o de que o público não tivesse tempo de conhecê-la. Mas essa realidade ela não enfrentou. A capixaba foi longe no jogo e deixou a casa depois de mais de 70 dias de competição, com 87,14% dos votos de um paredão que disputou com a dupla de adversárias Alane e Beatriz. Hoje, ela fala da trajetória que trilhou no reality com a tranquilidade de quem fez o que queria fazer: mostrar-se sem máscaras, do início ao fim. "Eu não podia inventar um personagem, não conseguiria sustentar por muito tempo. Fui para ser como realmente sou. Se mexessem comigo, como mexeram, com certeza eu iria me defender, falar, ser reativa até certo ponto. Mas ser briguenta e apontar muito o dedo nunca foi de mim. Então, não teria como eu fazer diferente lá dentro. Eu fui a Raquele do início ao fim", garante sem preocupações.

Aqui fora, ela avalia que se unir ao grupo Gnomos, junto a Michel e Giovanna, foi necessário e uma boa escolha para sua permanência na competição, e faz outras revelações, como a de que nunca pensou em chamar a amiga Isabelle para jogar com ela. Confira, a seguir, as opiniões da eliminada sobre o game e suas apostas para a grande final.

 

Qual foi a sensação de participar do 'Big Brother Brasil'? Do que mais gostou? 

Foi sensacional! Era um sonho que eu tinha e consegui realizar. Foram quatro anos tentando entrar no BBB e no quarto eu consegui. Acredito que tudo tem o momento e a hora certa de acontecer. Eu entrei nessa edição porque essa edição era a minha, era para eu conhecer as pessoas que conheci, fazer os laços que fiz, chegar até onde cheguei. Tinha que ter sido assim do jeito que foi mesmo. Eu fui quem eu sou aqui fora, sem tirar nem pôr nada. Eu vou sentir muita falta da casa, de vivenciar vários momentos em cada cantinho. E vou sentir muita falta das festas, lógico, que são sensacionais e foi a coisa de que eu mais gostei no programa. Todas as festas que vivi na minha vida foram dentro do 'Big Brother Brasil'; nunca fui a tanta festa, nunca vi tanto cantor maravilhoso, as comidas... tudo impecável.

 

Você foi uma das participantes da dinâmica da edição, e entrou no 'BBB 24' pela escolha dos próprios confinados. Que impactos isso teve no seu jogo? 

O impacto foi no início, que foi muito complicado para mim. Você sonha com aquilo e, de repente, o seu sonho está nas mãos de outras pessoas que já estão lá dentro... Pensei: "Meu Deus, e agora?" Eu só tinha 30 segundos para convencer o pessoal a querer me colocar dentro da casa. Pelo fato de ter entrado assim, eu fiquei um pouco balançada no início do jogo. Logo em seguida teve uma prova de resistência, então meu contato com todos foi muito aos poucos, à medida em que eles iam saindo da disputa. Teve gente com quem só fui conversar no outro dia! Isso me deixou um pouco receosa, fiquei sem jeito para chegar nas pessoas. Foi o momento em que eu me senti mais privada. Eu me olhava e não me reconhecia porque eu sou uma pessoa muito comunicativa aqui fora. Nunca vivi uma experiência como essa! Era gente desconhecida, gente que já era conhecida e eu não sabia bem como abordar, conversar...

 

Mesmo tendo sido escolhida para entrar no BBB, já no segundo paredão você foi a participante mais votada pela casa para enfrentar o voto popular. Só se salvou por uma escolha do líder em um empate. Por que acredita que levou esses votos tão cedo? 

Por não ter me conectado logo no início com a casa, eu virei um alvo mais fácil para votar. No início do jogo as pessoas votam, sim, por afinidade. E como eu estava muito fechada, muito na minha, sem conseguir me abrir, eu era a opção que as pessoas tinham. Virei um alvo fácil.

 

O que faltou para chegar mais longe no 'BBB 24'? 

Pelo que eu andei observando, faltou eu soltar a minha oncinha, ser mais briguenta, falar mesmo (risos)... Mas eu não podia inventar um personagem porque essa não sou eu. Eu não conseguiria sustentar por muito tempo. Eu fui para ser como realmente sou. Se mexessem comigo, como mexeram, com certeza eu iria me defender, falar, ser reativa até certo ponto. Mas ser briguenta e apontar muito o dedo nunca foi de mim. Então, não teria como eu fazer diferente lá dentro. Eu fui a Raquele do início ao fim.

 

Alguns participantes te viam como "planta” no jogo. A que você atribui essa opinião deles ao seu respeito? 

Isso foi porque eu não gosto muito de me intrometer em assuntos dos outros. Sou a pessoa que observa mais de fora e, se eu sentir que posso colocar minha opinião, vou colocar. Mas, quando não é sobre mim, não me meto. Esse é o meu pensamento, contrário ao de outras pessoas que me achavam uma planta. Muita gente achava que eu não fazia movimentos dentro da casa, não conversava sobre jogo. Só que eu conversava, sim, mas com os meus, com quem eu me sentia à vontade. Não tem por quê eu conversar de jogo com pessoas que não são minhas aliadas. Como eles não viam isso, automaticamente eu era a planta da edição para eles.

 

Muitos gostaram de ver o seu embate com Marcus Vinicius no BBB porque, para eles, nesse momento você apareceu mais na disputa. Você concorda que esse foi um destaque seu no jogo?

Em momento nenhum eu saí da sala, naquele Sincerão, com o objetivo de brigar com o Marcus. Foi o que aconteceu por eu ter lembrado de ele ter dito algo relacionado a eu não ser a protagonista da minha história, pedindo desculpas até à samambaia por ter me chamado de planta. Aquilo mexeu muito comigo. Quem olhava para mim na sala pensava: a Raquele está calma, simplesmente vai conversar, vai passar e tudo bem. Mas quando ele começou a explicar, veio na minha cabeça a cena, ele falando, e foi quando eu explodi. Se você me perguntar o que eu falei, eu já nem lembro. Foi a reação de me defender, não deixar ninguém pisar em mim, defender minha história, minha luta para ter chegado até ali. Eu não ia deixar barato. Mexeu comigo e eu tive que me defender.

 

Como avalia a amizade que construiu com Giovanna e Michel? Acredita que jogar em trio foi positivo para o seu desempenho no BBB? 

Eu quero muito saber como começou essa amizade porque foi surreal. Entramos no BBB pelo Puxadinho. No início, todos do Puxadinho conversavam com todo mundo. E do nada, em um piscar de olhos, virou só Raquele, Michel e Giovanna. O Lucas Henrique era do Puxadinho, o Juninho e o Davi também. Só que, para a casa, o Puxadinho era só eu, Giovanna e Michel. Quando a gente escutava "Puxadinho", era o trio; a gente já sabia. Foi uma união por conexão. Giovanna foi a primeira pessoa que me abraçou. E o Michel parecia que eu conhecia há anos, a gente brincava, se zoava. Creio que jogar com eles foi positivo, sim, porque a gente pensava bastante coisas iguais. Ali, como é um jogo de pensamento e julgamento de comportamento das outras pessoas, a gente acaba indo para onde as ideias batem para se tornar mais forte.

 

Depois de um tempo seguindo apenas entre vocês três, seu trio optou por se aliar aos integrantes do quarto Gnomos [Fernanda, Pitel, Rodriguinho, MC Bin Laden]. Por que jogar com eles e não com os componentes do Fadas? 

A gente via que as ideias deles batiam com as nossas. Se não batesse, eu não me juntaria porque, por mais que eu esteja em um grupo, eu sempre vou pela minha cabeça. Um dos meus objetivos no jogo era nunca me deixar levar nem manipular pelos pensamentos dos outros. Vimos que se juntar aos Gnomos era uma estratégia boa. Eles tiveram a estratégia de puxar a gente e a gente teve a estratégia de aceitar o convite. Isso porque no "tiroteio" entre Gnomos e Fadas a gente ia ficar no meio, ou seja, seríamos alvo fácil novamente, como fomos no início do jogo. Para mim, era uma boa estratégia porque seriam somente dois grupos na casa, um contra o outro, e a gente não ficaria no meio sendo alvo de ambos. Com o Fadas a sintonia não bateu, não teve identificação. Não ia adiantar forçar, e eu também não queria passar algo mentiroso. Preferia estar ao lado de pessoas com quem me sinto bem do que forçar uma coisa que não era verdadeira.

 

Mesmo estando do lado oposto ao de Isabelle mais recentemente no jogo, você mantinha uma relação boa com ela e chegou a colocá-la em seu terceiro lugar no pódio. Porém, não jogavam juntas. Chegou a pensar em chamá-la para mais perto no jogo?

Em momento algum eu pensei em chamar a Isabelle para jogar com a gente porque ela sempre deixou muito claro com quem se sentia à vontade para jogar. E não é porque ela não se sentia à vontade de jogar com os Gnomos que eu não iria me juntar a eles. Até porque, no jogo, a gente sabe que no final só ganha um, e eu tinha que ter a minha estratégia. Eu me senti à vontade de ir, mas nunca larguei a mão dela. Sempre gostei dela, desde o início. Quando eu falava em pódio, ela estava no meu quarto lugar. Com o Michel saindo, ela foi para o terceiro, subindo de escadinha (risos). Em nenhum momento coloquei ela no meu pódio por estratégia. Foi de coração mesmo, por mais que ela estivesse do outro lado. Por mais que a gente tenha dado uma afastada, e eu senti um pouco de falta, sei que a Isabelle também é alguém que vai pela própria cabeça. Então deixei ela respirar, ter o momento dela. Mas sempre tinha o "bom dia" com aquele abraço gostoso que ela dava, o "boa noite" com as palavras de conforto que ela tinha também... Nunca quis fazer a cabeça dela para o jogo.

 

Qual eliminação desta temporada foi mais surpreendente para você? 

A da Deniziane. Ela foi a pessoa que eu indiquei ao paredão na minha liderança. Mas, lá dentro, mesmo sem saber como medir forças, a gente observava que ela tinha boas atitudes e imaginava que pudesse estar forte aqui fora. Em um primeiro momento achei que fosse um paredão falso. Aí deu sexta e ela não voltou, sábado, e eu falei: "É, saiu de verdade". Então, foi uma pessoa que eu indiquei ao paredão, saiu, mas eu fiquei surpresa com a saída.

 

O que foi mais difícil de enfrentar no BBB? 

A saudade de casa. Eu nunca tinha ficado tanto tempo longe da minha família. Eu evitava falar sobre isso porque, só pelo fato de eu sentir, o olhinho já começava a encher de água, e eu não queria ficar tão sensível assim. Me conectar com as pessoas no jogo, no início, também foi difícil para mim.

 

Que diferenças você observa do seu primeiro para seu segundo paredão? 

No primeiro paredão, eu pensava: "Caramba, se eu sair agora, eu não mostrei nada de mim; o Brasil não conheceu a Raquele nem um pouco". Pensava que eu sairia sem conquistar oportunidades que, de repente, eu vou ter agora, com mais de 70 dias de programa. Tinha muito medo de sair muito cedo sem mostrar quem eu realmente sou. Nesse segundo, eu estive tranquila. O que também foi um pouco assustador, porque eu não sabia se essa tranquilidade era porque eu sentia que iria sair, principalmente por estar enfrentando duas amigas que uniriam torcidas no voto para me eliminar, ou porque acreditava que eu iria ficar. Mas eu saio com o sentimento de que deu tempo suficiente de mostrar quem eu sou.

 

Quem é a Raquele antes do BBB e a de depois do reality? 

Ainda está muito cedo para eu dizer o que mudou, saí ontem do jogo, nem dormi direito. Pelo menos meu nome ainda sei (risos). Mas não tive tempo de pensar direitinho, de refletir. Meu maior medo era entrar uma Raquele e sair outra. Até agora eu posso falar que entrei a mesma Raquele que saiu. Mas tenho que ver tudo que vai acontecer ao longo desses dias, como vou ficar e me comportar, olhar para dentro de mim, me reconectar. Acho que a gente precisa muito disso depois que sai daquele turbilhão de coisas.

 

Quem tem mais chances de ganhar o 'BBB 24', na sua opinião? E por quem é a sua torcida? 

Dentro da casa, eu via muita força no Lucas e na Pitel. Eles têm posicionamentos e falas muito legais, sabem argumentar, defender a ideia deles. Mas minha torcida, lógico e com certeza, fica para a Giovanna e a Isabelle, que estavam no meu pódio e, já que eu saí, eu quero que levem o prêmio. São duas pessoas maravilhosas que eu quero levar para a minha vida, pessoas muito importantes e que fizeram muita diferença para mim lá dentro.

 

Quais são seus planos pessoais e profissionais para daqui para frente? Vai se arriscar na música dessa vez ou voltar a fazer doces? 

O pessoal falou muito dos meus "takezinhos" cantando na festa, e isso me surpreendeu, porque eu estava ali curtindo, dançando e cantando como se ninguém tivesse me observando. E, de repente, eu saio e vejo um vídeo meu cantando e as pessoas gostando, comentando. Então, se aparecer uma oportunidade, por que não tentar algo diferente? Sobre a doceria eu tenho que conversar com meu sócio, que é o meu noivo, para ver como vai ficar (risos). Mas é algo de que eu não queria abrir mão porque o doce mudou a minha vida, desde 2019 vem mudando. Não penso em largar de mão, mas vamos ver como vai ser, se eu vou dar conta disso tudo. Estou aberta a tentar novas oportunidades, novas coisas. 

 

E a faculdade de Engenharia Mecânica?

Eu gosto de começar as coisas e de terminar. Se eu vou ter tempo, vamos ver. Mas, posso tentar, né? A louca que quer fazer tudo (risos).

 

O "BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico". 

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB"e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB – A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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