quarta-feira, 11 de agosto de 2021

.: "Queen Celebration in Concert" em única apresentação no Tom Brasil

No próximo domingo, dia 15, acontece no Tom Brasil a única apresentação do espetáculo.

Domingo, dia 15 de agosto, chega ao Tom Brasil para única apresentação "Queen Celebration in Concert", espetáculo que celebra a carreira de uma das maiores bandas de todos os tempos. Formado em 1970 por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury  (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais), o Queen uniu talento, técnica e carisma e até hoje seu estilo incomparável, letras marcantes e performances eletrizantes inspiram gerações.

Mais do que um show tributo, o "Queen Celebration in Concert" é uma imersão musical na obra da banda britânica. Unindo o rock e a música erudita, o espetáculo revive a trajetória do  Queen  apresentando  momentos  marcantes  de  turnês  e  shows  memoráveis,  como  o  "Queen  Live at Wembley Stadium", de 1986.

Com anos de pesquisa e estudos, somados a experiência de mais de 150 apresentações à frente do  vitorioso  projeto  Queen  Experience  in  Concert,  o  cantor,  instrumentista,  compositor  e  produtor musical Andre Abreu impressiona ao dar vida a Freddie Mercury.

O guitarrista Danilo Toledo – ex-integrante do Queen Experience in Concert e de We Will Rock You, espetáculo inspirado na obra do Queen – recria com competência os solos de Brian May. Completam a banda o baixista PH Mazzilli e o baterista Guib Silva. A regência é do experiente Andrei Presser, que também trabalhou em We Will Rock You.

O  cenário  e  os  figurinos  recriam  com  perfeição  a  atmosfera  de  canções  que  alcançaram  as  paradas de sucesso, como "Love of my Life", "We Are The Champions", "We Will Rock You", "Radio Gaga", "Crazy Little Thing Called Love", "Don't Stop Me Now", "Somebody to Love" e "Another One Bites the Dust", e  tornaram o Queen recordista de vendas de discos em todo o mundo.

"Queen Celebration in Concert" é a oportunidade para aqueles que tiveram a chance de assistir o Queen ao vivo, e as demais gerações, vivenciarem novamente a experiência única que é um show do Queen.


Serviço
"Queen Celebration in Concert"
Domingo, dia 15 de agosto
Horário da sessão: 19h    
Horário de abertura: 17h  
Local: Tom Brasil    
Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo/SP    
Informações e vendas:www.eventim.com.br  e www.grupotombrasil.com.br

.: Grupo Tapa estreia "Um Picasso" com apresentações presenciais no teatro

O confronto entre o pintor Pablo Picasso e uma agente do Ministério da Propaganda Nazista é o argumento para o texto "Um Picasso", do autor norte-americano Jeffrey Hatcher, que chega aos palcos pelas mãos do diretor Eduardo Tolentino de Araujo, em mais uma montagem inédita do Grupo Tapa. Protagonizado por Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho, a peça estreia dia 19 de agosto, e marca a reabertura presencial do Teatro Aliança Francesa. O texto é bem atual e promove uma reflexão sobre arte, política e poder. Primeira vez que um texto do dramaturgo Jeffrey Hatcher ganha uma produção brasileira. Trama revela um duelo verbal entre o pintor e uma agente que trabalha para os nazistas. Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho dão vida aos personagens. Foto: Ronaldo Gutierrez

O confronto entre o pintor Pablo Picasso e uma agente do Ministério da Propaganda Nazista é o argumento para o texto do autor norte-americano Jeffrey Hatcher, que chega aos palcos pelas mãos do diretor Eduardo Tolentino de Araujo, em mais uma montagem inédita do Grupo Tapa. Protagonizada por Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho, Um Picasso estreia dia 19 de agosto, e dá o pontapé inicial na reabertura do Teatro Aliança Francesa. A temporada vai até 26 de setembro com sessões de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 17h. Não haverá bilheteria física, os ingressos devem ser comprados somente pela internet na plataforma Sympla.

Durante a ocupação nazista de Paris em 1941, Pablo Picasso (1881-1973) é levado a um porão para ser interrogado por Fraulein Fischer, cuja missão secreta é obter a autenticação do pintor em, pelo menos, uma de três obras que foram confiscadas recentemente. O Ministério da Cultura nazista planeja uma suposta "exposição", todavia o objetivo é queimar obras de "arte degenerada". Os personagens se envolvem em uma negociação que se revela um verdadeiro embate sobre arte, política, verdade, morte e atração de poder.

Eduardo Tolentino teve seu primeiro contato com o texto de Hatcher ao dirigir uma montagem com a Companhia de Teatro de Braga no ano de 2014 em Portugal e iria dirigir uma versão no primeiro semestre de 2020 pelo Tapa, porém o projeto foi interrompido com a pandemia.

“Íamos estrear no ano passado, na época existia uma discussão metafórica sobre o sentido da arte, agora o significado é outro, é a barbárie. Recentemente, chegaram até a queimar um quadro de Picasso para vender na internet nos Estados Unidos. A peça ganha uma conotação maior nesses tempos sombrios que estamos vivendo”.

"Les Demoiselles d'Avignon", "A Banhista Sentada", "Três Músicos", "Dora Maar com Gato" e "Guernica" são apenas alguns exemplos mais populares da obra do pintor espanhol, que subverteu todos os princípios das artes plásticas, se reinventado a cada nova fase. Um marco do século 20, que divide a arte, antes e depois dele.  

Para o ator Sergio Mastropasqua, a peça é extremamente atual quando se reflete sobre a arte, pois ela incomoda quem está querendo diminuir a diversidade de vozes. “Essa dramaturgia fala da queima de quadros pelos nazistas, o Brasil tem censurado livros; não são universos tão distantes. Em uma circunstância de exceção, uma pessoa se dá ao direito de dizer o que deve existir ou não. A montagem lida com obras de arte, contudo esse mesmo raciocínio foi aplicado a pessoas, o que é uma verdadeira tragédia”.

Clara Carvalho enfatiza que o espetáculo é um painel político do período da 2ª Guerra, mas apesar da distância temporal, imagens do nosso tempo como as balsas afundadas dos refugiados no Mediterrâneo são como novas Guernicas. Uma das características mais marcantes de sua atuação, é a dubiedade de sua personagem.

A peça se passa em um porão inóspito que funciona como um depósito para obras de arte e local de tortura pela Gestapo. Já o figurino retrata a época em que viveram os personagens. Essa é a primeira vez que um texto de Jeffrey Hatcher ganha uma produção brasileira. O dramaturgo nasceu em Ohio e tem 64 anos, seus trabalhos constantemente são montados pelos Estados Unidos como Compleat Female Stage Beauty, Three Viewings, Scotland Road, Sockdology and Tesadas With Morrie. Um Picasso já teve montagens em Portugal, República Tcheca, entre outros países.

Tolentino ressalta a importância de Picasso e das reflexões proporcionadas pelo teatro e cultura em geral. “A peça é crivada na atualidade, apesar de passada no período da guerra e ser uma oficial da Gestapo interrogando um artista, um dos maiores da história da humanidade. A arte não pode nada contra as armas, mas sobrevive e nos faz repensar a história. É fundamental colocar a importância da arte em um momento que pensamentos autoritários tentam demonizá-la. O que a peça diz é que a arte vai sobreviver a tudo isso”.


Ficha técnica:
Espetáculo:
"Um Picasso". Texto: Jeffrey Hatcher. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Assistente de direção: Ariel Cannal. Iluminação: Nicolas Caratori. Elenco: Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho. Redes sociais: Bianca Nóbrega. Design gráfico: Mau Machado. Costureira: Judite Lima. Alfaiate: Miguel Arrua. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Adereços: Jorge Luiz Alves. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de produção: Rafaelly Vianna. Direção de produção: Ariel Cannal.


Serviço:
Espetáculo:
 "Um Picasso"
Teatro Aliança Francesa
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. (11) 3572-2379
Estreia dia 19 de agosto, quinta-feira, às 20h.
Ingressos: https://grupotapa.com.br (vendas somente online
Preços: R$40 / R$20, quinta e sexta; R$60 / R$30 sábado e domingo. Temporada: de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 17h. Até 26 de setembro. Duração: 80 minutos. Classificação: 14 anos. Capacidade: 52 lugares + 4 PNE. Ar-condicionado. Estacionamento conveniado na Rua Rego Freitas 285.


Protocolos de segurança
A capacidade máxima será de 52 pessoas.
Não haverá bilheteria no teatro, os ingressos devem ser comprados exclusivamente pela internet na plataforma Sympla;
Abertura da plateia meia hora antes do espetáculo;
É imprescindível o uso de máscara no teatro antes, durante e após o espetáculo;
Monitoramento do uso de máscaras através das câmeras de segurança;
Álcool em gel estará disponível para o público;
Equipe do espetáculo (inclusive elenco) não receberão o público no saguão antes ou depois do espetáculo.
Quem for pedir carros de aplicativos/táxi, poderá esperar na plateia para não aglomerar em frente ao teatro.


.: Festival #VivaCarolina: as primeiras publicações de Carolina Maria de Jesus


Evento online mergulha na obra de Carolina Maria de Jesus para celebrar primeiras publicações inéditas da autora.

Para comemorar o início das publicações de Carolina Maria de Jesus e os 35 anos da editora, a Companhia das Letras promove quatro encontros para mergulhar na literatura da escritora brasileira, uma das maiores de todos os tempos. Os encontros serão transmitidos em nos canais no YouTube da editora, no Twitter e no Facebook. E as duas primeiras publicações de Carolina, os volumes de “Casa de Alvenaria”, já estão disponíveis nas livrarias e lojas online. Confira a programação completa:

Primeiro dia - 11 de agosto, às 19h | "Outras Letras": tramas e sentidos da escrita de Carolina Maria de Jesus. Com Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus. Mediação de Bruna Cassiano.


Segundo dia - 18 de agosto, às 19h | "Um Conselho de Carolina Maria de Jesus":
apresentação do conselho editorial. Com Amanda Crispim, Conceição Evaristo, Fernanda Miranda, Fernanda Felisberto, Raffaella Fernandez e Vera Eunice de Jesus. Mediação de Selminha Ray.


Terceiro dia - 25 de agosto, às 19h | "Editando Carolina":
os caminhos para editar Casa de alvenaria. Com Fernanda Felisberto e Raffaella Fernandez. Mediação de Verônica Souza.


Quarto dia - 31 de agosto, às 19h | "De Mãos Dadas com Carolina":
pensando a obra de Carolina Maria de Jesus na escola e na academia. Com Amanda Crispim e Fernanda Miranda. Mediação de Ayana Moreira Dias.

Você pode comprar os livros "Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco" e "Casa de Alvenaria -  Volume 2: Santana", de Carolina Maria de Jesus, publicados pela Companhia das Letras, neste link.


Sobre a autora
Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, em Sacramento (MG), mas viveu boa parte de sua vida na cidade de São Paulo – na favela do Canindé, em Santana e em Parelheiros. Com a publicação de “Quarto de Despejo” (1960), que reunia fragmentos de seus diários sobre a vida na favela, ganhou projeção nacional e internacional. Em vida, lançou ainda “Casa de Alvenaria” (1961), “Pedaços da Fome” (1963) e “Provérbios” (1963). Morreu em 1977, aos 62 anos, deixando uma vasta obra composta pelos mais diversos gêneros literários, parte da qual ainda permanece inédita.

.: Entrevista: João Baldasserini relembra Agnaldo e bastidores de "Pega-Pega"


João Baldasserini relembra Agnaldo e bastidores da novela. Foto: Globo/Paulo Belote

Zezinho, Beto e, agora, Agnaldo. Emplacando sua terceira novela das sete em sequência, João Baldasserini comemora a volta de "Pega Pega", depois do sucesso de "Salve-se Quem Puder" e de se rever na edição especial de "Haja Coração". “É praticamente uma missão impossível o que está acontecendo comigo, três novelas em sequência no mesmo horário. Só realmente nesse momento de pandemia. Sobre Pega Pega, foi uma fase que eu realmente me realizei bastante. Tive a oportunidade de exercitar o lado do humor, da comédia, e conhecer diretores, atores, fiz amizades”, reflete o ator. 

Entre as lembranças que João Baldasserini guarda da novela, destaca-se o entrosamento do elenco dentro e fora de cena, principalmente quando se reuniam para gravar os vídeos descontraídos de ‘loucodance’, que viralizaram nas redes. “Nanda (Costa) me convidou para fazer uma dancinha para postarmos na Internet, e aquilo ganhou uma repercussão muito grande! O público adorava! Quanto mais irreverente e à vontade dançávamos, sem cobrança, sem julgamento, mais o público gostava. Thiago Martins, Marcelo Serrado e mais pessoas do elenco também participavam”, conta o intérprete de Agnaldo, recepcionista e um dos ladrões do roubo milionário do Carioca Palace. “As dancinhas foram uma marca das gravações. Acho que era um capítulo à parte da novela”, brinca. 

"Pega Pega" é escrita por Claudia Souto, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção de Ana Paula Guimarães, Dayse Amaral Dias, Luis Felipe Sá, Noa Bressane, e direção geral de Marcus Figueiredo. Confira a entrevista com João Baldasserini!


São três novelas em sequência no horário das sete. Qual a sensação?  
João Baldasserini- Eu já fiquei muito feliz quando soube que ia reprisar "Haja Coração", então, fazendo a regrinha de três, o resultado é muita felicidade! É praticamente uma missão impossível o que está acontecendo comigo, três novelas em sequência no mesmo horário. Só realmente nesse momento de pandemia. ‘Pega Pega’ é uma novela na qual me diverti muito, fui muito feliz. Foi uma fase em que eu realmente me realizei bastante como ator. Tive a oportunidade de exercitar o lado do humor, da comédia, e conhecer diretores, atores, fiz amizades. 


Você gosta de revisitar e rever seus trabalhos?  
João Baldasserini - Com certeza, é muito gratificante rever o trabalho porque vem sempre a lembrança da época em que foi gravada a novela. Relembrar a fase, o momento, como estava minha vida na época, como eu estava me sentindo naquela cena. Relembrar os bastidores, todos os detalhes. É divertido reviver, poder assistir novamente. Estou assistindo com o maior prazer e relembrando os momentos felizes e divertidos, e foram muitos!  

 
Qual a importância do Agnaldo na sua carreira?  
João Baldasserini - Eu tinha acabado de fazer o Beto, eu estava terminando as gravações de "Haja Coração" quando fui convidado para fazer "Pega Pega". Eu fiquei muito feliz porque eu vinha de um trabalho que estava sendo um sucesso no ar, a novela em si estava indo muito bem, e eu também, através do Beto, conquistando uma popularidade que até então eu não tinha. Eu já estava em êxtase. Praticamente saí de uma novela e entrei em outra em sequência, e mergulhei no universo do Agnaldo, que é um recepcionista de hotel, um cara simples, tem uma vida humilde, não esbanja uma vida de luxo. O Agnaldo é muito divertido, carismático. Ele tem uma paixão, a Sandra Helena, e ele é totalmente alucinado por ela. Ele embarca e abraça todas as ideias da Sandra Helena. Tudo o que ela cogita fazer ele faz junto. Agnaldo é um personagem vulnerável, não tem aquela maldade estampada. É um cara inconsequente que toma atitudes inconsequentes, é claro, comete um erro e acaba pagando por isso, que é o que esperamos que aconteça em nossa sociedade. Mas Agnaldo foi um personagem muito gostoso de interpretar, que tinha um tom leve e foi um prazer muito grande fazê-lo. 
 

Como você se preparou para interpretar o Agnaldo? 
João Baldasserini - Foi uma preparação muito gostosa, onde eu, Nanda Costa, Thiago Martins e Marcelo Serrado ficamos bem próximos e criando essas relações entre os personagens, descobrindo características das personalidades, nos aprofundando bastante no texto da Claudia Souto. O Agnaldo, como todos os outros personagens, foi muito bem escrito, e isso facilita muito o processo criativo do ator, quando o texto já vem com muitas características do personagem. Não é um processo fácil, mas é necessário e é um momento de muito prazer. Foi muito gratificante ver o Agnaldo nascer, perceber que, através dos outros personagens, ele existia ali. E fui me apoderando daquela pessoa, entrando naquele universo. Até que uma hora tomamos uma posse, realmente fica enraizado na nossa alma, é só nos colocar em cena e deixar fluir porque o personagem já existe. A preparação vai acontecendo durante toda novela e, conforme gravamos, descobrimos novas características, novos comportamentos, vai se formando o caráter do personagem. É um processo evolutivo junto com a novela. A evolução está em constante mudança, assim como somos na vida.  
 

O que mais te marcou na época das gravações da novela? Qual a principal lembrança que ficou de "Pega Pega"?  
João Baldasserini - Foi a amizade que construí com o elenco todo. A Nanda Costa foi uma amiga que já conhecia de outros trabalhos, mas em "Pega Pega" nos aproximamos bastante, e foi uma delícia, tive o prazer de conviver com ela e aprender muito. A Nanda é uma atriz muito entregue, honesta, verdadeira. Foi muito bom nesse sentido. E também o que me marcou muito na novela foram as dancinhas, que começou com ela. Nanda me convidou para fazer uma dancinha para postarmos na Internet, e aquilo ganhou uma repercussão muito grande! O público adorava! Quanto mais irreverente e à vontade dançávamos, sem cobrança, sem julgamento, mais o público gostava. Thiago Martins, Marcelo Serrado e mais pessoas do elenco também participavam. As dancinhas foram uma marca das gravações. Acho que era um capítulo à parte da novela. 

terça-feira, 10 de agosto de 2021

.: Capítulo 5: "As Winsherburgs" em "Elétrico"

 

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
 

No cair da noite, Bernardo voltou para casa, após um dia de muito trabalho. Como era dia de pagamento, trouxe uma surpresinha para Mary –o que já era um costume de há pelo menos uns três anos.

O que estava dentro do embrulho? Uma nova presilha de cabelos. Pai e filha conversaram sobre o videoclipe de Katy Perry: Electric. Pois é... Papai Winsherburg é fã número um de Pokemón. No entanto, o assunto terminou quando Ellen os chamou para que jantassem. Lolita e Samantha estavam também em casa.

De volta ao quarto, quando o relógio marcava além do horário de dormir, a jovem Winsherburg ainda ria dos vídeos cômicos que Juliette fazia especialmente para o grupo das amigas no WhatsApp. Depois das dicas e aprovação das outras três meninas é que Juju publicava nas redes sociais. E não é que com aquelas bobeiras ela estava ficando famosinha?!

Entre um vídeo e outro ou uma risada aqui e outra acolá, Mary ouviu sussurros ao pé do ouvido. Curvou as sobrancelhas e sem se dar conta, passou a mão esquerda pelo ouvido, como que para afastar o que a incomodava. Nada.

Estava com a nítida sensação da presença de outra pessoa extremamente perto. Para Mary era certeza que Lolita estava escondida debaixo da cama dela para fazer uma pegadinha.

Foi certeira. Olhou debaixo da cama como quem pega alguém com a boca na botija. Nada.

Chamou pelo pai. Sem resposta.

Respirou fundo e sentou-se na beirada da cama, olhou detalhadamente ao redor. Nada.

Involuntariamente resmungou um “Credo”.

Deixou o celular na manta macia para pegar a bolsa da escola que guardava debaixo da cama. Vasculhou entre o material escolar e agarrou a pedra misteriosa numa mão. Acariciou o material brilhante até adormecer.

Espalhada pela cama grande, tranquila, Mary sonhava com um lindo carrossel. Estava no extinto Playcenter, lugar em que amava passar o dia com a família. Reencontrou atrações e gargalhou com as irmãs, quando toda aquela felicidade virou medo absoluto. Sozinha, no parque já de noite, ela gritou desesperadamente, mas a voz não saia. Uma figura sombria estaciona diante dela e com rapidez a encobre com um grande manto preto.

Mary ouve gritos ao longe. A jovem acorda. Era Ellen quem a chamava para levantar logo da cama e irem juntas à escola.

*  *  *

Com o término da aula do professor Cláudio, Mary e Tarissa foram ao banheiro do térreo, da escola de três andares, para dar uma arrumadinha nos cabelos, já que maquiagem ali era terminantemente proibida. No caminho, a mais nova Winsherburg foi direta e reta com a amiga.

- Tari, Tarissinha, confessa para mim. Tu tem um crush no profe Cláudio, né? Aquele corte de cabelo cai super bem nele. Bom gosto o seu. Ele é lindão, amiga!

A amiga da Winsherburg fechou a cara e lançou um olhar ameaçador que se assemelhava ao da Feiticeira Escarlate diante de Agatha Harkness e não soltou um “A” que fosse. Tarissa  tentou ao máximo manter o silêncio, mas não foi capaz de segurar a compostura com a amiga tagarela e muito barulhenta.

- Mary, pare com isso!, gritou.

- Calma! Não é uma relação séria. É só ter um crush!, replicou a jovem Winsherburg.

Tarissa continuou calada até empurrar a porta do banheiro da escola. Entrou e se posicionou no habitual cantinho da pia, em que na parede ficava o rolo de papel toalha. Mary veio na sequência e, antes de se posicionar ao lado, diante do espelho com a amiga, como sempre fazia, olhou para o final do corredor com blocos de vidro.

Ficou estática.

Ao ver a falta de atitude da amiga, mesmo tendo parte da cena refletida no espelho do banheiro, Tarissa parou de escovar os cabelos.

Mary permaneceu sem se mover.

Desesperada, Tarissa jogou a escova na pia e virou-se para a amiga. Respirou fundo, olhou para a mesma direção. Nada viu.

Assustada com aquilo, chamou a amiga pelo nome incessantemente e ao sacudi-la, o estado de transe se findou.

Mary olhou fixamente para Tarissa e somente pode deixar algumas lágrimas escorrerem, quentes, pelo rosto. Com um fim de voz ainda conseguiu perguntar:

- Você viu também?

Confusa e sem a chance de uma mínima reação, Tarissa viu Mary escorrer de suas mãos, desmaiada.

*  *  *

Na agência de roteiros, Lolita estava sozinha, pois Apollo e Samantha tinham ido buscar donuts e refrigerante na nova Cafeteria Felicidade. Ela, empenhada em dar o toque final no texto encomendado pelo site “Sim, Não, Quem Sabe”, sobre as relações em tempos de redes sociais, ouviu uma voz feminina chamar seu nome.

Era de um modo rápido e passava certo desespero.

De pronto, ela concluiu ser alguma amiga de Mary. E pensou:

- Lá vem a Mary com as amiguinhas para nos pregar uma peça. Já passamos da idade. Será que não percebem que temos que trabalhar?!

No entanto, a existência de qualquer dúvida a respeito de uma pegadinha foi extinta. O chamamento vinha do aparelho:

- Lolita! Lolita! Lolita!

Apavorada, ela puxou o aparelho da tomada, o que não adiantou muito.

- Lolita! Lolita! Lolita!

Lola aproximou um ouvido do som e tudo cessou.

- Lola, você está maluca! Maluquinha..., disse baixo para si.

Foi quando a voz completou:

- Eu preciso falar...

A sequência veio com um silêncio absoluto e um toque do celular.

Era Ellen!

Assombrada, mas sem tremer a voz, Lola atendeu a chamada de vídeo. Parecia que nada tinha acontecido.

- Fala, mãe! Tudo bem por aí?

- Sim, minha Lolinha! É que estou com vontade de comer pizza. O que acha de encomendar daquela à moda da casa, de lá do Valcides?

- Adoro a ideia, mãe! Já encomendou? Quer que eu busque quando fizer o caminho para casa?

Com um sorriso de orelha a orelha, Ellen respondeu:

- Era exatamente isso o que eu iria lhe pedir, anjinho!

- Dona Ellen eu lhe conheço muito bem, embora seja mais nova do que a senhora.

As duas riram, mas um som estridente cortou a ligação. Vinha do aparelho. Ellen, como toda mãe zelosa, ainda que a distância, chamou por Lola.

- Calma, mãe! É que parece ter um alien preso nesse som da vovó. Vou resolver esse probleminha e busco as pizzas. Sozinha e levemente transtornada, Lola é surpreendida por Apollo e Samantha que adentram a agência com guloseimas escolhidas a dedo por Samantha, quem amava passar o dia comendo besteiras.

- Olha só o que e quem trouxemos, maninha!

Lola disparou:

- Helder Lee?!

*  *  *

Com o rosto molhado por Tarissa, Mary despertou com a respiração agitada e disse: - Eu vi a verdadeira face do mal!

*  *  *

In the dark when you feel lost

Wanna be the best but at what cost?

If you're gonna stay here

Nothing's ever changing, no

Big world, gotta see it all

Gotta get up even when you fall

There's no point in waiting, no

Eletric, Katy Perry



*~~~~ Capítulo 5: "As Winsherburgs" em "Isso é tudo que eu sei até agora" ~~~~*


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm


Assista em vídeo como história ilustrada



.: Entrevista: Selton Mello fala sobre o retorno às novelas depois de 21 anos


Público está convocado a embarcar nessa viagem ao século XIX e desbravar o Império de Dom Pedro II. Obra fala de escolhas, sacrifícios, desafios, conquistas, batalhas e grandes paixões. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Depois de um período de espera, "Nos Tempos do Imperador" estreou na faixa das seis. A trama, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, com direção artística de Vinícius Coimbra, é a primeira inédita do início ao fim desde o começo da pandemia. 

Uma obra de época, ambientada no século XIX – mais precisamente, de 1856 a 1870, que se desenvolve em um Brasil que ainda busca sua identidade e acompanha momentos importantes da vida do Imperador Dom Pedro II (Selton Mello), da Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella), de Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes), além de Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge/Samuel (Michel Gomes), ao longo dos anos. São histórias de amor, lutas e esperança, com elementos históricos, que vão fazer o público refletir sobre nossa história e também sobre os dias atuais.

Sem fazer novelas há 21 anos, Selton Mello, que interpreta o Imperador do Brasil, conta que ficou muito curioso em tentar desvendar o personagem. “As próprias biografias não conseguiram desvendar Dom Pedro II completamente, e nem eu conseguirei. Daremos uma impressão do Imperador e isso é muito estimulante. Um personagem que tem tantos elementos, mas também tem muitas lacunas. Me interessam essas entrelinhas, o homem por trás da coroa, seus dilemas pessoais. É muito interessante essa viagem, essa aventura emocional”, conta. Confira, abaixo, entrevista com o ator. 


Como está sendo interpretar Dom Pedro II?
Selton Mello -
É um prazer enorme! Fazer um homem que faz parte do imaginário do Brasil, tão importante. Ao mesmo tempo, uma responsabilidade muito grande. Tem pessoas que idealizam esse Dom Pedro, com opiniões diversas sobre ele. Estou fazendo o que os autores escreveram, um recorte de um período desse personagem (a novela se passa de 1856 a 1870). E estou fazendo seguindo minha intuição, minha sensibilidade, minha impressão sobre esse homem, esse Imperador, esse cidadão, esse pai, esse cara que era muitas coisas. É muito gratificante, muito emocionante trabalhar com um material assim tão raro. 

 
Algum dos feitos de D. Pedro II te deixou mais surpreso?
Selton Mello - 
Não apenas um, mas uma soma de muitas qualidades, de muitas coisas que ele conseguiu imprimir e que ficaram. São muitos legados importantes até hoje: a preocupação com a educação, de que só através dela um país cresce; a importância de criar cidadãos conscientes do país. Tudo isso é muito bonito de ler e entender. Ao mesmo tempo, uma responsabilidade enorme dar vida a esse personagem tão emblemático. O que alivia um pouco o peso é o fato de não ter tido, no audiovisual, um outro ator que tenha feito Dom Pedro II. Dom Pedro I é muito retratado, mas Dom Pedro II, menos. Isso foi interessante e fica um registro de Dom Pedro II, durante um bom tempo, com a minha impressão. Isso é muito bonito. 
 

Como foi o processo de composição para o personagem?
Selton Mello - 
Li bastante, muitos livros, com vertentes diferentes, com autores que achavam coisas diferentes sobre ele, para eu poder ter elementos distintos. Depois dessa leitura, vou e faço, como eu fazia na infância atuando. Para mim, atuar é algo leve. Me divirto, não tem grandes psicologismos ou preparações. Eu já sabia desde cedo que esse era o meu caminho, então eu continuo trazendo essa leveza para o meu trabalho. Claro, respeitando o processo histórico, respeitando traços marcantes desse personagem. Mas, ao mesmo tempo, fazendo do meu jeito, como eu imaginei que ele poderia ser. 


"Nos Tempos do Imperador" começou a ser gravada no ano passado e houve uma pausa devido à pandemia. Como foi manter o foco, entrar e sair do personagem?
Selton Mello - 
Não foi complicado, porque desde o início, nas conversas com o Vinícius (Coimbra, diretor artístico) e com os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, já tínhamos definido um caminho para ele e eu já tinha uma intuição de como eu gostaria de fazer esse personagem. Claro que parar, voltar, gravar "Sessão de Terapia" nesse meio tempo, é sempre complexo. Mas pelo fato da gente ter colocado a novela no trilho, é um pouco como andar de bicicleta. Os primeiros dias são de readaptação, mas passados dois dias tudo já estava de novo nos eixos. 
 

O personagem influenciou no seu retorno às novelas?
Selton Mello - 
Completamente! Tive alguns convites ao longo desses 21 anos, mas eu sempre estava envolvido em cinema, teatro – cinema foi o que mais fiz esse tempo todo. Em alguns momentos até quase deu, mas aí esbarrava em agenda, tipo “em maio tenho que fazer esse filme”, então não cabia. Novela é uma obra longa. Mas agora surgiu esse personagem que fiquei muito curioso em tentar desvendá-lo. As próprias biografias não conseguiram desvendá-lo completamente e nem eu conseguirei. Daremos uma impressão do Dom Pedro II e isso é muito estimulante. Um personagem que tem tantos elementos, mas também tem muitas lacunas. Me interessam essas entrelinhas, o homem por trás da coroa, seus dilemas pessoais. É muito interessante essa viagem, essa aventura emocional.
 

Como você pensa que a obra será recebida pelo público?
Selton Mello - 
Acho que o público vai se encantar com a trama, com as escolhas dos autores e da direção, e se impressionará com semelhanças estruturais de nosso país, mesmo tendo passado mais de 150 anos.

.: "Serei Sempre o Teu Abrigo", o novo livro de Valter Hugo Mãe

Uma história sobre os laços de afeto entre avós pela perspectiva do neto, escrita com a sensibilidade rara do autor português. "Quando a avó trocou o coração por um electrodoméstico, continuou amando. Estava tão acostumada, fazia já do amor uma coisa plenamente racional. Amava por lucidez. Ela dizia: amar é saber. E dizia: amar é melhorar."


A editora Biblioteca Azul lança "Serei Sempre o Teu Abrigo", novo conto do autor português Valter Hugo Mãe. A obra é publicada em projeto gráfico especial e com ilustrações do autor, como os anteriores "O Paraíso São os Outros" e "As Mais Belas Coisas do Mundo".

Um avô que vê o mundo com poucas cores, como se habitasse sempre a noite, e uma avó com um eletrodoméstico junto ao coração, e que fazia do amor um exercício lúcido e diário. Os avós vistos sob a perspectiva do neto.

Nas páginas deste conto, Valter Hugo Mãe nos mostra a sabedoria e a coragem que há no sentimento, e essas palavras são acompanhadas dos desenhos do próprio autor, coloridos sobre fundo escuro, fauna e flora de um ambiente pouco investigado, como é o território dos afetos.

"Um dia, entendi que os velhos são heróis. Passaram por muito, ganharam e perderam tanta coisa. Perderam pessoas. Persistem sobretudo para cuidar de nós, os mais novos, e nos assistirem. Observam-nos". Você pode comprar "Serei Sempre o Teu Abrigo", escrito por Valter Hugo Mãe e publicado pela Editora Globo, neste link.


Sobre o autor:
Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. Sua obra está traduzida em muitas línguas, tendo um prestigiado acolhimento em países como Alemanha, Espanha, França e Croácia. Pela Biblioteca Azul, publicou os romances "O Remorso de Baltazar Serapião" (Prêmio Literário José Saramago), "O Apocalipse dos Trabalhadores", "A Máquina de Fazer Espanhóis" (Grande Prêmio Portugal Telecom de Melhor Livro do Ano e Prêmio Portugal Telecom de Melhor Romance do Ano), "O Filho de Mil Homens", "A Desumanização" e "Homens Imprudentemente Poéticos". Escreveu livros para todas as idades, entre os quais: "O Paraíso São os Outros" e "Contos de Cães e Maus Lobos". Sua poesia foi reunida no volume "Publicação da Mortalidade".


Ficha técnica
Livro: 
"Serei Sempre o Teu Abrigo"
Autor: 
Valter Hugo Mãe
Editora: Biblioteca Azul
Páginas:
48
Formato: 12x18cm
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3iyZad5


.: Luiz Felipe Pondé lança "Notas Sobre a Esperança e o Desespero"


Luiz Felipe Pondé lança mão da filosofia, da teologia e da literatura para trazer interessantes reflexões sobre o binômio esperança X desespero. "A esperança e o desespero me assustam há muito tempo. Neste livro, dou voz a esse susto", afirma Luiz Felipe Pondé.

O filósofo mais polêmico do país lança obra inédita pela Globo Livros. Em "Notas Sobre a Esperança e o Desespero", Luiz Felipe Pondé recorre à filosofia, teologia e literatura para trazer relevantes pensamentos sobre os opostos esperança e desespero.

"Não pretendo oferecer um roteiro de como entender o desespero e daí postular alguma forma de esperança. [...] Talvez cheguemos, no fim, a contemplar algum tipo de esperança, mas não terá sido uma ideia construída antes da escrita em si. A escrita, aqui, segue atormentada pela possível vitória do desespero. Este é meu convite a você", escreve Luiz Felipe Pondé em uma das 20 notas nas quais divide seu novo livro.

Ao discorrer sobre os temas, o próprio autor nos lembra de que é um "filósofo, muitas vezes, cético, irônico e niilista". Entretanto, admite: "Devo confessar, apesar do meu niilismo ser sincero, ele não é pleno. Laivos de esperança me acometem algumas vezes, e, até hoje, não sei de onde vêm. Toda vez que pressinto o bem, suspeito de um milagre. E isso me levou a estudar mística, filosofia da religião e teologia. Fui a essas disciplinas para não me sentir só".

E conclui: "O tema do desespero me acompanha desde muito jovem. O da esperança passou a me espantar há pouco tempo. Para mim, a esperança nasce do solo do desespero, da falta absoluta de razão para tê-la. Por isso é uma virtude (como se diz no catolicismo, uma virtude teologal) improvável. Um milagre. Mas a virtude sempre guarda uma relação muito próxima com seu oposto, assim, toda ética é um combate". Você pode comprar "Notas Sobre a Esperança e o Desespero", escrito por Luiz Felipe Pondé e publicado pela Editora Globo, neste link.


Sobre o autor:
Luiz Felipe Pondé é doutor em filosofia pela USP, com pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv, em Israel. É colunista da Folha de S.Paulo, diretor do laboratório de política, comportamento e mídia da PUC-SP e professor de filosofia na FAAP. É autor de diversas obras, como A era do ressentimento, Crítica e profecia - a filosofia da religião em Dostoiévski e A filosofia da adúltera.


Ficha técnica
Livro: 
"Notas Sobre a Esperança e o Desespero"
Autor: 
Luiz Felipe Pondé
Editora: 
Globo Livros
Páginas:
104
Formato:
14x21cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3jEhdho


.: Estreia: "The Masked Singer Brasil" conta com jurados empolgados


Taís Araújo, Simone, Rodrigo Lombardi e Eduardo Sterblitch são os jurados do The Masked Singer Brasil. Foto: Globo / Fernanda Tiné

Está chegando a hora! Nesta terça-feira, dia 10, conheceremos os mascarados do "The Masked Singer Brasil", após "Império", na TV Globo. Com muito mistério e fantasias cheias de brasilidade, os jurados Taís Araújo, Simone, Eduardo Sterblitch e Rodrigo Lombardi terão a missão de descobrir quem está por trás da máscara e de escolherem quais foram as melhores e as piores apresentações da noite.

Tudo isso contando com a ajuda luxuosa da apresentadora Ivete Sangalo, de Camilla de Lucas, nos bastidores, e da plateia. Já cheios de palpites, muita animação e humor, os jurados contaram como estão suas expectativas para a estreia do reality e um pouquinho das emoções que rolam durante as apresentações.

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil e tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção artística de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). Com apresentação de Ivete Sangalo, com Camilla de Lucas nos bastidores, o reality estreia dia 10 de agosto, na TV Globo, e também será exibido no Multishow, às quartas-feiras. 
 

Qual a sensação de ser jurado em um reality como esse? Quais as suas expectativas?   
Taís Araújo - É uma alegria muito grande! Não é um programa em que você tem que julgar quem é o melhor, ou eliminar. O único compromisso que temos é entreter o público, divertir, e se divertir também! As minhas expectativas são altas e de muita diversão.  

Simone - Estou muito feliz! É a primeira vez que faço algo longe da minha irmã! É uma experiência nova para mim e confesso que fiquei pensativa porque estou  muito acostumada a estar do lado dela. Mas sabia que seria um desafio muito especial de enfrentar. Minha expectativa é a melhor possível: me divertir e ver a galera de casa se emocionar e brincar. Vai ser um momento de diversão para todo mundo. Não só para nós que estamos ali no palco, mas para a galera de casa também.   

Eduardo Sterblitch - Eu tenho uma sensação de sucesso! É um programa que o público pode participar ativamente. O "The Masked Singer Brasil" cria muita expectativa - inclusive para os artistas que participam como os mascarados. É incrível como o programa tem um fenômeno mágico, que é o momento de tirar a máscara. Eu imaginava que seria curioso, mas viver isso é um momento louco. Gera muita emoção para quem está vivendo aquilo. Cada participante tem um guardião, eles não sabem quem são entre si, eles não falam para as próprias famílias que estão participando do programa.  Não é só um show, a gente tem que ficar muito atento para descobrir quem está ali! Fiquei muito feliz em participar. Já achava que seria muito bom, mas não achava que iria me surpreender, me emocionar e me envolver tanto.  

Rodrigo Lombardi - É uma coisa inusitada, estamos acostumados a ver outros modelos de reality. Nesse, temos pessoas que você conhece, mas que estão numa fantasia, que só acaba quando se revela. É uma alegria durante todo o programa, mas quando a pessoa tira a máscara é um choque. A experiência é muito divertida.   
 

Como foi ser convidado para fazer parte deste projeto?   
Taís Araújo - Quando fui convidada, fiquei muito intrigada porque eu não conhecia muito bem o programa. Achava uma maluquice deliciosa! Pensei que seria divertido participar disso e estar junto com essas pessoas. Eu adoro a Ivete, a Simone, o Edu, o Rodrigo. É muito legal estar com essa turma.  

Simone - Eu fiquei muito feliz quando recebi o convite, justamente por conta do desafio que era fazer algo sem a minha irmã. E me senti muito honrada porque o time são pessoas de peso, com uma carreira linda e brilhante. Sem contar a nossa apresentadora, a Ivetinha que é maravilhosa e uma inspiração para todos nós. Uma brasileira amada e querida, um talento sem igual. É uma alegria sem tamanho fazer parte desse projeto maravilhoso.  

Eduardo Sterblitch - Foi maravilhoso! Eu tive a sorte de ser convidado para participar. E a minha preocupação é prestar muita atenção no programa para poder entrar na dinâmica.   

Rodrigo Lombardi - Foi um susto. Me ligaram dizendo: "A gente quer você como jurado!" - E eu disse que queria participar como mascarado (risos). Mas quando soube quem eram os meus companheiros, fiquei nas nuvens.   


O que o público pode esperar do "The Masked Singer"?   
Taís Araújo - O público pode esperar um programa em que o único intuito é se divertir.   

Simone - Pode esperar muita alegria, diversão, descontração e risos. Um programa divertidíssimo, para brincar com a família, com pessoas que estão cheias de alegria para compartilhar música boa e apresentações incríveis. É para ser feliz.  

Eduardo Sterblitch - O público pode esperar um game em que você joga com a família. Em que você pode reunir as pessoas para se divertirem juntos. Pelas redes sociais, poderão interagir com o programa e também ajudar o telespectador a ter boas dicas, além de se emocionar com a gente porque são artistas maravilhosos, grandes celebridades que têm a generosidade de nos divertir e fazer com que a gente possa jogar de uma forma grandiosa.   

Rodrigo Lombardi - Nós somos os primeiros espectadores. A gente se diverte, se emociona, se surpreende… e, quando você vê, está sorrindo. Temos a Taís, que é muito especial, Eduardo, a Simone, que é uma explosão! E a Ivete. Não tem como adjetivar a Ivete, tudo fica pouco quando se fala nela. 
 

O que você acha que é preciso para ser um "The Masked Singer"?   
Taís Araújo - É preciso ter coragem, ter a diversão como norte e se despir de vaidade. Ter coragem de se expor e querer se desafiar.   

Simone - Eu acho que precisa ter o espírito de diversão. Acho que ali é um palco para se divertir e em nenhum momento é uma competição pesada. É uma diversão para ficarmos na loucura boa de tentar adivinhar quem está por baixo da máscara. É preciso querer brincar e fazer o show acontecer.   

Eduardo Sterblitch - Eu acho que é preciso ser cara de pau e ter grandiosidade! Porque é um desafio dar vida a um personagem que você nunca viu, cantar por baixo de uma máscara para o Brasil inteiro e, ao mesmo tempo, enganar as pessoas para chegar até o último episódio sem ser desmascarado.   

Rodrigo Lombardi - Você precisa ter um sonho dentro de você. Todo mundo que participa traz luz, uma energia boa de querer sair desse momento que estamos vivendo. Todo mundo está querendo brincar e isso é o mais importante.   
 

Como foi ver as fantasias pela primeira vez?  
Taís Araújo - Fiquei muito impactada com as fantasias, principalmente a primeira vez em que eu vi. Elas são muito bem feitas e eu fico sempre imaginando a pessoa que está lá dentro, se ela está com cara de desespero ou se está rindo da nossa cara, se ela está se divertindo... Esse mistério é muito divertido também.   

Simone - Fiquei impactada com as fantasias. E o palco faz parecer que você está em um show de Las Vegas. As fantasias são incríveis, muito brilho! Talentosíssimas as pessoas que desenharam e criaram todas as fantasias. É de ficar de boca aberta, impactado com a grandiosidade que são as fantasias e tudo que envolve aquele palco e toda a estrutura do programa.   

Eduardo Sterblitch - É maravilhoso! Até pela segunda! Na primeira vez você fica encantado, na segunda você já se apaixona pelos personagens. As pessoas vão querer ver shows só do personagem.  

Rodrigo Lombardi - Incrível, as fantasias são inusitadas. Você espera uma coisa diferente e se diverte com a fantasia, analisa a voz. O número acaba ficando curto, tinha que ser um show de uma hora (risos). Quando você vai ver, a performance já acabou porque são muitas informações ao mesmo tempo. 


"The Masked Singer Brasil" nas redes sociais
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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

.: As dicas de "O Homem Mais Feliz do Mundo" para você colocar em prática


Best-seller do New York Times, livro de memórias de um dos sobreviventes do Holocausto ainda vivos oferece valiosas lições de resiliência. 

Eddie Jaku sobreviveu à Noite dos Cristais de 1938, à macabra seleção de Josef Mengele, ao encarceramento nos campos de concentração nazistas de Buchenwald e Auschwitz e à Marcha da Morte. O judeu alemão foi encontrado por soldados americanos delirando e pesando menos de 30 quilos, depois de, ao vislumbrar uma oportunidade, escapar da marcha. Hoje, aos 101 anos, ele se considera o homem mais feliz do mundo e compartilha sua saga de luta e superação.

Um homem que acredita de forma inabalável no poder do amor, da gratidão e da solidariedade, Eddie, um dos sobreviventes ainda vivos do Holocausto, apresenta um potente relato de resiliência ao revisitar as memórias do período mais sombrio da sua vida. "O Homem Mais Feliz do Mundo", que chega às lojas em agosto pela editora Intrínseca, é um incentivo ao otimismo em tempos de tanto ódio e intolerância.

Mais do que judeu, Eddie Jaku sempre se considerou alemão. Ele sentia orgulho do seu país natal e não compreendeu o violento antissemitismo que assolou a Alemanha. Como cidadãos comuns, amigos e vizinhos desde sempre, tomaram parte de tanta violência? Após esta profunda decepção e todas as provações pelas quais passou, Eddie Jaku jurou sorrir em todos os dias que ainda restavam da sua vida. Em uma linda homenagem àqueles que não resistiram, o autor divide sua sabedoria e leva hoje a melhor vida possível. 

Exímio contador de histórias, ele divide com as gerações mais jovens o que aprendeu sobre tolerância e bondade. Antes do lançamento do livro, Eddie fez um relato emocionante da sua trajetória em uma palestra do TEDxSydney, traduzida para mais de 13 idiomas e que já ultrapassa a marca de 800 mil visualizações. 

Com uma narrativa íntima, Eddie Jaku revela em O homem mais feliz do mundo  tudo pelo que passou e que por décadas não teve coragem de dividir nem com seus filhos. Além de um manifesto de esperança, o livro também é uma advertência para que possamos estar atentos aos ventos que sopram e tenhamos a força para não permitir que a intolerância vença a compaixão nos tempos atuais. Você pode comprar o livro "O Homem Mais Feliz do Mundo", de Eddie Jaku, publicado pela editora Intrínseca, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Eddie Jaku reconhece o sofrimento, mas não deseja ser definido por ele. Adere, em vez disso, a uma filosofia que opta por uma forma radical de humanidade: uma resistência potente e contagiante.” — Australian Book Review

 "Um belíssimo livro escrito por um homem verdadeiramente incrível." — The Daily Telegraph


Sobre o autor
Eddie Jaku nasceu na Alemanha, em 1920, como Abraham Jakubowicz. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi mantido prisioneiro nos campos de concentração de Buchenwald e Auschwitz. Em 1945, escapou da Marcha da Morte ao ser resgatado por soldados Aliados. Cinco anos depois, mudou-se com a família para a Austrália, onde vive até hoje. Ele é voluntário do Jewish Museum, em Sydney, desde sua inauguração em 1992. É casado com Flore há 74 anos e tem dois filhos, netos e bisnetos. Em 2019, um ano antes de celebrar seu centésimo aniversário, compartilhou sua trajetória em uma comovente palestra no TEDxSydney, e em 2021 sua biografia venceu o prêmio australiano ABIA Biography Book of the Year. Foto: Tim Bauer.


Ficha técnica
"O Homem Mais Feliz do Mundo"
Autor: Eddie Jaku
Editora: Intrínseca
Tradução:
Bruno Casotti
Páginas: 224
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3CsA6MJ

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