sábado, 21 de agosto de 2021

.: "Ojunifé": Majur anuncia versão ao vivo de aclamado disco de estreia


Do idioma iorubá, "Ojunifé" significa "olhos do amor". O primeiro álbum de Majur versa exatamente sobre isso: o olhar amoroso que ela desenvolveu por si mesma, em nome da própria felicidade. Foto: Guilherme Nabhan

Cantora revelação, Majur lança nesta quarta-feira, 18, a primeira parte de "Ojunifé Ao Vivo", registro ao vivo de seu disco de estreia. O projeto reunirá vídeos de performances ao vivo de todas as faixas do álbum. "É uma experiência sensorial e um registro documental da minha história, voz e talento. E, como eu sou uma artista visual, quis trazer a sensação de viver o álbum", ela comenta.

Chegam ao canal de YouTube da cantora essa semana os vídeos das primeiras quatro faixas da tracklist: "Agô", "Flua", "Ogunté" e "Enciéndeme", todas com produção musical de Ubunto, produção criativa de Bruno Pimentel, direção musical da própria Majur e looks assinados pela Von Trapp, marca que já trabalhou com Sabrina Sato e Camila Coutinho.

Do idioma iorubá, "Ojunifé" significa "olhos do amor". O primeiro álbum de Majur versa exatamente sobre isso: o olhar amoroso que ela desenvolveu por si mesma, em nome da própria felicidade. Foi lançado no dia 12 de maio de 2021, fruto de dois anos de trabalho de sua intérprete, que também assina todas as composições. Participam do disco as cantoras Liniker e Luedji Luna. Majur caiu no gosto do grande público após emprestar seus poderosos vocais para "AmarElo", faixa do rapper Emicida, que conta também com a participação de Pabllo Vittar e foi lançada em 2019.


.: Exposição no Beco do Batman traz Amazônia para São Paulo


Mais de 19 mil pessoas já viram a mostra da ZIV Gallery sobre a Amazônia.

Um pouco da Amazônia pode ser vista em São Paulo, na ZIV Gallery, galeria de arte localizada no Beco do Batman. De graffitis a instalações, a galeria reuniu obras de mais de 30 artistas para montar a exposição “Amazônia, Seu Povo, Sua Flora e Fauna”. “Escolhemos a exposição sobre a Amazônia para inaugurar a galeria e trazer um pouco da cultura amazônica para quem visita o Beco do Batman”, explica o galerista Helder Kanamaru, da ZIV Gallery.

A mostra conta ainda com um mural de mais de 35 metros quadrados, pintado por 16 artistas. “Nosso painel interno traz desde pinturas sobre os povos originários, passando pela maraca do povo Baniwa, o boto-cor-de-rosa, a arara vermelha, o peixe amazônico tucunaré até a representação do guaraná nativo, entre diversas referências amazônicas transformadas em arte”, descreve Kanamaru.

Os visitantes podem levar um pedacinho da Amazônia em forma de arte para casa, seja adquirindo os quadros da exposição, seja por fotos do painel, hit do lugar, com seus quase nove metros de altura, responsável por integrar a galeria ao bar/café com visão panorâmica para os murais do Beco do Batman, no piso superior. Desde 13 de maio, quando a galeria começou a funcionar, até o mês de agosto, já passaram 19.350 pessoas pela exposição.


Graffiti homenageia cacique do povo Kokama
A mais nova ação da ZIV Gallery para falar da Amazônia, como parte das atividades da exposição, é o graffiti em homenagem à cacique Bia, líder do povo Kokama e defensora dos povos originários amazônicos. O mural, pintado pela artista plástica Chermie Ferreira, fica na rua Gonçalo Afonso, a poucos metros do ponto mais central do Beco do Batman, bem em frente à galeria.

Chermie é natural de Manaus, onde começou a grafitar aos 16 anos, para incentivar as meninas das comunidades e ribeirinhas a ingressar na arte. Mais tarde, a artista descobriu suas origens Kokama e desde então dedica-se a representar, em seus trabalhos, mulheres, comunidades indígenas e ribeirinhas e trabalhadores do Norte do país.

"As cores fortes e os contornos precisos dos desenhos de Chermie trazem muito da fauna e flora amazônica, sem falar do destaque dado às mulheres e crianças em suas obras", detalha Kanamaru. A exposição sobre a Amazônia está na ZIV Gallery, de terça a domingo, na rua Gonçalo Afonso, 119, Beco do Batman, Vila Madalena, São Paulo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

.: "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais" estreiam


O Amazon Prime Video anuncia a estreia exclusiva dos filmes "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais" no dia 24 de setembro, em mais de 240 países e territórios. Filmes contam as versões de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, casal que se declarou culpado pelo assassinato dos pais de Suzane.

Cada longa tem aproximadamente 80 minutos de duração e conta um ponto de vista diferente da história do casal de namorados Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos. Os roteiros têm como base informações contidas nos autos do processo que terminou com a condenação dos dois pela morte dos pais de Suzane.

Em 2002, Suzane e Daniel chocaram o Brasil quando se declararam culpados pelo brutal assassinato de Manfred e Marisia von Richthofen. Ao longo dos filmes são apresentados o caso e possíveis motivos do casal para cometer essa atrocidade. Um drama de crime real sobre um dos casos de assassinato mais brutais do país. Lançados simultaneamente, os dois filmes mostram os pontos de vista de cada um: "A Menina que Matou os Pais" é inspirado no depoimento de Daniel, e "O Menino que Matou Meus Pais" baseia-se no de Suzane.

Com direção de Mauricio Eça, roteiros de Ilana Casoy e Raphael Montes, os filmes são estrelados por Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Kauan Ceglio, Leonardo Medeiros, Vera Zimmermann, Augusto Madeira, Debora Duboc, Marcelo Várzea, Fernanda Viacava, Gabi Lopes e Taiguara Nazareth. A produção é da Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms. O produtor executivo é o Marcelo Braga, que também assina a produção dos filmes junto com Gabriel Gurman, Ricardo Constianovsky, Silvia Cruz e Tomas Darcyl.

Os longas se juntam a milhares de programas de TV e filmes no catálogo do Prime Video, incluindo produções Originais Amazon brasileiras como "Dom", "Manhãs de Setembro", "5X Comédia", "Soltos em Floripa" e "Tudo ou Nada: Seleção Brasileira', e uma série de produções Originais Amazon premiadas, como "Um Príncipe em Nova York 2", "Sem Remorso", de Tom Clancy, "The Boys", "Modern Love" e "The Marvelous Mrs. Maisel", todos disponíveis no Prime Video sem custo extra para os membros Prime.

.: História real de irmãos Naves, presos injustamente, inspira espetáculo online


"O Caso dos Irmãos Naves" ganha montagem teatral do Ínteros Coletivo de Atores. Na cidade de Araguari (Minas Gerais) de 1937, dois irmãos - Joaquim e Sebastião Naves - são acusados da suposta morte do primo Benedito. Condenados, sem provas, a 25 anos de prisão, sofrem uma série de abusos e torturas. O caso dos irmãos Naves entrou para história como  um dos maiores erros do judiciário brasileiro. A montagem teatral reflete  sobre os recorrentes casos de injustiça e autoritarismo na sociedade. Temporada é online e gratuita. Foto: Lucas Benoit

A partir desse caso, considerado um dos maiores erros do judiciário brasileiro, o Ínteros Coletivo de Atores traça um paralelo entre a aplicação incorreta da justiça e os seus reflexos na vida de parentes e pessoas ligadas à família, no espetáculo "Os Naves". A peça estreia em temporada on-line, de 20 a 29 de agosto, com transmissão gratuita, de sexta a domingo, pelo YouTube/interoscoletivo. O processo, conhecido como "O Caso dos Irmãos Naves", foi adaptado para o cinema por Jean-Claude Bernardet e Luís Sérgio Person em 1967, com Raul Cortez interpretando Sebastião Naves; Juca de Oliveira vivendo o irmão Joaquim; e John Herbert na pele do advogado de defesa.

As falhas no sistema judiciário e os inúmeros casos de inocentes que são presos sem julgamento ou com base em provas inconsistentes alimentam uma máquina de prisões injustas. Partindo de um caso real acontecido na cidade mineira de Araguari, em 1937, o Ínteros Coletivo de Atores recupera a história dedois irmãos que foram acusados da suposta morte do primo, no espetáculo "Os Naves", que estreia em temporada online, de 20 a 29 de agosto, com transmissão gratuita, de sexta a domingo, com sessões às 19h e às 21h, pelo YouTube/interoscoletivo.

O espetáculo é baseado no processo de condenação de Joaquim e Sebastião Naves, considerado um dos maiores erros do judiciário brasileiro. O grupo pretende traçar um paralelo entre a aplicação incorreta histórica e atual da justiça brasileira, retratando a violência sofrida pelos irmãos e os seus reflexos na vida de parentes e pessoas ligadas à família ou que viviam na mesma cidade. A Justiça, de fato, é justa? Para quem?

“Trazer para cena esse tipo de temática na nossa sociedade onde vemos de forma recorrente casos de injustiça e autoritarismo é algo muito importante para possibilidade de reflexão. O teatro é uma plataforma que pode inspirar mudanças e trazer um campo fértil de olhar para nossa própria história e assim poder transformá-la”, conta o ator e produtor Chrystian Roque. A montagem parte do crime supostamente cometido pelos irmãos traçando uma narrativa ficcional que envolve uma pequena cidade onde pouco a pouco as personagens vão sendo apresentadas enquanto esperam e comentam o resultado do julgamento.

“Vivemos um tempo de constante julgamento público que muitas vezes é feito e conduzido de forma extremamente superficial onde tudo é levado a uma ‘espetacularização’ da violência e da impunidade. Esse trabalho tem por objetivo explicitar como esse tipo de dinâmica acaba apenas por alimentar o autoritarismo, ignorância e a injustiça”, ressalta Chrystian Roque.


Adaptação da montagem
O Ínteros Coletivo foi formado a partir de uma oficina em um projeto apoiado pela Lei de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo, em 2018. A história do Caso dos Irmãos Naves chegou até os artistas, que quiseram dar continuidade ao coletivo mesmo após o fim do período da oficina. A intenção da trupe era apresentar a peça em praças e locais públicos da cidade, mas com a pandemia da Covid-19, foi necessária uma adaptação para o formato audiovisual, abrindo possibilidades para experimentações e abordagens diferentes da história. 

Como meio de testar essa nova forma de fazer teatral, o grupo lançou em suas redes sociais a ação #EMCASA, para apresentar algumas cenas ao público, gravadas apenas com o uso de celulares e com os recursos cênicos disponíveis em suas próprias casas. A boa receptividade encorajou os artistas para uma adaptação do projeto para o audiovisual. 

“Na ambientação para o formato digital escolhemos a Casa Urânia, em São Paulo, como cenário para as gravações. Nela pudemos explorar não só o salão principal, mas também as áreas externas, quintal, escadas, sacada, jardim, até mesmo a cozinha, trazendo um realismo para a cena”, fala Chrystian Roque. O figurino é elaborado com peças recicladas pelos atores, customização e o reaproveitamento de materiais. A proposta, a princípio, surgiu por necessidade e hoje se apresenta como um traço estético do trabalho do grupo, além de tratar de um conceito com viés sustentável.


Os irmãos Naves
Em 1937, na cidade de Araguari, interior de Minas Gerais, um jovem comerciante, Benedito Pereira Caetano, desaparece misteriosamente. As suspeitas recaem sobre os primos e sócios de Benedito, os irmãos Joaquim e Sebastião Naves. A polícia local investigou o provável crime, mas não conseguiu pistas sobre o paradeiro do desaparecido. 

Um tenente da Força Pública do governo – então o Estado Novo de Getúlio Vargas - é designado para investigar o caso e prende os irmãos mesmo sem provas. Sob tortura e abusos eles acabam confessando o crime e são condenados a 25 anos de prisão. Porém, em 1952 Benedito aparece vivo. Só então, 12 anos após as acusações, é, enfim, reconhecida a inocência dos irmãos.

O processo, conhecido a partir daí como "O Caso dos Irmãos Naves", transforma-se em filme e livro. O livro foi escrito pelo advogado dos rapazes, João Alamy Filho, e traz as principais peças dos autos. O filme (1967), baseado na obra de Alamy Filho e adaptado para o cinema por Jean-Claude Bernardet e Luís Sérgio Person, traz Raul Cortez interpretando Sebastião; Juca de Oliveira vivendo o irmão Joaquim; e John Herbert na pele do advogado João Alamy Filho.


Ficha técnica:
Espetáculo "Os Naves"
Direção Artística:
Ínteros Coletivo de Atores | Elenco: Aline Loureiro, Ana Paula Desenzi, Ariadne Lima, Barbara Rodrigues, Chrystian Roque, Guigo Ribeiro, Guto Mendonça, Meyre Nascimento, Nicole D’Fiori, Rafael Caldas, Rodrigo Cristalino, Rômulo Martins e Stefania Robustelli | Direção de fotografia, cinematografia, edição e cor: Lucas Benoit | Composição musical: Chrystian Roque, Guigo Ribeiro, Meyre Nascimento e Rodrigo Cristalino | Desenho de som: Lucas Benoit | Direção de arte: Barbara Rodrigues | Cenografia: Chrystian Roque e Lucas Benoit | Locação de filmagem: Casa Urânia | Fotos e logo: Lucas Benoit | Designer gráfico: Wanny Freitas |  Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção geral: Barbara Rodrigues e Chrystian Roque. Produção executiva: Morgana Sales | Realização: Ínteros Coletivo de Atores.


Serviço:
Espetáculo "Os Naves"
De 20 a 29 de agosto - Sexta-feira a domingo, às 19h e às 21h | Duração: 60 minutos | Ingressos: grátis | Classificação etária: 14 anos | Transmissão: YouTube/interoscoletivo.

.: “Dom Pedro I - Bastidores de Um Musical”, o espetáculo em podcast


Com músicas e letras de Wladimir Pinheiro e Cássia Raquel, espetáculo tem direção e roteiro de Glauver Souza.


Formato ainda inédito no Brasil, “Dom Pedro I - Bastidores de Um Musical” é um podcast em quatro episódios com mais de 15 canções originais que será distribuído gratuitamente e poderá ser acessado de qualquer lugar. A ideia é um projeto antigo do idealizador Rafael Nogueira, criador do podcast “Musical Cast”, que desejava há muito tempo reunir amigos para criar um musical nesse formato. 

Com o início da pandemia e todos os teatros fechados, foi o momento mais propício para colocar o projeto em prática. O metamusical aborda os bastidores da montagem de um grande musical, começando pelas audições, passando pelos ensaios, até chegar ao dia da grande estreia. Porém, até esse momento, muitos conflitos e eventos preocupantes acontecerão nos bastidores, afetando candidatos, elenco e produção.

É chegado o grande dia da audição para o musical “Dom Pedro I - Um Musical Brasileiro” e a produção está a postos esperando os participantes para as audições de canto e dança. O diretor Fernando Amadeu e sua fiel escudeira, a produtora Glória, estão agitados aguardando a chegada do ator que fará Dom Pedro I, um convidado da produção, o ator de novelas e galã Reginaldo Valêncio. Porém, enquanto as audições estão chegando ao fim, a grande estrela desaparece, colocando a produção em pânico e todo o elenco presente como suspeitos do desaparecimento do ator. Agora, além de se preocupar com a montagem desse espetáculo, a produção também precisará lidar com o sumiço repentino do protagonista convidado.


Episódios:
Ato 1 – "Uma Audição como Outra Qualquer"
Ato 2 – "Os Miseráveis Suspeitos"
Ato 3 – "Esse Ensaio É Um Crime"
Ato 4 – "Esse Musical É Um Sucesso"


Elenco e equipe criativa:
Wladimir Pinheiro (Felipe Rômulo/Dom Pedro I): v
encedor do Prêmio Shell 2020 na categoria Melhor Música, ingressou no meio teatral em 2002, no Cabaré Filosófico de Domingos Oliveira. Cantor, ator, músico e compositor, esteve em cena sob direção de nomes como Paulo Betti (A Canção Brasileira), Sérgio Brito (Ópera Macbeth), Aderbal Freire Filho (Orfeu), Charles Möeller e Claudio Botelho (Milton Nascimento – Nada Será Como Antes), Gustavo Gasparani (SamBRA, Zeca Pagodinho – Uma História de Amor ao Samba) e João Fonseca (Company), entre outros. Atua como diretor musical, arranjador e compositor em espetáculos de variados gêneros, como em "Os Dez Mandamentos – O Musical" e o premiado espetáculo "As Comadres" (dirigido por Ariane Mnouchkine do Théâtre du Soleil – Paris). Atualmente também está no elenco de "A Cor Púrpura", interpretando o personagem Mister.

Cássia Raquel (Suzane Lins/Domitila): bacharel em Canto pela UFRJ e pós graduanda em Gestão Escolar na USP, completa neste ano uma década de carreira em teatro musical, incluindo grandes sucessos como "Hair", "Milton Nascimento – Nada Será Como Antes", "Simonal", "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", "Les Misérables" e "60! Doc. Musical", entre muitos outros, sob direção dos mais respeitados diretores dessa geração. Também tem seu próprio estúdio de aulas, onde aplica seu método "Do Berro ao Belting" e, nas redes sociais, se dedica ao seu canal do YouTube com vídeos de variados temas, com séries especiais como o "Doses de Loucura" e "Sala de bate-papo".

Rodrigo Naice (Reginaldo Valêncio/Narrador): ator, cantor, humorista e Bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO. Atuou nos espetáculos: “Company” (direção de João Fonseca), “70? Década do Divino Maravilhoso”, em que foi indicado ao Prêmio Cesgranrio e ao prêmio Botequim Cultural como melhor ator em teatro musical, “60! Década de arromba” (ambos com direção de Frederico Reder) e “O Mambembe – Um Musical Brasileiro” (direção de Rubens Lima Jr.), quando também foi indicado ao prêmio Botequim Cultural como melhor ator em teatro musical.

Marino Rocha (Fernando Amadeu – o diretor): ator, cantor, autor e produtor teatral, formado pela CAL/RJ, tem 24 anos de carreira e 30 espetáculos teatrais em seu currículo. Os últimos trabalhos em musicais foram “Cinderella”, “Dançando no Escuro” e “S’imbora – O Musical”. No cinema, atuou nos filmes “Tô Ryca 2”, “Como é Cruel Viver Assim”, "Um Namorado Para Minha Mulher” e no sucesso “Fala Sério, Mãe”. Na televisão, esteve na terceira temporada da série "Questão de Família" da GNT. Outros trabalhos importantes incluem o espetáculo "Como Me Tornei Estúpido", em que foi ator, idealizador e produtor; e a ópera “O Elixir do Amor" de Gaetano Donizetti, com direção de Daniel Herz, quando foi indicado ao Prêmio Botequim Cultural como Melhor Ator. Por sua atuação na peça "Fonchito e a Lua", dirigido por Daniel Herz, ganhou o Prêmio CBTIJ de teatro como Melhor Ator Coadjuvante. Também atuou em “Hamlet”, dirigido por Marcus Alvisi, produzido e estrelado por Diogo Vilela; “Sábado, Domingo e Segunda”, produzido e estrelado por Nicette Bruno e Paulo Goulart, e “Ricardo III”, com direção de Antônio Pedro Borges.

Ana Nehan (Glória – a produtora/Judite): atriz formada em Artes Cênicas pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e pós-graduada em Interpretação para Musical pelo Célia Helena Centro de Artes e Educação. Participou das montagens cearenses dos musicais "Hairspray" e "Company" e, em São Paulo, atuou nos espetáculos "Rodriguianas – Um Ensaio Musical", com direção de Amanda Acosta, "Do Outro Lado da Rua", com direção de Herbert Bianchi e "Max" com direção de Diogo Villa Maior. No audiovisual, protagonizou a série educativa "Residência Médica".

Larissa Carneiro (Miriam): atriz e cantora. Graduou-se em Artes Cênicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE em 2009 e em 2016 finalizou o Curso Técnico em Teatro Musical pela 4Act Performing Arts, em São Paulo. Integrou grandes e pequenas produção musicais no eixo Rio-SP como "O Frenético Dancin' Days – O Musical", dirigido por Deborah Colker; "Dona Ivone Lara – O Musical", pela Fato Produções; e o premiado musical autoral brasileiro "Se Essa Lua Fosse Minha", de Vitor Rocha. No audiovisual, já fez workshops para cinema com Fátima Toledo, Margie Harber e Nancy Bishop, além do curso profissionalizante para TV na escola Wolf Maya em São Paulo com Samantha Dalsoglio. Atualmente é apresentadora da Live Store Claro Brasil.

Carol Berres (Fabiana): originalmente de Santa Catarina, decidiu ir para o Rio de Janeiro para estudar teatro e se formou na Faculdade CAL de Artes Cênicas em 2018. Ela sempre gostou de cantar, mas acabou entrando nos musicais fazendo cursos e entrando em cartaz em musicais como “A Festa Selvagem” da CAL e “Matilda” do Ceftem. Em São Paulo, esteve em cartaz com a peça “O Percevejo” e também fez parte do minúsculo elenco de [nome do espetáculo], como a engraçada Heidi.

Jessé Bueno (Julio Vieira/José Bonifácio): bacharel em Canto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, atua na cena lírica e musical brasileira desde 2008. Atuou em dezenas de óperas e musicais, com destaque para o protagonista Quintino, na estreia mundial da ópera "O Diletante", de João Guilherme Ripper. Atuou também no musical "Os Tropicalistas" sob direção de Ciro Barcelos e Jules Vandystadt, com arranjos de Tim Rescala. No musical "O Rei da Vela", foi dirigido por Allan Resende e Marcelo Castro. Em 2018, assinou a direção musical do espetáculo Tropicália Cardboard no Festival Internacional de Dança de Joinville, sob a curadoria de Ana Botafogo. Em 2019, foi protagonista da ópera "O Elixir do Amor", sob regência de Silvio Viégas e direção de Menelick Carvalho. No mesmo ano, foi solista na estreia mundial da obra "Porquê" de Villani Côrtes sob a regência do Maestro Eder Paolozzi. Além da experiência nos palcos, o artista possui uma vasta participação como cantor em campanhas publicitárias e trilhas sonoras de novelas, com destaque para a abertura do programa de TV Fantástico e a campanha da Copa do Mundo no Brasil.

Lucas Cândido (Wagner Rios/Cipriano Barata): formado pelo curso profissionalizante de Teatro Musical do SESI. Entre seus principais trabalhos, foi Rei Julien em “Madagascar”; Rogério em “Aparecida – Um Musical de Walcyr Carrasco”; Posh Boy/Small Boy em “Billy Elliot”; Seymour em “A Pequena Loja dos Horrores”; Linguado em “A Pequena Sereia”; Joly em “Les Miserables” e fez parte do histórico e renomado grupo “Dzi Croquettes” de Ciro Barcelos. Também atua como arte-educador ministrando aulas e workshops pelo Brasil.

André Luiz Odin (Afonso Marcos – O coreógrafo/Padilha): bailarino, ator e cantor, iniciou os estudos artísticos aos 9 anos. Integrou os elencos oficiais da Faces Ocultas Cia. De Dança (Salto/SP) e Ballet Stagium (São Paulo/SP). Estreou no teatro musical atuando em diversos espetáculos infantis com a Cia. Black and Red. Fez parte do “O Musical Mamonas” como Ensemble/Cover Júlio e da turnê oficial como Rick Bonadio/Anjo. Também participou do worksession de “Newsies”, e da ópera "Viúva Alegre", no Theatro Municipal de SP. Seus últimos trabalhos foram em “Bibi – Uma Vida em Musical”, “Billy Elliot – O Musical”, como Sr. Braithwaite, e em “Zorro, Nasce Uma Lenda", como Sargento Garcia e Trupe. Atualmente, também está em cartaz com “Summer – Donna Summer Musical” como Brian Edwards, Helmut Sommer e Cover Neil Bogart.

Glauver Souza (Roteiro/Direção): graduado em Artes Cênicas pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE) em 2010. É diretor, ator e versionista. Esteve à frente do grupo Ás de Teatro, que segue uma linha de pesquisa em teatro musical desde 2009 em Fortaleza, no Ceará. Como diretor, foi responsável pelas adaptações de musicais como Hairspray (Você Não Consegue Parar, 2009 a 2011), Company (Companhia, 2011 a 2017) e A Chorus Line (Audições Abertas – O Musical, 2012). Ganhou o prêmio Destaques do Ano em Fortaleza como Melhor Diretor (2009, 2011 e 2013) e Melhor Espetáculo Adulto (2009, 2011, 2012 e 2013). Em 2013, iniciou o projeto autoral “Prometemos Não Chorar – Um musical de classe!" que, em seis anos em cartaz, alcançou um público de mais de 25.000 espectadores. Entre 2014 e 2018, foi professor e diretor de teatro no Studio de Dança Michele Borges, onde trabalhou na concepção, no roteiro e na montagem de sete espetáculos musicais, incluindo uma livre adaptação de "Hamilton".


Ficha técnica:
“Dom Pedro I – Bastidores de um Musical”
Letra e música:
Cássia Raquel e Wladimir Pinheiro | Diretor musical: Wladimir Pinheiro | Arranjos vocais: Cássia Raquel |  Texto e direção: Glauver Souza | Produção, edição e finalização: Rafael Nogueira | Criação visual: Alexandre Furtado | Revisão ortográfica: Alene Botareli | Elenco (resumido): Wladimir Pinheiro (Felipe Rômulo/Dom Pedro I), Cássia Raquel (Suzane Lins/Domitila), Rodrigo Naice (Reginaldo Valêncio/Narrador), Marino Rocha (Fernando Amadeu – o diretor), Ana Nehan (Glória – a produtora/Judite), Larissa Carneiro (Miriam), Carol Berres (Fabiana), Jessé Bueno (Julio Vieira/José Bonifácio), Lucas Cândido (Wagner Rios/Cipriano Barata) e André Luiz Odin (Afonso Marcos/Padilha).

Serviço do podcast musical: lançado no dia 13 de agosto de 2021 em todas as plataformas digitais. https://linktr.ee/dompedromusical e http://www.instagram.com/dompedromusical


.: Colin Hay revisita clássicos do pop dos anos 60 e 70


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Colin Hay, a voz marcante do grupo australiano Men At Work nos anos 80, decidiu gravar um disco com canções icônicas do pop, que provavelmente marcaram a sua formação musical. Um repertório que revisita canções consagradas por nomes como Dusty Springfield e as bandas Beatles e Kinks, entre outros.

Colin Hay nasceu na Escócia, mas sua família se mudou para a Australia quando ele tinha 14 anos. Com 68 anos atualmente, ele vivenciou a febre da invasão britânica no rock nos anos 60 e a consolidação do estilo na década seguinte. O repertório inclui "Waterloo Sunset" (The Kinks), "I Just Don't Know What To Do With Myself" (hit de Dusty Springfield nos anos 60), 'Oh-La-La" (The Faces), "Don't Let The Sun Catch You Crying" (que foi gravada pelo Gerry And the Pacemakers nos anos 60) e mais duas canções dos Beatles ("Across the Universe" e "Norwegian Wood"). Também tem "Wichita Lineman", clássica balada do cantor country Glenn Campbell.

Como a maioria das canções marcaram o período de sua infância e adolescência, não é difícil imaginar que tenham sido determinantes para sua formação como músico. Uma espécie de caminho musical das pedras, sob a forma de hits icônicos, que até hoje são venerados pelo público e crítica em geral.

Todas as canções ficaram sob medida para o vocal característico de Colin Hay, cujo timbre é logo reconhecido pelo ouvinte. Muito embora os arranjos tenham ficado próximos dos originais, Colin conseguiu dar algumas nuances diferentes com seu vocal. Um dos destaques é a balada "Many Rivers To Cross", do jamaicano Jimmy Cliff, que ganhou um arranjo bem suave, valorizando a bela melodia “I Just Don't Know What To Do With Myself”. Colin Hay presta um justo tributo a um período em que as canções conseguiam emocionar ouvintes, ainda que fizessem concessões comerciais.

"Oh La La"

"Wichita Lineman"

"Many Rivers to Cross"

.: Teatro Claro Rio recebe Adriana Calcanhotto nesta sexta-feira e sábado


Adriana Calcanhotto retorna aos palcos dias 20 e 21 de agosto no Teatro Claro Rio, em Copacabana. Apresentação acontece com capacidade reduzida em 40% da capacidade total de público. Foto: Leo Aversa

Depois de compor e gravar um disco inteiro (“Só” - 2020) confinada em casa com colaboradores em diversas cidades do Brasil, Adriana Calcanhotto fará seu retorno aos palcos em shows voz e violão no Teatro Claro Rio, em Copacabana, nos dias 20 e 21 de agosto, às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos pela Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/68327/d/103764).

Adriana dará uma prévia da tour que está agendada para acontecer no ano que vem, 2022, nos Estados Unidos e Europa. A primeira etapa, que seria realizada em setembro de 2021 nos Estados Unidos, acaba de ser adiada por questões sanitárias em decorrência da pandemia.

“Os shows que farei no Teatro Claro Rio, foram marcados como quatro shows pré-tour americana porque não resisti ao convite da casa, uma das salas onde mais amo cantar, o antigo Teatro Tereza Raquel, no coração de Copacabana. Com o adiamento, os Estados Unidos ficam pra depois e os quatro shows de agosto no Rio não serão mais prés, serão o presente”, conta Adriana.

Entre as músicas que farão parte do repertório estão faixas que marcaram sua carreira, além de “Veneno Bom” — que foi a composição premiada com Menção Honrosa no International Songwriting Competition (ISC) deste ano,  “Flor Encarnada” e algumas canções inéditas. Cenário assinado por Mana Bernardes, figurino Linho 1 e iluminação por Gabriel Marques.

Serviço:
Adriana Calcanhotto | Voz e Violão
Local:
Teatro Claro Rio – Rua Siqueira Campos, 143 – 2º piso – Copacabana | Data: 20 (sexta-feira) e 21 (sábado) de agosto | Horário: 20h | Ingressos: entre R$ 50 e R$ 120  | Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/68327/d/103764 | Capacidade: 263 lugares (capacidade em 40%) | Classificação: 12 anos



quinta-feira, 19 de agosto de 2021

.: Entrevista: Renata Ceribelli, o delicioso Brigadeirão do "The Masked Singer"


Consagrada no jornalista, a repórter do "Fantástico" surpreendeu a todos ao ser desmascarada. Foto: Globo/Kelly Fuzaro

Na segunda noite de apresentações do "The Masked Singer Brasil", foi a vez do Brigadeirão ser desmascarado. Surpreendendo a todos, a jornalista Renata Ceribelli encantou o público com toda sua elegância e desenvoltura cantando "Chocolate", de Marisa Monte. “Eu adorei que ninguém acertou! Isso foi o mais legal! Eu sabia que a primeira pessoa que me veria seria a Ivete, então eu abaixei a cabeça para demorar para ela ver, porque eu já tinha a entrevistado para o ‘Fantástico’. E quem me conhece sabe que seria fácil eu topar uma brincadeira dessas. Quem me conhece como repórter, talvez não imagine. Essa foi mais uma aventura da minha vida”, brinca Renata. 

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil e tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção artística de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). Com apresentação de Ivete Sangalo, com Camilla de Lucas nos bastidores, o reality vai ao ar às terças-feiras na TV Globo, após Império, e também é exibido no Multishow, às quartas-feiras. Nesta entrevista, Renata Ceribelli conta como foi a experiência de participar do reality show.


Você é uma jornalista que estamos acostumados a ver na frente das câmeras, é uma voz conhecida. Conta um pouco da experiência de participar do "The Masked Singer Brasil"?
Renata Ceribelli -
Foi um parque de diversões para uma jornalista. Mas foi cheio de desafios. Tive uma preparação vocal e eu nunca tinha tido essa experiência, foi uma coisa de aprender a usar cada vogal e onde cada uma delas devia vibrar e em qual parte da boca. E esse trabalho em cima da música foi muito interessante. Eu jamais imaginei que fosse conseguir. Quando cheguei no estúdio pela primeira vez fiquei muito tímida, mas ai foram me descontraindo e no final eu já estava me sentindo uma cantora profissional. Então, ao mesmo tempo que foi muito divertido, foi desafiador. Na dança eu fiquei muito livre porque a coreógrafa me falou para eu me sentir um brigadeiro (risos). 

 
Como foi vestir a fantasia pela primeira vez?
Renata Ceribelli - 
Foi bem diferente! A fantasia é leve e maleável, então a questão era só me equilibrar ali dentro porque ela é grande. Eu enxergava entre os olhos e a boca, como se fosse no lugar do nariz. Tinha que me sentir um brigadeiro mesmo.  


Como é ver todo mundo e não ser visto? E ver as pessoas chutando nomes diferentes do seu?
Renata Ceribelli - 
É muito legal! Eu acho que não ser vista me deu mais coragem para subir naquele palco e dançar. É uma experiência bacana, ser um personagem era muito interessante. Qual o meu personagem? Um brigadeiro. (risos).  


Como foi ser desmascarado e ver a reação do público? Ninguém esperava que você estaria ali. 
Renata Ceribelli - 
Eu adorei que ninguém acertou! Isso foi o mais legal! Eu sabia que a primeira pessoa que me veria seria a Ivete, então abaixei a cabeça para demorar para ela ver, porque eu já tinha feito a entrevista pro "Fantástico". Ai ela lançou um: "Sua falsiane" (risos). Ela é maravilhosa! E aquele é o momento da grande brincadeira, o bacana desse reality é que o momento de tirar a máscara. Eu fiquei bem contente que ninguém adivinhou. Na repercussão nas redes, ninguém acreditou. É que quem me conhece sabe que seria fácil eu topar uma brincadeira dessas. Mas quem me vê como repórter, talvez não imagine. Essa foi mais uma aventura da minha vida.  


"Será que teremos Renata Ceribelli dentro de uma máscara?". Foi o que Ivete disse na primeira entrevista sobre o programa. Nessa reportagem, você já sabia que seria uma mascarada? 
Renata Ceribelli - Na entrevista eu ainda não sabia que seria uma mascarada. Nem eu, nem Ivete poderíamos imaginar. A produtora me ligou dizendo que eu tinha ficado no radar desde a entrevista com a Ivete. Quando me convidaram, falei: “Vocês estão de sacanagem comigo? Eu não sei cantar”. E eles me tranquilizaram dizendo que eu teria uma preparação para as apresentações. E ai eu topei essa diversão!


Como foi esconder isso na redação?
Renata Ceribelli - 
Para redação, eu tirei férias. A minha agenda do "Fantástico" não me permitiria fazer toda preparação para o programa. Montamos uma estratégia para eu tirar férias e poder participar do programa. Mas, para cada um, eu inventei uma versão. Minha mãe começou a me ver em São Paulo o tempo todo e eu disse que estava fazendo um documentário para o Globoplay e para alguns amigos também. Tudo na minha cabeça estava armado, até a pauta eu tinha e já estava acreditando no meu documentário. Para os meus filhos, contei em cima do laço.

Como foi a reação dos seus amigos quando viram você na TV?
Renata Ceribelli - 
Eles amaram, mas quem amou mesmo foi minha mãe. E ela se divertiu muito. No grupo da família bombou também, meu sobrinho Luca viu uma tia saindo de um brigadeiro. Foi sensacional! 

E entrando no bolão, tem suspeita de quem sejam os outros participantes?
Renata Ceribelli - 
Eu sou muito ruim disso! E a gente não tem ideia de quem são os outros participantes. Mas eu tenho alguns palpites: acho que a Onça Pintada pode ser o Seu Jorge e o Jacaré, acredito que possa ser a Mart’nália


.: Diário de uma boneca de plástico: 19 de agosto de 2021

Querido diário,

Lá se foi o ator Tarcísio Meira, brilhante e de uma voz tão poderosa que tomava conta do teatro nas apresentações. Eu posso dizer com todas as letras que eu tive a honra e prazer de vê-lo em cena. Sim! Pude assistí-lo no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, no espetáculo "O Camareiro" ao lado do também ator Kiko Mascarenhas

Aquela foi uma experiência completamente marcante que levarei comigo até fim da minha vida... Foi maravilhoso estar naquele lugar e ser presenteada com meu maridão bem do meu ladinho. Nós dois nos deleitamos no show de atuação daquele baita homem. Ok, o meu Auden é três centímetros mais alto que ele era, mas Tarcísio Meira parecia muito mais grandalhão com as vestimentas em cena, aquele vozeirão de arrepiar e prender a atenção de todos os presentes.

Ele faleceu no dia 12 de agosto, em decorrência de contaminação por Covid-19, uma vez que também estava em idade avançada e debilitado por outros problemas de saúde.

Numa "homenagem", o Globoplay abriu com gratuidade, algumas obras em que ele brilhou e, entre elas, está a novela "Roda de Fogo". Claro que estou tentando maratonar esse novelão maravilhoso. O rumo da trama fica cada vez mais rico a cada capítulo. O que dizer dos diálogos?! Sensacionais! Fora que é impressionante ver como a história é cíclica.

Tarcísio Meira é Renato Villar um homem de negócios que de tão influente e mesmo sem ser candidato, já é chamado de presidente. Obviamente que, cheio da grana e tendo o rei na barriga, é uma pessoa extremamente cruel a ponto de fazer o filho que teve com outra mulher ser registrado no nome dos avós. 

Assim, temos Felipe Camargo, interpretando Pedro, um rapaz beldade que vive com um taco de golfe para cima e para baixo causando confusão. Na pele de mocinha está a belíssima Bruna Lombardi como Lúcia Brandão... E pelo o que soube pelo maridão, aqui em casa, ela é par de Renato que deixará de ser vilão. Uaaaau! Adoro reviravoltas!!

Não faço ideia do que irá acontecer, mas já assisti 10 capítulos e estou amando demais!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

.: Livro sobre nudes: antropóloga aborda a exposição de mulheres na internet


A Lei Maria da Penha completou recentemente 15 anos e, desde sua promulgação, muita coisa mudou e foi incluída, como os crimes virtuais contra a mulher, inclusão essa ocorrida a setembro de 2018. Em cima dessa temática, trabalho o lançamento de um livro escrito pela antropóloga e pesquisadora da USP Beatriz Accioly Lins chamado "Caiu na Net: Nudes e Exposição de Mulheres na Internet", obra que decifra a prática que passeia entre o flerte e o crime.

Nele, a autora relata o aumento de denúncias em delegacias que envolvem chantagem, ameaça e até extorsão quanto ao vazamento de imagens íntimas. As mulheres são as principais vítimas e o livro nos conta, ainda, como o direito evoluiu para criar uma legislação que acompanhasse a evolução da tecnologia, em especial o que se relacional aos smartphones.

Pesquisa da FGV revela que o Brasil possui mais celulares que pessoas (234 e 211 milhões, respectivamente). Não há como, em 2021, escapar de uma foto, de uma filmagem ou de um flagra que, ao ser registrado, pode ganhar o mundo pela internet. 

Para entender o fluxo que uma foto íntima – o famoso "nude" – percorre entre o clique e a exposição, a doutora em antropologia e pesquisadora Beatriz Accioly Lins lança através da Editora Telha o livro “Caiu na Net: Nudes e exposição de mulheres na internet” em que o maior foco está na figura da mulher que sofre infinitamente mais com essa divulgação se comparada ao homem.

“ Após acompanhar, para minha tese de doutorado, a rotina dentro de duas delegadas de defesa da mulher, percebi o aumento dos registros de ameaças e chantagens ligados às novas tecnologias, principalmente o uso dos smartphones”, afirma Beatriz Accioly, autora do livro.

Beatriz conduz o leitor pela trilha dessas imagens vítimas de julgamentos morais, acusações e até perseguições. Sua pesquisa acompanhou ativistas, gestores públicos, juristas, jornalistas e pesquisadores a fim de elucidar as consequências desses atos e, também, como o direito pode zelar pelos direitos da vítima dessas divulgações criminosas. Nesses casos, o advento das redes sociais e da sociedade cada vez mais conectada, se torna um inimigo implacável que atua em prol de quem visa constranger, intimidar e até aliciar alguma mulher.

Para a autora de “Caiu na Net”, tais materiais ilustram sem sombra de dúvida a desigualdade e circunstancial violência de gênero que elas sofrem dentro dessa temática. Se para algumas mulheres o "nude" representa novas experiências de paquera e sedução, essa atitude pode vir a se reverter em chantagem quando aquela imagem deixa de ter um ou dois conhecedores e passa a ser acessada por milhares de pessoas, o que configura o chamado “vazamento”.

“ A tipificação penal em 2013, quando houve o ‘boom’ dos celulares no país, dificultava o trabalho da polícia. À época, pegamos emprestado o termo ‘pornografia de vingança’ da língua inglesa, na falta de termos uma nomenclatura nossa”, explica a autora. O julgamento que antes só se via em tribunais ganhou uma nova esfera: a cibernética. A pessoa que é exposta em sua intimidade nas redes sociais é taxada como sem valor e sofre um linchamento social muitas vezes pior que o veredito de uma ação de danos morais que possa ser movido contra o divulgador das fotos.

“Caiu na Net” é potente e esclarecedor. Mostra como, na sociedade atual, nada é muito simples no trânsito entre os prazeres e os perigos ou, nos bons termos da autora, entre o desejado e o nocivo. Você pode comprar "Caiu na Net: Nudes e Exposição de Mulheres na Internet", escrito por Edna Adan Ismail e  Wendy Holden, publicado pela editora Globo Livros, neste link.


Sobre a autora:
Beatriz Accioly Lins é antropóloga, doutora e mestra em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, além de Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS-USP). Desenvolve pesquisas sobre acesso a direitos, noções e percepções de justiça em se tratando de violência contra mulheres e suas interseções com marcadores sociais da diferença. É, ainda, autora do livro "A Lei nas Entrelinhas: a Lei Maria da Penha e o Trabalho Policial"; (Ed. Unifesp, 2018) e co-autora do livro "Diferentes, Não Desiguais: A Questão de Gênero na Escola"; (Reviravolta, 2016).


Ficha técnica
Livro: "Caiu na Net: Nudes e Exposição de Mulheres na Internet" | Autora: Beatriz Accioly Lins |  Editora: Telha | Páginas: 268 | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3gf1kwK.


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