quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

.: Resenha crítica da animação adulta "Festa da Salsicha"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2017



Uma animação de colorido vibrante e muita cantoria. Contudo, "Festa da Salsicha" não é, nem de longe, feita para o público infantil. Embora em "Pets - A vida secreta dos bichos", tenha um momento encantado numa fábrica de salsichas, na produção de Evan Goldberg e Seth Rogan -ator sempre envolvido em comédias-, a semelhança fica somente nisso. 

A verdade é que os itens expostos para venda no mercado Shopwell´s têm a sexualidade extremamente aflorada, além de línguas afiadas para falar sobre qualquer coisa e abertamente. Lá, todos sonham serem vendidos e, assim, chegarem ao Grande Além pelas mãos de seus deuses -os clientes do mercado. Todo dia, é preciso cantar direitinho uma música que serve como uma prece, pois nenhum deles quer ser jogado na lata de lixo pelo Lorde das Trevas -um funcionário do mercado. 

Como a vida não é um conto de fadas e, muito menos nessa animação politicamente incorreta, a salsicha Frank -do gênero masculino- e o pãozinho Brenda -do gênero feminino-, têm a preocupação de serem vendidos juntos. Caso contrário, seguir para o Grande Além sem formar um casal seria um pesadelo. 

No longa animado "Festa da Salsicha"animação adulta, o duplo sentido é 100% ousado, tanto que esse recurso é muitíssimo usado e abusado. As provocações seguem a cada cena, pois o diálogo direto é cheio de palavras de baixo calão pipocando em 1h 29 minutos de duração. A sensação é de que a animação foi preparada a partir de fluxos de pensamentos íntimos. Definitivamente, há de tudo: seja o ensaio para o ato sexual entre os protagonistas ou até mesmo a orgia totalmente explícita entre os alimentos. 



Não há como negar que "Festa da Salsicha" tem um lindíssimo colorido, canções encantadoras de Alan Menken -responsável por trilhas sonoras de sucesso de Walt Disney, como por exemplo, "A Bela e a Fera"e personagens fofinhos, tudo meigo até as "piadas" maliciosas estourarem na tela. Apesar de os itens de mercado não terem filtro na boca, vale a pena conferir a produção. Antes... Tirem as crianças da sala!


Filme: Festa da Salsicha (Sausage Party, EUA)

Direção: Conrad Vernon, Greg Tiernan
Canção original: The Great Beyond
Música composta por: Alan Menken, Christopher Lennertz
Gênero: Fantasia, Aventura 
Duração: 1h 29m
Data de lançamento: 11 de agosto de 2016 (Brasil)
Autores: Seth Rogen, Evan Goldberg


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



Trailer do filme


.: 2ª temporada de "Catfish" é confirmada. Veja como participar


A MTV acaba de confirmar a produção da 2ª temporada do reality show "Catfish Brasil". Os apresentadores Ciro Sales e Ricardo A. Gadelha voltam, em oito episódios inéditos, para desvendar os maiores mistérios dos relacionamentos que nasceram na internet – e de lá nunca saíram! As gravações começam em março e a estreia está prevista para o segundo semestre de 2017. Aos interessados em contar suas respectivas histórias na tentativa de participar do programa, as inscrições já estão abertas pelo site do canal: mtv.com.br/catfish-brasil.

“A primeira temporada teve grande repercussão. O brasileiro é um dos públicos mais intensos – também nas redes sociais – e este programa reflete o que muitos, muitos jovens enfrentam em suas vidas”, explica Tiago Worcman, vice-presidente sênior de programação e conteúdo da MTV na América Latina. “E por isso a MTV busca uma programação com a qual a audiência se identifique”.

Em cada episódio, Ciro e Ricardo mergulham em uma nova aventura para ajudar uma pessoa apaixonada a descobrir a verdade sobre seu parceiro. A ideia é investigar e ajudar quem pode ter sido enganado a desvendar mentiras e verdades sobre seu relacionamento online. 

“Ficamos muito impressionados com a quantidade e variedade das histórias que chegaram para nossa investigação na primeira temporada. Os jovens brasileiros, como jovens de outros países, também querem encontrar a verdade sobre seus relacionamentos virtuais. Nesta segunda temporada, as histórias serão ainda mais surpreendentes e iremos viajar o Brasil de ponta-a-ponta”, conta Damaris Valero, produtora executiva e diretora geral do programa.

Quem nunca desconfiou que estivesse sendo enganado pelo crush da internet, não é mesmo? A rede aproximou muito as pessoas, conectou quem vive em cidades diferentes, países diferentes. Com isso, vieram novas amizades, novas paixões e novas dúvidas... Principalmente porque, na maioria das vezes, fica muito difícil conhecer o outro ao vivo e em cores.

"Catfish" começou como um documentário, lançado em 2010, agradando tanto público quando crítica. Em 2012, virou reality show na MTV Americana: "Catfish - The TV Show". O termo "catfish" é muito utilizado na língua inglesa para designar pessoas que enganam outras na internet, postando fotos e informações falsas em mídias sociais.

Os apresentadores
Ciro Sales é um operário do teatro emprestado a outras áreas, como gosta de se definir. Baiano e com formação artística interdisciplinar, atua para além dos palcos e telas em produção e gestão da cultura. “A primeira temporada de 'Catfish Brasil' ampliou o meu olhar e conceitos sobre relacionamentos virtuais. Hoje, Ricardo e eu somos praticamente 'experts' em desvendar situações complicadas e ajudar as pessoas que estão com dúvidas sobre os seus parceiros online a encontrar respostas. Mas o aprendizado mais importante, em minha opinião, não foi o domínio das ferramentas de investigação ou o apuro da habilidade de stalkear, mas o desenvolvimento do olhar empático e compreensivo para com as pessoas que nos pedem ajuda", comenta Ciro. “Que bom ter agora a chance de continuar entregando a verdade às pessoas, ajudando-as a se libertar de relações que não as levam adiante, e inspirando-as a viver suas paixões às claras!", completa.

O ator Ricardo A. Gadelha é um multiartista: diretor, palhaço, brincante, professor... são algumas das facetas de Gadelha. "'Catfish Brasil' me ensina sobre ter coragem pra ser quem se é. Mediar o encontro entre duas pessoas conectadas pelo afeto, porém reféns de suas fragilidades, presas em relações estagnadas me faz redimensionar os relacionamentos virtuais e o papel deles na vida das pessoas. Tenho um carinho enorme por esta responsabilidade que compartilho com Ciro e um entusiasmo imenso em poder registrar tudo de tão pertinho com minha câmera, oferecendo um ponto de vista mais intimista”, explica Ricardo, que no programa também tem a função de operador de câmera e fotógrafo, registrando todas as jornadas.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

.: Série “A Garota do Calendário” já soma 270 mil exemplares vendidos

.: Série “A Garota do Calendário” já soma 270 mil exemplares vendidos. Em alta no Brasil, livros eróticos fazem sucesso entre as leitoras, viraram fenômeno em menos de um ano e permanecem na lista dos mais vendidos.

Influenciada por E.L. James e Sylvia Day, Audrey Carlan começou a escrever de forma independente. A série “A Garota do Calendário” veio da necessidade de produzir algo mais divertido, que fosse totalmente diferente do seu trabalho anterior. Surgia aí um fenômeno mundial. A grande visibilidade online chamou a atenção da editora Waterhouse Press, em 2015. O que já era sucesso nas plataformas digitais chegou rapidamente ao primeiro lugar na lista do The New York Times, alcançou a venda de mais de três milhões de exemplares nos Estados Unidos e foi comercializado para mais de 30 países, incluindo o Brasil.

“Janeiro”, livro que abre a série, foi lançado pela Verus em junho de 2016. De lá para cá, a saga de Mia vendeu cerca de 270 mil exemplares e virou febre entre as leitoras de romances adultos. Agora a editora lança o box da série. A sequência de “Julho” a “Dezembro” chega às livrarias no início de março.

O destaque de “A Garota do Calendário” é a protagonista: Mia é decidida, dona do seu próprio corpo e confiante, o que gera uma identificação com o público. A jovem precisa juntar um milhão de dólares para pagar a dívida que o pai, viciado em jogos, adquiriu com um agiota – que, aliás, é seu ex-namorado. A única solução parece ser trabalhar para a sua tia Millie, dona de uma agência de acompanhantes de luxo, na qual cada encontro pode render um cheque de até seis dígitos. A proposta é simples: Mia passará um mês na casa de cada cliente, disponível para o que for necessário. Sexo não está incluído, exceto se for consensual. Neste caso, o dinheiro vai diretamente para a conta de Mia. Desta forma, em um ano, ela poderá juntar a quantia necessária para salvar o pai. Ao confiar em sua jornada, Mia começa a se autoconhecer e percebe que não há nada de errado em fazer o que quer.

Audrey Carlan mora em algum lugar da Califórnia com seus dois filhos e o marido.  Ela esteve no Brasil durante a Bienal do Livro de São Paulo. Quando não está escrevendo, está dando aulas de yoga, bebendo um bom vinho com suas melhores amigas ou devorando um romance super apimentado.

.: Erick Jacquin ajuda restaurante de casal no “Pesadelo na Cozinha”


No episódio desta quinta-feira do "Pesadelo na Cozinha", Erick Jacquin vai ajudar o bar e restaurante Saia do Padre, que está à beira da falência. Além das condições financeiras, o chef terá que lidar com as crises de Elaine, dona do local, e enfrentar a resistência de Itamar, marido dela, quanto às mudanças no restaurante. Um verdadeiro teste de paciência para Jacquin.
      
"Pesadelo na Cozinha" é uma co-produção da Band com o Discovery Home & Health. O programa vai ao ar todas as quintas-feiras, às 22h30, na tela da Band (com transmissão simultânea no site do programa e no aplicativo da emissora para smartphones) e aos domingos, às 20h05, no Discovery Home & Health com reapresentações às sextas-feiras às 23h10. Saiba mais sobre o programa em www.band.com.br/PesadeloNaCozinha e siga as redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.



.: Resenha crítica de "O Chamado 3", a volta de Samara Morgan

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2017



A medonha menininha que surgiu em 2002, no longa "O Chamado", de Gore Verbinski, com a pavorosa mensagem "seven days" -"sete dias", na versão em português-, está de volta às salas de cinema em "O Chamado 3" (Rings). Embora Samara Morgan tenha dado uma trégua desde 2005, em "O Chamado 2", os anos de descanso apenas trouxeram novos personagens para lidar com o espírito vingativo que passou a agir de modo mais brando, mesmo matando -um e outro- sem um pingo de piedade.

Sem a jornalista Rachel (Naomi Watts) ou qualquer menção à personagem, a nova produção apresenta o casal de jovens namorados: Julia (Matilda Lutz) e Holt (Alex Roe). Desta vez, Julia é o nome que vai estar lado a lado de Samara. No entanto, os fãs da série "The Big Bang Theory", certamente vão se surpreender com a presença de John Mark Galecki. Nessa produção, o Leonard Hofstadter -o nerd protagonista da série TBBT- é o professor universitário de Ciências Gabriel.

Por não ser um jovenzinho, o professor recupera um aparelho de VHS e, entre os acervos encontrados há uma fita com um recadinho: "Watch me" (Assista-me). Assim, no estilo "Alice no País das Maravilhas" e "Jogos Mortais", o professor segue a frase no imperativo e roda a fita. Sim! É por Gabriel que Samara chega até a protagonista da trama. 

Eis que Julia fica encucada com o chá de sumiço do namorado Holt. Decidida, segue até a universidade, conhece os novos amigos do rapaz e descobre demais. Resultado: A mocinha mergulha no Projeto Samara, idealizado pelo professor Gabriel que estuda a existência da alma. O que é preciso fazer? Seguir o esquema em pirâmide: Cada um que assiste, precisa fazer uma cópia do vídeo e em sete dias encontrar um seguidor para fazer o mesmo ou Samara dará fim a quem não cumprir esse objetivo. 

Desta forma, o professor que descobriu sozinho a necessidade de repassar -aos alunos- tamanha presepada, espalha a lenda urbana de Samara. Ao descobrir que Holt se envolveu nisso, Julia se sacrifica para salvá-lo. Contudo, para a nova mocinha da trama, a cópia não é tão fácil de ser feita, pois há um "filme desconhecido dentro" do que já vimos -bastante- nos longas anteriores. 



Em "O Chamado 3", Samara consegue sair não somente da televisão -de espessura fina e de excelente resolução-, mas também de computadores portáteis e até celulares. A monstrinha rendeu-se à tecnologia. Tanto é que o vídeo que resulta na ligação dos "seven days" chega a ser viral. Pasmem! Contudo, os bons e inesperados sustos seguem o formato moderno do gênero terror e acabam sendo previsíveis.

O "senta que lá vem história" recorre ao passado para que as almas penadas ganhem mais força no enredo. Assim, surgem novas informações sobre o histórico da menina que sai do poço. A produção dirigida por F. Javier Gutiérrez, termina de apresentar a árvore genealógica de Samara, o que facilita a entender tanta maldade em uma criança. 

De fato, em "O Chamado 3" a carência da menina nunca compreendida, a torna muito menos implacável e, mais uma vez, amorosa com a mocinha da trama. Lembrando o comportamento inesperado com Rachel. Sim! Nessa sequência com jeitão de uma produção à parte, o espírito que sempre vagou com sede de vingança, é mais pacato do que nunca. Vale a pena conferir o longa no cinema? Com certeza! É sempre bom rever Samara, mesmo que em poucas cenas! 


Curiosidades:

* A franquia de terror começou com os filmes japoneses "Ringu" (1998) e "Ringu 2" (1999). Mais tarde, no país, veio o reboot "A Invocação 3D" (2012) e sua continuação, "Sadako 3D 2 "(2013).

* Nos Estados Unidos foi produzida a refilmagem "O Chamado" (2002) e a sua sequência "O Chamado 2" (2005), ambas estreladas por Naomi Watts, já "Rings" é o terceiro capítulo dessa franquia americana.

* Os filmes da franquia "O Chamado" deram origem à uma série e à uma história em quadrinhos.

A produção teve orçamento de US$ 33 milhões.



Filme: O Chamado 3 (Rings, EUA)
Elenco: Johnny Galecki, Zach Roerig, Alex Roe, Matilda Lutz, Adam C. Johnson, Adam Fristoe, Aimee Teegarden, Andrea Laing, Andrea Powell, Brandon Larracuente, Brice Anthony Heller, Chris Greene, Chris Russell, Chuck David Willis, Dave Blamy, Dawn Young-McDaniel, Drew Grey, Francis Dobrisky, Jeremy Harrison, Jill Jane Clements, Kati Akins, Kayli Carter, Laura Wiggins, Michael E. Sanders, NM Garcia, P. David Miller, Randall Taylor, Ricky Muse, Rose Bianco, Ryan Lewis, Surely Alvelo, Tommy O'Brien, Wing Liu
Gênero: Horror, Suspense / Thriller, Terror
Duração: 102 min.
Direção: F. Javier Gutiérrez
Roteiro: Akiva Goldsman, David Loucka, Jacob Aaron Estes
Estreia: 02/02/2017
Distribuidor:Paramount Pictures
Classificação: 14 anos


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



Sobre o Cinesystem Cinemas: Divertir, ensinar, documentar e entreter - este é o papel do cinema: uma das formas de expressão cultural das mais intensas e que desperta no público todo tipo de emoção. O cinema traz, através da sua história, uma grande responsabilidade, como propor a reflexão para pessoas ao redor de todo o mundo. A Rede Cinesystem Cinemas vai além e cria "um jeito novo de curtir cinema"!

O mercado cinematográfico brasileiro investe, ano a ano, para atender com excelência a uma demanda crescente de público, concentrando a exibição dos filmes em multiplex. É nesta ascendente que a empresa paranaense Cinesystem vem se posicionando, inovando e fazendo de seus cinemas um grande espetáculo, com máxima qualidade de som, imagem, conforto e segurança.

Quinta maior do Brasil em público e renda (segundo ranking Rentrak - dezembro de 2010), a Rede Cinesystem Cinemas foi eleita "Destaque Exibidor 2010" na 3ª edição do Prêmio ED - Exibidores e Distribuidores, uma iniciativa do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo - Seecesp.

A Rede é, hoje, uma das principais exibidoras do País graças a um agressivo plano de expansão iniciado em 2003 que a colocou, ao fechar o ano de 2010, na quinta posição do ranking nacional. Foram 6 milhões de ingressos vendidos em seis estados brasileiros, do Maranhão ao Rio Grande do Sul passando pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. 

Além disso, a Cinesystem investe pesado em tecnologia, sendo a primeira e única empresa a operar complexos 100% digitais no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e Paranaguá - PR.


CINESYSTEM PRAIA GRANDE, SÃO PAULO: Litoral Plaza Shopping - Av. Ayrton Senna da Silva, 1511 - Sítio do Campo, Praia Grande - SP, 11726-000


Trailer do filme "O Chamado 3"


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

.: A bolsa em formato de concha na onda do sereismo

O sereismo será tema da próxima novela das 21h, "A Força do Querer" e será moda em todo o país em alguns meses. A Lilica Ripilica traz na coleção de alto verão uma bolsa em formato de concha inspirada no universo lúdico marinho da família portal aquático. Revestida em material poliéster com acabamento em foil holográfico, a bolsa possui corrente dourada, bolsinho interno com zíper e assinatura da marca frontal um verdadeiro charme!

A bolsa concha é perfeita para looks cheios de estilo, uma dica é usar com um vestido azul e nos pés um calçado metalizado. Além de ser um ótimo acessório para as meninas compor as fantasias de carnaval e brincarem de sereias por um dia. Disponíveis nas lojas Lilica&Tigor e no e-commerce (www.amazingstore.com.br). 

Medidas: Atl.: 15cm, Larg.: 17cm.
Cor: Metalizado Holográfico.
Composição: 100% Poliéster.
Tamanhos: Único.
Preço: R$ 199,90

.: Escritor paquistanês Tariq Ali reflete sobre mundo contemporâneo


.: Escritor paquistanês Tariq Ali reflete sobre mundo contemporâneo em "Incertezas Críticas" na TV Brasil. Islamismo, crise financeira e nova ordem mundial são assuntos que pautam a entrevista.

Considerado um dos ativistas e escritores paquistaneses mais conhecidos atualmente, Tariq Ali vive em Londres e já escreveu romances históricos e diversos livros de crítica ao mundo contemporâneo. O convidado da segunda edição da série Incertezas Críticas fala sobre a crise financeira e a nova ordem mundial nesta quarta, 8 de fevereiro, às 21h30, na TV Brasil.

Durante a conversa conduzida pelo diretor Daniel Augusto, o autor aborda outras questões latente como o medo do islamismo. Tariq Ali também discute temas relacionados à literatura e à situação brasileira na atração produzida pela Grifa Filmes.

"Acho que a crise financeira expos ao mundo o fato de que o capitalismo, mesmo sem ter inimigos, mesmo sozinho, é um sistema com muitas falhas e profundamente corrupto", destaca o escritor na abertura da entrevista. "Era um sistema baseado na financeirização e no consumismo. Essa combinação não funciona mais", completa Tariq Ali.

"As pessoas estão sendo obrigadas a pensar novamente em alternativas. Por 30 anos, ninguém pensou em alternativas. Agora, tornou-se uma questão importante", salienta o autor.

Para Ali, a perspectiva econômica da política mundial deve ser repensada. "Na Europa hoje temos uma enorme crise porque essa forma de capital reduziu a política a uma única dimensão: atender às necessidades do capital", pontua o entrevistado que condena o sistema atual.

"Já descrevi isso como um 'centro extremo' no qual há a esquerda central e a direita central. Não importa quem chega ao poder pois fazem praticamente a mesma coisa. E qual alguém pisa fora desse centro, todos do establisment atacam: a mídia, os políticos. Esse é o mundo em que vivemos hoje", afirma.

Tariq Ali publicou mais de uma dezena de livros sobre história e política internacional, além de várias obas ficcionais. Um dos títulos mais recentes de sua produção literária são "Bush na Babilônia: a Recolonização do Iraque", "Confronto de Fundamentalismo", "Redenção" e "Mulher de Pedra".

Produzida pela Grifa Filmes, a série de televisão "Incertezas Críticas" faz uma reflexão sobre o mundo contemporâneo, na visão de alguns dos mais importantes intelectuais do tempo presente. Cada episódio recebe um pensador para uma entrevista exclusiva em sua residência ou escritório. O programa debate o mundo atual com personalidades como Noam Chomsky, Zygmunt Bauman, Alain Touraine, Richard Sennett, entre outros.

.: Marca de roupas propõe conceito diferente ao unir moda e cultura pop

A marca gaúcha Two Pizzas, lançada no final de 2016 por quatro amigos apaixonados pela cultura pop, apresenta ao mercado uma nova abordagem a esse universo.

Thiago Fernandes, Maria Eduarda Rubert, Anderson Borges e Henrique Almeida uniram suas paixões para investir em uma nova ideia: a de que seus clientes possam vestir o que gostam de assistir, ouvir ou ler.

Com modelagem própria, a marca lançou sua primeira coleção com onze modelos de camisetas e o conceito gráfico fazendo referências a seriados, com opções masculinas e femininas, além da variedade de cores.

O filme Two Pizzas Time (​​ twopizzas.com.br/twopizzastime) retrata a relação de um grupo de seis amigos em um momento de descontração e carinho. Qualquer referência a um dos seriados de maior sucesso da história não são mera coincidência.

 Para aqueles que acompanham o calendário das séries, fica a dica para seguir a Two Pizzas nas redes sociais, pois a ideia da marca é acompanhar os lançamentos dos principais estúdios e buscar séries consagradas que já chegaram ao seu final. As camisetas podem ser adquiridas online e com entrega em todo o Brasil.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

.: Grammy Awards 2017® será exibido pela TNT

A noite mais importante da música está chegando! O Grammy Awards 2017®, que a TNT exibe com exclusividade, acontece no dia 12 de fevereiro e terá shows de Adele, John Legend, The Weeknd, Daft Punk e Metallica, Bruno Mars, entre outros. 

A apresentação fica por conta do ator James Corden, famoso pelo quadro Carpool Karaoke e, a transmissão da TNT, a apresentação e os comentários ficam a cargo de Domingas Person e João Marcelo Bôscoli.

GRAMMY AWARDS 2017® – ao vivo, domingo, 12 de fevereiro, às 23h*
Com tradução simultânea e transmissão pela TNT Go
Reapresentação, segunda-feira, 13 de fevereiro, às 17h05*

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

.: MPB-4 comemora 50 anos com um álbum de inéditas

Por Luiz Gomes Otero, em fevereiro de 2017.

Com quase um ano de atraso (imperdoável, por sinal), ouvi o disco do grupo vocal MPB-4, que completou 50 anos de carreira com um ousado álbum de canções inéditas. Ousado, pelo fato de ser de canções que fogem do padrão que se vê e ouve por aí. É música de qualidade, feita para ser apreciada sem pressa e com calma.

O grupo conta com Aquiles e Miltinho da formação original, e mais Dalmo Medeiros e Paulo Malaguti Pauleira. Ruy Faria saiu em 2004 e Antonio Waghabi, o Magro, faleceu em 2012. Se houve mudança na formação, não houve qualquer alteração no padrão de qualidade. Miltinho e Paulo Malaguti assumiram os arranjos vocais, que ficavam antes a cargo de Magro Waghabi. E fizeram a lição de casa com louvor, por sinal.


Há de se ressaltar a produção musical do experiente e competente Gilson Peranzetta, que já trabalhou com vários outros artistas, incluindo Ivan Lins. Impecável.

Escolhidas a dedo pelos integrantes, as canções confirmam a genialidade do grupo. Formam uma colcha de retalhos sonoros muito bem construídos. Navegam pelo samba de "Harmonia" (parceria de Miltinho com Sirlan e Paulo Cesar Pinheiro) e redescobrem a obra dos gaúchos Kleiton e Kledir Ramil (na maravilhosa composição A Ilha) e do mestre Guinga (a irreverente "Brasileia", composta em parceria com Thiago Amud).


O samba envolvente de João Bosco e Francisco Bosco, chamado "Desossado", traz na memória do ouvinte as lembranças dos grandes momentos do grupo dos anos 70. O mesmo vale para a igualmente ótima "Valsa do Baque Virado", de Mario Adnet e João Cavalcanti.

A composição de Dalmo Medeiros e Cacau Castro, "A Pipa e o Tempo", é de uma delicadeza ímpar. E nos vocais do MPB4, rende ainda mais, com certeza. A composição de Paulo Malaguti Pauleira, "A Voz na Distância", encerra a audição de forma brilhante. Foi dos versos dela que tiraram o título do disco, com muita justiça.


O CD "O Sonho, a Vida, a Roda Viva" pode ser adquirido em qualquer unidade do Sesc. Em Santos, eu comprei-o por R$ 20. Creio que vale a pena adquiri-lo e ouvir o que o MPB-4 tem para cantar. Hoje e sempre.





"A Ilha"


"Vira Virou" 

"A Lua"


Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.



.: Episódio de "Pesadelo na Cozinha" leva Jacquin à praça de guerra


Por Helder Miranda, em fevereiro de 2017.


Uma praça de guerra é o que sintetiza o estabelecimento visitado por Erick Jacquin no início do segundo episódio de "Pesadelo na Cozinha". "Najjah" significa "sucesso" em árabe. Mas para o restaurante que tem esse nome, localizado na zona norte de São Paulo, era justamente o contrário. 


Bastou Arthur, o proprietário, chamar Jacquin, o chef francês do "MasterChef" que vem brilhando como "a Super Nanny dos restaurantes" para a situação se tornar um verdadeiro inferno. E isso é só o começo do segundo episódio do reality show, que nada mais é do que um spin-off não-declarado do programa de mais audiência da Band. "Pesadelo", no entanto, vem contando histórias de superação em meio a bastidores bem barra-pesadas.


Aliás, sempre que os bastidores desses locais são mostrados, eu gosto cada vez mais de minha cozinha, e do modo em que a comida na minha casa é preparado. Jacquin encontra o restaurante aos pedaços, com os funcionários em pé de guerra, equipe desleixada e pouco asseada, e muitos pontos a menos na culinária, na higiene e até no atendimento. 


A impressão que foi transmitida, pelo que foi mostrado na TV, é que os funcionários são escolhidos porque aceitam ganhar pouco e estão ali apenas até encontrar algo melhor. Mineiro, o cozinheiro sem dente na frente, dá a impressão de que as condições que são dadas aos profissionais que ali trabalham é menos do possível para alguém viver com o mínimo de dignidade. No entanto, ele é o mais doce, humilde e fácil de lidar. Fosse outro, diante aos gritos de Jacquin, teria perdido a cabeça.


Youssef, refugiado sírio de guerra, pelo contrário. É desrespeitoso, indisciplinado, insubordinado e mimado. Parece ter uma raiva difícil de decifrar, e pareceu ser o mal do restaurante. Se a Band for esperta, recicla esse rapaz para a quarta temporada do "MasterChef" brasileiro. Mas, no que demonstrou em "Pesadelo", Youssef não teve uma postura aceitável com Jacquin, falando manso na frente dele e mostrando o dedo do meio quando ele virava as costas. Para dizer o mínimo, Youssef não aceita críticas e, geralmente, está errado.


Sem contar que todos, até a mãe piedosa do proprietário, com pena do filho, levaram tudo para o lado pessoal. "Pede para sair", gritou Arthur, o proprietário, imitando o Capitão Nascimento de "Tropa de Elite". Depois, imitou o Hulk ao quebrar o chão, ou tradições milenares como a cigana e a grega, um caos total. A raiva contida era tanta, que Jacquin o levou para treinar jiu-jitsu com profissionais para que o explosivo rapaz colocasse para fora de alguma maneira. No final, muito agradecido, tatuou o nome do chef francês, arrancando uma lágrima dele. "Ninguém nunca fez isso", disse ele, emocionado.


Claro que o roteiro de "volta por cima" é seguido à risca. Mas, para levar uma consultoria gratuita e a reforma no restaurante, paga-se um preço alto. Afinal, nenhum almoço, ou jantar, vem de graça.




Sobre o crítico
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

.: Resenha crítica do sensível "Estrelas além do tempo"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2017



"Estrelas Além do Tempo" (Hidden Figures) é mais do que uma aula de história sobre os Estados Unidos nos anos 60 e a marcante segregação das raças. O longa dirigido por Theodore Melfi retrata acontecimentos importantes como a corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, o nascimento do gigantesco computador IBM e a, aparente eterna, luta para as mulheres trabalharem -e até terem a chance de estudar- em postos dominados -tão exclusivamente- por homens -de pele branca. 

Contudo, é no auge da corrida espacial que uma equipe de cientistas da NASA, composta somente por mulheres afro-americanas, vira a mesa sendo o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos contra a Rússia. Assim, a história das três amigas Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), torna a trama mais emocionante. Em postos diferentes, elas vencem as batalhas e tornam-se heroínas da nação.


A produção, que é uma adaptação do livro de Margot Lee Shetterly, traz muitas carinhas conhecidas pelo público, seja Taraji (a protagonista Cookie Lyon, de "Empire"), Kirsten Dunst (a menina que foi mordida por Brad Pitt em "Entrevista com Vampiro" e cresceu), Jim Parsons (Sheldon Cooper, de "The Big Bang Theory"), Glen Powell (Chad, de "Scream Queens") e até Kevin Costner (eterno "Dança com Lobos" e "Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões"). 

Entretanto, "Estrelas Além do Tempo" põe os atores diretamente fora de suas caixinhas. Aqui, Taraji na pele de Katherine não lembra a mulher de fibra que adora barraquear e gritar em "Empire", é praticamente o oposto. A inteligente mulher dos cálculos sabe se impor enquanto age com muita doçura. Como não se emocionar com o desabafo acalorado ao chefe Al Harrison (Kevin Costner) a respeito do andar até o banheiro de negros, que fica fora do prédio em que trabalha. De fato, "Colored Ladies Room" é somente uma placa, mas com uma simbologia imensa.


Contudo, Glen Powell mostra o quão versátil consegue ser ao dar vida ao astronauta John Glenn. Do bobão Chad de "Scream Queens" e Finnegan de "Jovens Loucos e mais Rebeldes", ele vai além nessa produção. Até lembra os pilotos inesquecíveis retratados nos clássicos "Top Gun: Ases Indomáveis", "Armagedom" e "Pearl Harbor". Já a cantora Janelle Monáe, do sucesso "Tightrope", deixa claro que sabe atuar e ter ares de uma mulher dos anos 60 ao interpretar a engenheira Mary Jackson.

Octavia Spencer brilha na pele da matemática Dorothy, especialista em computação e programação, mas não deixa de lembrar a força da personagem Minny em "Histórias Cruzadas" e a sentença inesquecível: "Eat my shit!". Sim! Seria cabível dar uma torta desse tipo para a esnobe Vivian Michael (Kirsten Dunst). Dorothy é a mulher que luta, aprende, ensina e defende o seu grupo de trabalho. É uma perfeita chefe, tem conhecimento para estar à frente de um grupo, logo não se sente ameaçada. O que é bastante diferente para Paul Sttaford (Jim Parsons).

Parsons chama a atenção na pele de Sttaford. O asco dele em trabalhar com uma mulher e ainda negra extrapola nas cenas com Katherine. A cada puxada de tapete dada na dominadora dos números, a irritação aumenta. Dá até vontade de entrar no filme e estapeá-lo. Não há nada do irritantemente inteligente e hilário Sheldon Cooper. Bom trabalho do ator.

É do salto alto que entra no chão de grades ao simples direito de estudar. "Estrelas Além do Tempo" não é somente sobre a segregação entre negros e brancos, mas também sobre a evolução da mulher e o direito em trabalhar, ter uma família e estudar. Não há dúvida de que as conquistas delas, nos anos 60, refletem nos dias atuais. Por outro lado, é preciso ter mais visão para que a humanidade não sofra um medonho retrocesso, pois é preciso que figuras como essas não sejam escondidas!


Curiosidades:

* A situação banheiros não foi vivenciada por Katherine Johnson, interpretada por Taraji P. Henson, mas por Mary Jackson, personagem de Janelle Monáe, que se recusou a utilizar os banheiros segregados. 

Uma das discriminações sofridas por Katherine em trabalho foi a exigência de que ela utilizasse um pote de café separado. Na área de café do escritório, o material é da marca "Chock Full o'Nuts". Marca importante no contexto histórico, pois em 1957, a empresa foi uma das primeiras grandes corporações de Nova York a contratar um executivo negro como vice-presidente corporativo.

* Na cena em que Paul Stafford (Jim Parsons) fala com os engenheiros da NASA, no meio da multidão está Mark Armstrong, filho do astronauta Neil Armstrong. Ele foi convidado por Ken Strunk para aparecer na cena e se juntou aos outros atores que representam os engenheiros da NASA.

* A casa de Dorothy Vaughn na trama é histórica. Localizada em Atlanta, no local, Ralph Abernathy e Martin Luther King Jr. já se encontraram.

* Octavia Spencer e Jim Parsons já trabalharam juntos no episódio "The Euclid Alternative" do seriado de comédia americano The Big Bang Theory (2007).

Octavia Spencer e Kevin Costner também trabalharam juntos em "Preto e Branco" (2014)

* Mahershala Ali e Janelle Monáe trabalharam em "Moonlight: Sob a Luz do Luar" (2016).



Filme: Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures, EUA)
Gênero: Drama/Comédia dramática 
Diretor: Theodore Melfi
Duração: 2h 07m
Elenco: Taraji P. Henson (Katherine Johnson), Octavia Spencer (Dorothy Vaughn), Janelle Monáe (Mary Jackson), Jim Parsons, Kirsten Dunst, Kevin Costner, Glen Powell entre outros
Ano: 2016

Música composta por: Pharrell Williams, Hans Zimmer, Benjamin Wallfisch
Data de lançamento: 2 de fevereiro de 2017 (Brasil)


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer do filme

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