segunda-feira, 16 de setembro de 2019

.: "Um Certo Canto Brasileiro", de Anselmo Zolla, com a Studio3

Após o sucesso absoluto no MASP Auditório, o espetáculo faz única apresentação, dia 20 de setembro, no mesmo local, com ingressos a
preços populares

A Studio3 Cia. de Dança, companhia brasileira de dança que tem representado o país no mundo todo em eventos significativos no cenário da dança, em cidades como Milão, na Itália, Paris, Lyon e Biarritz, na França, Regensburg, na Alemanha, Lisboa e Porto, em Portugal, e também nos palcos do Brasil, reestreia o espetáculo "Um Certo Canto Brasileiro", de Anselmo Zolla, em mais uma parceria com o MASP.

O público irá "viajar" no tempo e no espaço com "Um Certo Canto Brasileiro" e se identificar de imediato com as músicas, dos anos 30 aos 80, que marcaram várias épocas e gerações. O idealizador do espetáculo, Anselmo Zolla, e o diretor musical, Felipe Venancio, apresentam canções populares brasileiras, atemporais e imortalizadas por suas letras e interpretações. 

A vida da gente é um filme repleto de lembranças em que a música faz a nossa trilha. Através da dança e do som, a plateia irá se emocionar com as pérolas brasileiras que foram resgatadas. As coreografias muito entrosadas com a música faz com que os espectadores sintam vontade de dançar e fazer parte da montagem. É um universo muito nosso, rico, que vai trazer à tona uma memória afetiva.

No palco estão presentes as vozes únicas de Caetano Veloso, Tim Maia, Maysa Matarazzo, Chico Buarque, Roberto Carlos, Bethânia, Cartola, Elizeth Cardoso, Angela Maria, Jamelão, Milton Nascimento, Tom e Elis. É um reencontro com os grandes cantores.

Outro destaque do espetáculo é o belo cenário todo feito em papelão ondulado produzido pela Klabin, assinado por Antônio S. Lemes. Se vivemos num mundo onde nos preocupamos com o meio ambiente e a reciclagem dos objetos, é necessário que o espaço cênico das grandes montagens acompanhe esse tendência ecológica.

Sobre a Studio3 Cia. de Dança
A criação da Studio3 Cia. de Dança representa a consolidação de um trabalho artístico cuidadosamente preparado pelo seu coreógrafo e diretor artístico Anselmo Zolla, sob a direção geral de Evelyn Baruque. Criada em 2005, a companhia hoje conta com 18 intérpretes em seu elenco, provenientes de diversas formações e origens profissionais.



Sobre Anselmo Zolla
Anselmo Zolla atuou como bailarino nos teatros alemães de Kaiserslautern e Wiesbaden. No exterior, onde permaneceu por oito anos, ele criou obras para as companhias Azet Dance Company, Teatro de Heidelberg, Teatro de Mannheim e Teatro de Kaiserslautern. No Brasil, trabalhou ao lado de Deborah Colker e também no Balé da Cidade de São Paulo e na Quasar Cia. de Dança. Atualmente é diretor artístico da Studio3 Cia. de Dança.

Ficha Técnica
"Um Certo Canto Brasileiro"
Com a Studio3 Cia. de Dança e a bailarina Vera Lafer
Ideia e direção coreográfica: Anselmo Zolla
Coreógrafia: Anselmo Zolla e elenco de intérpretes criadores
Ensaiador e assistente de coreografia: Gustavo Lopes
Direção Musical: Felipe Venancio
Cenografia: Móveis em papelão ondulado – Antônio S. Lemes/ Klabin Embalagens
Desenho de Luz: Joyce Drummond
Relações Públicas/ Convidados: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho

Serviço
"Um Certo Canto Brasileiro"
Local: MASP Auditório
Endereço: Av. Paulista, nº 1578, Cerqueira César, São Paulo, SP
Data e horário: sexta-feira, 20 de setembro, às 20h
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)

Venda pela Internet:
https://masp.byinti.com/#/ticket/eventInformation/7EWAQyBfwWzXd-O4KCnD
Telefone: (11) 3149-5959
Horário da bilheteria: terça a domingo, das 10h às 17h30. Quinta-feira, das 10h às 19h30.
Em dias de espetáculo, a bilheteria funcionará até o horário de início da apresentação.
Cartões: todos
Estação de metrô próxima: Trianon-Masp
Indicação etária: livre
Duração: 60 minutos
Capacidade de público por sessão: 374 pessoas
Crédito das fotos: Renan Livi

.: Primavera Editorial lança "Uma Mulher Não É Um Homem", de Etaf Rum


Primeiro romance de Etaf Rum, "Uma Mulher não É Um Homem" aborda a devastadora estrutura doméstica e a opressão das mulheres na cultura palestina. A autora, norte-americana de origem árabe, toma por base as próprias experiências para construir uma história multigeracional sobre a realidade feminina dentro de uma estrutura patriarcal. 

A narrativa traz, ainda, a jornada de uma jovem mulher que desafia o caminho limitado legado a gerações para reivindicar uma existência traçada com base em sua própria vontade. O best-seller do New York Times, lançado no Brasil pela Primavera Editorial, foi publicado originalmente nos Estados Unidos pela HarperCollins.

“Você nunca ouviu essa história antes. Não importa quantos livros tenha lido, quantas histórias conheça, pode acreditar: ninguém nunca contou uma história assim. Lá de onde eu venho, nós guardamos essas histórias conosco. Contá-las para alguém de fora é inédito, perigoso e a maior das desonras.” A frase, uma das primeiras do livro, revela o tom do romance Etaf Rum, que examina três gerações de mulheres de origem palestina, residindo nos Estados Unidos, em uma saga familiar multigeracional. 

Centrado nas mulheres de três gerações - Deya, Isra e Fareeda -, o romance mergulha nos papeis e expectativas dessas mulheres que vivem em Nova York, no Brooklyn, mostrando como as ideias tradicionais e o feminismo moderno se entrelaçam, iluminando os desafios que imigrantes de primeira e segunda geração enfrentam.

O título é inspirado em uma frase misógina ouvida, repetidamente, por Etaf Rum. Proferida por familiares mais velhos, o dito surgia sempre que ela expressava o desejo de fazer as próprias escolhas; sempre quando se rebelava contra as diretrizes sociais da comunidade palestina. As personagens femininas, mesmo nos Estados Unidos, não contam com liberdade; o então sonho americano passa a ser realizado apenas pelos homens. 

O romance traz a perspectiva feminina, mostrando como a imigração para a América do Norte afeta essas mulheres. “Um dado importante é que não se refere à religião, mas à cultura patriarcal que leva estruturas de poder abusivas para dentro do casamento e da estrutura familiar. Essa distinção é importante para que a obra, em tempos de preconceito contra o Islamismo, não seja usada para reafirmar noções erradas”, afirma Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial.

Em entrevista, Etaf Rum – que se considera uma mulher mulçumana – comenta que teve receio em abordar o tema, porque sabe o quanto é um tabu na comunidade palestina; ressalta que esse, inclusive, é um desafio que as escritoras árabes frequentemente enfrentam. “Com esse romance, espero transmitir aos leitores, especialmente os que cresceram em circunstâncias semelhantes à narrativa e que foram ensinados que a vida das mulheres é mais limitada que a dos homens; quero reafirmar que essas são crenças tóxicas. Espero que as mulheres reconheçam e possam se libertar”, afirma. 

Ela acrescenta que, no início da trajetória como escritora, se censurava com medo de violar o código de silêncio da própria comunidade, fazendo-os parecer maldosos ou confirmando estereótipos. “Mas, o romance resultou em uma história empolgante, cuja prioridade era falar em nome de mulheres sem voz; falar que podem relatar as próprias histórias mesmo as mais desconfortáveis”, revela.

Na obra, Fareeda - avó e matriarca da família - está obcecada em manter a reputação da família após uma falha perigosa; Isra, a nora humilde e mãe de Deya, está presa em um casamento com um marido abusivo; a filha adolescente passa os dias tentando descobrir como obter uma educação, enquanto enfrenta reuniões familiares com pretendentes para um entrar em um casamento arranjado. Embora entrelaçadas na mesma narrativa, as três perspectivas mostram como diferentes gerações negociam o poder nas sociedades patriarcais.



Trechos do livro

Página 9
“(...) Nasci sem voz num dia frio e nublado no Brooklyn, em Nova York. Ninguém falava do que eu tinha. Só fui saber que era muda anos depois, quando abri a boca para dizer o que eu queria e percebi que ninguém podia me ouvir. Lá de onde eu venho, a falta de voz é parte do meu gênero, tão normal quanto os seios no tórax de uma mulher, e tão necessária quanto as gerações futuras que crescem dentro de seu ventre. Mas isso nunca será explícito, claro.”

Página 34
“(...) Deya lembrou-se do último pretendente que também havia retirado o pedido de casamento. Ele dissera aos avós que ela era muito insolente, muito questionadora, e que isso não era muito árabe. Mas o que os avós esperavam vindo para esse país?”

Página 109
“(...) Foi Fareeda que tivera a ideia de Isra não amamentar Deya. A amamentação impede a gravidez, e Adam queria um menino. Isra obedeceu sem resistir, misturando fórmula infantil nas mamadeiras sobre a pia da cozinha na esperança de reconquistar Fareeda.”

.: "Persona em Foco" terá Walcyr Carrasco, autor de "A Dona do Pedaço"


Na sexta-feira, dia 20 de setembro, o programa "Persona em Foco" presta homenagem a um dos principais autores da teledramaturgia brasileira: Walcyr Carrasco. Autor da atual novela das 21h na Rede Globo, "A Dona do Pedaço", ele é ganhador do Prêmio Emmy Internacional de 2016 pelo seriado "Verdades Secretas" e também é responsável por tramas que cativaram o espectador, como "Chocolate com Pimenta", "Xica da Silva" e "Alma Gêmea". 

No programa, Walcyr é entrevistado pelo ator Dionísio Neto e pela atriz Vera Mancini, que participaram de alguns de seus projetos para a televisão. Apresentado por Atílio Bari, o programa vai ao ar às 22h15, na TV Cultura e no aplicativo Cultura Digital.

domingo, 15 de setembro de 2019

.: Crítica de "Caros Ouvintes", espetáculo musical com resgate histórico


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2019


"Caros Ouvintes", espetáculo com texto e direção de Otávio Martins, é sem dúvida um resgate da história do Brasil, embora seja o recorte de um dia dos anos de chumbo. Em cartaz no Teatro Renaissance, de sexta a domingo, até o dia 29 de setembro, a montagem faz uso do bom humor, enquanto também é engajada e crítica, sem pesar a temática.

Antes de presenciarmos o palco escuro, um foco de luz se acender e Leonor Praxedes (Carol Bezerra) fazer uma entrada triunfante, nos minutos que antecedem o ingresso para a sala do espetáculo, a publicação "Caros Ouvintes - A Revista da Radionovela Brasileira"distribuída gratuitamente, contextualiza os espectadores para o que virá na comédia musical

Na capa da revista, o casal Conceição Neves (Natália Rodrigues) e Jonas Santinho, estrelas da emocionante radionovela "Espelhos da Paixão", indicam o rumo da trama. Jovens e bonitos, os dois são promessa para a televisão, tendo ela adotado o nome de Suzana Pascoal. No recheio da publicação, páginas 8 e 9, em formato de fotonovela, o público descobre que grandes segredos estão prestes a serem revelados na radionovela.

Logo, o espetáculo ambientado numa rádio, tem seus funcionários apresentados: o produtor da radionovela Vicente Martinho (Dalton Vigh), o locutor Wilson Nelson (Eduardo Semerjian), o sonoplasta Eurico Boa Vista (Alex Gruli), a atriz Ermelinda Penteado (Agnes Zuliani), o ex-galã Péricles Gonçalves (Léo Stefanini) e a cantora Leonor Praxedes (Carol Bezerra). 

Todos empenhados em terminar -com louvor- "Espelhos da Paixão"Sem qualquer informação a respeito da radionovela que substituirá o "sucesso", os atores preparam uma grande apresentação ao vivo com palco armado do lado de fora da rádio para a despedida do público. Mas a chegada do publicitário Vespúcio Neto (Fernando Pavão) agita mais os ânimos que já estão aguçados.

Em meio a discussões a respeito da ida de Conceição e Jonas para televisão, os atores descobrem que o patrocinador -sabonetes Carizia- passará a produzir telenovelas. Para piorar, o futuro galã de televisão, intérprete do protagonista e antagonista de "Espelhos da Paixão" some preocupando o perfilado produtor da radionovela Vicente (Dalton Vigh). Este, por sua vez, tem outros problemas a serem resolvidos, como por exemplo, o caso amoroso que mantém fora do casamento com Conceição, que está prestes a romper com ele e seguir para o meio televisivo.

A comicidade que suaviza a trama fica a cargo do profissional de sonoplastia Eurico (Alex Gruli), com contribuições generosas do locutor Wilson (Eduardo Semerjian), o ex-galã Péricles Gonçalves (Léo Stefanini), a dúbia Ermelinda Penteado (Agnes Zuliani) e da cantora decadente, chegada numa bebida, Leonor Praxedes (Carol Bezerra). Em perfeita sintonia, no palco, o quinteto dá o tom certo de cada brincadeira do texto. 

Alex Gruli, passa certa dose de inocência para o personagem Eurico e reforça o talento de fazer o público rir, atuando tal qual um homem da época, longe dos maneirismos do jogador de futebol, Cacau Bello, da peça "Divórcio". De voz sonora e marcante, está Eduardo Semerjian, no posto de um senhor distinto e discreto, embora o seu segredo seja bem conhecido por seus companheiros de trabalho. Atuação maravilhosa e bem diferente do professor Salvador de "As Aventuras de Poliana", novela do SBT.

Léo Stefanini, apresenta um Péricles no grande estilo Nelson Gonçalves de ser, não somente pelo mesmo sobrenome, a impostação de voz, mas por todas as vezes que ele anuncia aos outros ser primo do cantor. Assim, coroa a excelente atuação, Stefanini fazendo o público rir muito ao assumir três papéis em "Espelhos da Paixão": Padre Pontes e os gêmeos Aquiles e Átila, um bom e outro mau. 

Agnes Zuliani que defende a personagem Ermerlinda Penteado diverte, enquanto divide os sentimentos do público. Por vezes é detestável e outras comove expondo seu pensamento questionável sobre o certo e o errado. É a perfeita tia que adora uma fofoca e coloca defeitos nos outros. Além de fazer graça, na pele de Leonor Praxedes, a grande voz dos jingles nos comerciais de "Espelhos da Paixão", Carol Bezerra mais uma vez dá um show. Assim, ela entrega a árdua missão de ouvir sua voz sem emocionar a cada um ali presente. Impossível!

Já Natália Rodrigues interpreta uma Conceição Neves, futura atriz de televisão, Suzana Pascoal, com um toque leviano e que sabe aproveitar as oportunidades que a juventude lhe proporciona. Conhecida por conta da radionovela "Espelhos da Paixão", tem como objetivo maior ser famosa na televisão, ou seja, mudar de cidade e terminar a relação com Vicente Martinho. É impagável a voz da mocinha que interpreta Maria Isabel na radionovela! E como toda mocinha com pouco bom senso, a bela atrai um homem nada digno. No caso, o arrogante Vespúcio Neto, de Fernando Pavão. Ator que prova versatilidade ao interpretar um personagem cheio de nuances e índole duvidosa.

Contudo, o Vicente de Dalton Vigh assume uma postura íntegra, embora, em casa, esteja longe de ser um marido exemplar. Com a dignidade que lhe resta, tal qual um maestro, é quem se empenha em manter todos os perfis conturbados na mesma barca, mesmo com um naufrágio iminente. É ao entrar em substituição na radionovela que Vigh apresenta muita habilidade em divertir. Bem diferente do senhor Pendleton de "As Aventuras de Poliana", por exemplo.


Crédito: Heloisa Bortz

Além de trabalhar um momento marcante da história brasileira, outro ponto importante de "Caros Ouvintes" é a distinção dos personagens, que ao longo da narrativa se completam, tal qual em uma engrenagem. Com direito a segredos revelados que surpreendem e fazem a trama fluir de modo ágil. 

A caracterização dos atores, incluindo cabelos, perucas, maquiagens e vestimentas, são o toque perfeito para levar o público para dentro de uma rádio em plena ditadura militar. Em "Caros Ouvintes", inicialmente, as bombas das revelações estouram dentro da rádio, até que passam a estourar pelas ruas diante de toda tensão política da época. É um montagem impecável, portanto imperdível!

Premiações

Prêmio Shell

Melhor cenário: Marco Lima
Melhor Música: Ricardo Severo

Prêmio Arte Qualidade 2014 
Melhor direção: Otávio Martins
Melhor espetáculo: "Caros Ouvintes"

Prêmio Top Quality Brazil
Melhor atriz: Natállia Rodrigues

Prêmio Aplauso Brasil
Melhor figurino: Fábio Namatame

Prêmio R7 de teatro
Melhor figurino: Fábio Namatame

Melhores do ano 2014 Veja 
Melhores do ano 2014 Folha de S.Paulo

Ficha Técnica
Texto e Direção: Otávio Martins
Assistente de direção: Marcos Damigo
Elenco: Dalton Vigh, Agnes Zuliani , Alex Gruli, Natállia Rodrigues, Léo Stefanini, Fernando Pavão, Carol Bezerra, Eduardo Semerjian.
Cenário: Will Siqueira - a partir da cenografia desenvolvida por Marco Lima
Cenotécnica: Rafael Mesquita, Rafael Junqueira, Rafaelle Magalhães e Phelippe Lima.
Direção de arte: Fábio Almeida Prado
Música original: Ricardo Severo
Iluminação: Matheus Macedo
Figurino: Fábio Namatame
Fotos: Heloisa Bortz
Vídeo: Matheus Luz
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção: Adriana Grzyb, Léo Stefanini e Will Siqueira
Assistente de produção: Gabriela Fiorentino
Administração: Adriana Grzyb
Assistente administrativa: Márcia Oliani
Realização: Cora Produções Artísticas Ltda.

Serviço
"Caros Ouvintes", de Otávio Martins
Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233, Cerqueira César
Temporada: 2 de agosto a 29 de setembro, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 18h.
Ingressos: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)
Capacidade: 440 lugares
Bilheteria: (11) 3069-2286
Horário da bilheteria: quinta-feira, das 14h às 20h; Sexta, sábado e domingo, das 14h até o início do último espetáculo.
Vendas online: www.ingressorapido.com.br

Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Estreou dia 16 de agosto de 2014. 




*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Encerramento do espetáculo no Teatro Renaissance



.: Crítica de "Agosto" a peça que convoca o público para fazer um jogo da verdade

Fotos: Cláudia Ribeiro
Por Helder Moraes Miranda, em setembro de 2019.

Por mais estranho que pareça, assistir a peça teatral "Agosto" no mês de setembro (o espetáculo estreou no último dia 31) só mostra  que a história é atemporal. Escrito por Tracy Letts com direção e adaptação de André Paes Leme, o espetáculo está em cartaz até dia 29 de setembro no Teatro Porto Seguro.

Dos elementos da narrativa, sobressaem-se o espaço - representado pela casa escura de sempre janelas fechadas - e os personagens que movimentam a história como se estivessem guiados por uma fábula rodrigueana. Narradores participantes, eles cometem pecados, julgam e condenam uns aos outros sem a menor cerimônia: maltratar é consequência do ambiente insalubre em que vivem.

O tempo é o senhor e o elemento que está em todas as cenas de "Agosto". Em cada diálogo, ele está lá, à espreita, como um narrador onisciente. Esse personagem, que não tem uma fala, é tão presente que pode até ser tocado. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que se passa no íntimo das personagens, conhece as emoções e pensamentos, mas é capaz de desvendar, e entregar de bandeja ao público, quando menos se espera, os segredos de una família disfuncional.

É o tempo responsável por se encarregar de todos os enlaces e desenlaces nos 130 minutos de espetáculo. O tempo que construiu essa família é o mesmo que irá destruí-la. Na miríade deste tempo, físico, psicológico, orquestrado e tão abusivo quanto os personagens que rege e movimenta, reinam, absolutas, três mulheres de diferentes gerações: mãe, filha e neta. 

Violet Weston  (Guida Vianna) é a abelha rainha de uma teia que se move ao dispor de seus ditames. Com câncer na boca, algo que pode ser uma metáfora para a língua ferina da personagem, ela é um poço de mágoas mal resolvidas.  É  ela quem dá as cartas, sobretudo quando resolve falar as verdades empoeiradas que estavam varridas para baixo do tapete. 

Ódios velados, desprezos explícitos, divórcios secretos e até um incesto, nada passa incólume ao olhar repleto de maledicência e sagacidade da personagem. A Violet de Guida Vianna é puro deboche e não há nenhuma outra atriz que pudesse representá-la tão bem. Ao invés de unir essa família, ela separa e repele as filhas, e até o próprio marido, como um elemento desagregador que vai chegar ao cúmulo na cena final que faz com que o público saia destruído.


Letícia Isnard, com uma personagem tão intensa Barbara Fordhan, mostra-se uma surpresa para quem está habituado a vê-la em personagens mais leves na televisão. Ela se revela  um monstro sagrado do teatro, abençoada pelos deuses das artes cênicas, e fica tão gigante no palco que é ali que se tem a dimensão exata do talento dela.  É um caso perdido: o carisma e a a genialidade não cabem na tela da televisão, já que no palco ela transborda. Se todos tivessem a dimensão do quanto essa mulher é potente no teatro, Letícia Isnard seria reverenciada todos os dias, do momento em que acordasse até a hora de dormir. Se fosse uma atriz estrangeira, seria, inclusive, mundialmente conhecida.

Lorena Comparato também, uma mulher de 29 anos, faz com que o público acredite que ela é uma menina de 15 na pele de Jean Fordham. Essas três mulheres captam todos os olhares, mastigam o texto e jogam para o público algo entre o profano e o sublime. Algo que é eterno, mesmo que o tempo, matéria-prima do espetáculo, insista em apostar na efemeridade. Mas não se engane, nenhuma delas é santa, apenas personagens repletos de humanidade e vilanias.

Há outros destaques, como Claudia Ventura, a carismática atriz que empresta seu talento à personagem Karen Weston que é uma irmã doidivanas. Na apresentação que assistimos, Marianna Mac Niven, na pele de Ivy Weston, a irmã que abdicou da vida para cuidar dos pais, estava muito gripada e, com isso, quase sem voz. Mas até essa característica contribuiu para que a personagem se desenvolvesse como uma personagem sem voz ativa, incapaz de tomar as rédeas da própria vida, comprovando o talento indiscutível da atriz. 

Entre as coadjuvantes, Julia Schaeffer, como a contida índia que tem papel fundamental na resolução do desfecho, e a leveza contraditória de Eliane Costa no papel de Mattie Fae Aiken também fazem a diferença com as suas personagens antagônicas: enquanto uma é discreta, a outra é histriônica.

Com essa gama de personagens femininos tão fortes, o elenco masculino não deixa de ter a sua função. Mas há, nos homens de "Agosto", uma nítida inversão de papéis já que a peça, comandada por mulheres, mostra os homens como elementos frágeis, retratados com delicadeza pelo texto do autor.

O olhar para com o masculino é mais generoso para eles, que não tomam as rédeas da vida e lidam com as inseguranças da pior maneira possível, como, por exemplo, a sedução de mulheres mais novas. Isaac Bernat, Alexandre Dantas Cláudio Mendess e Guilherme Siman emprestam a própria dignidade a personagens quebrados e frágeis em um contexto em que a testosterona é das mulheres. 

"Agosto", com seus segredos, é um espetáculo que insiste em ser lembrado mesmo semanas depois de ser assistido. Em 2013, ganhadora dos principais prêmios nos Estados Unidos - Pulitzer e Tony -,a obra inspirou o longa-metragem "Álbum de Família" protagonizado por Meryl Streep e Julia Roberts, além de Ewan McGregor, Juliette Lewis, Sam Shepard e Benedict Cumberbatch. 

Esta primeira montagem no Brasil surgiu pelas mãos da produtora Maria Siman, da Primeira Página Produções, em parceria com Andrea Alves e Sarau Agência de Cultura Brasileira. Mas está terminando a temporada no Teatro Porto, por isso interessados em assistir a uma boa peça de teatro em São Paulo devem correr. Em outubro, a peça vai para Minas Gerais e retorna ao Rio de Janeiro para as últimas apresentações.

Falar que "Agosto" é um soco no estômago do espectador é cometer eufemismo - a maneira como ela atinge o público, que sai arrebatado, é muito mais do que isso. As relações humanas nunca foram tão longe, e com tanto excesso de velocidade, no teatro: todos querem uma catarse, mas nem todos são merecedores dela. 

Daí o tom de desafeto desde a primeira fala e a overdose de ressaca moral em que o espectador é submetido. Afinal, parafraseando Regina Duarte na célebre fala de outro espetáculo igualmente perturbador que trata sobre família, "O Leão no Inverno" (também apresentado no Teatro Porto Seguro": "Que família não tem seus problemas?".



"Agosto", de Tracy Letts
De 30 de agosto a 29 de setembro – Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 19h.
Classificação: 14 anos.
Duração: 130 minutos.
Gênero: comédia dramática.
Ingressos: R$ 80 plateia / Balcão e frisas R$ 70.

Ficha Técnica:
Texto: Tracy Letts. Tradução: Guilherme Siman. Direção e Adaptação: André Paes Leme. Elenco/personagens: Guida Vianna (Violet Weston), Letícia Isnard (Barbaraordhan), Alexandre Dantas (Steve Heidebrecht),  Claudia Ventura (Karen Weston), Cláudio Mendess (Charlie Aiken), Eliane Costa (Mattie FaeAiken), Guilherme Guilherme Siman (Charles Júnior), Isaac Bernat (Beverly Weston/Bill Fordham), Julia Schaeffer (Johnna Monevata),Lorena Comparato (Jean Fordham), Marianna Mac Niven (Ivy Weston). Diretor Assistente: Anderson Aragón. Cenografia: Carlos Alberto Nunes. Figurino: Patrícia Muniz. Iluminação: Renato Machado. Música: RiccoViana. Diretor Assistente: Anderson Aragón. Cenografia: Carlos Alberto Nunes. Figurino: Patrícia Muniz. Iluminação: Renato Machado. Música: Ricco Viana. Projeto Gráfico: Mais Programação Visual. Fotografia: Silvana Marques. Assessoria de Imprensa: ArtePlural. Produção Executiva: Felipe Valle. Direção de Produção: Andrea Alves e Maria Siman. Idealização e Coordenação Geral: Maria Siman. Realização: Primeira Página Produções.

Teatro Porto Seguro
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3226-7300.

Bilheteria: de terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e cinco cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: transporte gratuito Estação Luz – Teatro Porto Seguro – Estação Luz. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. Como pegar: na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro. Bicicletário – grátis.
Gemma Restaurante: terças a sextas-feiras das 11h às 17h; sábados das 11h às 18h e domingos das 11h às 16h. Happy hour quartas, quintas e sextas-feiras das 17h às 21h.

Vendas: tudus.com.br
Facebook: facebook.com/teatroporto
Instagram: @teatroporto


*Helder Moraes Miranda é bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando.



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.: "#Provocações": Luísa Sonza revela que tem medo de morrer jovem


A cantora Luísa Sonza é a convidada do programa "#Provocações" desta terça-feira, dia 17. Na edição, a cantora fala sobre depressão, machismo, envelhecimento e... likes. Dona de sucessos como "Pior do que Possa Imaginar", "Devagarinho" e "Boa Menina", Luísa, de apenas 21 anos, nasceu no Rio Grande do Sul e vem conquistando o Brasil com sua música. 

Quando perguntada por Marcelo Tas sobre o seu maior medo, ela responde: “Medo? Eu tenho - nossa odeio falar isso, porque eu tenho medo que aconteça - mas eu tenho medo de morrer jovem, eu não quero, não quero que isso aconteça…”. Vai ao ar às 22h15, na TV Cultura, no YouTube e no aplicativo Cultura Digital, com reprise aos domingos, 19h30.

.: "Contato de Emergência": como jovens encontram afeto e apoio no virtual


Dois jovens que mal se conhecem passam a trocar mensagens de texto para contornar a solidão e ter apoio em situações em que a ansiedade se apresenta como inimiga. A história de Penny e Sam é contada por Mary H. K. Choi em seu primeiro romance, "Contato de Emergência"

A inspiração surgiu quando um artigo da autora sul-coreana, que cresceu entre Hong Kong e o Texas, sobre a vivência de adolescentes nas redes sociais fez grande sucesso na revista Wired. Lançado nos Estados Unidos em 2018, o livro rapidamente entrou na lista de best-sellers do The New York Times e foi indicado ao Goodreads Choice Awards na categoria Melhor Ficção Young Adult.   

Longe da mãe expansiva e do namorado sem graça, Penny finalmente tem a oportunidade de se dedicar ao sonho de ser escritora. Aos 18 anos, ela acabou de sair de casa rumo à universidade. Só não contava que essa nova etapa da vida traria também um grande obstáculo: pessoas, o maior pesadelo de qualquer introvertido. 

Sam, por sua vez, está perdido na vida em todos os níveis. Aos vinte e um anos, os poucos dólares na conta, a família desestruturada e a ex-namorada complicada não o ajudam a se manter são. Só lhe resta inventar os doces mais mirabolantes para o café onde trabalha (e mora), concluir sua faculdade a distância e tentar (sem muito sucesso) não surtar.

Eles se reencontram em uma situação inesperada - uma crise de ansiedade no meio da rua -, e então passam a trocar mensagens de texto. O que começa como um simples contato de emergência salvo no celular se torna a conexão mais importante de suas vidas. Aos poucos, esses jovens introvertidos e problemáticos se tornam dois amigos dividindo angústias, sonhos, piadas e inspirações. Duas pessoas que quase nunca se veem, mas que estão juntas o tempo inteiro. Dois solitários que, finalmente, não estão mais sozinhos.

Com perspicácia, humor e grande sensibilidade, a estreante Mary H. K. Choi traça o retrato de uma geração cujos relacionamentos se entrelaçam à evolução tecnológica. Uma história capaz de causar nos leitores o frio na barriga que só as melhores comédias românticas proporcionam.

Mary H. K. Choi é sul-coreana e cresceu em Hong Kong e no Texas. Atualmente, mora em Nova York. Escreve regularmente para veículos como The New York Times, GQ e Wired e é autora de quadrinhos da Marvel e da DC. Também é repórter do "Vice News Tonight", exibido pela HBO, e apresenta o podcast "Hey, Cool Job!". "Contato de Emergência" é seu romance de estreia.

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"Contato de Emergência"
Autora: Mary H. K. Choi
336 páginas
Impresso: R$ 39,90
E-book: R$ 24,90

.: "Um Passeio no Bosque" estreia no Espaço Elevador dia 20 de setembro

Dirigido por Marcelo Lazzaratto, espetáculo traz no elenco Gustavo Merighi e Beto Bellini, que participou de uma bem-sucedida montagem do mesmo texto em 2000

Foto: Leekyung Kim


Na atual época de intolerância e violência vivida no Brasil, o espetáculo Um Passeio no Bosque, do autor norte-americano Lee Blessing, propõe a ideia de “desarmamento” entre os homens. O texto ganha uma nova montagem dirigida por Marcelo Lazzaratto que estreia no dia 20 de setembro, na sede da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, e segue em cartaz até 22 de dezembro. O elenco é composto pelos atores Gustavo Merighi e Beto Bellini, que participou de uma montagem da mesma peça no começo dos anos 2000. Na época Beto fazia o papel do personagem mais jovem e Emílio Di Biasi (vencedor do Prêmio Shell naquele ano) fazia o papel do mais velho. Nesta montagem Bellini tem a oportunidade de fazer o papel com o qual contracenava em 2000. 

Escrita em 1988, a peça revela o encontro entre dois diplomatas representantes de potências adversas em um bosque na Suíça, uma terra de neutralidade e perfeição cívica. Um deles é um russo com larga experiência diplomática e cético em relação ao próprio trabalho; o outro, um jovem americano idealista, com firme crença no poder da diplomacia e em sua habilidade pessoal.

O mais velho dos diplomatas está mais propenso a uma relação sem formalidades e usa os mais variados recursos para vencer os obstáculos em seu caminho. Já o jovem e menos experiente prefere o argumento direto e objetivo e um conhecimento menos íntimo e mais protocolar com o companheiro. As grandes questões da política internacional – a guerra ou a paz – são tratadas permanentemente pelos dois diplomatas, frustrando a ambos, pois o poder prefere utilizar-se delas em seu próprio benefício e segundo as conveniências do momento.

“Gosto do modo como Blessing escreve que te deixa preso às palavras. É um texto da década de 1980, que discute a questão da Guerra Fria, do desarmamento nuclear. É impressionante como essa circunstância básica se mostra tão atual. É claro que não temos mais a Guerra Fria, mas, devido à polarização tão crônica que estamos vivendo sem o menor esforço a peça dialoga com o contemporâneo”, comenta o diretor Marcelo Lazzaratto.

A encenação é pautada no jogo entre os dois intérpretes. “É um jogo de atores. "Trabalhamos para fazer com que eles elaborem o texto lindamente para que consigam dizê-lo com bastante sutileza e clareza e com os contornos específicos de cada personagem. Um deles é um  russo mais velho, que está muito tempo nessa lida, e o outro é um jovem idealista americano. Um já tem o entendimento de que as coisas não são exatamente possíveis de ser transformadas, e que a paz é uma constante tentativa e não um êxito a ser alcançado; enquanto o jovem ainda acredita que isso é possível”, comenta o encenador Marcelo Lazzaratto.

O diretor aposta na simplicidade cênica para trazer ao público a complexidade da relação entre os diplomatas. “É uma peça muito simples no sentido da visualidade, mas essa simplicidade está ali para conter ou expor a complexidade do jogo, das relações e do quanto essa relação binária coloca quase em xeque mate a humanidade. Então, mais do que tentar reproduzir um bosque da Suíça, vou me apropriar de todo o espaço cênico para dar a poética da coisa. A dinâmica entre os atores vai se dando dentro da concretude daquela arquitetura. Isso oferece um dado de realidade que fortalece o jogo dos atores. E o imaginário fica por conta das palavras que nos remetem à Suíça, ao bosque, à Rússia, aos Estados Unidos e ao Brasil”, acrescenta.

Sobre Lee Blessing – autor
O premiado autor Lee Blessing nasceu em 1949, em Minneapolis, nos Estados Unidos e se formou na Universidade de Minnesota. Ele ficou conhecido mundialmente pela premiada peça “Um Passeio no Bosque”, que ganhou montagens em vários países. Entre os principais prêmios de sua carreira estão American College Theater Festival Award, American Theater Critics Association Award, Humanitas Prize Award, Guggenheim Fellowship e National Endowment for the Arts Grant, além de indicações para o Pulitzer e o Tony Award. 

Outras peças escritas por Blessing são “Patient A”, “The Scotttish Play”, “Fortinbras”, “The Road that Leads Here”, “For the Loyal”, “Courting Harry” e “When We Go Upon the Sea”.

Sobre Marcelo Lazzaratto - diretor
Ator e diretor, formado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA- USP). Professor doutor em Interpretação Teatral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2000, cria a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico e assume a função de diretor artístico. 

Recentemente, dirigiu os espetáculos “Fronteira”, de Carla Kinzo, com Tathiana Botth e Thaís Rossi; e “Comédias Furiosas”, com Daniel Dottori, Gláucia Libertini, Leonardo Cortez e Maurício de Barros; e reestreou como diretor a peça “Romeu e Julieta 80”, com Renato Borgui, Miriam Mehler e Carolina Fabri. Realiza, entre outros, os espetáculos: “A Ilha Desconhecida”, adaptação da obra de José Saramago, “Loucura”; “A Hora em que Não Sabíamos Nada uns dos Outros”, de Peter Handke; “Amor de Improviso”; “Peça de Elevador”, de Cássio Pires; “Ponto Zero”, a partir da obra de Salinger, Kerouac e Godard; e “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse”, de Jean-Luc Lagarce, “Do Jeito Que Você Gosta”, de William Shakespeare, “Ifigênia”, de Cássio Pires, “O Jardim das Cerejeiras”, de Anton Tchecov e “Sala dos Professores”, de Leonardo Cortez. 

Fora da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, o diretor também tem um vasto repertório de espetáculos, como “A Tempestade”, de William Shakespeare, “Ricardo III”, de William Shakespeare, “Cartas Libanesas”, texto de José Eduardo Vendramini, o infantil “O Dragão de Fogo, Maldito Benefício”, de Leonardo Cortez, entre outras. Marcelo pesquisa e desenvolve o sistema improvisacional e pressuposto estético Campo de Visão há 25 anos, tendo publicado o livro "Campo de Visão: exercício e linguagem cênica", em 2011.

SINOPSE: Dois diplomatas representantes de potências adversas se encontram na Suíça, uma terra de neutralidade e de perfeição cívica. Um deles é um russo, com larga experiência diplomática e cético em relação ao próprio trabalho. O outro, um Americano jovem e idealista, com firme crença no poder da diplomacia e em sua habilidade pessoal. As grandes questões da política internacional – guerra ou paz – são tratadas permanentemente pelos dois diplomatas, frustrando ambos, pois o poder prefere utilizar-se delas em seu próprio benefício e segundo as conveniências do momento

FICHA TÉCNICA
Texto: Lee Blessing
Direção e iluminação: Marcelo Lazzarato 
Assistência de direção: Thaís Rossi 
Elenco: Beto Bellini e Gustavo Merighi  
Produção Executiva: Ricardo Pettine
SERVIÇO

Um Passeio no Bosque, de Lee Blessing
Cia. Elevador de Teatro Panorâmico - Rua Treze de Maio, 222, Bela vista
Temporada: 20 de setembro a 22 de dezembro
Às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 18h
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)
Classificação etária: 14 anos 
Duração: 90 minutos
Informações: (11) 3477-7732

.: Teatro: Marcia Abujamra e Janaina Leite ministram curso no Sesc

Marcia Abujamra e Janaina Leite ministram curso sobre o uso da autobiografia na cena contemporânea no Sesc


A diretora, roteirista e produtora de teatro Marcia Abujamra e atriz, diretora e dramaturgista Janaina Leite  ministram curso no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, a partir do dia 17 de setembro, no qual apresentam algumas das teorias que discutem o uso da autobiografia, do material pessoal, na elaboração de um espetáculo.

O curso propõe aos participantes o desenvolvimento das próprias cenas, o interesse na forma como o eu é construído, como se mostra aos outros e como se relaciona com as forças sociais e culturais.

Programa

1º encontro
Situa o contexto da discussão sobre o uso da autobiografia no teatro falando sobre  "O Narrador" de Walter Benjamin, a "A Coragem da Verdade" de Foucault, Michael Kirby e a autoperformance e Marvin Carlson que aponta desdobramentos importantes no uso do material autobiográfico. 

2º encontro
Conversa sobre os teatros do real a partir de textos de Erika Fischer-Lichte, Carol Martin, Silvia Fernandes e os que trazem a questão da experiência -  Didi-Huberman, Giorgio Agamben, Oscar Cornago e Jorge L. Bondia. As conversas e discussões são sempre levadas à luz de trabalhos de artistas brasileiros e internacionais que fazem uso do autobiográfico em cena como Angelica Liddel, Spalding Gray, Cia Hiato, Álamo Facó.

3º encontro
A partir das conversas e leituras, os participantes deverão apresentar os aspectos que mais os interessaram no universo da autoperformance. Com seus interesses estabelecidos, são propostas leituras que possam provocar o desenvolvimento de suas cenas.

4º encontro
Divididos em dois grupos, participantes começam escrever suas cenas com o acompanhamento e supervisão de uma das diretoras.

5º encontro
Os grupos trocam de supervisão/orientação e continuam o desenvolvimento de suas cenas.

6º encontro
Leitura/apresentação das cenas e fechamento dos trabalhos.

Marcia Abujamra é diretora, roteirista e produtora de teatro. 
Fez seu mestrado em estudos da performance na New York University, doutorado na ECA/USP e está fazendo seu pós-doc na UniRio.
Em 2018 lançou o livro "A alma, o olho, a voz - as autoperformances de Spalding Gray" pela Annablume. Seu mais recente trabalho como curadora e produtora é a exposição "Rigor e Caos - Antonio Abujamra" (SESC Ipiranga, 28 de novembro de 2018 a 17 de março de 2019). 

Janaina Leite é doutoranda no departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes. É atriz, diretora e dramaturgista e também uma das fundadoras do Grupo XIX de Teatro. Concebeu o espetáculo "Festa de Separação: um documentário cênico" e "Conversas com meu pai", consolidando sua pesquisa sobre autobiografia e documentário no teatro. Em 2017, lançou o livro "Autoescrituras performativas: do diário à cena" pela Editora Perspectiva.

Sobre o CPF Sesc: Inaugurado em agosto de 2012, o Centro de Pesquisa e  Formação do Sesc é uma unidade do Sesc São Paulo voltada para a produção de conhecimento, formação e difusão e tem o objetivo de estimular ações  e desenvolver estudos nos campos cultural e socioeducativo.
Além do Curso Sesc de Gestão Cultural - que visa a qualificação para a gestão cultural de profissionais atuantes no campo das Artes, tanto de instituições públicas como privadas - a unidade proporciona o acesso à cultura de forma ampla, tematicamente, por meio de cursos, palestras, oficinas, bate-papos, debates e encontros nas diversas áreas que compreendem a ação da entidade, como artes plásticas e visuais, ciências sociais, comportamento contemporâneo e cotidiano, filosofia, história, literatura e artes cênicas, voltadas para o público em geral.

Autoperformance: o uso da autobiografia na cena contemporânea 
De 17 de setembro  a 3 de outubro de 2019, terças e quintas, das 14h30 às 17h30.
Recomendação etária: 16 anos. 30 vagas. 
Preço: R$ 60,00 (inteira); R$ 30,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública); R$ 18,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Tradução Espanhol - Português – Espanhol.
Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação com no mínimo dois dias de antecedência da atividade através do e-mail centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br.
Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo. Serviço de van até a estação de metrô Trianon-Masp, de segunda a sexta, às 21h30, 21h45 e 22h05, para participantes das atividades.

CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO DO SESC
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30. Tel: 3254-5600.

.: Jacquin tenta salvar hamburgueria que mudou de interior para a capital


Na próxima terça-feira, dia 17 de setembro, às 22h45, a Band exibe mais um episódio da nova temporada de Pesadelo na Cozinha. O chef Erick Jacquin vai ajudar um casal que, pensando em dar o próximo passo na evolução do seu negócio, transferiu uma hamburgueria que funcionava em Jaú, no interior de São Paulo, para a capital.

Localizado no bairro de Pinheiros, o Hero´s Burguer tem super-heróis como tema de sua decoração. Sibele e William não imaginavam que enfrentariam tantas dificuldades, ainda mais com os próprios funcionários. Para mostrar onde esses proprietários estão errando, Jacquin vai ter que mergulhar em um mundo de fantasia antes de conseguir trazer a equipe de volta para a realidade.         

Pesadelo na Cozinha é uma coprodução da Band com o Discovery Home & Health. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 22h45, na tela da Band e às sextas-feiras, às 20h35, no Discovery Home & Health. Aos domingos, às 22h, a Band reapresenta o episódio com material inédito no +Pesadelo na Cozinha. Saiba mais sobre o programa em band.com.br/PesadeloNaCozinha e siga as redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.
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