sexta-feira, 17 de junho de 2022

.: Entrevista exclusiva: Dulce Quental, sob o signo do amor e da música

Cantora conta como foi o início da carreira solo e a criação de parcerias musicais, além de revelar o conceito do novo disco. “Ele surgiu de uma espécie de estado de silêncio e respiração, um mergulho nas sensações, pausas, e desaceleração geral promovida pela contemplação”.Foto: Nana Moraes

Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Integrante da banda Sempre Livre nos anos 80 e dona de uma voz marcante, Dulce Quental vem desenvolvendo uma carreira solo interessante, que aponta para várias influências musicais. O seu mais recente trabalho, "Sob o Signo do Amor", mostra uma mescla de MPB, jazz e bossa nova, entre outros estilos. Em entrevista para o Resenhando, ela conta como foi o início da carreira solo e a criação de parcerias musicais, além de revelar o conceito do novo disco. “Ele surgiu de uma espécie de estado de silêncio e respiração, um mergulho nas sensações, pausas, e desaceleração geral promovida pela contemplação”.


Como surgiu a amizade com o Herbert Vianna e como ele contribuiu no seu início como cantora solo?
Dulce Quental - Conheci o Herbert em 83 no movimento do rock brasileiro. A gente se apresentava nos mesmos palcos, éramos da mesma geração. Uma vez voltando juntos de ônibus, Paralamas e Sempre Livre, começamos a namorar. Eu já havia saído da casa dos meus pais e acabara de voltar da França.  O namoro não durou muito, mas a relação foi se enriquecendo. Quando o Sempre Livre entrou no estúdio para gravar o LP "Avião de Combate" fizemos uma demo num estúdio caseiro testando algumas composições, entre elas o "Fui Eu", gravada pelo Sempre Livre. Quando saí do grupo, em 85, ele fez a ponte com a gravadora EMI. No meu segundo disco solo, foi meu produtor e me presenteou com a canção "Caleidoscópio", segundo ele, inspirada no meu jeito de ver as coisas, meio fragmentadas.


Como você define o conceito de um novo trabalho musical? 
Dulce Quental - Cada vez é de um jeito. Não existe uma fórmula, entende. Às vezes parte de uma ideia, outras das próprias canções e da seleção final. No caso de "Sob O Signo do Amor", o que foi determinante foi uma espécie de estado de silêncio e respiração, um mergulho nas sensações, pausas, e desaceleração geral promovida pela contemplação, o que favorece a simbiose entre letra e música.


Uma das composições marcantes é uma parceria com o Frejat, na canção em homenagem ao Cazuza ("O Poeta Está Vivo"). Como essa canção foi elaborada?
Dulce Quental - Um dia eu estava na casa do Cazuza, no apartamento da Lagoa, no Rio de Janeiro, e cantei para ele uma canção que eu tinha acabado de compor, chamada "Gato de Sete Vidas". Ele ficou muito impressionado e foi me visitar nos estúdios da EMI onde eu estava ensaiando para um show. Foi lá só para escutar a música de novo. Depois do ensaio fomos a um boteco ali perto, na Rua Mena Barreto, e ele me falou que estava doente e que iria para Boston se tratar. Quando voltou, compôs as canções do que seria o clássico "Ideologia". Eu fiquei muito impressionada com algumas letras, entre elas tinha uma música que falava: “eu vi a cara da morte e ela estava viva” (trecho da canção "Boas Novas"). Achei isso uma porrada!  Compus a letra do que viria a ser "O Poeta Está Vivo", impactada pela dor e sofrimento traduzidos naquelas composições. Cheguei até a mostrar para ele, num outro encontro na sua casa. Ele disse que eu estava escrevendo melhor do que ele. Era adorável o modo como fazia as pessoas se sentirem especiais.


Falando em parcerias, você se mostra uma parceira eclética, que passa por nomes como Paulo Monarco, e outros  contemporâneos, como Frejat e George Israel, entre outros. Como é que surgem e como acontecem as produções em parceria?
Dulce Quental - As parcerias surgiam da necessidade, antes de tudo, de encontrar alguém para fazer a música. Eu queria dizer muitas coisas, mas não dominava suficientemente a parte musical. Então eu escrevia as letras e dava para os parceiros, sempre procurando aprender com essa troca, inspirada um pouco no que cada um fazia. Com o tempo me dei conta que as músicas ficavam, às vezes, muito diferentes de mim e mais parecidas com eles. Aos poucos fui dominando o processo e trazendo mais para perto do meu jeito. Não sou uma grande melodista, nem toco bem violão, mas hoje percebo que o estilo se faz das nossas características e limitações, e isso não é necessariamente ruim, pode ser interessante.


Em 2012, você lançou o livro "Caleidoscópicas", que reunia crônicas. Você pensa em produzir algo na seara literária no futuro próximo?
Dulce Quental - 
Depois desse livrinho escrevi um romance de autoficção chamado, "100% Mais ou Menos". Eu estava preparando um livro de contos. Estava indo muito bem, mas parei de escrever para fazer o novo disco. E o romance está na gaveta. Algum dia, quem sabe, tomo coragem e tiro ele de lá. Pessoalmente, acho os contos melhores. O romance deu um trabalho de cão. Passou por dezenas de revisões, tem bons momentos, mas tendo a achar que não é o suficiente para ser editado. Mas foi importante ter escrito.


Como foi que surgiu a ideia do recente trabalho, "Sob o Signo do Amor"?
Dulce Quental - 
Eu estava me devendo um disco autoral. Meu último trabalho é de 2004. De lá para cá muitos discos foram engavetados. Por falta de dinheiro para produzir, ou porque eu não encontrava o produtor certo, o momento certo. Sob o signo do amor nasceu desse longo silêncio e de uma viagem para dentro, proporcionada, um pouco, pela pandemia. Eu ia viajar para a França para comemorar o meu aniversário de 60 anos, rever amigos que eu não via há 26 anos. Com a pandemia, o projeto da viagem caiu. Acabei indo parar em Angra dos Reis, um dos lugares que mais amo no mundo, onde passei momentos inesquecíveis na infância. Lá aluguei uma pequena casinha, com uma canoa e um stand up, e que servia de casa de apoio para um empresário local. Conversei com ele e pedi para que me cedesse por alguns meses, para que eu pudesse trabalhar no disco. Tive a maior sorte porque apesar de ele ser um cara do mercado financeiro, adorava música, tocava violão e guitarra e, por isso, entendeu tudo. Lá pude viver a experiência de fazer tudo que mais amo que é nadar e compor. Levei meu computador com Pros Tools, meu violão e passava as manhãs no mar e as tardes gravando. Às noites vi as luas mais lindas da minha vida.


Atualmente, quais são as suas referências na música? 
Dulce Quental - 
Gostei muito do disco novo do Caetano. O do Bob Dylan eu passei essa temporada em Angra ouvindo sem parar. Pegava a prancha de stand up e navegava horas com Dylan no ouvido. Gostei muito do último disco da Jane Birkin também. Rap e hip hop, eu adoro. Não entendo bem as letras, mas adoro a parte toda rítmica. É muito criativo e irreverente. Gostei do disco da Rosalía também, "Motomami". Divertido e inteligente. Chico Buarque é sempre uma grande referência, assim como Tom Jobim. Os grandes mestres do jazz. Ella Fitzgerald. Billy Holiday. Paul Desmond, Chet Baker. E os mestres da Bossa Nova. João Gilberto. Carlinhos Lyra... Fez um disco muito lindo recentemente. Um clássico já. Henri Salvador. Stacey Kent...Dos novos: Thiago Amud, Fred Martins, Zé Manoel, Dora Morelenbaum e o seu grupo Bala Desejo, Nina Becker, Jussara Marçal, Mariana de Moraes tem um disco lindo de bossa nova. Raul Misturada, Paulo Monarco.


Como você tem trabalhado para divulgar o novo disco?
Dulce Quental - 
Tenho feito lives na internet, Instagram, programas de rádio. Estou agora produzindo uma tiragem física do CD e me preparando para os shows. Estou louca para subir no palco de novo e me encontrar olho a olho com o público. Cantar esse disco todo ao vivo. Esse é o meu sonho agora. Viajar junto com as pessoas nessa sonoridade tendo Pedro, Jonas e uma galera incrível de novos músicos do meu lado.

"Amor Profano - Dulce Quental

"Poeta Assaltante - Dulce Quental

"Apenas Uma Fantasia" - Dulce Quental

.: "O Livro das Respostas" pode ser o seu novo oráculo para tomar decisões


Todos nós queremos bons conselhos para perguntas fundamentais em nossa vida. Um insight, uma simples palavra são capazes de nos colocar novamente no rumo das nossas conquistas e desejos. Devo abrir meu coração para este poderoso sentimento? Amar como se não houvesse amanhã? Dar uma segunda chance para aquela pessoa da família? Fazer uma longa viagem para me reencontrar?

A resposta para essas e outras perguntas você encontra em "O Livro das Respostas", livro de Carol Bolt, com tradução de Verena Cavalcante, lançado no Brasil pela Darkside Books. A obra é um pequeno oráculo capaz de falar conosco de forma profunda e intimista. Sucesso na internet, e com mais de 1 milhão de cópias vendidas, "O Livro das Respostas" é muito simples de utilizar: basta mentalizar uma pergunta, girar o livro nas mãos para escolher um sentido de leitura e abri-lo na página que chamou o seu coração. Sua resposta estará lá.

Você pode repetir o processo sempre que precisar de um empurrãozinho ou um momento de reflexão com as decisões a serem tomadas. "O Livro das Respostas" estabelece uma conexão única e mágica com os leitores e chega ao Brasil em duas opções poderosas: a Moon Edition, uma edição especial para as almas místicas que buscam magia e leveza no seu dia a dia; e a Secret Edition, uma edição clássica e vigorosa que leva os leitores a expandirem seus próprios horizontes. Você pode escolher uma para você e dar a outra para alguém que ama.

Divertido, sensível e descomplicado, "O Livro das Respostas" pode ser o seu novo oráculo favorito, perfeito para presentear a si mesmo com novas oportunidades todos dias, e iluminar as pessoas ao seu redor. Um livro mágico e peculiar que garante que as respostas certas estejam sempre ao alcance das mãos - e perto do coração. Você pode comprar "O Livro das Respostas" (Secret Edition) neste link.

.: Projeto Trem Selvagem reúne solos de Denise Dietrich e Bruna da Matta

"Aquele Trem" é dirigido por Erica Montanheiro e "Selvageria: O Nascimento do Outro", por Maria Giulia Pinheiro. Ambos estreiam nestes sábado, dia 18 de junho, no Teatro de Contêiner. Foto do do espetáculo "Selvageria": divulgação

As experiências pessoais das atrizes Denise Dietrich e Bruna da Matta resultaram nos solos "Aquele Trem", protagonizado pela primeira e dirigido por Erica Montanheiro, e "Selvageria: O Nascimento do Outro", estrelado pela segunda e dirigido por Maria Giulia Pinheiro. 

Os dois trabalhos podem ser conferidos no projeto "Trem Selvagem", que estreia neste sábado, dia 18 de junho, no Teatro de Contêiner, com apresentações aos sábados, aos domingos e às segundas, às 19h e às 20h30, respectivamente. Em cena, a partir de seus diferentes olhares e vivências, as atrizes-criadoras discutem vários temas relacionados ao sentimento de abandono, exaustão, desejo de liberdade e medo. Elas investigam questões como o que se espera de uma menina e o que se exige de uma mãe. E o resgate de suas memórias vai reconstruindo o caminho até as mulheres que são hoje. 


A proliferação dos solos femininos
Após a temporada de "Trem Selvagem", o Teatro de Contêiner abre uma mostra apenas com solos femininos. “Existe uma proliferação de solos femininos porque as mulheres estão precisando contar as suas narrativas, mas não é só isso”, afirma a diretora Erica Montanheiro.

“O poder econômico continua nas mãos de homens brancos. Fiz uma pesquisa no Guia Off do mês de junho e contei apenas 2 espetáculos dirigidos por mulheres nas unidades do Sesc (onde as peças apresentadas recebem uma verba direta da instituição). No Sesi, os últimos espetáculos em cartaz também foram dirigidos por homens. Em 2019, 'Erêndira' (por Marco Antonio Rodrigues), em 2021, 'Tectônicas' (por Marcelo Lazzaratto) e agora, em 2022 'Terremotos' (por Marco Antônio Pâmio). Absolutamente nada contra nenhum desses diretores, inclusive admiro o trabalho de todos eles. Mas e as diretoras mulheres? Onde estão? A resposta é: elas estão sempre sem dinheiro e na guerrilha”

A produção de "Trem Selvagem" levantou o projeto com 10 mil reais, retirados de reserva pessoal da atriz Denise Dietrich. As atrizes, diretoras e preparadoras corporais não estão ganhando nada pela montagem, com a esperança de que as pessoas assistam e os espetáculos tenham uma longa trajetória.

A diretora de movimento Bruna Longo diz: “não há nada de romântico nisso. Não achamos bonito e não gostaríamos de estar fazendo desta forma - somente fazemos porque não temos outra opção”. As criadoras inscreveram o projeto no Proac, mas não foi contemplado. 

Em 2019, Erica Montanheiro e seu parceiro artístico Eric Lenate ganharam um edital do Prêmio Zé Renato para fazer o bem-sucedido projeto “Balada dos Enclausurados”, que era composto por dois solos: um da Montanheiro e outro do Lenate. “Eu só consegui ser aprovada no Prêmio depois de atrelar o meu nome ao do Lenate. Inscrevi o meu solo em diversos editais anteriormente, mas só peguei quando reformei o projeto e o chamei para se juntar a mim”, diz Erica, que ganhou o edital de 250 mil reais na ocasião. 

“Não acreditamos que haja uma ação maldosa neste sentido, do tipo: não vamos contemplá-las, pois são mulheres. Mas, há um registro do machismo estrutural das instituições que acreditam que os projetos serão mais bem sucedidos se forem dirigidos por homens. Faz parte da nossa sociedade e é ingenuidade achar que no teatro é diferente. Precisamos olhar para isso, discutir e argumentar: onde está o dinheiro para as mulheres fazerem teatro? Se a gente não tiver oportunidade, como vão conhecer o nosso trabalho? Como vamos ter credibilidade como os nossos colegas homens, que têm o mesmo tempo de carreira e estudo que a gente? Porque eles estão com grandes editais e a gente não? A gente não quer só fazer solos, a gente quer dirigir peças grandes, com elencos diversos, mas isso nunca é possível”, desabafam Erica Montanheiro, Denise Dietrich e Bruna Longo. 

A atriz Denise Dietrich em cena de "Aquele Trem". Foto: Marcelle Cerutti

"Aquele Trem"
No solo autoficcional "Aquele Trem", Denise Dietrich buscou as lembranças da sua criação, os abusos e a alienação parental. Assuntos quase não falados numa época quando os castigos físicos se justificavam no discurso social e religioso como formas de amor. Como esses traumas nos transformaram em quem somos hoje? O que fazemos com o que fizeram de nós? São questões que permeiam o espetáculo. 

"Aquele Trem" mostra a menina criada no interior das Gerais, que entre amarelinha, briga de galo e beijo roubado, vê sua meninice ser surrupiada. Agora, esse corpo crescido manifesta toda a perturbação familiar, os abusos e os abandonos que a memória, por sobrevivência, tentava esconder. 


Ficha técnica
Espetáculo:
"Aquele Trem"
Texto e atuação: Denise Dietrich
Direção: Erica Montanheiro
Direção de movimento: Bruna Longo
Luz: Gabriele Souza
Operação de luz: Luciana Silva
Cenografia e arte: Kleber Montanheiro
Videoarte: Julia Rufino
Trilha: Erica Montanheiro
Fotos: Marcelle Cerutti
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

A atriz Bruna da Matta em cena do solo "Selvageria - O Nascimento do Outro". Foto: divulgação

"Selvageria - O Nascimento do Outro"
Doença, acidente, violência: a maternidade inaugura a percepção do mundo como um lugar inóspito, e aguça os sentidos para identificar quem é "dos meus" e quem é "o Outro". A partir da autoficção, Bruna da Matta relaciona sua experiência com a maternidade e o desmascaramento de nossa cultura colonial.

No espetáculo, uma mãe que, assombrada pelo medo de perder seu filho, isola a si e a seu pequeno em busca da segurança absoluta. A partir de sua experiência pessoal com a maternidade, a performer investiga as origens desses medos e, no caminho, vê nossa cultura colonial aos poucos sendo revelada.

Ficha técnica:
"Selvageria - O Nascimento do Outro"
Dramaturgia, concepção, atuação e produção:
Bruna da Matta
Direção geral e dramaturgismo: Maria Giulia Pinheiro
Direção de cena: Dandara Azevedo
Preparação de corpo e voz: Natália Nery e Dandara Azevedo
Figurino: Éder Lopes
Iluminação: Luciana Silva
Sonoplastia: Jo Coutinho
Operação de luz: Decoff
Videomapping: Vic Von Poser
Assistente de produção: Helena Fraga
Fotos: Marcelle Cerutti
Arte: Vic Moliterno


Serviço
"Trem Selvagem"
Temporada:
18 de junho a 4 de julho
De sábado a segunda, às 19h ("Aquele Trem") e às 20h30 ("Selvageria")
Teatro de Contêiner - Rua dos Gusmões, 43, Luz - São Paulo
Ingressos para os dois solos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)

quinta-feira, 16 de junho de 2022

.: "O Azul Daqui É Mais Azul" traz uma história divertida e comovente

Perfeito para fãs de Casey McQuiston e Vitor Martins! Uma história emocionante sobre o poder da amizade e a importância da autoceitação. Com diversas referências da cultura pop, lançamento da editora Melhoramentos fala da esperança de encontrar um céu limpo e claro após a tempestade.


Se algum dia você já se sentiu deslocado, acredite, esse não é o caso de Sky Baker. Protagonista do livro "O Azul Daqui É Mais Azul", escrito por Robbie Couch, lançamento da editora Melhoramentos, Sky tem orgulho de quem é e não esconde isso de ninguém. No entanto, quando sua intimidade é exposta para toda cidade, a história toma outro rumo. A obra mostra que é possível contemplar o céu azul após uma grande e tumultuada tempestade, literalmente. Só não é possível fugir de quem somos.

O livro, que já tem os direitos cinematográficos adquiridos por um grande estúdio, afirma que ser aceito é uma necessidade do ser humano. E essa busca incessante, ao longo da vida, pode causar traumas muitas vezes irremediáveis. Não é o caso de Sky Baker, um garoto que não esconde de ninguém que é gay, principalmente na pequena cidade onde mora, às margens do Lago Michigan. Só que um plano seu para convidar o crush para o baile de formatura na praia é vazado por um hacker e tudo pode ir por água abaixo. 

É proibido dar spoilers, mas, como o próprio título da obra mostra, o céu azul vem depois das tempestades. Para avistá-lo, portanto, o jovem, que está completamente apaixonado por Ali Rashid, quer que ele esteja em um dos momentos mais importantes de sua vida sem se importar com a opinião alheia.

Então, Sky traça um plano com a melhor amiga, Bree, com possíveis formas de levar o seu partner ao baile, com ideias variadas - todas escritas na parede do seu quarto. Ninguém poderá saber assim, certo? Errado. Suas ideias são descobertas por um hacker que o insulta por e-mail, com frases racistas e homofóbicas. O que era para ser algo divertido se torna um pesadelo: a cidade inteira passa a saber de sua intimidade.

O garoto quer deixar Rock Ledge e até os estudos, que estão prestes a serem finalizados. Mas quem tem amigo tem tudo. Eles impedem Sky de abandonar seus sonhos e o ajudam a desvendar quem expôs sua vida por pura maldade. O período tempestuoso em sua vida vai ser também um momento de descobertas, inclusive do pai que faleceu quando era pequeno e ele pouco sabia. O jovem também aprende como a amizade verdadeira pode ser o alicerce para nos ajudar a encontrar nosso lugar no mundo. Você pode comprar o livro "O Azul Daqui é Mais Azul", de Robbie Couch, neste link.


O que disseram sobre o livro

"Uma história divertida e comovente sobre sonhar alto e acreditar no céu limpo depois da tempestade."Vitor Martins, autor de "Um Milhão de Finais Felizes"

"Robbie Couch escreve com honestidade e compaixão sobre amor, família e amizade em toda a sua bela complexidade."Becky Albertalli, autora de "Com amor, Simon"


Sobre o autor
Robbie Couch cresceu em uma pequena cidade do Michigan - onde o azul é realmente mais azul - e teve seus textos publicados em veículos como HuffPost, Upworthy e O, The Oprah Magazine. Robbie é formado em jornalismo pela Universidade Estadual do Michigan e atualmente mora em Los Angeles, onde vive com medo constante de pássaros agressivos e à espreita de sua próxima tigela de noodles"O Azul Daqui é Mais Azul" é o primeiro livro dele.


Livro: "O Azul Daqui é Mais Azul"
Autor: 
Robbie Couch
Tradutor: Vitor Martins
Número de páginas:
280
Altura: 23 cm
Largura: 16 cm
Editora: Melhoramentos
Link na Amazon: https://amzn.to/3xTFgRH


.: Peça teatral "Maria da Escócia" estreia no Teatro Cacilda Becker

Com texto de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil, espetáculo propõe um encontro fictício entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, a peça cria uma discussão sobre as relações de poder e o que é preciso para a sua manutenção. Foto: Philipp Lavra.

O conflito que existiu entre as rainhas e primas Elizabeth I (1533-1603) e Mary Stuart (1542-1587) é pano de fundo para uma discussão sobre as relações de poder no espetáculo "Maria da Escócia", com dramaturgia de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil. A peça, estrelada por Bete Dorgam e Kátia Naiane, é inspirada no texto “Mary Stuart” (1800), do alemão Friedrich Schiller. A estreia acontece no dia 17 junho no Teatro Cacilda Becker.

O espetáculo, que teve uma versão audiovisual online bem diferente, é o segundo trabalho de Alexandre Brazil que nasce de uma investigação sobre rainhas renascentistas. De acordo com o diretor, o primeiro desses trabalhos foi “O Sorriso da Rainha” (2018), sobre a própria Elizabeth I, e ele ainda planeja montar uma peça sobre Ana Bolena (1501/1507-1536), a mãe dessa monarca.

“A pesquisa nasceu da minha paixão por William Shakespeare, que eu considero o maior dramaturgo que já existiu. Eu já montei nove espetáculos do bardo e, em todos esses trabalhos, ele menciona figuras fascinantes dessa História renascentista. A própria Elizabeth I foi a grande mecenas de Shakespeare e da companhia dele, responsável pela prosperidade que ele teve em vida. E essas rainhas são figuras que têm em suas trajetórias fatos extremamente teatrais. É isso que me interessa”, explica Brazil.


O contexto
A peça, que não se propõe a ser biográfica, parte da disputa pelo trono na Inglaterra entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart. Única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, Mary assumiu o trono aos seis dias de vida, teve vários maridos e sempre atuou apenas como a rainha consorte (o equivalente à primeira-dama).

Considerada pelos católicos ingleses como a legítima soberana da Inglaterra, já que Elizabeth I era filha bastarda do rei Henrique VIII, ela esteve envolvida com uma revolta conhecida como Rebelião do Norte e tentou depor a própria prima para assumir o poder em seu lugar. Vendo-a como uma real ameaça, Elizabeth I aprisionou-a em vários castelos e mansões no interior do país. E, depois de 19 anos, Mary foi condenada por tramar o assassinato da prima - dentro da própria prisão. É decapitada em 1587, aos 44 anos.

Já Elizabeth I, que é conhecida como a “A Rainha Virgem” por nunca ter se casado, assumiu o reinado aos 25 anos, depois de uma longa briga pela sucessão do trono desencadeada pela morte de seu irmão Eduardo VI. Ao contrário de sua grande rival, ela exerceu ativamente o poder e abriu mão de se casar e ter filhos para continuar com sua soberania. Ela também é considerada uma das rainhas mais prósperas, responsável por conduzir a monarquia inglesa por sua chamada "Era de Ouro".


A encenação
O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.

Ao público, cabe assumir uma posição diante desse conflito. “Tomamos bastante cuidado para não retratar Elizabeth I como tirana na nossa peça. O público vai compreender que as duas tiveram sua responsabilidade no desfecho. As personagens tentam se entender. Elizabeth precisa decidir o que fazer com o destino da prima como uma questão de estado, porque a situação está insustentável e ela está sendo pressionada. Imagine o que é para uma rainha ter que mandar decapitar a outra”, indaga Alexandre Brazil.

Em cena, as rainhas estão separadas por uma cerca, que, ao contrário de uma grade de prisão medieval, lembra um presídio de segurança máxima. “É interessante que, no começo do espetáculo, o público talvez se pergunte: quem está realmente presa? E, de certa maneira, as duas estão aprisionadas. A Maria, literalmente, e a Elizabeth I, por todas as questões que ela precisa lidar para se manter no poder”, revela o diretor. 

Já os figurinos preservam a ambientação do século 16, mas vão sendo ligeiramente “desmontados” ao longo da peça, tornando-se um pouco mais atemporais. Esse efeito também está presente em outros elementos da montagem com a proposta de mostrar que essa história poderia ser atemporal.

“Não queremos exatamente traçar paralelos explícitos com o que se passa hoje no Brasil. O que é fundamental e nos impressiona é como as relações de poder pouco mudaram do século 16 para cá. Queremos discutir o quanto esse poder, quando mal usado, pode ser avassalador para o povo e para os próprios governantes. É claro que estamos falando de outro sistema, a monarquia, mas acho importante olharmos para as questões políticas do passado e percebermos como tudo é muito parecido com o que temos hoje”, acrescenta.

Outro tema importante ao redor da peça é a questão do gênero. “É preciso considerar a depreciação da mulher. Quando olhamos para essas duas rainhas do século 16 ficamos impressionados, mas elas foram colocadas nesse lugar de poder por homens e elas estão cercadas por eles o tempo todo. Elizabeth consegue romper parcialmente com isso, mas, na peça, não consegue ter um companheirismo e o que hoje chamamos de sororidade com a própria prima, pois ela é pressionada a executá-la”, reflete o diretor.


Sinopse
O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.


Ficha técnica
"Maria da Escócia", de Fernando Bonassi
Inspirado e baseado na obra “Mary Stuart” de Friedrich Schiller
Idealização e direção:
Alexandre Brazil
Co-direção: Cacau Merz
Elenco: Bete Dorgam e Kátia Naiane
Cenário, cenografia e adereços: Mateus Fiorentino Nanci e Megamini
Música original: Dan Maia
Iluminação: Felipe Tchaça
Figurino: Alexandre Brazil
Gola Rufo: Marichilene Artisevskis
Visagismo: Sergio Gordin e Carmen Silva
Assistente de visagismo: Leninha Uckerman
Costura de figurinos: Judite de Lima, Glória Amaral, Lili Santa Rosa e Maria Lúcia 
Fotografia: Philipp Lavra
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção gráfica e mídias sociais: Felipe Apolo
Produção executiva: Escritório das Artes
Coordenação de produção: Maurício Inafre
Direção de produção: Alexandre Brazil
Gestão de produção: Escritório das Artes
Realização: Alexandre Brazil da Silva - “Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens- Secretaria Municipal de Cultura”


Serviço
"Maria da Escócia", de Fernando Bonassi
Temporada:
17 a 26 de junho
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.
A estreia será gratuita. 

Encontros:
Dia 19 de junho, às 20h15 -
bate-papo com as atrizes;
Dia 25 de junho, às 17h  -  bate-papo sobre a direção artística e o processo do espetáculo com Alexandre Brazil e Cacau Merz;
Dia 25 de junho, às 18h - bate-papo sobre produção e o processo de montagem com Alexandre Brazil e Mauricio Inafre.

Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295, Lapa
Ingressos:
R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)
Vendas on-line: através do site Sympla e uma hora antes do início do espetáculo diretamente na bilheteria.
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 198 lugares



.: “Lightyear” e "Aline: a Voz do Amor": estreias da semana no Cineflix Santos

A origem definitiva de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo é o tema central do “Lightyear”, que segue o lendário Space Ranger em uma aventura intergaláctica, e é a principal estreia da semana na rede Cineflix Santos. A outra estreia da semana é "Aline: a Voz do Amor", livremente inspirado na cida da cantora Celine Dion

Também seguem em cartaz os longas-metragens "Ilusões Perdidas", adaptação do livro de Honoré de Balzac"Jurassic World: Domínio", encerrando a trilogia de sucesso e "Top Gun: Maverick", com Tom Cruise revivendo o icônico personagem dos anos 80. Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. O Cineflix Santos fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. 


Estreias da semana 
"Lightyear" ("Lightyear") (dublado)
Classificação: livre. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Angus MacLane. Duração: 1h33m. Elenco: Chris Evans, Taika Waititi, James Brolin, Keke Palmer, Peter Sohn, Efren Ramirez, Dale Soules, Uzo Aduba, Mary McDonald-Lewis e Isiah Whitlock Jr. Sinopse: a origem definitiva de Buzz Lightyear (voz de Chris Evans, dublado pno Brasil por Marcos Mion), o herói que inspirou o brinquedo. “Lightyear” segue o lendário Space Ranger em uma aventura intergaláctica ao lado de um grupo de recrutas ambiciosos. 

Sala 4
16/6/2022 - Quinta-feira: 14h15 - 16h30 - 18h45 
17/6/2022 - Sexta-feira: 14h15 - 16h30 - 18h45
18/6/2022 - Sábado: 14h15 - 16h30 - 18h45
19/6/2022 - Domingo: 14h15 - 16h30 - 18h45
20/6/2022 - Segunda-feira: 14h15 - 18h45
21/6/2022 - Terça-Feira: 14h15 - 18h45
22/6/2022 - Quarta-Feira: 14h15 - 18h45

"Lightyear" ("Lightyear") (legendado)
Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 21h 
17/6/2022 - Sexta-feira: 21h
18/6/2022 - Sábado: 21h
19/6/2022 - Domingo: 21h
20/6/2022 - Segunda-feira: 21h
21/6/2022 - Terça-Feira: 21h
22/6/2022 - Quarta-Feira: 21h

"Lightyear" - Trailer dublado


"Aline: a Voz do Amor" ("Aline") (legendado)
Classificação: 10 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: francês. Diretor:  Valérie Lemercier. Duração: 2h06m. Elenco: Valérie Lemercier, Sylvain Marcel e Danielle Fichaud. Sinopse: no Quebec, na década de 1960, Sylvette e Anglomard dão as boas-vindas a sua 14ª filha, Aline (Valérie Lemercier). A música impera nesta família modesta. Quando um produtor descobre Aline e sua voz de ouro, sua ideia é uma: torná-la a maior cantora do mundo. Apoiada em sua família e guiada pela experiência de Guy Claude (Sylvain Marcel) e pelo amor que ele nutre por ela, Aline criará para si um destino extraordinário que tocará o coração de milhões de pessoas. Filme livremente inspirado na vida de Celine Dion.

Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 18h05 - 20h45
17/6/2022 - Sexta-feira: 18h05 - 20h45
18/6/2022 - Sábado: 18h05 - 20h45
19/6/2022 - Domingo: 18h05 - 20h45
20/6/2022 - Segunda-feira: 18h05 - 20h45
21/6/2022 - Terça-Feira: 18h05 - 20h45
22/6/2022 - Quarta-Feira: 18h05 - 20h45

"Aline: a Voz do Amor" - Trailer legendado


Seguem em cartaz
"Ilusões Perdidas" ("Illusions Perdues") (legendado)
Classificação: 14 anos. Ano de Produção: 2021. Idioma: francês. Diretor: Xavier Giannoli. Duração: 2h29m. Elenco: Benjamin Voisin, Cécile de France e Vincent Lacoste. Sinopse: Lucien é um jovem poeta desconhecido na França do século XIX, com grandes esperanças e aspirações. Deixa a tipografia na sua província natal para tentar a sorte em Paris sob tutela da sua mecenas. Rapidamente deixado à sua sorte nesta fabulosa cidade, Lucien descobrirá os meandros deste mundo submisso à lei do lucro e do fingimento. Uma comédia humana onde tudo tem um preço, seja sucesso literário ou imprensa, política ou sentimentos, reputações ou almas... Uma adaptação do livro "Ilusões Perdidas", de Honoré de Balzac,.

Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 15h15 
17/6/2022 - Sexta-feira: 15h15
18/6/2022 - Sábado: 15h15
19/6/2022 - Domingo: 15h15
20/6/2022 - Segunda-feira: 15h15
21/6/2022 - Terça-Feira: 15h15
22/6/2022 - Quarta-Feira: 15h15

"Ilusões Perdidas" - Trailer legendado


"Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Domimion") (dublado)
Classificação:
 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Colin Trevorrow. Duração: 2h27m. Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e Jeff Goldblum. Sinopse: episódio final da trilogia iniciada por "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros". Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem - e caçam - ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis consegue viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores. 

Sala 2
16/6/2022 - Quinta-feira: 14h50 - 17h50  
17/6/2022 - Sexta-feira: 14h50 - 17h50
18/6/2022 - Sábado: 14h50 - 17h50
19/6/2022 - Domingo: 14h50 - 17h50
20/6/2022 - Segunda-feira: 14h50 - 17h50
21/6/2022 - Terça-Feira: 14h50 - 17h50
22/6/2022 - Quarta-Feira: 14h50 - 17h50

"Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Domimion") (legendado)

Sala 4
16/6/2022 - Quinta-feira: 20h50  
17/6/2022 - Sexta-feira: 20h50
18/6/2022 - Sábado: 20h50
19/6/2022 - Domingo: 20h50
20/6/2022 - Segunda-feira: 20h50
21/6/2022 - Terça-Feira: 20h50
22/6/2022 - Quarta-Feira: 20h50

"Jurassic World: Domínio" - Trailer dublado


"Top Gun: Maverick" (
"Top Gun: Maverick") (legendado). Crítica do filme neste link.
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Joseph Kosinski. Duração: 2h11m. Elenco: Tom Cruise, Jennifer Connelly e Miles Teller. Sinopse: Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial.

Sala 2
21/6/2022 - Terça-Feira: 20h50 

Sala 3
16/5/2022 - Quinta-feira: 15h20 - 18h - 20h40
17/6/2022 - Sexta-feira: 15h20 - 18h - 20h40
18/6/2022 - Sábado: 15h20 - 18h - 20h40
19/6/2022 - Domingo: 15h20 - 18h - 20h40
20/6/2022 - Segunda-feira: 15h20 - 18h - 20h40
21/6/2022 - Terça-Feira: 15h20 - 18h - 20h40
22/6/2022 - Quarta-Feira: 15h20 - 18h - 20h40

"Top Gun: Maverick" - Trailer legendado

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: "Além da Ilusão": Regiane Alves e Juliane Araújo participam da novela

Foto: Rede Globo/Cadu Pilotto


Novas participações especiais entram em "Além da Ilusão" nos próximos capítulos. A atriz Regiane Alves chega na trama como Dirce, a ex-noiva de Eugênio (Marcello Novaes), por quem ele foi apaixonado e terminou tudo após uma armação de Úrsula (Barbara Paz). No entanto, a vilã está prestes a ser desmascarada. Ela fica chocada ao se deparar com Dirce em sua casa durante uma reunião entre Mr. Taylor (Ralf Itzel), o diplomata Afrânio (Ricardo Ripa), Violeta (Malu Galli) e Eugênio sobre a fábrica. Na ocasião, Violeta percebe o climão, mas disfarça, enquanto Úrsula se apavora com a possibilidade do passado vir à tona. Eugênio fica mexido com a presença dela, afinal, não se recuperou do trauma por ter sido “traído”.

Enquanto isso, seu afilhado, Joaquim (Danilo Mesquita), não satisfeito em destruir a vida de Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela), decide sair com Sueli (Juliane Araújo) para se divertir após uma noite no cassino e é flagrado pelo mágico, que aproveita a situação para chantagear a jovem e tentar provar para a amada que Joaquim não a ama de verdade. Mesmo sem conhecer Sueli, Davi propõe a ela um acordo e sugere um encontro com Isadora e Joaquim para que ele seja desmascarado. A contrapartida da moça vem rápido e Davi não mede esforços para atender ao pedido dela. Tudo para que Isadora volte a acreditar que o lugar dela é ao seu lado. Confira as entrevistas com as atrizes!

 

Entrevista com Regiane Alves:

 

Fale sobre a personagem.

Eu acho que a Dirce está um pouco acima do bem e do mal, ela vem bem resolvida, e é muito justa. Ela tenta falar para o Eugênio o que aconteceu, mesmo ele não acreditando, para ela não faz diferença, mas alertando o quanto ele ainda pode ser feliz. Ela é muito perceptiva.

 

Como se preparou?

Eu pensei muito em Evita Perón para fazer essa personagem, ela tem um pouco dessa classe, uma postura, e eu acho que ela tem um pouco dessa imagem dessa mulher que vem e vai embora.      

 

Como recebeu o convite?

Eu fiquei muito feliz de ter sido chamada. Primeiro porque eu acho a novela linda, muito bem feita, com bons atores, a trama. Eu já tinha visto alguns capítulos e falado: ‘ah, que novela boa!’ – aquela novela que você fala: "ah, queria ter sido escalada". Acho que o universo ouviu isso e eu fui chamada. Eu fiquei muito feliz, e uma coisa curiosa é que eu ia fazer "Malhação" com o Marcello Novaes. Ficamos um ano e meio de reserva, até não rolar mais, o Marcello foi para a novela e eu fiquei à espera do que poderia acontecer. A última vez que estive nos Estúdios Globo para fazer dramaturgia foi na preparação com o Novaes, e aí eu voltei ao set com ele. Foi muito especial, me senti segura. Foi muito bom rever os amigos, muito bom estar com a Malu Galli em cena, porque nós já fizemos duas novelas juntas e eu a admiro muito, acho que ela está fazendo um trabalho brilhante. Estar com amigos, a equipe, a minha volta foi muito festejada, foi muito bacana. 

 

Tem algum outro projeto em vista?

Tenho, sim. É uma volta à televisão, em breve tenho mais informações. Em "Além da Ilusão" foi uma participação pequena, mas para mim foi muito afetiva, eu gostei muito de ter feito.  

 


Entrevista com Juliane Araújo

 

Como você define a sua personagem?

A Sueli é uma mulher muito esperta e calculista, ela consegue ter foco no que quer. Tem a capacidade de resolver e achar novos caminhos rapidamente pra chegar em um lugar em que ela se beneficie. Eu acho qualidades ótimas, o problema é que ela nem sempre usa toda essa “eficiência” para o bem de todos os envolvidos (risos). 

 

Em que/quem se inspirou para fazê-la?

Eu tenho um bom caminho em novelas de época, o que me permite já entender um pouco sobre o contexto histórico, estudei a novela, o tom das personagens e me diverti. Não me inspirei em ninguém, a criei com as características que acho importante pra ela atingir o objetivo dela. 

 

Qual a sua expectativa para ver este trabalho no ar? 

A novela é linda, é um prazer enorme participar, já trabalhei com muitas pessoas do elenco e da equipe, sempre bom estar em um ambiente querido. A Sueli vai ser uma boa surpresa. 

 

Comente a relação de Sueli com Joaquim. E a relação dela com Rafael/ Davi.

Não sei se posso dar tanto spoiler, mas ela se envolve na trama Joaquim- Rafael/Davi- Isadora, e acho que ninguém vai sair muito satisfeito (risos).

 

Como está sendo contracenar com Danilo Mesquita e Rafael Vitti? 

Danilo é um amigo muito querido, adoro o trabalho dele, não só como ator, mas também como músico, é um amigo de roda de violão e samba. Um grande prazer encontrá-lo em cena. Rafa também conheço há um tempo e é a gentileza em pessoa. Eu estou muito bem acompanhada, os dois são ótimos atores. 

 

Como foi o convite para atuar em "Além da Ilusão"?

Fábio Zambroni, produtor de elenco da novela, me ligou e fiquei superanimada. Confio muito no Fábio. Já trabalhei com Luiz Henrique Rios também e foi um trabalho ótimo. Luiz dirigiu “Pais de primeira”, inclusive a deusa da Marisa Orth também estava nesse projeto e estou a reencontrando agora, por mais que a gente não vá se encontrar em cena, é sempre um prazer. 

 

Tem algum outro projeto em andamento que ache legal comentar?

Esse ano lanço Travessia, que é um projeto em que eu assino roteiro, produção e assistência de direção, um curta filmado em plena pandemia em um barco, com Caio Blat e uma equipe genial. Um projeto pra correr festivais, espero em breve dar outras notícias. Também estou filmando a série “O jogo que mudou a história”, criada por José Júnior, direção do Heitor Dhalia e vai ao ar na Globoplay. É um projeto que acredito muito, não só pelo que ele é, que é incrível, mas também porque é a primeira vez que trabalho com o José Júnior e a produtora Afro Reggae audiovisual, que além de hoje ser uma produtora, é um projeto que respeito profundamente e sempre foi referência de arte pra mim, principalmente no espaço Baixada Fluminense, onde eu nasci. O AfroReggae fez e faz a diferença pra muitas pessoas vindas de lugares onde o poder público não chega, um projeto que amplia o olhar da periferia, que tem responsabilidade com o social. O nosso dever como artista, o meu, principalmente, que conheci a arte através de um projeto social é estar alinhado com projetos que acrescentam não só o público, mas a gente também. Estou animada!

        

"Além da Ilusão" é criada e escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

.: Lista: celebre o "Dia do Cinema Brasileiro" no domingo

A data é comemorada no próximo domingo (19) e ideal para maratonar e valorizar os filmes brasileiros


Em homenagem às primeiras imagens em movimento registradas em território nacional, o Dia do Cinema Brasileiro é comemorando no dia 19 de junho. E para aqueles que amam, apoiam e valorizam as produções brasileiras, o Star+ é o lugar certo! A plataforma tem em seu portfólio diversas opções, que vão de comédia ao drama e contam com grandes nomes nacionais, como Glória Pires, Leandra Leal, Bruno Gagliasso, Alice Braga, Reinaldo Gianecchini, Wagner Moura, Lázaro Ramos, entre outros. 

Confira abaixo uma seleção de produções nacionais disponíveis no Star+:

Vale Night (2022) 

Um “vale night” é o sonho de consumo de todo casal com filho pequeno. E com Daiana e Vini, um casal da periferia paulista, não é diferente. Cansada de lidar com as responsabilidades do primeiro filho, Daiana (Gabriela Dias) resolve pegar um “vale night” para passar a noite com as amigas, mas, para isso, precisa deixar o filho com o pai da criança. Vini (Pedro Ottoni), também entediado, decide levar o bebê para o baile funk, onde tudo vai bem até que ele perde o menino e parte em busca da criança por toda a comunidade, se colocando em situações inusitadas e divertidas para que Daiana não perceba nada. O filme ainda conta com Linn da Quebrada, Yuri Marçal, Tia Má, Jonathan Haagensen e grandes nomes no elenco.

Fédro (2022)

“Fédro” trata-se de um documentário que promove o reencontro entre o ator Reinaldo Gianecchini e seu mentor, o diretor José Celso Martinez Corrêa, para a primeira leitura do texto “Fedro” de Platão, adaptado por Zé Celso. O reencontro evitado por mais de duas décadas apresenta uma verdadeira aula sobre arte, amor e vida, sendo uma experiência transformadora.

O Segundo Homem (2022)

Dirigido por Thiago Luciano, “O Segundo Homem” conta a história de Miro (Anderson di Rizzi), um bom homem, casado com Solange (Lucy Ramos) e pai de Rosa, uma menina de sete anos. Miro decide se alistar nas forças militares para proteger sua família da explosão de violência. O que ele não esperava é que essa transformação acabasse levando a guerra para dentro de casa, atingindo as pessoas que ele mais ama. Uma história impactante, baseada em fortes críticas sociais, que pode ser um retrato preciso do que teremos que enfrentar.

Veneza (2021)

O longa de Miguel Falabella conta a história de Gringa (interpretada pela espanhola Carmen Maura), uma cafetina cega e obcecada pela ideia de conhecer a famosa “cidade flutuante” e reencontrar a grande paixão de sua vida nas terras e águas italianas. Ao mesmo tempo em que lidam com seus desejos e frustrações, as prostitutas do bordel buscam alguma forma de realizar o último pedido daquela que as acolheu quando mais precisaram.

Grandes nomes como Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro, André Mattos, Caio Manhente e Danielle Winits compõem o elenco do longa-metragem. Baseado na premiada peça teatral homônima do autor argentino Jorge Accame, “Veneza” foi adaptado pelo próprio Miguel Falabella para os palcos brasileiros no início dos anos 2000.

O Auto da Boa Mentira (2021)

Dizem que mentira tem perna curta. Se isso é verdade, a bichinha corre rápido, viu! Em quatro histórias inspiradas em contos bem-humorados de Ariano Suassuna, cada uma criada a partir de frases do poeta paraibano, conhecemos Helder (Leandro Hassum), Fabiano (Renato Góes), Pierce (Chris Mason) e Lorena (Cacá Ottoni), vivendo diferentes situações em que, ironicamente, a mentira é sempre a protagonista.

A Comédia Divina (2017)

Em crise, um programa jornalístico demite uma repórter e em seu lugar contrata Raquel (Mônica Iozzi), jornalista recém-formada e affair do âncora garanhão, Mateus (Dalton Vigh). Incomodada pela convivência com Lucas (Thiago Mendonça), um inconformado ex-namorado que trabalha na produção, ela vê sua carreira decolar graças a um furo: o Diabo (Murilo Rosa) acaba de abrir sua própria igreja na Terra.

Nise: O Coração da Loucura (2016)

Filme biográfico baseado na história de Nise da Silveira (Glória Pires), psiquiatra reconhecida mundialmente por ter revolucionado o tratamento psiquiátrico no Brasil. "Nise: O Coração da Loucura" mostra como Nise, ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem de esquizofrenia. Sem o apoio dos seus colegas, ela então assume o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes: através do amor e da arte.

É Fada! (2016)

Após se dar mal em uma série de trabalhos, a fada tagarela e atrapalhada Geraldine (Kéfera Buchmann) recebe a missão de ajudar a jovem Júlia (Klara Castanho). A garota vive com o pai e acaba de trocar de colégio. Ela tem dificuldade de lidar com os novos colegas e não é nenhum pouco popular na escola. A fada tentará mudar isso, ajudando em sua vida social e amorosa.

Doidas e Santas (2016)

Beatriz (Maria Paula) é uma terapeuta de casais que também escreve livros sobre o tema. Pressionada com o prazo cada vez mais apertado para escrever seu novo livro, ela precisa lidar com problemas no próprio casamento com o advogado Orlando (Marcelo Faria), e ainda a filha adolescente (Luana Maia) e a mãe (Nicette Bruno), com as quais vive batendo de frente.

Entre Idas e Vindas (2016)

Afonso (Fábio Assunção) é um professor universitário separado, que vive com o filho Benedito (João Assunção). Um dia, eles resolvem fazer uma viagem juntos, mas enfrentam problemas quando o carro deles quebra. Eles são ajudados por quatro operadoras de telemarketing — Amanda (Ingrid Guimarães), Sandra (Alice Braga), Krisse (Rosanne Mulholland) e Cillie (Caroline Abras) — que também faziam uma viagem e os levam de volta a São Paulo. O que seria uma simples carona acaba se transformando em uma viagem cheia de aventuras e transformações pessoais.

Bem Casados (2015) 

Solteirão convicto, Heitor (Alexandre Borges) ganha a vida comandando uma equipe que registra cerimônias de casamento e se mete em encrenca ao se tornar alvo de Penélope (Camila Morgado), que está desesperada para impedir o enlace matrimonial do amante.


O Vendedor de Passados (2015)

O que você faria se pudesse alterar erros ou lembranças dolorosas do passado? Esta é a profissão de Vicente (Lázaro Ramos): ele vende passados às pessoas, criando documentos, fotos e outros indícios necessários para reescrever a história. O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa.


O Lobo Atrás da Porta (2013)

O desaparecimento de uma criança faz com que seus pais, Bernardo (Milhem Cortaz) e Sylvia (Fabiula Nascimento), vão até uma delegacia. O caso fica a cargo do delegado (Juliano Cazarré), que resolve interrogá-los separadamente. Logo descobre que Bernardo mantinha uma amante, Rosa (Leandra Leal), que é levada à delegacia para averiguações. A partir de depoimentos do trio, o delegado descobre uma rede de mentiras, amor, vingança e ciúmes envolvendo o trio.

Trash: A Esperança Vem do Lixo (2014)

"Trash: A Esperança Vem do Lixo" apresenta os garotos Gardo (Eduardo Luís) e Raphael (Rickson Tevez), que vivem em um lixão no Rio de Janeiro e sempre buscam algo valioso entre os restos despejados no local todo dia. Porém, após um deles encontrar uma carteira em meio aos despejos do aterro sanitário, os garotos entram na mira do policial Frederico (Selton Mello) e do político corrupto Santos (Stephan Nercessian). A carteira em questão pertencia a José Ângelo (Wagner Moura), que deixou um código capaz de levar a uma fortuna de R$ 10 milhões.

Mato Sem Cachorro (2013)

Deco (Bruno Gagliasso) vive jogado no sofá de sua casa, apesar de ter talento musical. Um dia, ele encontra dois grandes amores: a radialista Zoé (Leandra Leal) e o cachorro Guto, que desmaia toda vez que fica muito animado. Não demora muito para o trio começar a viver junto, mas dois anos depois Zoé termina o namoro, fica com a guarda de Guto e arranja um novo namorado (Enrique Diaz). Motivos mais do que suficientes para Deco ficar revoltado e preparar uma vingança: sequestrar Guto. Para isso, ele conta com a ajuda de seu primo Leléo (Danilo Gentili).

Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão (2010)

Este documentário emocionante narra a vida do lendário campeão brasileiro de automobilismo, Ayrton Senna. Abrangendo a década de sua chegada à Fórmula 1 em meados dos anos 80, o filme segue as lutas de Senna tanto na pista quanto fora dela, retratando uma figura pública dinâmica e complexa que poderia ser espiritual e implacável, ao mesmo tempo em que se tornava uma superestrela global.


Tropa de Elite (2007)

Nascimento (Wagner Moura), capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que tem como missão apaziguar o Morro do Turano. Ele precisa cumprir as ordens enquanto procura por um substituto para ficar em seu lugar. Em meio a um tiroteio, Nascimento e sua equipe resgatam Neto (Caio Junqueira) e Mathias (André Ramiro), dois aspirantes a oficiais da PM. Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite.

O Homem que Copiava (2003)

André (Lázaro Ramos) é um operador de fotocopiadora na livraria e papelaria J. Gomide que ganha mal e mora com a mãe. Ele é apaixonado por Silvia (Leandra Leal), sua vizinha, quem ele espia toda noite de sua janela. Ele descobre que ela trabalha em uma loja de roupas e, para chamar sua atenção, tenta de todas as formas conseguir 38 reais para fazer uma compra no estabelecimento. Ele então tem a ideia de copiar uma nota de 50 reais, o que desencadeia uma série de confusões em sua vida. 


quarta-feira, 15 de junho de 2022

.: Crítica: "Ilusões Perdidas", longa francês adaptado de Honoré de Balzac

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2022



A produção que esteve nas salas de cinemas do Cineflix durante o Festival de Cinema Varilux do ano passado, retorna para apresentar a história do poeta Lucien Chandour de Rubempré (Benjamin Voisin) que, ainda jovem, trabalha numa tipografia e mantém relação amorosa com uma mulher importante e casada de sua província natal: Madame Louise de Bargeton (Cécile de France). 


Eis que a musa inspiradora para a coletânea de poemas do rapaz, intitulada de "Margaridinhas", segue até o berço da evolução, Paris, e o leva junto. Para não ser fofoca da sociedade burguesa dali, Madame de Bargeton, aconselhada pela prima e marquesa (Jeanne Balibar), rompe com o poeta sonhador, deixando-o à própria sorte. Todavia, antes, Lucien estende a rede de relações conhecendo, superficialmente, o grande nome da escrita dos salões, o poeta Anastazio (Xavier Dolan).

Sem dinheiro e comendo restos, o poeta de província trabalha como garçom num restaurante, que tem Étienne (Vincent Lacoste), editor de jornais, como cliente. Numa situação bastante curiosa, os dois acabam se aproximando a ponto de Lucien sair da gastronomia e mergulhar no lado obscuro da imprensa. Hábil com as palavras, ele é inserido na engrenagem de fazer chacota de todos, inclusive de figuras importantes da sociedade. 

Com talento indiscutível para o jornalismo, de acordo com a linha editorial do "Le Corsaire-Satan", rapidamente ascende na carreira jornalística e assina seus artigos usando o sobrenome da mãe, Rubempré. Ao frequentar os salões de teatro, Lucien conquista uma parceira no amor, a dona das meias escarlate: Coralie (Salomé Dewaels). Uma ex-atriz de rua, mantida por um homem velho e endinheirado, que consegue chegar ao grande palco principal do teatro parisiense.


No topo, Lucien ouve Anastazio e acaba caindo na desgraça de se reencontrar com a amante, Louise de Bargeton. Qual a maior promessa dela? A de que ele consiga um título na sociedade. Assim, deixaria o sobrenome do pai, Chandour -do qual tinha vergonha-, e assumiria perante todos, Rubempré. A verdade é que para chegar tão alto, Lucien desmereceu a todos que estavam em seu entorno. Fatalmente, o desejo de vingança dos ridicularizados fez com que armassem planos para levá-lo à miséria. Sabemos bem que "tudo o que vai, um dia volta."

O longa é definitivamente uma montagem belíssima -das que se assiste duas vezes no cinema quando se tem oportunidade. Desde o figurino, cenário, iluminação, sonoplastia, trilha sonora, edição de imagens e a atuação impecável do elenco, que ainda tem Gérard Depardieu na pele de Dauriat, um editor analfabeto. Em "Ilusões Perdidas" tudo contribui para o enriquecimento da produção que se debruça no texto intocável de Balzac



O filme dirigido por Xavier Giannoli é fiel ao retratar um sonhador que sabe usar as palavras, mas não o cérebro a ponto de colocar o próprio sucesso em jogo. Enquanto que Lucien cresce dançando a música que lhe é tocada, cresce, porém acaba se perdendo ao ridicularizar os poderosos, tentando reviver um amor do passado e ainda ser conhecido pelo sobrenome de seu agrado. Mesmo que tenha que dar as costas para o verdadeiro amor e aquele que, desde o início, tinha tudo para ser seu grande amigo na Paris que vivia a lei do lucro e do fingimento.

Em 2h29m a rede de interesses é formada em torno de Lucien, desde a criação e divulgação de fake news -não com esse nome, na época- ao ápice da luta declarada para firmar quem pode mais. Contudo, Lucien, descobre que a vida não só traz champanhe, mas também muita dor e perdas. Afinal, para tudo há um preço, seja na redação de um jornal ou no meio político. Ainda mais que acima de tudo estão as reputações e a importância de quem as pode manter. Filme imperdível!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Filme: "Ilusões Perdidas" ("Illusions Perdues")
Ano de Produção: 2021
Idioma: francês
Diretor: Xavier Giannoli
Duração: 2h29m
Classificação: 14 anos
Elenco: Benjamin Voisin, Cécile de France, Vincent Lacoste

Trailer de "Ilusões Perdidas"



.: Da Alemanha nazista para o sul do Brasil: memórias inspiram romance

Prefaciado por Marcos Piangers e Claufe Rodrigues, lançamento do escritor Paulo Stucchi manifesta as dores causadas pela ideologia que repercutem até os dias atuais.


No cemitério de Marburg, na Alemanha, em um dia frio de inverno, uma mulher está em frente a uma lápide, acompanhada apenas por uma sombra que a persegue há muitos anos. Ela decidiu viajar até o país unicamente para visitar esse túmulo: é lá onde estão os restos do homem que sempre foi um mistério: o próprio pai, Jonas. A mulher é Susan Schunk, protagonista do novo romance histórico de Paulo Stucchi, escritor finalista do Prêmio Jabuti.

A personagem de "Um de Nós Foi Feliz" é inspirada em Tania Girke Volkart, gaúcha de Três Coroas. Ela presenciou o relacionamento abusivo dos pais e cresceu com o sentimento de rejeição e culpa. Entre o passado da família na Alemanha nazista e o presente no Rio Grande do Sul, a obra publicada pela Maquinaria Editorial repercute as dores provocadas pela ideologia durante o período de ascensão e também nos dias atuais.

Antes de ser o pai de Susan e causar os traumas que seguiram a personagem durante toda a vida, o jovem Jonas enfrentou as primeiras consequências e contradições da vida adulta na cidade de Neumarkt. Ao mesmo tempo, ele descobriu o amor nos olhos intensos da colega de tranças duplas. O problema é que o temperamento explosivo e os erros de adolescente aconteceram em meio à ascensão do Partido Nazista.

Prefaciado por Marcos Piangers e Claufe Rodrigues, o livro consagra o estilo narrativo histórico iniciado pelo autor em "O Triste Amor", de Augusto Ramonet, que se passa no Chile de Salvador Allende, durante o golpe de Estado de Pinochet. Na sequência, Paulo escreveu o romance Menina – Mitacuña, que tem como pano de fundo a Guerra do Paraguai. Até então, o grande destaque foi a indicação de A Filha do Reich ao Jabuti, mas Um de nós foi feliz é uma evolução de seu jeito único de contar histórias baseadas em fatos. Você pode comprar o livro "Um de Nós Foi Feliz", de Paulo Stucchi, neste link.


Livro: "Um de Nós Foi Feliz" 
Autor:  Paulo Stucchi
Páginas:
352
Formato: 23 x 15 cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3xqt6hW


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