terça-feira, 12 de julho de 2022

.: "Mainá", de Karina Buhr, uma das vozes mais eletrizantes da MPB

Cantora, compositora, percussionista, poeta e atriz brasileira, Karina Buhr lança o livro "Mainá",  um romance múltiplo, pela editora Todavia. Mainá nasceu junto às rezadeiras e a uma santinha com sobrancelhas douradas, é filha de Argélia e afilhada de Julião.

Faladeira e vidente, é Mainá quem conduz este romance, uma criança ao mesmo tempo antiga e futurista. Desde a primeira linha, Karina Buhr traz o que ela já oferta no palco, sua voz, seus tambores, suas letras, assim como as ilustrações, as crônicas e poesias, um corpo inteirinho devotado ao sublime. Você pode comprar "Mainá", de Karina Buhr, neste link.


Sobre a autora
Karina Buhr nasceu em 1974, em Salvador, e aos sete anos mudou-se para Recife, onde iniciou sua carreira na música. Hoje é considerada uma das vozes mais eletrizantes do cenário musical brasleiro. É autora do livro de poemas "Desperdiçando Rima".


.: Tom Zé lança “Língua Brasileira” cinco anos após o último lançamento


Cinco anos após o lançamento de “Sem Você Não A”, Tom Zé e Selo Sesc celebram o lançamento de “Língua Brasileira”, álbum que recebe o mesmo nome do espetáculo teatral que estreou em janeiro de 2022 no Sesc Consolação, fruto de uma parceria entre o músico e o diretor teatral Felipe Hirsch, que também assina a direção artística do álbum, com produção musical de Daniel Ganjaman e Daniel Maia.

Em formatos físico e digital, o disco conta com 11 faixas e chega às Lojas Sesc, plataformas de streaming e gratuitamente ao Sesc Digital. “Língua Brasileira” apresenta dez canções inéditas (“Os Clarins da Coragem” foi lançada como single em 22 de abril), nascidas desse mergulho em águas teatrais, profundas e estimulantes.

O resultado são obras inventivas, como “Hy-Brasil Terra sem Mal”, inspirada na crença tupi-guarani da “Terra sem Mal” e na mitológica ilha que figura na cultura celta, denominada Hy-Brasil: uma porção de terra ao norte do oceano Atlântico que passaria períodos cíclicos de sete anos oculta sob grossa neblina, revelando-se aos olhos dos navegantes por um único dia, porém mantendo-se sempre inalcançável às embarcações; e “Pompeia - Piche no Muro Nu”, nascida do espanto do músico com a descoberta dos registros de pichações em latim vulgar nas paredes da cidade de Pompeia, na Itália.

O álbum propõe-se a investigar a língua e a cultura brasileiras, celebrando suas especificidades e riquezas, em contraponto à narrativa colonial e simplificadora da “descoberta” do Brasil e da disseminação da língua portuguesa. Os episódios de massacre e anulação das diferenças sempre existiram, mas não foram suficientes para impedir a mistura do idioma português (ele próprio já fruto de um processo milenar de miscigenação) com a multiplicidade de línguas africanas e indígenas faladas por muito tempo em território nacional.

Sobre o processo de composição e suas inspirações, Tom Zé afirma e destaca a importância de outras culturas para a formação e a construção da língua portuguesa em terras brasileiras: “Foram dois anos de trabalho, de domingo a domingo, com Daniel Maia sempre a meu lado, fazendo um esboço imediato de arranjo, que nos permitia calcular o futuro alcance da música. Neusa, algébrica, imediata, direta! E assim chegamos, com leves arranhões, a este disco com gravações inéditas, que passamos aos vossos ouvidos. Nós nos orgulhamos da língua cantabilee melodiosa que falamos no Brasil. As averiguações mostram que herdamos isso de uma antiga língua africana e negra: o quimbundo. Falamos, com pouso nas vogais, uma língua quase cantada, em vez daquelas consoantes acentuadas preferidas em Portugal”.

“Língua Brasileira” é parte de um projeto ambicioso que contempla, além da criação musical, a pesquisa em linguagem teatral, letras, antropologia e outras disciplinas. Para realizá-lo, Felipe Hirsch e Tom Zé passaram dois anos estudando os primórdios da língua falada no brasil, com a contribuição de dezenas de acadêmicos e especialistas em idiomas diversos – como o tupi, o kimbundo, o celta e o protoindo-europeu – que conduziram a investigação atentos às especificidades brasileiras, no que diz respeito à disseminação da língua portuguesa e suas fusões históricas.

Sobre essas contribuições, Hirsch destaca as participações de artistas e acadêmicos: “Não acredito na quantidade de gente que reunimos em torno disso. O Eduardo Navarro nos ajudando com o tupi, o Caetano Galindo, o próprio Viveiros de Castro que nos deu informações... Foi muita gente reunida. O Caetano escreveu até um texto sobre isso, uma rede fraterna ajudando um pouco a construir esse trabalho, além de Yeda Pessoa de Castro”.

Para Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, o disco "Língua Brasileira", produzido pelo Selo Sesc, é uma obra admirável de um artista consistentemente inquieto e inspirado. "É também fruto de um trabalho coletivo de investigação artística que tem o apoio do Sesc SP por contribuir com as discussões sobre o conceito de brasilidade e a formação das identidades nacionais”, afirma.


Sobre Tom Zé
Baiano de Irará, aos 85 anos, Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, é um dos compositores e arranjadores mais originais e ativos da música popular brasileira. É parte da cena musical do país desde os anos 60, quando integrou o movimento da Tropicália. Nas décadas seguintes, se entrega ao pop experimental e é “encontrado” por David Byrne, ex-Talking Heads, que leva sua obra para os Estados Unidos, tornando-se grande sucesso da crítica internacional. O músico possui mais de 20 álbuns de estúdio.


.: Seis motivos para assistir "Thor: Amor e Trovão" nos cinemas

“Thor: Amor e Trovão”, o mais novo filme da Marvel Studios, está em exibição nos cinemas do país e do mundo apresentando Thor (Chris Hemsworth) em uma jornada diferente de tudo que ele já enfrentou: a busca pelo autoconhecimento. Sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), que busca a extinção dos deuses.

Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda do Rei Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e da ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que, para a surpresa dele, inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, sendo a Poderosa Thor. A produção promete agradar os fãs de super-heróis e até quem não está tão familiarizado com o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Confira abaixo alguns motivos para não perder o filme nos cinemas:

Sem conexão com filmes anteriores do MCU
Apesar de ter elementos de filmes antigos, a produção é narrada por Korg (Taika Waititi) que apresenta claramente um contexto dos acontecimentos atuais na produção. Sendo assim, quem não assistiu aos outros filmes do MCU, pode assistir “Thor: Amor e Trovão” sem medo de se perder ou não entender a história.

A atuação de milhões de Christian Bale
Christian Bale entrou para o MCU neste filme interpretando Gorr, o Carniceiro dos Deuses. A atuação está sendo aclamada pela crítica internacional, na qual muitos dizem que o vilão de “Thor: Amor e Trovão” é um dos mais assustadores que já passaram pelo MCU.

O romance de Jane e Thor
Em “Thor: Amor e Trovão”, o público revê um dos casais mais queridos do MCU: Jane Foster e Thor. A produção também explica (finalmente) o motivo do término do casal e mostra momentos emocionantes de ambos ao combater Gorr pelo salvamento dos deuses.

Humor e emoção
Como “Thor: Amor e Trovão” é dirigido por um dos principais comediantes da atualidade, Taika Waititi, o público pode esperar por piadas e cenas engraçadas que proporcionarão muitas risadas. Mas não só de humor vive o novo filme da Marvel Studios, a produção também conta com momentos emocionantes que prometem arrancar algumas lágrimas dos espectadores. Equilíbrio é tudo!

Personagens icônicos
Além de Thor, Jane e Gorr, Rei Valquíria (Tessa Thompson) e Korg (Taika Waititi) também são destaques em “Thor: Amor e Trovão”. Os personagens aparecem durante toda a produção no combate ao carniceiro dos deuses.

Cenas pós-créditos
Sim, o filme “Thor: Amor e Trovão” conta com duas cenas pós-créditos que possuem a sua importância/relevância para o Universo Cinematográfico da Marvel e que serão bastante comentadas durante os próximos meses. Então, se não quiser levar spoiler, fique no cinema até o último segundo da produção.

+Leia também:
.: Crítica: "Thor: Amor e Trovão" é rock'n'roll e perfeição na telona


"Thor - Amor e Trovão" - Trailer dublado


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: Casa das Rosas realiza palestras sobre a representação da água na literatura

O objetivo é discutir a presença desse elemento na história literária, da Odisseia a obras de autores brasileiros, discutindo também as travessias de migrantes e refugiados. Foto: André Hoff


A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, realiza no mês de julho um ciclo de palestras com o objetivo de trazer a representação da água na literatura, a partir da obra de diferentes escritores nacionais e internacionais, como Homero, Camões, José de Alencar, Guimarães Rosa e outros.

O ciclo Literatura e água: da Odisseia às travessias de migrantes e refugiados convida os inscritos a uma viagem no tempo para mostrar como esse elemento tão importante da natureza esteve presente durante a história da humanidade, além de refletir sobre sua presença na literatura e nas demais linguagens artísticas. Os encontros estão programados para as terças-feiras de julho e agosto, das 19h às 21h, virtualmente pelo Zoom. A inscrição para os próximos encontros pode ser feita por meio do link.

A abertura do ciclo, no dia 5 de julho, foi conduzida por Giuliana Ragusa, professora de língua e literatura grega na Universidade de São Paulo - USP, que abordou uma das obras mais antigas do mundo, a "Odisseia de Homero", seguindo o rastro de Odisseu (ou Ulisses), condenado a vagar pelos mares sem poder voltar para casa. Já o segundo encontro, no dia 12 de julho, aportará no Brasil, sob o comando de Stefania Chiarelli, professora de literatura brasileira na Universidade Federal Fluminense - UFF, que tratará do romance "Iracema", de José de Alencar.

No dia 19 de julho, os deslocamentos migratórios marítimos e nos navios - cuja figura sempre esteve ligada à alegoria da esperança - serão abordados pela professora Adriana Marcolini, organizadora do ciclo, tradutora e pesquisadora da área de migrações, além de docente de língua italiana, que focalizará, em 26 de julho, a emigração italiana e as migrações contemporâneas.

O conto "A Terceira Margem do Rio", do grande escritor brasileiro Guimarães Rosa, será o tema da quinta palestra do ciclo, ministrada por Yudith Rosenbaum. A docente de literatura brasileira na USP fará uma análise do texto, considerado uma pérola rosiana.

Caio Gagliardi, professor da USP e especialista em literatura portuguesa, conduzirá o sexto encontro a partir dos textos de dois gigantes da literatura lusa: o poema "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, e o livro "Mensagem", de Fernando Pessoa.

Caminhando para o encerramento desse ciclo, a professora Stefania Chiarelli retornará na penúltima aula discorrendo sobre o conto "O Profeta", de Samuel Rawet, imigrante judeu polonês que se fixou no Brasil e surgiu no cenário literário nacional em 1956, com a coletânea "Contos do Imigrante".

A última aula do ciclo, também com a professora Stefania Chiarelli, abordará a literatura brasileira contemporânea por meio de obras que retratam o mar e a ditadura. Ela levará os participantes a um passeio pelos romances "Azul Corvo", de Adriana Lisboa, e "Mar Azul", de Paloma Vidal, obras que narram a vida de personagens, em trânsito e em busca de si mesmos, entrelaçadas com os temas da água, do oceano, da ausência, do luto, da distância e do esquecimento.

A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura integra a Rede de Museus-Casas Literários, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis.


Próximas palestras:

"Imagens Líquidas em Iracema"
Com Stefania Chiarelli
Terça-feira, 12 de julho, das 19h às 21h

"Mar e Deslocamentos Migratórios"
Com Adriana Marcolini
Terça-feira, 19 de julho, das 19h às 21h

"As Travessias da Emigração Italiana e das Migrações Contemporâneas"
Com Adriana Marcolini
Terça-feira, 26 de julho, das 19h às 21h

"A Presença da Água em Guimarães Rosa"
Com Yudith Rosenbaum
Terça-feira, 2 de agosto, das 19h às 21h

"O Mar e a Lusofonia"
Com Caio Gagliardi
Terça-feira, 9 de agosto, das 19h às 21h

"Vapores Migrantes e a Água"
Com Stefania Chiarelli
Terça-feira, 16 de agosto, das 19h às 21h

"Literatura Brasileira Contemporânea: Mar e Ditadura"
Com Stefania Chiarelli
Terça-feira, 23 de agosto, das 19h às 21h


Serviço
Casa das Rosas
Ciclo de Palestras
"Literatura e Água: da Odisseia às Travessias de Migrantes e Refugiados"
Concepção e organização: 
Adriana Marcolini
Terças-feiras, 5, 12, 19 e 26 de julho, e 2, 9, 16 e 23 de agosto, das 19h às 21h
Atividade realizada virtualmente, pelo Zoom.
Inscrições neste link.
Vagas:
250

A Casa das Rosas está passando por restauro. O telefone atual para contato é do Anexo da Casa Guilherme de Almeida: (11) 3673-1883 | 3803-8525; ou pelo e-mail disponível no site. Jardim do museu aberto de segunda a domingo, das 7h às 22h. Avenida Paulista, 37 - Bela Vista/São Paulo. Programação gratuita.



.: "O que Não se Vê": Rhizomatiks estreia exposição interativa na Japan House SP

Conhecido por performances tecnológicas marcantes como a realizada no encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o coletivo japonês tem sua primeira exposição individual no Brasil entre 12 de julho e 2 de outubro, apresentando o panorama artístico de novas mídias do Japão. Foto: Marina Melchers

Arte e tecnologia se encontram na próxima exposição da Japan House São Paulo, “O que Não se Vê – Rhizomatiks”. A mostra inédita e interativa com entrada gratuita apresenta o trabalho de um dos principais grupos criativos do Japão, reconhecido mundialmente por projetos que estudam a confluência entre a tecnologia, análises de bancos de dados e a expressão humana por meio da arte. 

Em cartaz de 12 de julho a 2 de outubro, a exposição reúne três instalações: "Sensing Streams 2022 – invisible, inaudible" (Ryuichi Sakamoto e Daito Manabe); "optical walls" (Yoichi Sakamoto) e “Gold Rush” – Visualization + Sonification of OpenSea activity, além da seção Rhizomatiks Archive & Behind the Scenes, que traz uma seleção de dispositivos criados pelo grupo japonês ao longo de seus 15 anos de atividade.

Fundado em 2006, o coletivo Rhizomatiks explora novas formas de expressão e de tecnologia, apresentando trabalhos inovadores centrados em pesquisa e desenvolvimento, bem como projetos colaborativos com outros artistas e pesquisadores. Na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro, o coletivo se destacou pela performance tecnológica que combinava realidade virtual com computação gráfica.  

Na Japan House São Paulo, os visitantes poderão vivenciar diferentes experiências ao adentrar o térreo da instituição nipônica: interação, imersão e contemplação. Começando pela instalação "Sensing Streams 2022 - invisible, inaudible" - desenvolvida por Daito Manabe, um dos fundadores do Rhizomatiks, em colaboração com o músico japonês Ryuichi Sakamoto, compositor de trilhas sonoras vencedoras do Oscar e BAFTA como a "Merry Christmas Mr. Lawrence" (e que participou da cerimônia de inauguração da Japan House São Paulo), a obra detecta ondas eletromagnéticas por meio de uma antena e torna visíveis e audíveis as diferentes frequências dessas ondas em tempo real por meio de uma grande tela de LED, de mais de 10m² com alta definição e alto-falantes. A partir daí, o público é convidado a interagir com a obra, mudando a frequência e o comprimento de onda com um controlador manual. 

Além disso, as imagens e sonoridades são alteradas em tempo real, a partir das ondas que estão presentes no local, incluindo aquelas vindas dos smartphones. “Nos dias atuais, quando as ondas eletromagnéticas se tornaram parte essencial de nossa infraestrutura, esta obra nos torna conscientes de um fenômeno que geralmente passa despercebido - o fluxo, ou fluxos, de uma infinidade de ondas eletromagnéticas -, ao mesmo tempo em que reflete nosso envolvimento ativo através de telefones celulares e smartphones”, explica Daito Manabe. 

Outro projeto que chega pela primeira vez ao Brasil é optical walls, instalação criada pelo engenheiro de hardware do Rhizomatiks, Yoichi Sakamoto, em colaboração com a empresa química Mitsui Chemicals. Nesta obra, um jogo de luzes de LED atravessa as lentes dispostas em uma sala escura enevoada criando um espaço segmentado pela luz. A luz difusa de LED neste ambiente cria paredes de luz que pairam no ar ou remete a imagem de portas se abrindo no escuro.

“Na natureza existem fenômenos surpreendentemente complexos a partir das ferramentas mais simples. Por exemplo, a órbita da Terra ao redor do Sol está sobre um eixo fixo e inclinado, que dá origem às estações do ano e a um conjunto mercurial de flutuações ambientais. Embora frequentemente esquecida no decorrer da vida cotidiana, esta inclinação de apenas 23,5 graus gera uma variação verdadeiramente notável neste planeta que chamamos de lar. Nossa instalação trata justamente sobre princípios enganosamente simples como esse. No fundo, é composta puramente de um punhado de fontes de luz rotativas que exploram o papel da difusão em superfícies planas. Utilizando materiais fabricados pelo homem, optical walls demonstra as leis fenomenológicas da natureza e um deslumbrante efeito caleidoscópico”
, comenta o engenheiro. 

A exposição “O que não se vê – Rhizomatiks” traz ainda a obra “Gold Rush” – Visualization + Sonification of OpenSea activity focada no universo digital, em especial no movimento dos NFTs e da CryptoArt, e provoca uma reflexão sobre os desafios da “corrida pelo ouro” moderna. O trabalho audiovisual surgiu das inúmeras pesquisas do coletivo em seu “CryptoArt Experiment”, plataforma desenvolvida pelo Rhizomatiks como um mercado para a compra de CryptoArt.

Bem no meio dessa fronteira entre economia, tecnologia e arte, Gold Rush é um registro das 24 horas anteriores e posteriores ao dia 11 de março de 2021, data em que a obra "Everydays: The First 5000 Days", do artista norte-americano Beeple, foi vendida pela casa de leilões britânica Christie's por US$69.346.250,00 – um marco para a história das NFTs e da arte. Buscando refletir sobre a estética do NFT, que possui regras, lógica e estrutura totalmente diferentes das que são encontradas no mercado de arte existente no mundo físico, Daito Manabe analisou e tornou visível os dados da transação comercial dentro do OpenSea (plataforma de negociação de NFTs) – durante o dia no qual a obra supramencionada foi arrematada.  

Para a diretora cultural da Japan House São Paulo e curadora da exposição, Natasha Barzaghi Geenen, “essa obra não chama a atenção apenas para um assunto tão atual quanto os NFTs, criptomoedas e blockchains, mas dá visibilidade para o dinamismo das relações virtuais e suas tantas possibilidades”

Para os mais curiosos, a exposição da Japan House São Paulo ainda conta com uma seção dedicada a uma variedade de colaborações, trabalhos, registros de pesquisas e seus desenvolvimentos e outros projetos que foram desenvolvidos pelo Rhizomatiks no Japão e no mundo. A Rhizomatiks Archive & Behind the Scenes apresenta uma seleção de dispositivos criados pelo coletivo entre 2006 e 2021 que sublinha a inventividade do grupo tanto no campo tecnológico e da exploração e criação de hardwares e dispositivos, quanto artístico. São vídeos, dispositivos originais (como drones e outros objetos) e documentações, pelos quais é possível entender um pouco dos bastidores do processo de tentativa e erro que levam à produção única do coletivo japonês. 

“Era um desejo antigo trazer uma exposição dedicada ao trabalho do Rhizomatiks, com suas propostas experimentais, com seus jogos tão atuais entre o real e o virtual, suas novas possibilidades tecnológicas e de expressão.  A seleção destas quatro obras específicas foi feita para que as pessoas possam conhecer alguns dos diferentes aspectos desse laboratório artístico que transita de maneira livre entre o mundo virtual e físico, entre os diversos campos de criação, entre as artes e o entretenimento”, comenta a curadora da exposição.

“Para isso, criamos também um web app exclusivo para esta exposição, que além de conteúdos acessíveis, trará um micro universo sobre as obras e outros assuntos que perpassam os trabalhos do coletivo, como tecnologia e ciência. Serão imagens, vídeos e entrevistas com especialistas com conexões que trarão um panorama sobre o processo de desenvolvimento do grupo japonês. Como complemento, haverá uma playlist musical no Spotify criada pelo próprio Daito Manabe exclusivamente para a mostra na JHSP”, complementa Natasha. Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “O que não se vê - Rhizomatiks” conta com recursos de audiodescrição, libras e bancada com elementos táteis.


Sobre Rhizomatiks
O Rhizomatiks explora as possibilidades de novas formas de expressão e de tecnologia, apresentando trabalhos inovadores por meio de projetos centrados em pesquisa e desenvolvimento, além de obras e projetos colaborativos com outros artistas e pesquisadores. Movendo-se livremente entre o universo digital e real, sua atuação contempla diversas áreas como artes, mídia, publicidade e entretenimento, arquitetura, desenvolvimento urbano e planejamento e operação de softwares e hardwares.

Dentre seus projetos mais conhecidos está a constante colaboração com os grupos musicais japoneses ELEVENPLAY e Perfume, além da performance ao vivo que combinava realidade virtual com computação gráfica, apresentada no encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro.


Serviço:
Exposição “O que não se vê – Rhizomatiks”
Período:
de 12 de julho a 2 de outubro de 2022
Local: Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52 (térreo) - São Paulo, SP
Horários: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h.
Gratuito. Reserva antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/ 
A exposição conta com recursos de acessibilidade (Libras, Audiodescrição, elementos táteis).


segunda-feira, 11 de julho de 2022

.: Livro "Saramago: Os Seus Nomes" é lançado com bate-papo em São Paulo


Uma viagem extraordinária, através de imagens, relatos e trechos de livros, à vida de José Saramago. Assim pode ser definido o livro “Saramago: Os Seus Nomes - Um Álbum Biográfico”, organizado pelos escritores Alejandro García SchnetzerRicardo Viel, com projeto gráfico de Raul Loureiro,lançado pela Companhia das Letras. Nesta quarta-feira, dia 12, às 19h, o livro será lançado na livraria Megafauna. O bate-papo conta com a presença dos organizadores e mediação da escritora Joselia Aguiar, com sessão de autógrafos após o bate-papo.

José Saramago é, incontestavelmente, um dos grandes mestres da literatura. Único autor de língua portuguesa a receber o prêmio Nobel, ele deixou tesouros como "Ensaio Sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Em 2022, celebra-se o centenário de nascimento desse homem que começou como serralheiro mecânico, tornou-se funcionário público, editor e, por fim, escritor - ofício que foi levado a outro patamar por suas mãos.

Este álbum biográfico sem precedentes, dividido em quatro perspectivas - "espaços/lugares", "leituras/sentidos", "escritas/criações" e "laços/pessoas" -, traz a vida de José Saramago ao entrelaçar mais de 200 nomes, entre cidades, marcos históricos, amigos, personagens. Lanzarote, Brasil, Blimunda, Deus, Judas, Fernando Pessoa, Marx, Jorge Amado, Pilar, todos estes relembrados por imagens do acervo da Fundação Saramago e registros em livros.

Em um primoroso trabalho de pesquisa, Alejandro García Schnetzer e Ricardo Viel apresentam ao mundo um novo José: suas inspirações e seus discípulos, os cenários que compuseram sua trajetória e sua relação amalgamada com o ser humano. Tudo, portanto, o que levou José a tornar-se Saramago.  Você pode comprar o livro “Saramago: Os Seus Nomes - Um Álbum Biográfico” neste link.


O que disseram sobre o livro
“É importante continuar a revisitar a consciência ética presente na obra de José Saramago. Essa consciência mantém, hoje, a sua acuidade, tanto na condenação da exclusão e das desigualdades como na importante mensagem sobre a necessidade de ‘reivindicarmos o dever’ de defender e fazer cumprir os direitos que a todos e cada um são conferidos. Esta fotobiografia contribuirá, confio, para que mais leitores relembrem ou descubram a exortação a que ‘os cidadãos comuns tomem a palavra e a iniciativa’ — e não prescindam nunca desse direito.” - António Guterres, secretário-geral da ONU


Sobre os organizadores
Alejandro García Schnetzer nasceu em Buenos Aires, em 1974. É graduado em edição pela Universidade de Buenos Aires e de Barcelona e desde 2000 publica seus trabalhos como autor, tradutor e diretor de coleções. De José Saramago, editou os álbuns "O Silêncio da Água", "O Lagarto" e "Uma Luz Inesperada", todos publicados pelo Grupo Companhia das Letras.

Ricardo Viel nasceu em São Paulo, em 1980. Jornalista, mestre pela Universidade de Salamanca, desde 2013 trabalha na Fundação José Saramago como diretor de comunicação. Foi um dos organizadores do livro Com o mar por meio — uma amizade em cartas, e é autor de Um país levantado em alegria — 20 anos do Prêmio Nobel de Literatura, ambos publicados pela Companhia das Letras.


Livro:“Saramago: Os Seus Nomes - Um Álbum Biográfico”
Organzadores: 
Alejando García Schnetzer e Ricardo Viel
Número de páginas:
352
Link na Amazon: https://amzn.to/3RpV866

Serviço:
Data:
terça-feira, dia 12 de julho
Horário: 19h
Local: Livraria Megafauna
Endereço: Edifício Copan - Av. Ipiranga, 200 - Loja 53 - São Paulo


Documentário "Levantando do Chão" - José Saramago


.: Amazon anuncia 7ª edição Prêmio Kindle de Literatura


Amazon reafirma sua presença no calendário literário nacional e anuncia a 7ª edição do Prêmio Kindle de Literatura em parceria com o Grupo Editorial Record. O vencedor receberá R$ 50 mil e terá a versão impressa do seu livro publicada pelo Grupo Editorial Record. As inscrições começam no dia 11 de julho e os autores terão até 28 de agosto para participar com romances inéditos em português. Amazon terá vídeos inspiradores e educativos sobre criatividade, ferramentas de escrita e outras dicas, gravados nas apresentações da Bienal do Livro


A Amazon em parceria com o Grupo Editorial Record anuncia o lançamento da 7ª edição do Prêmio Kindle de Literatura, reafirmando sua presença no calendário nacional de premiações literárias. Os escritores que desejam participar da sétima edição devem enviar seus romances inéditos em português usando o Kindle Direct Publishing (KDP), ferramenta de autopublicação da Amazon, e incluir #PrêmioKindle em suas palavras-chave durante a publicação. As inscrições começam nesta segunda-feira, 11 de julho.

A edição anterior foi vencida por Vanessa Passos, com o livro "A Filha Primitiva", lançado pelo selo José Olympio do grupo. O Prêmio Kindle de Literatura promove autores independentes e suas obras no Brasil, desempenhando um papel fundamental no cenário literário, ao oferecer a autores independentes e inéditos a oportunidade de divulgação e alcance de um público maior.

A 7ª edição premiará o vencedor com uma versão impressa da obra, além de R$ 50 mil - sendo R$40 mil como prêmio em dinheiro e um adiantamento de R$ 10 mil pela publicação da versão impressa do livro pelo Grupo Editorial Record em qualquer um de seus selos editoriais, além de um cupom no valor de R$ 5 mil para compras de livros no site do Grupo Editorial Record.

Para inspirar e estimular os autores com seus trabalhos, a Amazon disponibilizará no YouTube vídeos com discussões sobre criatividade, ferramentas de escrita e outros temas, com autores e editoras relevantes, todos gravados nas mesas na programação de KDP durante a Bienal do Livro. Além disso, os escritores sempre podem encontrar outros treinamentos na página da KDP University.

Assim como nas edições anteriores, as obras participantes serão avaliadas por um painel de especialistas editoriais, selecionados pela Amazon e pelo Grupo Editorial Record. Cinco finalistas serão anunciados e avaliados por um júri especial. Todos os finalistas também receberão um selo de livro “Finalista” na capa da versão original não editada do eBook. Além disso, eles terão uma versão em audiobook de seu trabalho, que estará disponível no Audible.

“O Prêmio Kindle de Literatura faz parte do compromisso de longo prazo da Amazon com o Brasil, investindo continuamente para oferecer aos leitores uma ótima experiência e os serviços mais inovadores, além de retribuir à comunidade editorial local.”, diz Ricardo Perez, gerente-geral de Livros da Amazon Brasil. “É a oportunidade para milhares de autores darem vida às suas obras e serem reconhecidos pelas suas criações”, completa.

“O Grupo Editorial Record tem uma tradição com autores brasileiros, publicando nomes consagrados, como Drummond, Graciliano Ramos e Rachel de Queiróz, mas também sempre se preocupou em manter o olhar para o agora, lançando autores contemporâneos e estreantes. O Prêmio Kindle é, portanto, uma parceria que faz muito sentido para o Grupo, temos muito orgulho dessa parceria, porque é uma ponte para esses novos nomes que temos orgulho em lançar ao lado de medalhões nacionais e estrangeiros”, afirma Livia Vianna, editora-executiva do Grupo Editorial Record.

Vanessa Passos foi a grande vencedora da 6º edição do Prêmio Kindle de Literatura com "A Filha Primitiva". “Eu já era fã do prêmio e o acompanho desde as outras edições. Continuo aqui eufórica”, disse a vencedora Vanessa Passos. “Já acompanhava o Prêmio Kindle de Literatura e pude perceber sua seriedade e cuidado com os autores. Para nós, autores independentes, é muito importante ter uma projeção, aumentar o alcance para que o livro chegue a mais leitores”, acrescentou. Antes de vencer, "A Filha Primitiva" já tinha 500 resenhas na Loja Kindle.


Para participar da 7ª edição do Prêmio Kindle de Literatura, os autores devem autopublicar suas obras por meio do KDP (kdp) de 11 de julho a 28 de agosto de 2022. Os autores devem incluir #PrêmioKindle no campo de metadados das palavras-chave durante o processo de autopublicação e registrá-lo na categoria Ficção. Os títulos devem ser romances originais em português do Brasil, que não tenham sido publicados anteriormente, e submetidos exclusivamente ao Kindle durante o período do Prêmio, inscrevendo-os no programa KDP Select. Os termos e condições podem ser encontrados na página do Prêmio Kindle de Literatura (premiokindle).

Os autores podem criar sua página de autor na Central do Autor (author amazon) Além de compartilhar as informações mais atualizadas sobre autores e seus livros, eles podem envolver seus leitores com conteúdo adicional e suas biografias, disponíveis para livros e eBooks na Loja Kindle, e com links para seus títulos disponíveis.

Todos os romances serão avaliados em diversos critérios, incluindo criatividade, originalidade, qualidade de escrita e viabilidade comercial. Cinco finalistas serão selecionados por um painel de jurados qualificados e especialistas editoriais e apenas um será reconhecido como vencedor. A Amazon dará um prêmio em dinheiro de R$40 mil ao vencedor, e todos os finalistas serão apresentados nas comunicações dos clientes da Amazon e receberão uma versão em audiobook desses títulos, que estará disponível no Audible para milhões de membros em mais de 180 países em todo o mundo. O vencedor também receberá um adiantamento de direitos autorais de R$10 mil pela versão impressa do livro, conforme contrato que terá a oportunidade de firmar com o Grupo Editorial Record.

O KDP é uma ferramenta rápida, gratuita e fácil para autores e editores publicarem seus livros e disponibilizá-los para leitores em todo o mundo. Com o KDP, os autores têm total controle do processo, desde a concepção da capa até a definição do preço, podendo receber até 70% em royalties. Todos os romances participantes do Prêmio Kindle de Literatura estarão disponíveis na Loja Kindle e no Kindle Unlimited. Os eBooks Kindle podem ser comprados e lidos com os aplicativos Kindle gratuitos para tablets e smartphones Android e iOS, computadores, bem como e-readers Kindle.

.: Mostra comemora 50 anos de movimento criado por Ariano Suassuna

Ariano Suassuna s.t., 1985 - Óleo sobre madeira Coleção Instituto e-Brasil

"Eu comecei a ficar preocupado com a descaracterização da cultura brasileira. Pensei em reunir um grupo de artistas que atuassem em todas as áreas e que tivessem preocupações semelhantes às minhas para que nós, juntos, procurássemos uma arte brasileira erudita fundamentada nas raízes populares da nossa cultura. E, através dessa arte, a gente lutar contra esse tal processo de descaracterização da cultura brasileira"
- Ariano Suassuna, em entrevista veiculada na Rede Globo Recife, em novembro de 2013.

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP) abre para o público no dia 20 de julho, a mostra “Movimento Armorial 50 Anos”, exposição que reúne arte, encontros musicais e conversas sobre a arte armorial. Este importante movimento artístico lançado no Recife, em 18 de outubro de 1970, foi criado e liderado pelo dramaturgo, professor, pintor e consagrado escritor Ariano Suassuna (1927-2014). O projeto tem o patrocínio do Banco do brasil e BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Com curadoria de Denise Mattar e a coordenação geral de Regina Rosa de Godoy, a exposição ocupará todo o prédio do CCBB SP. Ainda haverá programação especial com espetáculos musicais e eventos para debater o legado do movimento armorial. A mostra também oferece atividades interativas e acesso a conteúdos digitais como o tour virtual da mostra e playlist em streaming de áudio.

Como destaque, o público poderá conferir cerca de 140 obras de arte (a maioria nunca havia saído do Recife), em diversos formatos, de artistas importantes para o Movimento Armorial, dentre eles o próprio Ariano Suassuna, Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna e Lourdes Magalhaes. “A exposição é fiel à proposta de Ariano Suassuna, apresentando às novas gerações o trabalho pioneiro e engajado do autor, mostrando como ele propunha uma volta às raízes brasileiras, com profundo respeito à diversidade e às tradições, mas apresentando tudo de forma mágica, lúdica, e plena de humor — um humor que faz pensar”, afirma Denise Mattar.

A exposição
Ao entrar no CCBB SP o público é recebido pela Onça Caetana, elemento cenográfico inspirado nos desenhos de Suassuna, e que é a anfitriã da exposição. Organizada em núcleos, a mostra toma conta de todo o CCBB São Paulo. Em cada um deles foi definido um tratamento expográfico exclusivo que traz à tona a diversidade, as tradições e as mais representativas raízes da cultura popular nordestina, tal qual idealizado por Ariano Suassuna.

E, conforme explicitado pela produtora Regina Rosa de Godoy, de forma mágica, lúdica e plena de humor. A imersão do visitante no fascinante universo da arte Armorial começa no Quarto Andar, com o núcleo Ariano Suassuna, Vida e Obra, que traz uma completa cronologia ilustrada, livros e manuscritos do autor e vídeos de suas famosas aulas-espetáculos. Um mergulho cultural no fértil imaginário criativo do mestre. Nesta etapa, Suassuna também ganha destaque o alfabeto sertanejo, criado com base na pesquisa "Ferros do Cariri, uma Heráldica Sertaneja".

O terceiro andar é dedicado aos figurinos criados pelo artista plástico pernambucano Francisco Brennand (1927-2019) para o filme "A Compadecida" (1969), primeiro longa-metragem dirigido por George Jonas baseado na consagrada peça "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna. Além de 12 desenhos realizados em nanquim aquarelado, são apresentados também figurinos dos cinco principais personagens da história. 

A indumentária da "Compadecida" é original do filme, já os figurinos do Palhaço, Diabo, João Grilo, e Emanoel - o Cristo Negro, foram recriados especialmente para a exposição pela figurinista Flávia Rossette. O público também poderá assistir cenas do filme "A Compadecida", que reunia um elenco famoso, incluindo Antonio Fagundes, Armando Bógus e Regina Duarte, e fotos da filmagem realizada em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.

No segundo andar são apresentados os dois momentos do Movimento Armorial, a chamada "Fase Experimental" (1970-1974) e a "Segunda Fase" (1975 - 2000). “Fase Experimental” apresenta o início do movimento que foi lançado no dia 18 de outubro de 1970 com uma exposição de artes plásticas e uma apresentação da Orquestra Armorial. Entre os artistas plásticos desse período estão representados: Aluísio Braga, Fernando Lopes da Paz, Miguel dos Santos, Fernando Barbosa e Lourdes Magalhães.

Há, também, a "Sala Especial Samico", um destaque dado pela curadoria da mostra, acentuando a coerência e permanência do trabalho de Gilvan Samico (1928-2013), alinhado desde os anos 1970 até 2013, aos princípios do Armorial. Muito conhecido por suas xilogravuras o artista também é representado na exposição por pinturas.

Neste módulo é também resgatado o trabalho da Orquestra e do Quinteto Armorial, grupos que atuaram com grande sucesso, criando uma música erudita com influência popular. O premiado Quinteto Armorial teve como integrantes figuras consagradas da música, como o maestro, violonista e compositor Antônio José Madureira e o multiartista Antônio CarlosNóbrega. O grupo gravou quatro LPs, discografia que a exposição revisita com capas de discos, além de fotos e instrumentos musicais.

A “Segunda Fase” do Movimento Armorial, também apresentada no Segundo Andar do CCBB SP, reúne as iluminogravuras de Ariano Suassuna, as litogravuras, cerâmicas e tapeçarias de sua esposa Zélia Suassuna, pinturas de Romero de Andrade Lima, de Manuel Dantas Suassuna, e espetáculos do Grupo de Dança Grial.

A palavra "iluminogravura" é um neologismo criado por Ariano Suassuna mesclando as palavras iluminura e gravura. Nesses trabalhos é possível ver uma faceta pouco conhecida de Ariano, o artista plástico, interagindo com o escritor. O autor produziu dois álbuns, cada um contendo dez pranchas: "Sonetos com Mote Alheio" (1980-84) e "Sonetos de Albano Cervonegro" (1985-87) que juntos formam uma autobiografia poética.

As "Ilumiaras" (outro neologismo criado por Suassuna) são locais de arte e cultura que foram implementados por Ariano quando Secretário da Cultura de Pernambuco. As Ilumiaras Acauhan, Jaúna, Zumbi, Coroada e Pedra do Reino são apresentadas através de painéis fotográficos. A dança é retratada em fotos, figurinos e projeções, através do Balé Grial, criado por Ariano e pela bailarina e coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo em 1997.

No primeiro andar está o módulo “Armorial - Hoje e Sempre”, reunindo produções de Cinema e TV, realizadas a partir das peças teatrais de Suassuna, como Farsa da Boa Preguiça, A Pedra do Reino, O Auto da Compadecida, e o espetáculo Lunário Perpétuo de Antônio Nóbrega.

No subsolo o público se encantará com o módulo “Armorial – Referências”, contemplando a beleza das xilogravuras, assinadas, entre outros, por J.Borges, Mestre Noza e Mestre Dila, entre outros, e também a Cidade de Cordel, criada especialmente para a exposição por Pablo Borges, filho de J.Borges. Trata-se de um espaço instagramável que permite uma lúdica viagem pela cultura popular, com seus causos e singularidades.

Finalizando a exposição há referências a folguedos populares, como o Maracatu, o Reisado e o Cavalo-Marinho, reunindo máscaras, trajes, fotos, vídeos, estandartes e adereços. Importante lembrar que a mostra conta com obras de colecionadores particulares, artistas e instituições que disponibilizaram obras à exposição Movimento Armorial 50 Anos, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), Oficina Brennand, Manuel Dantas Suassuna, Familia de Gilvan Samico, Diogo Cantareli, Maria Paula Costa Rêgo, J. Borges, Lourdinha Vasconcelos, entre outros.

Para os meses de agosto e setembro, o público terá um contato ainda mais profundo com este Movimento. É quando uma série de eventos denominados “Conversas sobre a Arte Armorial” e “Espetáculos de Música Armorial” entra na programação em paralelo à exposição. A rica programação conta com um evento especial - “Aula Espetaculosa - Do Mendigo ao Pintor” - apresentada por Manuel Dantas Suassuna, filho de Ariano, em que o artista plástico retoma e desdobra seus caminhos na arte a partir de uma primeira influência armorial de seu pai e de artistas da época e atuais. Esta série de eventos apresenta e recria para o público do CCBB São Paulo a atmosfera de compartilhamento de ideais e a efervescência cultural da época, capitaneada por Ariano Suassuna e os artistas envolvidos.

"Conversas sobre a Arte Armorial" será um ciclo de encontros teóricos/temáticos que abordará a criação Armorial nos diversos gêneros: Literatura, Teatro, Música, Dança e Artes Visuais. Para explorar a versatilidade do Movimento Armorial e a interlocução com as várias linguagens artísticas, o curador convidado é o poeta, professor, ficcionista e ensaísta Carlos Newton Júnior, um dos consultores da exposição e especialista na obra de Ariano Suassuna.

“Ao promover uma retrospectiva dos 50 anos do Armorial, a exposição deixa claro que a poética do Movimento idealizado por Ariano Suassuna continua viva e fecunda, indicando uma direção que vem sendo seguida por artistas de mais de uma geração, cada um deles percorrendo o seu próprio caminho. Não há que se falar, portanto, em uniformização ou tolhimento à liberdade criadora, muito pelo contrário. A riqueza inesgotável da cultura popular, fonte maior da arte armorial, com seus elementos ibéricos, indígenas e africanos, induziu a criação de uma poética aberta, que nos liga, em última instância, tanto à tradição da cultura mediterrânica quanto às tradições da arte popular de países do terceiro mundo”, diz Carlos Newton Júnior.

A série Espetáculos de Música Armorial reúne músicos de altíssima qualidade e que atuam em variados estados brasileiros, que apresentam no palco novos, e os já consagrados, compositores de música Armorial. Da Paraíba, de Curitiba, do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.

+Você pode comprar os livros de Ariano Suassuna neste link.

Gilvan Samico Pe. Cícero Romão (Tríptico), 1974 - Óleo sobre aglomerado. Coleção Universidade Federal de Pernambuco

Informações complementares
O conceito da exposição foi traçado pela premiada curadora Denise Mattar, que fez um minucioso trabalho de pesquisa e garimpagem no vastíssimo acervo do Movimento para rememorar - com delicadeza, encanto e graça - a riqueza dos saberes e fazeres culturais impregnados na arte Armorial. A expografia e arquitetura ficaram sob a responsabilidade do designer Guilherme Isnard.

A consultoria é do artista plástico Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano Suassuna) e do poeta, ficcionista, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior. Já a identidade visual é assinada por Ricardo Gouveia de Melo e Ana Lucas. Por fim, projeto e coordenação geral é da produtora Regina Rosa de Godoy, diretora da empresa R. Godoy Marketing e Cultura: “Levar esta exposição para São Paulo, cidade que sempre recebeu e acolheu milhares de nordestinos, é levar um pouco da terra, do sotaque, da alegria, da esperança e da brasilidade do nordeste. E uma grande responsabilidade apresentar esta efervescência cultural do Movimento Armorial para as novas gerações em variados estados, valorizando e ampliando o olhar para a cultura popular. Como filha e neta de nordestinos levar esta exposição para o CCBB São Paulo é unir mundos em torno do armorial", diz Regina Godoy.

A mostra “Movimento Armorial 50 Anos” surgiu com um compromisso ousado: reapresentar ao público, sobretudo às novas gerações, a proposta singular e desafiadora de Ariano de criar, há pouco mais de cinco décadas, uma arte erudita a partir das mais autênticas e tradicionais manifestações artístico-culturais populares do Nordeste e de outras regiões do país. Concebida para marcar o cinquentenário do Movimento Armorial, comemorado em outubro de 2020, o projeto teve seu lançamento postergado devido à pandemia de Covid-19, e chega em São Paulo após ter passado pelo CCBB Belo Horizonte e Rio de Janeiro com enorme sucesso. Após São Paulo, a mostra segue para o CCBB Brasília.

Do preto e branco das xilogravuras, passando pelo multicolorido dos ornamentos e fantasias das festas populares e pelas coreografias das danças. Pelos ritmos dos cantos e da música, de sons de rabeca, pífano e viola. Pela sonoridade dos versos dos cordéis e dos cantadores. Todos os caminhos conduzem a uma experiência única. Uma trilha cultural sem fronteiras, como a ideia plantada, lá atrás, por Ariano e que, agora, chega revigorada, pouco mais de 50 anos depois, à exposição. 

A exposição oferece ainda outro presente para o público: quem quiser pode fazer o tour pela exposição ouvindo duas horas de musical Armorial acessando o código QR localizado em alguns lugares da mostra. A playlist está no Spotify do Banco do Brasil e oferece o espectador mergulhar ainda mais no eclético, múltiplo e fantástico universo do Movimento criado, em 1970, por Ariano Suassuna. Só conferir: https://open.spotify.com/playlist/3khehNaZ5lMS4IULmn6TQq?si=nhbnKdEsQk6-thJQJm86Xg&utm_source=whatsapp&nd=1


Acessibilidade
A exposição Movimento Armorial 50 Anos segue padrões de acessibilidade e inclusão. Contará com audioguia bilíngue e com recursos do aplicativo Musea, plataforma de conteúdo voltado para exposições, que permite uma melhor inserção nos conteúdos, com audiodescrição, visita em libras, além de trazer mais informações, como curiosidades e visitas virtuais.


Serviço
“Movimento Armorial 50 Anos”
Tour virtual: https://tourvirtual360.com.br/armorial/
Período da exposição:
de 20 de julho a 26 de setembro de 2022
Entrada gratuita - Ingressos disponíveis em: https://www.eventim.com.br/ ou presencialmente na bilheteria do CCBB

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço:
rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico de São Paulo.
Horário de funcionamento: todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças.
Entrada acessível: pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

Estacionamento conveniado e traslado de vans: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. No trajeto de volta, tem parada na estação República do Metrô. As vans funcionam entre 12 e 21h.

Transporte público:
o Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. 

Táxi ou aplicativo:
desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m)

.: "De Mãos Dadas": luto é abordado com profundidade e leveza em livro


Livro de Cláudio Thebas e Alexandre Coimbra Amaral tem contracapa assinada pela jornalista Fátima Bernardes e prefácio do pastor e cientista social Henrique Vieira, obra traz a experiência única do luto em primeira pessoa com todas as suas dores e cores.

Sob diferentes perspectivas, mas entrelaçadas pelo fio do acolhimento, da escuta e do bom-humor, as múltiplas e íntimas facetas do luto são compartilhadas pelo palhaço e educador pós-graduado em Pedagogia da Cooperação Cláudio Thebas e por seu amigo, o psicólogo, Mestre em Psicologia pela PUC, Alexandre Coimbra Amaral no livro “De Mãos Dadas - Um Palhaço e Um Psicólogo Conversam Sobre a Coragem de Viver o Luto e as Belezas que Nascem da Despedida”, lançado pela editora Paidós

Escrever crônicas foi o jeito que Cláudio encontrou para atravessar o primeiro ano após a morte de sua mãe em meio a pandemia. Alexandre foi pelo mesmo caminho e achou nas palavras, fundamentadas com sensibilidade em sua profissão bem como no mestrado em psicologia pela PUC do Chile, uma forma de abraçar o amigo e de oferecer uma escuta afetuosa e acolhedora que resulta nas páginas deste livro.  

Como em uma correspondência por cartas, o livro é apresentado em 25 capítulos duplicados, escritos alternadamente por cada autor. E se o formato inova, o conteúdo ainda mais, já que de maneira muito natural, o luto é trazido à pauta não como algo a ser superado, mas vivido com acolhimento, choro e risos. Ao contrário do que parece ser, o luto é também sobre encontros. Encontro com sentimentos diversos, com memórias distantes quase esquecidas, e claro, encontro com amigos queridos como no caso dos autores. 

“De Mãos Dadas" é um livro poético, bem-humorado em muitos momentos, suave e também profundo quando oferece ao leitor a jornada de uma pessoa enlutada em todas as suas dores e belezas, como a flor de um pessegueiro. 

Cláudio e Alexandre provam que o luto não precisa ser vivido de forma solitária, mesmo em momentos em que o silêncio é rei. Mais ainda, os amigos comprovam que experienciar o luto é viver, é ressignificar, e sobretudo, recomeçar. Você pode comprar o livro "De Mãos Dadas", escrito por Alexandre Coimbra Amaral e Cláudio Thebas, neste link.


Sobre os autores
Alexandre Coimbra Amaral é psicólogo, Mestre em Psicologia pela PUC do Chile, terapeuta familiar, de casais e grupos. Palestrante em empresas, escolas e instituições de saúde por todo o País, é também colunista do jornal Valor Econômico. Desde 2018 é psicólogo contratado do programa "Encontro com Fátima Bernardes", da Rede Globo. Seu primeiro livro, "Cartas de Um Terapeuta para Seus Nomentos de Crise", inaugurou o selo Paidós na Editora Planeta, pelo qual também publicou "A Exaustão no Topo da Montanha". É apresentador do podcast Cartas de um terapeuta.

Cláudio Thebas, escritor e educador pós-graduado em Pedagogia da Cooperação. É fundador do Laboratório de Escuta e Convivência (LEC), consultoria especializada em promover engajamento, diálogo e integração de grupos e equipes. É idealizador de diversos projetos de transformação social, como o PlayMonday - Transformadores de Instantes, movimento que já foi realizado em sete países com o propósito de reconectar as pessoas à sua humanidade. É também cofundador das Forças Amadas, palhaços que atuam no fortalecimento psíquico e emocional de pessoas em situação de fragilidade social, como os moradores da região serrana do Rio de Janeiro, atingidos por enchentes em 2011. Sua vasta experiência na conduç&atild e;o, orientação e treinamento de grupos o levaram a ser um palestrante muito requisitado em todo o Brasil. Foi palestrante do TEDx Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e mestre de cerimônias dos TEDx Vila Madá e TEDx FMUSP. Pela Editora Planeta lançou "O Palhaço e o Psicanalista" em coautoria com Christian Dunker, e "Ser Bom Não É Ser Bonzinho" - ambos os títulos fazem parte do catálogo do selo Paidós.


Sobre o selo Paidós
Criado na Argentina em 1945, quando dois professores universitários decidiram publicar Carl Gustav Jung pela primeira vez no país, o selo Paidós passou a integrar o Grupo Planeta em 2003, chegando ao Brasil em 2020. Hoje conta com mais de 2 mil títulos lançados na Espanha e em países da América Latina. De origem grega, a palavra “paidós” significa “criança” e, assim como o espírito questionador dos pequenos, o selo tem como objetivo discutir e buscar perguntas certeiras para algumas das principais questões da humanidade com base em obras de psicologia e outras áreas de ciências humanas para o público geral. No Brasil, o selo já conta com nomes como Chirstian Dunker, Contardo Calligaris, Ana Suy, Daniel Siegel, Alexandre Coimbra Amaral, Irvin Yalom, Rubem Alves e Cláudio Theba s.  


Sobre a editora Planeta
Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de comunicação e educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais, que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência.

.: "O Sequestro da Independência": uma história da construção do mito


Assinado por Carlos Lima Junior, Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, livro conta a construção histórica do Sete de Setembro como marco da Independência a partir de profundo estudo da cultura visual em torno do tema.


Já está em pré-venda o livro "O Sequestro da Independência - Uma História da Construção do Mito do Sete de Setembro", de Carlos Lima Junior, Lilia Moritz Schwarcz  e Lúcia Klück Stumpf. A emancipação política brasileira decorreu de um longo e conflituoso processo, desenvolvido em várias regiões do país e que teve diversos atores. Episódios esses escamoteados em favor de uma história oficial ainda muito europeia, pacífica, masculina e unificadora, que encontrou no Sete de Setembro seu mito fundador.

No livro, que chega às livrarias em 5 de agosto, tomando como ponto de partida farta coleção imagética - que tem como elemento central o famoso quadro de Pedro Américo sobre o "Grito do Ipiranga" - , os autores analisam a formação complexa de nossa identidade nacional e a transformação do motivo retratado na obra de Américo em símbolo do rompimento com a Coroa portuguesa.

Das tensões do Segundo Reinado e rivalidades entre Rio e São Paulo à ditadura, chegando ao governo bolsonarista, este livro evidencia o percurso histórico que contribuiu para silenciar outras narrativas possíveis para a Independência, suscitando o que os autores chamam de "uma política de sequestros", que tem como origem o sudeste, os paulistas e, posteriormente, os militares. Você pode comprar o livro "O Sequestro da Independência - Uma História da Construção do Mito do Sete de Setembro" neste link.


Sobre os autores
Carlos Lima Junior é docente do curso de especialização Museologia, Cultura e Educação da (PUC-SP) e pesquisador pós-doutorando pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UNICAMP. É doutor em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É autor, com Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, de A batalha do Avaí (2013).

Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no departamento de antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), A batalha do Avaí (com Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, 2013), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia).

Lúcia Klück Stumpf é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de A batalha do Avaí (2013).

Serviço
Livro:
 "O Sequestro da Independência - Uma História da Construção do Mito do Sete de Setembro"
Lançamento: 5 de agosto de 2022
Capa: Victor Burton
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Selo: Companhia das Letras 
Link na Amazon: https://amzn.to/3uDCI8j

domingo, 10 de julho de 2022

.: Crítica: "Papai Noel é um Picareta", comédia é imperdível na telona


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022 


"Papai Noel é um Picareta", em cartaz nas telonas da Rede de Cinemas Cineflix, é o clássico selecionado para o Festival Varilux de Cinema Francês de 2022 que traz uma sequência de acontecimentos insanos na véspera de Natal, com direito a corrida pela ceia e até entrega de presentes inusitados. Já de modo suspeito, surge na telona a figura presente no título do longa em Félix (Gérard Jugnot), um trapalhão de mão leve, usando as roupas do bom velhinho que em casa tem uma tremenda briga com a parceira, grávida, Josette (Marie-Anne Chazel).

Longe dali está o palco de grande parte das confusões da trama com o trio que trabalha no "S.O.S. Amizade". A ranzinza Madame Musquin (Josiane Balasko) deixa os dois parceiros que farão o plantão de Natal da linha direta parisiense: Pierre (Thierry Lhermitte) e Thérèse (Anémore). Sendo assim, ainda na noite de 24 de dezembro, Musquin, carregando presentes, toma o elevador do prédio -de modelo antigo, daqueles abertos- e, por puro azar, fica presa nele. 

Na tentativa de chamar a atenção de alguém para acudi-la, desembrulha os presentes e, entre eles, uma corneta. Apesar da barulhada irritante, Pierre e Thérèse, que estão numa conversa fiada sobre os telefonemas do dia e se paquerando, não ouvem o escândalo da amiga. Dessa prisioneira do elevador até a chegada do Papai Noel que não tem nada de bonzinho e empunha uma arma, na trama é acrescida a Katia de Christian Clavier, que torna a trama apimentada. No entanto, outros personagens também passam pela história de Natal mais doida do cinema.

Adaptado de uma peça homônima de 1979, o longa de 1982, é ágil no roteiro e edição, uma perfeita comédia de Natal e passa longe de ser um filme "Sessão da Tarde". "Papai Noel é um Picareta" consegue ser muito agradável de acompanhar, ainda que traga desastres em cadeia, pois reúne personagens totalmente excêntricos, mas que se completam. Ao menos provocam a reflexão sobre questões diversas e, de quebra, fazem rir. É sem dúvida um clássico imperdível para se conferir na telona!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: "Papai Noel é um Picareta" ("Le Père Noel Est Une Ordure")

Duração: 1h23

Gênero: comédia

Diretor: Jean-Marie Poiré

Ano de produção: 1982

Classificação: 14 anos

Elenco: Josiane Balasko, Marie-Anne Chazel, Anémore, Thierry Lhermitte, Christian Clavier e Gérard Jugnot


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer




.: Livro "Vai Doer: Aventuras de Um Médico em Crise" é lançado no Brasil

Escrito pelo comediante e roteirista Adam Kay, premiado best-seller que inspirou série de TV acompanha a rotina caótica de um médico recém-formado 


Vencedor de diversos prêmios, inclusive quatro National Book Awards, "Vai Doer: Aventuras de Um Médico em Crise", de Adam Kay, foi o livro de não ficção mais vendido da Inglaterra no ano de seu lançamento. A obra, que chega às livrarias em julho pela editora Intrínseca, narra as experiências mais insanas do ex-residente quando trabalhava em um hospital público. Suas histórias hilárias e emocionantes inspiraram a série de TV "This Is Going to Hurt", protagonizada por Ben Whishaw ("007" e "Fargo") e disponível na HBO Max. 

Antes de se tornar um comediante famoso no Reino Unido, Adam Kay dedicou seis anos à faculdade de medicina e outros seis à enfermaria dos hospitais. Quando estava prestes a iniciar sua carreira de prestígio na residência de um hospital, encontrou uma realidade bem diferente do que havia imaginado: jornadas de trabalho de quase 100 horas por semana, um constante tsunami de fluidos corporais e uma remuneração inferior à do parquímetro do hospital. 

A narrativa leve e divertida apresenta um relato sem censura inspirado nos diários do autor, escritos secretamente ao fim de plantões que pareciam intermináveis, noites insones e finais de semana perdidos. Durante seus anos de trabalho no sistema de saúde público do Reino Unido (NHS), o autor colecionou inúmeras histórias, desde objetos bizarros inseridos em diversos orifícios até pedidos esdrúxulos de pacientes. 

Vai doer revela tudo que o leitor sempre quis saber sobre o cotidiano de um médico. A edição ainda conta com itens extras do diário e uma carta aberta do autor ao secretário nacional de Saúde do Reino Unido. Ao apresentar questões éticas e detalhes cirúrgicos, a obra revela um lado nada glamouroso de uma das profissões mais cobiçadas do mundo. Você pode comprar o livro "Vai Doer: Aventuras de Um Médico em Crise", de Adam Kay, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Engraçado, inteligente e emocionante, 'Vai Doer" deveria ser leitura obrigatória para qualquer um que deseja ser médico. E, sinceramente, para qualquer um que espera entrar em um hospital em algum momento da vida.” — Mail on Sunday

 “Uma montanha-russa de emoções em forma de leitura, faz você rir em uma página e chorar na seguinte e presta homenagem à equipe que faz o sistema nacional de saúde do Reino Unido funcionar.” — The Mirror

“Histórias inspiradoras e hilárias sobre as indignidades e pequenas alegrias de ser um médico residente. A narrativa de Kay não só traz muitas risadas, como é também um relato comovente sobre quem constrói o NHS.” — Financial Times

Adam Kay é comediante e roteirista, mas trabalhou por muitos anos como médico, de onde tirou as experiências que compõem "Vai Doer: Aventuras de Um Médico em Crise". Primeiro livro do autor, foi traduzido para mais de 35 idiomas, tornou-se um best-seller internacional e ganhou o prêmio de melhor livro do ano à época de seu lançamento. A trama também foi adaptada para uma minissérie da BBC, disponível no Brasil pela HBO Max. Atualmente, Adam mora em Londres. Foto: Charlie Clift.

Livro: "Vai Doer: Aventuras de Um Médico em Crise"
Autor: 
Adam Kay
Editora: Intrínseca
Tradução: Jaime Biaggio
Páginas:
272
Link na Amazon: https://amzn.to/3ykUhec

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.