terça-feira, 6 de dezembro de 2022

.: “Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar” no Sesc Avenida Paulista


Vencedor do APCA como melhor espetáculo virtual, sucesso de crítica e de público na versão digital, espetáculo dirigido por Roberta Estrela D’Alva com dramaturgia de Lucas Moura ganha os palcos e traz o spoken word para o centro da cena, alçando a palavra ao protagonismo. 
Foto: José de Holanda

Uma das mais importantes montagens surgidas na cena teatral digital durante a pandemia, premiada pela APCA como melhor espetáculo online de 2021, “Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar”, do coletivo de teatro negro O Bonde, faz temporada presencial no Sesc Avenida Paulista, entre 2 e 17 de dezembro, e 5 e 15 de janeiro de 2023. Os ingressos custam de R$ 9 a R$ 30 e podem ser comprados na bilheteria ou pelo site do Sesc a partir de 22 de novembro.

“Desfazenda – Me Enterrem Fora Desse Lugar” tem direção de Roberta Estrela D’Alva e dramaturgia de Lucas Moura, baseada no texto original "Como Criar Um Corpo Negro Sem Órgãos". São variados os ineditismos desta montagem. É a primeira direção da Roberta fora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos - coletivo que criou uma linguagem própria, o teatro hip-hop - e, com este espetáculo, O Bonde inicia sua trajetória no teatro adulto, visto que foi com um prestigiado infantil-preto, “Quando Eu Morrer, Vou Contar Tudo a Deus”, de Maria SHu e direção de Ícaro Rodrigues que a companhia foi (re)conhecida em sua trajetória.

Em cena, a história das personagens 12, 13, 23 e 40, quatro pessoas pretas salvas da guerra por um padre branco quando crianças. Desde então, vivem na fazenda deste Padre, cuidando das tarefas diárias, supervisionadas por Zero, figura enigmática, central e onipresente, mas sempre ausente. O Padre nunca sai da capela, a guerra nunca atingiu a Fazenda e quando os porquês são questionados, o sino toca e então é hora da oração ou do trabalho. Até que um estranho vulto chega à Fazenda e muda os ventos, o mudo silêncio é quebrado e de dentro da capela o segredo é revelado.


Spoken word, a poesia falada
Literalmente "palavra-falada", ou conceitualmente "poesia falada", spoken word é o nome dado a uma forma de performance na qual as pessoas recitam textos no contexto da música, literatura, artes plásticas ou cênicas. "Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar" lança mão dessa linguagem em uma pesquisa em que a palavra tem papel fundamental: pulsa com os atores evocando uma "fala percussiva" que traz à cena uma batida constante, compassada, um ritmo musical aos diálogos e à narrativa.

Em cena estão os atores Ailton Barros, Filipe Celestino, Jhonny Salaberg e Marina Esteves - além das vozes das convidadas Grace Passô e Negra Rosa. Quem faz direção musical é a atriz, compositora e DJ Dani Nega, parceria artística de longa data de Roberta Estrela D'Alva, com quem divide a apresentação de Slams - batalhas de poesia falada que viraram febre em todo Brasil nos últimos anos. Juntamente com o DJ Eugênio Lima, Roberta e Dani Nega receberam em 2020 o Prêmio Shell de Melhor Música pelo espetáculo Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias.

Camadas
Enquanto peça-filme "Desfazenda" trazia elementos do teatro e do cinema e referências ao tempo pandêmico no qual foi criada, a versão presencial de "Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar" traz muitas camadas que falam do nosso agora e utiliza recortes de memória por meio de referências a episódios recentes, como o assassinato de George Floyd, do segurança João Alberto no supermercado Carrefour, o colapso da saúde em Manaus. Entretanto, ela é atemporal, não é datada.


Potencializações
O coletivo O Bonde começou em 2017 com uma relação muito íntima com a palavra, com os griôs, que na tradição africana, são os guardiões da memória, da história, dos mitos e dos costumes que seus povos transmitem oralmente. Nada mais natural que trazer a palavra à frente da cena no primeiro trabalho adulto do grupo. E foi esta experiência que fez com que O Bonde fizesse o convite para que Roberta assumisse a direção do espetáculo.

A atriz, MC, pesquisadora, diretora e roteirista foi quem trouxe, junto com o coletivo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, o Slam, movimento de batalhas de poesia falada, para o Brasil, em 2008. O foco está em captar a vibração da poesia falada e alçar a palavra ao protagonismo. Trazer para a cena o microfone e o pedestal como elementos que contribuem para a criação de um efeito de distanciamento épico e não como mais um equipamento utilitário, mas sim um ponto de força para explicitar ainda mais a importância da palavra.


50 meninos negros: da tese de doutorado ao filme e à peça
"Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar" é livremente inspirado em uma história real, descrita no documentário “Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil”, de Belisario Franca, que parte da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo. 

Este assunto foi tratado pelo pesquisador Sidney Aguilar em sua tese de doutorado “Educação, autoritarismo e eugenia = exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil (1930-1945)”. No texto, o historiador relata sobre os 50 meninos negros levados de um orfanato no Rio de Janeiro para uma fazenda - aquela onde os tijolos foram encontrados - e submetidos a trabalhos forçados, isolamento social e castigos físicos por três irmãos que faziam parte da Ação Integralista Brasileira, partido de extrema direita de ideário fascista e nazista.

Para escrever "Desfazenda", Lucas Moura utilizou diversas influências, além do documentário “Menino 23” como a ideia de “dupla consciência” do sociólogo norte-americano W.E.B. Du Bois, textos de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Michel Foucault, Gilles Deleuze e André Lepecki. Dentre as referências utilizadas na pesquisa para a encenação estão Grada Kilomba, Antonio Obá, Mohau Modisakeng, Spike Lee, dentre outros.


Os personagens e a relação com o corpo e a subjetividade negra
Na fazenda onde estão os personagens 12, 13, 23 e 40, há uma capela e um padre que, ainda que não apareça, se faz presente por meio da personagem Zero, portador das ordens, mandos e encaminhamentos desse padre. E é na capela que acontece o fato que muda a perspectiva de todos ali, ao se depararem com o processo de “re-verem-se”, tirarem os seus próprios véus e enxergarem o mundo (e a liberdade) de uma outra forma.

Enquanto buscam entender a situação na qual se encontram, em meio às memórias, as personagens apresentam problemáticas que costumam ser comuns no processo de entenderem-se como pessoas negras no Brasil: a assimilação do ideário do embranquecimento, a busca de autoestima e autoaceitação, a falsa promessa de um dia pertencer igualitariamente ao "mundo dos brancos", a nascente pulsão de revolta contra conceitos estabelecidos e restrições impostas, além das questões imbricadas de gênero e raça.

 Em seu segundo espetáculo, o primeiro adulto, O Bonde se propõe a investigar o processo de descobrir-se uma pessoa negra em um país que têm todas as suas relações eivadas pelo ideário escravocrata, pelas mazelas dessas relações e o que isso significa em históricos sociais e culturais. Surge assim um universo de memórias e revelações que trazem menos respostas do que provocam inquietações e questionamentos.


O ritmo e a poesia
Assim como Roberta, os integrantes d’O Bonde e demais atores envolvidos em todo este processo, a presença de Dani Nega trouxe ainda mais força à Desfazenda. A atriz, MC, compositora e ativista do movimento negro e LGBTQI+ - que vem se destacado no cenário artístico por sua mescla de suavidade, ironia e avidez - é diretora musical do espetáculo e criou todas as batidas, trilhas e paisagens sonoras, além de duas músicas compostas originalmente para a peça-filme.

Dani é uma das poucas mulheres no Brasil a atuar como “beatmaker” (ou seja, criar as próprias batidas, papel constantemente delegado aos homens). Em "Desfazenda" ela trouxe a potência e o ritmo do hip-hop para a cena, ajudando a criar a poesia do espetáculo e enfatizar o discurso.


Sinopse:
Segunda montagem d’O Bonde e primeiro espetáculo adulto do coletivo teatral paulista, a peça-filme "Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar" concentra sua ação na história dos personagens 12, 13, 23 e 40, pessoas pretas que quando crianças foram salvas da guerra por um padre branco, e vivem numa fazenda, cuidando das tarefas diárias, supervisionadas por Zero.

O padre nunca sai da capela, a guerra nunca atingiu a Fazenda, e sempre que os porquês são questionados, o sino soa e tudo volta a ser como antes (quase sempre). É a primeira direção da Roberta Estrela D’Alva fora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e a direção musical é da atriz, compositora e DJ Dani Nega.


O que disseram sobre a peça
“Com atenção e sensibilidade, o grupo de teatro negro percebe que não se trata de um caso particular orquestrado por uma monstruosa família saudosista da escravidão, mas um tipo de constante da sociabilidade brasileira, a última nação do mundo ocidental a abolir a escravidão, o território que mais recebeu escravizados no planeta e também a sede do maior movimento organizado nazista fora da Alemanha, o integralismo." - Crítico Paulo Bio Toledo - Folha de S.Paulo


“A reiteração do termo branco ocorre em diferentes falas e diálogos na peça-filme, dando um ritmo e intenção incisiva à mensagem do texto, que é falado pelas personagens na maior parte do tempo no formato spoken word (recitação acompanhada por uma base musical). Ao “darem o texto” nesse formato, utilizando microfones apoiados em tripés e olhando para frente mesmo quando duas ou mais personagens estão conversando entre si, os atores atuam flertando com as performatividades adotadas em batalhas de rimas no contexto da cultura hip-hop e das competições de recitação de poesia chamadas slams. Bem como nesses espaços, em Desfazenda o microfone é o aparato que se impõe para ampliar vozes individual e coletivamente durante reflexões sobre liberdade e aprisionamento nas fazendas e casas brancas do passado e do presente.” Trecho de crítica de Mariana Queen Nwabasili (Teatrojornal)

"'Desfazenda', em seu estofo, carrega uma colagem de pesquisas (ou, para usar um termo do hip-hop, sampleamento). Se o assunto é bastante complexo e o discurso é potente e ácido, o spoken word faz com que a mensagem artística seja poética, incisiva e cirúrgica. Diferentemente do que ocorre no documentário 'Menino 23', na peça-filme 'Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar' a identidade-mercadoria marcada pelos nomes-números das personagens ganha um caráter de soma e multiplicação. Mesmo sendo indivíduos, as personagens representam experiências coletivas devido à corporeidade negra comum a tantos jovens explorados justamente por serem negros. Além dos momentos de coro, esse aspecto também é explicitado em cenas em que vemos as silhuetas das personagens tão próximas que chegam a formar literalmente um só corpo-imagem preto, enquanto dizem, novamente em coro agora num formato de referência litúrgica católica, já que os jovens foram enclausurados por um Padre Branco: ‘assim há muitos membros, mas um só corpo'." - Trecho de crítica de Mariana Queen Nwabasili (Teatrojornal)


Ficha técnica
“Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar”
Direção:
Roberta Estrela D'Alva
Dramaturgia: Lucas Moura
Elenco: Ailton Barros, Filipe Celestino, Jhonny Salaberg e Marina Esteves
Vozes Mãe e Criança: Grace Passô e Negra Rosa
Direção musical: Dani Nega e Roberta Estrela D'alva
Produção musical: Dani Nega
Músicas "Saci" e "Tocar o Gado": Dani Nega e Lucas Moura
Sample "Menino 23": Belisário Franca
Treinamento e desenho de Spoken Word: Roberta Estrela D'Alva
Cenografia e figurino: Ailton Barros
Desenvolvimento de figurino: Leonardo Carvalho
Desenho de luz: Matheus Brant
Montagem de luz: Alírio Assunção e Matheus Espessot
Operação de luz: Alírio Assunção
Técnico de som: Hugo Bispo
Cenotecnia: Douglas Vendramini
Produção: Jack dos Santos - Corpo Rastreado
Realização: O Bonde


Serviço
"Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar"
De 2 a 17 de dezembro de 2022 e de 05 a 15 de janeiro de 2023
De quinta a sábado, 20h e domingo, 19h
*haverá uma sessão no dia 11 de janeiro (quarta-feira)
Sesc Avenida Paulista -
Av. Paulista, 119 - Bela Vista, São Paulo - SP
Duração total: 70 minutos | Classificação indicativa: 12 anos
Valores: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 9 (credencial plena)

.: Maria Firmina dos Reis, presente! Artigo de Danielle Barreto Nigromonte


Maria Firmina dos Reis foi homenageada por conta de sua vida e obra na 20ª Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, realizada neste mês (Foto/Divulgação). Artigo assinado por Por Danielle Barreto Nigromonte*

Um grupo com pouco mais de dez pessoas se reuniu em frente à Casa Gueto, no Centro Histórico de Paraty, na última sexta-feira, dia 25. Orgulhosos, traziam no peito o rosto imaginado da professora e escritora Maria Firmina dos Reis, com os dizeres: ‘de Guimarães para o mundo’. Conterrâneos da autora homenageada da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano - que retomou o presencial depois de duas edições no formato online -, eles comemoravam o fato dela e da cidade onde nasceram, que tem pouco mais de 12 mil habitantes, serem lembrados por um dos principais eventos literários do país. “Ela é a protagonista da nossa cidade e merece que todos conheçam sua história”, clamavam.

Na ocasião, estava sendo lançada a biografia da maranhense, que teria vindo ao mundo no mesmo período em que o Brasil se tornou independente. Mas tanto sua feição quanto o ano exato de seu nascimento permanecem incógnitos - menos a sua obra. Da primeira à última mesa do evento, nas ruas, nas prateleiras das livrarias, declamações, slams, tudo lembrava Maria Firmina, que teve como ponto alto dos escritos o romance Úrsula, publicado em 1959. À época não assinava o texto, mas ele se tornou ícone da literatura brasileira e ela é reconhecida como a primeira romancista negra do Brasil.

“Celebrar a Maria Firmina é comemorar a possibilidade de ser livre”, foi dito na mesa inaugural do evento, a Pátrios Lares, em que a discussão desenhou o pioneirismo da escritora maranhense, que ficou órfã com 5 anos de idade, tornou-se professora - criou a primeira escola mista de seu estado - e colocou nos textos o protagonismo negro. Firmina também contribuiu para a luta abolicionista e esteve, ainda que dois séculos atrás, à frente de seu tempo.

Como forma de fomentar essa discussão, ouvir especialistas e exaltar os verdadeiros protagonistas de nossa história, as equipes das Agendas Bonifácio e Tarsila, geridas pela Organização Social Amigos da Arte, estiveram presentes nos cinco dias de evento, registrando a alegria de celebrar o reencontro e a cultura. Foi um trabalho intenso, permeado por diversas vozes, exaltando a diversidade que faz parte do cotidiano brasileiro e do trabalho que desempenhamos desde o início dos projetos, que já estão em fase final, mas ficarão como registros históricos de duas importantes efemérides brasileiras: o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência.

Revisitar o passado, analisar o presente e projetar o futuro, sempre tendo como farol os expoentes, de fato, casam com a frase de Maria Firmina dita na abertura do evento literário e divulgada por seus patrícios, na mesma camiseta vestida com ares de estandarte: "A mente, esta ninguém pode escravizar". Não mesmo.

*Historiadora e diretora-geral da Organização Social Amigos da Arte. Você pode comprar os livros de Maria Firmina dos Reis neste link.

.: "Diário da Vitória", o primeiro livro de Amanda Françozo


Amanda Françozo
, jornalista, atriz e apresentadora de TV, lançou nessa semana em São Paulo, seu primeiro livro “Diário da Vitória”. Um sonho idealizado no início deste ano que, com o apoio do Instituto Brasileiro de Coaching, editaram o livro com prefácio assinado por José Roberto Marques, CEO e Founder do IBC Coaching, que na verdade é um diário diagramado especialmente para lembrar como eram os de antigamente.

Amanda revela o método que ela pratica diariamente e que tem trazido resultados surpreendentes em sua vida... a chave para alcançar a vitória pessoal e profissional, a partir de práticas diárias. São 77 reflexões que foram extraídas com base na data de nascimento da apresentadora, 7/07. Com 192 páginas, Amanda Françozo compartilha exercícios e textos motivacionais com o objetivo de agradecer as pequenas vitórias - não por acaso o nome da filha é Vitória, escolhido a partir do sentimento que teve durante a primeira gravidez e a experiência em escrever o primeiro livro.

O lançamento aconteceu no espaço Kasa 309, no bairro Vila Nova Conceição, onde Amanda recebeu para uma tarde de autógrafos, familiares, amigos e fãs. “Ser grata pelo pouco é um dos segredos das grandes vitórias”, finaliza Amanda Françozo. Você pode comprar o livro "Diário da Vitória" neste link.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 186 ao 190

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 186 ao 190 (05.12 a 09.12)


Bento aconselha João sobre saudades de Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 186, segunda-feira, 05 de dezembro

Otto diz que vai entrar em contato com Tânia (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Após registrarem o retrato falado na delegacia, Éric e João elogiam o empenho um do outro; Ruth se encanta com a aproximação dos dois. João convida Éric para comer uma pizza e ficar mais tempo em sua casa. Glória pergunta para Otto se ele vai entregar Roger à polícia, já que encontrou o cartão de crédito do irmão na cena do sequestro de Poliana. Através do GPS implementado no bolso de Roger, LUC1 (Pinóquio) localiza suposto cativeiro de Poliana e planeja ir até o local. Roger visita Tânia, eles falam sobre o cárcere de Poliana e Roger acusa o capanga de Tânia de roubar seu cartão. Otto entra em contato com Tânia para tentar resolver a questão da filha e marca encontro. João olha uma foto de Poliana e se emociona; Bento aconselha alegando que homem também pode chorar. Após término com Celeste, André volta a flertar com Raquel. Crianças do ‘Magabelo’ e ‘Yupechlo’ arquitetam vigiar Roger. Éric e João explicam para os amigos que foram juntos à delegacia; turma se surpreende com aproximação dos rivais. Waldisney diz para Violeta que eles vão ter que partir para cima de Roger para conseguir o dinheiro em relação ao acordo dos crimes.


Capítulo 187, terça-feira, 06 de dezembro

Renato vai jantar na casa da namorada (Foto: Lourival/Ribeiro)


Waldisney diz para Violeta que eles precisam exigir o direito deles. Roger liga para Violeta e afirma que vai pagar ela e Waldisney em criptomoedas. Tânia encontra com Otto na padaria de Durval; Luísa espia tudo no carro. Luísa liga para Durval, que está dentro da padaria, e avisa que Tânia está acompanhada de um capanga. Luca Tuber alerta Roger sobre a suspeita de Jefferson ser um espião. Otto pede humildemente pela ajuda de Tânia e pergunta se ela nunca sentiu nada por ele; ela se emociona. Tânia entra no carro do capanga, Luísa persegue o veículo. Em conversa com Roger, Glória questiona o motivo do cartão de crédito do filho ser encontrado no local do sequestro de Poliana. Tânia entra na comunidade, Luísa vai atrás, mas a vilã coloca ela entre as paredes. Glória admite para Roger que está começando a cogitar que as acusações de Otto sobre ele estão certas. Amigos de Poliana visitam Otto e Luísa para apoiar e entregar mimos. Renato vai jantar com Ruth e os meninos. João fica preocupado com Poliana. Roger liga para Tânia e afirma que sabe que ela tentou incriminá-lo.


Capítulo 188, quarta-feira, 07 de dezembro

Depois de ser cutucado, Renato tira a mesa com os meninos (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


A Polícia investigativa vai até a casa de Roger para interrogá-lo. Assinando como admirador secreto, Waldisney envia flores para Nanci junto com uma joia. Já Violeta envia dinheiro para o seu pai, mas revela que ela é a remetente. Renato começa a ser folgado, fica encostado e não ajuda a tirar a mesa do jantar na casa da namorada. LUC1 (Pinóquio) vai atrás de suposta localização de Poliana. Otto vende parte dele da empresa. Luísa e Otto recebem um vídeo de Poliana alegando que está bem. Roger conta para Violeta e Waldisney que Cobra o usou e que o sequestro foi para entregá-lo para polícia. João foge da aula e vai até a casa de Roger e enfrenta o vilão. Na escola, Éric encobre o João.


Capítulo 189, quinta-feira, 08 de dezembro


Otto pensativo sobre dinheiro do resgate (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


LUC1 (Pinóquio) encontra um grilo na floresta. O dinheiro da venda social da Onze cai na conta de Otto; ele realiza transferência do resgate para Tânia. Waldisney e Violeta vão procurar LUC1 na Ruth Goulart. Após ser questionado, Bento revela para Ruth que João foi procurar por Poliana na casa de Roger. Tânia diz para os capangas limparem todas as pistas do cativeiro. Grilo leva LUC1 até uma entrada bloqueada do cativeiro. Tânia prepara um vídeo do Roger no cativeiro. Tânia liga para Roger e arma para ele. João segue o carro de Roger. A Cobra liga para a polícia e faz a denúncia, afirmando que Roger sequestrou Poliana. LUC1 encontra Poliana, salva a garota e foge com a amiga para a floresta. Roger vai até o cativeiro, João vai logo atrás. Polícias chegam ao local e  prendem Roger e João.


Capítulo 190, sexta-feira, 09 de dezembro

LUC1 (Pinóquio) foge com Poliana para mata. Antônio e Nanci acham estranho a tentativa de aproximação de Waldisney e Violeta. Tânia se apresenta para Violeta e Waldisney como Cobra e afirma que agora vai dar as ordens, já que Roger foi preso. A polícia encontra vídeo de Roger em diversos dias no cativeiro. Ruth desmaia ao receber a notícia que João foi encontrado no cativeiro e que pode estar envolvido no sequestro de Poliana. Otto e Luísa são informados que Poliana não está mais no local. Otto vê o irmão na cena do crime e fica furioso. Tânia descobre que Poliana fugiu e que seu plano pode estar ameaçado. LUC1 e Poliana tentam sobreviver na mata. Otto diz para Glória que Roger foi preso. Violeta desconfia que Tânia armou para Roger. Homens da polícia encontram pistas na floresta.


Sábado, 10 de dezembro


Resumo dos capítulos da semana

A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


.: Luiza Brasil lança "Caixa Preta": protagonismo negro e identidade


A Globo Livros lança “Caixa Preta”, o primeiro livro de Luiza Brasil. Desde que criou a plataforma Mequetrefismos, ela vem conquistando cada vez mais espaço na mídia nacional e internacional por seu olhar atento e comprometido sobre moda, representatividade e pertencimento. 

Neste livro, colunista da revista Glamour compartilha, com uma escrita fluida, afetuosa e divertida, não apenas sua experiência na área da moda, sua especialidade, mas suas vivências e reflexões a respeito de identidade e protagonismo negro, igualdade de gênero, bem-estar, autoestima, relacionamento, empreendedorismo, mundo real × mundo digital, entre outros temas relevantes e atuais, que tornam-se marcadores do nosso tempo. 

Para Luiza, mais do que impressões acerca de comportamentos de determinada época ou opiniões do que vestir ou não, a moda é mecanismo para se conectar com sua ancestralidade e inspirar sua criatividade. Também por meio da moda descobriu como sua imagem e seu intelecto podem constituir poderosas ferramentas políticas.

Não por acaso, é hoje uma das grandes vozes do ativismo racial e do feminismo negro de sua geração tanto on como off-line. E o livro visa provocar e impulsionar pessoas a buscarem o protagonismo em sua vida. Você pode comprar o livro “Caixa Preta” neste link.


Sobre a autora
Luiza Brasil é jornalista, pesquisadora de moda e cultura, além de uma das pioneiras da comunicação digital contemporânea. Também é fundadora do Mequetrefismos, multiplataforma que incentiva pessoas e negócios voltados ao protagonismo negro, e CEO da MequeLab, empresa de comunicação que repensa as narrativas retratadas pela indústria da moda e pelo mercado de criação de conteúdo. 

É colunista das revistas Glamour e ForbesLife Brasil e influencer reconhecida por abordar moda, empreendedorismo, bem-estar, empoderamento feminino e igualdade racial em seus conteúdos, além das pautas representatividade e pertencimento — sobre as quais já palestrou no TEDx Talks. Ao longo de sua trajetória, recebeu premiações importantes, como o Influenciadores Sociais Contra o Racismo (Influencers Against Racism), da prefeitura do Rio de Janeiro, em 2018, e o MTV EMA Generation Change, em 2020. Compre o livro “Caixa Preta” neste link.

.: Osesp Masp em apresentação musical em diálogo com obra de Alfredo Volpi


A apresentação é conduzida pelo Quinteto de Metais da Osesp e o curador e crítico de arte Cadu Riccioppo . Imagem: Alfredo Volpi, Fachada com Bandeiras, 1959, acervo Masp


O Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e a Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, duas das instituições culturais mais simbólicas de São Paulo, apresentam, no dia 14 de dezembro, uma nova edição do Osesp Masp, concerto que combina arte e música no palco do Masp Auditório. A iniciativa é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e do Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais – Pro-Mac.

 O projeto, promovido pelo Masp e pela Osesp desde 2015, estabelece diálogos entre arte e música, relacionando similaridades estéticas e históricas entre ambas. Cada apresentação é comentada por um especialista convidado, que faz a conexão entre as obras de arte da coleção do Masp e peças musicais interpretadas por músicos da Osesp. 

Para a nova apresentação foi escolhida a obra Fachada com Bandeiras (1959), de Alfredo Volpi, para dialogar com peças musicais de Georg Friedrich Händel, Victor Ewald, Morley Calvert, José Alberto Kaplan, Raimundo Penaforte, Fernando Morais, Osvaldo Lacerda e Edu Lobo & Vinicius de Moraes. O palestrante convidado é o curador e crítico de arte Cadu Riccioppo, e a interpretação da música fica por conta do Quinteto de Metais da Osesp, em formação que reúne os trompetistas Fernando Dissenha e Marcelo Matos, José Costa Filho na trompa, Darcio Gianelli no trombone e Darrin Coleman Milling no trombone baixo. Após o concerto, os espectadores são convidados a visitar as obras no acervo do Masp. 

 

Serviço
Osesp Masp
Quarta-feira, dia 14 de dezembro de 2022, às 20h
Masp Auditório
Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista  - São Paulo
Telefone: (11) 3149-5959
Entrada gratuita: ingressos distribuídos no dia do evento a partir das 11h na bilheteria on-line
Capacidade: 344 lugares
Classificação: livre
Duração do espetáculo: 1h30

.: "Areia Movediça", de Nella Larsen, marco do colorismo, chega ao Brasil


A Imã Editorial lança "Areia Movediça", o primeiro livro de Nella Larsen, chega ao Brasil. Neste marco do colorismo, com fortes tintas autobiográficas, Helga Crane é filha de pai negro e mãe branca e, portanto, não tem lugar nos Estados Unidos racista dos anos 1920. Conhecemos Helga em uma universidade para “ascensão” das pessoas negras, no Sul.

Desencantada com a condescendência dos reitores e a submissão ao discurso moralista branco, Helga foge para Nova York, onde esperava uma sociedade negra mais assertiva e independente, porém o que encontra é uma burguesia eternamente discutindo “a questão racial” em coquetéis e festas. Abandona o Harlem pela Dinamarca, terra de sua mãe, e lá é vista (e cobiçada) como “exótica”.

Uma repentina “consciência de cor” a leva de volta a Nova York. Sem ter encontrado seu lugar nem no meio negro, nem no meio branco, Helga desiste das inquietações intelectuais e se torna esposa de um pastor em uma comunidade do Sul profundo... para logo deparar-se com o triste papel das mulheres no meio religioso. Você pode comprar o livro "Areia Movediça" neste link.


Trecho do livro
Era como se estivesse trancada, encaixotada, com centenas de sua raça, encerrada com aquele algo do caráter racial que sempre lhe fora inexplicável, alheio. Por que, ela exigia numa violenta revolta, deveria ser presa ao jugo desse desprezado povo Negro? De volta à privacidade de seu cubículo, foi tomada pelo ódio a si mesma. “Eles são meu próprio povo, meu próprio povo”.  Nella Larsen

Sobre a autora
Nella Larsen, filha de caribenho e dinamarquesa, passou a infância em um bairro operário branco de Chicago e a vida adulta na burguesia negra do Harlem. Publicou, em 1928, Areia movediça e, no ano seguinte, Passando-se, sobre a tensa dinâmica entre duas mulheres legalmente negras que “passam-se” por brancas em plena Renascença do Harlem, o movimento cultural que inicialmente a renegou e do qual hoje Nella Larsen é um dos maiores expoentes. Os livros lhe trouxeram reconhecimento mas também o ostracismo e ela que, em dois anos criou duas obras fundamentais, nada publicaria até sua morte, sozinha, em 1964. Compre o livro "Areia Movediça" neste link.

Trecho do livro
"Era como se estivesse trancada, encaixotada, com centenas de sua raça, encerrada com aquele algo do caráter racial que sempre lhe fora inexplicável, alheio. Por que, ela exigia numa violenta revolta, deveria ser presa ao jugo desse desprezado povo Negro? De volta à privacidade de seu cubículo, foi tomada pelo ódio a si mesma. “Eles são meu próprio povo, meu próprio povo”.  Nella Larsen.


.: Crônicas de “A Lua na Caixa D’Água”, de Marcelo Moutinho, vencem o Jabuti


Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Crônicas, o livro “A Lua na Caixa D’Água”, escrito por Marcelo Moutinho e lançado pela editora Malé conta histórias de pai e filha, exalta o samba e o saber das ruas e lembra personagens como Dona Ivone Lara e Tia Maria do Jongo.

Dedicada a Aldir Blanc, o tema do texto que dá título à obra, é também um tributo aos grandes mestres da crônica, como Paulo Mendes Campos, Rubem Braga e Clarice Lispector. “Como um adulto que não se adulterou, Moutinho escreve na encruzilhada em que o escritor encontra o menino de Madureira para que um conte ao outro, nas assombradas horas em que já não há mais o tempo linear, sobre aquilo que, de tão grande, só pode ser exprimível na miudeza de seus desacontecimentos: a vida”, afirma Luiz Antonio Simas na orelha do livro. Você pode comprar o livro “A Lua na Caixa D’Água” neste link.


Sobre o autor
Escritor e jornalista, Marcelo Moutinho nasceu em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, em 1972. Conquistou os prêmios Jabuti, com "A Lua na Caixa D’Água" (Malê, 2021), e "Biblioteca Nacional, com Ferrugem" (Record, 2017). É autor, também,  de "A Palavra Ausente" (Malê, 2022), "Rua de Dentro" (Record, 2020), "Na Dobra do Dia" (Rocco, 2015), "Somos Todos Iguais Nesta Noite" (Rocco, 2006), "Memória dos Barcos" (7Letras, 2001), além dos infantis "Mila, a Gata Preta" (Oficina Raquel, 2022) e "A Menina que Perdeu as Cores" (Pallas, 2013). Compre o livro “A Lua na Caixa D’Água” neste link.

domingo, 4 de dezembro de 2022

.: Ana Beatriz Nogueira revisita conto de Clarice Lispector no teatro


Utilizando uma poltrona, uma mesa de apoio e um telefone, Ana Beatriz Nogueira nos faz, com seu trabalho, enxergar uma casa inteira no Teatro Renaissance. Para o diretor, Leonardo Netto, a economia de recursos foi uma escolha, um caminho para se chegar ao essencial do teatro: o ator e a ideia contida no texto, que este ator vem dividir com o público. Foto: Cristina Granato


A atriz Ana Beatriz Nogueira volta a São Paulo com o espetáculo-solo "Um Dia a Menos", do conto homônimo de Clarice Lispector, com adaptação e direção de Leonardo Netto. Um dos últimos contos escritos pela autora em 1977, ano em que faleceu, o texto que dá nome ao espetáculo fala, com humor e fina ironia, da solidão e dos muros que eventualmente levantamos, sem perceber, ao nosso redor. 

Como que por um buraco de fechadura, é possível acompanhar a história de uma mulher que é às vezes engraçada, às vezes patética, que pode ser reconhecida em qualquer um. Uma mulher aparentemente normal, como muitas que vemos diariamente, conversando numa portaria, pagando uma conta num guichê de banco, comprando uma carne no supermercado. “O que mais me atrai neste texto é a humanidade da personagem criada pela autora. Esta personagem que tem como árdua a tarefa de atravessar um dia inteiro. De uma humanidade, repito, reconhecível por todos”, explica a atriz.

No espetáculo, Margarida Flores (Ana Beatriz Nogueira) vive só desde que a mãe morreu, na mesma casa onde nasceu e cresceu. A funcionária doméstica da vida inteira está de férias, não há mais ninguém por perto, e ela tem diante de si a árdua tarefa de atravessar mais um dia inteiro sozinha, dentro de casa. Ela cumpre seus rituais diários, esquenta sua comida, almoça, torce para que o telefone toque, e vai buscando o que fazer até a hora do jantar, quando finalmente anoitece e pronto, um dia a menos. Até que, esgotada pela repetição infinita, Margarida tem um rompante inesperado.


A montagem
Utilizando uma poltrona, uma mesa de apoio e um telefone, Ana Beatriz Nogueira nos faz, com seu trabalho, enxergar uma casa inteira. Para o diretor, Leonardo Netto, a economia de recursos foi uma escolha, um caminho para se chegar ao essencial do teatro: o ator e a ideia contida no texto, que este ator vem dividir com o público.

“Um Dia a Menos, além de um espetáculo, ouso dizer, complexo na sua simplicidade, é também uma reafirmação da crença no poder de comunicação do teatro que, se resiste há cinco mil anos e sobrevive a todas as crises, é porque pode abrir mão de tudo, menos do humano. Do elemento humano, do questionamento humano, do pensamento humano. Ainda temos muito o que entender sobre nós mesmos. Esperamos estar contribuindo de alguma forma”, diz o diretor, Leonardo Netto.      


Sobre Ana Beatriz Nogueira
A atriz carioca estreou profissionalmente no longa "Vera" (filmado em 1985 e lançado em 1987), dirigido por Sérgio de Toledo. Por este trabalho, aos 20 anos, foi premiada, entre outras láureas, com o Urso de Prata no Festival de Berlim, prêmio dado somente a três brasileiras - além dela, Marcélia Cartaxo e Fernanda Montenegro.

Desde então contabiliza, em sua trajetória, além de diversos outros prêmios, mais de uma dezena de filmes, 17 trabalhos na televisão, 14 peças de teatro. entre elas “Uma Relação Pornográfica”, do iraniano Philippe Blasband e direção de Victor Garcia Peralta; os solos “Tudo que Eu Queria Te Dizer”, com textos de Martha Medeiros, com direção de Victor Garcia Peralta e “Um Pai (Puzzle)”, sobre livro de Sybille Lacan e direção de Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia; “As Três Irmãs”, de Tchekhov e direção de Bia Lessa; “Fala Baixo, Senão Eu Grito”, de Leilah Assunção e direção de Paulo de Moraes; “O Leitor por Horas”, do espanhol José Sanchis Sinisterra e direção de Christiane Jatahy; “A Memória da Água”, da inglesa Shelagh Stephenson e direção de Felipe Hirsch, entre outras tantas produções.

A atriz esteve recentemente no ar na novela das 21h da TV  Globo “Um Lugar Ao Sol”, de Licia Manzo, como a personagem Elenice, e também foi destaque como a personagem Guiomar na novela "Todas as Flores". No teatro, seus mais recentes trabalhos “Relâmpago Cifrado”, ao lado de Alinne Morais; e “Mordidas”, ao lado de Zelia Duncan, Regina Braga e Luciana Braga.

Ana Beatriz Nogueira também foi idealizadora do projeto pioneiro Teatro Já, no Teatro PetraGold / RJ, que marcou a volta das primeiras peças depois do início da pandemia, em transmissão ao vivo do palco do teatro, e que lhe rendeu o título de Carioca do Ano de 2020 pela Revista Veja Rio, e uma indicação ao Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo. Ainda em 2020 criou o Teatro Sem Bolso, agora rebatizado de Teatro Com Bolso, que apresenta peças e shows em transmissões ao vivo ou pré-filmadas diretamente de sua casa.

Sobre Leonardo Netto
É ator, diretor e dramaturgo. Estreou profissionalmente em 1989 na montagem de “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar O Bicho Come”, de Oduvaldo Vianna Filho, dirigida por Amir Haddad. Integrou por três anos o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, companhia estável dirigida por Aderbal Freire-Filho. Trabalhou com diretores atuantes do teatro carioca, como Gilberto Gawronski, Ana Kfouri, João Falcão, Luiz Arthur Nunes, Enrique Diaz, Celso Nunes e Christiane Jatahy. Seus trabalhos mais recentes incluem “Conselho de Classe” (direção de Bel Garcia e Susana Ribeiro), “A Santa Joana dos Matadouros” (direção de Marina Vianna e Diogo Liberano) e “Entonces Bailemos” (texto e direção do dramaturgo argentino Martín Flores Cárdenas).

Em TV, atuou em episódios das séries “Força-Tarefa”, “As Canalhas”, “Questão de Família” e “O Caçador”. Integrou o elenco dos seriados “A Garota da Moto”, “Magnífica 70” e “Me Chama de Bruna”. Seu trabalho mais recente é a minissérie “Assédio”, de Maria Camargo, na Rede Globo. Em cinema, trabalhou no longa de Sérgio Rezende “Em Nome da Lei”, e nos ainda inéditos” O Buscador”, de Bernardo Barreto, e “Três Verões”, de Sandra Kogut.

Dirigiu os espetáculos “A Guerra Conjugal”, de Dalton Trevisan; “Cozinha e Dependências”, de Agnes Jaoui e Jean-Pierre Bacri; “Um Dia Como os Outros” (também de Jaoui e Bacri); “O Bom Canário”, de Zacharias Helm; “Para Os Que Estão em Casa” e “A Ordem Natural das Coisas”, estes dois últimos de sua autoria.

Ganhou o Prêmio Cesgranrio de Melhor Texto por “A Ordem Natural das Coisas” (além das indicações nas categorias de Melhor Espetáculo e Melhor Direção). Foi também indicado aos Prêmios Shell e APTR pelo mesmo texto.


Ficha técnica
"Um Dia a Menos"
Do conto homônimo de Clarice Lispector
Com: Ana Beatriz Nogueira
Adaptação e direção: Leonardo Netto
Assistente de direção: Clarisse Derzié Luz
Desenho de luz: Aurélio de Simoni
Figurinos: Ana Beatriz Nogueira
Ambientação cênica: Leonardo Netto e Ana Beatriz Nogueira
Trilha sonora: Leonardo Netto
Programação visual: Chico Tomaz
Fotos: Cristina Granato
Produção: Ana Beatriz Nogueira e Maria Ines Vale
Realização: Trocadilhos 1.000 Prod. Art.
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

Serviço
"Um Dia a Menos"
Estreia dia 7 de janeiro (sábado), às 21h30
Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233, Jardim Paulista / SP    Tel: (11) 3069-2286
Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia) / Vendas on-line: https://olhaoingresso.showare.com.br/Default.aspx?eventid=494&filter=day&websaleschannelkey=internettr&trk_eventId=494 
Duração:
45 minutos
Gênero: drama 
Capacidade: 448 espectadores
Classificação indicativa: 14 anos 
Temporada: até 12 de fevereiro

.: "Máfia, Poder e Antimáfia", de Wálter Fanganiello Maierovitch, vence o Jabuti


O livro "Máfia, Poder e Antimáfia: Um Olhar Pessoal Sobre Uma Longa e Sangrenta História", do jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, conquistou o 1º lugar na categoria Ciências Sociais da 64ª edição do Prêmio Jabuti. À época da indicação, ele anotou que seu objetivo. "Depois de décadas de estudos e vivência prática, foi expor o fenômeno da criminalidade organizada e alertar a respeito de sua capacidade de se infiltrar no poder, difundir o medo e manter controles territorial e social, além de abordar o que é a transnacionalidade, como o poder corruptor opera e o quanto tudo isso afeta o estado democrático e as liberdades individuais e públicas".

A obra vencedora
Há mais de cem anos, a violência gerada pela ação do crime organizado deixa seu rastro de sangue pelo mundo. A máfia siciliana, a chamada Cosa Nostra, além de expandir seus negócios pelo mundo, fez escola: novas organizações criminosas, algumas delas transnacionais, tomaram corpo durante o século XX. Ousadas, elas aterrorizam regiões inteiras e a cada ano incrementam suas práticas, buscando escapar à vigilância e ampliar seus lucros.

Com ramificações em todas as esferas da sociedade, inclusive na política, tornam-se muito difíceis de derrotar. Como fazer frente a esse fenômeno? Fruto de décadas de vivência do autor, que sempre esteve debruçado e atuando sobre o tema, este livro oferece ao leitor um precioso testemunho sobre o universo obscuro do crime organizado, mas também sobre o vigor daqueles que trabalham e se arriscam para enfraquecer e, esperançosamente, derrotar essas organizações. Você pode comprar o livro "Máfia, Poder e Antimáfia: Um Olhar Pessoal Sobre Uma Longa e Sangrenta História" neste link.

Sobre o autor
Wálter Fanganiello Maierovitch
é jurista e professor de direito processual e direito penal. Foi desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo. Fundador do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, teve sempre entre seus principais focos de atenção a criminalidade organizada e seus impactos na sociedade. Tem dupla cidadania, brasileira e italiana, e recebeu do presidente da República italiana, pelo empenho na luta antimáfias, o título de Cavalieri della Repubblica. 

Foi observador da Organização das Nações Unidas (ONU) na Conferência de Palermo sobre Crime Transnacional, participante como especialista de assembleias da ONU sobre drogas proibidas e primeiro secretário nacional para o fenômeno das drogas proibidas, no governo Fernando Henrique Cardoso. Pela Editora Unesp, organizou, em parceria com Alessandra Dino, o volume "Novas Tendências da Criminalidade Transnacional Mafiosa", em 2010. Compre o livro "Máfia, Poder e Antimáfia: Um Olhar Pessoal Sobre Uma Longa e Sangrenta História" neste link.


.: "Maquiavel, a Democracia e o Brasil", o novo livro de Renato Janine Ribeiro

"Maquiavel, a Democracia e o Brasil", de Renato Janine Ribeiro, que fará a apresentação "A Democracia Contra o Perverso na Política", com mediação de Alexey Dodsworth


A editora Estação Liberdade e a Edições Sesc São Paulo convidam para evento dedicado ao lançamento de "Maquiavel, a Democracia e o Brasil", do ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeironesta quarta-feira, dia 7 de dezembro, às 19h30 no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Além de celebrar o lançamento do livro, o encontro debaterá a reação da democracia aos desvios recentes na prática política. Na ocasião, o autor fará a apresentação "A Democracia Contra o Perverso na Política", com medição de Alexey Dodsworth.

Renato Janine Ribeiro apresenta em sua obra, a partir de referências históricas e atuais, da ciência política e das artes trágicas, um panorama sobre como pensar a ação política, à luz das questões atuais do país. Para tanto, o autor recorre a Sófocles, Maquiavel Freud para pensar nossa política.

Utilizando-se mais especificamente dos conceitos de Maquiavel como fortuna e virtude (virtù), Renato Janine Ribeiro analisa fatos ocorridos na política brasileira desde a redemocratização e a constituição de 1988. Aborda a Florença de Maquiavel, entre outros, para, posteriormente, se debruçar sobre a dinâmica de poder com os presidentes da Nova República (de 1985, com Sarney, até o governo Bolsonaro). Você pode comprar o livro "Maquiavel, a Democracia e o Brasil" neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Maquiavel, a Democracia e o Brasil", de Renato Janine Ribeiro e apresentação "A Democracia Contra o Perverso na Política", com medição de Alexey Dodsworth. Nesta quarta-feira, dia 7 de dezembro, às 19h30 no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc
R. Dr. Plínio Barreto, 285. 4º andar - Bela Vista.

.: Autoconhecimento: Ludmila Dayer e Anitta apresentam o documentário "Eu"


Filme marca a estreia de Ludmila Dayer na direção, com Anitta como produtora associada. O projeto traz a jornada de cura e autoconhecimento da diretora. Foto: Mario Miranda

Estreia da atriz e produtora Ludmila Dayer na direção, o longa-metragem “Eu” foi exibido para convidados da indústria cinematográfica neste sábado, dia 3. Após a exibição, Ludmila e Anitta, participaram ainda de um bate-papo sobre o projeto, em que a diretora compartilha sua jornada de cura depois de sofrer questões de saúde mental, como pânico e ansiedade. 

Produzido pela Lupi Productions (EUA), “Eu” já está finalizado mas ainda não foi negociado. Além de belas imagens do campo e a narração em off de Ludmila Dayer, o documentário traz entrevistas com xamãs, neurocientistas e psicanalistas, abarcando um amplo espectro de conhecimento sobre existência, espiritualidade e ciência. “É um conjunto de ferramentas que me transformaram e me ajudaram a viver melhor. São linguagens diferentes, porém complementares. Cada um potencializa o trabalho do outro”, explica a diretora.  

Anitta atua junto com Thiago Pavarino como produtora associada do longa autobiográfico de Dayer. Eles assumem as responsabilidades relacionadas à contato, organização, marketing e visão de mercado. Anitta conta porque decidiu entrar no projeto: “Espero que muitas pessoas possam ver e se inspirar com o documentário. Sei que eu mesma fui muito impactada pelos relatos da cura e da autodescoberta da minha amiga”


Gravações e edição
Além da direção e produção, Ludmila Dayer é responsável ainda pela fotografia, edição, roteiro e produção executiva. A atriz mora nos Estados Unidos desde 2006 e aproveitou sua experiência de quase 30 anos no ramo do entretenimento para fundar a Lupi Productions em Los Angeles, a produtora de sua estreia na direção.  

O longa foi filmado em 2021 e teve locações no Rio de Janeiro, São Paulo e Varginha. Fernanda Souza é produtora executiva do documentário, além de atriz convidada para representar a diretora na narrativa. “Nós nos conhecemos há mais de 20 anos, nas gravações de Malhação. Nossa intimidade e sintonia são tão fortes que pudemos relaxar e nos entregar ao processo, comigo na frente da câmera e a Lud dirigindo e operando nos bastidores”, contou Fernanda. 

“Eu” é dividido em sete partes: “autoconhecimento”; “a origem, período pré natal”; “o mapa gestacional”; “hierarquia e ancestralidade”; “a biologia da crença”; “o poder do coração”; e “a cura”. Waldemar Falcão (autor e astrólogo), Dra Sandra Regina (médica, mentora e consteladora familiar), Dr Diogo Lara (neurocientista), Max Tovar (xamã) e Dra Eleanor Luzes (médica psiquiatra) participam com depoimentos sobre as temáticas.

Durante o processo de edição do filme, Ludmila precisou pausar o projeto por problemas de saúde. “Percebi nessa pausa que precisava mudar o formato para primeira pessoa, me expor mais. Se eu quero que as pessoas se identifiquem, preciso me vulnerabilizar e abrir mais sobre o meu próprio processo de autoconhecimento. A gente aprende muito com a dor do outro. Eu acredito nessa troca. Quando acabou a edição eu estava praticamente 100% recuperada. Fazer o filme caminhou de mãos dadas com o meu processo de cura. Com o filme espero conseguir ajudar outras pessoas através da minha própria experiencia. EU é uma luz do fim do túnel, é um abraço amigo, é a retribuição de tudo de bom que eu recebi e descobri. Eu não é apenas sobre mim, mas sobre todos que assistirem o filme”, finaliza a diretora.


Ficha técnica
Produtora:
Lupi Productions (USA)
Direção e roteiro: Ludmila Dayer
Direção de fotografia: Ludmila Dayer
Atriz convidada: Fernanda Souza
Edição: Ludmila Dayer e Thales Corrêa
Música: Filipe Leitão
Produção: Ludmila Dayer
Produção executiva: Ludmila Dayer e Fernanda Souza

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