quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

.: Cartaz teaser: "Meu Nome é Gal", com Sophie Charlotte, tem data de estreia

Longa de Dandara Ferreira e Lô Politi será lançado em 21 de setembro, dias antes do aniversário da cantora que completaria 78 anos em 2023


A Paris Filmes divulga o cartaz teaser do aguardado “Meu Nome é Gal” e confirma a data de estreia do longa-metragem, protagonizado por Sophie Charlotte, nos cinemas brasileiros: 21 de setembro, dias antes do aniversário da cantora baiana, que completaria 78 anos este ano. Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, que também assina o roteiro, o filme é uma produção da Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com a Globo Filmes e Telecine. A distribuição é da Paris Filmes com codistribuição da SPCine e da Secretaria Municipal da Cultura.

Além de Sophie Charlotte no papel de Gal Costa, o longa traz no elenco nomes como Rodrigo Lelis, como Caetano Veloso, Dan Ferreira, como Gilberto Gil, Camila Márdila na pele de Dedé Gadelha, George Sauma como Waly Salomão, Luis Lobianco, que interpreta o empresário Guilherme Araújo, entre outros. A diretora Dandara Ferreira também atua no filme e dá vida à Maria Bethânia, e Fábio Assunção faz uma participação especial na pele de um diretor de televisão.

“Meu Nome é Gal” retrata a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, Gracinha, como era chamada pela mãe Mariah. Com 20 anos, Gal viaja para o Rio de Janeiro, onde se junta aos companheiros de vida Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha. A cantora enfrenta a timidez ao longo da carreira, mas a Tropicália potencializa sua força e a ajuda a provocar uma revolução estética e comportamental que transforma toda uma geração, sobretudo de mulheres. O movimento modifica a indústria, desafia a sociedade conservadora e Gal se torna um dos principais nomes da música brasileira.   

Com 57 anos de carreira musical, a trajetória de Gal Costa soma mais de 30 álbuns e diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino à Excelência Musical, recebido pelo conjunto de sua obra. Seus sucessos atemporais, e que são parte da cultura nacional, fazem parte da trilha sonora do filme que destaca “Eu Vim da Bahia”, “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Alegria, Alegria”, “Coração Vagabundo”, “Mamãe, Coragem” e, claro, “Meu Nome é Gal”, canção composta por Erasmo e Roberto Carlos em 1969. A música foi eleita a preferida da atriz Sophie Charlotte no vasto repertório da cantora, que morreu em São Paulo no dia 9 de novembro de 2022.

A produção conta com patrocínio da Hering e Rede D’OR, investimento da FSA – Fluxo Contínuo e apoio do ProAC, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Estado de São Paulo, Governo Federal e Lei Aldir Blanc; além de GMC Produções, SP Film Comission e Ray-Ban.

Sinopse: Maria da Graça Costa Penna Burgos era uma menina tímida, mas que já sabia que a música ia guiar seus caminhos. Incentivada pela mãe batalhadora, aos 20 anos viaja para o Rio de Janeiro onde encontra seus amigos baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha. Gal luta contra a timidez ao longo da carreira e a Tropicália potencializa sua força. A cantora torna-se um dos principais nomes da música brasileira.

Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis, Camila Márdila, Luis Lobianco, Dan Ferreira, Chica Carelli e George Sauma

Ficha Técnica:  

Roteiro: Lô Politi e Maíra Buhler

Direção de Fotografia: Pedro Sotero

Direção de Arte: Juliana Lobo, Thales Junqueira

Figurino: Gabriella Marra

Maquiagem: Tayce Vale

Som Direto: Abrão César

Edição de Som: Beto Ferraz

Mixagem: Toco Cerqueira

Trilha Sonora: Otavio de Moraes 

Montagem: Eduardo Serrano

Produção Executiva: Jatir Eiró, UPEX, Mariana Marcondes

Produtores Associados: Wilma Petrillo, Dandara Ferreira e Jorge Furtado

Produzido Por: Marcio Fraccaroli, Lô Politi, André Fraccaroli, Veronica Stumpf

Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi

Distribuição: Paris Filmes

Codistribuição: SPCINE, Secretaria Municipal de Cultura

Patrocínio: Rede D’Or, Hering

Apoio: ProAC, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de SP, Governo Federal, Lei Aldir Blanc, BRDE, FSA, ANCINE, (bandeira nacional)

Coprodução: Globo Filmes e Telecine

Produção: Paris Entretenimento e Dramática Filmes

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

.: Crítica: "Till - A Busca por Justiça" é retrato emocionante de mãe guerreira

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2023


Emmett Till (Jalyn Hall, de "Valentes") era um garoto de 14 anos que vivia com a mãe em Chicago. Contudo, ao manter os hábitos da cidade, durante as férias em Money, no Mississippi, encontra a punição severa aplicada naquele lugar retrógrado marcado pela segregação e preconceito racial, em que a postura dos negros deve ser de completa subserviência. Eis o emocionante "Till - A Busca por Justiça", longa dirigido por Chinonye Chukwu, em cartaz no Cineflix Cinemas.

Trabalhando a contra gosto na colheita de algodão da família do tio Moses Wright (John Douglas Thompson, de "As Agentes 355"), numa folga, o menino e os primos vão até o mercadinho da família Bryant e o jovenzinho se dirige a Carolyn Bryant (Haley Bennett, de "A Garota no Trem" e "Cyrano"), quem atendia os clientes. A jovem elogiada pela semelhança com uma famosa atriz de cinema não gosta quando ouve um assobio e põe todos para correr com uma espingarda em mãos.

Nem Emmett ou os primos contam para os tios sobre a fuga do comércio dos Bryants. Contudo, passado pouco tempo, numa noite, o marido de Carolyn, Roy Bryant, armado e enfurecido, bate à porta do reverendo, estando junto do meio-irmão, JW Milam, enquanto que Carolyn aguarda dentro do carro para confirmar se Emmett era o garoto certo. Numa sequência apavorante, o menino da cidade é sequestrado -e mesmo somente na penumbra e gritos, as cenas arrepiam. 

E assim começa o martírio de Mamie Till (Danielle Deadwyler, de "Jane e Emma" e "Recomeço"), quando a viúva de Louis Till é informada por telefone sobre o sumiço do filho, levado para "aprender uma lição". Enquanto tenta desesperadamente ir até a cidade do sequestro para que entreguem o filho, ela ainda precisa enfrentar tudo sozinha, sem o parceiro, uma vez que não é casada com Gene Mobley (Sean Patrick Thomas, de "No Balanço do Amor" e "A Maldição da Chorona"), para evitar qualquer burburinho sobre a vida pessoal dela, mesmo sendo uma mulher independente que trabalha e se sustenta. Logo, Mamie recebe apoio não somente da mãe, Alma Carthan (Whoopi Goldberg, de "Ghost" e "Mudança de Hábito"), mas também de seu pai, John Carthan (Frankie Faison, de "As Branquelas").

Mesmo sabendo do desfecho da história verídica de 1955, "Till - A Busca por Justiça" dá vários nós na garganta e desperta revolta com a forma abusiva no trato de um ser humano. Seja pela maldade dos que se julgam superiores, revestidos de todo direito a aplicarem castigos, a ponto de tirar a vida de um menino, a bel prazer, ou pela mentira descarada espalhada para confundir a população e deixar impune os verdadeiros criminosos.

Mamie é o retrato da mulher guerreira que defende o filho que lhe foi tirado. Esclarecida, sabe a importância de seu papel na luta contra abusos. É revigorante ver o empenho de uma negra batalhando, numa época em que a sociedade caçoava de quem tinha a pele diferente da branca. Ainda que saiba que tudo o que está fazendo, fatalmente seja forçado a não dar em nada, Mamie segue até o fim. 

"Till - A Busca por Justiça" tem as características de uma produção digna de indicação ao Oscar, desde a categoria "Melhor Filme" até "Melhor Figurino". Embora tenha sido esnobado, o filme de 2h10 é sem dúvida imperdível! Leve um lencinho, pois as lágrimas vão rolar.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: "Till - A Busca por Justiça" (Till)
Gênero: drama, obra de época ‧ 
Classificação: 14 anos
Ano de produção: 2022
Direção: Chinonye Chukwu
Roteiro: Chinonye Chukwu, Michael Jp Reilly e Keith Beauchamp
Duração: 2h 10m
Elenco: Danielle Deadwyler (Mamie Till-Bradley), Whoopi Goldberg (Alma Carthan), Haley Bennett (Carolyn Bryant), Jayme Lawson (Myrlie Evers), Sean Patrick Thomas (Gene Mobley), Jaylin Webb (Willie Hemphill), Frankie Faison (John Carthan), Kevin Carroll (Rayfield Mooty), Sean Michael Weber (Roy Bryant), Diallo Thompson (Maurice), Tosin Cole (Medgar Evers), John Douglas Thompson (Moses Wright), Josh Ventura (S. Carlton), Roger Guenveur Smith (T. R. M. Howard), Jalyn Hall (Emmett Till), Maurice Johnson, E. Roger Mitchell (Roy Wilkins)
Estreia: 9 de fevereiro de 2023

Trailer



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.: "E se houvesse amanhã": encontro com a morte e segundas chances

No lançamento "E se houvesse amanhã", a escritora Anne C. Beker ensina os leitores que, apesar dos momentos difíceis, vale a pena continuar a viver


Não é fácil passar por um relacionamento conturbado com um homem ganancioso e tóxico, pior ainda é viver fases depressivas e pensar em tirar a própria vida. Essa é a realidade enfrentada por Linda no romance "E se houvesse amanhã", lançamento independente da escritora e pediatra Anne C. Beker.

Nesta obra, o leitor acompanha uma médica que apesar dos desafios impostos pela vida, nunca parou de lutar para poder ajudar outras pessoas. Dedicada à profissão, o destino de Linda se cruza com Charles, um paciente que tentou suicidar-se e acaba parando na UTI.

Ao salvar o homem, há muito tempo convicto de que não valia a pena viver, eles criam uma conexão inexplicável e a moça compreende o que é amar de verdade. Mas, é o encontro com a Morte personificada que muda completamente a perspectiva da protagonista: em um diálogo franco com o ser temido por levar a almas dos humanos, ela descobre o verdadeiro sentido da própria existência.


[...] tive uma experiência muito louca e, acredite se quiser, conversei com a Morte, pois eu quase fiz igual a você. Ela me convenceu do contrário. Além disso ela me mostrou, de certa forma, que você é uma ótima pessoa, que, como eu, passou por muita coisa. Eu entendo o que você fez, mas eu estou aqui para pedir uma chance. As lembranças vão continuar. Elas vão doer. As feridas vão se abrir de tempos em tempos, mas se nós nos apoiarmos, elas vão cicatrizar em algum momento.

(E se houvesse amanhã, p. 112)


Dividido em 20 capítulos e um epílogo, Anne C. Beker vai mais fundo ao abordar questões humanitárias e lidar com temas delicados como depressão, tentativa de suicídio e traição. "E se houvesse amanhã" é, sobretudo, uma história de esperança, amor, recomeços e segundas chances.

Sinopse: O mundo como conhecemos pode ser influenciado por seres que não sabemos que existem e esses podem influenciar os humanos e seus desejos. Linda é uma médica que ama sua profissão e ajudar os outros, já passou por fases depressivas em sua vida, mas nunca atentou contra sua vida. Seu destino cruza com um paciente que, aparentemente, tentou tirar a própria vida, mas pouco ou nada se sabe sobre ele e parece que é isso que ele queria. Conforme essa história evolui, ela vai descobrir que existem motivos que ela não imaginava para esses sentimentos. Após um encontro com a Morte, personificada, ela vai entender que existe mais coisas ocorrendo em sua vida, do que ela imaginava. No meio disso tudo, ela ainda tem que lidar com um término complicado de um relacionamento e uma enorme mudança em sua vida. Será que esses dois eram para se encontrar? Será que eles podem se ajudar? Uma dúvida importante a ser sanada pela médica.

Sobre a autora: Anne C. Beker atua como médica endocrinologista pediátrica na capital paulista, cidade onde nasceu. Desde pequena apaixonada por livros e literatura. Iniciou escrevendo poesias e poemas, que não chegaram a ser publicados. Após muitas leituras e alguns cursos de técnica de escrita, decidiu se arriscar com algumas ideias e escreveu o primeiro livro “Revisitando o passado”. Desde então, não parou mais. Instagram: @bekerannec | Twitter: @anne_beker



Livro: E se houvesse amanhã

Autora: Anne C. Beker

Edição: 1ª ed., 2023

Editora: publicação independente

Formato: digital e físico

Páginas: 139

Preço (eBook): R$ 16,00

Onde encontrar: Amazon

Disponível no Kindle Unlimited: amzn.to/3xo5HxL

.: Entrevista "The Masked Singer Brasil": Fernando Fernandes é o Circo


Saiba mais sobre a tecnologia usada para o desenvolvimento da fantasia


Respeitável público, Fernando Fernandes é o Circo do 'The Masked Singer Brasil'! O apresentador foi desmascarado no último domingo, dia 13, após perder o duelo contra a dupla Romeu e Julieta. No reality, ele se apresentou cantando sucessos de Belchior, Nara Leão e Los Hermanos. A fantasia foi confeccionada pelo departamento de efeitos visuais da Globo, junto aos figurinistas do programa. "Participar do programa foi uma das maiores experiências da minha vida. Eu tive que sair totalmente da minha zona de conforto e me jogar para aprender a cantar, dançar, além de desenvolver uma cadeira que me permitisse fazer isso. Foi uma experiência apaixonante", conta.

 

Tecnologia para acessibilidade, encantamento e inclusão 

Uma tenda de circo colorida e reluzente, com a figura do sol risonho no topo, escondendo o rosto do participante. Se o exterior da fantasia promove encantamento, a estrutura por debaixo do tecido é igualmente fascinante. Projetado pelo time de Efeitos Especiais da Globo, o equipamento é composto por uma plataforma elétrica motorizada, uma cadeira e um sistema de fixação exclusivo. O microfone é outra peça-chave: nele foi adaptado um joystick, permitindo ao artista realizar toda a movimentação no palco de maneira tranquila, confortável e fluida. Adicionalmente, como backup, os profissionais da Globo desenvolveram um rádio-controle para realizar o vaivém e os rodopios de forma remota e totalmente segura.  

“A tecnologia embarcada é simples; nesse caso, o interessante é o desenvolvimento do aparato. Além da participação ativa de figurinistas e aderecistas, tivemos o apoio e a colaboração do Fernando Fernandes, promovendo um trabalho multidisciplinar integrado", comenta João Rizzo, gerente de Efeitos Especiais da Globo. “Trabalhando juntos, conseguimos resolver um desafio que a direção artística do 'The Masked Singer' nos trouxe: evitar que o público suspeitasse que se tratava de um cadeirante, preservando sua identidade, em linha com a magia do programa. A tecnologia viabilizou a acessibilidade e promoveu o encantamento do público”, completa.  

O trabalho reforça o compromisso da Globo com a promoção da Diversidade e a Inclusão em seus conteúdos e equipes. Missão que integra a Jornada ESG da companhia, a partir do respeito e valorização da pluralidade como representação e conexão com a sociedade brasileira. 

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo. Leia a entrevista com Fernando Fernandes!

 

Como foi a experiência de participar do programa?

Fernando Fernandes: Participar do programa foi uma das maiores experiências da minha vida. Eu tive que sair totalmente da minha zona de conforto e me jogar para aprender a cantar, dançar, além de desenvolver uma cadeira que me permitisse fazer isso. Foi uma experiência apaixonante. 

 

Qual a parte mais difícil deste desafio?

Fernando Fernandes: Todas, desde o momento que eu falei sim e aceitei o desafio. Acho que a parte mais fácil foi falar sim, a mais difícil veio depois (risos), nas tentativas de viabilizar esse "sim" de forma intensa, forte, de qualidade. Todo o processo foi muito difícil e muito prazeroso. 

 

Você participou do processo de confecção da fantasia? Como foi?

Fernando Fernandes: Participei do processo todo. A cadeira já estava feita, mas sugeri que a gente tirasse um pouquinho de ferro dela para ficar mais natural no meu corpo, para que a fantasia tivesse um pouco mais de swing, e não presa nas ferragens. Isso foi um ponto decisivo para que as pessoas não percebessem que tinha um cadeirante ali por trás. Eu soltei até um vídeo nas minhas redes dos meus bastidores, com a cadeira cheia de ferro, depois a gente tirou todo esse ferro e a fantasia ficou bem solta, parecendo um bonecão de Olinda. Uma coisa bem orgânica, bem natural. Foi importantíssima essa troca com todos. 

 

Você já praticou vários esportes. Mas como foi cantar em um programa de TV?

Fernando Fernandes: O esporte mais difícil na minha vida foi cantar numa cadeira adaptada e eletrônica no The Masked Singer (risos). Saltar de paraquedas é fácil perto disso tudo que eu vivi aí. 

 

Como foi ser desmascarado e ver a reação dos jurados? 

Fernando Fernandes: Eu tinha certeza que todos iam ficar muito surpresos porque a gente foi muito cuidadoso em manter o sigilo. Apesar de eu estar na cadeira de rodas nos ensaios, a gente usava umas muletas, uma botinha no meu pé, como se fosse uma pessoa com o pé quebrado. A gente teve muito cuidado em disfarçar a forma de andar com a cadeira, para que ninguém percebesse. Foi tudo muito cuidadoso, prazeroso. Acho que a gente conseguiu transmitir isso. 

 

E depois do programa, como está sendo a repercussão aí para você?

Fernando Fernandes: A repercussão está sendo incrível. Sabe aquela sensação de dever cumprido, de pensar que atingimos o nosso objetivo? Vai muito além de participar de um programa de TV, isso é uma verdadeira inclusão, você estar onde as pessoas não esperam que você esteja. Ocupar espaços em que as pessoas duvidam que você tenha capacidade de ocupar. Foi uma sensação de dever cumprido, de mostrar para as pessoas que todos nós somos capazes do que a gente quiser, basta a gente criar à nossa maneira e a nossa forma.

  

.: "Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua" com novas trapalhadas na cozinha

Leandro Hassum comanda a dinâmica, e os jurados Paola Carosella e João Diamante avaliam os preparos dos competidores. Foto: Globo/Cadu Pilotto


Trapalhadas na cozinha, broncas, alguns pratos não tão bonitos, mas todos feitos com aquele tempero de mãe que é inconfundível. Assim é a disputa do "Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua", o reality culinário pra lá de divertido das tardes de domingo da TV Globo. Neste dia 22, Leandro Hassum recebe o músico Lucas Lima, a influenciadora Thaynara OG, a atriz Renata Castro Barbosa e suas mães, Lorena, Antonieta e Déa, respectivamente, para se desafiarem no palco. 

Ao longo do programa, as três duplas precisam correr contra o relógio para conseguir preparar receitas que conquistem o coração dos jurados Paola Carosella e João Diamante. As mães podem orientar, mas de longe! Se alguma resolver colocar a mão na massa, o tempo passa a correr duas vezes mais rápido. Na divisão final do prêmio, as três duplas ganham uma quantia para beneficiarem projetos parceiros do "Para Quem Doar", plataforma criada pela Globo em abril de 2020 para conectar pessoas com organizações de todas as regiões do país que trabalham para combater e amenizar diferentes impactos sociais na vida da população em situação de risco e vulnerabilidade.

O programa de Leandro Hassum, Paola Carosella e João Diamante também está no GNT. Sempre às quintas, a partir de 21h30, o público confere o que foi exibido na TV Globo no domingo anterior. "Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua" tem produção de Maiana Timoner, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. A direção de gênero é de Boninho.


.: Suspense chileno "Morte a Pinochet" estreia nos cinemas do Brasil

Nesta quinta-feira, dia 16 de fevereiro, a A2 Filmes estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros o suspense chileno "Morte a Pinochet" (Kill Pinochet | Matar a Pinochet), do cineasta e roteirista Juan Ignacio Sabatini ("Ojos Rojos"). O filme chegará aos cinemas do Rio de Janeiro e Brasília. As demais praças, o filme chegará nas próximas semanas.

Baseado na história real de um ataque fracassado lançado por um braço armado do Partido Comunista Chileno, a história se passa dois anos antes dos acontecimentos narrados no filme “No” (2012), de Pablo Larraín, filme chileno selecionado na Quinzena dos Realizadores de Cannes que alcançou sucesso internacional. Na trama, quinze anos depois da ditadura de Pinochet no Chile, um grupo de homens e mulheres liderados por Ramiro e Tamara partem para matar o tirano.

O filme "Morte a Pinochet" (Kill Pinochet | Matar a Pinochet) foi indicado aos prêmios Camerimage 2021 (Golden Frog – Competição de Diretores Estreantes) e The Platino Awards for Iberoamerican Cinema 2021 (Platino Award – Melhor Filme de Estreia).

Sinopse: Chile. Em setembro de 1986, um grupo de jovens tinha nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com a ditadura de Pinochet matando-o. Enquanto o Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo em 1986. Ramiro, ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada, esquecendo-se das relações pessoais; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política, e Tamara, uma psicóloga atraente que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica: todos eles têm um objetivo comum - matar Pinochet. Baseado na história real de um ataque fracassado lançado por um braço armado do Partido Comunista Chileno.


#MorteaPinochet #MorteaPinochetNosCinemas

Trailer


 

Filme: "Morte a Pinochet"

Título Original: Kill Pinochet | Matar a Pinochet

Chile | 2020 | 81 min.

Gênero: suspense, drama

Direção: Juan Ignacio Sabatini

Roteiro: Juan Ignacio Sabatini, Nazareno Obregón Nieva, Pablo Paredes

Elenco: Daniela Ramírez, Cristián Carvajal, Juan Martín Gravina, Gabriel Cañas, Gastón Salgado, Julieta Zylberberg

Distribuição: A2 Filmes


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

.: "Contato de Emergência", de Mary H. K. Choi, um romance sobre solitários

Os fãs de histórias de amor não convencionais vão se divertir e se emocionar mais uma vez com o romance de Penny e Sam na nova edição de "Contato de Emergência". A editora Intrínseca publica em novo formato o livro de Mary H. K. Choi, com tradução de Ana Rodrigues, sobre a conexão inesperada entre dois jovens solitários. 

Penny tem 18 anos e acabou de sair de casa rumo à universidade. Longe da mãe expansiva e do namorado sem graça, vai finalmente se dedicar ao sonho de ser escritora. Só não contava que essa nova vida traria também novos obstáculos: pessoas, o maior pesadelo de qualquer introvertido. Sam, por sua vez, está perdido na vida. Em todos os níveis. Aos vinte e um anos, os poucos dólares na conta, a mãe alcoólatra e a ex-namorada complicada não o ajudam a se manter são. Só lhe resta fazer os doces mais mirabolantes para o café onde trabalha (e mora), concluir sua faculdade a distância e tentar (sem muito sucesso) não surtar.

Por um acaso do destino - também conhecido como um ataque de pânico no meio da rua -, eles passam a trocar mensagens de texto inofensivas. Mas o que começa como um simples contato de emergência salvo no celular se torna a conexão mais importante da vida deles. Aos poucos, esses jovens introvertidos se tornam dois amigos dividindo angústias, sonhos, piadas e inspirações. Duas pessoas que quase nunca se veem, mas que estão juntas o tempo inteiro. Dois solitários que, finalmente, não estão mais sozinhos.

Lançado nos Estados Unidos em 2018, "Contato de Emergência" entrou para a lista de mais vendidos do New York Times e foi indicado ao Goodreads Choice Award de Melhor Ficção Young Adult. Com humor e sensibilidade, a autora aborda temas como saúde mental, tecnologia, solidão e família, em uma trama apaixonante sobre dois personagens únicos que vai reverberar no coração dos leitores. Compre o livro "Contato de Emergência" neste link.


O que disseram sobre o livro 

“O desabrochar do relacionamento de duas pessoas solitárias e complicadas é narrado com muita sensibilidade, humor afiado e uma construção de personagem primorosa.” - Publishers Weekly

Sobre a autora
Mary H. K. Choi cresceu em Hong Kong e no Texas e atualmente mora em Nova Iorque. É autora de "Contato de Emergência", "Permanent Record" e "Yolk". Ela escreve para publicações importantes, como The New York Times, GQ e Wired, além de apresentar os podcasts "Hey, Cool Job!" e "Hey, Cool Life!". Foto: © Aaron Richter. Garanta o seu exemplar de "Contato de Emergência" neste link.

.: Hans Ulrich Gumbrecht entre perfis de grandes nomes das humanidades


Expoente do biografismo intelectual, alemão inclui pensadores com quem conviveu ou a quem encontrou pessoalmente ao menos uma vez.  

Como René Girard tornou-se uma espécie de profeta do Vale do Silício? O que Jacques Derrida fazia com a cocaína que estudantes insistiam em lhe presentear? Qual impacto o cotidiano caótico de São Paulo teve sobre Lévi-Strauss? Como lidar com a complexidade de dialogar com alguém como Heidegger, marcado pela relação com o nazismo? 

Essas e outras histórias transparecem em "Perfis", envolvente obra de Hans Ulrich Gumbrecht que chega agora pela editora Unesp aos leitores brasileiros. Nela, o intelectual alemão traça o perfil de grandes nomes das humanidades do século XX que encabeçaram importantes tendências da história recente da filosofia, como teoria crítica, estruturalismo, desconstrução e pós-historicismo, e com quem conviveu ou encontrou pessoalmente ao menos uma vez. A introdução e tradução é de Nicolau Spadoni.  

Escritos entre 2018 e 2021, os textos que compõem "Perfis" foram publicados originalmente no jornal suíço Neue Zürcher Zeitung, um dos mais antigos diários em circulação e importante norteador do debate cultural em língua alemã. Desde antes, contudo, quando primeiro surgiram como ideia, os textos foram pensados para ganhar a forma de livro, o que acontece agora nesta compilação inédita. “Somente no formato livro é que os textos encontram sua verdadeira configuração”, escreve, no prefácio, o organizador da obra, René Scheu. “E é só neste tipo de livro que se revela toda a habilidade de Sepp (como Gumbrecht é conhecido por amigos) como um dos últimos eruditos de sua espécie. Em seus textos, sua maneira peculiar de pensar e de escrever - um estilo intelectual - encontra um fundo universal de cultura que parece não conhecer limites em amplitude e profundidade”.

Se em sua obra teórica Gumbrecht reflete sobre os conceitos de presença e materialidade, aqui ele busca justamente tornar presentes, por meio da linguagem, cada uma dessas figuras emblemáticas. Para isso, ele não só reconta suas trajetórias e seu impacto, mas também examina suas personalidades e até trejeitos em busca da raiz da originalidade de suas ideias. Assim, algumas das mais urgentes e complexas questões contemporâneas se apresentam de uma maneira próxima e pessoal.

“As histórias narradas, à primeira vista, chamam nossa atenção pela sua íntima pessoalidade. Por exemplo, quando Gumbrecht conta um comentário com contornos misóginos feito por Foucault à mesa de jantar, relata que os alunos de doutorado em Stanford deram envelopes com cocaína a Derrida, ou que Lyotard, durante o mês que passou em Siegen convidado por Gumbrecht, era visitado um fim de semana pela esposa e outro pela amante”, registra o tradutor da obra, Nicolau Spadoni. “Mas não se trata, é claro, de inserções gratuitas, sensacionalistas. Gumbrecht vem há tempos se consolidando como expoente do biografismo intelectual e Perfis mostra, justamente, que ele atingiu certo ponto de equilíbrio entre apresentar teses e, ao mesmo tempo, talvez de modo ainda mais importante, ‘tornar presente’ uma pessoa real (Gumbrecht aqui só escreve sobre autores que conheceu pessoalmente) e seu temperamento intelectual. Porém, acima de tudo, está em jogo a questão que, a meu ver, é central para o livro e perpassa todos os artigos, a saber: qual pode ser o futuro – se é que há um – das humanidades”.

Expoente do biografismo intelectual, o autor também faz um balanço do pensamento pós-guerra, cartografando uma era de pensadores que já chegou ao fim. Enquanto somos guiados por essas ruínas e consideramos o que aproveitar dessa experiência, vislumbramos um novo tipo de escrita, um possível caminho futuro para as humanidades. O que Gumbrecht propõe é nada menos do que uma revolução no modo como o intelectual público concebe e se conecta com seu mundo e seu tempo.  


Sobre o autor
Hans Ulrich Gumbrecht é professor emeritus em Literatura da Universidade de Stanford e Presidential Professor de Literatura Românica da Hebrew University, em Jerusalém. Pela editora Unesp, publicou "Depois de 1945: Latência como Origem do Presente" (2014), "Nosso Amplo Presente: O Tempo e a Cultura Contemporânea" (2015), e "Prosa do Mundo: Denis Diderot e a Periferia do Iluminismo" (2022), além de ser coorganizador do livro "Uma Latente Filosofia do Tempo" (2021). Garanta o seu exemplar de "Perfis" neste link.

.: “Pude me dar conta do alcance da televisão no Brasil”, reflete Gloria Pires

Ícone da TV, novela de Gilberto Braga - marcada por trilha e figurinos emblemáticos - leva o público de volta aos anos 1970 no Globoplay. Na imagem, Glória Pires na pele de Marisa. Foto: TV Globo / Nelson Di Rago

O clima de discoteca dos anos 1970 está de volta e invade o Globoplay com a estreia de um ícone da dramaturgia brasileira: "Dancin' Days". A partir desta segunda, dia 13 de fevereiro, todo mundo está convidado a abrir suas asas, soltar suas feras, cair na gandaia e entrar na festa, como entoam As Frenéticas nos versos do tema de abertura da novela, tão emblemático quanto a trama de Gilberto Braga

Estrelado por nomes como Sonia Braga, Joana Fomm, Gloria Pires, Antonio Fagundes, Reginaldo Faria e Ary Fontoura, o folhetim inaugurou o estilo do autor, famoso por suas crônicas marcadas pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas. Exibida em 1978, a obra completa 45 anos em 2023 e chega à plataforma pelo projeto de resgate de clássicos da dramaturgia.    

Em atuações memoráveis, Sonia Braga e Joana Fomm dão vida às irmãs Júlia Matos e Yolanda Pratini, respectivamente. As diferenças entre as duas beiram a rivalidade quando a primeira, ao conquistar liberdade condicional depois de ser acusada pelo atropelamento e morte de um guarda, busca se livrar do estigma de ex-presidiária e se reaproximar da filha. Mas a socialite que criou a menina, faz de tudo para dificultar a reconciliação.

É quando entra em cena Gloria Pires, aos 15 anos de idade, interpretando a adolescente Marisa, personagem cheia de nuances como a mãe e a tia. “Que legal poder rever a novela, tenho um carinho enorme por ela. Foi um trabalho que me revelou nacionalmente”, comemora a atriz, ao recordar "Dancin' Days".   

Refletindo a situação socioeconômica do Brasil na época, a trama se consolidou como um fenômeno da dramaturgia, ditando modas e influenciando hábitos de consumo do público. Da personalidade forte à transformação de seu visual, são muitas as reviravoltas na vida de Júlia que inspiraram mulheres pelo país. A principal é quando a protagonista surge totalmente repaginada depois de uma viagem à Europa. 

E o palco dessa revelação, é claro, um cenário icônico da novela: a discoteca Frenetic Dancin Days, de Hélio (Reginaldo Faria). “A novela foi um marco na forma de se mostrar as personagens, buscando o realismo do cinema, desde os cenários à caracterização”, lembra Gloria. As roupas e os acessórios usados por Júlia e frequentadores da fictícia casa de eventos, como as meias de lurex coloridas combinadas com sandálias de salto alto fino, viraram sensação. Assim como a pista de dança, referência à trama até hoje. “Pela primeira vez pude me dar conta do alcance da televisão no Brasil. Cada cidade que eu visitava, reconhecia Júlias e Marisas nas discotecas, que se transformaram em uma verdadeira febre”, reflete Gloria Pires sobre a repercussão da trama.  

Com bairros cariocas como Copacabana de cenário, "Dancin' Days" movimentou o país e reúne ainda em seu elenco nomes como Lídia Brondi, Neusa Borges, Pepita Rodriguez, Sura Berditchevsky, Mauro Mendonça e os saudosos Chica Xavier, Beatriz Segall, Yara Amaral, José Lewgoy, Cláudio Corrêa e Castro, Mário Lago, Ivan Cândido e Lauro Corona. A novela foi a primeira experiência de Marcos Paulo atrás das câmeras, integrando o time de direção com Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dennis Carvalho e José Carlos Pieri.

.: Paramount+ libera trailer e estreia de "Grease: Rise Of The Pink Ladies"


Fãs de "Grease - Nos Tempos da Brilhantina" tem muito a comemorar. Tudo porque o Paramount+ acaba de divulgar o trailer e a data de estreia da nova série original "Grease: Rise Of The Pink Ladies", produção que estreia na plataforma de streaming no dia 7 de abril.

A série musical se passa quatro anos antes do "Grease" original - protagonizado por John Travolta e Olivia Newton John. Tudo começa em 1954, antes do rock 'n' roll reinar, antes dos T-Birds serem os melhores da escola, quatro colegas se atrevem a se divertir em seus próprios termos, provocando um pânico moral que mudará Rydell High para sempre.

"Grease: Rise Of The Pink Ladies" foi escrito e produzido por Annabel Oakes (“Atypical”, “Transparent”), que também atua como produtora executiva e diretora. Marty Bowen e Wyck Godfrey são os produtores executivos de Temple Hill, Adam Fishbach também é produtor executivo e Alethea Jones ("Made For Love", "Dollface", "Evil") dirigiu o piloto, mais dois episódios e é produtor executivo. Erik Feig e Samie Kim Falvey são os produtores executivos da PicturesArt, com a produção de Grace Gilroy. Coreografia de Jamal Sims, que também dirigiu, e música do indicado ao Grammy e produtor musical executivo, Justin Tranter.

A produção do streaming é estrelada por Marisa Davila, como Jane, Cheyenne Isabel Wells, como Olivia, Ari Notartomaso, como Cynthia, Tricia Fukuhara, como Nancy, Shanel Bailey, como Hazel, Madison Thompson, como Susan, Johnathan Nieves, como Richie, Jason Schmidt, como Buddy, Maxwell Whittington-Cooper, como Wally, e Jackie Hoffman como assistente.

 "Grease: Rise Of The Pink Ladies" - Trailer legendado




 


 


 


SERVIÇO >> ESTREIA -- GREASE: RISE OF THE PINK LADIES


Estreia: 07 de abril, sexta-feira, na plataforma premium de streaming Paramount+.



domingo, 12 de fevereiro de 2023

.: #ResenhaRápida: Ed Moraes, Harvey Milk no teatro, guerrilheiro na TV


O ator Ed Moraes é talento puro: Harvey Milk no teatro e personagens fortes no streaming. Fotos: Renam Christofoletti.


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 


Foi literalmente no palco do Sesc Santos que nós, do Resenhando, assistimos pela primeira vez o talento de Ed Moraes em cena. Na ocasião, ele interpretava o ativista Harvey Milk no espetáculo "Eu Não Sou Harvey" - em uma apresentação intimista, quando as pessoas ainda estavam voltando ao teatro em um período de retomada na pandemia de covid 19. Já havia todo o burburinho em torno da peça teatral e do talento do artista, mas vê-lo, de perto, com a força que o papel exige, é algo impressionante. Ed Moraes é uma entidade no papel, que lhe dá a oportunidade de debater diversos assuntos que vão além da homofobia.

Sorte a nossa que o talento do ator está partindo para outras plataformas, como para a série "Betinho", no Globoplay, em que interpretará outro ativista, Herbert Daniel, um dos mais "temidos e procurados" da luta contra a ditadura militar. Também foi o mancheteiro Gibran, da série "Notícias Populares", sobre o afamado jornal das décadas de 80 e 90 que tinha o apelido de "espreme que sai sangue". Com exclusividade, ele aceitou participar da #ResenhaRápida e responder a várias perguntas - das mais simples às mais espinhosas - com as primeiras palavras que viessem à mente. O resultado é surpreendente.

#ResenhaRápida com Ed Moraes

Nome completo: Edilson Aparecido Moraes.
Apelido: Ed Moraes.
Data de nascimento: 7 de outubro de 1982.
Altura: 1m70.
Qualidade: diplomático. 
Defeito: ambicioso.
Signo: libra.
Ascendente: touro. 
Uma mania: opinar. 
Religião: conexão.
Amor: companheirismo.
Sexo: vital.
Homem bonito: de caráter. 
Família é: base.
Ídolo: Gandhi.
Inspiração: silêncio. 
Arte é: transcendência. 
Brasil: é lindo.
Fé: meu guia.
Deus é: natureza. 
Política é: tudo.
Hobby: basquete. 
Lugar: minha cama. 
O que não pode faltar na geladeira: cerveja. 
Prato predileto: bobó de camarão.
Fruta: todas.
Bebida favorita: gin tônica. 
Medo de: morrer afogado ou engasgado.
Uma peça de teatro: "Les Éphémères" (Teatre Du Soleil).
Um ator: Marco Nanini.
Uma atriz: Fernanda Montenegro. 
Um cantor: Gilberto Gil. 
Uma cantora: Maria Bethânia. 
Um escritor: Valter Hugo Mãe. 
Uma escritora: Clarice Lispector.
Um filme: "Dançando no Escuro". 
Uma música: "Carcará".
Um disco: "Brasileirinho" (Bethânia).
Um personagem: Macabéa, de "A Hora da Estrela" (Clarice Lispector).
Uma novela: "Vale Tudo", de Gilberto Braga.
Uma série: "This is Us".
Um programa de TV: "TV Pirata". 
Uma saudade: inocência. 
Algo que me irrita: mentiras.
Algo que me deixa feliz é: encontrar os amigos de verdade.
Uma lembrança querida: minha iniciação no candomblé. 
Um arrependimento: não ter pensado no futuro. 
Quem levaria para uma ilha deserta? Algum dos melhores amigos. Com eles, qualquer lugar e situação fica mais leve.
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo, seria... Jesus. Para provar que muita gente entendeu errado.
Se pudesse fazer uma pergunta a qualquer pessoa do mundo, seria... A Pedro Álvares Cabral: "Por que você não mudou a rota?"
Não abro mão de: buscar a felicidade todos os dias.
Um talento oculto: cozinhar.
Você tem fome de quê? De Justiça social e igualdade.
Você tem nojo de quê? De fascistas, ultraconservadores e de fundamentalistas religiosos. 
Se tivesse que ser um bicho, seria: um peixe (para viver na imensidão).
Um sonho: ser pai.
Teatro em uma palavra: chão. 
Televisão em uma palavra: alcance. 
O que seria se não fosse ator: jogador de handebol da seleção brasileira. 
Ser ator é: desesperador no Brasil.
O que me tira do sério: injustiça e gente incompetente.
Ser homem, hoje, é: saber escutar.
Palavra favorita: aláfia (caminhos abertos).
Ed Moraes por Ed Moraes: um sonhador a moda antiga, cheio de desejos e fé em dias melhores. 

.: Tudo sobre o musical "Bonnie & Clyde", que estreia em março em SP


"Bonnie & Clyde" e a quadrilha mais temida da história chegam ao palco do 033 Rooftop do Teatro Santander a partir de 10 de março. Inédito na América Latina, o famoso musical, estrelado por Eline Porto, Beto Sargentelli, Adriana Del Claro, Claudio Lins e grande elenco, tem a produção da Del Claro Produções e H Produções Culturais, a direção de João Fonseca, direção musical de Thiago Gimenes e coreografias de Keila Bueno, contando ainda com outros renomados e premiados criativos. Foto: Stephan Solon


A história de amor bandido mais famosa de todos os tempos, vivida pelo casal que ficou conhecido por aterrorizar os EUA na década de 1930, ganhará palco brasileiro com a montagem inédita de “Bonnie & Clyde”. Produzida pela Del Claro Produções ("Sweeney Todd"; "Chaves - Um Tributo Musical"; "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812") e H Produções Culturais ("Nautopia - O Musical" e "Os Últimos 5 Anos"), o musical é apresentado por Ministério da Cultura, com patrocínio de Esfera e Santander Seguros e Previdência, e estreia pela primeira vez na América Latina dia 10 de março no 033 Rooftop do Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, sob a direção de João Fonseca, a direção musical de Thiago Gimenes e a coreografia de Keila Bueno. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Sympla ou bilheteria local a partir desta sexta, 10 de fevereiro.

Baseado na audácia e na absurdidade dos célebres gângsteres, a história originou o filme “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas”, dirigido por Arthur Penn em 1967, com Faye Dunaway e Warren Beatty, no qual foi inspirada a obra teatral com músicas de Frank Wildhorn (Jekyll & Hyde), letras de Don Black (Sunset Boulevard) e libreto de Ivan Menchell. A adaptação estreou em San Diego em 2009, chegando à Broadway em 2011, e conquistou duas indicações ao Tony Awards, além de três ao Outer Critics Circle Awards e cinco ao Drama Desk Awards, ambos incluindo Melhor Novo Musical. Em 2022 contou com uma temporada de ingressos esgotados no West End de Londres, onde reestreia em março, quase que simultaneamente com a montagem brasileira.


O musical
Movidos por paixão, ambição e adrenalina, as vidas de Bonnie Parker e Clyde Barrow se cruzam pela primeira vez em uma lanchonete, onde a garçonete conhece o “delinquente de berço”, por quem se vê seduzida a embarcar em um mundo de viagens e crimes, entre fugas e prisões, carros roubados, armas e charutos, assaltos a postos de gasolina, pequenos comerciantes e grandes bancos, sem imaginar que, pouco tempo depois, se tornariam um retrato histórico da Grande Depressão, período marcado pela crise econômica e social americana, que levou muitas pessoas a cometerem delitos em função do desespero e revolta, e a enxergar a dupla como figuras heróicas.

Enquanto Bonnie, vivida por Eline Porto, almeja alcançar o sucesso como artista e poetisa, Clyde, vivido por Beto Sargentelli, é um fissurado por carros que sonha viver sem se preocupar com dinheiro. Juntos eles somam forças em uma luta declarada contra o sistema, e instigados por um desejo de vingança, caem na estrada sem rumo, mas mantendo sempre o contato com parte da Gangue Barrow, formada também pelo irmão bandoleiro de Clyde, Buck, vivido por Claudio Lins, e a cunhada Blanche, vivida por Adriana Del Claro - que faz deste o seu retorno aos holofotes. 

Desafiando as autoridades, após dois anos de aventuras na contramão da polícia, o banditismo romântico só chega ao fim no dia 23 de maio de 1934, após serem delatados por um infiltrado na gangue. O casal fora da lei, que nunca demonstrou receio de apertar gatilhos e disparar contra quem cruzasse seu caminho, acaba capturado em uma emboscada armada na estrada de Louisiana, sul dos EUA, e executado com dezenas de tiros, o mesmo acontece com o carro, atingido por mais de 100 balas de diversos calibres, em uma operação comandada pelo capitão Frank Hamer, um Texas Ranger aposentado vivido por Renato Caetano, e que retorna ao posto como um reforço da caçada.

O elenco se completa com um time talentoso, que mescla nomes já conhecidos dos palcos com novos rostos que despontam na cena teatral: Aline Cunha (Eleanore), Aurora Dias (Cumie Barrow), Bruna Estevam (jovem Bonnie), Davi Novaes (John), Elá Marinho (Governadora Ferguson), Gui Giannetto (Pastor), Lara Suleiman (Mary), Mariana Gallindo (Emma Parker), Oscar Fabião (Xerife Schmidt), Pedro Navarro (Ted), Rafael de Castro (Henry Barrow), Thiago Perticarrari (Delegado Johnson) e Yudchi Taniguti (jovem Clyde).

Com uma equipe de criativos renomada e conhecida das grandes premiações do gênero, os figurinos levam a assinatura de João Pimenta, o design de som de Tocko Michelazzo e o design de luz de Paulo Cesar Medeiros. Já a cenografia é de Cesar Costa e o visagismo de Marcos Padilha. A produção conta ainda com versões assinadas pelo indicado ao Prêmio Bibi Ferreira 2022, Rafael Oliveira (Musical em bom português), responsável por traduzir o texto e as 22 canções, repletas de elementos do country, western, blues e pop da Broadway. 


Detalhes de produção
O trio de atores-produtores que se divide em dupla função à frente desta superprodução, é composto por Adriana Del Claro, Beto Sargentelli e Eline Porto, que se uniram no desafio de fazer dessa uma montagem única, considerando toda a sua concepção diferenciada e imersiva, já conhecida do local de apresentação, que vai desde a acomodação da plateia até o cardápio temático, oferecido pelo serviço de Bar assinado pelo Chef exclusivo do 033 Rooftop do Teatro Santander, Mario Azevedo.

E visando proporcionar uma experiência ainda mais completa, para além do palco, em 2022, o trio viajou até Curitiba em busca da carcaça original de um Ford V8, igual aos utilizados pelos personagens reais da história. O carro foi restaurado para ficar idêntico ao modelo original - em situação de pós captura -, hoje exposto em Las Vegas. O V8 será uma réplica exclusiva, recriada especialmente para o espetáculo, e estará exposta, de forma acessível ao público, em um espaço instagramável. Para mais informações, acesse o instagram oficial: @bonnieclydemusical


Serviço:
"Bonnie & Clyde"
Apresentado por Ministério da Cultura, com patrocínio de Esfera e Santander Seguros e Previdência
Local:
033 Rooftop do Teatro Santander (cobertura)
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Vila Olímpia - São Paulo
Temporada: 10 de março a 14 de maio de 2023
Sessões: sextas-feiras às 20hs | Sábados às 15h30 e às 20hs | Domingos às 15h30 e às 20hs.
Duração do espetáculo: 2h10 (com 15 minutos de intervalo)
Capacidade: 380 lugares
Setores e preços: Setor Vip R$ 250 | Setor 1 R$ 220 | Setor 2: R$ 75
Classificação indicativa: 16 anos
** Clientes Santander possuem 15% de desconto nas compras no bar do 033 Rooftop.


Canais de venda oficiais
Internet (com taxa de serviço): https://www.sympla.com.br/
Bilheteria física (sem taxa de serviço):
Atendimento presencial:
todos os dias 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. Não é possível o parcelamento em ingressos adquiridos na bilheteria.
Autoatendimento: a bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.
Formas de pagamento: dinheiro, Cartão de débito e Cartão de crédito.




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