quinta-feira, 13 de abril de 2023

.: "Peitos e Ovos", de Mieko Kawakami: alegrias e pressões vividas por mulheres


Os leitores brasileiros poderão conhecer o trabalho da prestigiada autora japonesa Mieko Kawakami com o lançamento de "Peitos e Ovos", romance eleito como um dos dez melhores livros de 2020 pela revista Time e escolhido como um livro notável pelo jornal The New York Times. A trama, que se passa no Japão, aborda a relação de três mulheres com o corpo, questões relativas ao gênero feminino e aspectos da maternidade. A tradução desta edição, lançada pela editora Intrínseca, é de Eunice Suenaga.

Em um dia sufocante de verão, Makiko viaja de Osaka a Tóquio para visitar a irmã mais nova, Natsu, e a surpreende com a informação de que gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer uma cirurgia de aumento dos seios. Acompanhada pela filha, Midoriko, uma adolescente que há alguns meses só se comunica com a mãe por escrito, Makiko compartilha com a irmã a frustração que sente pelo comportamento da garota, desconhecendo o sofrimento pelo qual ela passa ao ser incapaz de verbalizar as pressões avassaladoras da puberdade. 

Sob o ponto de vista de Natsu, uma aspirante a escritora de 30 anos assombrada pelas dificuldades sofridas na juventude, desenrola-se a história dessas três mulheres reunidas em um bairro pobre de Tóquio. Ao longo dos poucos dias que passam juntas, o silêncio de Midoriko será um catalisador para que cada uma delas enfrente os próprios medos e dissabores.

Oito anos após a visita de Makiko e Midoriko, em mais um dia de verão intenso, Natsu - agora finalmente estabelecida como escritora e tendo desenvolvido algumas poucas amizades - faz o caminho inverso ao da primeira parte do livro e viaja de volta à cidade natal. Imersa em dúvidas e confrontando a ansiedade de envelhecer sozinha e sem filhos, em meio às opressões sociais que cercam a vida das mulheres no Japão, ela precisa tomar uma decisão sobre os rumos da própria vida.

Mieko Kawakami já foi agraciada com os prêmios Akutagawa, Tanizaki e o Murasaki Shikibu, e seus livros foram traduzidos para mais de 30 idiomas. De forma honesta, potente e bem-humorada, a autora traça um retrato sensível das alegrias e pressões vividas por mulheres, e também de sua busca pelo controle do próprio futuro. Compre o livro "Peitos e Ovos" neste link.


O que disseram sobre o livro

“Kawakami escreve sobre o corpo com uma precisão desconcertante.” - The New York Times

 “Um livro de tirar o fôlego.” - Haruki Murakami


Sobre a autora

Nascida em Osaka, no Japão, Mieko Kawakami fez sua estreia literária como poeta e publicou sua primeira novela, "My Ego, My Teeth, and the World", em 2007. Seus livros, traduzidos para mais de 30 idiomas, são conhecidos por suas qualidades poéticas e reflexões sobre o corpo feminino, a ética e a sociedade moderna.

Os prêmios literários de Kawakami incluem o Akutagawa, o Tanizaki e o Murasaki Shikibu. Heaven, traduzido por Sam Bett e David Boyd, foi finalista do International Booker Prize de 2022. Seu romance mais recente traduzido para o inglês é "All the Lovers in the Night" e foi indicado para o National Book Critics Circle Awards em 2023. Ela mora em Tóquio. Foto: Yuto Kudo. Garanta o seu exemplar de "Peitos e Ovos" neste link.

.: "A Vida em Duas Rodas", um dos melhores de 2022, chega ao Brasil


Um dos melhores livros de 2022 segundo a revista New Yorker, "A Vida em Duas Rodas", do jornalista e crítico literário Jody Rosen, é lançado pela editora Rocco e gira em torno da bicicleta, um vestígio da era vitoriana, à primeira vista incongruente com nossos tempos de smartphones, apps de transporte e carros sem motorista. Ao mesmo tempo, nós ainda vivemos no planeta das bicicletas. É cada vez mais comum pessoas utilizarem bikes em vez de outro meio de transporte. Quase todo mundo pode aprender a andar de bicicleta, e quase todo mundo aprende.

Em "A Vida em Duas Rodas", o autor muda tudo que sabemos sobre essa máquina que conhecemos tão bem, uma força presente na vida e nos sonhos da humanidade há mais de 200 anos. Misturando história, reportagem, diário de viagem e livro de memórias, esta obra atravessa os séculos e cruza o mapa, delineando a saga da bicicleta desde sua invenção em 1817 até a sua renascença atual como ''veículo verde'', um emblema de sustentabilidade em um mundo afligido por uma pandemia e pelas mudanças climáticas.

"A Vida em Duas Rodas" mergulha no passado da bicicleta e vislumbra seus possíveis futuros, desafiando mitos e clichês, e demonstrando a conexão do ciclismo com conquistas coloniais e a gentrificação das cidades. Mas o livro também é uma carta de amor: uma reflexão sobre os prazeres sensuais e espirituais de andar de bicicleta e uma homenagem à maravilha da engenharia que ela é - um veículo impressionante cujo passageiro é, ao mesmo tempo, seu motor. Compre o livro "A Vida em Duas Rodas" neste link.

O que disseram sobre o livro

''Prosa sagaz, pesquisas aprofundadas e o entusiasmo contagiante de Rosen garantem que esta história ímpar agrade a ciclistas e a não ciclistas igualmente.'' — Publishers Weekly

''Excelente... Mistura pesquisa histórica meticulosa, jornalismo afiado sobre locais que dependem da bicicleta e memórias pessoais.'' — The New York Times

''Um passeio agradável, cheio de desvios espontâneos que levam a experiências deliciosas.''
— The Atlantic

''Uma complexa história cultural. Rosen usa seu faro jornalístico para explorar uma tecnologia básica que tem identidades radicalmente díspares em diferentes épocas e lugares.'' — Curbed

''Uma biografia divertida de uma ferramenta central ao desenvolvimento verde dos espaços urbanos.'' — Chicago Tribune. Garanta o seu exemplar de "A Vida em Duas Rodas" neste link.

.: Quer conhecer Rosa Montero? Autora espanhola vem ao Brasil em maio


Programe-se: no próximo mês, direto da Espanha, a escritora Rosa Montero faz duas paradas no Brasil para conversar sobre literatura. No dia 29 de maio, no Teatro B32, em São Paulo, e no dia 31 do mesmo mês, no Teatro UniSinos, em Porto Alegre, ela abre a Temporada 2023 do "Fronteiras do Pensamento", que reúne nomes como a Nobel da Paz Nadia Murad, o neurocientista David Eagleman e o professor de Harvard Michael Sandel. Para leitores da editora Todavia, a venda de ingressos para a Temporada começa antes (e com desconto!). Compre no pré-lote.

Com 16 anos de história, o Fronteiras do Pensamento já realizou mais de 300 conferências e impactou um público superior a 300 mil pessoas. Neste ano, o ciclo de palestras tem como proposta discutir as incertezas que marcam a contemporaneidade e apontar caminhos para superá-las. A programação contará com seis conferências presenciais (em São Paulo e Porto Alegre) e transmissões on-line. Além delas, os participantes também terão acesso às gravações dos encontros na plataforma do projeto. O pacote de acesso ainda inclui entrevistas inéditas e conferências históricas com exclusividade. Compre os livros de Rosa Montero neste link.


Sobre os livros

"A Ridícula Ideia de Nunca Mais Te Ver"


Quando Rosa Montero leu o impressionante diário que Marie Curie escreveu após a morte de seu marido, ela sentiu que a história dessa mulher fascinante guardava uma triste sintonia com a sua própria: Pablo Lizcano, seu companheiro durante 21 anos, morrera havia pouco depois de enfrentar um câncer. As consequências dessa perda geraram este livro vertiginoso e tocante a respeito da morte, mas sobretudo dos laços que nos unem ao extremo da vida. Compre o livro "A Ridícula Ideia de Nunca Mais Te Ver" neste link.


"Nós, Mulheres"
Uma jornada esclarecedora pela antologia universal de mulheres que fizeram história. Estão presentes grandes figuras, como Agatha Christie, Simone de Beauvoir e Frida Kahlo. Mas também nomes que, ainda hoje, são menos conhecidos — e que, no entanto, merecem ter seus feitos difundidos. É o caso, por exemplo, de Mary Anning, primeira paleontóloga da História, e Juana Azurduy, que liderou exércitos contra os espanhóis. Além de muitas outras: nas ciências, nas artes, na política e nos costumes. Compre o livro "Nós, Mulheres" neste link.


"A Boa Sorte"
O que leva um homem a saltar de um trem em uma cidade qualquer? Talvez ele esteja fugindo de alguém, ou até de si mesmo, mas o certo é que o destino trouxe Pablo a Pozonegro, um antigo centro minerador de carvão. Um mecanismo hipnotizante revela aos poucos o mistério desse homem e nos mostra o interior do que somos, num verdadeiro raio X dos anseios humanos. Em "A Boa Sorte", Rosa Montero constrói um romance imprescindível sobre todas as contradições que marcam a nossa vida. Compre o livro "A Boa Sorte" neste link.

.: "Melhor do que nos Filmes", de Lynn Painter, é fênomeno no TikTok


Best-seller
do jornal The New York Times e USA Today, o livro "Melhor do que nos Filmes" tornou-se rapidamente um grande fenômeno do TikTok. Em meio ao sucesso na plataforma, a obra de Lynn Painter chega ao Brasil pela editora Intrínseca e promete conquistar os fãs de comédias românticas e enemies to lovers com uma protagonista determinada a viver um romance de cinema, custe o que custar.

Na trama, Elizabeth Buxbaum sempre sonhou com um amor digno das comédias românticas que cresceu vendo com a mãe, antes de ela falecer. E isso ficou cada vez mais perto de se tornar realidade quando sua paixão de infância, Michael Young, voltou à cena mais lindo e charmoso do que nunca. Como uma boa romântica incurável, Liz tinha certeza de que o retorno de Michael era um sinal do universo. Por isso, ela estava disposta a fazer de tudo para conquistá-lo, até mesmo pedir ajuda ao vizinho irritante, Wesley Bennett. Para Liz, ele era um chato de galochas e, mesmo sendo simpático e bonito, estava longe de ser o protagonista dos filmes de que tanto gostava.

Os dois fizeram um acordo: Wes deveria ajudá-la a fazer com que Michael notasse a sua existência e a convidasse para o tão sonhado baile de formatura. Em troca, Liz cederia a vaga de estacionamento mais cobiçada da rua para ele. O plano era infalível. Mas, à medida que eles se aproximam, Liz vai questionar tudo o que sabe sobre o amor e descobrir que talvez seu “felizes para sempre” seja mesmo surpreendente - e melhor do que poderia imaginar.

Embalado por músicas da Taylor Swift e referências a comédias românticas muito amadas, como "10 Coisas que Eu Odeio em Você" e "Para Todos os Garotos que Já Amei", o livro "Melhor do que nos Filmes" é uma obra divertida e apaixonante sobre encontrar o amor onde menos se espera. Compre o livro "Melhor do que nos Filmes" neste link.

O que disseram sobre o livro 
“O livro é exatamente o que o título promete.” — Kirkus Reviews

Sobre a autora
Lynn Painter
é autora best-seller de comédias românticas para leitores jovens e adultos. Ela mora com o marido e os filhos em Nebraska, nos Estados Unidos, e tem uma coluna no jornal Omaha World-Herald, em que fala sobre família e comportamento parental, apesar de ser o oposto de uma mãe exemplar. Quando não está atrás das crianças, Lynn gosta de ler, escrever, beber energético e assistir a filmes de comédia românticas. Garanta o seu exemplar de "Melhor do que nos Filmes" neste link.

.: Netflix traz "Pedaço de Mim" e confirma compromisso com o Brasil


Foto: Marcus Sabah/Netflix


A Netflix ocupou o principal palco do Rio2C, o maior evento de criatividade da América Latina, nesta quarta-feira, para celebrar sua trajetória no país em parceria com a comunidade criativa. A grande novidade foi "Pedaço de Mim", primeiro melodrama da Netflix no Brasil, que inicia gravações em maio. E quem subiu ao palco para falar em primeira mão foram os protagonistas Juliana Paes e Vladimir Brichta, a criadora e roteirista Angela Chaves e o diretor Maurício Farias.

Com produção de "A Fábrica", "Pedaço de Mim" é uma história que fala de sonhos impactados por grandes reviravoltas, perdas e aprendizados. Liana (Juliana Paes), uma mulher que sonha em ser mãe, acaba tendo sua trajetória atravessada por eventos de alta força dramática, que afetam seu casamento com Tomás (Vladimir Brichta).

Outros destaques do painel foram a confirmação da terceira temporada de "Bom Dia, Verônica", série criada e adaptada para a TV por Raphael Montes, baseada na obra do próprio Raphael Montes e de Ilana Casoy, e que traz na direção geral José Henrique Fonseca e produção da Zola Filmes; e o reality show Ilhados com a Sogra, formato 100% brasileiro da Netflix com apresentação de Fernanda Souza e realização da Mixer Films. O painel trouxe ainda discussões sobre renovações de títulos nacionais, e também novidades sobre séries aguardadas como DNA do Crime, Sintonia e A Sogra que te Pariu, cuja segunda temporada estreou hoje.  

"É importante que nossas produções tenham originalidade e visão criativa, conexão com a identidade brasileira e, acima de tudo, foco no entretenimento, sempre em busca de chegar na melhor versão de cada história", afirmou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix Brasil. "São mais de 10 anos de histórias, parceria e aprendizados com a comunidade criativa."

No painel, que destacou aprendizados, sucessos e planos futuros, a empresa revelou que já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em conteúdo brasileiro. Além disso, continua expandindo seu programa de desenvolvimento de talento criativo no Brasil, que contou com mais de R$ 5 milhões investidos em iniciativas de aceleração e formação de talentos em 2022. 


quarta-feira, 12 de abril de 2023

.: "O que Faremos com Walter?", com direção de Jorge Farjalla, no Teatro Opus


De Juan José Campanella e Emanuel Diez. Na visão de Jorge Farjalla. O espetáculo, que está em cartaz no Teatro Opus Frei Caneca, conta com Norma Blum, Flávio Galvão, Elias Andreato, Grace Gianoukas, Marcello Airoldi, Marianna Armellini e Fernando Vitor no elenco. Foto: Danilo Santos


O sucesso absoluto de público e crítica na Argentina de "O que Faremos com Walter?" é motivado pelo humor ácido e inteligente de Juan José Campanella, vencedor do Oscar por "O Segredo dos Seus Olhos". Junto com Emanuel Diez transformam uma situação corriqueira de uma reunião de condomínio numa comédia absoluta, onde algumas vezes o espectador ri para não chorar das situações, atitudes e palavras proferidas na reunião extraordinária para saber o que fazer com o funcionário sexagenário. 

Depois do sucesso de "Brilho Eterno" e "Irma Vap", Jorge Farjalla dirige o espetáculo no Brasil. Os produtores Leonardo Miggiorin e Danny Olliveira entregaram para ele essa missão. Farjalla é um dos diretores mais comentados na cena teatral por sua inovadora e certeira visão de encenar textos clássicos e contemporâneos, assim como fez em seus últimos premiados espetáculos, sucesso de público. O espetáculo é apresentado pela Bradesco Seguros, por meio do Circuito Cultural Bradesco Seguros.

Na montagem de Farjalla, o cenário é uma espécie de mausoléu/portaria, impondo aos condôminos uma quase prisão, onde deverão discursar sobre seus posicionamentos discutidos, tendo que encarar o outro. “A ação ganha mais força pelo uso dos signos das cores, aqui representada nos figurinos em uma alusão ao 'Flicts' de Ziraldo, adianta o diretor, admirador do autor e do texto. "'O Que Faremos Com Walter?' é sobre a necessidade de olhar para o outro sem o enxergar, condição em que vivemos diariamente em nossas redes sociais, nos aplicativos de relacionamento, nas mesas de bar, em casa”, afirma.

Quem viverá Walter, o Zelador, será o ator Elias Andreato, que volta aos palcos depois de um longo período dedicando-se à escrita e direção. E não poderia encontrar melhores personagem e montagem para tal feito. Para dar vida aos condôminos, ao Zelador e ao surpreendente aparecimento de uma irmã, os produtores e o diretor, reuniram um elenco notável. Norma Blum, que em março de 2023 (mês das mulheres) completa 70 anos de carreira, Flávio Galvão ("Tieta", "Cambalacho", "Força de Um Desejo", "Império", "A Bíblia"), Marcello Airoldi (no teatro, "Amor Profano", "A Queda", de sua autoria, "Misery". Na Televisão, entre tantos, 'Belíssima", "Novo Mundo", "Viver a Vida"), Grace Gianoukas ("Terça Insana", "Haja Coração", "Salve-se Quem Puder", "Grace em Revista", "Dercy"), Marianna Armellini  ("Ti Ti Ti", "Vai que Cola", "Salve-se Quem Puder") e Fernando Vitor ( No teatro, "Mary Stuart", "Terremotos", "Mãe Coragem") e Elias Andreato (com 46 anos de carreira e algumas dezenas de personagens marcantes no teatro, como em "A Gaivota", "Diário de Um Louco", "Artaud, O Avarento", "Van Gogh", "Estado de Sítio", "Amigas, Pero No Mucho", "Pessoa". Na televisão, "A Grande Família" e 'Beleza Pura").

Moradores do condomínio convocam uma reunião extraordinária para decidirem o que fazer com Walter, zelador do edifício há anos. No início, tudo é amenidade. A comicidade começa quando discussões sérias, referente àquele condomínio, são expostas, o que também induz o público à emoção. Todo tipo de absurdos, que faz o público rir de situações constrangedoras, são expostos. Um fato inesperado acontece.

A chegada da irmã gêmea do zelador também é uma linha condutora da história. As discussões entre os personagens contém palavras com viés ideológico, apontam traições e atitudes diferentes entre as gerações. O texto aborda a questão do idoso. Traz à tona um tema importante, o etarismo, de forma leve, mas, questionadora. E convida o público a refletir sobre a maneira que convive com seus idosos. 

A comédia escrita pelos argentinos Juan José Campanella e Emanuel Díez, traz de forma irreverente, o cotidiano vivido por tantos condôminos. Uma reflexão sobre nossos comportamentos e, quem sabe, mudar a partir daí. Ou não. Enfim. E uma pergunta que não quer calar: o que aqueles condôminos farão com Walter? 

O espetáculo fica em cartaz no Teatro Opus Frei Caneca até o dia 19 de março, com sessões sexta e sábado às 20h e domingo às 18h. Os ingressos estão disponíveis pelo site uhuu.com ou bilheterias dos teatros. Mais informações no serviço abaixo.


Por Jorge Farjalla: "Ou seja, pra você a mudança é não mudar nada."
A obra dos autores Campanella e Diez tomaram exatamente a mesma proporção e potência da frase acima pinçada do texto e veio, de assombro para mim, com a ideia de inércia que nos colocamos, não somente na vida como também nas relações pessoais. Para desenhar bem - a você espectador - é como fazer uma publicação no IG, abreviação de Instagram, porque todos estão fazendo a mesma publicação sem nem saber o motivo pela qual essa publicação é feita. Parece confuso, mas é isso mesmo.

"O Que Faremos Com Walter?" é sobre a necessidade de olhar para o outro sem o enxergar, condição em que vivemos diariamente em nossas redes sociais, nos aplicativos de relacionamento, nas mesas de bar, em casa... os autores usaram do etarismo para sobrepor o que realmente se escancara com o texto impecável, vindo de um período na Argentina, país de origem da obra, em que a política e as condições sociais daquele país refletiam uma nação descontente nas ruas em 2017/2018, período em que a obra estava em cartaz. 

Fui presenteado pelos produtores Danny Olliveira e Leo Miggiorin para enfrentar essa comédia, sim porque é uma comédia e por isso tem sua função de crítica, que na encenação adquiriu um tom de Teatro do Absurdo, o que texto me provocava, exatamente a loucura e inércia num recorte do microcosmo de uma sociedade doente e aniquilada diante da lei do mais forte ou da sabedoria/inteligência do mais fraco, chegando num espelhamento entre as personagens refletidas na sua solidão diária e nos egos inflados daqueles que não se importam com o outro.

Presos numa espécie de mausoléu/portaria em que o elevador é quase um 'sasportas' kafikaniano, onde essa sociedade/condôminos vive suas vidas de acordo com a ideologia de cada um e são surpreendidas/forçadas a se olharem uns para os outros. A ação ganha mais força pelo uso do signo das cores, aqui representada nos figurinos em uma alusão ao 'Flicts' de Ziraldo, onde aquele que não tem cor se sentiria renegado ou ainda, na surpresa ao descobrir o significado dessas cores como um símbolo/crítica dessa nossa sociedade.

Walter é a representação não só da liberdade de expressão de uma sociedade como também da essência dela mesma. Se identificar com essa personagem é a ponta do iceberg para entender que ele se representa como fio condutor de uma sociedade falida à repetição de padrões e pré-conceitos ainda arraigados num mesmo sistema.  Walter sou eu, você e todo aquele que acredita em MUDANÇA.


Por Danny Olliveira
Textos argentinos que unem comicidade e profundidade ao mesmo tempo, sempre me chamaram a atenção. A simplicidade ao falar com o público, que aproxima a plateia, sem perder a acidez dos personagens, me encanta. Meu objetivo é levar entretenimento ao público, mas com mensagens importantes que de fato nos ajudem a ser pessoas melhores para nós, e para os outros. 

"O que Faremos com Walter", vai fazer o expectador rir, se emocionar, se divertir em família, sozinho, com os amigos e com seus vizinhos de condomínio, mas ao mesmo tempo refletir sobre nosso processo de envelhecer e dos que estão envelhecendo à nossa volta. Sou grata por este reencontro com Farjalla, que além de amigo, é um profissional que admiro. Gosto do “fora do lugar comum”. E ele sabe fazer isto muito bem. 


Por Leonardo Miggiorin
Produzir Teatro é aprender a falar no plural. Aprender a prever situações. É considerar todos os lados e entender que cada momento, cada palavra, pode alterar o rumo da história. É lembrar do objetivo maior e seguir. É aprender a se divertir mesmo em meio ao caos. Entender que do Caos nasce uma Nova Ordem! É dividir e multiplicar. 

Produzir Teatro é acompanhar o nascimento do talento, da força e do brilho de um Artista em cena. É saber que o Artista e a Arte renascem em qualquer terreno, sob quaisquer circunstâncias. Agradeço a cada pessoa que me ajudou a trilhar este caminho, um novo início pra mim e para os que me acompanham.E que venham muitas alegrias e saúde para todos os envolvidos em “O que faremos com Walter?”, inclusive vocês, público amado e esperado!! Sem vocês, nada disso faria sentido! Obrigado, do fundo do meu coração!!


Ficha técnica:
Autores: Juan José Campanella e Emanuel Diez. Tradução: Diogo Villa Maior. Direção e encenação: Jorge Farjalla. Assistente de direção: Leonardo Miggiorin. Elenco: Elias Andreato, Grace Gianoukas, Marcello Airoldi, Mariana Armellini, Fernando Vitor. Atores convidados: Norma Blum e Flávio Galvão. Figurinos e adereços: Jorge Farjalla. Iluminação: César Pivetti. Cenário: Marco Lima. Trilha sonora original: Daniel Maia. Fotografia: Caio Gallucci. Fotografia leitura Auditório do Man: Abner Palmas. Designer gráfico: José Godoy. Visagismo: Dicko Lorenzo. Camareira: Silvia Lopes. Costureira: Juditi de Lima e equipe. Planejamento de comunicação: Danny Olliveira e Priscilla Coutto. Gestão de mídia e marketing cultural: Rodrigo Medeiros (R+Marketing). Assistente de produção: Igor Dib. Assessoria de imprensa: Morente Forte. Direção de produção: Leonardo Miggiorin e Danny Olliveira. Produção executiva: Leonardo Miggiorin, Danny Olliveira, Priscilla Coutto e Igor Dib. Assistente de produção: Igor Dib e Amanda Mendes. Produtores: Leonardo Miggiorin e Danny Olliveira. Realização: LM Produções Artísticas e Pólen Cultural.


Serviço
“O Que Faremos com Walter?”. Teatro Opus Frei Caneca. Shopping Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - Consolação - São Paulo. Duração: 100 minutos. Classificação: 12 anos. Acessibilidade. Ar-condicionado. Capacidade: 600 pessoas. Dias e horários: sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h. Ingressos: a partir de R$ 35. Confira legislação vigente para meia-entrada. Canais de venda oficiais: Uhuu.com – com taxa de serviço - https://tinyurl.com/2z9p54mu. Bilheteria física – sem taxa de serviço. Teatro Opus Frei Caneca (Shopping Frei Caneca). De segunda a domingo, das 12h às 20h (pausa almoço: 15h às 16h). Formas de pagamento: bilheteria do teatro: dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito. Site da Uhuu.com e outros pontos de venda oficiais: cartão de crédito. Cartões de créditos aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo. Cartões de débito aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo. Estacionamento: R$14 por 2 horas.

.: "Negro Sou": a coletânea inédita de Guerreiro Ramos sobre a questão racial


Coletânea inédita de textos sobre a questão étnico-racial por um dos mais importantes pensadores brasileiros do século XX, Guerreiro Ramos, o livro "Negro Sou: a Questão Étnico-racial e o Brasil: Ensaios, Artigos e Outros Textos (1949-73)" é organizado por Muryatan S. Barbosa.

Considerado um dos pais da sociologia brasileira contemporânea, Guerreiro Ramos (1915-82) foi um dos pensadores de maior renome no país nos anos 1950 e 60. Foi também professor, ensaísta, servidor público, poeta, teórico da administração e político. Contraditório e polêmico, Guerreiro acabou sendo marginalizado e apagado do cânone das ciências sociais do Brasil por sua independência de pensamento e personalidade combativa.

"Negro Sou" é uma seleção de textos sobre a temática étnico-racial escritos pelo autor entre 1949 e 1973 - muitos inéditos em livro -, que contemplam sua complexa relação com a tese da democracia racial no país, a participação ativa no Teatro Experimental do Negro e seus estudos precursores sobre branquitude e decolonialidade.

Organizado por Muryatan S. Barbosa, especialista no pensamento guerreiriano, o livro busca recuperar a atenção devida a uma obra que não apenas segue atual, mas que tem muito a acrescentar aos debates de hoje sobre racismo e identidade no Brasil. Compre o livro "Negro Sou: a Questão Étnico-racial e o Brasil: Ensaios, Artigos e Outros Textos (1949-73)" neste link.


Sobre o autor
Alberto Guerreiro Ramos  (1915-82) foi um dos fundadores da sociologia brasileira contemporânea. Professor, ensaísta, servidor público, poeta, teórico da administração e político, deu contribuição inestimável à discussão sobre o Brasil e sua identidade. É autor de diversos livros fundamentais para o entendimento do país no campo da sociologia e da administração pública, como "A Redução Sociológica" e "A Nova Ciência das Organizações". Garanta o seu exemplar de "Negro Sou: a Questão Étnico-racial e o Brasil: Ensaios, Artigos e Outros Textos (1949-73)" neste link.

.: Dona Florinda Meza desembarca no Brasil dia 22 de abril. Saiba o porquê


Está chegando o momento que os fãs da série "Chaves" tanto esperavam, a dona Florinda Meza (dona Florinda da série) está prestes a desembarcar no Brasil para um evento super único e exclusivo, ela participará do Festival da Boa Vizinhança organizado pelo Educa Fest, no dia 22 de abril em São Paulo. 

Em entrevista, ela diz que está nervosíssima para esse encontro com seus fãs e admiradores brasileiros, pois é a primeira vez que ela participará de um evento como esse a nível mundial, além de estar ajudando em uma causa pra lá de especial, onde ela é uma das apoiadoras do Educa Fest, festival de educação, ecologia e sustentabilidade, temas com os quais ela tem se envolvido cada vez mais nos últimos tempos. 

O motivo de tanto sucesso? - foram 36 anos no ar- nem ela sabe dizer ao certo. "É uma coisa inexplicável e fascinante ao mesmo tempo", diz a intérprete da mãe superprotetora do bochechudo Quico, a quem chamava de "Meu tesouro".

Florinda está muito animada com a viagem e gosta de exaltar a forma carinhosa como é tratada pelos brasileiros, "muito afetivos e apaixonados", como ela define e diz que será uma das únicas oportunidades que terá para um encontro tão íntimo com os fãs e que acredita que não haverá outro igual.

.: Cineflix Santos: "Dungeons & Dragons" e "O Pastor e o Guerrilheiro" estreiam


Cineflix Santos apresenta na telona duas estreias que prometem movimentar os cinéfilos na Baixada Santista. Para quem gosta de aventura, o filme "Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes" ("Dungeons & Dragons - Honor Among Thieves"), com Chris Pine, Sophia Lillis e Michelle Rodriguez, gira em torno de um ladrão e um bando de aventureiros embarcam em uma jornada épica para recuperar uma relíquia.  

A outra estreia da semana é o filme brasileiro "O Pastor e o Guerrilheiro", com direção e roteiro de José Eduardo Belmonte e, no elenco, Johnny Massaro, César Mello, Julia Dalavia e outros. O drama conta a história de Juliana, filha ilegítima de um coronel que comete suicídio. Na virada do milênio, ela descobre que o pai foi torturador durante a ditadura militar no Brasil.

Segue em cartaz a animação 
"Super Mario Bros.: O Filme" ("Super Mario Bros.: The Movie"), com vozes originais de Chris Pratt (Mario), Anya Taylor-Joy  (Princesa Peach) e Charlie Day (Luigi), que promete sucesso entre os adultos saudosistas e crianças.

Outro destaque é "O Exorcismo do Papa" ("The Pope's Exorcist"), filme de terror com Russell Crowe, que conta a história do padre Gabriele Amorth, exorcista do Vaticano e mostra um retrato detalhado do homem que realizou mais de 100 mil exorcismos durante a vida.

O drama "Air: A História por Trás do Logo" ("Air"), com Matt Damon, Jason Bateman, Viola Davis e Ben Affleck, que dirige o longa-metragem, é baseado na incrível história real do chefe da marca esportiva e de calçados Nike, Sonny Vaccaro, e do fundador da Nike, Phil Knight. Ambos estão tentando tornar a marca uma das mais famosas do mundo, e escrever seus nomes na história.

Continua arrebatando o público e a crítica
 
o filme de ação "John Wick 4: Baba Yaga" protagonizado pelo astro Keanu Reeves em que o lendário assassino de aluguel luta contra o High Table global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, enfrentando adversários mais letais na próxima quarta parcela da série. Com o preço por sua cabeça cada vez maior, Wick leva a luta contra o High Table global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova Iorque a Paris, de Osaka a Berlim. 

A equipe do Resenhando.com assiste as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Estreias da semana no Cineflix Santos


"Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes" ("Dungeons & Dragons - Honor Among Thieves"). Ingressos on-line neste link.
Gênero: aventura, fantasia. Classificação: 12 anos. Duração: 2h14m. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paramount Pictures. Direção: John Francis Daley, Jonathan M. Goldstein. Roteiro: John Francis Daley, Jonathan M. Goldstein, Michael Gilio. Elenco: Chris Pine, Sophia Lillis, Michelle Rodriguez, Regé-Jean Page, Justice Smith, Daisy Head, Hugh Grant, Chloe Coleman. Sinopse: um ladrão e um bando de aventureiros embarcam em uma jornada épica para recuperar uma relíquia.  
Sala 4 (dublado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 15h20
14/4/2023 - Sexta-feira: 15h20
15/4/2023 - Sábado: 15h20
16/4/2023 - Domingo: 15h20
17/4/2023 - Segunda-feira: 15h20
18/4/2023 - Terça-feira: 15h20
19/4/2023 - Quarta-feira: 15h20

Sala 4 (legendado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 18h05 - 20h50
14/4/2023 - Sexta-feira: 18h05 - 20h50
15/4/2023 - Sábado: 18h05 - 20h50
16/4/2023 - Domingo: 18h05 - 20h50
17/4/2023 - Segunda-feira: 18h05 - 20h50
18/4/2023 - Terça-feira: 18h05 - 20h50
19/4/2023 - Quarta-feira: 18h05 - 20h50

"Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes" - 
Trailer


"O Pastor e o Guerrilheiro" (idioma original). 
Ingressos on-line neste link.
Gênero: drama. Classificação: 16 anos. Duração: 1h57m. Ano: 2023. Idioma: português. 
Distribuidora: A2 Filmes. Direção e roteiro: José Eduardo Belmonte. Elenco: Johnny Massaro, César Mello, Julia Dalavia e outros. Sinopse: na virada do milênio, Juliana, filha ilegítima de um coronel que comete suicídio, descobre que seu pai foi torturador durante a ditadura militar no Brasil.

Sala 1
13/4/2023 - Quinta-feira: 20h40
14/4/2023 - Sexta-feira: 20h40
15/4/2023 - Sábado: 20h40
16/4/2023 - Domingo: 20h40
17/4/2023 - Segunda-feira: 20h40
18/4/2023 - Terça-feira: 20h40
19/4/2023 - Quarta-feira: 20h40

"O Pastor e o Guerrilheiro" - 
Trailer

Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Super Mario Bros.: O Filme" ("Super Mario Bros.: The Movie"). Ingressos on-line neste link.
Gênero: animação. Classificação: livre. Duração: 1h 32m. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuição: Universal Studios. Direção: Aaron Horvath, Michael Jelenic. Roteiro: Matthew Fogel. Vozes originais: Chris Pratt (Mario), Anya Taylor-Joy  (Princesa Peach), Charlie Day (Luigi), Charles Martinet, Jack Black (Bowser), Keegan-Michael Key (Toad), Seth Rogen (Donkey Kong), Fred Armisen (Cranky Kongs). Sinopse: os irmãos Mario e Luigi são encanadores. Um dia, eles vão parar no Reino dos Cogumelos, governado pela Princesa Peach, mas ameaçado pelo rei dos Koopas, que faz de tudo para conseguir reinar em todos os lugares.


Sala 2 (dublado)
14/4/2023 - Sexta-feira: 14h

Sala 3 (dublado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 15h - 17h - 19h
14/4/2023 - Sexta-feira: 15h - 17h - 19h
15/4/2023 - Sábado: 15h - 17h - 19h
16/4/2023 - Domingo: 15h - 17h - 19h
17/4/2023 - Segunda-Feira: 15h - 17h - 19h
18/4/2023 - Terça-Feira: 15h - 17h - 19h
19/4/2023 - Quarta-Feira: 15h - 17h - 19h

Trailer - "Super Mario Bros: O Filme"


"O Exorcismo do Papa" ("The Pope's Exorcist"). Ingressos on-line neste link.
Gênero: terror. Classificação: 16 anos. Duração: 1h48m. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: Julius Avery. Roteiro: Evan Spiliotopoulos e Michael Petroni. Elenco: Russell Crowe, Laurel Marsden, Franco Nero, Alex Essoe, Ralph Ineson e outros. Sinopse: o padre Gabriele Amorth, exorcista do Vaticano, luta contra Satanás e demônios possuidores de inocentes. Um retrato detalhado de um padre que realizou mais de 100 mil exorcismos em sua vida.

Sala 2 (dublado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 18h10
14/4/2023 - Sexta-feira: 18h10
15/4/2023 - Sábado: 18h10
16/4/2023 - Domingo: 18h10
17/4/2023 - Segunda-feira: 18h10
19/4/2023 - Terça-feira: 18h10
19/4/2023 - Quarta-feira: 18h10

Sala 2 (legendado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 15h30 - 20h30
14/4/2023 - Sexta-feira: 20h30
15/4/2023 - Sábado: 15h30 - 20h30
16/4/2023 - Domingo: 15h30 - 20h30
17/4/2023 - Segunda-feira: 15h30 - 20h30
19/4/2023 - Terça-feira: 15h30 - 20h30
19/4/2023 - Quarta-feira: 15h30 - 20h30

"Air: A História por Trás do Logo" ("Air"). Ingressos on-line neste link.
Gênero: drama. Classificação: 12 anos. Duração: 1h 52m. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Warner Bros. Direção: Ben Affleck. Roteiro: Alex Convery. Elenco: Matt Damon, Ben Affleck, Jason Bateman, Viola Davis e outros. Sinopse: baseado na incrível história real do chefe da marca esportiva e de calçados Nike, Sonny Vaccaro (Matt Damon), e do fundador da Nike, Phil Knight (Ben Affleck). Ambos estão tentando tornar a marca uma das mais famosas do mundo, e escrever seus nomes na história.

Sala 1 (legendado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 18h10
14/4/2023 - Sexta-feira: 18h10
15/4/2023 - Sábado: 18h10
16/4/2023 - Domingo: 18h10
17/4/2023 - Segunda-feira: 18h10
19/4/2023 - Terça-feira: 18h10
19/4/2023 - Quarta-feira: 18h10


"John Wick 4: Baba Yaga" (título original). Ingressos on-line neste link.
Gênero: ação, neo-noir. Classificação: 16 anos. Duração: 2h49m. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Lionsgate Films. Direção: Chad Stahelski. Roteiro: Michael Finch, Shay Hatten. Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Rina Sawayama, Lance Reddick, Donnie Yen, Bill Skarsgård, Shamier Anderson Hiroyuki Sanada, Scott Adkins. Sinopse: com o preço por sua cabeça cada vez maior, o lendário assassino de aluguel John Wick leva sua luta contra o High Table global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova Iorque a Paris, do Japão a Berlim.

Sala 1 (dublado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 14h50
14/4/2023 - Sexta-feira: 14h50
15/4/2023 - Sábado: 14h50
16/4/2023 - Domingo: 14h50
17/4/2023 - Segunda-feira: 14h50
18/4/2023 - Terça-feira: 14h50
19/4/2023 - Quarta-feira: 14h50

Sala 3 (legendado)
13/4/2023 - Quinta-feira: 21h
14/4/2023 - Sexta-feira: 21h
15/4/2023 - Sábado: 21h
16/4/2023 - Domingo: 21h
17/4/2023 - Segunda-feira: 21h
18/4/2023 - Terça-feira: 21h
19/4/2023 - Quarta-feira: 21h

"John Wick 4: Baba Yaga" - Trailer

terça-feira, 11 de abril de 2023

.: "Ao Amigo que Não me Salvou a Vida" revela experiência devastadora


"Ao Amigo que Não me Salvou a Vida"
, de Hervé Guibert, em um misto de diário e ficção, o autor narra a experiência devastadora de seus últimos anos de vida após ser diagnosticado com aids. Reler o livro lançado pela editora Todavia 30 anos depois é como voltar a um mundo ao mesmo tempo ultrapassado e perdido, com um sentimento contraditório de alívio e nostalgia.

Com esse mundo desapareceu a ameaça da morte inexorável pela aids, assombrando as relações sexuais e amorosas, mas também um projeto literário para o qual a autoficção era um dispositivo de consagração mais da dúvida do que do eu, no qual a morte ocupava um papel central e reflexivo.

As bases desse projeto estavam enunciadas desde "La Mort Propagande", romance de estreia de Hervé Guibert, publicado quando ele tinha 21 anos: “[A morte] será minha única sócia, serei seu intérprete”. A aids foi o ato final - e inesperado - em que o autor, encarnando a morte, terminou por convertê-la em obra, afirmação vital. Embora centrado no autor, "Ao Amigo que Não me Salvou a Vida" é composto de quem o cerca, da magia das relações amorosas e afetivas, dos amigos (como Michel Foucault e Isabelle Adjani) cuja identidade aparece mais ou menos velada sob iniciais e pseudônimos.

O livro narra a descoberta da aids no corpo do autor, quando a doença ainda era uma sentença de morte. Não é possível ignorar o papel da forma nessa experiência. Ela surge na disputa com o escritor austríaco Thomas Bernhard, cujas iniciais, T.B., também representam, em seu tempo, uma doença fatal e literária. Alguns trechos do livro são pastiches deliberados de Bernhard. São desafios de admiração, expressão da doença como lugar da dúvida, angústia da influência como metástase.

A enfermidade não permite ao autor reduzir o relato à afirmação de si, a um conto de superação. A experiência literária é antes “enunciação do indizível”. A autoexposição na morte ou é “cúmulo ou interrupção do narcisismo”. Quando se olha no espelho, o autor vê o “olhar do cadáver vivo”. A obra é o exorcismo da sua impotência. A tradução é de Julia da Rosa Simões. Compre o livro "Ao Amigo que Não me Salvou a Vida" neste link.


Sobre o autor
Hervé Guibert nasceu em Paris, em 1955. Jornalista, crítico, roteirista e fotógrafo talentoso, foi autor de diversos ensaios, contos e romances. "Ao Amigo que Não me Salvou a Vida", publicado em 1990, o revelou para o grande público apenas um ano antes de sua morte. Garanta o seu exemplar de "Ao Amigo que Não me Salvou a Vida" neste link.


Trecho do livro
Tive aids durante três meses. Mais exatamente, acreditei durante três meses estar condenado por essa doença mortal chamada aids. E eu não estava imaginando coisas, estava de fato infectado, o teste positivo o provava, bem como os exames que demonstravam que meu sangue começava um processo de falência. Ao cabo de três meses, porém, um acaso extraordinário me fez acreditar e ter quase certeza de que poderia escapar dessa doença que todo mundo ainda considerava incurável. 

Assim como não revelara a ninguém que estava condenado, exceto aos amigos que se contam nos dedos de uma mão, não revelei a ninguém, a não ser a esses poucos amigos, que sairia dessa, que eu seria, por aquele acaso extraordinário, um dos primeiros sobreviventes no mundo dessa doença inexorável.

Hoje, 26 de dezembro de 1988, começo a escrever este livro em Roma, para onde vim sozinho, contra tudo e contra todos, fugindo daquele punhado de amigos que tentaram me deter, preocupados com minha saúde mental, nesse feriado em que tudo está fechado e cada passante é um estrangeiro, em Roma onde definitivamente percebo que não amo os homens, onde, disposto a tudo para fugir deles como da peste, não sei com quem nem onde comer, vários meses depois daqueles três meses em que tive plena consciência da certeza de minha condenação, e nos meses seguintes, em que pude, por aquele acaso extraordinário, acreditar-me salvo, entre a dúvida e a lucidez, à beira tanto do desânimo quanto da esperança, não sei também o que pensar sobre nenhuma dessas questões cruciais, sobre essa alternância entre condenação e remissão, não sei se essa salvação é uma isca colocada diante de mim, como uma armadilha para me acalmar, ou se de fato é uma ficção científica da qual eu seria um dos heróis, não sei se é ridiculamente humano acreditar nessa graça e nesse milagre. 

Vislumbro a estrutura deste novo livro que guardei em mim todas essas últimas semanas, mas não sei como ele se desdobrará de ponta a ponta, posso imaginar vários fins, por enquanto todos no âmbito da premonição ou do desejo, mas sua verdade como um todo ainda me está oculta; digo para mim mesmo que este livro tem sua razão de ser justamente nessa margem de incerteza, comum a todos os doentes do mundo.

.: As cartas trocadas entre Rodrigo Melo Franco de Andrade e Mário de Andrade


Lançada pela editora Todavia,"Correspondência Anotada" de Rodrigo Melo Franco de Andrade  e Mário de Andrade é carregada de afeto e profundas reflexões sobre o Brasil, entre dois dos nomes mais importantes do nosso modernismo. Da excepcional obra epistolar deixada por Mário de Andrade (1893-1945), a troca de cartas com Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969) é peça fundamental no engenho de construção do patrimônio artístico e cultural brasileiro e no próprio processo de formação da identidade nacional.

Diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, Mário de Andrade foi autor do Anteprojeto do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do qual se tornaria o mais ilustre funcionário (inicialmente no cargo de superintendente da Regional de São Paulo e depois como seu pesquisador), fazendo-se constante colaborador e interlocutor de Rodrigo Melo Franco de Andrade e, o primeiro e mais longevo presidente do Iphan, diretor da chamada “fase heroica” do instituto.

A correspondência revela o papel de editor, escritor e articulador desempenhado pelo belo-horizontino Rodrigo na parceria construída com Mário de Andrade ao longo de quase duas décadas. Escrita em 1928, a primeira carta traz Rodrigo, no papel de editor-chefe de O Jornal, encomendando a Mário de Andrade um artigo sobre Aleijadinho. A correspondência passa pela edição do livro "Homenagem a Manuel Bandeira", por trocas de comentários sobre os livros um do outro, e prolonga-se até o ponto-final que Mário de Andrade poria em sua última obra, a qual investiga a trajetória do pintor das igrejas de Itu, o multiartista padre Jesuíno do Monte Carmelo.

Vencido o prazo de sigilo de cinquenta anos com que Mário de Andrade havia preservado parte de seu arquivo, esta edição traz à luz cartas inéditas de Rodrigo, somando-se ao passo inicial dado por Lélia Coelho Frota em 1981, quando publicou, pela Fundação Pró-Memória do Iphan, o livro "Mário de Andrade: Cartas de trabalho: Correspondência com Rodrigo Melo Franco de Andrade, 1936-1945". 

Complexificando o contexto profissional e inclinando-se sobre o importante círculo de amizades que configura o movimento modernista, as notas de Clara de Andrade Alvim, produzidas para este conjunto maior de cartas, oferecem uma leitura plural do dia a dia de trabalho dos autores, sem se afastar da vida literária que os movia. Compre a "Correspondência Anotada", de Rodrigo Melo Franco de Andrade e Mário de Andrade, neste link.


Sobre os autores
Mário Raul Moraes de Andrade
nasceu em São Paulo, em 1893. Poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, foi um dos pioneiros da poesia moderna brasileira. Esteve à frente do Departamento de Cultura de São Paulo de 1935 a 1938, como diretor. Morreu em 1945.

Rodrigo Melo Franco de Andrade e nasceu em Belo Horizonte, em 1898. Advogado, jornalista e escritor, foi o primeiro e mais longevo presidente do Iphan. Morreu em 1969, no Rio de Janeiro.


Um trecho
Nota da organizadora
Este livro tem como ponto de partida o esforço de Lélia Coelho Frota, que publicou, em 1985, Cartas de trabalho, a recolha das cartas remetidas por Mário de Andrade a Rodrigo M. F. de Andrade entre 1936 e 1945, período em que trabalharam juntos no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), desde a fundação do órgão até o ano de falecimento de Mário.

Na presente edição, além de reunir às cartas de Mário o lado da correspondência de autoria de Rodrigo M. F. de Andrade, incorporamos cartas inéditas e anteriores ao período do Sphan, arquivadas por Mário de Andrade desde 1928. À anotação da missiva feita por Clara de Andrade Alvim especialmente para esta edição, adicionamos notas advindas da edição de Lélia Coelho Frota, compostas para as cartas de Mário de Andrade, identificando-as pelas iniciais lcf.

Estas, quando reposicionadas em cartas de Rodrigo, tiveram o deslocamento indicado, fazendo-se assim a referência ao livro precedente. A iconografia que compõe o livro foi organizada em dois ambientes, um de registro documental que acompanha as cartas, e outro artístico, composto por ensaios fotográficos que refletem a grandeza do patrimônio nacional e da ação dos autores. De igual peso é o Apêndice, organizado com documentos de importância central para os debates entretidos nas cartas.

Quanto aos critérios adotados na transcrição das cartas, padronizamos os cabeçalhos e atualizamos a ortografia pela norma vigente, respeitando-se, porém, determinadas idiossincrasias linguísticas dos autores. Conservamos a pontuação original, sempre que a clareza da expressão não foi prejudicada, assim como estrangeirismos, brasileirismos e a oscilação de alguns padrões de grafia. Mantivemos ainda as abreviações típicas da escrita epistolar, que também comporta lacunas sintáticas e formas que escapam às normas gramaticais. Garanta o seu exemplar de "Correspondência Anotada", de Rodrigo Melo Franco de Andrade e Mário de Andrade, neste link.



Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1928

Mário,
vão aí as fotografias das obras do Aleijadinho para. escolher as que devem ilustrar seu artigo. Incluí uma da igreja das Mercês de Cima, cujo pórtico me parece ter sido ornado por ele também. V. dirá se foi mesmo ou não. Até agora ainda não tracei um plano preciso do número especial do Jornal dedicado ao estado de Minas.ii Tenho ideia de que há um artigo interessante a fazer sobre os mineiros em São Paulo, desde os que vão se meter em política, como o Bernardino de Campos, ou plantar café, como os Junqueira, até os trabalhadores de enxada que batem à procura dos salários altos. Quem poderia escrever isso aí?

Faço questão da colaboração do Couto de Barros e do Alcântara. Estou assuntando o que hei de pedir a eles. E o Oswaldo, que andou com V. por tudo quanto é cidade considerável de Minas? O Manuel jantou hoje aqui e devia fabricar comigo um esquema do número do jornal. Mas ficamos conversando à toa e ele foi-se embora sem nadar ficar assentado.

Já estou com saudade de São Paulo. Chegando aí depois de onze anos, tive a impressão de quem sai da província e dá pela primeira vez na capital, no grande centro. O bairrismo de Inah exultou com isso, ao que me disse Manuel. Em todo caso, não escrevo essas coisas em jornal como queria o Chateaubriand, porque podem pensar que eu também mineiro do centro, estou preparando terreno para aderir à candidatura do Júlio Prestes. Na verdade, os outros começam assim mesmo, dizendo que São Paulo é isso e aquilo e acabam pedindo dinheiro ao Rolim Teles. Seguro morreu de velho.

Diga, por favor, ao Yan de Almeida Prado que pode mandar o trabalho logo que esteja pronto, porque não quero perder tempo de iniciar a composição do número. Um abraço do Rodrigo

Rua Bulhões de Carvalho, 132
Copacabana


Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1928

Mário,

os originais para o número do Jornal dedicado a Minas podem chegar às minhas mãos até segunda quinzena de dezembro, porque a publicação só se fará depois do Natal. Assim, se V. achar que a pressa é que torna ruim seu trabalho, escreva a coisa sossegado: não precisa correr.

Mas o que me parece é que V. chama de ruim toda crítica que não apresenta um ou muitos pontos de vista inteiramente novos. Se seu pessimismo a respeito do trabalho sobre o Aleijadinho decorrer desse conceito rigorista, só disso - deixe de escrúpulos e mande logo o artigo. Se, entretanto, V. estiver achando que a coisa sai “matada” pela pressa, durma na pontaria por mais um mês ou um mês e meio.

Lembranças aos amigos daí. A V. um abraço afetuoso do Rodrigo

Rua Buenos Aires, 85 (3º andar)


.: Peça de Guillermo Calderón, "Neva" estreia dia 14 no Teatro Paulo Autran


Versão cênica de Paulo de Moraes, indicada ao Prêmio Shell Rio de Janeiro nas categorias de melhor direção e iluminação, celebra 35 anos de formação da Armazém Companhia de Teatro. Foto: Mauro Kury

"Neva"* é uma peça escrita em 2005 pelo dramaturgo e diretor de teatro chileno Guillermo Calderón. A peça se passa em São Petersburgo, então capital do Império Russo, em um dia de 1905. Não em um dia qualquer, mas em 9 de janeiro de 1905, no dia que ficou conhecido como Domingo Sangrento, quando manifestantes que marchavam para entregar uma petição ao Czar, pedindo melhores condições de trabalho nas fábricas, foram fuzilados pela Guarda Imperial. 

A ação de NEVA, no entanto, se passa dentro de um teatro, onde um ator e duas atrizes que iriam se encontrar para ensaiar "O Jardim das Cerejeiras", acabam, meio sem querer, se abrigando do massacre que acontece nas ruas. O espetáculo cumpre temporada no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, de 14 de abril a 14 de maio, às sextas e sábados, às 21h, e domingos e feriados, às 18h.

Uma das atrizes trancadas dentro do teatro é a alemã Olga Knipper (Patrícia Selonk), primeira atriz do famoso Teatro de Arte de Moscou e que foi casada com o dramaturgo russo Anton Tchekhov. Sentindo-se incapaz de representar, depois da morte do marido por tuberculose acontecida há seis meses, e na tentativa de seguir vivendo - enquanto lá fora a cidade desaba –- Olga instiga Masha (Isabel Pacheco) e Aleko (Felipe Bustamante) a encenarem repetidamente com ela a morte de Tchekhov.

A partir desse desassossego, entre incertezas artísticas e embates políticos, a pergunta que mais se impõe é “para que serve o teatro?”. Com um humor feroz, Calderón escreve sobre uma Rússia conflagrada politicamente no início do século 20, mas reflete sobre o seu Chile da década de 1970 e, talvez, sobre o Brasil desses anos obscuros, tempos em que “tudo o que tem água está congelado, inclusive os homens”.

A discussão proposta pelas personagens oscila entre a afirmação da absoluta necessidade da arte “temos que fazer teatro. Temos que fazer uma peça que nos cure a alma” e da sua total irrelevância “pra que perder tempo fazendo isso? O teatro é uma merda. Querem fazer algo que seja de verdade: saiam às ruas”.

Calderón propõe um tipo de teatro que me encanta porque é um teatro eminentemente político, mas que se propõe a mergulhar em uma linguagem poética cortante e num humor extremamente ácido. A partir de acontecimentos surpreendentes, no meio de muitas tosses e promessas vagas de amor, ele levanta perguntas muito provocativas. Perguntar bem, perguntar mais e melhor, esse é o teatro que me interessa –, declara o diretor Paulo de Moraes.

* O rio Neva é um curso de água no Oblast de Leningrado, na Rússia, e vai desde o lago Ladoga até ao golfo da Finlândia passando pela cidade de São Petersburgo. Apesar do modesto comprimento, é o terceiro maior rio europeu em termos de volume de água.

Sobre a Armazém Companhia de Teatro
No fim de 2022, a Armazém Companhia de Teatro completou 35 anos de atividades ininterruptas apresentando seu novo espetáculo NEVA no Rio de Janeiro (estreia nacional). Com mais de 40 prêmios nacionais no currículo, a companhia também foi premiada duas vezes no Festival Fringe de Edimburgo (na Escócia), com o prestigiado Fringe First Award (2013 e 2014) e no Festival Off de Avignon (na França), com o Coup de Couer de la Presse d’Avignon (2014).

A Armazém Companhia de Teatro foi formada em 1987, em Londrina, em meio à efervescência cultural vivida pela cidade paranaense na década de 80 - de onde saíram nomes importantes no teatro, na música e na poesia. Liderados pelo diretor Paulo de Moraes, o senso de ousadia daqueles jovens buscando seu lugar no palco impregnaria para sempre os passos do grupo: a necessidade de selar um jogo com o seu espectador, a imersão num mundo paralelo, recriado sobretudo pela ação do corpo, da palavra, do tempo e do espaço.

Com sede no Rio de Janeiro desde 1998, a companhia completa agora 35 anos de sua formação. Sempre baseando seus espetáculos em pesquisas temáticas (com a criação de uma dramaturgia própria com ênfase nas relações do tempo narrativo) e formais (que se refletem na utilização do espaço, na construção da cenografia, ou nas técnicas utilizadas pelos atores para conviver com o risco de encenar em cima de um telhado, atravessando uma fina trave de madeira ou imersos na água), a questão determinante para a companhia segue sendo a arte do ator. Busca-se para o ator uma dinâmica de corpo, voz e pensamento que dê conta das múltiplas questões que seus espetáculos propõem. E a encenação caminha no mesmo sentido, já que é o corpo total do ator que a determina.

Apesar da construção de espetáculos tão díspares e complementares como "A Ratoeira É o Gato" (1993), "Alice Através do Espelho" (1999), "Toda Nudez Será Castigada" (2005), "O Dia em que Sam Morreu" (2014), "Hamlet" (2017) e "Angels in America" (2019), a Armazém Companhia de Teatro segue sua trajetória sempre investindo numa linguagem fragmentada, que ordene o movimento do mundo a partir de uma lógica interna. Essa lógica interna é a voz da Armazém, talvez a grande protagonista do mundo representacional da companhia.


Ficha técnica
Texto: Guillermo Calderón. Montagem: Armazém Companhia de Teatro. Direção: Paulo de Moraes. Tradução: Celso Curi. Elenco: Patrícia Selonk (Olga Knipper), Isabel Pacheco (Masha) e Felipe Bustamante (Aleko). Interlocução Artística: Jopa Moraes. Iluminação: Maneco Quinderé. Música: Ricco Viana. Figurinos: Carol Lobato. Instalação cênica: Paulo de Moraes. Maquete "Teatro de Arte de Moscou": Carla Berri. Mecânica da Maquete: Marco Souza. Assessoria de imprensa: Ney Motta. Design gráfico: Jopa Moraes. Fotografias: Mauro Kury. Preparação corporal: Patrícia Selonk e Ana Lima. Técnico de montagem: Djavan Costa. Assistente de produção: Malu Selonk e Amanda Rumbelsperger. Produção local São Paulo: Pedro de Freitas. Produção: Armazém Companhia de Teatro.

Serviço
"Neva". Direção de Paulo de Moraes.Texto de Guillermo Calderón. Atuação: Patrícia Selonk, Isabel Pacheco e Felipe Bustamante. De 14 de abril a 14 de maio. Sexta e sábado, às 21h. Domingos e feriados, às 18h. Duração: 80 minutos. Classificação indicativa: 14 anos. Local: Teatro Paulo Autran - Sesc Pinheiros. Rua Pais Leme, 195, Pinheiros - São Paulo. Telefone: (11) 3095-9400. Capacidade: 700 lugares. Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia) e R$ 12 (credencial plena). Vendas na bilheteria ou pelo site https://www.sescsp.org.br/programacao/neva/Acessibilidade: O acesso de cadeirantes à plateia é feito por elevador. Os banheiros de público, masculino e feminino, tem cabines acessíveis com barras de apoio.

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