terça-feira, 18 de abril de 2023

.: Documentário "Ziraldo, Uma Obra Pede Socorro" estreia no SescTV


Na sexta-feira, dia 21, a partir das 22h, o SescTV exibe gratuitamente o documentário "Ziraldo, Uma Obra Pede Socorro". Com direção de Guga Dannemamm, o filme, produzido em 2020, tem como tema central uma obra com poucos precedentes na história da arte moderna: batizado de "Guernica Brasileira", em referência à pintura de Pablo Picasso, trata-se de um mural criado pelo cartunista Ziraldo, em 1967, meados da ditadura.

A obra fica localizada no prédio que abrigava o Canecão, antiga casa de shows do Rio de Janeiro e, hoje, mesmo pertencendo à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi abandonada. A partir do dia 21, também poderá ser assistido sob demanda pelo sesctv.org.br/exclusivo. Na abertura, uma mensagem surge como um manifesto “filme feito em homenagem aos artistas, que se denominam artistas e merecem, portanto, terem suas obras preservadas”. Com depoimentos do próprio Ziraldo, além de Zuenir Ventura, Paulo Caruso e Aroeira, o documentário relembra toda a concepção do mural, no empreendimento que tinha em suas paredes o seu maior espetáculo.  

O filme se propõe a mostrar Ziraldo como o artista plástico que também é. E comunicar que a arte é um direito do ser humano e não um privilégio do artista e, por isso, merece ser preservada. Tudo começou por um convite do então diretor de arte do Canecão, Zélio, irmão de Ziraldo. Tiveram a ideia de fazer uma pintura no espaço de aproximadamente 40 metros de extensão e Zélio pediu a Ziraldo que fizesse, segundo relatos do artista, sobre como a ideia nasceu. “E olha, se é uma história que eu gosto de contar, é a história do mural do canecão”, introduz o artista. No decorrer do filme, depoimentos narram detalhes sobre os mais de 50 anos da criação da obra e o total o descaso com a sua preservação.


Serviço
"Ziraldo, Uma Obra Pede Socorro".
Estreia: sexta-feira, dia 21 de abril, a partir das 22h. Classificação indicativa: 12 anos. Duração: 1h24min. Direção: Guga Dannemamm

.: "Grande Sertão: Veredas": adaptação estreia no Teatro Sérgio Cardoso


Adaptação da obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, estreia no Teatro Sérgio Cardoso. "O diabo na rua, no meio do redemunho" estreia em 28 de abril. Foto: Marco Sobral

O Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe o monólogo “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, peça adaptada da obra "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, idealizada pelo ator e pesquisador da obra de Rosa, Gilson de Barros, que também está em cena. A direção é de Amir Haddad. Os ingressos já estão disponíveis via Sympla. 

Com estreia marcada para o dia 28 de abril, o espetáculo integra a "Trilogia Grande Sertão: Veredas", estudos do ator e diretor sobre a obra de João Guimarães Rosa, considerado um dos maiores escritores brasileiros do século 20. “Ler, estudar Guimarães Rosa é um prazer tão grande que me tomou inteiro. Vivo perdido e achado nesse Ser Tão”, brinca Gílson. “Temos um pacto de amor”.

A trilogia é composta pelas peças "Riobaldo", "O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho" e "O Julgamento de Zé Bebelo" (com estreia prevista para 2024). "Riobaldo", que este ano  ganhou o Prêmio Shell de 2023 em duas categorias (Melhor Dramaturgia e Melhor Ator), estreou em 2020 e, no ano passado, fez temporada no Teatro Sérgio Cardoso.  

O monólogo apresenta o famoso personagem Riobaldo, protagonista e narrador do clássico de Guimarães Rosa. Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público) e, nesse encontro, cheio de filosofia, conta passagens de sua vida e reflete sobre a dialética do bem e do mal.  

Riobaldo, na juventude, por amor, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto com o demônio. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares para questionar: “o diabo existe?”. Ao final, conclui, sem certeza: “Nonada! O diabo não existe, arrenego! Existe é homem humano. Travessia!”. Compre a edição especial do livro "Grande Sertão: Veredas" neste link.

Depoimentos de Amir Haddad
Li as duas primeiras páginas do "Grande Sertão" várias vezes até perceber que aquela "língua" tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na "língua" brasileira.

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.


Depoimento de Gilson de Barros
Há alguns anos venho estudando a obra de João Guimarães Rosa, com ênfase no livro "Grande Sertão: Veredas". Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra.

O objetivo é traduzir a prosa roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, José Dias, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!


Sobre Amir Haddad
Amir Haddad, em parceria com José Celso Martinez Corrêa e Renato Borghi, criou em 1958 o Teatro Oficina, ainda em atividade com o nome de Uzyna Uzona. Nesse grupo, Amir dirigiu "Cândida", de George Bernard Shaw; atuou em "A Ponte, de" Carlos Queiroz Telles, e em Vento Forte para Papagaio Subir (1958), de José Celso Martinez Corrêa. Em 1959, dirigiu A Incubadeira e ganhou o prêmio de melhor direção.

Deixou o Oficina em 1960. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro para assumir a direção do Teatro da Universidade Católica do Rio. Fundou, em 1980, os grupos A Comunidade (vencedor do Prêmio Molière pelo espetáculo A Construção) e o grupo Tá na Rua. Paralelamente, Amir também realizou projetos como O Mercador de Veneza, de Shakespeare (com Maria Padilha e Pedro Paulo Rangel), e shows de Ney Matogrosso e Beto Guedes.

Ainda hoje, com o microfone na mão, Amir coordena sua trupe de atores pelas ruas e praças o Grupo Tá Na Rua. Tem dirigido e/ou supervisionado peças com grandes nomes da cena, como Clarice Niskier, Andrea Beltrão, Pedro Cardoso, Maitê Proença, entre outros. Garanta o seu exemplar da edição especial de "Grande Sertão: Veredas" neste link.


Sobre Gilson de Barros
Gilson é operário do teatro, é ator, gestor, dramaturgo e apaixonado pelo que faz. Hoje, aos 62 do segundo tempo, pode dedicar todas as suas horas ao ofício, seja no palco ou fora dele. Precisou de uma pausa estratégica para conseguir criar suas três filhas que já são adultas, neste período, dividiu seu tempo teatral com a tecnologia.

Estudou na Unirio, Bacharelado em Artes Cênicas. Trabalhou com diretores expoentes, como Augusto Boal, Luiz Mendonça, Mário de Oliveira, Domingos Oliveira e o próprio Amir Haddad com o qual estabeleceu parceria artística na Trilogia Grande Sertão: Veredas.

Participou como ator de mais de 25 peças. Algumas: "Bolo de Carne", de Pedro Emanuel e direção de Yuri Cruschevsk; "Murro em Ponta de Faca", texto e direção de Augusto Boal; "Ópera Turandot", com direção de Amir Haddad; "Os Melhores Anos de Nossas Vidas", texto e direção de Domingos de Oliveira; "Da Lapinha ao Pastoril", texto e direção de Luís Mendonça; "A Tempestade", de Shakespeare, direção de Paulo Reis e "O Boca do Inferno", texto de Adailton Medeiros e direção de Licurgo. Ganhou ainda o prêmio de Melhor Ator no Festival Inter-regional de Teatro do Rio – 1982 e prêmio de Melhor Ator do Festival de Teatro – Sated/RJ – 1980. Foi  indicado ao Prêmio Shell  2023, em duas categorias: Melhor Dramaturgia e Melhor Ator. 


Ficha técnica
"O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho". Adaptação e atuação: Gilson de Barros. Direção: Amir Haddad. Direção de arte a cenário: José Dias. Figurinos: Ansa Luiza. Iluminação: Aurélio de Simoni. Programação visual: Guilherme Rocha. Fotos e vídeos: Marco Sobral. Técnicos: Mikey Vieira.


Serviço
"O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho". 
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno - (Av. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista - SP). Temporada: estreia dia 28 de abril a 28 de maio, sexta a domingo, às 19h. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Sympla. Classificação indicativa: 16 anos. Capacidade: 149 lugares.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

.: Clássico "O Homem da Areia" volta às livrarias em edição especial ilustrada


Relançado em edição especial pela Ubu Editora, o livro "O Homem da Areia" é um clássico do romantismo alemão que entrou para a história da literatura. A narrativa fantástica tensiona os limites entre a loucura e a razão e inspirou artistas, teóricos e cientistas, como Freud, Dumas e Tchaikovsky. O livro de E. T. A. Hoffmann conta com ilustrações do artista plástico Eduardo Berliner, além de tradução de José Feres Sabino e Marcella Marino M. Silva e posfácio de Márcio Suzuki.

O conto gira em torno da crescente insanidade do personagem Natanael, graças ao medo que sente da figura folclórica do "Homem da Areia" ("Der Sandmann", no original alemão). Em uma versão da lenda, ele é o responsável por jogar um pouco de areia nos olhos das pessoas, fazendo com que elas fiquem com sono e durmam. 

Na outra versão, mais aterrorizante, o "Homem da Areia" é um ser maligno que arranca os olhos das crianças que não querem dormir, e os leva para servir de alimento para a sua família que vive na lua. O pavor que Natanael sente do "Homem da Areia" aumenta quando ele começa acreditar que a criatura está convivendo com sua família, disfarçada como o advogado Coppelius. Depois que uma tragédia acontece, Natanael passa a ter certeza que "O Homem da Areia" é realmente Coppelius.

Para o livro, Berliner estudou o texto e produziu um conjunto de obras que traduzem o fantástico e o horror da obra de Hoffmann. Inteiramente ilustrado, o grande conto fantástico de Hoffmann fica ainda mais desconcertante. Obra que inspirou Freud para cunhar o conceito de Unheimlich, "O Homem da Areia" traz uma mistura de relato epistolar e narrativa de horror que borra as fronteiras entre vigília e sonho, razão e loucura. Compre o livro "O Homem da Areia" neste link.


O que disseram sobre o livro
“'O Homem da Areia' me parece o conto mais representativo do maior autor fantástico do século XIX, o mais rico de sugestões e o mais forte em valor narrativo. A descoberta do inconsciente ocorre precisamente aqui, na literatura romântica fantástica, quase cem anos antes que lhe seja dada uma definição teórica.” ― Italo Calvino

Sobre o autor
E. T. A. Hoffmann
nasceu em Königsberg e viveu em Berlim, na Alemanha. Foi escritor, compositor, desenhista e jurista, consagrando-se como um dos maiores nomes da literatura fantástica mundial. Sua obra mais conhecida talvez seja a que inspirou o balé "O Quebra-nozes", de Tchaikovsky. 


Sobre o ilustrador
Eduardo Berliner vive e trabalha no Rio de Janeiro. Já realizou inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Seus trabalhos fazem parte de instituições como Museu of Modern Art de Nova York, Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Pinacoteca de São Paulo e Museu de Arte Moderna de São Paulo. Garanta o seu exemplar de "O Homem da Areia" neste link.

.: "Expedição: Nebulosa" reúne poemas fresquinhos da poeta Marilia Garcia


No dia 5 de maio, a Companhia das Letras lança o livro "Expedição: Nebulosa", da poeta vencedora do Prêmio Oceanos, Marilia Garcia. Um dos maiores nomes da poesia contemporânea, a autora parte da figura mitológica da ninfa Eco para investigar a complexidade dos laços afetivos. 

“por que você não escreve com/ emoção?/ alguém pergunta/ e eu amarro a pergunta/ na ponta desse poema/ deixo tombar até o fundo/ do mar”, escreve Marília Garcia em “Canção da Linha”, um dos poemas de "Expedição: Nebulosa". Nesse novo livro, a autora do premiado "Câmera Lenta" se concentra na figura mitológica da ninfa Eco para se dedicar à investigação de lugares, lembranças e vínculos que estabelecem entre si uma espécie de cartografia afetiva.

Para Diana Klinger, professora de Teoria Literária da Universidade Federal Fluminense, que assina a orelha do volume, “Eco se torna também um princípio de composição: ecoa a voz da mãe que se foi (…), ecoa as cidades do Rio e de São Paulo, nos mapas sobrepostos dos percursos afetivos traçados por Marília, a história natural e os acontecimentos cotidianos, e também o passado e o presente, nas camadas da memória, formando um palimpsesto espaço-temporal.” Compre o livro "Expedição: Nebulosa" neste link.

Sobre a autora
Marília Garcia
nasceu em 1979, no Rio de Janeiro. Publicou, entre outros livros, "20 Poemas para o Seu Walkman" (2007), "Um Teste de Resistores" (2014), "Câmera Lenta" (2017, vencedor do prêmio Oceanos) e "Parque das Ruínas" (2018). Garanta o seu exemplar de "Expedição: Nebulosa" neste link.

.: Autores falam quem é quem em "Encantado's", a nova série da Globo


Na imagem, os autores Antonio Prata, Renata Andrade, Thais Pontes e Chico Mattoso, com o diretor Henrique Sauer, no meio. Série, que estreia no dia 2 de maio, valoriza costumes e destaca relações familiares desenvolvidas entre um supermercado e uma escola de samba no subúrbio. Na imagem, Eraldo (Luís Miranda) sendo surpreendido por todos os funcionários estourando confete em cima dele. Foto: Globo/Paulo Belote.


A primeira temporada da série "Encantado’s" vai ocupar as noites de terça-feira na tela da TV Globo, após a novela das nove, a partir de 2 de maio. Sucesso no Globoplay, a trama - criada por Renata Andrade e Thaís Pontes e escrita por elas com Chico Mattoso e Antônio Prata, que assinam a redação final e, com direção artística de Henrique Sauer – gira em torno dos irmãos Ponza, Olímpia (Vilma Melo) e Eraldo (Luis Miranda), que herdaram do pai um supermercado e uma escola de samba da série D do Rio de Janeiro, ambos funcionando em um mesmo espaço no subúrbio da cidade. 

Com personalidades distintas e objetivos diferentes - ela, na missão de gerir o negócio que dá sustento à família, e ele, mirando um título no Carnaval - a dupla protagoniza momentos cômicos e cheios de afeto junto ao grupo de personagens que, de dia, ocupa suas funções no mercado e, à noite, brilha nos ensaios da agremiação. A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, mas poderia ser vivida em qualquer outro lugar onde há intensa circulação de pessoas, calor humano, mistura de afetos e negociações constantes que se dão em meio a um fluxo urbano cortado pelos trilhos do trem. Enquanto a série não começa, conheça o perfil dos personagens.

Olímpia Ponza (Vilma Melo) - Empreendedora do subúrbio, alegre, otimista e incansável, é proprietária e gerente-geral do Encantado’s, que herdou do pai e ambiciona transformar no melhor supermercado da Zona Norte. Pena que com a falta de recursos e os próprios equívocos de planejamento, sofre de certos arroubos corporativos. Está sempre tentando instalar no mercado a última moda de “management” que viu na TV ou leu em algum livro de autoajuda empresarial. Para dificultar sua vida, é constantemente atrapalhada pelas roubadas em que seu irmão Eraldo (Luis Miranda) se mete. Olímpia é do tipo que vive para o trabalho e coloca desejos e vida amorosa em segundo plano. Tem com seus funcionários uma relação que vai além da profissional e, quando preciso, os defende como uma leoa. 
 

Eraldo Ponza (Luis Miranda) - Irmão mais novo de Olímpia (Vilma Melo), é um trapalhão, dono de uma megalomania quase infinita, que se manifesta na maneira com que administra a Joia do Encantado, escola de samba do grupo D herdada de seu pai. Sonha chegar à Sapucaí. Casado com Maria Augusta (Evelyn Castro) e pai de Melissa (Ramille), é infantil, inconsequente e tem uma capacidade de se envolver em roubadas que é diretamente proporcional a seu carisma e jogo de cintura, que quase sempre o ajudam a se safar dos problemas que cria. É dono uma cultura enciclopédica do Carnaval e anda 24 horas por dia como um bamba do samba. Tem uma relação conflituosa com a irmã, a quem teme ao mesmo tempo ama profundamente. Morre de medo de manchar a memória de Geraldo, seu falecido pai. Foi e ainda é mimado pela mãe Ponza (Dhu Moraes). 
 

Dona Ponza (Dhu Moraes) - Viúva de Geraldo Ponza, mãe de Eraldo (Luis Miranda) e Olímpia (Vilma Melo). É uma mulher firme e afrontosa, mas que amolece quando o assunto o seu caçula. Protege e defende tudo o que vem dele, inclusive sua neta Melissa (Ramille), que acredita ser a esperança de ascensão da família. Dona Ponza não dedica o mesmo carinho à filha Olímpia. Vive passeando com sua motinho elétrica pelos corredores do Encantado’s, embora não precise dela para se locomover. É cortejada por Madurão (Tony Ramos), bicheiro do bairro, com quem viverá um inesperado affair, ameaçando o futuro tanto do mercado quanto da escola de samba.
 

Maria Augusta Ponza (Evelyn Castro) - Esposa de Eraldo (Luis Miranda), que a exibe como um troféu, é uma mulher exuberante e superficial, que busca atingir o “Everest” da evolução pessoal e tornar-se coach de qualidade de vida e autodescobrimento. Vive alheia à rotina do supermercado e não sai das redes sociais, nas quais sonha conquistar alguma relevância. É uma grande incentivadora de Eraldo, principalmente de seus planos mais megalomaníacos, e costuma colocar gasolina em seus incêndios.
 

Melissa Ponza (Ramille) - Filha de Eraldo (Luis Miranda) e Maria Augusta (Evelyn Castro). É uma legítima representante da Geração Z. Autocentrada, é maldosinha e odeia trabalhar. Pressionada pelos pais a assumir uma função nos negócios da família, pensou que se tornaria uma chefe, mas, por decisão da tia Olímpia (Vilma Melo), teve que se contentar em estagiar como “Posso Ajudar?”. Morre de vergonha alheia da mãe e, quando quer alguma coisa, usa todo seu poder de persuasão com seu pai, que a mima. No ambiente de trabalho, a única coisa que a interessa é Pedro (Dhonata Augusto), o açougueiro que “pega” nas horas vagas.
 

Madurão (Tony Ramos) - É o bicheiro e o maior empreendedor do bairro, dono de vários comércios na região, entre eles a fábrica de gelo GelOba. Um dos seus grandes desejos é comprar o terreno do Encantado’s para construir um cassino clandestino, mas Olímpia (Vilma Melo) não quer vê-lo nem pintado de ouro. Eraldo (Luis Miranda), por sua vez, o teme como uma criança e invariavelmente cede a seus caprichos e pressões. Madurão seduzirá Dona Ponza (Dhu Moraes) e será a maior ameaça à continuidade do negócio dos protagonistas. 
 

Ana Shaula (Luellem de Castro) - Caixa do supermercado, é mal-humorada e sarcástica. Reclama de tudo o tempo todo, só vê defeitos nas coisas. Sente um prazer especial em compartilhar seu baixo astral com as pessoas felizes, especialmente com Pandora. Ocupa o posto de porta-bandeira da Joia do Encantado porque o Carnaval é uma das suas poucas paixões. 

Pandora (Dandara Mariana) - É do tipo tagarela e animada. Chega ao Encantado’s à procura de um emprego e, apesar dos perrengues e do pequeno salário de caixa, encontra ali o seu lugar. Divide seu tempo entre o trabalho, a faculdade e a igreja. É noiva, há sete anos, de Nelsinho (Caito Mainier), um evidente atraso de vida. Cria uma conexão imediata com FlashBlack (Digão Ribeiro) e mal sabe que ele está perdidamente apaixonado por ela. Na Joia do Encantado, Pandora vê despertar a sua paixão pelo Carnaval e é lá que conquistará uma posição como ritmista. 
 

FlashBlack (Digão Ribeiro) - Foi criado por Tia Ambrosia (Neusa Borges), sua avó, que o trata com zelo exagerado. Sonha em ser cineasta, mas o mais perto que chegou disso foi se tornar monitor de câmera de segurança. Enxerga as imagens cotidianas do supermercado com o olhar da sétima arte: faz curtas-metragens com takes de corredores, closes de produtos, ângulos de clientes e afins. O samba é sua outra paixão e, na Joia do Encantado, ele é o mestre de bateria. Mergulhado num mundo de fantasia, FlashBlack se mantém virgem até hoje. Vê nascer uma paixão à primeira vista por Pandora (Dandara Mariana), que logo se torna sua musa inspiradora.
 

Leozinho (Augusto Madeira) - Vive para cima e para baixo no Encantado’s, mas não trabalha lá. Sua real função é ser o puxa-saco oficial de Eraldo (Luís Miranda). Reproduz os mesmos discursos, usa acessórios parecidos, é devoto dos mesmos santos e embarca nos mesmos sonhos e delírios de seu presidente, por quem tem profunda admiração. Sua pedra no sapato é Maria Augusta, com quem disputa a atenção de Eraldo. Na Joia do Encantado, Leozinho cresce e brilha como o puxador oficial da agremiação.
 

Pedro (Dhonata Augusto) - Açougueiro do Encantado’s. Galã, solar e bem-humorado, é um mulherengo convicto. Não é do tipo cafajeste. Vê-se como um homem movido pela paixão que se entrega inteiramente a cada relação, mesmo que elas sejam muitas e passageiras. No supermercado, paquera clientes, faz cantadas ruins e geralmente consegue conquistar as mulheres. A única mulher de quem foge é Melissa (Ramille), por ser filha de seu chefe. Nem sempre ele resiste e acabam se encontrando às escondidas no depósito. No samba, Pedro é o mestre-sala.
 

Crystal (Ludmillah Anjos) - No supermercado, trabalha como estoquista, cargo que é, por vezes, abalado por sua compulsão por organização. Crystal se orgulha do posto de rainha de bateria da Joia, conquistado com muito carisma e samba no pé, o que desperta o recalque de Maria Augusta (Evelyn Castro). É uma mulher livre e segura de si, segurança essa que ela tenta passar para Olímpia (Vilma Melo), de quem é funcionária leal e conselheira sentimental. Sem compromisso, tem um lance com Pedro (Dhonata Augusto).
 

Tia Ambrosia (Neusa Borges) - É a componente mais velha da comunidade e a mais antiga funcionária do Encantado's. Uma entidade no bairro e respeitada no supermercado, onde trabalha como fiscal de caixa. Reverenciada na Joia do Encantado, onde integra a ala das baianas, Tia Ambrosia se destaca com o seu carisma, vivacidade e bom humor. Receptora e fornecedora das maiores e mais interessantes fofocas do bairro, ela está sempre disposta a compartilhar tudo o que sabe. É mãe de santo e rezadeira da região, tida como sábia, uma voz a ser ouvida. É também a avó orgulhosa e zelosa de FlashBlack (Digão Ribeiro), que apesar de já adulto, é tratado por ela como um bebê. 
 

Celso Tadeu (João Côrtes) - Locutor-patinador do Encantado’s. Na vida pessoal e no relacionamento com os colegas, é divertido e irreverente. De microfone em punho, porém, anunciando os produtos, fala com aquela voz empostada, de locutor de subúrbio, bem diferente do seu timbre habitual. Tem um humor ácido e forma com Ana Shaula (Luellem de Castro) uma dupla imbatível. Sonha em ser ator de musicais e é, atualmente, o coreógrafo da Joia do Encantado, que acredita ser o primeiro grande passo para a sua carreira na Broadway.
 

Ceroto (Leandro Ramos) - É o braço direito de Madurão. Malandro raiz. Age como um soldado leal e está sempre disposto a colocar em prática os planos ambiciosos e nada honestos de seu chefe. Acredita ser o seu sucessor natural. Ceroto tem uma rixa com Leozinho (Augusto Madeira), o soldado leal de Eraldo, e sempre que estão frente a frente dão um jeito de se provocar. É doido por Crystal (Ludmillah Anjos) e, vez ou outra, dá umas investidas nela, mas a estoquista não dá bola para ele.


.: Céline Dion lança "Love Again", da trilha sonora do filme de mesmo nome


A trilha sonora completa do longa será lançada no dia 12 de maio, incluindo 5 músicas inéditas de Céline Dion


A Sony Music Entertainment Canada/Columbia Records anunciou o lançamento da trilha sonora oficial do filme “Love Again” para 12 de maio. O álbum de 14 faixas terá cinco músicas inéditas de Céline Dion, incluindo a faixa-título "Love Again", escrita por Dan Wilson e Rosei, artista da Arista Records. A trilha sonora apresenta as primeiras músicas novas de Celine desde seu álbum de 2019, “Courage”, além de seis dos sucessos anteriores da cantora, bem como três seleções da trilha sonora do filme.

"Eu me diverti muito fazendo este filme. Ter o privilégio de aparecer com os belos e talentosos atores Priyanka Chopra Jonas e Sam Heughan no meu primeiro longa-metragem é um presente que vou amar para sempre. Acho que é uma história maravilhosa e otimista. Espero que as pessoas gostem e gostem das novas músicas também" - Céline Dion

Estrelado por Priyanka Chopra Jonas, Sam Heughan e Céline Dion, em seu primeiro papel no cinema, “Love Again” apresenta onze músicas de Céline que são tecidas na narrativa do filme e seus personagens.  Em uma entrevista recente para a revista People, Sam Heughan compartilhou que "a música de Céline, de certa forma, une meu personagem e a personagem de Priyanka". Priyanka Chopra Jonas acrescentou que “Love Again” é "nossa ode à Celine".  O longa, escrito e dirigido por Jim Strouse, estreia nos cinemas em 5 de maio de 2023 pela Screen Gems. Assista ao trailer aqui.


Faixas de “Love Again (trilha sonora do filme)”:

Love Again

I’ll Be

Waiting On You

Love Of My Life

The Gift

It’s All Coming Back To Me Now

Orpheus & Eurydice (Score from Love Again)

All By Myself

Where Does My Heart Beat Now

Celine Wisdom (Score from Love Again)

A New Day Has Come

Courage

É assim que é

Love Takes Courage (Score from Love Again)

Sobre Céline Dion: Com mais de 250 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, Céline é uma das artistas reconhecidas, respeitadas e bem-sucedidas da história da música pop. Seus sucessos incluem "The Power of Love", "It's All Coming Back To Me Now", "Because You Loved Me" e "My Heart Will Go On". Ela ganhou cinco Grammy Awards, dois prêmios Oscar, sete American Music Awards, 20 JUNO Awards e 43 Félix Awards. Em 2004, recebeu o prêmio Diamond, no World Music Awards, reconhecendo seu status como a artista feminina mais vendida de todos os tempos. Em 2016, o Billboard Music Awards a presenteou com o Icon Award. Em 2019, Céline foi nomeada a mais nova porta-voz global da L'Oréal Paris.

Sobre “Love Again”: E se uma mensagem de texto aleatória levasse ao amor da sua vida? Nesta comédia romântica, lidando com a perda de seu noivo, Mira Ray envia uma série de mensagens românticas para seu antigo número de telefone celular, sem saber que o número havia sido transferido para o novo telefone de trabalho de Rob Burns. Jornalista, Rob é cativado pela honestidade nas mensagens lindamente confessionais. Quando é designado para escrever um perfil da cantora Céline Dion, interpretando a si mesma em seu primeiro papel no cinema, ele pede sua ajuda para descobrir como conhecer Mira pessoalmente e conquistar seu coração.

Estrelado por Priyanka Chopra Jonas, Sam Heughan e Céline Dion e com várias músicas novas de Céline, “Love Again” foi escrito e dirigido por Jim Strouse. O longa estreia nos cinemas em 5 de maio de 2023. É produzido por Basil Iwanyk, Erica Lee e Esther Hornstein e os produtores executivos são Doug Belgrad, Sophie Cassidy, Louise Killin, Jonathan Fuhrman e Céline Dion.


.: Marcelo Tas entrevista diretor do filme brasileiro "Marte Um"


Sobre o filme "Marte Um", Martins fala: “Eu comecei a pensar após a Copa de 2014, inspirado na ideia: e se o próximo ‘Neymar’ quisesse ser astrofísico?”. Foto Margareth Dias

Nesta terça-feira, dia 18 de abril, Marcelo Tas conversa, no "Provoca", com o mineiro Gabriel Martins, diretor de "Marte Um", filme brasileiro que disputou uma vaga no Oscar 2023 de melhor filme internacional. No bate-papo, eles falam sobre cinema, a cidade de Contagem, em Minas Gerais, a Lei de Cotas e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Sobre o filme "Marte Um", Martins fala: “é um projeto de oito anos, que eu comecei a pensar após a Copa de 2014, inspirado na ideia: e se o próximo ‘Neymar’ quisesse ser astrofísico? (...) por que a gente tem essa coisa passional pelo futebol?”. Ainda sobre o filme, o diretor explica para Tas que tem uma ideia dele ser ciclos planetários, a montagem do longa traz um pouco disso. “No sentido de que amanhece, anoitece e começa um novo dia. As pessoas saem de casa, trabalham, voltam à noite e jantam (...) o tempo está passando e as coisas estão mudando (...) e essa rotina começa a ganhar cores”.

Em outro momento da entrevista, eles comentam sobre ter muita gente nova fazendo cinema e como a Lei de Cotas deu certo. “Eu vi a presença de jovens na sala que eu não tinha visto, várias pessoas negras, de periferia, mais da metade da sala, com muita frequência, não era assim há 10 anos”, afirma Martins. Por fim, Gabriel fala sobre a escolha de Contagem como cenário do filme. “Eu adoro as pequenices, o jeito como uma lata de tinta vira um vaso de planta (...) são coisas que a gente vê, estão na maior parte das casas do Brasil”, comenta.


domingo, 16 de abril de 2023

.: Crítica: "O Pastor e o Guerrilheiro" é imperdível aula de história do Brasil



Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em abril de 2023


Ainda que tentem jogar para debaixo do tapete e esconder os abusos, a história do Brasil durante a fervorosa ditadura não aconteceu num campo de lindas e perfumadas flores em dias frescos de Sol. Eis que o longa dirigido por José Eduardo Belmonte, "O Pastor e o Guerrilheiro" chega ao Cineflix Cinemas como uma agradável aula de história do Brasil na telona. 


A produção inspirada no livro “Araguaia – Relato de um Guerrilheiro”, do potiguar Glênio Sá, apresenta a história de Juliana (Julia Dalavia), uma jovem cheia de ideais e boas intenções para o convívio em sociedade no fim de 1999. No entanto, a filha ilegítima de um coronel que comete suicídio, descobre que o pai foi torturador durante a ditadura militar no Brasil.


É na casa dele que encontra um livro e torna-se leitora voraz dos relatos assinados por Miguel Souza, com o codinome João (Johnny Massaro), um guerrilheiro dos anos de chumbo. Assim, ela tenta encontrar o autor do livro enquanto cuida da avó adoentada, Ivani (Cássia Kis) e precisa decidir se vai aceitar a parte dela na herança do pai falecido. Do outro lado, um pastor esconde um segredo guardado há 26 anos. Entretanto, é na virada do milênio que um encontro abala a moça.


A trama de "O Pastor e o Guerrilheiro" acontece de modo crescente e quando tudo se conecta impressiona -mesmo estando apoiado em fatos verídicos. O filme de 1h57 tem como destaque a atuação  impecável de Johnny Massaro, seja o Miguel/João apaixonado pela guerrilheira Helena/Marta (Ana Hartmann) até as arrepiantes cenas de tortura. E a dobradinha dele nas cenas com Ana Hartmann e César Mello (Zaqueu) são a cereja do bolo do filme que ainda traz o inesquecível Sérgio Mamberti como senhor Geraldo. "O Pastor e o Guerrilheiroé filmaço imperdível!



Confira "O Pastor e o Guerrilheiro" no Cineflix Cinemas: Ingressos on-line neste link

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "O Pastor e o Guerrilheiro"
Gênero: drama
Classificação: 16 anos
Duração: 1h57m 
Distribuidora: A2 Filmes
Direção e roteiro: José Eduardo Belmonte
Elenco: Johnny Massaro, César Mello, Julia Dalavia, William Costa, Sérgio Mamberti, Antônio Grassi e outros. 
Sinopse: na virada do milênio, Juliana, filha ilegítima de um coronel que comete suicídio, descobre que seu pai foi torturador durante a ditadura militar no Brasil.

Trailer

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.: Série "Encantado's" mostra afeto e humor no dia a dia das famílias


Série, que estreia no dia 2 de maio, valoriza costumes e destaca relações familiares desenvolvidas entre um supermercado e uma escola de samba no subúrbio. Na imagem, Eraldo (Luís Miranda) sendo surpreendido por todos os funcionários estourando confete em cima dele. Foto: Globo/João Miguel Júnior


A primeira temporada da série "Encantado’s" vai ocupar as noites de terça-feira na tela da TV Globo, após a novela das nove, a partir de 2 de maio. Sucesso no Globoplay, a trama - criada por Renata Andrade e Thaís Pontes e escrita por elas com Chico Mattoso e Antônio Prata, que assinam a redação final e, com direção artística de Henrique Sauer – gira em torno dos irmãos Ponza, Olímpia (Vilma Melo) e Eraldo (Luis Miranda), que herdaram do pai um supermercado e uma escola de samba da série D do Rio de Janeiro, ambos funcionando em um mesmo espaço no subúrbio da cidade. 

Com personalidades distintas e objetivos diferentes - ela, na missão de gerir o negócio que dá sustento à família, e ele, mirando um título no Carnaval - a dupla protagoniza momentos cômicos e cheios de afeto junto ao grupo de personagens que, de dia, ocupa suas funções no mercado e, à noite, brilha nos ensaios da agremiação. A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, mas poderia ser vivida em qualquer outro lugar onde há intensa circulação de pessoas, calor humano, mistura de afetos e negociações constantes que se dão em meio a um fluxo urbano cortado pelos trilhos do trem. 

Enquanto se ocupam dos preparativos para a gravação da segunda temporada, autores, diretor artístico e elenco celebram a chegada da primeira temporada da série à TV Globo em um ensaio fotográfico feito especialmente para a estreia na TV. “Ver o ‘Encantado’s’ ganhando um alcance ainda maior é a razão maior da minha ansiedade. Estou curiosíssima pra saber como o grande público da TV Globo vai receber a nossa série. Acredito muito na conexão que as pessoas terão com aqueles personagens, com os dois universos (o samba e o mercado), com as vivências e com as histórias que contamos ali. Mal posso esperar pra botar o nosso bloco na rua”, anseia a criadora e autora da série, Renata Andrade.

Para Antônio Prata, a série lida com as coisas que o Brasil tem de melhor: Carnaval, uma de nossas manifestações culturais mais importantes, e a fé, não só aquela religiosa, mas a fé na vida, de que as coisas vão ser melhores amanhã. “Tem essa coisa bacana, que une Apollo e Dionísio, o trabalho daquelas pessoas – no Carnaval, elas trabalham muito duro, são os verdadeiros CDFs da folia – então, acho que a gente consegue captar esses aspectos. Além disso, geralmente dizem que as séries são sobre ambiente de trabalho ou família. E ‘Encantado’s’ pega os dois mundos porque é um ambiente de trabalho familiar e isso é uma coisa bem brasileira, de se romper os limites”.

Chico Mattoso concorda que a brasilidade é um diferencial e ressalta a referência que as séries de humor têm para os lares brasileiros: “São personagens profundamente brasileiros, vivendo conflitos e situações que falam pra todo mundo, que são universais”. Também criadora e autora da série, Thais Pontes completa: “Vai ser muito bom ver como será na TV aberta, que é esse holofote que atinge milhares de pessoas, tudo isso enquanto estamos nesse processo de gravação da segunda temporada. É muito emocionante perceber que o público se viu na tela porque era exatamente isso que queríamos”.

Para o diretor artístico Henrique Sauer, poder compartilhar o trabalho com mais pessoas gera ânimo. “Essas características de identificação com quem assiste e a alegria da obra em si conectam as pessoas e nos sentimos muito felizes de poder dividir essas histórias e afetos com um público maior. E, na segunda temporada, os textos estão ótimos. Queremos pegar tudo de bom que fizemos na primeira e dobrar a aposta, seguindo com aquilo que a gente acredita e construiu”, comenta, já de olho no futuro.  

Em "Encantado’s" as tramas se fecham a cada episódio, mas são cercadas pela narrativa principal da relação conflituosa e pitoresca entre os irmãos. Conectados pelos laços sanguíneos e pelo amor que os une, os dois vivem encontros e desencontros na tentativa de conciliar suas distintas maneiras de seguir seus sonhos. 

Com um elenco afinado, "Encantado’s" e "Joia do Encantado" coexistem e nos apresentam personagens com características semelhantes aos parentes e amigos de vizinhança com os quais convivemos, sempre acreditando que o dia seguinte vai ser melhor. “Enquanto pessoa preta eu me sinto representada e privilegiada em me ver na tela - quando eu falo em me ver, digo em relação aos meus pares. Eu acho que é assim que as pessoas pretas e suburbanas vão se sentir. Estamos falando de pessoas reais, pessoas que existem, como uma tia, uma mãe, uma amiga. E temos uma lente de aumento para aquilo. A escola de samba nada mais é do que o reduto cultural daquelas pessoas. Então o subúrbio você vê ali na tela presente e representado”, comenta Vilma Melo, que interpreta a solteira e empreendedora Olímpia. 

Ao contrário da irmã, Eraldo (Luis Melo) é casado com a aspirante a influencer Maria Augusta (Evelyn Castro) e pai de Melissa (Ramille), e tem no puxador e puxa-saco Leozinho, seu fiel escudeiro. Enquanto dona Ponza (Dhu Moraes), a matriarca da família, tem preferência por ele entre os filhos, tia Ambrosia (Neusa Borges), morre de amor e orgulho pelo neto FlashBlack (Digão Ribeiro). O segurança do Encantado’s é quem dá o tom à bateria da Joia, mas em matéria de amor, não acerta o compasso com Pandora (Dandara Mariana), a nova caixa do estabelecimento.

Por isso, a bem resolvida e “pegadora” Crystal (Ludmillah Anjos) e mestre-sala e açougueiro Pedro (Dhonata Augusto) se encarregam de ajudar o parceiro. Completam o grupo a sincerona e mau humorada Ana Shaula (Luellem de Castro), que não mede as palavras para revelar verdades a quem precisar ouvi-las, e o simpático e artista Celso Tadeu, quem dá voz às melhores ofertas que a comunidade encontra no supermercado. 

“A série é maravilhosa e tem elementos que vão agradar muito o público. A gente mostra um subúrbio do Rio, mas que poderia ser uma região de qualquer lugar no mundo em que as pessoas têm seus problemas, mas têm muita vontade de vencer e de resolvê-los, apresentamos uma comunidade que se gosta, se curte. A série traz o subúrbio e fala de amizade, de empatia, de cooperação, e um aspecto que, para mim, é muito especial é a ideia de retratar isso tudo com humor e leveza”, pontua Luís Miranda. 

"Encantado’s" é criada por Renata Andrade e Thais Pontes, e escrita em parceria com Chico Mattoso e Antonio Prata, responsáveis pela redação final. A primeira temporada da série tem direção artística de Henrique Sauer e direção de Deo Cardoso e Naína de Paula. A produção é de Juliana Castro e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

.: Shangela, Anetra, Violet Chachki do "RuPaul's Drag Race" vêm ao Brasil


Shangela, um dos maiores nomes do reality show "Ru Paul's, Drag Race" é um dos nomes confirmados para a segunda edição do Festival The Realness, que acontece em São Paulo


O Festival The Realness 2 irá receber alguns destaques de "Ru Paul's, Drag Race", maior reality show drag do mundo. Nomes como  Shangela, Anetra, Laganja Violet Chachki de RuPaul ‘s, que chegam ao Brasil em nova edição em agosto. Shangela, Anetra e Violet Chachki, além da participação de drags do "Caravana das Drags" e da "Corrida das Blogueiras"

Dentro desse contexto, a cidade de São Paulo está prestes a receber novamente o maior festival drag da América Latina para uma edição que promete ser ainda maior que a anterior. Shangela, Violet Chachki, Anetra, Denali Foxx, Raja, Lady Camden, Crystal Methyd e Laganja Estranja são as "RuGirls", nome dado para as drags que passam pelo programa de RuPaul, confirmadas na segunda edição do evento. Elas se juntam a um tradicional line-up de lendas do cenário de drags nacional que incluem participantes do "Caravana das Drags" e da "Corrida das Blogueiras".

Dessa vez de casa nova, o festival acontecerá em 12 de agosto na Vip Station, casa de shows localizada no bairro de Santo Amaro em São Paulo - SP. O local tem sido um dos que mais crescem no radar de eventos da capital, muito por conta de sua estrutura. A edição do ano passado juntou 7 estrelas do programa “RuPaul’s Drag Race” para uma noite de shows exclusivos com um público de mais de 3.000 pessoas. A proposta segue a mesma, porém com novas artistas no line-up e uma queen fazendo seu retorno para os palcos do festival. A expectativa é superar o público da primeira edição.


Sobre as queens
Shangela
foi a primeira drag queen a pisar no tapete vermelho do Oscar. Ela ganhou notoriedade ao contracenar ao lado de Lady Gaga e Bradley Cooper no premiado longa-metragem “Nasce Uma Estrela”. Chegando a participar de três temporadas do reality show "Ru Paul's, Drag Race", ela se tornou uma das favoritas dos fãs, principalmente dos brasileiros.

Violet Chachki dispensa apresentações. Você pode encontrar a queen vencedora da temporada 7 do "Ru Paul's, Drag Race" em desfiles de grandes marcas, em capas de grandes revistas, em festas de grandes celebridades ou talvez no MET Gala, apenas. Violet é a definição do que é uma fashion queen e que esbanja versatilidade.

Anetra é a mais nova sensação drag do momento. Reafirmando o intuito do festival de trazer drags de temporadas antigas e novas do programa, Anetra esteve na temporada 15 de "Ru Paul's, Drag Race", exibida ainda esse ano. Ela virou sensação instantânea ao performar um número que misturava passos de danças tradicionais do voguing com seu talento em lutar taekwondo.

Denali Foxx esteve na edição anterior do festival e está de volta. Não era para menos, a queen foi fortemente requisitada pelo seu enorme fã-clube brasileiro. Participante da temporada 13 de "Ru Paul's, Drag Race", a drag patinadora é considerada por muitos como uma das mais injustiçadas da competição e tem um talento nato para os palcos.

Raja é uma das queens que RuPaul chama de “legendary legends”. Vencedora da temporada 3 do "Ru Paul's, Drag Race", Raja impressionou e moldou muito do que foi apresentado como arte drag depois de sua passagem. Mais de 10 anos depois de sua vitória, Raja voltou para competir com outras vencedoras no “All Stars 7” e não fez feio, mostrou que segue sendo uma lenda.

Crystal Methyd foi a participante mais excêntrica e fora da caixinha da temporada 12 de "Ru Paul's, Drag Race". Amada por RuPaul pelo seu visual “out of drag” que lembrava o cantor El DeBarge, ela nos arrancou muitas risadas e mostrou toda sua originalidade chegando a final da temporada.

Lady Camden a runner-up da 14 temporada de "Ru Paul's, Drag Race", conhecida por seu estilo londrino e foi protagonista dos episódios mais bem avaliados de toda franquia.

Laganja Estranja, participante da temporada 6 "Ru Paul's, Drag Race" e considerada uma lipsync assassin, tem momentos inesquecíveis no show e promete trazer um espetáculo em sua quarta passagem pelo Brasil!

Por fim, o festival também contará com a participação de algumas participantes do novo reality show "Caravana das Drags", apresentado por Xuxa Meneghel e Ikaro Kadoshi: como Frimes, Desiree Beck, Enme Paixão, Ravena Creole e Slovakia, grandes influencers nacionais como Ismeiow, Dacota Monteiro, Halessia e lendas da cena drag brasileira como Marcia Pantera, Natasha Princess.

Sobre o The Realness Festival
Idealizado em 2021 por Paulo Matos, a proposta do festival era crescer a tradicional “Festa Realness” que realiza shows de drags do programa há 6 anos. O projeto deu muito certo em sua primeira edição, virou referência para festas do tipo em outros países da América Latina e em 2023 chega com uma adição pra lá de especial.

O festival está sendo organizado pela Realness junto com a Festa Priscilla, a mais tradicional festa drag paulistana que realiza shows com drags do programa há mais de 10 anos. A parceira com os criadores da Priscilla, Sergio Oliveira e Leonardo Polo, começou no início desse ano com a realização do “All Winners” espetáculo que trouxe seis vencedoras da franquia também para São Paulo. A proposta é continuar a parceira que segue rendendo muitos frutos para os produtores e principalmente para os fãs brasileiros de “RuPaul’s Drag Race” e da arte drag. Link dos ingressos aqui! 

Ingresso/Serviço
Ingressos disponíveis pela Sympla - linktr.ee/therealnessfestival. Classificação: +16 acompanhados, +18 desacompanhados. Média de preço: R$ 150 a R$ 380. Garanta o seu ingresso clicando aqui. 

.: Entrevista: Flay, a DJ Vitória-Régia, campeã do "The Masked Singer Brasil"


"Eu me entregava de corpo e alma", afirma a vencedora da terceira edição do reality show que, finalmente, conseguiu demonstrar todo o talento diante das câmeras. Foto: Globo/Maurício Fidalgo
 

A grande final do"'The Masked Singer Brasil" aconteceu domingo passado, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay, que encantou o público e os jurados cantando "I Wanna Dance With Somebody" de Whitney Houston. "Eu me emocionava muito dentro da fantasia. A cada vitória eu gritava e não conseguia segurar. Eu sempre entrava muito feliz e com saudade dos palcos. Me entregava de corpo e alma. Cada apresentação era uma conquista e me aproximava mais da final", lembra a campeã. Confira a entrevista com Flay.

Como foi receber o convite para participar do reality?
Flay -
Foi incrível, uma sensação de reconhecimento. Quando se é ex-"BBB", rola uma resistência das pessoas de aceitarem que nós temos outros talentos. Então, quando eu recebi o convite, foi muito especial e emocionante, eu chorei muito. Sabia que seria um espaço onde eu ia conseguir mostrar a minha arte para o Brasil inteiro.


A cada apresentação você se emocionava muito. Como era pisar no palco?
Flay - 
Eu me emocionava muito dentro da fantasia. A cada vitória, eu gritava e não conseguia segurar. Sempre entrava muito feliz e com saudade dos palcos. Eu me entregava de corpo e alma. Cada apresentação era uma conquista e me aproximava mais da final.


Você acompanhou a repercussão na internet?
Flay - 
Foi muito difícil, eu adoro curtir as publicações. Tudo que eu vejo sobre mim, saio curtindo, é uma forma de retribuir. E eu tinha que me policiar muito quando o programa estava no ar, meu nome sempre aparecia no Twitter. Eu ficava acompanhando todas as apresentações e comentários, mas na hora da DJ Vitória-Régia, era um mix de felicidade e de não poder curtir nada e me entregar.


Você esperava ganhar o programa?
Flay - 
Eu entrei determinada a ganhar. A primeira vez que eu fui pra berlinda, voltei chorando muito, fiquei muito triste. E falaram pra mim que eu tinha dito que iria entrar para ganhar (risos). No decorrer do programa, não ficou óbvio pra mim. Foi muito incrível, uma sensação de reconhecimento. 


.: Marcio Pitliuk lança "O Engenheiro da Morte" em evento em São Paulo


A ambição e a corrupção no interior do regime nazista são temas de um romance que revela as várias faces da natureza humana. Sem a colaboração direta da alta sociedade da Alemanha nazista, nos anos 1930 e 1940, o Holocausto não teria acontecido. Esta é a premissa do romance histórico "O Engenheiro da Morte: a Participação da Elite Alemã no Holocausto", escrito por Marcio Pitliuk, escritor, cineasta e um dos maiores especialistas no país sobre o tema, e publicado pela editora Vestígio. Ele lançará o livro na próxima terça-feira, dia 18 de abril, a partir das 18h, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. A data coincide com o Yom HaShoá, quando os judeus do mundo todo recordam o Holocausto. 

A obra trata de um assunto pouco conhecido: o envolvimento direto de industriais, empresários, engenheiros, arquitetos, banqueiros, médicos, advogados, em síntese, de grande parte da elite alemã no maior genocídio da história contemporânea. O único propósito dessas pessoas, segundo o autor, foi enriquecer e aumentar os lucros de suas empresas, como Volkswagen, Siemens, Dr. Oetker, Deutsche Bank, BMW, Krupp, entre outras ainda hoje na lista das mais valiosas do mundo.

"O Engenheiro da Morte" é um thriller envolvente, desde o primeiro capítulo, com as revelações do autor sobre o Holocausto ou Shoah (calamidade) para os judeus; o assassinato de seis milhões de judeus, crianças, adultos, idosos, homossexuais, ciganos, opositores políticos, deficientes físicos e mentais e testemunhas de Jeová. Garanta o seu exemplar "O Engenheiro da Morte" neste link.


Sobre o livro
Em 1942, Hitler avança na conquista da Europa. Crescem os campos de trabalho forçado e extermínio, que passam a escravizar e matar, de forma sistemática, quem não tem utilidade para o Terceiro Reich – aqueles considerados inferiores, que não se enquadram nos critérios definidos pela ideologia nazista. Mas a indústria da morte custa caro, e a Alemanha ainda não se recuperou dos prejuízos da Primeira Guerra. É preciso encontrar, e rápido, uma solução econômica de grande escala para um problema crescente.

Carl Farben costumava ser um simples engenheiro químico em uma grande empresa alemã. Ambicioso e com sede de poder, ele não hesita em aceitar a oportunidade de desenvolver um produto que permitirá liquidar milhões de pessoas a um baixo custo para o Reich, mas com lucros imensos para os empresários.

Martina Kaufmann era uma jovem judia alemã estudiosa, que sonhava em seguir uma carreira promissora, como o pai. Mas, com a implementação das leis antissemitas e a perseguição crescente aos judeus, ela passa a viver escondida, conseguindo, a duras penas, sobreviver à guerra. Agora, Martina é uma mulher que anseia por justiça, e o passado baterá à porta daqueles que colaboraram com o genocídio de milhões de vítimas.

Eletrizante e perturbador, "O Engenheiro da Morte" é uma denúncia histórica, ambientada em fatos documentados, da participação de grandes indústrias na disseminação da ideologia nazista e um lembrete pungente de que as memórias da guerra não devem ser esquecidas. Você pode comprar o livro "O Engenheiro da Morte" neste link.



Sobre o autor
Marcio Pitliuk é um dos maiores especialistas brasileiros no assunto Holocausto e, desde 2008, se dedica a divulgar o que é considerado o maior crime contra a humanidade no século passado. É diretor no Brasil do Yad Vashem, o mais importante centro de pesquisas e ensino do Holocausto, sediado em Jerusalém, curador do Memorial do Holocausto de São Paulo e membro acadêmico do StandWithUs Brasil. Sobre esse tema, faz palestras, realizou três longas-metragens e escreveu outros quatro livros. "O Homem que Venceu Hitler" e "A Alpinista: Sexo e Corrupção na Alemanha Nazista", são romances históricos publicados pela editora Vestígio. Além disso, publicou "Sobreviventes – Volumes I e II", em parceria com Luiz Rampazzo. Garanta o seu exemplar de "O Engenheiro da Morte" neste link. 


Serviço
O livro "O Engenheiro da Morte" será lançado na próxima terça-feira, dia 18 de abril, a partir das 18hs, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, que fica na av. Higienópolis, 618, em São Paulo. A data coincide com o Yom HaShoá, quando os judeus do mundo todo recordam o Holocausto. Compre o livro "O Engenheiro da Morte" neste link.


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