quarta-feira, 16 de agosto de 2023

.: Peça "Escola de Mulheres" revê clássico de Molière e atualiza contexto


Alterando o ponto de vista narrativo para as vozes femininas, espetáculo do Grupo Lunar de Teatro traz Escola de Mulheres para os dias atuais.


Molière Jean-Baptiste Poquelin é um dos grandes mestres da comédia satírica e marcou a dramaturgia francesa com suas críticas aos costumes da época. Porém, em 1662, o mundo era bem diferente e, ainda bem, muitas coisas mudaram. Foi em 1662 que Molière escreveu e encenou "Escola de Mulheres", uma peça que conta a história de Arnolfo e Inês, uma menina de quatro anos que será moldada para ser a esposa perfeita pelo burguês. Rever essa história com uma crítica ao machismo limitante é um dos objetivos de "Escola de Mulheres -  Um Sátira ao Patriarcado", em cartaz até dia 30 de agosto, no Teatro Itália. 

No original de Molière, Arnolfo, um quarentão machista, adota Inês, uma garota de quatro anos para criá-la, ou moldá-la, do jeito que ele acha que uma esposa deve ser. Tudo isso para evitar que não seja feito com ele o que ele faz ou adoraria fazer com o marido das mulheres bonitas e inteligentes: pôr-lhes um chifre. Na peça do século XVII, a história é contada do ponto de vista do homem. Porém, na versão de 2023, idealizada pela dupla Suzana Muniz e Mau Machado, o público terá contato com o ponto de vista da mulher. Na adaptação, ainda cômica, do Grupo Lunar, o foco é na personagem principal, Inês, e no corpo de mulheres, que se alternam entre um tom irônico e de companheirismo em relação à protagonista. 

Aqui, a comédia satírica e irônica, que pesa ainda mais a crítica num mundo moldado por uma estrutura extremamente machista, é a grande arma. É ela que torna possível o diálogo de um tema tão pesado com o público em geral. Suzana Muniz, diretora, atriz e responsável pela adaptação do texto, diz que, muitas vezes, esse é um riso nervoso, incômodo. “Infelizmente, como vimos recentemente nos noticiários, o homem ainda usa seu poder na sociedade para obrigar meninas a se casarem ou mesmo para tentar moldar mulheres, limitando sua liberdade. E isso não acontece só em culturas distantes, mas também num Brasil bem próximo do que vivemos nas grandes metrópoles”.

Suzana ainda diz que, mesmo com a comédia muito presente, a montagem mostra a importância da sororidade entre mulheres para derrubarem o patriarcado. “Sempre que vemos um caso de abuso de homem, por mais absurdo que seja, é preciso a voz de diversas mulheres para derrubá-lo e apontá-lo como culpado. Aqui isso não é diferente e fica claro que somente se unindo as mulheres conseguem uma existência mais próxima do possível”.

As canções compostas por Mau Machado para essa peça, com arranjos do Grupo Lunar e cantadas e tocadas ao vivo, provocam uma reflexão além da sátira e nos ajudam a mostrar ao público o quão surreal é uma história dessas. Elas são mais um elemento fundamental que compõe esse alerta crítico sobre o patriarcado, fazendo a ponte da história com os tempos atuais. Compre o livro "Escola de Mulheres", de Molière, neste link.


Brasil e Europa
A encenação mistura a cultura européia do século XVII com o folclore brasileiro e de tradições afro-brasileiras, trazendo elementos cênicos coloridos e momentos ritualísticos. Tudo isso dialogando com os personagens típicos da Commedia Dell’Arte. A fusão entre a linguagem européia do século XVII e o folclore brasileiro também se dá na música ao vivo, unindo o lírico e o popular. 

O espetáculo tem como base a linguagem de coro cênico. Nela, o elenco permanece no palco durante todo o tempo, compondo imagens, jogando com a cena e tocando instrumentos ao vivo. Todas as trocas de cenários e figurinos é feita ao vivo também. No figurino, fuxico, fitas e cores remetem à cultura brasileira e são aplicados em roupas do século XVII, numa releitura livre. As máscaras lembram a Commedia Dell’Arte e trazem também a influência do folclore. Compre o livro "Escola de Mulheres", de Molière, neste link. 


Ficha técnica
Espetáculo "Escola de Mulheres -  Um Sátira ao Patriarcado". Idealização: Suzana Muniz e Mau Machado. Texto: Molière. Direção geral e adaptação: Suzana Muniz. Direção musical, música e letra: Mau Machado. Arranjos: Grupo Lunar de Teatro. Elenco: Ana Clara Fischer, Angelina Miranda, Mau Machado, Pamella Bravo, Silvio Eduardo, Suzana Muniz, Tom Freire e Vitor Ugo. Preparação vocal: Ana Clara Fischer. Preparação corporal de Commedia Dell’Arte: Flávia Bertinelli. Preparação corporal de Coro Cênico: Mau Machado e Suzana Muniz. Consultoria de tradições afro-brasileiras: Cláudia Alexandre. Figurino: Daíse Neves. Cenografia e elementos cênicos: Vitor Ugo. Máscaras: Rafael Mariposa. Luz: Dida Genofre. Operação de luz: Jessica Estrela. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Produção Executiva: Silvio Eduardo. Apoio: Centro Cultural Omoayê e Allemande Escola de Música.

Serviço
Espetáculo "Escola de Mulheres -  Um Sátira ao Patriarcado". Quartas, às 20h00, no Teatro Itália. Até dia 30 de agosto. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) - compra antecipada pelo Sympla. Duração: 90 minutos. Indicado para maiores de 12 anos. Teatro Itália - Av. Ipiranga, 344 - República/São Paulo. Capacidade: 292 pessoas.

.: "Muitas Ondas São o Mar" propõe reflexão sobre corpos e ancestralidade


Criado por oito artistas de ascendência okinawana e japonesa, "Muitas Ondas São o Mar" propõe reflexão sobre os corpos, a ancestralidade e a criação. Com dramaturgia de Carla Kinzo e direção de Key Sawao, espetáculo fica em cartaz até dia 26 de agosto na Oficina Cultural Oswald de Andrade e, depois disso, tem mais duas apresentações na Fábrica de Cultura Brasilândia. Foto: Joelma do Couto


As ideias de corpo como uma manifestação do espaço-tempo de memória e da ancestralidade como um espaço compartilhado são exploradas pela peça teatral "Muitas Ondas São o Mar", com texto de Carla Kinzo e direção de Key Sawao. O espetáculo tem sua temporada de estreia na Oficina Cultural Oswald de Andrade, até dia 26 de agosto, e, depois disso, tem duas apresentações na Fábrica de Cultura Brasilândia, no dia 5 de setembro. 

O trabalho reúne oito artistas com ascendência de Okinawa e outras cidades do Japão em um processo de criação colaborativo. O elenco é formado por Bárbara Arakaki, Camilla Aoki, Carla Passos, Lígia Yamaguti, Lina Tag e Renata Asato. A ideia é lançar um olhar sobre corpos únicos e múltiplos que compartilham um espaço comum (esse território, nesse tempo) para pensar a ancestralidade, criação e identidade nos dias de hoje. Para a diretora Key Sawao, essa reflexão leva em consideração a noção de corpo como espaço e tempo ao mesmo tempo. 

“Eu sou uma artista do corpo e movimento, e foi a partir daí que começamos nosso processo juntes. Então, assim como a palavra percorre a memória, a memória percorre o corpo, tudo é contido e contém esses cruzamentos. E seguimos com um olhar assim para o corpo, como o espaço tempo da memória e suas atualizações, e como esse processo pode afetar e modular a experiência cênica”, explica Sawao sobre a investigação.

Sobre esse processo criativo, a dramaturga Carla Kinzo comenta: “No começo do processo tivemos encontros diários pra nos conhecermos mesmo. Foi um começo bastante calcado no depoimento, em que falamos muito da relação (e do estranhamento) que temos em relação às ascendências uchinanchu e japonesa. Quando a Key chegou, foi a etapa de silenciar e experimentar tudo isso em outro lugar: no espaço, no corpo”.

A cenografia e os figurinos do trabalho são assinados pela premiada artista nipo-brasileira Telumi Hellen. “O cenário é um espaço claro na cor crua, aparentemente árido, no qual, no simples, trazemos a valoração das personagens que performam, num lugar que valoriza figura, fundo e as memórias. Isso potencializa o que devemos amar e respeitar, como um ikebana, pulsante de vida na aparência estática, porém para os olhos mais afinados, o deleite e o prazer da pulsação viva. As personagens transitarão performando neste lugar de cor crua, atravessando a iluminação que altera a atmosfera por onde elas queiram estar presentes em vida, onde quiserem e como quiserem na dança da poética”, conta.

“A proposta de colocar em cena o elenco formado por seis artistas como protagonistas de suas próprias histórias, livre de estereótipos, faz parte de uma luta (dentre várias) que o Coletivo Oriente-se se propõe e vem com muito mais projetos por aí. Queremos romper com esse status-quo de preconceitos, discriminações, fetichização e exotização que nós artistas amarelos sofremos nas artes cênicas e no audiovisual”, explica Rogério Nagai, diretor de produção e coordenador do projeto. 

O espetáculo é parte integrante do projeto “Oriente-se: amarelos em cena” contemplado pela 40° Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, com realização do Coletivo Oriente-se e Nagai Produções. 


Ficha técnica
Espetáculo "Muitas Ondas São o Mar". Dramaturgia: Carla Kinzo. Direção: Key Sawao. Assistência de direção: Beatriz Sano. Elenco: Bárbara Arakaki, Camilla Aoki, Carla Passos, Lígia Yamaguti, Lina Tag, Renata Asato. Espaço cênico e figurinos: Telumi Hellen. Trilha sonora: Dudu Tsuda. Luz: Paula da Selva. Colaboração artística: Rodrigo Bolzan. Produção executiva: Amanda Andrade. Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai. Fotografia: Joelma do Couto. Mídias sociais: Lol Digital. Comunicação visual: Pethra Ubarana. Realização: Coletivo Oriente-se, Nagai Produções e Secretaria Municipal de Cultural - Lei de Fomento ao Teatro.

Serviço
Espetáculo "Muitas Ondas São o Mar". Oficina Cultural Oswald de Andrade - Rua Três Rios, 363, Bom Retiro. Quando: 11 a 26 de agosto, de quarta a sexta, às 19h30, e aos sábados, às 15h e às 18h. Ingressos: Gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada apresentação no local. Classificação: livre. Duração: 70 minutos. Acessibilidade: Sala acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Fábrica de Cultura Brasilândia - Avenida General Penha Brasil, 2508, Brasilândia/São Paulo. Quando: 5 de setembro, às 10h e às 20h. Ingressos: gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada apresentação no local.

.: Duas apresentações de “Cuidado com Neguin” no Sesc Avenida Paulista


O monólogo “Cuidado com Neguin”, com Kelson Succi, terá duas apresentações dentro da programação do Palco Giratório do Sesc, nesta quarta e quinta-feira, dias 16 e 17, às 20h00, no Sesc Avenida Paulista. Após a apresentação de quinta-feira, haverá bate-papo com Érica Ribeiro, Maria Araujo e Kelson Succi.

Kelson Succi tem 29 anos, e há mais de cinco vêm se colocando como artista em performances teatrais para retratar, a partir de suas experiências de vida enquanto um corpo preto na cidade, como é se deslocar e ocupar espaços, o desgaste emocional corriqueiro que evidencia o abismo entre o corpo negro e o corpo branco.

Succi mergulhou no processo de percepção de suas experiências diárias, escrevendo sobre elas e construindo suas performances, se aperfeiçoando enquanto ator. Sua arte é política, e tem o objetivo de desnaturalizar racismos cotidianos, confrontar a realidade, questionar e assumir o seu papel de agente transformador, que também se modifica com o processo artístico.

Os acontecimentos e os desgastes em sua vida são combustível para o seu poder de criação. O seu corpo no mundo é seu material de trabalho. E não só o seu, mas os corpos negros no geral, os inúmeros “neguinhos” que existem na cidade. Dessa forma, torna sua arte uma produção coletiva, deixando de ser autoral para ser sobre a diversidade dos corpos negros.

Sua primeira performance “Rolê Bala Perdida” quer mostrar do que é feito o cotidiano, as andanças e experiências do “Neguin” pela cidade, o que um personagem jovem, negro, pobre e favelado tem de encarar ao sair do morro e viver diariamente o asfalto.

Outra experiência foi o lambe-lambe escrito com fonte de destaque “CUIDADO COM NEGUIN”, para acionar a primeira reação que os passantes têm através do imaginário social que essas palavras, juntas, constroem. No entanto, embaixo da frase de impacto existia uma outra, que deixava claro a intenção de sua intervenção: “Cuidado com neguin, ele é realmente foda”. Ou “Cuidado com neguin, ele entrou na faculdade”. Kelson deixava claro que “não era sobre o neguinho [que] vai te assaltar”.

Kelson Succi é ator, fez escola técnica para audiovisual na Spetaculu (Escola de Arte e Tecnologia, no Cais do Porto do Rio) e ganhou bolsa no O Tablado, onde começou a estudar teatroe a atuar. Além disso, foi selecionado no ano passado para participar de um projeto de residência artística em Londres, momento importante para construir o seu projeto "Cuidado com Neguin".

A peça “Cuidado Com Neguin” tem a proposta de reunir algumas de suas performances, se adaptando ao momento e ao lugar. Por exemplo, quando Marielle foi assassinada, Kelson adaptou sua apresentação para abordar o acontecimento e levantar discussões que dialogavam com o momento. Além disso, sua peça é um processo, mutável e adaptável também ao amadurecimento de Kelson enquanto ator e negro. Um processo de construção ininterrupta que caminha conforme o diálogo com a sociedade  vai sendo estabelecido.

O Palco Giratório, um dos mais abrangentes projetos de circulação de Artes Cênicas do Sesc, traz ao público de São Paulo, até dia 27 de agosto, 14 espetáculos de três áreas cênicas (teatro, dança e circo), provenientes de 12 estados brasileiros e consonantes com o nosso tempo histórico. A cena negra e a contínua busca por identidade e (re)valorização de ancestralidades e saberes, o teatro realizado por mulheres e as vozes e narrativas periféricas ou dos povos originários serão partilhados com públicos variados em sete unidades da capital.


Sobre o Palco Giratório 2023
O Palco Giratório deste ano marca a retomada das apresentações presenciais, além das comemorações dos 25 anos de existência, totalizando 238 apresentações e 129 atividades formativas, contemplando 73 cidades e empregando diretamente 464 artistas, pesquisadores e produtores culturais. Entre os trabalhos selecionados pela curadoria do projeto, seis representam o Sul e Sudeste, quatro o Centro-Oeste e cinco o Norte e Nordeste sendo seis obras de teatro adulto, um infantil, quatro de circo e quatro de dança. 

Cada espetáculo é apresentado em duas sessões, em dias seguidos e após algumas apresentações acontece o “Pensamento Giratório”, ações com o público que podem ser em formato de oficina ou bate-papo, em São Paulo são três: "A Invenção do Nordeste", apresentado em 11 de agosto; "Cuidado com Neguin", dias 16 e 17 de agosto. Na sessão de quinta-feira, às 20h, haverá bate-papo com Érica Ribeiro, Maria Araujo e Kelson Succi. No dia 25 de agosto, sexta-feira, às 15h, "Imalè Inú Ìyágbà".


Serviço
Espetáculo "Cuidado com Neguin". Com Kelson Succi. 60 minutos. Após a sessão de 17 de agosto, haverá bate-papo com Érica Ribeiro, Maria Araujo e Kelson Succi. Dias 16 e 17 de agosto. Quarta e quinta, às 20h. Ingressos a R$ 30,00, R$ 15,00 e R$ 10,00. No Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119, Bela Vista/São Paulo. Metrô: Brigadeiro (250 m) e Paraíso (750 m). Telefone: (11) 3170-0800. Programação completa em sescsp.org.br/palcogiratorio.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

.: Crítica: "A Era de Ouro", vai além dos altos e baixos de uma gravadora

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2023

Um rico registro da história da música em formato de filme. Eis "A Era de Ouro", longa que entrega muito de modo extremamente agradável, levando o público para uma pista de dança nos cinemas. Em algum ponto do filme é fácil se pegar cantando algum sucesso.

Em cartaz no Cineflix Cinemas, a produção roteirizada e dirigida por Timothy Scott Bogart, apresenta a história de amor de Neil Bogart pela música, fundador da gravadora Casablanca Records. Desde a vida pessoal até às jogadas arriscadas para chegar a formar uma gravadora de sucesso.


Ambientado na década de 1970, o filme resgata a história não somente do executivo de mente criativa nascido no Brooklin, mas também de grandes artistas da música, seja Gladys Knight, Donna Summer ou a banda Kiss. Até mesmo a música "Beth", interpretada pelo Kiss, ganha contexto, assim como "Love To Love Baby", de Donna Summer.

O filme que soma 2h17 é, sem dúvida alguma, um presente para os ouvidos do público passando pela história de Parliament, Isley Brothers, Village People e Bill Withers. Com um toque do filme "Bohemian Rhapsody", "A Era de Ouro" vai além por trazer os altos e baixos da gravadora Casablanca que reescreveu a história da indústria fonográfica para sempre, enquanto passa pela história de seus artistas. Imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 



"A Era de Ouro" ("Spinning Gold")Ingressos on-line neste link
Gênero: musical, dramaClassificação: 16 anos. Duração: 1h30. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paris Filmes. Roteiro e direção: Timothy Scott Bogart. Elenco: Jeremy Jordan (II), Michelle Monaghan, Jay Pharoah. Sinopse: Neil Bogart funda a gravadora Casablanca Records na década de 1970 e assina com grandes artistas como Donna Summer, Parliament, Gladys Knight, Isley Brothers, Village People, Bill Withers e Kiss. Com uma equipe de jovens e entusiasmados amantes da música, a Casablanca reescreve a história e muda a indústria fonográfica para sempre.

Trailer de "A Era de Ouro"


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.: Book.ster, Pedro Pacífico lança "Trinta Segundos sem Pensar no Medo" em SP


O advogado Pedro Pacífico se tornou um dos maiores influenciadores do meio literário brasileiro ao compartilhar no Instagram indicações de livros e autores, com o objetivo principal de incentivar a leitura. Com o lançamento de seu livro de memórias "Trinta Segundos sem Pensar no Medo", o autor e produtor de conteúdo explora sua relação com a literatura e o papel transformador que ela teve em sua vida, sobretudo na luta contra a sua sexualidade. Nesta quinta-feira, dia 17 de agosto, a partir das 19h, o autor receberá leitores e convidados em uma sessão de autógrafos na Livraria da Vila do shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

Como os livros podem nos ensinar sobre o mundo, as pessoas à nossa volta e sobre nós mesmos? Como eles são capazes de nos resgatar de momentos difíceis? Ao combinar memórias pessoais e reflexões sobre literatura, Pedro Pacífico conta como os livros tiveram papel crucial na construção de sua identidade. Referência entre os perfis literários no Instagram, com quase meio milhão de seguidores, Pedro, conhecido também como Book.ster, demonstra ainda como o hábito de leitura é uma boa ferramenta para lidar com a ansiedade e a nossa dependência pouco saudável da internet.

De um jeito honesto e direto, o autor compartilha experiências e curiosidades sobre sua vida. Sua trajetória desde criança, seus primeiros passos como leitor, o processo de criação do perfil nas redes sociais, sua relação com a família e os amigos. Além disso, Pedro revela em detalhes como as pressões para que se enquadrasse em um modelo de vida que não lhe cabia acabaram desencadeando um quadro de sofrimento e ansiedade, posteriormente aplacado, entre outros cuidados, pela literatura e pelo exercício de alteridade que ela proporciona. 

Contador de histórias nato, ele entremeia relatos de como conseguiu se sentir mais confortável com sua sexualidade com observações perspicazes sobre algumas das obras com as quais teve contato ao longo desse caminho. De Gabriel García Márquez a Lemony Snicket, oferece opiniões e indicações literárias, mostra como a literatura pode e deve ser acessível a todos e dá dicas de como torná-la um hábito prazeroso

Com várias referências a clássicos e textos contemporâneos, "Trinta Segundos sem Pensar no Medo" exemplifica como a parceria entre os livros e as redes sociais pode ser enriquecedora. Com um relato franco e direto, Pedro Pacífico demonstra como a literatura nos ajuda a entender o mundo, e também quem gostaríamos de ser. Compre o livro "Trinta Segundos sem Pensar no Medo", de Pedro Pacífico, neste link. 



O que disseram sobre o livro
“Com uma narrativa envolvente, Pedro Pacífico fala de si enquanto ouvimos um pouco sobre todos nós e o mundo que precisamos mudar. Vemos um menino acuado em sua sexualidade se transformar em um homem potente na reescrita da própria história. Trinta segundos sem pensar no medo é uma travessia corajosa de mãos dadas com a literatura, essa incansável ‘reiniciadora’ de universos.” - Carla Madeira, autora best-seller de "Tudo é Rio"

“Este livro é belíssimo: delicado e certeiro, didático e despretensioso, prazeroso e intenso, muitíssimo bem escrito e inteligente. É uma estreia maravilhosa de um autor que já era um dos mais maravilhosos leitores.” Valter Hugo Mãe


Sobre o autor
Pedro Pacífico nasceu em São Paulo, onde atua como advogado, com formação pela USP e mestrado pela New York University. Além disso, também é conhecido por Bookster, em virtude de seu trabalho de incentivo à leitura nas redes sociais (@book.ster), onde é diariamente acompanhado por milhares de leitores. Comanda o podcast “Daria um livro”, em que a cada episódio recebe um entrevistado para falar sobre leitura. "Trinta Segundos sem Pensar no Medo" é seu primeiro livro. Foto: Renato Parada. Garanta o seu exemplar de "Trinta Segundos sem Pensar no Medo", escrito por Pedro Pacífico, neste link.

.: Lançamento de "Um Feixe de Rúculas" resgata obra da poeta Marly de Oliveira


Após 16 anos da morte da poeta Marly de Oliveira (1935-2007), representante da terceira geração modernista, o leitor brasileiro poderá conhecer mais de sua produção, agora reunida em "Um Feixe de Rúculas", livro inédito deixado pela autora, organizado por Cecília Scharlach e publicado pela editora Unesp.

A obra, que revela poemas excepcionais, conta com o último texto escrito por Nélida Piñon, pouco antes de viajar para Portugal, onde veio a falecer - um testemunho de seu convívio com Marly de Oliveira, Clarice Lispector e Cecília Meirelles. Um ensaio erudito de Alberto da Costa e Silva insere e analisa a poesia de Marly de Oliveira ao lado dos grandes de seu tempo. A organizadora descreve as condições em que este livro se fez, com a contribuição de muitos, ao longo de 15 anos.

“Era uma escritora única, mas o Brasil foi ingrato com ela. Marly, porém, resignou-se ante essa implacável indiferença. Seu coração, afinado com nossas precariedades, sabia bem interpretar nossos dissabores, de que matéria fomos forjados. [...] Tornou-se uma erudita. Uma filha de Vico e de Dante”, afirmou Nélida Piñon e o provam os poemas em italiano, apresentados por Ungaretti em uma emissão da RAI, nos anos 1960, e pela primeira vez publicados em versão bilíngue neste livro.

“Há poetas que se confessam. Como Antonio Nobre. Como Drummond. Como Robert Lowell. Poetas em que são frequentes as alusões a terras, pessoas, leituras, acontecimentos e experiências do presente e do passado. [...] Ninguém escreve fora da vida. E há quem escreva, como Marly de Oliveira, sobre sua vida. Sem disfarces”, afirmou o o poeta, ensaísta, diplomata e grande historiador da África, Alberto da Costa e Silva, 

Cecilia Scharlach anota que sua última antologia foi organizada em 1997, por João Cabral de Melo Neto, que identifica em Marly a capacidade de “construir tanto o poema longo, como o poema curto, sempre mantendo alto nível intelectual, nunca aquela penúria verbal de que se queixava José Guilherme Merquior nos poetas mais jovens de hoje”. Compre o livro "Um Feixe de Rúculas", de Marly de Oliveira, neste link. 


Sobre a autora
A poeta brasileira Marly de Oliveira nasceu em 11 de junho de 1935, em Cachoeiro de Itapemirim (ES) e faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de junho de 2007. Sua poesia filia-se à terceira geração do Modernismo. Foi também professora universitária de língua e literatura italiana, assim como de literatura hispano-americana. Foi casada com o diplomata Lauro Moreira, com quem teve duas filhas, e mais tarde com o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem organizou a obra completa, em 1994, para a Nova Aguilar.

Estreou ainda muito jovem, recém-saída da Universidade, com o livro Cerco da Primavera, vencedor do Prêmio Alphonsus de Guimaraens, do Instituto Nacional do Livro, e saudado com entusiasmo por críticos como Alceu Amoroso Lima e Antônio Houaiss, e poetas como Manuel Bandeira, Cecília Meireles e o italiano Giuseppe Ungaretti.

Com o passar dos anos, embora tendo publicado quinze novos livros e recebido vários outras destacadas distinções, como o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, a obra de Marly de Oliveira foi cedendo lugar junto à midia e ao público leitor.

Escrevendo sobre ela em 1989, Antônio Houaiss lamentava que, em vista das sérias deficiências no ensino da língua portuguesa no Brasil, poucos seriam os leitores que saberiam situar-se nesses seus escritos. Mas arrematava convicto que “tempos virão em que isso se alcançará. E Marly de Oliveira – poeta por ora de poetas – será poeta de todos nós, que a leremos emocionados e gratos pela coragem e beleza que esparziu no nosso mundo”. Foto: acervo pessoal. Garanta o seu exemplar de "Um Feixe de Rúculas", escrito por Marly de Oliveira, neste link.

.: Nina Ernst apresenta show inédito Luz Escura no Teatro do Sesc Santos


Cantora e atriz berlinense se apresenta em Santos com o show “Luz Escura”, o espetáculo acontece dia 19 de agosto, às 20h, no palco do Teatro do Sesc, antes a artista passa pelas unidades 24 de maio (dia 17) e Jundiaí (dia 18). Foto: acervo pessoal 


Foi o início de uma nova era, mais sombria, a calmaria da pandemia, a guerra na Europa que inspirou a cantora Nina Ernst a escrever às próprias canções. O show "Luz Escura" é um encontro da melancolia alemã com a música brasileira de vários compositores (Caymmi, Jobim, dentre outros), que tocaram o coração de Nina e com a qual ela agora quer tocar o coração do público. 

O show com músicas inéditas do novo álbum entra em circulação pelo Sesc e passa primeiramente pelas unidades 24 de maio e Jundiaí, 18 e 19 de agosto, respectivamente. Para a apresentação no Teatro do Sesc Santos, dia 19 de agosto, a partir das 20h, Nina estará acompanhada por músicos renomados: Tiago Costa (piano), Teco Cardoso (sopro) e Gabriel Alvico (violoncelo).

Nina Ernst - "Dunkles Licht" (Luz Escura)
A cantora e atriz berlinense Nina Ernst achou que a Alemanha era muito sombria. Por isso, ela foi para o Brasil e fez uma carreira incrível lá. Seu álbum "Nina Ernst canta Jobim" (gravadora: Fina Flor), gravado na pátria da bossa nova, foi elogiado em alto tom pelos especialistas locais, em vez de ser considerado pretensioso. Seguiram-se várias turnês bem-sucedidas pelo país tropical, durante as quais ela combinou tradições musicais brasileiras com clássicos do pop alemão de diferentes épocas em vários shows.

Mas então veio a pandemia, o grande desacelerador. Onde antes o mundo inteiro era colorido, solúvel em luz, solúvel em sol, solúvel em verão, de repente se estendeu uma escuridão infinita e aparentemente sinistra. Mas Nina Ernst, como conhecedora do multicolorido e brilhante sol brasileiro, há muito tempo aprecia a cor da escuridão. Sem escuridão, não há luz, não há cores. Luz e escuridão não são a mesma coisa e, ainda assim, não se excluem. 

Essa é a ambivalência do crepúsculo agridoce. E como alguém tem que defender a escuridão no brilho das cores, Nina Ernst usa a fase de silêncio para compor novas músicas com suas próprias letras em torno dessa reconfortante percepção. Sacudidas diretamente da alma, elas apresentam uma visão misteriosamente poética e melancolicamente bela, mas também bem-humorada e alegremente irônica do mundo.

E sim, também sobre o amor, é claro. O amor é, no mínimo, tão ambivalente quanto a escuridão. Musicalmente, as chansons em alemão contêm vários elementos de jazz, sons orientais e música clássica. E como a ambivalência brasileira da "saudade", ou seja, esse desejo insaciável pelo ausente, capta muito bem o clima de muitas de suas canções, Nina Ernst também interpreta com genialmente duas belas canções de sua colega cantora brasileira Mônica Salmaso, escritas pelos compositores Nelson Ayres e André Mehmari/Thiago Torres da Silva.

A música que dá título ao álbum "Dunkles Licht" (luz escura) soa quase alegre com o piano brilhante tocado por seu co-compositor Tino Derado, que arranjou as músicas, que alternam entre a reflexão, a saudade e as piscadelas alegres, e as gravou com outros músicos de jazz de primeira classe. Nina Ernst mostra que somente a luz escura faz as cores brilharem. Até mesmo o mar está em seu ponto mais azul quando o céu já está estrondosamente negro, mas o sol ainda brilha na água por uma fresta. De certa forma, "Dunkles Licht" (luz escura) captura esse fenômeno em texto e som. E essa é uma perspectiva muito animadora.


Serviço:
Nina Ernst no show "Luz Escura". Dia 19 de agosto de 2023. Sábado, 20h. Abertura da casa: 19h. Local: Teatro Sesc Santos. Endereço: rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida/Santos. Classificação: livre. Duração: 90 minutos. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira). Venda on-line no aplicativo Credencial Sesc SP ou portal do Sesc SP. 

Ficha técnica
Nina Ernst no show "Luz Escura". Vocal: Nina Ernst. Piano: Tiago Costa. Cello: Gabriel de Arruda Alvico. Sopro: Manoel Carlos Guerreiro Cardoso (Teco Cardoso). Rodie: Kebler Morini (Lirinha ) e Luis Carlos Da Silva Araujo. Técnico de som: Adonias Farias de Souza Jr. Técnico de luz: Silvestre Junior.  Produção executiva: Eliza Gabriela Dutra da Costa. Direção de produção: Iris Fatima Cavalcanti.

Venda de ingressos 
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:  on-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:  às terças-feiras, a partir das 17h. Presencialmente, nas bilheterias das unidades: às quartas-feiras, a partir das 17h.  


Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

.: Wagner Tiso é o convidado da edição do programa "Notas Contemporâneas"


Público pode participar com perguntas durante o evento, que acontece no dia 16 de agosto, às 20h, no Auditório MIS, com entrada gratuita


Em agosto, o "Notas Contemporâneas", programa mensal do MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo recebe o músico mineiro Wagner Tiso. Ele participa de um bate-papo sobre sua carreira mediado pelo apresentador Zeca Camargo, no dia 16, quarta-feira, às 20h, com entrada gratuita.

Durante a conversa, a Banda MIS interpreta, no palco, os principais trabalhos de Wagner Tiso, grande parceiro de Milton Nascimento e um dos fundadores do grupo Clube da Esquina. Wagner também já foi diretor musical, compondo trilhas sonoras para filmes como “A Lira do Delírio”, “A Ostra e o Vento” e “Chico Rei”, de Walter Lima Júnior, e “O Guarani”, dirigido por Norma Bengell. Na TV, também realizou trabalhos musicais marcantes, como na composição da trilha sonora da novela “Dona Beija” (TV Manchete) e nas minisséries “O Primo Basílio” e “O Sorriso do Lagarto”.


Sobre o programa
O Notas Contemporâneas se divide em duas etapas: a primeira é conduzida pela historiadora Rosana Caramaschi, que registra, em estúdio, um depoimento que irá integrar o acervo do MIS. A segunda etapa acontece ao vivo e com presença de plateia, no palco do Auditório MIS, com mediação do jornalista Zeca Camargo e a presença da Banda MIS por Gama Musical, com direção musical de Yan Montenegro (que cria releituras inéditas e exclusivas dos maiores sucessos da personalidade homenageada). A entrada é livre, e o público pode participar fazendo perguntas, que passam a integrar o roteiro da noite.


Sobre o convidado
Wagner Tiso Veiga é músico, arranjador, regente, pianista e compositor nascido na cidade mineira de Três Pontas, em 12 de dezembro de 1945. Na década de 1960, Tiso participou dos grupos Sambacana, os conjuntos de Edison Machado e Paulo Moura, e Berimbau Trio. Foi um dos fundadores do Clube da Esquina - um dos maiores movimentos musicais do país - em que Tiso tocou órgão, piano, e arranjou músicas. Ao lado do cantor e compositor Milton Nascimento - que conheceu ainda criança, em Três Pontas -, fez os estudos do acordeom e suas primeiras descobertas musicais. Em 1958, Wagner Tiso iniciou sua carreira no grupo W’s Boys, um conjunto que animaria os bailes da sua cidade, acompanhando Milton Nascimento (que na época se apresentava como Milton).

Em 1969, fez o arranjo e compôs "Matança do Porco", para a trilha sonora de "Os Deuses e os Mortos", filme de Ruy Guerra, que representou o Brasil no Festival Internacional de Berlim. Além dele, mais de 30 filmes receberam suas trilhas, como o documentário "Jango" (1989), de Silvio Tendler - em que o tema do filme foi letrado por Milton Nascimento e se transformou na música "Coração de Estudante" e no hino do Movimento das Diretas Já.

Ele agora volta a repetir a parceria com Silvio Tendler: Wagner foi recém convidado pelo cineasta para fazer a trilha sonora do filme sobre a vida do governador Leonel Brizola, cuja previsão de lançamento será em 2023. Wagner também atuou nos filmes "Chico Rei" (1984), "O Boto" (1987) e "A Ostra e o Vento" (1997), de Walter Lima Júnior, e "O Guarani" (1995), de Norma Bengell.

Na década de 1970, criou a banda de rock progressivo, Som Imaginário, juntamente com Robertinho Silva, Tavito, Luis Alves, Laudir de Oliveira e Zé Rodrix, tocando nos shows e gravações de Milton Nascimento. Em 1972, arranjou e orquestrou os discos "Clube da Esquina" e "O Milagre dos Peixes", de Milton. Foi eleito, pela crítica especializada, o Melhor Arranjador de 1974 e de 1975. Em 1977, ele iniciou sua carreira solo e gravou seu primeiro disco solo, Wagner Tiso, com composições próprias, além de duas músicas em parceria com Nivaldo Ornellas, e vocais de Milton Nascimento.


Sobre Zeca Camargo
Jornalista, escritor, palestrante e apresentador de televisão, Zeca Camargo tem longa trajetória na tevê e nos principais jornais do país. Sua carreira é marcada por entrevistas com ícones da música nacional e internacional. No livro “De A-HÁ a U2”, ele revela bastidores de seus encontros com nomes como Madonna, Lady Gaga, Cazuza, Paul McCartney e muitos outros.

Como apresentador, Zeca esteve à frente dos programas "Fantástico" e "É de Casa", da Rede Globo, e MTV no ar, do canal MTV Brasil. Na atualidade assina uma coluna do caderno de Turismo da Folha de S.Paulo, é colaborador do jornal e do canal de notícias Globo News. Atua ainda como diretor artístico da TV Bandeirantes e apresenta os programas 1001 Perguntas, no ar de segunda a sexta na emissora, e o Comer é Viajar, exibido no Canal Sabor & Arte.


Sobre a banda
A Banda MIS é um grupo de formação variável, composta por membros do grupo Gama Musical, que nasceu com o intuito de homenagear os convidados do programa Notas Contemporâneas, sempre trazendo releituras de clássicos de seu repertório, originais e inéditas, executadas ao vivo. A adaptação das canções, arranjos e direção musical ficam a cargo do pianista Yan Montenegro, e os músicos da banda são pensados de acordo com cada artista convidado.

Sobre a pesquisadora e entrevistadora (em estúdio)
Rosana Caramaschi é historiadora com especialização em arte, crítica e curadoria. Possui larga experiência em música e artes cênicas, com ênfase em ópera. No segmento musical, destaque para atividades ligadas à música erudita e popular, onde realiza pesquisas e curadorias diversas. Desde a primeira edição do Notas Contemporânea, em 2011, é responsável pela pesquisa, desenvolvimento de roteiro e condução do depoimento conforme ferramentas da história oral.

O Núcleo de música do MIS tem como Patrono o Goldman Sachs. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O MIS tem como mantenedoras as empresas Youse e B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group e Telium.


Serviço
"Notas Contemporâneas" | Wagner Tiso
Auditório MIS (172 lugares) | Museu da Imagem e do Som: av Europa, 158 – Jd Europa – São Paulo/SP. Quarta-feira, 16 de agosto, às 20h . Ingresso: gratuito – retirada na bilheteria com 1h de antecedência.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

.: Camila Morgado em nova montagem de "A Falecida", de Nelson Rodrigues


Espetáculo ainda traz no elenco Thelmo Fernandes, Stela Freitas, Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Thiago Marinho e Alan Ribeiro. Foto:  Victor Hugo Cecatto

Escrito há exatos 70 anos, o clássico teatral "A Falecida", de Nelson Rodrigues (1912-1980), ganha uma nova montagem dirigida e idealizada por Sergio Módena e protagonizada por Camila Morgado, que volta ao teatro depois de um hiato de 11 anos distante dos palcos. O espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Sesc Santo Amaro, onde segue em cartaz até 1º de outubro, com apresentações às sextas, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h.

"Eu e Camila somos apaixonados por esse texto e pelo legado de Nelson Rodrigues. E ela é uma atriz 'rodrigueana' por excelência, assim como o Thelmo Fernandes. Esta montagem marca a minha primeira direção de uma obra dele. Estamos criando uma encenação atemporal para a peça, que, originalmente, foi escrita em 1953 e se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. Mas Nelson vai além da crônica carioca. Ele radiografa a miséria da alma humana, presente nos mais diversos lugares e épocas”, comenta o diretor sobre a idealização do projeto.

Protagonizando o espetáculo ao lado de Camila Morgado está Thelmo Fernandes, com uma vasta experiência em torno da obra do autor. A montagem conta ainda com Stela Freitas como atriz convidada. E também os atores  Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Thiago Marinho  e Alan Ribeiro. Classificada pelo saudoso crítico teatral Sábato Magaldi como uma das Tragédias Cariocas de Nelson Rodrigues, "A Falecida" narra o plano da tuberculosa e frustrada Zulmira, que sonha em ter um enterro cheio de luxo e pompa. Dessa forma, ela causaria inveja em sua prima e vizinha Glorinha, com quem nem fala mais e tem uma relação inexplicável de competição. 

Um pouco antes de morrer, Zulmira pede para seu marido Tuninho, que está desempregado e gasta todo o dinheiro com apostas, procurar o milionário Pimentel. Ela quer que o empresário pague para ela um enterro de 35 mil contos - o que beira o absurdo, uma vez que, na época, os funerais custavam menos de um conto. 

Logo depois da morte de Zulmira, ainda sem saber como ela conheceu Pimentel, Tuninho vai à mansão dele descobre que o rico empresário e sua esposa eram amantes. O marido traído ameaça contar tudo para um jornal inimigo de Pimentel e consegue arrancar dele uma pequena fortuna. Tuninho, então, dá à Zulmira um enterro “de cachorro” e aposta todo o resto do dinheiro.

Mesmo tendo sido escrita nos anos 1950, "A Falecida" “revela sua força e atualidade num país ainda regido pela falsa moralidade e hipocrisia. Nos dias de hoje o fanatismo religioso abordado por Nelson Rodrigues tornou-se ainda mais significativo em nosso país. A personagem Zulmira traiu o marido e, por esse motivo, ela é consumida pela culpa. Seu desejo por um velório luxuoso é sua maneira de se vingar de um mundo que não lhe oferece possibilidade de transformação. A morte torna-se sua redenção. Desse modo, o autor nos coloca um dilema: Poderá um enterro de luxo compensar uma vida de desilusões?”, indaga o diretor.

Segundo o diretor, a encenação propõe uma estética  atemporal. No cenário de André Cortez, um grande mausoléu (um signo da ostentação social em meio aos mortos) é o espaço por onde os diversos planos de ação irão ocorrer. Os figurinos de Marcelo Olinto não buscam a reprodução histórica da década de 50. Ao contrário, parecem apenas  evocar  um tempo passado, atravessando diversas épocas.  A  trilha sonora, composta por Marcelo H, explora o conflito entre o sagrado e o profano. 

“Quando Zulmira se sente culpada, ela busca se afastar do profano, sendo constantemente atormentada por essa ideia. A trilha sonora percorreu diversos estilos, combinando desde obras de Dalva de Oliveira até samba. Essa mescla de estilos é uma característica marcante de Nelson Rodrigues, que inseria elementos cômicos em suas tragédias. O humor peculiar de Nelson está presente em nossa montagem, mesmo diante da trágica história de Zulmira”, acrescenta Módena. Compre o livro da peça "A Falecida", escrito por Nelson Rodrigues, neste link.


Sobre o autor da peça
Nelson Rodrigues foi jornalista, cronista, romancista e um dos maiores dramaturgos brasileiros. Nascido no Recife, Pernambuco, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. 

Sua primeira peça foi "A Mulher sem Pecado", que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com "Vestido de Noiva", que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século vinte. 

Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Grandes atores e encenadores continuam a revisitar suas obras, visto que esta parece jamais se esgotar e permanece relevante ainda hoje. Nelson morreu no rio de janeiro no ano de 1980, deixando um legado literário reconhecido internacionalmente. Garanta o seu exemplar do livro da peça "A Falecida", escrito por Nelson Rodrigues, neste link.

Sobre Sergio Módena
Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp é também formado pela École Philipe Gaulier em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama. Seus trabalhos mais recentes como diretor são “Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene O’Neill, “As Cangaceiras Guerreiras do Sertão” (de Newton Moreno), “Diários do Abismo” (com Maria Padilha) e “O Musical da Bossa Nova” (Aventura Entretenimentos) “Os Vilões de Shakespeare”, de Steven Bercoff (com Marcelo Serrado), “Estes Fantasmas!” de Eduardo De Filippo, “Esse Vazio”, de Juan Pablo Gomez, “Como Me Tornei Estúpido”, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski, "O Último Lutador”, de Marcos Nauer e Tereza Frota, “Janis”, de Diogo Liberano, “Ricardo III” de William Shakespeare, “A Arte da Comédia”, de Eduardo De Filippo, “Politicamente Incorretos”, “Forró Miudinho” “Bossa Novinha- A Festa do Pijama” e “Sambinha”, musicais de Ana Velloso, “A Revista do Ano - O Olimpo Carioca”, de Tânia Brandão, “As Mimosas da Praça Tiradentes”, de Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche e o show “Paletó de Lamê – os grandes sucessos (dos outros)”. Seus espetáculos receberam mais de trinta indicações e treze prêmios nas principais premiações do Rio de Janeiro e São Paulo.

Ficha técnica
Espetáculo "A Falecida". Texto: Nelson Rodrigues. Direção: Sérgio Módena. Elenco: Camila Morgado, Thelmo Fernandes, Stela Freitas, Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Alan Ribeiro, Thiago Marinho. Direção Musical: Marcello H. Cenário: André Cortez. Iluminação: Renato Machado. Figurino: Marcelo Olinto. Preparação corporal: Laura Samy. Produção executiva: Ana Velloso, Vera Novello e Cacau Gondomar. Direção de produção: Lúdico Produções Artísticas. Programação visual e fotos: Victor Hugo Cecatto. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produtores associados: Camila Morgado, Sergio Módena e Lúdico Produções.


Serviço
Espetáculo "A Falecida". De 18 de agosto a 1º de outubro. Sextas, às 21h. Sábados, às 20h. Domingos, às 18h. Teatro. R$ 40,00; R$ 20,00;  R$ 12,00. 16 anos. Duração: 90 minutos. https://www.sescsp.org.br/programacao/a-falecida-2/ Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro/São Paulo. Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

.: Otavio Augusto comemora 60 anos de carreira com a peça "A Tropa" em SP


Comédia dramática que rodou o país e ganhou prêmios discute diferentes pontos de vista sobre o Brasil. Temporada vai de agosto a outubro no Teatro Vivo. Foto: Philipp Lavra e Isadora Relvas


Após sete temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, o ator Otavio Augusto traz a São Paulo a premiada "A Tropa" no Teatro Vivo. O espetáculo estreia em 31 de agosto e segue em cartaz até 8 de outubro, com sessões às quintas, sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Na peça, um pai doente recebe a visita de seus quatros filhos no hospital. 

O que seria apenas um encontro familiar se revela um acerto de contas, permeado de humor e revelações, tendo como pano de fundo os últimos 50 anos de história brasileira. O elenco tem ainda Alexandre Menezes, Daniel Marano, Alexandre Galindo e André Rosa, com direção de Cesar Augusto e texto de Gustavo Pinheiro, vencedor do concurso Seleção Brasil em Cena, do CCBB, em 2015.

Os filhos, muito distintos entre si, formam um mosaico da sociedade brasileira: um dentista militar aposentado que mora com o pai; um jovem usuário de drogas com passagens por clínicas de reabilitação; um empresário casado, pai de duas filhas, que trabalha numa empreiteira sob investigação por corrupção; e um jornalista que acaba de pedir demissão e passa por uma crise com a profissão. Os cinco vivenciam enfermidades ideológicas, sociais, afetivas e familiares. E seus embates e descobertas servem para discutir diferenças e tolerância - um tema cada vez mais atual. 

Em cartaz desde 2016, “A Tropa” faz uma leitura perspicaz, sensível, ácida e bem humorada da sociedade brasileira. “Estreamos no governo Dilma, atravessamos em cena o impeachment dela, o governo Temer, o governo Bolsonaro e agora estamos de volta a um governo de esquerda, com Lula. Não mexemos em uma vírgula do texto e ele se mantém mais atual do que nunca. É interessante e perturbador ao mesmo tempo”, afirma o autor. Compre o livro da peça teatral "A Tropa", escrito por Gustavo Pinheiro, neste link.


60 anos de carreira
"A Tropa" marca as comemorações pelos 60 anos de carreira de Otavio Augusto. Ele interpreta um ex-militar viúvo e autoritário que, no leito de hospital, vê as relações veladas da família serem descortinadas. 

“Tenho três famílias teatrais fundamentais: a primeira foi no começo da minha carreira, no Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso, Renato Borghi, Itala Nandi, Othon Bastos, Miriam Mehler, fazendo espetáculos fantásticos, como 'Pequenos Burgueses' (1963), 'Os Inimigos' (1966), 'O Rei da Vela' (1967), 'Galileu Galilei' (1968) e 'Na Selva das Cidades' (1969). O segundo grande encontro teatral da minha vida foi com Fernanda (Montenegro) e Fernando (Torres), meus queridos amigos e parceiros de cena em grandes sucessos como 'O Interrogatório' (1972), 'O Amante de Madame Vidal' (1973) e 'Suburbano Coração' (1989). E o terceiro encontro vivo desde 2016, com essa verdadeira família afetiva que se formou em torno de 'A Tropa'. Sou muito feliz fazendo esse espetáculo com estes companheiros”, afirma o ator, agraciado, em junho deste ano, com o Prêmio APTR pelo conjunto da sua carreira teatral. Em sua carreira, Otavio coleciona importantes prêmios como Kikito, Prêmio Shell e nada menos do que cinco Prêmios APCA.

Zé Celso reconheceu o talento e a sensibilidade do ator muito antes de sua estreia nas peças do Teatro Oficina. “Num dia, apareceu na minha frente um sujeito que atuava com espontaneidade, humor, emoção. Um ator feito, que nasceu com a vocação. Era Otavio Augusto", escreveu o dramaturgo na orelha do livro da peça, publicado em 2018 pela Editora Cobogó - compre neste link. “É um ator verdadeiro, completo: é trágico, cômico, tesudo, antropofágico, e faz parte de uma linhagem rara de atuação brasileira", complementou.

Otavio Augusto também marcou gerações com personagens inesquecíveis na televisão, nos sucessos “Vamp”, “Tieta” e “Avenida Brasil”, e no cinema, com os filmes “Central do Brasil”, “Boleiros”, “Mar de Rosas” e no mais recente “Eduardo e Mônica”.


Ficha técnica
Espetáculo "A Tropa". Texto: Gustavo Pinheiro | Direção: Cesar Augusto | Elenco: Otavio Augusto (pai), Alexandre Menezes (Humberto), Daniel Marano (João Baptista), Alexandre Galindo (Arthur) e André Rosa (Ernesto) | Stand-in: Daniel Villas / Gabriel Albuquerque | Cenografia: Bia Junqueira. Iluminação: Adriana Ortiz | Figurinos: Ticiana Passos | Operação de Luz: Clara Caramez I Operação de Som: May Manão I Assistente de Interpretação: Mariana Barioni I Cenotécnico: Jorge Luiz Alves I Fotos: Philipp Lavra e Isadora Relvas, Elisa Mendes, Pablo Henriques e Fernandovisky | Registro videográfico: Tiago Scorza | Assessoria de Comunicação: Adriana Balsanelli | Assessoria de Marketing Cultural e Gestão de Mídia: R+Marketing I Assistência de Produção: Ana Queiroz e Cristina Mullins I Produção Executiva: André Roman e Daniel Marano | Direção de Produção: Alexandre Galindo e João Bernardo Caldeira | Realização: AR Produções & Gênese Produções. Garanta o seu exemplar do livro da peça teatral "A Tropa", escrito por Gustavo Pinheiro, neste link.


Vivo Valoriza
Clientes Vivo Valoriza têm 50% de desconto na compra de até dois ingressos. Para isso, basta fazer o resgate do voucher acessando o app Vivo > Vivo Valoriza > Cultura e depois apresentar o voucher na bilheteria do teatro. Quem preferir fazer a compra online, pode acessar o site da Sympla, na opção “Vivo Valoriza” e apresentar o voucher na entrada do teatro.


Serviço
Espetáculo "A Tropa". Teatro Vivo. Av. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro/São Paulo. Temporada: de 31 de agosto a 8 de outubro - Quintas, sextas e sábados, às 20h. Domingos às 18h. Novo telefone da bilheteria: (11) 3430-1524 Ingressos: R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia). Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 80 minutos. Vendas no site: www.sympla.com.br.

.: Cineflix abre pré-venda para a estreia de "Besouro Azul"


Os ingressos para a primeira semana de “Besouro Azul” na rede Cineflix Cinemas já estão à venda. O filme é protagonizado por Xolo Maridueña, no papel do super-herói, e pela atriz brasileira Bruna Marquezine, que se consagra como a primeira protagonista latina de um filme da DC Comics, na pele de Jenny Kord. A superprodução tem lançamento marcado para o dia 17 de agosto.

No filme “Besouro Azul”, o adolescente mexicano Jaime Reyes ganha super poderes e uma armadura após entrar em contato com o Escaravelho, um artefato alienígena. Porém, a empresária Victoria Kord, interpretada por Susan Sarandon, tem grande interesse no item e vai fazer de tudo para tê-lo em mãos. Para enfrentar os desafios e proteger seus poderes, o herói contará com a ajuda de Jenny Kord, sobrinha da vilã. O filme é dirigido por Angel Manuel Soto e é baseado nos quadrinhos da DC Comics. 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


.: Sesc Santos recebe adaptação de obra premiada "O Avesso da Pele"


A diretora da peça Beatriz Barros participa de curso que discute a linguagem híbrida entre as artes da cena e a literatura, nos dias 24 e 25 de agosto. Inscrições para a atividade abrem na próxima terça, dia 15 de agosto. Imagem do espetáculo "O Avesso da Pele". Foto: Helt Rodrigues 


Nesta terça-feira, dia 15 de agosto, abrem as inscrições para o curso "Processos de Criação Teatral: da Literatura para a Cena" com Beatriz Barros, diretora do espetáculo "O Avesso da Pele". O curso parte dos dispositivos de transposição da literatura para dramaturgia utilizados na criação do espetáculo, abordando na prática e em uma perspectiva teórica exercícios de criação a partir de obras literárias trazidas pelos participantes. 

Estrutura do roteiro, acontecimentos chaves, pilares fundamentais de construção narrativa e também outros elementos importantes para a concepção de uma obra literária serão o ponto de partida para pesquisar coletivamente as inúmeras possibilidades existentes para conceber saltos estéticos de um texto literário para a cena. 

Para professores da rede pública, artistas das artes da cena, estudantes, qualquer pesquisador interessado na linguagem híbrida entre as artes da cena e a literatura. Dias 24 e 25 de agosto. Quinta e sexta-feira, das 18h30 às 21h30. Auditório. 18 anos. Valores de R$ 6,00 a R$ 20,00. Inscrições a partir de terça-feira, dia 15 de agosto, em centralrelacionamento e no aplicativo Credencial Sesc SP. Compre o livro "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, neste link.


Espetáculo "O Avesso da Pele" 
Montagem teatral oficial do premiado romance escrito por Jeferson Tenório (prêmio Jabuti 2021). A história é narrada por Pedro. Seu pai, Henrique, é um professor de literatura da rede pública de ensino que sofre uma desastrosa abordagem policial, sendo assassinado voltando para casa depois de uma das melhores aulas da sua vida.

A partir dessa morte, Pedro decide resgatar o passado da família. A única apresentação em Santos será neste sábado, dia 26 de agosto, às 20h, no Teatro do Sesc Santos. A peça é idealizada pelo Coletivo Ocutá, com direção de Beatriz Barros e elenco composto por Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto. "O Avesso da Pele" se passa em Porto Alegre, na década de 80, e conta a história de Pedro, filho de um professor de literatura assassinado em uma desastrosa abordagem policial. 

Após este episódio, ele inicia uma investigação acerca de suas origens, o passado da sua família e a trajetória de seu pai, Henrique. Construindo assim, uma jornada que elucida, não só questões de paternidade preta em um país marcado pelo racismo, mas também os caminhos que levam ao afeto e à redenção. Com uma escrita potente e corajosa, em "O Avesso da Pele", o autor Jeferson Tenório marca seu lugar na literatura brasileira contemporânea, como um dos autores mais relevantes da atualidade.

"'O Avesso da Pele' não é um livro sobre o racismo e também não é um livro sobre a violência policial. Ele é antes de tudo uma reivindicação afetiva, que vai restituir a subjetividade perdida ou retirada em função do racismo e da violência. A questão central do livro é discutir as coisas que se perdem quando o Estado e a polícia agem dessa forma." Jeferson Tenório, em entrevista ao jornal Nexo.

Em 2020, os atores Vitor Britto, Marcos Oli, Bruno Rocha e Alexandre Ammano entraram em contato com o livro e convidaram a socióloga, atriz e diretora Beatriz Barros para dirigir a montagem e trazer um olhar feminino que fosse atento à cena teatral atual e às questões socioantropológicas que atravessam essa narrativa, com embasamento teórico. O elenco, composto por quatro atores negros com menos de 30 anos, se reconheceu na trama, como representantes de uma série de experiências ali descritas. Isso os aproximou da obra e do autor, Jeferson Tenório, que desde o início deu o aval para a montagem.

Em cena, os quatro atores se alternam entre os personagens, em um movimento em que todos serão pai e filho em algum momento. O cenário é o apartamento de Henrique, no qual Pedro, após o assassinato, observa os objetos ali presentes e os utiliza como ponto de partida na recuperação da história de seu pai. O que está em jogo é a vida de um homem abalado psicologicamente pelas inevitáveis fraturas existenciais da sua condição de um homem negro em um país racista. Garanta o seu exemplar de "O Avesso da Pele", escrito por Jeferson Tenório, neste link.

Ficha técnica 
Espetáculo "O Avesso da Pele". Duração: 80 minutos. Classificação: 14 anos. Realização: Coletivo Ocutá. Direção: Beatriz Barros. Assistência de direção: Vitor Britto. Elenco: Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto. Dramaturgia: Beatriz Barros e Vitor Britto. Direção musical: Felipe Oládélè. Preparação corporal e direção de movimento: Castilho. Concepção e criação do desenho de luz: Gabriele Souza. Figurino: Naya Violeta. Cenografia: Wanderlei Wagner. Operação de luz: Benedito Beatriz. Operação de som: DJ Akinn. Direção de produção: Jennifer Souza. Produção: Corpo Rastreado | Gabs Ambròzia. 


Serviço
Curso "Processos de Criação Teatral: da Literatura para a Cena", com Beatriz Barros.
Local: Auditório do Sesc Santos. Dias: 24 e 25 de agosto. Quinta e sexta, das 18h30 às 21h30. Inscrições de 15 a 23 de agosto em centralrelacionamento. Valores: R$ 6,00 (credencial plena), R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira), Classificação: 18 anos.

Espetáculo "O Avesso da Pele". Dia 26 de agosto. Sábado, às 20h. A partir de 14 anos. Teatro. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) / R$15,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) / R$ 10,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). Disponíveis online em sescsp/santos e aplicativo Credencial Sesc SP a partir de terça-feira, dia 15 de agosto, às 17h. Nas bilheterias, abertura da venda, dia 16 de agosto, às 17h. Capacidade:  765 lugares. Duração: 90 minutos. Classificação: 14 anos.


Venda de ingressos 
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:  on-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:  às terças-feiras, a partir das 17h. Presencialmente, nas bilheterias das unidades: às quartas-feiras, a partir das 17h.  


Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

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