quinta-feira, 27 de março de 2025

.: Cineflix Cinemas estreia "Mário de Andrade, o turista aprendiz" e mais três

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia hoje quatro produções nas telonas: o drama, documentário "Mário de Andrade, o turista aprendiz", a comédia dramática "Câncer com Ascendente em Virgem", o drama francês "Quando chega o outono" e o romance, fantasia "Parthenope: Os Amores de Nápoles".

Seguem em cartaz a aventura "Branca de Neve", o suspense "Máfia e Poder", o drama nacional "Vitória", com Fernanda Montenegro e a ficção científica "Mickey 17"

Programe-se, confira detalhes  e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Branca de Neve".


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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.: Xuxa revela ter alopecia e impulsiona debate sobre queda de cabelo feminina

Foto: Blad Meneghel

Doença pode ser tratada com transplantes capilares e terapias hormonais


A revelação de Xuxa de que sofre de alopecia androgenética e considera raspar a cabeça para evitar tratamentos constantes trouxe visibilidade a um problema que afeta milhões de mulheres. A queda capilar, muitas vezes associada ao envelhecimento masculino, também acontece para elas e pode ter diversas causas. Celebridades como Gretchen, Jada Pinkett Smith e Naomi Campbell já tornaram pública sua luta contra a doença, incentivando outras mulheres a buscar soluções.

A condição é mais comum do que parece. De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, cerca de 40% das mulheres irão apresentar algum grau de alopecia após a menopausa, devido às mudanças hormonais e predisposição genética. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que 5% das mulheres sofrem de calvície, um número que pode crescer com o aumento do estresse e alterações na saúde capilar.

Segundo Stanley Bittar, especialista em transplante capilar e CEO da Stanley's Hair, muitas pessoas ainda subestimam o impacto emocional da alopecia. “A perda de cabelo pode levar a um grande sofrimento psicológico, afetando a confiança e a autoimagem. Felizmente, avanços na medicina capilar permitem tratamentos cada vez mais eficazes, devolvendo os fios e a autoestima”, afirma.


O que causa a alopecia e quais são os tipos mais comuns

A alopecia androgenética é uma das formas mais frequentes de perda capilar e ocorre devido à sensibilidade dos folículos aos hormônios andrógenos. Com o tempo, os fios afinam até pararem de crescer. Esse tipo de alopecia tem forte influência genética e é irreversível sem tratamento adequado.

Além dela, há a alopecia areata, um distúrbio autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos capilares, causando falhas circulares no couro cabeludo. Em casos graves, pode evoluir para a perda total dos cabelos e pelos do corpo. Outras formas incluem alopecia cicatricial, causada por inflamação que destrói os folículos, e alopecia por tracionamento, comum em pessoas que usam penteados muito apertados.


Transplante capilar e novos tratamentos trazem esperança

Com os avanços tecnológicos, o transplante capilar se tornou uma solução viável para muitas mulheres com alopecia. A técnica FUE (Follicular Unit Extraction) é a mais moderna e permite a implantação individualizada dos fios, garantindo um aspecto natural.


Stanley Bittar explica que a tecnologia tem sido um divisor de águas para quem sofre com a perda capilar. “O transplante capilar evoluiu muito nos últimos anos. Hoje, conseguimos resultados altamente naturais e minimamente invasivos, permitindo que pacientes retomem sua rotina rapidamente”, destaca.

Além do transplante, terapias hormonais e medicamentos são indicados para retardar a progressão da alopecia. Existem pesquisas recentes que avançam no uso de PRP (plasma rico em plaquetas), que estimula o crescimento capilar por meio da aplicação de fatores de crescimento extraídos do sangue do próprio paciente.


Impacto emocional e a importância do acolhimento


A queda de cabelo pode afetar a saúde mental, levando a quadros de ansiedade e depressão. Para muitas mulheres, a calvície ainda carrega um forte estigma, tornando essencial o suporte psicológico e o acolhimento adequado.


A crescente discussão sobre alopecia, impulsionada por figuras públicas e ícones de beleza, como Xuxa e Naomi Campbell, tem ajudado a desmistificar a condição e ampliar o acesso à informação. Com mais opções de tratamento e uma maior aceitação social, quem enfrenta esse desafio pode encontrar caminhos para recuperar a confiança e a autoestima.


Stanley Bittar reforça a necessidade de um olhar mais amplo para o problema. “Não é apenas estética. A perda capilar mexe com a autoimagem e a relação social das pessoas. Por isso, além do tratamento físico, é fundamental um acompanhamento psicológico para lidar com as emoções envolvidas”, conclui.


 


Sobre Stanley Bittar


Stanley Bittar é empresário com mais de 20 anos de experiência em cirurgia plástica. Ele  é  médico graduado pela Universidad de Córdoba, mestre em medicina estética, doutor em cirurgia plástica reconstrutiva e estética, com especialização em Medicina da Família e Comunidade, Dermatologia, Nutrologia e Dermatologia. Palestrante renomado, sua trajetória é marcada por um espírito empreendedor indomável, que o levou a se tornar referência internacional em transplantes capilares.


Como CEO da Stanley’s Holding, Stanley lidera um grupo que atua em diversos setores, incluindo educação, saúde, beleza, bem-estar, tecnologia, investimento, fintechs e startups, todos integrados em um ecossistema completo com mais de 1.000 colaboradores. Também é fundador da Stanley’s Hair, rede de clínicas número 1 do mundo em transplante capilar. Seu grande sonho sempre foi democratizar o acesso ao transplante capilar no Brasil e no mundo, e assim tem feito. Para mais informações acesse o instagram @stanleybittar e www.stanleybittar.com 


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quarta-feira, 26 de março de 2025

.: A Feira do Livro anuncia primeira leva de autores convidados


Em sua quarta edição e de volta ao feriado de Corpus Christi, o festival literário paulistano levará ao Pacaembu destaques nacionais e internacionais da literatura, da poesia e da não ficção para debates gratuitos e encontros com o público. Mais novidades serão divulgadas nas próximas semanas. Foto: Filipe Redondo


A Feira do Livro, festival literário a céu aberto realizado pela Associação Quatro Cinco Um e pela Maré Produções, anuncia a sua primeira leva de autores confirmados para a sua quarta edição, que vai acontecer de 14 a 22 de junho, na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Criado em 2022 a partir de contribuições de editores e livreiros, o festival literário paulistano é realizado com apoio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, da Prefeitura de São Paulo, de patrocinadores como CCR e Itaú, de apoiadores como Pinheiro Neto Advogados, além de parceiros institucionais como o Museu do Futebol e dos mais de 150 expositores que se reunirão durante os nove dias de debates e atividades gratuitas em torno da cultura do livro. Segundo o editor Paulo Werneck e o arquiteto Álvaro Razuk, organizadores de A Feira do Livro, o retorno do evento ao feriadão de Corpus Christi promete “uma edição histórica” do festival. 

A programação oficial é realizada simultaneamente em dois pontos: o Palco da Praça, montado diante da fachada histórica do Estádio do Pacaembu, num espaço normalmente destinado ao estacionamento de carros, e no Auditório Armando Nogueira, que integra o Museu do Futebol, parceiro d’A Feira do Livro desde a primeira edição. Além dos dois palcos, que têm entrada gratuita, outros três espaços menores, espalhados por mais de 15 mil metros quadrados, abrigam a programação paralela, que é pautada pelos expositores: os Tablados Literários. Esses espaços terão sua programação divulgada no final do mês de abril.

Autoras e autores
Entre os 40 autores e autoras anunciados agora — número que corresponde a cerca de um quarto da lista final — estão destaques da literatura brasileira e internacional de diferentes gêneros literários, origens e sensibilidades. 

A Feira do Livro 2025 promete ser palco de grandes encontros entre o público e os mais queridos escritores de ficção e de não ficção, além de nomes referenciais da cultura brasileira. Estão na lista inicial de autores as romancistas Aline Bei, Amara Moira, Bia Bracher, Tati Bernardi e Veronica Stigger, os romancistas Edyr Augusto, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo Rubens Paiva e Oscar Nakasato, os cronistas Cidinha da Silva e Ricardo Terto, o contista Vinicius Portella, a filósofa Marilena Chaui, o médico e escritor Drauzio Varella, o ator e escritor Lázaro Ramos, o economista e filósofo Eduardo Giannetti — e até mesmo um defunto autor, Machado de Assis, cujo aniversário de nascimento será celebrado numa mesa com o crítico Hélio de Seixas Guimarães.

A poesia contemporânea brasileira será um dos principais eixos da curadoria, com a presença confirmada de nomes como Adriana Lisboa, Cuti, Leonardo Fróes, Laura Liuzzi, Paloma Vidal e Paulo Henriques Britto. A lista de nomes estrangeiros traz uma forte presença de autores portugueses, como a romancista Lídia Jorge, o escritor Afonso Cruz, a jornalista e romancista Alexandra Lucas Coelho e o historiador Fernando Rosas. Entre os autores de língua espanhola que estarão no festival literário paulistano estão a chilena Lina Meruane e o argentino Pedro Mairal. Dos Estados Unidos, vem a geógrafa Ruth Wilson Gilmore. Mais autores e autoras estrangeiros serão divulgados nas próximas semanas. 

Autores de livros de não-ficção que discutem temas da cultura e da sociedade brasileira a partir de obras influentes levarão para A Feira do Livro um panorama das ideias e debates urgentes para o país: a jornalista Aline Midlej e o empreendedor social Edu Lyra, autores de um livro sobre a inovação e o combate à pobreza; a maternidade e a vida em família, com a atriz e escritora Martha Nowill; a preservação do meio ambiente nas cidades e nos biomas brasileiros, com o botânico e paisagista Ricardo Cardim; a alimentação e a vida em comunidade, com a nutricionista Neide Rigo; as relações de gênero no ambiente profissional e na vida privada, com a advogada Mayra Cotta; o lugar das religiões no Brasil de hoje, com o teólogo Ronilso Pacheco; e a educação, com a educadora e romancista Lavínia Rocha e a psicanalista e romancista Elisama Santos. O pensamento indígena, destaque n’A Feira do Livro desde a primeira edição, será abordado este ano pelo escritor Yamaluí Kuikuro Mehinaku. 

Como ocorreu nas edições anteriores d’A Feira do Livro, a curadoria aposta na pluralidade de ideias, gerações e pontos de vista, buscando uma mistura entre perspectivas culturais, raciais, intelectuais, sociais e literárias. Segundo Werneck, a ideia é fornecer um apanhado do melhor da produção editorial brasileira na ficção, na poesia e na não ficção. “Sendo o festival literário de São Paulo, desde a primeira edição temos uma atenção à multiplicidade de vozes e também aos autores paulistanos. Este ano estamos felizes em anunciar a presença de um grupo representativo dos escritores que nasceram ou fizeram sua carreira na cidade, ou a representaram em seus livros.” Nativos ou adotivos, já foram anunciados na brigada paulistana d’A Feira os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Bia Bracher, Tati Bernardi, Oscar Nakasato, Marcelo Rubens Paiva, Ricardo Terto, Neide Rigo, Ricardo Cardim, Martha Nowill, Cidinha da Silva, Marilena Chaui e Amara Moira.


Bibliodiversidade e democracia
Em 2024, mais de 170 autores se apresentaram nos nove dias de festival, com um público auditado de 64 mil pessoas. Segundo os organizadores, a expectativa é que em 2025 esses números sejam superados com a inauguração de novos núcleos de programação e o retorno ao feriadão de Corpus Christi — o que não foi possível em 2024 em razão das obras na praça. Com o público extra que o feriadão deverá proporcionar, os organizadores estimam que A Feira do Livro poderá atrair até 110 mil pessoas durante os nove dias de atividades. “Teremos mais dias livres para o público fruir A Feira do Livro e esperamos um público recorde”, afirma Werneck. Nas próximas semanas a organização deverá divulgar mais nomes confirmados. 

Além de ficção e poesia, a programação final terá entre seus principais eixos os 40 anos da redemocratização no país. “Se em 2024 lembramos os 60 anos do Golpe de 1964, em 2025 vamos celebrar o retorno da democracia, que teve na mesma praça Charles Miller um de seus palcos mais importantes”, diz Werneck. “A Feira do Livro chega em sua 4ª edição com enorme adesão do público, imprensa e mercado editorial. Um exemplo notável de uso do espaço público por pedestres, de forma segura e gratuita. Um grande exercício de cidadania”, completa Razuk. 

Uma das grandes manifestações pelas Diretas foi realizada no Pacaembu, no mesmo local onde se realizaria A Feira do Livro quatro décadas depois. A desigualdade brasileira, a sustentabilidade ambiental, a divulgação científica, a produção infantojuvenil, a cultura afro-brasileira são outros eixos da programação. Já estão confirmados até o momento cerca de 150 expositores, entre editoras, livrarias e instituições ligadas ao livro e à leitura. O perfil diverso dos expositores, que vão das editoras multinacionais às artesanais, com ênfase nas independentes, mostra o bom momento cultural do mercado editorial brasileiro, que vive uma efervescência com novas editoras, livrarias, coleções, clubes de leitura e autores. A Feira do Livro reflete esse dinamismo e o empreendedorismo do setor. 

Segundo Paulo Werneck, A Feira do Livro busca demonstrar a relação direta entre bibliodiversidade, circulação de livros e democracia. “Falar sobre livros em espaço público e a céu aberto, sem cobrança de entrada e diante de um patrimônio histórico tão importante para o Brasil, mostra o espírito de cultura democrática que buscamos durante esses nove dias”, diz Werneck.

A prática democrática também está na arquitetura d’A Feira do Livro, que vai trazer mais novidades e aprimoramentos, a serem divulgados em detalhes nas próximas semanas, como a inauguração de um palco voltado para os autores infantojuvenis. A equipe do arquiteto Álvaro Razuk elaborou o projeto a partir de uma escuta dos expositores e do público, buscando aperfeiçoar a experiência de todos e corrigir os problemas apontados nas edições anteriores. Segundo a organização, ter adiantado o início dos trabalhos em alguns meses em relação à edição anterior vai trazer melhorias em todos os setores, da programação de autores à arquitetura. 

A presença dos autores anunciados nesta leva tem apoio das editoras Autêntica, Arquipélago, Bazar do Tempo, Boitempo, Companhia das Letras, DBA, Dublinense, Fósforo, Editora 34, Global, Olhares, Planeta, Record, Relicário, Tinta-da-China Brasil, Todavia e Ubu, além do Instituto Camões, do Instituto Cervantes e da Bienal do Rio. 

Em 2025, A Feira do Livro reafirma sua relevância no cenário de eventos literários do país, com o patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, pelo segundo ano, e do Itaú, pelo terceiro ano consecutivo. Nesta edição, destacamos ainda a chegada do Pinheiro Neto Advogados como novo apoiador e a seleção no edital Petrobras Cultural, com o patrocínio em fase final de negociação. Em 2024, A Feira do Livro teve patrocínio do Grupo CCR, do Itaú Unibanco e Rede, da TV Brasil e da Rádio Nacional de São Paulo. 

A Feira do Livro é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão do livro e da leitura no Brasil, Maré Produções, especializada em exposições e feiras culturais e em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

.: MASP apresenta exposição que reflete sobre acervo de artes da África


Obras de 17 culturas da África ocidental, entre estatuetas e máscaras, compõem a mostra, que convida os artistas biarritzzz e Cipriano a dialogarem com os legados e as transformações das culturas africanas no Brasil. Na imagem, "Iorubá", Nigéria, Máscara Geledé, sem data, doação Cecil Chow Robilotta e Manoel Roberto Robilotta. Foto: Eduardo Ortega

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 28 de março a 3 de agosto, a exposição "Cinco Ensaios sobre o MASP –  Artes da África", no terceiro andar do Edifício Pietro Maria Bardi. A mostra reúne mais de 40 obras do acervo do museu, principalmente do século 20, oriundas da África ocidental. 

A curadoria de Amanda Carneiro, curadora, MASP, e Leandro Muniz, curador assistente, MASP, selecionou peças confeccionadas em madeira, principalmente aquelas ligadas ao corpo ou à sua representação. O conjunto abrange estatuetas de Exu e Xangô, objetos cotidianos, bonecas, tambores, mobiliário e máscaras usadas em festividades, rituais de iniciação, celebração ou funerais. Embora outras apresentações desse conjunto já tenham sido realizadas, esta é a primeira exposição que busca estabelecer uma leitura crítica e propositiva da coleção de arte africana do museu.

“A presença da arte africana no MASP foi moldada por momentos-chave ao longo da sua história, marcados pela realização de exposições e doações. O primeiro envolvimento notável do museu com a arte africana ocorreu em 1953, com a exposição Arte Negra, realizada seis anos após a abertura do MASP. Essa iniciativa foi uma das primeiras exposições de arte africana registradas em um museu brasileiro”, afirma Amanda Carneiro.

As obras provêm de 17 culturas distintas, oriundas principalmente da África ocidental, de grupos como Guro, Senufo e Baulê, da atual Costa do Marfim; Dogon e Bamana, do Mali; Mossi e Bobo, da Burkina Faso; Baga, da Guiné; Axante, de Gana; Guere-Wobe, da Libéria; Hemba, do Congo; Mumuye, Ibibio, Igbo e Iorubá, da Nigéria; além de uma peça Chokwe, da Angola.

“São produções muito diversas que trazem essa noção de ‘artes’ no plural para o título da exposição. Existem cerca de 500 culturas diferentes em toda a África, portanto, o que apresentamos é um recorte específico sobre a maneira como o MASP colecionou essas peças ao longo dos anos. Não se trata de uma mostra sobre uma identidade única continental”, afirma Leandro Muniz. 

Em diálogo com as peças históricas, os artistas brasileiros biarritzzz (Fortaleza, CE, 1994) e Cipriano (Petrópolis, RJ, 1981) abordam, em obras comissionadas para o museu, os legados e as transformações das tradições africanas na cultura brasileira. biarritzzz expõe três vídeos: colagens digitais de fragmentos das máscaras presentes na mostra, acompanhadas de frases que questionam sua presença em acervos de museus. A artista usa uma linguagem típica de redes sociais para transmitir ideias ou fazer críticas com humor, chamando esse recurso de “pedagogia do meme”. Já Cipriano apresenta duas pinturas abstratas que sobrepõem cantos de religiões afro-brasileiras ligadas às tradições banto, tronco linguístico da África central. Uma das obras faz referência ao tambor Chokwe, de Angola, incorporado em 2023 à coleção do MASP.

Concebida pelo escritório de arquitetura Gabriela de Matos, a expografia remete a dois materiais que foram fundamentais para o desenvolvimento tecnológico do continente africano: a terra, usada especialmente em arquiteturas milenares, e o ferro, cuja fundição data ao menos desde 500 a.C., ganhando importância central em diferentes culturas africanas. As estatuetas e as máscaras são apresentadas em totens cobertos por uma tinta semelhante à terra; já a estrutura tem uma base composta por metal e acrílico espelhado preto.

As obras estão organizadas em conjuntos que destacam a diversidade e a inventividade formal das produções e as relações temáticas entre diferentes culturas. Sem associações cronológicas e geográficas, a montagem incorpora as produções dos artistas contemporâneos.


Acervo
A maior parte da coleção de artes da África do MASP é composta por estatuetas e máscaras do século 20, integradas ao museu ainda nas primeiras décadas de sua formação. Desde 1953, seis anos após sua fundação, o museu realizou diversas exposições sobre este tema, como Arte Negra (1953), Arte Tradicional da Costa do Marfim (1973), Da senzala ao sobrado (1978), Arte contemporânea do Senegal (1981), Cultura Nigeriana (1987), África Negra (1988) e Do coração da África – Arte Iorubá (2014). 

Duas grandes doações foram fundamentais para a formação desse acervo: do Bank Boston, em 1998, e da coleção Robilotta, em 2012; ao longo do tempo também ocorreram incorporações pontuais. Para refletir sobre a história dessa coleção e das exposições sobre arte africana no MASP, um conjunto de documentos será apresentado em uma vitrine que registra essa trajetória.

"Artes da África", Renoir, Geometrias, Histórias do MASP e Isaac Julien: Lina Bo Bardi – um maravilhoso emaranhado integram os Cinco ensaios sobre o MASP, série de exposições pensadas a partir do acervo e da história do museu para inaugurar o novo Edifício Pietro Maria Bardi. 

Acessibilidade
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil – com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral. 


Realização
Cinco ensaios sobre o MASP – Artes da África é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem patrocínio master do Nubank.


Serviço
"Cinco Ensaios Sobre o MASP  – Artes da África"
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP, e Leandro Muniz, curador assistente, MASP
3° andar
Edifício Pietro Maria Bardi
Visitação: 28.3 — 3.8.2025


MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1510 - Bela Vista / São Paulo
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até às 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)

terça-feira, 25 de março de 2025

.: Série "Território em Fluxo" debate resistência e identidades da Cracolândia

Foto: Iolanda Depizzol


A série documental “Território em Fluxo”, produção que investiga e registra a complexidade da região conhecida como “Cracolândia”, no centro da capital, tem lançamento marcado para a quarta-feira, dia 26 de março, às 18h, no teatro do Sesc Bom Retiro, em exibição gratuita. A abertura conta com apresentação musical de MC Docinho e segue com debate que reúne diferentes perspectivas sobre as transformações e desafios do território. A conversa contará com Francieli Silva, redutora de danos no Teto, Trampo e Tratamento (TTT); Veronika Verão, do Coletivo Tem Sentimento, e Giordano Magri, pesquisador de políticas públicas e direitos humanos. A mediação será conduzida por Iolanda Depizzol, diretora da série, realizada pelo Centro Popular de Mídias (CPMídias), o Jornal Brasil de Fato, e pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A ação integra o Festival Direitos Humanos para Todas as Pessoas e contará também com intervenções culturais.

Além do lançamento do documentário, o Sesc Bom Retiro realiza nos dias 21, 25 e 26 de março, às 15h, uma programação integrada mediada pelo Coletivo Paulestinos, com oficinas de lambe-lambe e bate-papo com especialistas e coletivos que atuam na região, na Praça de Convivência da unidade e aberto ao público em geral.

A série documental é resultado de um extenso trabalho de apuração que contou com mais de 30 entrevistas realizadas ao longo de nove meses com moradores, comerciantes, artistas, pesquisadores, defensores públicos, educadores sociais e redutores de danos que atuam no território. A produção busca ir além das narrativas estigmatizadas, trazendo um olhar plural sobre a Cracolândia, partindo da perspectiva de quem vive a região no dia a dia até as análises de especialistas que acompanham as transformações do local e as políticas públicas implementadas.

A diretora da série, Iolanda Depizzol, ressalta que dar visibilidade às experiências das pessoas que vivem na região é essencial para compreender a complexidade do território. “Nesse momento, a escuta dessas pessoas é fundamental, algo que não tem sido feito pelo poder público – daí a relevância do papel da mídia. É preciso que elas próprias [pessoas que vivem no território] relatem sua realidade e apontem caminhos possíveis para os desafios existentes. A série busca exatamente isso: aprofundar a compreensão da região, mostrando que as questões envolvidas vão muito além do uso excessivo de drogas, abordando temas como moradia, renda, acesso à cultura e dignidade humana".

A proposta da série “Território em Fluxo” é trazer uma perspectiva sensível e aprofundada sobre o território, que considere as pessoas em sua totalidade e dignidade humana. Ao ecoar as vozes daqueles que historicamente foram estigmatizados, o projeto busca construir narrativas que rompam com os estigmas e simplificações sobre a Cracolândia, oferecendo uma visão mais ampla sobre as vivências e resistências que acontecem na região.


SERVIÇO

Lançamento da série documental “Território em Fluxo”

Dia 26 de março. Quarta-feira, às 18h.

Local: teatro (291 lugares). 10 anos. Grátis. 


Programação: 

Abertura musical com MC Docinho 

Bate-papo: 

Francieli Silva – Redutora de danos no Teto, Trampo e Tratamento (TTT)

Veronika Verão – Coletivo Tem Sentimento

Giordano Magri – Pesquisador de políticas públicas e direitos humanos

Mediação: Iolanda Depizzol, diretora do documentário


Vivência artística “Territórios que nos habitam”, com Coletivo Paulestinos 

Dias 21, 25 e 26 de março, sexta, terça e quarta, 15h.

Local: Praça de Convivência. Livre. Grátis.


ESTACIONAMENTO DO SESC BOM RETIRO - (Vagas Limitadas)

O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos: R$ 11,00 (Credencial Plena). R$ 21,00 (Outros).

Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábado: 10h às 20h. Domingo: 10h às 18h. IMPORTANTE: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.


TRANSPORTE GRATUITO

O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.


Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link https://tinyurl.com/3drft9v8


Sesc Bom Retiro

Alameda Nothmann, 185. CEP 01216-000.

Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600

Siga o @sescbomretiro nas redes sociais:

Facebook, Instagram, Youtube /sescbomretiro


Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

segunda-feira, 24 de março de 2025

.: Espetáculo "Copo Vazio" com direção de Bruno Perillo faz nova temporada


Adaptação teatral do livro da escritora Natália Timerman tem direção de Bruno Perillo e dramaturgia de Angela Ribeiro; peça reflete sobre responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos. Foto: Lígia Jardim

Em 2021, a psiquiatra e escritora brasileira Natalia Timerman lançou o livro "Copo Vazio" pela editora Todavia. É um romance dedicado a falar sobre uma experiência de abandono a partir de uma perspectiva contemporânea. Criada a partir da própria experiência da autora com um ghosting (termo atualmente usado para designar o término repentino de um relacionamento com uma pessoa sem quaisquer explicações ou aviso), a obra é uma ficção e ganha sua primeira adaptação teatral homônima. A nova temporada acontece no Teatro Itália entre os dias 1º e 30 de abril, com sessões às terças e quartas-feiras, às 20h00 Nos dias 29 e 30 de abril haverá bate-papo após a sessão com a escritora Natalia Timerman e elenco.

Com idealização de Carolina Haddad e direção de Bruno Perillo, o espetáculo reflete sobre a necessidade de se desenvolver a responsabilidade afetiva. Para trazer o livro para o universo do teatro, a dramaturgia de Angela Ribeiro coloca em cena uma atriz e um ator, que tentam reconstruir a trajetória de Mirela e Pedro, personagens do romance que viveram um intenso relacionamento por três meses até um deles sumir de maneira repentina.   

A narrativa explora o ponto de vista de Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida que acaba submergida em afetos perturbadores quando se apaixona por Pedro, que a abandona. “Pedro desaparece de sua vida sem nenhum motivo aparente e Mirela precisa lidar com esse sentimento que é pior do que uma simples rejeição. Vemos uma mulher angustiada, buscando nas suas memórias algum sinal de que ela cometeu algum erro durante a relação. A vida dela vai acontecendo e ela está sempre às voltas com esse fantasma”, conta Carolina.  

Enquanto o livro está focado na vulnerabilidade da protagonista, na peça, os atores vão tentando recriar essa história, levantando questionamentos sobre os personagens do livro. Dessa forma, a peça convoca a uma discussão coletiva sobre a superficialidade dos relacionamentos contemporâneos. O trabalho suscita uma série de questionamentos, entre eles: será que o medo de sofrer está impedindo as pessoas de apostarem no amor? Ou o fato de o ser humano estar, de uma certa forma, refém do mundo virtual, está deixando-o ainda mais solitário? Fato é que a peça não se propõe a trazer respostas exatas, já que amar é se colocar em risco e  não simplesmente uma teoria. 

“Nosso foco é mostrar para as pessoas que ter responsabilidade afetiva é o básico para qualquer relacionamento. Somos seres dotados de sentimentos e não podemos perder a empatia. Afinal, as pessoas podem estar lidando com situações que nem imaginamos e simplesmente sumir da vida de alguém, como acontece na história, pode disparar gatilhos bem ruins”, defende Carolina.   


Sobre a encenação
Do ponto de vista narrativo, a peça é estruturada sem uma ordem cronológica, assim como no romance. Presente, passado e futuro se misturam a todo o momento, conduzindo a plateia a um labirinto de sensações vertiginosas, como se Mirela de fato tivesse sido lançada num abismo.

Para dar conta de toda essa complexidade, os intérpretes Carolina Haddad e Jorge Guerreiro alternam-se em momentos em que são atriz e ator discutindo sobre os personagens, e em que são os personagens vivendo a história. E, algumas vezes, seus corpos estão em um tempo e suas vozes em outro.  

O espetáculo é metalinguístico e faz uso de recursos como vídeo-projeções mapeadas, trilha sonora, canto, dança, elementos cenográficos e iluminação para multiplicar os planos de percepção do público. “Quisemos transportar o tom da prosa poética  da narrativa original para os palcos”, diz Perillo. 


Sinopse
A partir da obra homônima de Natalia Timerman, a peça "Copo Vazio" coloca em cena uma atriz e um ator ensaiando e refletindo sobre seus personagens, Mirela e Pedro. O tema que perpassa a obra é a responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos, pois Pedro desaparece da vida da Mirela após três meses de intenso relacionamento, num fenômeno caracterizado nos dias atuais como "ghosting".


Ficha técnica
Espetáculo "Copo Vazio"
Dramaturgia: Angela Ribeiro (livremente inspirada no livro Copo Vazio da autora Natalia Timerman, Ed. Todavia)
Elenco: Carolina Haddad e Jorge Guerreiro
Direção: Bruno Perillo
Direção de movimento: Marina Caron
Cenografia: Chris Aizner
Cenotecnia: Casa Malagueta
Desenho de luz: Gabriele Souza
Operação de luz: Letícia Rocha
Trilha sonora: Pedro Semeghini
Operação de som: Pedro Semeghini
Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Operação de vídeo: Rodrigo Chueri
Figurinista: Anne Cerutti
Assistente de figurino: Luiza Spolti
Fotos: Bruna Massarelli, Caio Oviedo, Kim Leekyung e Ligia Jardim
Redes sociais: Madu Arakaki, Livia Gioia, Gabriela de Sá
Produção: CM Haddad Produções e Corpo Rastreado – Letícia Alves
Assistência de produção: Madu Arakaki
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Flávia Fontes e Daniele Valério
Idealização: Carolina Haddad


Serviço
Espetáculo "Copo Vazio"
Teatro Itália - Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP, CEP 01046-010
De 1º a 30 de abril de 2025
Terças e quartas, às 20h00
Sessões com libras dias 8 e 23 de abril
Sessão com bate papo com a escritora Natalia Timerman e elenco dias 29 e 30 de Abril
Ingressos: Inteira: R$ 100,00 | Meia: R$ 50,00
Vendas pela Sympla: bileto.sympla.com.br/event/102109
Classificação etária: 16 anos
Duração: 80 minutos

sábado, 22 de março de 2025

.: Companhia das Letras publicará livro de Gisèle Pelicot em janeiro de 2026

Em 2024, Gisèle Pelicot inspirou e comoveu milhões de pessoas com sua coragem e dignidade ao escolher renunciar ao direito de anonimato durante o processo que envolvia seu marido e cinquenta homens acusados ​​de crimes sexuais contra ela. Seu apelo para que a vergonha mudasse de lado e recaísse sobre os agressores, e não sobre as vítimas, teve ampla repercussão e a transformou em ícone global.

Agora, Pelicot narra a própria história em uma autobiografia que oferecerá consolo e esperança e contribuirá para o mudar o debate público sobre vergonha. O livro será publicado no Brasil em 27 de janeiro de 2026 pela Companhia das Letras, em lançamento simultâneo em mais de vinte idiomas.

“Sou imensamente grata pelo apoio extraordinário que recebi desde o início do julgamento. Agora quero contar minha história com minhas próprias palavras. Por meio deste livro, espero compartilhar uma mensagem de força e coragem a todas as pessoas que são submetidas às mais penosas provações. Que elas nunca sintam vergonha. E, com o tempo, que aprendam a aproveitar a vida novamente e encontrem paz”, disse Pelicot.

Ofuscando líderes mundiais, Pelicot foi eleita a pessoa mais notável de 2024 em uma pesquisa de opinião na França, além de homenageada pela revista Time. No Dia Internacional da Mulher, o The Independent a considerou a mulher mais influente de 2025.

.: Quando o silêncio grita: descubra a obra que está impactando a literatura


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

A literatura tem o dom de transformar experiências individuais em algo universal e pode tocar o leitor de maneira íntima e profunda. Em "De Repente Nenhum Som", o escritor Bruno Inácio utiliza esse poder para explorar um tema que, paradoxalmente, costuma passar despercebido: o silêncio. Mas no livro não há apenas ausência de som, mas também o elemento narrativo que revela medos, angústias e até momentos de beleza inesperada. O autor constrói histórias em que o que não é dito pesa tanto quanto as palavras colocadas para fora e, a partir daí, cria uma experiência de leitura única.

"De Repente Nenhum Som" não é apenas uma coletânea de contos; é um mergulho na solidão, nas pausas da vida e nos ecos deixados por tudo aquilo que as pessoas evitam dizer. Com uma escrita precisa e suave, Bruno desenha cenários e personagens que parecem pertencer ao cotidiano – vizinhos, parentes, amigos ou até fragmentos do homem comum. Mas, com uma linguagem econômica, e ao mesmo tempo intensa, ele faz enxergar o vazio, a espera e o desencontro de forma precisa.

Ler "De Repente Nenhum Som" chega a ser perigoso, pois o leitor passa a enxergar o que pode não querer ver. Não é apenas passar os olhos por palavras impressas – é mergulhar em um universo de sensações, ausências e verdades que não foram sequer pronunciadas. É um convite para enxergar a força do silêncio e perceber que, muitas vezes, ele carrega mais significados do que qualquer palavra. Listamos os dez motivos pelos quais você precisa ler o livro urgentemente. Compre "De Repente Nenhum Som" neste link.


1. Um olhar inovador sobre o silêncio
O silêncio é frequentemente visto como ausência – de som, de fala, de movimento. No entanto, Bruno Inácio o apresenta como um protagonista em todas as narrativas de "De Repente Nenhum Som". Cada conto oferece uma interpretação diferente do silêncio: ora como refúgio, ora como prisão, ora como eloquência pura. Esse jogo narrativo desafia o leitor a repensar a própria relação com a quietude e com os vazios que a vida impõe.

2. Narrativas curtas, mas impactantes
A coletânea "De Repente Nenhum Som" é composta por 12 contos que não desperdiçam palavras. São histórias curtas, diretas, mas que, carregadas de significados, deixam uma marca profunda na memória do leitor. Não há espaço para o supérfluo: cada frase tem peso, cada pausa é intencional. Assim, mesmo em poucas páginas, cada conto provoca reflexões e sentimentos duradouros.

3. Escrita elegante e precisa
Bruno Inácio domina a arte de dizer muito em uma escrita econômica. Cada frase é minimalista, pois é rara, e cada palavra é escolhida cuidadosamente para criar uma atmosfera densa e envolvente. A estrutura da pontuação, a cadência das frases e os silêncios narrativos fazem parte da construção do texto, tornando a leitura uma experiência tanto emocional quanto sensorial.

4. Personagens humanos e complexos
Os protagonistas dos contos de "De Repente Nenhum Som" são figuras comuns que apresentam complexidade. Não são heróis, nem vilões – são pessoas tentando lidar com os próprios vazios. Há um homem que se enclausura por medo do mundo exterior, uma mulher que se vê forçada a encarar a fragilidade da velhice, indivíduos que lidam com perdas, mudanças e momentos de ruptura. São personagens que ecoam em outros, e até nos leitores, porque têm dilemas profundamente humanos que podem acontecer com qualquer um.

5. Reflexões profundas sobre a solidão
A solidão é um tema recorrente na literatura, mas raramente é abordada com tamanha profundidade e delicadeza. Em "De Repente Nenhum Som", a solidão é manifestada de diferentes formas: a autoimposta, a que é consequência das circunstâncias, e também outras, como a que fortalece e a que sufoca. Ao longo dos contos, o leitor percebe como o isolamento pode ser tanto uma escolha quanto uma sentença.

6. Influência de experiências reais
As melhores narrativas, muitas vezes, nascem de experiências pessoais. Um dos contos mais marcantes da coletânea, "Céu de Ninguém", tem origem em um evento real vivido pelo autor: a queda da avó no quintal de casa. Esse episódio serviu como ponto de partida para explorar a vulnerabilidade do corpo e a solidão da velhice. Essa fusão entre realidade e ficção confere autenticidade à obra e amplia seu impacto emocional.

7. Alternância entre brutalidade e delicadeza
O equilíbrio entre dureza e sensibilidade é um dos pontos fortes da escrita de Bruno Inácio. Há contos que expõem a violência do mundo com crueza, enquanto outros se desenvolvem em camadas sutis, deixando espaço para que o leitor interprete o que não está explícito. Essa dualidade confere ritmo e profundidade ao livro, fazendo com que cada história tenha um tom próprio.


8. Elogios de grandes nomes da literatura brasileira
Obras literárias ganham ainda mais valor quando são reconhecidas por aqueles que entendem profundamente a arte da escrita. De repente nenhum som recebeu elogios entusiasmados de importantes escritores contemporâneos, como Monique Malcher, Marcela Dantés e Ronaldo Cagiano. Esse reconhecimento reforça a qualidade do livro e a relevância do autor no cenário literário nacional.


9. Uma experiência literária envolvente e reflexiva
Não é apenas um livro para ser lido - é um livro para ser sentido. A maneira como Bruno Inácio constrói suas histórias permite que o leitor se aproxime das dores e inquietações dos personagens. A estrutura dos contos, a escolha das palavras e o ritmo da narrativa criam uma imersão profunda, convidando o leitor a preencher as lacunas deixadas pelo silêncio e a refletir sobre o que não é dito


10. Um autor em ascensão na literatura brasileira
Bruno Inácio já possui dois livros publicados e colabora com veículos literários importantes, como Jornal Rascunho e São Paulo Review. "De Repente Nenhum Som" som consolida sua trajetória e evidencia o talento do autor como um dos autores mais promissores da nova literatura brasileira. Acompanhá-lo desde já é um privilégio para quem valoriza literatura de qualidade e escrita refinada. Garanta o seu exemplar de "De Repente Nenhum Som" neste link.

sexta-feira, 21 de março de 2025

.: Resenha: "Branca de Neve" traz o colorido Disney para versão de clássico

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


A nova versão Disney da clássica história da princesa "Branca de Neve" imprime o colorido vibrante do famoso estúdio, porém num live-action nitidamente voltado ao público infantil. Com protagonismo da atriz Rachel Zegler, o longa é um musical, o que justifica completamente a escalação da Maria de "West Side Story (Amor Sublime Amor)" de 2021. Embora não se enquadre na beleza padrão ou da esperada por muitos, considerando a figura da animação Disney que domina o imaginário mundial. Zegler entrega muito no filme.

A produção que acontece de modo rápido somando 1 hora e 52 minutos de duração, começa no vilarejo em que os pais de Branca de Neve são rei e rainha. No estilo da animação "Wish: O Poder dos Desejos" a sequência musical também remete às canções da produção que celebrou os 100 anos dos estúdios Disney. Pode-se até dizer também que há na nova Branca de Neve, um lado Asha (protagonista de "Wish").

Seguindo a essência do conto de fadas, a felicidade da garota acaba quando seu pai a deixa órfã e ela cai nas mãos da madrasta, a Rainha Má (Gal Gadot, "Mulher Maravilha"), uma vilã gananciosa obsessiva por ser a mais bela. Encastelada, Branca de Neve esbarra em Jonathan (Andrew Burnap, live-action "A Pequena Sereia"), um mão leve, tal qual o Flynn Ryder da animação "Enrolados". Assim, a jovem conhece um pouquinho da realidade daquele povo igual acontece com Jasmine em "Aladdin".

Com novos personagens e sem anões -embora tenham atores por trás, visualmente, todos são criados em efeitos especiais-, após a polêmica com ator Peter Dinklage que questionou a representação de atores com nanismo no filme, "Branca de Neve" é claramente apoiado no talento vocal da protagonista. 

Os trabalhadores de uma mina repleta de pedras preciosas em versão humanizada, a partir da animação de 1938, são a chave de provocar emoção diante do filme. Seja quando os sete homenzinhos surgem entoando a clássica versão dublada de "Eu vou!", em inglês é "Heigh-Ho!". Ou quando Branca de Neve é encontrada ocupando algumas camas e até ao convocá-los para limpar a casa. São momentos lindos no filme.

Tentando flertar com a introdução de "Encantada", que é nitidamente inspirada na da animação "Branca de Neve e os Sete Anões", o novo filme tem alguns segundos animados após o livro "Branca de Neve" ser aberto quando um ouriço sai de cima deleapós tirar um cochilo. Visualmente, o filme é encantador, assim como a voz de Rachel Zegler, mas apresenta um problema curioso. Quando a jovem está sendo velada na floresta, a posição, inicialmente, com os pés virados para um rio, em outros momentos, muda, ainda que ela esteja em cima de uma pedra.

O longa voltado ao público infantil, cumpre seu papel nas tramas de fantasia e está em cartaz nas telonas Cineflix Cinemas sendo uma excelente opção de entretenimento para toda a família. Vale muito a pena conferir nos cinemas, pois a Cineflix Cinemas está com um balde de pipoca belíssimo e colecionável!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"Branca de Neve" (Snow White). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, aventuraClassificação: 10 anos. Duração: 1h52. Direção: Mark Webb. Roteiro: Greta Gerwig, Erin Cressida Wilson. Elenco: Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap. Sinopse: A rainha malvada morre de ciúmes da beleza de Branca de Neve e manda mata-la. Logo, descobre que a jovem não morreu e está morando na floresta com sete amiguinhos. A princesa então é envenenada pela rainha e só o beijo de um príncipe pode salvá-la. Confira os horários: neste link

Trailer "Branca de Neve"




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.: Valderilio Feijó Azevedo, "Entre a Medicina e a a Música", por Otero

Valderilio Feijó Azevedo. Foto: Divulgação

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 


Um dos profissionais mais respeitados na área de Reumatologia no País, o médico Valderilio Feijó Azevedo consegue dividir seu tempo com uma outra paixão: a música. Ele está divulgando o lançamento do seu primeiro EP, "Maria Helena", em todas as plataformas digitais. Um trabalho que une sensibilidade e profundidade em quatro faixas autorais, o projeto reflete sua paixão pela música e sua conexão com temas universais, apresentando composições que transitam entre a suavidade poética e a força emocional das melodias.

A capa do novo EP, criada pelo artista, resgata uma memória especial da infância do músico. A imagem é uma composição baseada em uma foto tirada quando ele tinha apenas 7 anos, em 1970, segurando uma mini-guitarra elétrica. Ao fundo, um cenário cósmico simboliza um desejo que atravessa o tempo: que a ciência e a arte nos ajudem a compreender melhor os mistérios da vida e do universo.

O músico e instrumentista define sua música como MPB, mas confessa sua paixão pelo rock clássico dos anos 60 e 70. Considerado beatlemaníaco, Valderilio foi membro da  banda Os Metralhas, grupo que interpretava covers dos Beatles e participou de várias edições da International Beatle Week em Liverpool, na Inglaterra.

No trabalho de Valderilio também se nota a influência do rock progressivo dos anos 70, especialmente nos arranjos das canções.

No ano de 2022, Valderilio realizou um emocionante projeto audiovisual em parceria com a Humanitas, a Igreja Católica e a iniciativa United24, dedicada à reconstrução da Ucrânia e às crianças da zona de guerra. O vídeo "Christmas in Kyiv" traz uma composição inédita do artista, com arranjos de cordas assinados pelo maestro Alberto Heller, de Santa Catarina.

Em 2023, Valderilio compôs a canção Primavera de Curitiba em homenagem aos 330 anos da cidade. A convite das autoridades locais, o cantor apresentou a música em celebração à data.

Além da carreira musical, Valderilio acaba de ser eleito como o novo presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). O reumatologista tem uma trajetória dedicada ao avanço da Medicina e foi presidente da Sociedade Paranaense de Reumatologia. E  é professor associado em reumatologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), tendo sido coordenador da Comissão de Artrite Psoriásica e biotecnologia da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e segundo secretário da entidade.


Relva


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