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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

.: "É Assim que Começa", a continuação do romance "É Assim que Acaba"


Preparem os seus coraçõezinhos para a mais aguardada sequência literária desde que você finalizou a última página do último romance que você adorou ler. Em "É Assim que Começa", a aguardada sequência de "É Assim que Acaba" lançada pela editora Galera Record, os personagens Lily e Atlas - que serão interpretados no cinema por Blake Lively e Chris Wood - estão de volta. A continuação chega para consagrar novamente Coleen Hoover como a autora mais vendida do Brasil.

A escritora é um fenômeno editorial, acumulando não só milhões de visualizações no TikTok, mas também milhões de exemplares vendidos. Na sequência de "É Assim que Acaba", Lily Bloom continua administrando uma floricultura. Seu ex-marido abusivo, Ryle Kincaid, ainda é um cirurgião. Mas agora os dois estão oficialmente divorciados e dividem a guarda da filha, Emerson.

Quando Lily esbarra em Atlas, com quem não fala há quase dois anos, parece que finalmente chegou o momento de retomar o relacionamento da adolescência, já que ele também está solteiro e parece retribuir os sentimentos de Lily. Mas apesar de divorciada, Lily não está exatamente livre de Ryle. Culpando Atlas pelo fim de seu casamento, Ryle não está nada disposto a aceitar o novo relacionamento de Lily, ainda mais com Atlas, o último homem que aceitaria ver perto de sua filha e da ex-esposa.

Alternando entre os pontos de vista de Atlas e Lily, É assim que começa retoma logo após o epílogo de É assim que acaba. Revelando mais sobre o passado de Atlas e acompanhando a jornada de Lily para abraçar a sua segunda chance, no amor enquanto lida com um ex-marido ciumento, É assim que começa prova que ninguém entrega uma leitura mais emocionante do que Colleen Hoover. Garanta o seu exemplar de "É Assim que Começa" neste link.


O que disseram sobre o livro
“Em uma história permeada de tensão com lampejos de esperança, Hoover captura perfeitamente as dores de um coração partido e a felicidade de começar de novo.” ― Kirkus Review

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

.: Porque todo mundo está falando do livro "É Assim que Acaba"


Não se fala outra coisa desde que a aguardada adaptação de "É Assim que Acaba", livro mais vendido no Brasil em 2022 e sucesso mundial da americana Coleen Hoover, definiu quem serão os rostos da história no cinema: a atriz Blake Lively, que ficou conhecida pelo papel de Serena van der Woodsen na primeira versão do seriado "Gossip Girl", e Justin Baldoni, galã da série "Jane the Virgin". Ambos viverão o casal protagonista Lily e Ryle. “Eles têm o que é preciso para trazer esses personagens para a vida”, comemorou a escritora nas redes sociais.

Considerado o livro do ano, que virou febre no TikTok e sozinho já acumulou mais de um milhão de exemplares vendidos no Brasil. É assim que acaba é o romance mais pessoal da carreira de Colleen Hoover, discutindo temas como violência doméstica e abuso psicológico de forma sensível e direta. 

Em "É Assim que Acaba", a autora Colleen Hoover apresenta ao leitor Lily, uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela.

Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja? "É Assim que Acaba" é uma narrativa poderosa sobre a força necessária para fazer as escolhas certas nas situações mais difíceis. Considerada a obra mais pessoal de Hoover, o livro aborda sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos. Garanta o seu exemplar de "É Assim que Acaba" neste link.


O que disseram sobre o livro
“Um romance corajoso, de partir o coração, que enfia as garras em você e não te solta... Ninguém escreve sobre sentimentos tão bem quanto Colleen Hoover.”  Anna Todd, autora da série "After"

“...Você vai sorrir em meio às lágrimas.”  Sarah Pekkanen, autora de "Perfect Neighbors"

“Imperdível. Com um drama fascinante e verdades dolorosas, esse livro retrata de maneira poderosa a devastação que o abuso pode causar - e a força de quem sobrevive a ele...”  Kirkus Review

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

.: "É Assim que Acaba" traz alerta sobre relacionamentos abusivos


"Quinze segundos. Esse é o tempo necessário para mudar completamente tudo o que você conhece sobre uma pessoa. Quinze segundos"
. Uma das importantes frases do livro "É Assim Que Acaba" ("It Ends with Us") de Collen Hoover já destaca o porquê é um grande sucesso entre os fãs de livros e romances nos dias atuais. O sucesso é tanto que a história se adaptou para o filme que está em cartaz na rede Cineflix Cinemas

No filme, Lily (Blake Lively) é uma jovem dona de uma floricultura que acaba se apaixonando por Ryle (Justin Baldoni). A princípio, um relacionamento comum, passando por altos e baixos, até que a história toma um rumo diferente e apresenta sinais importantes a serem observados pelos cinéfilos, deixando de lado o destaque da palavra "amor". A psicanalista e terapeuta Ana Lisboa destaca que o livro e o filme ajudam a reparar nos principais indícios de um relacionamento conturbado, abusivo e reforça que o fim é a melhor solução, por mais que pareça ser difícil. 

“Um outro ponto bem relevante na análise é que a realidade de Lily começa a ficar parecida com o relacionamento dos seus pais e isso volta à tona na vida da protagonista. Muitos casos de mulheres, da vida real, é ficar diante de brigas dos pais e se sentir responsável pela família, e não é o papel da mulher. Deixando esse rastro para seus relacionamentos futuros. Muitas ainda pensam que replicar a vida amorosa da mãe pode ser uma saída e não, isso não deve acontecer. Nós somos prioridades de nossas vidas, independente do que nossos pais fizeram ou façam”, explica a psicanalista. 

Em paralelo, um amor antigo de Lily chega na história. Aos poucos, a trama conta um pouco sobre essa história antiga. Inclusive, Atlas (Brandon Sklenar) ajuda Lily em muitas situações e decisões atuais de sua vida. É um personagem chave para sua evolução. “A trama traz isso muito diretamente em diversos pontos. A comunicação e o poder de um apoio emocional em situações como em um relacionamento tóxico, por exemplo. Como é no caso de Lily com Atlas”, completa Ana Lisboa. 

Mas a psicanalista acredita que o perdão e a cura, diante dos traumas do passado, é um dos destaques de toda história. Os personagens precisam enfrentar suas dores, aprenderem a perdoar tanto os outros quanto a si mesmos para construir uma nova vida, tanto falando de amor, quanto na vida profissional ou social. “Não é um processo fácil, mas é possível quando existe uma jornada de cura segura. Com apoio sincero, isso fica claro em pontos altos da vida de Lily”, destaca Ana. 

E ainda falando da personagem principal, mesmo com seus problemas com os pais - que são inúmeros -, aparição de Ryle, que movimentou muito sua vida, Lily aprendeu, ao longo da história, a aceitar suas imperfeições e a trabalhar sua auto aceitação, longe do que é imposto pela sociedade. Além disso, ela também reflete sobre sua própria jornada, suas descobertas e conquistas, principalmente, quando ela consegue, no começo da história, comprar sua floricultura. “São nessas conquistas e descobertas que a jornada se torna mais clara para a pessoa, dando um significado, evolução e propósito de vida”, finaliza Ana. Compre o livro "É Assim Que Acaba" neste link.


Ana Lisboa @analisboa
Psicanalista, líder do maior movimento de Feminino e Mentalidade do Mundo, Ana Lisboa é especialista em construção de comunidades e terapias sistêmicas, sendo pioneira em grandes movimentos na história das Constelações Familiares, tanto no Brasil como na Europa. Atualmente, após impactar milhões de vidas em suas redes sociais e possuir uma comunidade de mais de 32 mil alunas em 41 países, Ana ensina mulheres a usarem sua potência máxima para conquistarem dignidade e liberdade. Professora, Palestrante, Advogada, Empresária, mestranda em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Lisboa, especialista em Direitos das Mulheres, com quase uma década de aprofundamento nos conhecimentos sistêmicos, é fundadora do Movimento Feminino Moderno e CEO do Instituto Conhecimentos Sistêmicos. Garanta o seu exemplar de "É Assim Que Acaba" neste link.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Deadpool & Wolverine" são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

.: Cineflix Cinemas estreia drama "É assim que acaba" na quinta-feira


Imagem de "É assim que acaba" que estreia na Cineflix Cinemas

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia no dia 8 de agosto, o longa, para ser assistido com balde de pipoca quentinha, "É assim que acaba".

Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria, o longa de ação e comédia "Deadpool e Wolverine" e as animações "Meu Malvado Favorito 4" e "Divertida Mente 2". Programe-se e confira detalhes abaixo! 


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreia da semana na Cineflix Santos


"É assim que acaba" ("It Ends With Us"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, romanceClassificação: 14 anos. Duração: 2h10. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Justin BaldoniRoteiro: Christy Hall. Elenco: Blake Lively, Justin Baldoni, Brandon SklenarSinopse: Adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da autora Collen Hoover, apresenta a trama de Lily Bloom (Blake Lively), uma mulher que, após vivenciar eventos traumáticos na infância, decide começar uma vida nova em Boston e tentar abrir o próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro em Ryle (Justin Baldoni), um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor e uma ligação com o passado - uma alma gêmea, talvez? - retorna para a vida de Lily. As coisas se complicam ainda mais, quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado, ameaçando tudo o que Lily construiu com Ryle. Agora, com seu primeiro amor de volta em sua vida, ela precisará decidir se tem o que é preciso para levar o casamento adiante. Confira os horários: neste link


Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Deadpool e Wolverine" ("Deadpool and Wolverine"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédiaClassificação: 18 anos. Duração: 2h07. Ano: 2024. Distribuidora: Walt Disney Studios Motion Pictures. Direção: Shawn LevyRoteiro: Ryan Reynolds, Shawn Levy, Wendy Molyneux, Rhett Reese, Zeb Wells, Paul Wernick, Lizzie Molyneux. Elenco: Ryan Reynolds (Wade Wilson/Deadpool), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Emma Corrin (Cassandra Nova), Morena Baccarin (Vanessa)Sinopse: Wolverine está se recuperando quando cruza seu caminho com Deadpool. Juntos, eles formam uma equipe e enfrentam um inimigo em comum. Confira os horários: neste link



"Meu Malvado Favorito 4" ("Despicable Me 4"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h34. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures. Direção: Chris Renaud, Patrick DelageRoteiro: Ken Daurio, Mike White. Vozes: Leandro Hassum (Gru), Maria Clara Gueiros (Lucy)Sinopse: Gru dá as boas-vindas a um novo membro da família, Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. No entanto, sua existência pacífica logo desmorona quando um mentor do crime escapa da prisão e jura vingança contra Gru.. Confira os horários: neste link



"Divertida Mente 2" ("Inside Out 2"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação infantilClassificação: livre. Duração: 1h36. Ano: 2024. Distribuidora: Walt Disney Studios Motion Pictures. Direção: Kelsey Mann Roteiro: Dave Holstein, Meg LeFauve. Vozes: Otaviano Costa (Medo), Dani Calabresa (Nojinho), Miá Mello (Alegria), Katiuscia Canoro (Tristeza), Gaby Milani (Inveja) e Fernando Mendonça (Vergonha)Sinopse: Com um salto temporal, Riley se encontra mais velha, passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. Confira os horários: neste link

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

.: Entrevista: Solange Sólon Borges, uma poeta à espera dos girassóis


"Alguns leitores reportaram que foram tocados por algo que nem sabem explicar - será a nossa humanidade em comum? -, que há frases que dão arrepio, que a alma se revela. Tentei nomear aquilo que todo mundo sente, independente de gênero, mas que tem dificuldade de explicitar", afirma a artista em entrevista exclusiva. Foto: Everton Amaro.

Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.


Solange Sólon Borges 
-  é pura poesia. O livro que ela lançou recentemente, "À Espera dos Girassóis", é só um reflexo da profundidade desta mulher gigante, que alinha nos textos a força do feminino. Além de poeta, Solange Sólon Borges é paulistana, jornalista, especialista em comunicação, mestra em Estudos Culturais (Filosofia/USP Leste). 

Também publicou o livro de poemas "Jardins Irregulares", transitou pelo conto com "Janelas Abertas para Uma Canção Desesperada", escreveu um romance "Todos os Homens são Girassóis", e ainda encantou crianças com os títulos infantis "A História do Cachorro Cheirudo", "Meninas Também Crescem" e "A História do Bichinho Gordão". Solange Sólon Borges  é mais que uma mulher de textos profundos, é um ser cujo olhar diante da vida precisa ser levado a sério. Nesta entrevista exclusiva, você pode conhecer um pouco mais a respeito desta grande artista.


Resenhando.com - Por que o título "À Espera dos Girassóis"?
Solange Sólon Borges - O título remete à ideia de que todo ser humano almeja a luz - representação da paz, tranquilidade, felicidade conquistada. Para que se alcance esse estado, é necessário semear, cuidar das sementes e esperar que brotem e devolvam esse cuidado em forma de beleza. É essa a analogia que quis fazer ao brincar com o título.  


Resenhando.com - Que características você tem de um girassol?
Solange Sólon Borges - O girassol, além de solar, é lindíssimo, com suas pétalas muito vivas, e não é uma planta tímida; seu caule se destaca no meio das outras. Dela tudo se aproveita, óleo, sementes, fruto comestível, um ciclo completo. Os incas faziam referência ao girassol em homenagem ao seu deus do Sol. Um girassol jovem se vira em busca do sol, o mais velho fica fixo, refletindo a sua maturidade. O girassol por si só guarda a sua poesia. Além do mais, um campo de girassóis é a coisa mais linda de se ver, um tapete para deitar a alma. Como amo Vincent van Gogh, ele retratou girassóis pela sua exuberância e colorido, por refletir a vida e a alegria.

Resenhando.com - O que os leitores podem esperar deste livro?
Solange Sólon Borges - A proposta do livro é proporcionar uma viagem pelo universo feminino, um mergulho, com as expectativas que se pode guardar diante da família, de si mesma, das estações que muda a perspectiva e o humor. Por isso, construí o texto dividido em partes, como os "Jardins Regulares", que revela o desejo de harmonia, de beleza e permanência, em contraponto ao meu primeiro livro Jardins irregulares, que considero mais hermético. Passeio pelos cômodos de uma casa - porto seguro de cada um de nós - ao tratar da hora do banho a dois, de cozinhar juntos, do quarto como campo sagrado, daquele que sai, de quem fica, de quem retorna. Alguns leitores reportaram que foram tocados por algo que nem sabem explicar - será a nossa humanidade em comum? -, que há frases que dão arrepio, que a alma se revela. Tentei nomear aquilo que todo mundo sente, independente de gênero, mas que tem dificuldade de explicitar.

Resenhando.com - A exposição de uma jornalista em escrever e publicar poemas é maior?
Solange Sólon Borges - Apesar de o ofício de escrever ser o mesmo, no jornalismo o exercício é dar objetividade ao texto, no literário, trabalhar com o eu lírico. Muitas vezes, as pessoas se surpreendem ao olhar para o meu texto poético e não reconhecer a jornalista acostumada a ter um texto direto, porque o texto literário é um voltar-se para dentro, nem sempre compreensível à primeira leitura. Creio que há exposição maior, sim, pois traz muito da intimidade, mas o retorno também é gratificante.

Resenhando.com - Em que você se expõe mais, e por outro lado, em que você mais se preserva, em seus textos?
Solange Sólon Borges - Penso que exponho muito a expectativa feminina frente à vida, ao outro, seus ideais e como tenta conciliar os diversos aspectos de sua vida e os rumos possíveis a serem tomados. Creio que são pontos em comum a todas as mulheres, apesar dos caminhos serem diversos. Exponho muito a minha alma e talvez me permita preservar os que estão à minha volta, meus amores, não os nomeio para que sejam universais... ao deixar no ar se o que foi retratado realmente ocorreu, um mistério a ser desvendado. Aquela mulher existe de fato? Aquele homem é real? Aquela casa poderia existir? 

Resenhando.com - O que une a Solange de antes, aquela que começou a escrever poemas, e a de agora - uma reconhecida jornalista e escritora independente? 
Solange Sólon Borges - O elemento unificador é a maturidade conquistada a duras penas, diga-se. São 36 anos de atividade jornalística e mais de 40 na literária. Desde jovem me aventurei a escrever, mas confesso que tenho uma pasta "secreta" (opa, contei um segredo) de impublicáveis, pois são meros exercícios. É preciso ter discernimento onde se erra e se acerta, o que pode ser melhorado ou destruído. E, para isso, é preciso ter distanciamento afetivo do texto - para ser crítico - e deixar o tempo fazer o seu trabalho: possibilitar vivências necessárias para que as experiências ganhem contorno e expressão, para que se siga em frente e se olhe o passado com outros olhos. Creio que a jornalista hoje é menos idealista.


Resenhando.com - O que mais iguala e o que mais difere essas duas mulheres de épocas diferentes?
Solange Sólon Borges - No começo da carreira a gente sempre pensa que pode influenciar tanto a sociedade que as mudanças serão inevitáveis. O jornalismo - em sua forma clássica - vive uma crise: hoje todos são geradores de conteúdo e o sistema é o mesmo com seus mecanismos de pressão. Um salto poderá ser dado rumo a uma sociedade mais organizada e igualitária, mas trata-se mais de uma alteração interior, e penso que a poesia pode auxiliar nesse entendimento: é preciso ter um olhar amoroso para com o outro; é necessário cultivar amor, compaixão, fidelidade aos seus princípios, parceria, respeito. Hoje acho que sou mais uma profissional das letras do que do jornalismo e voltei-me à prosa poética e o ritmo interior de uma frase, sua musicalidade própria. Foi uma evolução, creio.


Resenhando.com - Qual foi o critério de escolha das poesias para o livro?
Solange Sólon Borges - Neste livro, especificamente, dividi o livro em duas partes. "Chão de Serpentes & Equilíbrio" traz poemas soltos, escritos em diversos momentos, mais duros, nem sempre sentimentais. Já a primeira parte foi feita em um fluxo contínuo, praticamente. Imaginei que poesia haveria no dia a dia em um lar e fiz um passeio pela casa - a sólida, onde habitamos, mas que leva à estrutura interior, a que nos habita, repleta de sonhos e expectativas, chegadas e partidas, emoções e naufrágios. Como, por exemplo: “Há dias de sol tão forte que me abro inteira - feito cortinas -, assim as perdas queimam e secam as cicatrizes. Quero violetas com flores porque o trabalho de cura é só meu”, um exemplo de comparação do jardim exterior e interno, com os quais brinco, ao trazer também "Motivos de Chegadas", "A Casa dos Sabores", "A Linguagem das Águas", "As Estações do Amor (Temporais, Verão, Primavera, Outono, Inverno)".


Resenhando.com - Que conselhos você dá para as pessoas que pretendem enveredar pelos caminhos da escrita?
Solange Sólon Borges - Leiam muito bons autores. É preciso ter repertório, além de imaginação. Já ouvi autores jovens afirmarem que não gostam de ler para não serem influenciados ou que nunca muda um texto porque ele nasceu assim. Bobagem, todos somos influenciados uns pelos outros. Essa é a grande troca da vida e do labor literário. Uma coisa é ter a lista de autores que o influenciaram, outra, é cometer plágio. A linguagem com a qual trabalhamos é a mesma, reinventá-la como Graciliano Ramos e Manoel de Barros [“o mundo não foi feito em alfabeto”, como diz ele] é um ato genial, um serviço de carpintaria que nem sempre se alcança. Mas o importante é encontrar a própria voz, o estilo, o jeito que se escreve, o que demanda exercício, espírito crítico, editar um texto quantas vezes for necessário. Não há texto que nasça pronto e não possa ser melhorado. Ao se olhar para como os grandes escrevem, apontam para a disciplina e às vezes chegam ao fim do dia e jogam fora tudo o que foi escrito para, no dia seguinte, retornar ao ponto inicial. Esse desapego é maturidade e espírito crítico, essencial para se desenvolver no campo das letras.


Resenhando.com - Quais livros foram fundamentais para a sua formação enquanto escritora e leitora?
Solange Sólon Borges - Desde jovem leio muito, contando com o incentivo dos meus pais, que nunca me negaram um livro. Na infância, fui fisgada pelos gibis e pulei rapidamente para Monteiro Lobato e seu sítio, "Meu Pé de Laranja Lima", de José Mauro de Vasconcelos, "Éramos Seis", de Maria José Dupré, "Pollyana", livros que, de modo geral, influenciaram a minha geração. Saltei para Machado de Assis (que estrutura de texto!), e li muito dos nossos brasileiros, pegando livros em bibliotecas: Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, José J. Veiga, Gibran Khalil Gibran, a poetisa Orides Fontela, a romancista Letícia Wierzchowski, de "A Casa das Sete Mulheres", "Sal", "Uma Ponte para Terebin". Mas também leio muitos livros de história e de filosofia. E adoro um bom mistério: já li tudo de Conan Doyle, sou fã de Sherlock Holmes. Também me agrada a ficção científica, nada como Ray Bradbury, H. G. Wells, Aldoux Huxley, Anthony Burgess, os distópicos, como "1984", "A Revolução dos Bichos" e "Laranja Mecânica". Leio muito os latino-americanos e os espanhóis, Isabel Allende, Gabriel Garcia Marques, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges no topo, mas também um escritor espanhol que conheci recentemente e pelo qual me apaixonei Ildefonso Falcones. Tenho uma mania: quando vou a outro país, quero conhecer primeiro as livrarias e peço indicações. Assim, conheço gente nova e sempre me surpreendo. Na viagem que fiz a Cartagena de las Índias, na Colômbia, trouxe livros do Gabo, claro, mas conheci uma poetisa maravilhosa, Piedad Bonnett, de uma sensibilidade ímpar: “Las cicatrizes son las costuras de la memória...”. Há tanta gente boa para se conhecer, tantos livros incríveis nos esperando... essa conversa entre culturas é uma dádiva.


Resenhando.com - Como e quando começou a escrever?
Solange Sólon Borges - Fui alfabetizada muito cedo: mamãe era professora e comecei a ler precocemente. Eu me lembro de uma composição (na minha época se chamava assim!), no segundo ano primário, que deu vazão à minha imaginação: o escritório, fechado à noite, estava uma bagunça na manhã seguinte, pois os objetos ganhavam vida... o lápis dançava com a caneta, o furador usava as bolinhas de papel como confete e rolava uma baita festa! Minha professora, Maria Judith Cassoli, ficou encantada e falou que, no futuro, eu seria escritora ou jornalista. Ela acertou. Nunca mais parei de escrever desde então, coisas ruins, medianas, sofríveis, até encontrar o meu próprio tom.  


Resenhando.com - Quais escritores mais influenciaram a sua trajetória artística e pessoal?
Solange Sólon Borges - No jornalismo, a linguagem fluente de Machado de Assis e João do Rio e seu ritmo flaneur. Clarice Lispector, especialmente, Cecília MeirelesFernando Pessoa, Mario de Sá Carneiro, Florbela Espanca, Cora Coralina, Tagore e Carlos Drummond, para citar alguns. A lista é longa... citaria mais uns 30, entre os expoentes do new journalism, o jornalismo literário.


Resenhando.com - É difícil ser escritora no Brasil?
Solange Sólon Borges - E como! De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura, a venda de livros de poesia representa 1,2% das vendas e se vende mais literatura estrangeira do que brasileira. mas, como sabem, viver de literatura, no Brasil, é um risco e um ato mágico. Eu arrisco.    


Resenhando.com - O quanto para você escrever é disciplina? 
Solange Sólon Borges - Escrever é ato que exige disciplina, pois é necessário autocrítica constante e o fato de se escrever com constância aprimora o estilo e o repertório e é preciso comprometimento com o texto. Claro está que, em alguns momentos, o texto surge numa explosão espontânea, mas nem sempre é assim. 


Resenhando.com - É mais inspiração ou transpiração? 
Solange Sólon Borges - Há mais transpiração mesmo, não adianta ficar só contando com uma ‘musa’ que desce para o nosso plano. Eu escrevo todos os dias, como jornalista, por dever de ofício, ou escritora, mas também me dou o direito de ter os períodos de pausa e ampla vagabundagem. Escrever deve ser algo prazeroso e não doloroso, mas às vezes o ato de escrever é algo tão profundo, que remexe memórias íntimas e causa certa aflição mesmo.


Resenhando.com - Quanto tempo por dia você reserva para escrever?
Solange Sólon Borges - Deve-se estar apto a aproveitar esse momento sensível ou prontificar-se a escrever sobre determinado tema, que eu começo e nem sei onde irá parar. Muitas vezes acordei com uma imagem na cabeça que se transformou em um texto literário e até com uma frase completa e é necessário dar vida a isso. Muitas vezes, um texto em pouco tempo mostra o seu esqueleto, mas devo me debruçar sobre ele para levá-lo ao término, e aí não é possível definir o tempo empregado. Já escrevi contos em duas horas e outros que mexi durante anos na estrutura até entender que estava pronto diante do proposto.


Resenhando.com - Você tem um ritual para escrever?
Solange Sólon Borges - Já escrevi de tantas formas que nem sei se posso dizer que há um ritual. Às vezes, na rua, algo vem à mente e então preciso procurar um café para sentar-me e escrever. Sempre tenho papel e caneta comigo e o bloco de notas do celular é hoje um poderoso aliado. Também rabisquei alguns trechos durante um trabalho jornalístico e os guardei depois para o literário. Gosto de escrever durante viagens, mas também de estar em um ambiente silencioso, de preferência com uma boa taça de vinho, o que ajuda a relaxar e dar fluxo ao texto. Tenho hábitos noturnos e fico na minha escrivaninha disponível para perceber se algum texto irá brotar ou não. Já aconteceu de saírem vários, na sequência, e, em outros dias, nada surge. O mais importante é estar à disposição para entender que algo foi maturado no subconsciente e está vindo à tona. Por preguiça ou sono, algumas vezes deixei esse momento passar, anotei frases que surgiram, mas perdi a completude do poema. É difícil explicar como acontece esse processo, do subconsciente para o papel, mas quando ele vem eu tento parar tudo e dar atenção a esse instante que nunca mais voltará.


Resenhando.com - Qual o mote que faz você ficar mais confortável para escrever? Uma frase? Uma imagem? Um incômodo?
Solange Sólon Borges - Um pouco de tudo, como disse, já acordei no meio da noite com uma imagem, uma frase pronta na cabeça, que acabou virando um poema ou um conto. Mas, muitas vezes, é esse incômodo mesmo de colocar para fora algo que está no inconsciente, eu nem sei como nomear exatamente isso que fica ali martelando. Então, quando surge esse incômodo que é mais forte do que eu, paro tudo e vou escrever, colocá-lo para fora, pois é como se tivesse vida própria e eu não tenho controle sobre isso. É preciso respeitar esses mecanismos e trabalhar com eles a seu favor.

Resenhando.com - Em um processo de criação, o silêncio e isolamento sao primordiais para produzir conteúdo ou o barulho não te atrapalha? 
Solange Sólon Borges - Já escrevi em lugares extremamente ruidosos, como um café, por exemplo. A atmosfera ali é propícia à escritura e me isolo tanto, em uma bolha, que sequer percebo o que está acontecendo à volta, mas é um momento de anotar ideias, fazer rascunhos. Em outros momentos, gosto de ficar quieta no meu canto, em pleno silêncio, para me dedicar totalmente a um texto intimista, que exige mais reflexão. Só não consigo escrever ouvindo música, que geralmente me distrai completamente. Na finalização de um texto, necessito do silêncio mesmo, pois fico lendo em voz alta para perceber o ritmo, a musicalidade, se tudo está no lugar certo, para encontrar o tom e a voz. Cada um tem um processo.

Resenhando.com - Como conciliar a rotina de uma jornalista com o ato de ser escritora e escrever os textos autorais?
Solange Sólon Borges - Eu trabalhei por muitos anos na Rádio Bandeirantes, em São Paulo, e o querido José Paulo de Andrade, que volta e meia me pedia algum texto específico, para o Dia das Mães, das Crianças, da Poesia, por exemplo, que ele lia geralmente no jornal "Pulo do Gato", sempre me perguntava como eu conseguia "virar o botão" da jornalista para a escritora e fazer textos tão diversos. Eu sempre respondi que não sabia mesmo. Nesse caso, era até a confluência do jornalismo com a literatura, que se transformava numa crônica radiofônica. Fiz isso também na Rádio Gazeta AM, onde meus textos eram lidos pelo saudoso Moraes Sarmento. Acho que a grande diferença é que a construção jornalística, especialmente a de rádio, é a construção de um texto bem mais direto e objetivo em sua estrutura. O texto literário permite subverter a ordem, apesar de também necessitar de lógica para o seu entendimento e permitir uma cadência rítmica que dá vazão à lírica e à musicalidade própria de um texto poético. É possível conciliar esses dois lados, como muitos escritores fizeram, atuando como jornalistas e se dedicando à vida literária ao mesmo tempo ou em momentos distintos de suas carreiras.


Resenhando.com - Para você, quais as características separam um texto bom de um ruim?
Solange Sólon Borges - Creio que um texto precisa ter coerência, para ser entendido, e certa elegância, para cativar o leitor, sem contar o aspecto gramatical, ou seja escrever respeitando algumas regras, mas sem ser escravo delas, dar outro propósito às palavras, fugir do banal. O texto ruim é quando se percebe que ele não tem uma razão de existir, não tem um propósito concreto, não foi trabalhado, se torna verborrágico e vazio. Já joguei muito texto fora porque percebi que não era o momento daquele texto ter nascido e às vezes a mesma ideia pode aparecer em outro momento de forma mais clara e burilada. Escrever é mais "jogar fora" do que deixar permanecer. É preciso desapego. Para escrever bem, gasta-se horas, em uma poltrona, conhecendo humildemente o texto de outros autores, suas ideias, como usar uma determinada palavra dentro de um contexto, ganhar repertório e criar imagens. E às vezes é o momento mesmo: quando li João Cabral de Melo Neto pela primeira vez, não gostei do texto, não era o meu momento de enfrentar um texto tão dramático e a construção que ele fazia. Ao revisitá-lo, tempos depois, entendi sua profundidade e agora gosto muito e o respeito. Isso vem com a maturidade de leitora também. Há textos que já olhei, para poder avaliar e criticá-los, e não fazem parte do meu universo como leitora. Para mim, são sofríveis, como os romances hot, febre atual, e Paulo Coelho, nada me acrescentam e não gosto do estilo. Mas ler algo é sempre melhor do que não ler nada. E, claro, também estou sujeita ao fato de outras pessoas lerem o que escrevo e simplesmente não gostarem. Por sorte, a literatura pode ser democrática.


Resenhando.com - O que há de autobiográfico nos textos que escreve?
Solange Sólon Borges - Há demais, eu diria. Escrever é se expor, carrega tons autobiográficos, pelo que se leu de outros autores, pelo que se viveu, e que ficou amadurecendo no próprio interior. Trata-se de uma interpretação muito pessoal com uma visão própria do mundo. Quando me exponho em um poema diante da alegria, de um desalento, um rompimento, acaba sendo muito intimista com tons biográficos. No meu romance "Todos os Homens São Girassóis", agraciado tempos atrás com o prêmio Clio da Academia Paulistana da História, há pedaços da minha infância e adolescência que são bem autobiográficos. Porém, misturo outra voz que seria aquela que ressoa em cada ser humano, na qual uma pessoa pode se reconhecer, pois todos nós nascemos com expectativas, não sabemos o que virá pela frente, como se desenrolará nossa história pessoal, o que planejamos para a vida e, na verdade, tomou outro rumo. É uma forma de dizer que nosso controle sobre a vida é ínfimo e usei minha história pessoal para promover essa reflexão que é universal, apesar de biográfica.


Resenhando.com - Hoje, quem é a Solange Sólon Borges por ela mesma? 
Solange Sólon Borges
Essa é a pergunta mais difícil de responder talvez. Eu não sei, me desconstruo e construo como pessoa a cada dia. Sempre fui muito sonhadora e imaginei para mim uma vida que não se concretizou, mas que sob muitos aspectos foi melhor do que o planejado. Ao olhar-me em retrospecto, gostaria de ter mais momentos promissores, mas tudo isso me fez amadurecer como pessoa e ser quem sou: sentimental demais, perceber tudo com forte profundidade, e nem sei se isso é bom ou ruim, mas é assim que sou e faz parte da minha gênese. A vida é uma brisa e procuro vivê-la intensamente com um olhar mais sutil dentro do cosmos que habitamos. Não é tarefa fácil despregar-se da materialidade que nos rodeia para compreender essa sutileza, o que etéreo e está à volta. Vivo em parte nesse mundo e tento vê-lo de forma mais translúcida e tranquila, mas, isso só vem com a maturidade. Penso que estou bem com isso e me sinto feliz e realizada. Há generosidade inclusive na adversidade. Entre tantas lições que precisamos aprender durante a pandemia, atravessei um processo criativo extremamente interessante, quando eu e o amigo Coca Valença escrevemos juntos o livro "Mudei Meu Passado, e Agora?", que se encontra em gráfica. Ou seja, duas cabeças e quatro mãos e foi um exercício interessante aprimorar esse texto e ceder em alguns aspectos diante da opinião do parceiro literário, o trabalho de dar e receber, e especialmente agradecer, nessa nossa humana trajetória.  


"A Vertigem dos Girassóis" - Solange Sólon Borges



sábado, 2 de abril de 2005

.: Entrevista com Marcelino Rodriguez, escritor

"A leitura é vital para o indivíduo e para os povos. Um povo sem leitura é um povo subjugado." - Marcelino Rodriguez

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2005




Marcelino Rodriguez, é um escritor hispano-brasileiro, de 38 anos. Poeta e escritor desde a adolescência, publicou o primeiro poema em 1986, na Shogun Arte editora, do casal Paulo Coelho e Cristina Oiticica. 

Em 1996, lançou o livro de crônicas o “Observador de Pardais” e estréia como cronista. Na seqüência foram os títulos: "O Espião de Jesus Cristo" 1999, "Juvenília" 2000, "Café Brasil" 2001, "A Ilha" 2001, "Boneco de Deus" 2002, "Mar, Romântico Mar" 2002, prêmio Pérgula Literária Internacional e Ação Cultural.

Em 2000 tornou-se editor da Luz do Milênio Editora. Em janeiro de 2004 viajou e residiu na Argentina por dois meses. Portador de dupla nacionalidade, esse é Marcelino, um hispano-brasileiro. 



RESENHANDO - Qual o sentimento de ter um livro publicado?
MARCELINO - Bem, eu sempre editei de forma independente, por editoras cooperativadas, em que o  autor paga a edição. Meu primeiro livro solo foi em 1996, O Observador de Pardais. Em 2000, fundei a Luz do Milênio Editora e passei a usar sua chancela. Mas as grandes editoras ainda não tive muita paciência de ficar esperando. Preciso produzir para sobreviver física e psicologicamente. Não é preciso dizer, acho, que escritor sofre um bocado até poder andar sobre as palmeiras... 


RESENHANDO - Há quanto tempo está produzindo esta obra? 
MARCELINO – Boa pergunta. Em Janeiro de 2004, não tendo condições nem financeiras nem morais de permanecer no Brasil naquele momento, oficializei minha cidadania espanhola e fui para a Argentina, Córdoba. Alguns textos, escrevi ainda no Brasil e se pode perceber o exílio e a solidão do período no ano de 2003. Com os textos escritos na Argentina e mais os que escrevi ao retornar, em março de 2004 até fevereiro desse ano, posso dizer que foram dois anos de tempo convencional. Bom Dia, Espanha! é meu livro mais importante, mais lúcido, onde assumo de forma obstinada minha hispanidade, mais ainda do que a condição européia, porque a língua e os costumes de Espanha estão em toda a outra parte da América-Latina. Inicialmente , em 2001, programei uma viagem a Cuba que acabou não saindo. Em 2004, enfim, cumpri o destino que estava no sangue e tive que me acertar com o espanhol que há em mim. A Argentina foi uma revelação. Hoje, compreendo que a verdadeira cidadania é sanguínea, pois não importa a terra em que vamos nascer. Importa antes essa que temos geneticamente e vai nos dar o corpo, elementos psicológicos, insights ancestrais, etc. Demorei muito tempo para perceber o óbvio. Ou seja, que eu sou um híbrido. Em qualquer país de língua espanhola sinto-me em casa. Uma colega ítalo-boliviana, descreveu sua condição de híbrida da seguinte maneira: "Não me sinto nem completamente italiana nem completamente boliviana. Me sinto um ser híbrido, cidadã do mundo, estrangeira em toda parte". Na verdade, nós híbridos somos muito sensíveis. Essa obra então, finalizando, posso dizer que foi uma obra de revelação de vida. Assim que nasci com ela e por ela.


RESENHANDO - Fale sobre o livro que escreveu. 
MARCELINO – É um livro autoral que acaba sendo universal pelos acontecimentos em Madri e pelo arquétipo de um artista perdido em busca de um porto e de um filho de imigrante buscando uma pátria.


RESENHANDO - Qual o estilo da sua obra? Por quê? 
MARCELINO – Minha obra é autoral, na maioria das vezes. Muitas vezes foi autobiográfica. Até ingenuamente de minha parte. Um livro de poesia em que há grandes momentos... É uma obra que tem lampejos, muita sensibilidade, humor, muita vida... Para o que a vida me deu como infra-estrutura e a maneira precária da troca cultural no Brasil, posso dizer que fui muitas vezes heróico. Espero daqui por diante com mais recursos e reconhecimento, com mais apoio, ter mais zelo com minha literatura. 


RESENHANDO - Como e quando começou a escrever? O que escrevia? Por que? 
MARCELINO - Comecei na adolescência, por volta dos 17, 18 anos escrevia poesia basicamente. Aliás, virei escritor além de poeta porque percebi que não sobreviveria com lirismo apenas. Quem me abriu as portas da revelação foi meu colega Jose Enokibara, um poeta independente muito bom. Pouco divulgado, infelizmente. A partir de lê-lo, descobri que era poeta. Foi meu primeiro ídolo.


RESENHANDO - Quais as dificuldades encontradas para publicar a primeira obra?
MARCELINO - Se o autor tiver algum dinheiro, ele pode pagar a edição como fazem quase todos os escritores. Sem essa condição, ele terá que tentar o mercado convencional que é pedreira. Mas a regra quase geral é o início alternativo e independente. 


RESENHANDO - Para ler, qual o seu estilo preferido? 
MARCELINO - Eu escrevi uma crônica sobre o Nilton Bonder em que falo que meu conceito de literatura seria a arte de interpretar O absoluto via palavras. Sendo assim, gosto dos leitores metafísicos, místicos, autores, que além do lado estético me tragam mais conhecimento. Na verdade, a condição espiritual da vida é que sempre busquei entender. Acho que todo livro deve acrescentar algo na alma do leitor. Meu estilo preferido são relatos das descobertas que os autores fazem com a alma. "Gosto de livros escritos com sangue", dizia Niesztche. É por ai.


RESENHANDO - Há alguma obra em especial que tenha marcado um momento importante da sua vida? Qual? Por que? 
MARCELINO - Sim. Claro. Shopenhauer, com As Dores do Mundo, Niesztche com Assim Falou Zaratustra, na adolescência, mais tarde um pouco, Fernando Pessoa, Paulo Coelho com o Diário de um Mago e Nilton Bonder com Portais Secretos, livro que li seis vezes. Foram obras que me mudaram.


RESENHANDO - Na sua opinião, há interferência entre o que o escritor vive com o que escreve? Porque? 
MARCELINO -  Entendo que sim. Todo livro é, em algum nível, autobiográfico. 


RESENHANDO - Na sua opinião é real o incentivo à leitura que tanto se comenta? O que acha da ação concreta do governo federal sobre a lei que desonerou o livro do PIS/Confins?
MARCELINO - Não. É demagógico “os incentivos”. Tanto assim que não há programas televisivos que abordem a questão da informação e cidadania. A leitura é vital para o indivíduo e para os povos. Um povo sem leitura é um povo subjugado. Deve-se trabalhar no ensino fundamental e no médio. Principalmente. A leitura forma cidadãos e valores. O jovem chega no Brasil as universidades sem nenhum senso de cidadania e patriotismo, então vemos juizes, médicos, advogados e outros seres de ”nivel superior”, sem um mínimo caráter. Quanto a lei , é boa. A questão é ver se vai funcionar. 


RESENHANDO - Que nomes da literatura lhe influenciaram na escrita? 
MARCELINO - Muita gente. Jorge Amado. Jorge Luis Borges. Fernando Pessoa. Drummond. Cecília Meirelles. Mário Quintana. Paulo Coelho. Nilton Bonder. Os cronistas. Etc. 


RESENHANDO - Você acha que o avanço tecnológico, como por exemplo, o  computador e a internet, estão afastando as pessoas dos livros? 
MARCELINO - Não. Pelo contrário. Está fazendo as pessoas escreverem, se comunicarem através de blogs. A internet pra mim, é a maior invenção humana. 


RESENHANDO - Qual a importância do incentivo à leitura para o público infantil? 
MARCELINO - Vital. Não dar livros as crianças é um crime ideológico contra a natureza humana. 


RESENHANDO - O que a literatura representa em sua vida? 
MARCELINO - Parte substancial da minha vida, já que vivo de acordo com minhas idéias. 


RESENHANDO - Quais as suas perspectivas no universo editorial? 
MARCELINO - Ter garantida a minha sobrevivência como autor e contribuir com livros que tornem a vida mais leve. “Bom Dia, Espanha” já foi uma escolha estética. 




PING-PONG: 

Cidade que nasceu: Rio de Janeiro. Espanhol por ascendência paterna. Meu pai era da Galicia. 
Ano de nascimento: 1966. Dia 27 de agosto – sob o signo de virgem. 
Gosto de: Gente responsável. 
Detesto: O oposto. 
Vivo por: Modo espiritual. Penso sempre na questão da possível eternidade de tudo. 
Meus escritores favoritos são: Nilton Bonder, Paulo Coelho, Gabriel Garcia Marques. Graciliano Ramos. 
Escrevo por: Necessidade. Vocação. 
Mensagem para o público que irá conferir a sua obra: Foi escrita com uma paixão nobre em que procurei sempre dar o melhor. Bom Dia, Espanha é a metáfora da minha condição humana. 

domingo, 20 de agosto de 2023

.: Entrevista: Maya Eigenmann: "A gente precisa olhar para os nossos traumas"


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. Foto: Carol Bassolli

Ao contrário do que se fala por aí, as pessoas não aprendem pela dor. A teoria da pedagoga Maya Eigenmann, autora dos livros "Pais Feridos, Filhos Sobreviventes e como Quebrar Este Ciclo" e "A Raiva Não Educa. A Calma Educa", é justamente ao contrário: por incrível que pareça, as pessoas aprendem pelo amor. Best-seller nacional, ela propõe uma verdadeira revolução amorosa, tão necessária para combater a sociedade em que estamos inseridos, quanto benéfica para corpo e alma. 

E o que uma relação baseada no afeto, respeito e acolhimento, pode trazer às crianças de hoje? Em entrevista exclusiva para o Resenhando.com, Maya Eigenmann, que é educadora parental, pós-graduada em neurociências e em Educação Positiva, responde a esta pergunta e muitas outras questões que podem despertar insights e transformar vidas. Compre o livro "Pais Feridos, Filhos Sobreviventes e como Quebrar Este Ciclo", de Maya Eigenmann, neste link.


Resenhando.com - Como surgiu a ideia de escrever o livro “Pais Feridos, Filhos Sobreviventes e como Quebrar Este Ciclo”?
Maya Eigenmann - Esse livro veio com a intenção de dar um passo a mais em relação ao primeiro livro, de se aprofundar mais no autoconhecimento e guiar os leitores para reflexões específicas, para chegar a conclusões de maneira mais estruturada. Por isso, separei espaços de autorreflexão no livro. Queria também trazer um pouquinho mais de prática e faço isso com relatos pessoais, que foi um pedido dos leitores em relação ao primeiro livro. Queria mostrar para as pessoas que educar amorosamente e respeitosamente não é um luxo, mas uma necessidade básica do ser humano.

Resenhando.com - O que torna as pessoas feridas, ao longo da vida?
Maya Eigenmann - As feridas acontecem na nossa infância, principalmente, por causa dessa grande desconexão que há entre os pais e filhos. Os próprios pais também são filhos feridos, que se tornaram adultos feridos, e acontece todo esse ciclo transgeracional de trauma. Então, as feridas vêm principalmente dessa desconexão: a criança que chora e não é acolhida, a que dorme sozinha no escuro com medo, a com a qual gritam e essa criança não tem para onde fugir. Enfim, os casos são muitos, mas normalmente é quando os filhos não são respeitados nem vistos por quem eles realmente são.


Resenhando.com - O que isso pode refletir nos filhos dessas pessoas?
Maya Eigenmann - O reflexo disso é que vamos, querendo ou não, replicar esses acontecimentos também nos nossos filhos, porque é o que recebemos. Eu sempre gosto de dar um exemplo, que é da comida que fica sobrando no prato: vamos supor que você era uma criança que tinha que comer tudo que estava no prato ou, senão, apanhava. Você associou que comida no prato é igual a perigo. Seu cérebro registra isso. Quando você cresce, tem filhos e eles não comem o que está no prato, o teu cérebro também fica em alerta. Claro que isso é um processo inconsciente, mas eu começo a querer controlar essa minha criança, obrigá-la a comer tudo para eliminar a sensação de perigo que eu sinto. E se eu não me conscientizar disso, meu filho acaba pagando o preço que eu também paguei lá na infância.

Resenhando.com - Qual é o primeiro passo para quebrar o ciclo de pais feridos e filhos sobreviventes?
Maya Eigenmann - O primeiro passo é os adultos se conscientizarem dos próprios traumas e das próprias feridas. Isso, às vezes, vai significar perceber que a infância não foi tão florida como a gente imagina. Não de um lugar assim de acusação para com os pais, porque, como falei, eles também são pessoas feridas. Mas, sim, de entender que houve violência e negligência emocional, e isso ficou marcado. Se não olhar para isso, não vou cuidar e vou, querendo ou não, passar para frente


Resenhando.com - No seu livro você defende que não se prospera por meio da dor, mas sim pelo amor. Como se aproximar, então, de temperamentos mais resistentes?
Maya Eigenmann - Quero citar um especialista maravilhoso, o Dr. Steven Porges, criador da Teoria Polivagal, que fala que muitos de nós estamos em um estado de alerta, resistência e agressividade, justamente, porque nos faltou acolhimento na infância. Não tivemos um apego seguro. Nos tornamos resistentes a tudo e a todos, inclusive, ao amor. Então, vamos supor que sou casada com uma pessoa que é resistente à ideia de educar pelo amor. Vou precisar entender que ela está hiper alerta, que é uma pessoa ferida e que só vou conseguir construir um diálogo em um espaço de muita segurança, porque é isso que nos desarma. É a sensação de segurança que nos torna generosos e amorosos. Talvez, a gente possa começar essa conversa com: "Nossa, meu bem, hoje de manhã nosso filho chorou, eu o acolhi enquanto chorava no meu colo e tive uma sensação tão estranha, porque, de um lado, me fazia tão bem vê-lo confiar no meu colo e, por outro, fiquei triste por lembrar que nunca recebi esse colo assim. Como é que você se sente com isso? Como é que era na sua infância? Como é que você se sente quando nosso filho chora?". É desse lugar de vulnerabilidade, honestidade emocional e amorosidade que a gente vai conseguir abrir um diálogo com pessoas que talvez tenham mais resistência.

Resenhando.com - Como a educação positiva pode mudar alguém?
Maya Eigenmann - Então, essa pergunta é capciosa. Acredito que só muda quem quer. Não adianta impor isso a ninguém. Mas não acho que a educação positiva muda; na verdade, é a pessoa que vai mudar. O indivíduo que escolhe olhar para dentro de si e perceber as suas feridas. A educação positiva vai trazer o conhecimento, o conforto e a segurança de que o caminho é esse, que nós precisamos, sim, prosperar no amor, que precisamos dar amor, ser generosos e dar segurança uns aos outros. A gente precisa olhar para os nossos traumas. A educação positiva é uma placa, mas quem faz o caminho somos nós mesmos.

Resenhando.com - Como podemos usar a educação positiva em nosso favor?
Maya Eigenmann - A educação positiva é o nosso caminho de volta para casa. É a sensação de se reencontrar com quem realmente somos. É um presente que temos hoje nessa geração, especificamente de ter acesso a essas informações para poder fazer diferente. É nesse sentido de como posso mudar, me transformar e, por consequência, modificar uma sociedade inteira, se todo mundo se envolvesse com educação positiva. Mas, mesmo que não sejam todos, muitos estão fazendo esse caminho.


Resenhando.com - Em sala de aula, sem apoio dos responsáveis, é possível fazer um trabalho com estudantes que apresentam temperamentos agressivos ou desinteressados?
Maya Eigenmann - Primeiro, temos que entender que o sistema escolar é violento no sentido de que não colocamos a criança no centro, colocamos o conteúdo no centro. Então, precisamos entender isso antes de qualquer coisa, porque, senão, não colocaríamos um adulto apenas para cuidar de 30 crianças numa sala de aula. Isso é totalmente destrutivo para o professor e para o aluno. Não faz nenhum sentido funcionar dessa maneira. Mas, levando em consideração que temos essa realidade, o mais potente é o professor saber que tem muito poder de influência quando cuida do próprio estado emocional. Se ele entra desregulado em sala de aula, vai desregular os seus alunos também. Sei que isso é difícil, porque muitas vezes o professor trabalha três turnos por dia. O que pode ser feito nessa realidade é o professor tentar reduzir danos dentro do que é possível de se regular para estar disponível para os alunos. Mas sem políticas públicas também é muito mais difícil, porque vamos encontrar muita resistência, muito bloqueio e muita injustiça. O professor ganha pouco e tem que fazer muitos turnos. Se fossemos construir uma distopia, um professor poderia dar aula em espaços mais verdes, talvez, até mesmo sem parede alguma com dez alunos em cada turma durante a metade do dia. Seria muito mais proveitoso para o professor e para o aluno, mas a realidade é que colocamos 30 alunos dentro de uma caixinha, que são as paredes das salas de aulas, com um professor apenas. 


Resenhando.com - Como pais, mães e educadores podem melhorar os vínculos afetivos com os mais jovens?
Maya Eigenmann - A melhor maneira de aprimorar o nosso vínculo é cuidando dos nossos trabalhos, porque, na verdade, o que me impede de criar um vínculo saudável são as minhas sombras, os meus traumas e as minhas feridas. Por esse motivo, interpreto o comportamento da criança como algo perigoso, assim como o exemplo da comida, que a criança deixa o alimento no prato, e se ela chora ou faz birra, entendo que tenho que controlar. Isso gera desconexão. Se não me deixo ativar por esses comportamentos, a conexão permanece e o vínculo afetivo continua também, esse é justamente o “X” da questão.


Resenhando.com - Em que os vínculos fortalecidos entre pais e filhos podem melhorar - para melhor - uma personalidade?
Maya Eigenmann - Na verdade, todos nós nascemos com uma autenticidade, cada um nasce com um eu próprio muito verdadeiro e cada um é diferente. Esse vínculo afetivo, amoroso e respeitoso vai fazer com que não precise maquiar quem sou para existir. Não é que vai melhorar a personalidade, mas uma relação afetuosa e respeitosa vai fazer com que essa criança não tenha que ser outra pessoa para agradar - ela não vai precisar performar para agradar. Ela não tem que mudar a sua autenticidade e a sua essência para que alguém goste dela. Então, não é que vai melhorar, mas vai dar a liberdade da criança ser quem ela é.

Resenhando.com - Em um mundo repleto de intolerância e narcisismo, quais são os benefícios físicos e emocionais de uma relação baseada no afeto?
Maya Eigenmann - A intolerância, o narcisismo e o preconceito vêm da nossa infância na qual não fomos genuinamente amados. Assim, começa a projetar a raiva nas outras pessoas, porque, no fundo, a criança não pode odiar e ter raiva dos pais. Ela vai ter que achar outro objeto e outra pessoa para projetar essa raiva. Uma frase importantíssima da psicóloga espanhola Ivonne Laborda diz: "Quando vivemos criticando os nossos filhos, eles não deixam de nos amar, deixam de amar a si próprios". Eles vão começar a não gostar de si mesmos e projetar essa raiva em outras pessoas.

Resenhando.com - A revolução que o mundo de hoje precisa é pelo amor?
Maya Eigenmann - Sim. É totalmente uma revolução amorosa, porque quando entendemos que é no amor que prosperamos, sentimos segurança e ficamos bem e que dar amor não vai fazer uma criança ficar mal acostumada. Na verdade, dar amor vai construir sua personalidade em termos de poder ser autêntica. Quando entendo isso, crio uma pessoa para ser honesta, amorosa, generosa e que não vai só olhar para o próprio umbigo. Se muitos fizerem isso com os próprios filhos, vamos começar a ter uma pequena revolução acontecendo de fato. Garanta o seu exemplar de "Pais Feridos, Filhos Sobreviventes e como Quebrar Este Ciclo", escrito por Maya Eigenmann, neste link.


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