sábado, 27 de fevereiro de 2021

.: “Live In London”, de Amy Winehouse, nas plataformas

A performance de 2007 de Amy Winehouse, no lendário Shepherd’s Bush Empire, em Londres, está disponível em todas as plataformas digitais. Intitulada “I Told You I Was Trouble: Live In London”, a coleção foi disponibilizada em quatro partes e hoje é apresentada de maneira completa. Estão agora disponíveis as músicas do empolgante set de Winehouse - capturadas no auge de sua carreira. 

O show inclui interpretações de faixas dos discos “Back to Black” e de seu álbum de estreia, “Frank”. O set conta com uma versão alegre do hit de Winehouse “Back to Black”, no qual as habilidades vocais da artista brilham ao máximo.

Ouça e baixe aqui: umusicbrazil.lnk.to/IToldYouIWasTroublePR

.: "A Dama da Noite" faz temporada no Alvenaria Espaço Cultural


Depois de temporada de sucesso do espetáculo "A Linha", de Cris Cruz, o Alvenaria Espaço Cultural recebe, a partir de 8 de fevereiro, o espetáculo "A Dama da Noite", de Caio Fernando Abreu, com direção de Kiko Rieser e atuação de André Grecco. As apresentações acontecerão ao vivo no espaço, com transmissão pela internet. 

Na peça, a personagem-título, beirando à meia-idade, trava uma conversa casual com um jovem garoto em um bar. Durante todo o tempo, ela conduz o diálogo a partir de sua perspectiva de mundo, suas experiências, anseios e frustrações. "A Dama da Noite" fala da morte, da espera de um grande e verdadeiro amor e, principalmente, de como ela se vê à margem do mundo que a rodeia.

O conto, de 1984, foi interpretado em 1997 por Gilberto Gawronski em uma montagem histórica. Nesta versão, são destacados o estranhamento de gênero da personagem, que surge como alguém reconhecível como homem, mas que fala sobre si no feminino, brincando com a pluralidade de gêneros e fazendo do discurso da personagem e do texto algo muito contemporâneo.

A discussão sobre a proposição de um gênero fluido faz emergir o aspecto plural da fala da Dama, que parte de um discurso que não é só de uma personagem, mas de todos os frequentadores da noite, com suas eternas buscas por algo – utópico ou tangível – que nem sempre pode ser encontrado pelos bares e baladas de uma grande metrópole.

Sobre o Alvenaria Espaço Cultural
Idealizado por Bia Toledo e Tati Bueno, o espaço é gerido por mulheres e aberto para todes. O Alvenaria é um espaço cultural colaborativo independente e multiplataforma que existe desde 2018 e oferece uma programação variada de cursos online e presenciais, shows independentes, peças de teatro e exposições de arte. Também é sede da “Nossa Companhia de Teatro” e tem espaços para ensaios de teatro, música, dança, cursos, produções de foto e cinema, loja colaborativa e um café/bar.

A curadoria visa abrir espaço para artistas de diversas áreas mostrarem seu trabalho, repensando os modelos de sustentabilidade da cultura. Entre as suas atividades se destacam alguns projetos: Curtaria, mostra permanente de curtas-metragens, privilegiando a cena independente; Sexta Autoral, shows de músicos independentes; Dramaturgia na mesa, projeto de leituras dramáticas de autores da cena contemporânea. Com pouco mais de dois anos, já realizou cerca de 200 eventos entre shows, cursos, peças de teatro, aniversário e casamentos. Circulam pela casa cerca de 400 pessoas por semana.

Ficha técnica:
"A Dama da Noite"
Texto: Caio Fernando Abreu
Direção: Kiko Rieser
Assistente de direção: Rafael Gratieri
Elenco: André Grecco
Piano ao vivo: Rogério Rochelitz
Consultoria teórica: João Nemi
Produção executiva: Rafael Petri
Direção de produção: André Grecco
Iluminação e figurino: Kleber Montanheiro
Trilha Sonora: Vanessa Bumagny
Fotos e arte gráfica: Rafael Petri
Realização: Cão Bravo Produções Ltda.

Duração: 45 minutos
Classificação: 14 anos
Quando: segundas-feiras, até 1 de março, às 20h
Onde: www.sympla.com.br/alvenaria
Ingressos: R$ 20 - revertidos totalmente para os artistas

.: Diário de uma boneca de plástico: 27 de fevereiro de 2021

Querido diário,

Estava faxinando o meu computador e pá! Encontrei essa foto... Ah! Foi um passeio no Emissário Submarino, em Santos. Comecei a recordar das viagens que fiz e voltei ao assunto da vacina. 

Agora, com o líder do Brasil sendo um total acéfalo e achando lindo, tudo o que me preocupa é... "Quando serei vacinada? Isso deve acontecer em 2021?"

Afinal, nem os pais da minha dona tomaram a primeira dose...

Aliás, até o momento, apenas a vovó dela tomou a primeira dose da Coronavac... Mas ela tem 88 primaveras... 

Meu Deus! O que será de mim? E de Auden Pink?!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg



.: Peça imersiva “As Palavras da Nossa Casa” é apresentada ao vivo pelo Zoom


Adriana Câmara em cena de “As Palavras da Nossa Casa”. Crédito: Hernani Rocha 


Sucesso de público na Casa das Rosas, o espetáculo imersivo “As Palavras da Nossa Casa”, do Núcleo Teatro de Imersão, teve sua temporada interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, o grupo decidiu reambientar o texto e explorar os recursos oferecidos pela internet para criar uma versão online da peça. A nova temporada pode ser conferida entre os dias 22 e 27 de março, com sessões de segunda a sexta, às 14h30 e às 19h30, e, no sábado, 16h e às 20h.


A dramaturgia do espetáculo foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007). “A principal referência é ‘Sonata de Outono’ (1978), mas também fazemos referências a ‘Através de um Espelho’ (1961), ‘Gritos e Sussurros’ (1972), ‘Morangos Silvestres’ (1957) e ‘Face a Face’ (1976)”, revela a diretora.


Na trama, o espectador acompanha uma reunião virtual entre a famosa cantora Charlote (interpretada pela atriz Gizelle Menon), sua filha única Eva (Adriana Câmara) e seu genro Victor (Glau Gurgel). As duas não se veem há muito tempo e guardam profundas mágoas do passado, como o fato de Eva ter se sentido, a vida inteira, negligenciada por Charlote, precisando, inclusive, lidar com a perda de seu único filho sem o apoio da mãe, que se dedicava à administração das demandas de sua carreira internacional.


Charlote vive na agitada metrópole São Paulo (SP), enquanto Eva optou por uma vida mais tranquila e foi morar com o marido, o pastor presbítero Victor, em Garanhuns (PE). Como Victor teve contato com alguém que contraiu Covid-19 na sua igreja, ele e Eva dividem telas diferentes – enquanto ela circula pelo apartamento, ele acessa a conferência do escritório, onde passa a quarentena.


Para resgatar os sentimentos nobres que ainda existem entre elas, mãe e filha precisam encarar todas as suas feridas, e, nesse processo, acabam proferindo palavras muito duras. A montagem sensível provoca a identificação imediata do espectador, ao tratar de temas como o amor, as cobranças e expectativas na criação dos filhos, as diferenças de geração, a falta de comunicação em relacionamentos, a esperança e os recomeços após dores profundas e os temores trazidos pela pandemia, numa abordagem que parte de situações e conflitos parecidos com os que todos já vivenciaram ou testemunharam.


O caráter imersivo da montagem ganha novos contornos via Zoom. Enquanto, na Casa das Rosas, os espectadores entravam no casarão de Eva e Victor, na década de 1960, e percorriam seus diversos cômodos, cercados por personagens com figurinos da época, agora, na versão virtual do espetáculo, o público entra na videoconferência da família, nos tempos atuais, durante a pandemia, acompanhando bem de perto esse encontro virtual e tendo a oportunidade de conhecer diversos ambientes das casas de Eva, Victor e Charlote. 


“Na versão presencial, o público entrava fisicamente no espaço físico dos personagens, agora o público entra virtualmente no espaço virtual dos personagens e assiste à apresentação como se estivesse testemunhando uma conversa de uma família verdadeira, e não uma encenação, numa espécie de ‘linha cruzada audiovisual’. Nosso objetivo é que a experiência seja tão imersiva, que o público esqueça que se trata de um espetáculo”, conta Adriana Câmara.


Depois da sessão, o elenco continua no Zoom para uma conversa com os espectadores.


Essa temporada foi contemplada pelo edital do Programa de Ação Cultural (ProAC Expresso) e conta com recursos da Lei Aldir Blanc e realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo, do Governo Federal.


“As Palavras da Nossa Casa” é o segundo espetáculo do Núcleo Teatro de Imersão. A primeira peça do grupo, “Tio Ivan”, ganhou o Aplauso Brasil 2018 na categoria Melhor Espetáculo de Grupo por voto popular. 



Sobre o Núcleo Teatro de Imersão: O Núcleo Teatro de Imersão é um grupo teatral de São Paulo, SP, que pesquisa e monta espetáculos de teatro imersivo, propondo novas relações entre ator e espectador, ao inserir o público no espaço da representação, em meio à cena representada. O objetivo do grupo é fazer com que o espectador se envolva com os personagens e emocione-se com a história como se estivesse testemunhando eventos reais, e não uma encenação. No período de distanciamento social, o grupo tem realizado também experiências de teatro virtual, criando espetáculos online que levam o espectador para dentro do mesmo ambiente virtual dos personagens.


O Núcleo Teatro de Imersão iniciou suas pesquisas em 2014 e, no ano de 2017, estreou seu primeiro espetáculo imersivo e itinerante, “Tio Ivan”, adaptação para a peça teatral “O Tio Vania”, de Anton Tchekhov, em cartaz por três temporadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Casa das Rosas, em São Paulo, em 2017, 2018 e 2019. A montagem foi premiada como Melhor Espetáculo de Grupo de 2018 do Prêmio Aplauso Brasil (júri popular).


Em 2020, o Núcleo Teatro de Imersão estreou “As Palavras da Nossa Casa”, encenação imersiva e itinerante inspirada em obras de Ingmar Bergman, em cartaz na Casa das Rosas, em São Paulo, de janeiro a março. O espetáculo obteve lotação máxima em todas as sessões de sua temporada e, com a chegada da pandemia de Covid-19, ganhou temporada online ao vivo, pelo Zoom, além de apresentação pela Conexão Casas de Cultura, nas redes sociais da Casa de Cultura de Santo Amaro, e pela Virada Cultural da Cidade de São Paulo. 


Em 2021, o Núcleo Teatro de Imersão está se preparando para lançar o espetáculo virtual Ausências, montagem interativa e imersiva, que acontece ao vivo, online, pelo Zoom, com participação ativa dos espectadores. 


SINOPSE:
Durante a pandemia, uma cantora famosa reencontra sua filha e seu genro através de um aplicativo de videoconferência. No encontro, revelam-se as mágoas, o amor e as perdas que unem e separam a família. O público testemunha a videoconferência das personagens como se estivesse flagrando a conversa de uma família verdadeira. Espetáculo imersivo virtual inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman.


FICHA TÉCNICA

Realização: Núcleo Teatro de Imersão

Direção: Adriana Câmara

Texto: Adriana Câmara e Glau Gurgel, inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman

Elenco: Adriana Câmara (Eva), Gizelle Menon (Charlote), Glau Gurgel (Victor)

Anfitriã da sessão: Dayane Isabela

Produção executiva: Adriana Câmara

Cenografia e figurino: Adriana Câmara

Produção de arte: Adriana Câmara, Gizelle Menon e Glau Gurgel 

Programação visual: Hernani Rocha

Fotografias: Hernani Rocha

Produção: Menina dos Olhos do Brasil

Assessoria de imprensa: Agência Fática (Bruno Motta e Verônica Domingues)


SERVIÇO

As Palavras da Nossa Casa, do Núcleo Teatro de Imersão

Temporada: 22 a 27 de março de 2021

De segunda a sexta, às 14h30 e às 19h30, e, no sábado, às 16h e às 20h

Ingressos: Grátis

Reservas online: www.sympla.com.br/nucleoteatrodeimersao

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

Gênero: Drama Imersivo

Site do grupo: https://www.nucleoteatrodeimersao.com.br/

Site do espetáculo: https://www.nucleoteatrodeimersao.com.br/as-palavras-da-nossa-casa

Facebook: https://www.facebook.com/nucleoteatrodeimersao

Instagram: @nucleoteatrodeimersao

.: Duda Ramalho integra o elenco do coral "Voz e Arte"

Após processo de audição, Duda Ramalho passa a integrar o coral ‘Voz e Arte’, do maestro Rodrigo Hyppolito e Andreia Vitfer.

Duda Ramalho já participou de diversos trabalhos no cinema e no teatro, entre os seus principais trabalhos estão o filme 'Tempo', de Flávio Guedes, 'Marighella', de Wagner Moura, e recentemente, Duda interpretou a personagem Sophie, na montagem brasileira do musical da Broadway 'A Escola do Rock'. Duda também integrou o elenco do musical ‘Heathers Teen’ com direção de Fernanda Chamma.

Coral Voz e Arte trabalha repertório de grandes musicais da Broadway, onde as apresentações contam com músicos ao vivo, som e iluminação. O projeto conta com regência do maestro Rodrigo Hyppolito e vocal coach de Andréia Vitfer.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

.: Michael Schenker comemora 40 anos de carreira solo com CD "Immortal"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O músico alemão Michael Schenker já tem o seu nome escrito na história do rock como integrante de bandas como Scorpions e U.F.O. E prestes a comemorar 40 anos como artista solo ele reativa o mítico Michael Schenker Group com convidados especiais em um disco com material inédito e som calcado no seu tradicional hard rock setentista.

Intitulado "Immortal", o novo disco traz nomes de peso nos vocais principais, como Ronnie Romero (atual vocalista da banda Rainbow), Ralf Scheepers (da banda Primal Fear) e o veterano Joe Lynn Turner (ex-vocalista das bandas Deep Purple e Rainbow), além de Michael Voss, da banda Mad Max, que produziu o álbum ao lado do homenageado.

A presença de nomes diferentes e de várias gerações do rock dá uma dimensão da importância de Michael Schenker. O som de sua guitarra ajudou a inspirar músicos na área do hard rock e do heavy metal, inclusive bandas da atualidade. É possível notar sua influência em várias bandas de heavy metal com o chamado estilo melódico.

Destaco as faixas "The Queen Of Thorns And Roses" (com um riff matador de hard rock) e "Sail The Darkness" (com um riff que lembra Black Sabbath da fase com o Ozzy Osbourne no vocal). E há espaço para uma balada mais lenta na faixa "After The Rain" (com um belo e providencial solo de guitarra na introdução).

"Immortal" é mais um acerto desse veterano músico alemão, que apesar de já ter seu nome entre os mais influentes da história do rock, ainda encontra fôlego para produzir material inédito em disco. Um feito e tanto nos tempos atuais.

"Sail The Darkness"


"After The Rain"

"In Search Of Peace Of Mind"


.: Alessandra Negrini estreia espetáculo online "A Árvore"


A atriz Alessandra Negrini idealizou o formato híbrido de teatro e cinema, produz e atua na obra de ficção de Silvia Gomez, que tem criação e roteirização de Ester Laccava e direção conjunta de Ester Laccava e de João Wainer, profissionais de teatro e cinema, respectivamente. O projeto de Gabriel Fontes Paiva, que assina a produção, e Negrini era originalmente para estrear presencialmente no teatro e foi adaptado pela questão da pandemia. Na programação online do Teatro FAAP na plataforma Tudus.

Atriz familiarizada com as linguagens do teatro, cinema e televisão, Alessandra Negrini decidiu, junto com os criativos de seu mais novo trabalho, o híbrido "A Árvore", transformar a inquietação em arte e pensar em coisas além da pandemia. Criada durante o isolamento social, a obra de ficção poética estreia dia 26 de fevereiro para 24 apresentações na plataforma digital Tudus de sexta a domingo, integrando a programação online do Teatro FAAP. Produção de Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva, texto de Silvia Gomez, criação e roteirização de Ester Laccava, que assina direção com João Wainer. De 26 de fev a 18 de abril, sextas e sábados às 20h e domingos às 19h.

Em seu primeiro solo e segunda produção (a primeira foi "Uísque e Vergonha"), Negrini encarna a personagem que, progressivamente, vê seu corpo passar por uma metamorfose e se transformar em uma estrutura vegetal. A atriz enxerga várias camadas dramatúrgicas na história de A, mulher que faz uma espécie de relato de viagem da própria transformação, reinventando assim um estado de espírito. “'A Árvore' é um relato. Um relato de amor. A personagem A nos conta a sua história, a sua aventura mais íntima e nos oferece o testemunho de ver o seu corpo se transformando em algo outro. As angústias a as alegrias dessa viagem viram palavras e imagens potentes que ela mesma cria. É uma escrita performática, um filme, uma página, uma peça, uma narrativa dessa metáfora de virar algo que não é mais si mesmo. A ideia de virar uma árvore lhe parece bela e necessária e não ha mais como escapar”, elabora Negrini.

Alessandra Negrini costuma brincar dizendo que "A Árvore" é “a peça que nasceu filme, um produto muito interessante, um produto da pandemia”. Antes da obra estrear, Alessandra pode ser vista no streaming na nova série da Netflix, "Cidade Invisível", que mistura thriller e folclore, em oito episódios. Para dar corpo ao trabalho em "A Árvore", a atriz uniu-se a Gabriel Fontes Paiva para produzir e ambos aguardaram a escrita do texto proposto por Silvia Gomez, a partir de uma pesquisa da autora - Prêmios APCA e Aplauso Brasil de melhor dramaturgia em 2015 por "Mantenha Fora do Alcance do Bebê” - sobre anomalias, metamorfoses, estranhamentos e delírios, tema de texto anterior escrito para o Centro de Pesquisa Teatral (CPT) em 2019.

Para a direção, Alessandra havia convidado Ester Laccava, com quem trabalhara em "Uísque e Vergonha" (direção de Nelson Baskerville, 2019). “Conhecia o gênio criativo de Ester, sabia que estaria em boas mãos. Aí veio a pandemia. Ficamos com o projeto parado e Ester topou fazer a peça online. Um artista nunca vai deixar de se expressar. A pandemia nos obrigou a seguir caminhos fora do planejado e do que estamos acostumados. Isso irá refletir nas pesquisas dos criadores. Foi muito bom trabalhar em novas linguagens e com artistas de outras áreas”, comenta o produtor Gabriel Fontes Paiva

Da biologia à literatura fantástica
O primeiro monólogo da Silvia Gomez, trata de um movimento vertical da personagem, uma mulher que, após uma grande perda, vê seu corpo transformar-se em uma estrutura vegetal. Uma das inspirações de Silvia Gomez veio na forma de imagem. “Um dia, regando uma planta na estante, vi um fio do meu cabelo preso a ela. Pedi para meu filho fotografar e transformei o episódio em textos. Nesta peça, ele disparou a cena da metamorfose, elaborando a sensação de certa forma delirante, ou não (risos) de ter sido agarrada por aquela planta, como se ela tivesse algo a dizer”. Ao sopro da ideia, juntou-se a pesquisa em livros como “Revolução das Plantas”, do biólogo Stefano Mancuso. 

Para Silvia, a peça pergunta sobre nossa relação de amor e ruínas com esta casa, o planeta. “O Mancuso fala sobre como precisamos adotar a metáfora das plantas para pensar nosso futuro coletivo. E talvez tentar sentir como árvore, pensar como árvore e agir como árvore seja uma forma de buscar novas perguntas – e respostas – para essa relação”.

Admiradora do fantástico, conta que tenta fazer com esta peça um agradecimento à literatura fantástica, ao teatro do absurdo e a outras escritas vertiginosas, fontes de formação e alimentação artística, entre elas nomes como Kafka, Murilo Rubião, Ionesco, Clarice Lispector e Silvina Ocampo. “As personagens que escrevo são essas que, de repente, olham para a realidade, mas não cabem mais nela, adentrando então um espaço de delírio que, para mim, é na verdade, extrema lucidez. Justamente como o real sempre me pareceu – e agora terrivelmente mais – delirante”, completa Silvia Gomez, indicada ao Prêmio Shell de dramaturgia em 2019 por “Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante”. 

Serra da Mantiqueira, um teatro e Centro de São Paulo
Durante os primeiros quatro meses de ensaio, Ester Laccava concebeu, ainda sozinha, a encenação para a câmera, e debruçou-se sobre a criação e a roteirização, e os outros quatro meses seguintes, regeu toda a equipe criativa para a realização e finalização do trabalho. “Fico impressionadíssima com a imaginação da Ester”, elogia Alessandra, ressaltando o trabalho da encenadora. 

“O processo começou já numa fotossíntese imediata dentro de mim, revendo filmes com outro olhar, já não de espectadora. Foram oito meses intensos de trabalho, sabendo que não poderia ter Tim Burton como referência (risos), e que o teatro viria como origem de tudo, mas não como manifestação re al nesse momento. Deixei meus cavalos soltos para correr nessas duas vias (teatro/cinema) e busquei revelar em imagens, intensões, conexões, fluxos de narrativa, inserções metafóricas, a transformação de um ser humano ao se dar conta que é só no espelho da mãe natureza que nós humanos podemos fazer ainda algum sentido neste planeta”, detalha Ester.  

Como numa peça, foram levantados cenário e figurino, além de Ester fazer questão de usar um teatro como locação, o da FAAP, desafiando ainda mais esse híbrido. As externas foram captadas na mata da Serra da Mantiqueira e nas ruas do Centro de São Paulo.

Direção a quatro mãos
Como a intenção não era fazer uma peça filmada, seria fundamental ter o olhar de um diretor de cinema. Assim entrou na equipe criativa João Wainer, “um profissional em quem confio, um artista brilhante, também com sua genialidade”. A partir daí, Ester e João trabalharam juntos na direção. “João Wainer chega para ser o 'através' entre encenação e plateia, pois é por meio da câmera que poderemos ter mais público nesse momento, o público seguro em suas casas. Pela primeira vez criei pensando na câmera como moldura da cena, enquadramento detalhado daquilo que entende s er o mais importante para o espectador olhar”, diz Ester, 39 anos de carreira, indicada a Melhor Atriz para o prêmio APCA 2019 por Ossada e indicada ao Shell de Melhor Atriz por A Festa de Abigaiú.

João Wainer conta que entrou no processo como um tradutor para a linguagem do cinema do que estava sendo concebido para o teatro. “Elas me explicavam o que tinham imaginado para a cena e eu apresentava soluções para funcionar na tela do cinema. A parte conceitual, a construção das cenas, foi toda feita nos ensaios pela Ester”, afirma João. O cineasta acredita na qualidade de um produto dirigido a quatro mãos. “Eu e Ester viemos de experiências diferentes e, ao mesmo tempo, absolutamente complementares. Dirigir a quatro mãos é um aprendizado muito interessante”, diz ele, que fez seu primeiro longa de ficção 4X4, com Chay Suede, Mariana Lima e Alexandre Nero, e está na segunda te mporada da série documental sobre o PCC, Primeiro Cartel da Capital.

Serviço
Espetáculo:
"A Árvore". Idealização e interpretação: Alessandra Negrini. Texto: Sílvia Gomez. Criação e roteirização: Ester Laccava. Direção: Ester Laccava e João Wainer. Direção de Produção: Gabriel Fontes Paiva. Realização: Fontes Realizações Artísticas. Produtores Associados: Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva. Assessoria de imprensa: Maria Fernanda Teixeira (Arteplural). Na programação online do Teatro FAAP pela plataforma Tudus. Ingressos: R$ 30. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 14 anos. Em plataforma digital no Teatro FAAP www.teatrofaap.com.br na plataforma da Tudus. www.tudus.com.br. De 26 de fevereiro a 18 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h.

.: Teatro Bradesco apresenta live com Banda Eva nesta sexta-feira


Para comemorar o mês do carnaval, o teatro promove um show especial para os foliões curtirem de casa, nesta sexta-feira, dia 26, às 20h, gratuitamente, no YouTube do Teatro. Foto: Filipe Rodrigues

Com o objetivo de levar conteúdo e entretenimento de qualidade por meio dos seus canais digitais, o Teatro Bradesco promove, gratuitamente, nesta sexta-feira, dia 26, às 20h, uma live em clima de carnaval em seu canal do YouTube.  Para comandar a festa, o teatro convidou a Banda Eva, um dos grupos mais conhecidos do país, para cantar, no palco do Teatro Bradesco, os seus maiores sucessos.

Ao longo do ano, o YouTube do Teatro Bradesco seguirá trazendo uma live por mês, em dois formatos: ‘Teatro Bradesco Apresenta’, com um show musical, e ‘Teatro Bradesco Bastidores’, que tem como proposta levar um ambiente mais intimista e descontraído ao público, com muita música e histórias, num bate-papo conduzido pelo músico João Marcello Bôscoli e convidados. No Instagram do teatro, haverá conteúdos complementares, como dicas de playlists, podcasts e livros, além de vídeos específicos em datas comemorativas.

A programação cultural nas redes sociais do Teatro Bradesco teve início em agosto de 2020, após o fechamento do seu espaço físico durante a pandemia. A cada mês, artistas, músicos e palestrantes protagonizaram várias parcerias em formatos inéditos e inusitados no Instagram e no YouTube, como Seu Jorge, Daniel Jobim, Leandro Karnal, Maurício de Sousa e Turma da Mônica, Oswaldo Montenegro, Ana Carolina, Karen Hill e outros.

Acessibilidade
Todas as transmissões ao vivo contam com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. As apresentações no YouTube têm audiodescrição e libras. Já as lives no Instagram contam com a descrição #pracegover e #pratodosverem.

Bradesco e a cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros.

Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. Em 2020, o banco lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.

Opus Entretenimento
A Opus Entretenimento acredita no poder transformador da tríade cultura, conteúdo e experiência e, desde 1976, já trouxe ao Brasil grandes nomes nacionais e internacionais. Administradora de teatros pelo Brasil nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, também faz a gestão artística de grandes nomes da música e do entretenimento brasileiro.

.: Última semana de inscrições para o 1º Festival Paulista de Teatro Musical


Atração online dedicada a produções originais acontece em abril e contemplará espetáculos e leituras dramáticas com cachês de R$850 a R$8 mil reais.

O universo digital vem proporcionando diversas possibilidades para os amantes e praticantes da Arte, oferecendo também suporte e entretenimento para quem enfrenta a pandemia da Covid-19 em casa e de maneira conectada. Com este olhar nasce o Festival Paulista de Teatro Musical (FPTM), projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc, através do Governo do Estado de São Paulo, primeiro festival dedicado exclusivamente a espetáculos de teatro musical. A primeira edição, que se dará online, acontece entre os dias 23 e 28 de abril e as inscrições estão abertas até 28 de fevereiro.

Idealizado por Marllos Silva, da Marcenaria de Cultura, e criador do Prêmio Bibi Ferreira - considerado o mais importante do Teatro Musical brasileiro -, o festival tem o intuito de revelar talentos e diminuir os impactos provocados pela pandemia, movimentando o mercado teatral. Realização de um desejo antigo do produtor, diretor e dramaturgo à frente da novidade, ele busca através dos seus projetos criar diferentes oportunidades que reflitam positivamente em gerações futuras.

“Como um profissional de teatro que atua em várias frentes, eu busco aproximar o campo de visão de todas elas. O meu lado dramaturgo sabe que há pouco espaço para apresentar as obras originais, e o meu lado produtor conhece a dificuldade de investir em obras originais. Então, criar um festival para os dramaturgos e compositores de teatro musical apresentarem suas obras é muito importante, especialmente, após o período de isolamento social”, explica.

Com o objetivo de se tornar uma vitrine de exposição para mentes criativas, Marllos conta que a ideia promove ainda o encontro de dramaturgos e produtores, que podem assim vislumbrar possibilidades de ajustes, como o aperfeiçoamento de uma linguagem de escrita do teatro musical, e até mesmo uma possível produção do espetáculo, encorajando a aposta em obras nacionais e originais, capazes de despertar um maior interesse do público.

Parte de um conjunto de ações promovidas pelo Prêmio Bibi Ferreira, criado em 2012, e que, além de conquistar um importante lugar na cena teatral do país, tem entre seus principais interesses traçar um panorama da produção cultural da capital paulista, o Festival soma esforços no fortalecimento e propagação do segmento, buscando sempre beneficiar o máximo de pessoas possíveis.

“O Prêmio se tornou uma referência, e como tal, faz sentido que algumas ações que reverberem de forma universal partam dele. Ele vem traçando uma série de parcerias ao longo dos anos com outras premiações, associações e entidades nacionais e internacionais. Em breve teremos outras ações interessantes ligadas ao setor, não apenas ao teatro musical, mas a cena teatral”, revela Marllos.

O Festival
Os interessados em se inscrever na 1ª edição do FPTM passarão pelo crivo da curadoria convidada, um time de renomados profissionais que possuem em comum forte apreço pelo teatro musical e amplo conhecimento em diferentes áreas. Encabeçado pelo próprio realizador, se juntam a ele o grande pesquisador do gênero, Jamil Dias, os jornalistas especializados, Ubiratan Brasil e Miguel Arcanjo Prado, e o premiado diretor musical, Daniel Rocha, responsável por assinar e reger grandes produções em São Paulo.

Destinado a todos, o que inclui produções nunca realizadas e produções que já tiveram sua estreia nos palcos, a principal condição é que a obra tenha criação 100% original. Ainda que nos últimos anos o teatro musical no país tenha tido forte influência da dramaturgia americana, de acordo com Marllos, a iniciativa pode contribuir para uma maior conscientização dos caminhos que a dramaturgia brasileira vem traçando nos últimos anos.

“É importante entendermos que o teatro musical não é uma invenção americana, existe teatro musical em diversas regiões do mundo e diversos formatos, e é isso que o festival pretende mostrar. A música brasileira é uma miscelânea cultural de ritmos, e trazer isso para os palcos é importante para a dramaturgia e a cultura do país. Uma companhia que pesquisa o seu estilo é muito bem vinda, assim como um dramaturgo que possui um estilo mais próximo ao da Broadway”, explica.

Todas as inscrições podem ser realizadas através do site www.fptm.art.br sem nenhum custo, bem como o acesso a todas as atividades que serão realizadas, a exemplo de leituras de textos finalizados ou em desenvolvimento e palestras. Os interessados deverão preencher a ficha de inscrição com os dados sobre o espetáculo, enviar uma cópia do roteiro em PDF e no mínimo quatro canções do espetáculo – podem ser gravações em voz e piano.

Os espetáculos que já tiverem sua apresentação gravada em alta qualidade, poderão se inscrever fazendo uso da mesma. Já aqueles que não tiverem registro profissional, e forem contemplados, contarão com a produção de uma sessão especial para captação do material, incluindo vídeo e foto. A programação poderá ser acompanhada gratuitamente pelo canal do YouTube do Prêmio Bibi Ferreira na última semana de abril.

Quem pode se inscrever?
Mostra de espetáculo: e
spetáculos de teatro musical inéditos e não inéditos.
Leituras dramáticas: roteiros finalizados ou em desenvolvimento com um mínimo de 40 minutos de obra pronta.
Estrutura de captação: para as produções que forem selecionadas e não possuam filmagem, a organização do festival irá fornecer diária de teatro, rider básico de som e luz, além da estrutura para registro do espetáculo.

Os contemplados
Promovido de forma não competitiva, o Festival contemplará até 06 espetáculos e 04 leituras de texto. Não são elegíveis produções que se enquadrem no formato jukebox ou biográfico, com canções de autores e compositores conhecidos. Os projetos selecionados receberão um cachê que variam de R$ 850 a R$ 8.000. Confira todas as regras do regulamento e tenha acesso ao edital em http://www.fptm.art.br/

Leitura Dramática: R$850.
Espetáculo inédito: R$8.000.
Espetáculo não–inédito: R$6.000.

.: Diário de uma boneca de plástico: 26 de fevereiro de 2021

Querido diário,

Andei observando detalhadamente sobre o que move o ser humano. 

Ouvi muito na minha pós-graduação que o movimento da engrenagem chamada mundo é gerado pelo capitalismo. Até vivia com a música de abertura do programa "O aprendiz" que repete muito o termo "money". Musiquinha chata que sempre entoou em minha mente nos mais diversos momentos.

Contudo, notei que o mundo mudou e, nesses tempos sombrios em que vivemos, o que move as pessoas é a raiva, o ódio. 

Um exemplo pode ser encontrado nas redes sociais. Basta você postar algo que desagrade, os ataques serão infinitos, mas se postar coisas agradáveis... no máximo que se vai garantir é um coraçãozinho ou outro.

Ai, diário, será que ando muito amarga?! 

Talvez esteja vendo a vida como ela é... sem a lente rosa!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

Foto do meu instagram: instagram.com/donatellafisherburg





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