quarta-feira, 27 de setembro de 2023

.: Musical "O Bosque dos Sonâmbulos" segue em cartaz no Teatro Viradalata

Montagem mergulha em romance LGBT de fantasia gótica ao jogar o público entre personagens excêntricos. Foto: João Paulo Belentani


Um musical inspirado pelos filmes de horror gótico das décadas de 1960 e 1070 é o enredo do espetáculo "O Bosque dos Sonâmbulos" em cartaz no Teatro Viradalata. As sessões acontecem de terça a quinta, às 21h, até 12 de outubro. As músicas são tocadas ao vivo por uma pequena banda para piano, violão, violoncelo e guitarra. Os ingressos estão disponíveis em Sympla.

Adaptando o filme homônimo de Matheus Marchetti para os palcos, "O Bosque dos Sonâmbulos" é um conto-de-fadas macabro sobre uma misteriosa companhia de ópera que vem se apresentar em um antigo hotel nas montanhas. Enquanto o jovem Thomas se apaixona por um belo cantor da trupe, seu irmão mais novo, Oliver, teme que eles sejam vampiros, e que sua família corre grande perigo. 

“O Bosque dos Sonâmbulos surgiu de um diário de sonhos que eu tive na minha adolescência, e especificamente para um sonho recorrente sempre envolvendo um hotel isolado e um menino misterioso que eu encontrava lá. Queria escrever um romance gay adolescente que se casasse com minha linguagem narrativa de preferência o horror. Assim, busquei inspiração nos filmes de horror gótico dos anos 1960 e 1970, principalmente os que tratam de vampiras lésbicas - como as obras de Jean Rollin - mas subvertendo o olhar talvez mais heteronormativo dessas narrativas, trocando o gênero dos personagens centrais,” conta Matheus Marchetti.

Com uma encenação minimalista, apenas alguns objetos de cena e figurinos coloridos ocupam a função de cenário. A trilha sonora é cheia de contrastes – indo do lírico ao folk-rock em instantes - buscando recriar o sentimento de sair de um sonho e cair em um pesadelo, e vice-versa.

A encenação pretende criar uma performance intimista, colocando o público no mesmo saguão do hotel onde a história acontece. Sentados no mesmo ambiente que os protagonistas, num formato de arena, os espectadores se acomodam no que aparenta ser o lobby de um hotel abandonado com os poucos objetos de cena cobertos por pesados panos que pairam como fantasmas.

Os elaborados figurinos (parcialmente reutilizados do curta, por Ana Teixeira) funcionam como cenário - cada peça de roupa torna-se essencialmente um objeto cênico chave. Todos os figurinos carregam algum elemento de cor de forma muito intensa, que mesclada com uma iluminação igualmente colorida e exagerada, enfatizam essa viagem ao fantástico, à um mundo de conto de fadas às avessas - igualmente sensual, assustador e fascinante.

O diretor buscou referências em filmes como A Dança dos Vampiros (Roman Polanski), Os Contos de Hoffmann (Michael Powell & Emeric Pressburger), Teorema (Pier Paolo Pasolini), Escravas do Desejo (Harry Kümel), entre ouros. “Por ser uma história que trata de sonhos, bebi muito em cineastas que abraçam o onírico, que privilegiam essa sensação de mergulho profundo no subconsciente - Federico Fellini, principalmente seu Julieta dos Espíritos, é uma referência fortíssima no seu desfile de personagens excêntricos que navegam paisagens de sonho; e também o “Fellini britânico” Ken Russell, que como ninguém brinca muito com esse contraste de gêneros - da comédia ao horror ao romance ao musical”, completa.


Siga a peça no Instagram: @sonambulosmusical

Ficha técnica:

Direção e Dramaturgia: Matheus Marchetti. Música: Vitor Mascarenhas. Direção Musical: Guilherme Gila. Elenco: Andy Cruz (Oliver),  Lucas Bocalon (Oliver),  Bruno Germano (Thomas), Giuliano Garutti (Thomas), Jow Black (Roman), Mateus Torres (O Escritor), Bruna Pimentel (Mariana), Beatriz Algranti (Irene), Nicole Tacques (Antonia), Tony Germano (Tonino), Adriano De Sidney (O Barão / O General), Giovanna Melo (Eva),  Igor Patrocínio (Ensemble / Cover Roman),  Bruna Lemberg (Ensemble / Cover Eva), Giovana Brandão (Swing / Cover Antonia), Abel Juliano (Ensemble / Cover Barão, General, Tonino),  Isabella Melo (Cover Irene (Henrique Natálio (Cover Escritor). Coreografia: Ana Paula Trevisan. Produção: Isabella Melo. Arranjos: Guilherme Gila e Henrique de Paula. Músicos: Felipe Parisi (Violoncelo), Pedro Vulpe (Violão + Guitarra) e Guilherme Gila (Piano). Direção de Arte: Alice Tassara. Iluminação: Ariel Rodrigues. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de Produção: Yuri Célico. Assistente do Diretor: Thiago Gelli.


Serviço:

Espetáculo musical "O Bosque dos Sonâmbulos"

Temporada: De 6 de setembro a 12 de outubro. Sessões terças, quartas e quintas, às 21h.

Duração: 90 minutos.

Classificação etária: 16 anos.

Ingressos: R$90 e R$45

Vendas: bileto.sympla.com.br/event/86216

Teatro Viradalata - Rua Apinajés, 1387 - Sumaré, São Paulo.

Capacidade: 100 lugares.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

.: Resenha crítica: "Nosso Sonho" é emocionantemente imperdível

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


A cinebiografia nacional, "Nosso Sonho", chega ao Cineflix Cinemas com simplicidade, mas é gigante a ponto de emocionar quando retrata a importância de ser resiliente, seguir sonhando e nunca desistir. O longa dirigido por Eduardo Albergaria que conta a história da dupla que revolucionou o funk melody, os amigos de infância, que se chamavam de "faixa", Claudinho & Buchecha, traz nostalgia, toques de humor e um drama capaz de arrancar lágrimas.

Em 1h57, o filme dedicado ao Claudinho e ao Buchechão, pai de de Buchecha, resgata o melhor do funk nos anos 90, com show de interpretação dos atores Juan Paiva e Lucas Penteado. A trama começa ainda na infância dos dois garotos chegando até o fim da dupla com o trágico acidente que vitimou Cláudio Rodrigues de Mattos, na estrada.

De fato, a história dos amigos virou cinema. E, do tipo que orgulha o cinema nacional, por meio de um drama digno de filmes hollywoodianos. Contudo, sendo brasileiro entrega muita verdade. O que é lindo de se experienciar na telona.

O longa ainda tem na trilha sonora sucessos de Claudinho & Buchecha, entre elas  "Fico assim sem você", “Só Love”, “Coisa de Cinema” e “Nosso Sonho”. Há ainda a participação especial da dupla Cidinha e Doca. "Nosso Sonho" é imperdível!!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Nosso Sonho" ("nacional") Ingressos on-line neste link
Gênero: drama. Classificação: 12 anos. Duração: 2h00. Ano: 2023. Idioma: português. 
Distribuidora: Manequim Filmes. Direção: Eduardo AlbergariaRoteiro: Eduardo Albergaria, Maurício Lissovsky. Elenco: Lucas Penteado (Claudinho), Juan Paiva (Buchecha), Tatiana Tibúrcio (Dona Etelma), Nando Cunha (Sr. Claudino). Sinopse: Cinebiografia brasileira sobre a dupla Claudinho e Buchecha. Dirigido por Eduardo Albergaria, que também assina o roteiro junto com Fernando Velasco, Mauricio Lissovsky e Daniel Dias, coloca Lucas Penteado e Juan Paiva interpretam Claudinho e Buchecha, respectivamente vivendo o drama dos dois até o estrelato.


Trailer de "Nosso Sonho"

.: Crítica: "Elis e Tom - Só Tinha de Ser com Você" tem muitos méritos


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Dois bicudos não se beijam, mas podem produzir algo que vá além da posteridade. É isso, y otras cositas más, que mostra o documentário "Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você", um filme que tem muitos méritos, a começar por levar música boa para a sétima arte, e está em cartaz no Cineflix Cinemas. Improvável até de se ver porque nem o álbum sairia pelo caráter antagônico de dois artistas, o filme ganha a direção sensível de Jom Tob Azulay e Roberto de Oliveira, que também assina o roteiro com Nelson Motta.

Ela, intensa e visceral. Ele, contido e econômico nas notas: eram água e óleo, mas estranhamente complementares. É dessa mistura que surge uma obra-prima da música brasileira: o álbum "Elis & Tom". Ao longo de quase 50 anos, era tanto burburinho em torno dos bastidores desse disco que pensei que fosse mais - o que não chega a ser uma decepção: é briga de gente culta. No máximo, uma "alfinetadinha" aqui, outro "piti" acolá. Nada que tire a integridade dos envolvidos e, principalmente, nem de longe comparável àquelas tretas homéricas com cheiro de farsa dos realites de hoje, quando é nítida a percepção de que as pessoas perderam a classe.

Há um pouco do machismo da época na insubmissão de um homem perante uma mulher que não aceita que o projeto seja dela. Mas também há o fazer artesanal de música. Impossível pensar, hoje, em projetos que sejam elaborados durante tanto tempo. Também não é fácil pensar em um documentário sobre algo relevante na música que esteja sendo produzido agora. 

Há depoimentos contundentes, como o de João Marcelo Bôscoli que, embora uma criança, participou de alguma maneira do projeto e está lá para contar esta história. "Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você" também tem o mérito de apresentar Elis Regina e Tom Jobim para os mais novinhos. E é sempre bom torcer para que um álbum desta magnitude esteja na crista da onda. Mais impressionante ainda é pensar que esse trabalho quase não saiu do projeto por causa de divergências pessoais e artísticas. Ambos começaram o trabalho sem se gostar mas, no mínimo, saíram desse disco se admirando. Eram personalidades em CAIXA ALTA.

Compre o álbum "Elis & Tom" neste link.

O Resenhando.com é parceiro da rede 
Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Elis & Tom, Só Tinha De Ser Com Você" ("nacional") Ingressos on-line neste link
Gênero: documentário, musical. Classificação: livre. Duração: 1h40. Ano: 2023. Idioma: português. 
Distribuidora: O2 Play. Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob AzulayRoteiro: Roberto de Oliveira, Nelson Motta. Elenco: Elis Regina, Tom Jobim. Sinopse: Documentário dirigido por Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay que conta com imagens da gravação do antológico álbum que juntou a cantora Elis Regina com Antonio Carlos Jobim (popularmente conhecido como Tom Jobim). Gravado pelo produtor Roberto de Oliveira durante os registros, em Los Angeles, nos Estados Unidos, do álbum lançado em 1974, o filme apresenta uma série de materiais de bastidores inéditos, que permaneceram guardados desde então, e que mostram todos os altos e baixos por trás da produção do álbum - que por muito pouco não foi interrompida

Sala 1
21/9/2023 - Quinta-feira: 18h10
22/9/2023 - Sexta-feira: 18h10
23/9/2023 - Sábado: 18h10
24/9/2023 - Domingo: 18h10
25/9/2023 - Segunda-feira: 18h10
26/9/2023 - Terça-feira: 18h10
27/9/2023 - Quarta-feira: 18h10

"Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você" - Trailer


.: "Quando os Prédios Começaram a Cair", de Mauro Paz, é um livro de questões urgentes


"Quando os Prédios Começaram a Cair", de Mauro Paz, é um romance vertiginoso que combina mistério, drama pessoal e questões urgentes e atuais. O protagonista deste notável romance está com a vida acertada. Durante o dia, trabalha como passeador de cães, um bico por aplicativo de celular que paga as suas contas sem muita dor de cabeça. Às terças e quintas recebe a visita de Georgia, mulher que conheceu em outro aplicativo e sobre quem não sabe nada: o nome verdadeiro, o que faz, onde mora. Há três meses vive nesse ritmo. E então os prédios começam a cair. A capa é de Elisa v. Randow e Laerte Coutinho.

Primeiro um bloco residencial em Hong Kong, dias depois um edifício no centro de São Paulo. Como uma epidemia, ao redor do mundo os prédios seguem desabando enquanto cientistas, políticos e religiosos tentam dar algum sentido ao mistério. Para Solano, no entanto, a crise significa apenas uma coisa: angústia pelo desaparecimento de Georgia, que fura um encontro pela primeira vez

Enquanto o caos global se intensifica, Solano parte numa investigação improvisada, tendo como única pista a mochila esquecida por Georgia em sua casa. Atravessando uma São Paulo que acumula escombros e tragédias, ele tenta reconstruir a vida dessa desconhecida por meio dos poucos fiapos daquilo que sabe sobre ela. Até que um encontro na rua muda tudo.

Quem é Solano? O que ele fazia antes de passear com cachorros? Por que não conhecemos nem seu nome real? É assim, tirando o tapete de debaixo do leitor, que Mauro Paz conduz este livro vertiginoso,em que o drama coletivo dos prédios serve como pano de fundo para um drama maior: a busca pelo outro, por nós mesmos, por algum significado para as coisas. Num mundo em que as estruturas estão ruindo, Mauro Paz combina mistério e investigação existencial para contar uma história que ecoa poderosamente questões de hoje e que, com originalidade e a mão firme dos grandes escritores, aponta para um amanhã cada vez mais desprovido de sentido e de paz. Compre o livro "Quando os Prédios Começaram a Cair", de Mauro Paz, neste link.

Trecho do livro
Georgia desapareceu no dia em que o primeiro prédio caiu em São Paulo. Era uma terça-feira de junho. Apesar do inverno, fazia calor. A certeza de Georgia aparecer às terças e quintas me deixava tranquilo. Transávamos um pouco. Acendíamos um baseado. Às vezes dava tempo para um café. Depois, ela ia embora. Georgia era tudo que eu tinha. Fazia meses que eu sabia disso, mas naquela tarde de junho enxerguei de forma nítida. Enquanto Georgia fumava nua na porta da sacada, Caetano cantava pela caixinha de som e o ar seco da cidade trazia o cheiro de maconha para dentro da quitinete, percebi que a minha vida havia se reduzido a esperar as terças e quintas para morder a bunda daquela mulher vinte anos mais nova do que eu e me sentir um pouco menos fracassado. Não desperdicei a oportunidade.

— Sem marcas — Georgia riu. Alcançou o baseado para eu dar um pega.

Traguei e me estirei no sofá-cama. Olhos fechados. Pau tombado para o lado. Fiquei ali por uns segundos. Minutos, talvez. Então os vidros da janela tremeram. A televisão na estante tremeu. E a voz de Caetano saiu mais tremida do que o normal.

— Subiu uma fumaça estranha no céu — Georgia disse.

Quando abri os olhos, Georgia vestia a calcinha. Telefone na mão.

— Precisam de mim. Caiu um prédio.

— Você é bombeira? — sentei com as mãos atrás da nuca.

Georgia ignorou a pergunta. Virou de costas e prendeu o fecho do sutiã. Nem atentei para o fato de que um prédio viera abaixo. Gostava de ver Georgia se vestir. Havia cumplicidade naquilo. Pequena, mas havia. Não entendi por que ela precisava sair com tanta pressa. Devia ser coisa de trabalho. Arrisquei outras profissões. Enfermeira. Assistente social. Engenheira.

— Aqui eu sou a mina que transa com você e vai embora — Georgia prendeu os cabelos em um rabo de cavalo.

— Você vem na quinta?

— Eu já faltei alguma?

Georgia terminou de vestir o jeans e logo percebeu o celular nas minhas mãos. Escondeu o rosto com a bolsa. A foto ficou um borrão. Georgia me deu um beijo rápido. Disse que voltava na quinta. Ainda escondida atrás da bolsa, abriu a porta do apartamento. Antes de sair, mandou um beijo. Na segunda foto, tive mais sucesso com o foco, não com o enquadramento. Georgia era apenas um rosto espremido entre o vão da porta e a bolsa.

Sobre o autor
Mauro Paz
nasceu em Porto Alegre, em 1981. É autor do romance "Entre Lembrar e Esquecer" (Patuá, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura) e dos volumes de contos "Por Razões Desconhecidas" (IEL-RS, finalista do Prêmio Sesc) e São Paulo — "CidadExpressa" (Patuá). Garante o seu exemplar de "Quando os Prédios Começaram a Cair", escrito por Mauro Paz, neste link.

.: "Os Substitutos": livro faz Bernardo Carvalho chegar ao lugar mais íntimo e poderoso


No dia 6 de outubro, a Companhia das Letras irá lançar "Os Substitutos", o novo livro de Bernardo Carvalho, um dos principais escritores do Brasil. Um romance feroz e comovente sobre as complexas relações entre pai e filho, ambientado num Brasil pronto para leiloar suas riquezas e exterminar o que restou de seus povos originários. A capa é de Daniel Trench.

Durante a ditadura brasileira, um pai e seu filho de onze anos partem numa viagem à Amazônia. Num bimotor sobrevoam a floresta. O pai, um empresário em conluio com militares ligados ao governo, tem a tarefa de negociar a madeira da região com grupos estrangeiros. Enquanto o país sucumbe em tenebrosas transações, o menino se envolve mais e mais na leitura de uma novela de ficção científica na qual, após o fim do nosso planeta, um grupo de eleitos parte numa jornada exploratória do espaço.

Tensionada todo o tempo entre a perspectiva do menino que vive a história enquanto ela acontece e a do adulto que rememora, a voz que narra este romance nos convida a olhar para a tragédia de um país. Reflexão incômoda sobre a história do Brasil dos últimos sessenta anos, Os substitutos mescla temas ecológicos urgentes, personagens dispostos a tudo por poder e dinheiro e, sobretudo, a emocionante história de um pai e um filho. Com este romance, Bernardo Carvalho chega ao lugar mais íntimo e poderoso de sua obra. Compre o livro "Os Substitutos", de Bernardo Carvalho, neste link.


Sobre o livro
Bernardo Carvalho nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Publicou o volume de contos Aberração e os romances "Onze", "Os Bêbados e os Sonâmbulos", "Teatro", "As Iniciais", "Medo de Sade", "Nove Noites", "Mongólia", "O Sol se Põe em São Paulo", "O Filho da Mãe", "Reprodução", "Simpatia pelo Demônio" e "O Último Gozo do Mundo", todos lançados pela Companhia das Letras. Garanta o seu exemplar de"Os Substitutos", escrito por Bernardo Carvalho, neste link.

.: Clube de Leitura da Japan House São Paulo discute "As Últimas Crianças de Tóquio"


Acontece na próxima semana a edição de setembro do Clube de Leitura Japan House + Quatro Cinco Um. O livro "As Últimas Crianças de Tóquio", de Yoko Tawada, protagoniza a edição. A convidada especial é Juliana Leite, autora de "Humanos Exemplares", com mediação de Paulo Werneck, diretor de redação da Quatro Cinco Um e Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da JHSP, sobre a obra da aclamada autora japonesa. O romance da aclamada escritora japonesa reflete sobre o amor familiar em meio ao cenário de caos. O encontro ocorre na última quinta-feira do mês, 28 de setembro, às 19h.

Essa é a segunda vez que um livro de Yoko Tawada é escolhido para o Clube de Leitura, que, em 2019, estreou o projeto com um encontro que discutiu a obra zoopoética “Memórias de Um Urso Polar”, publicada em maio do mesmo ano. Em “As Últimas Crianças de Tóquio”, lançamento de 2023 com tradução de Satomi Takano Kitahara, o cenário apocalíptico marca uma atmosfera de desilusão e desesperança na vida dos personagens.

Animais extintos, catástrofes naturais, poluição e a fragilidade das crianças que morrem cada vez mais cedo, são algumas das características dessa Tóquio ficcional. Entretanto, o engajamento de Yoshirô, um homem de oitenta anos, em salvar seu bisneto se transforma em uma inspiração para que a cura para as crianças seja encontrada. É o amor fraterno que proporciona um vislumbre de esperança em meio ao caos.

Yoko Tawada nasceu em Tóquio em 1960 e mudou-se para Hamburgo, na Alemanha, aos 22 anos. A autora vive em Berlim e escreve em japonês e alemão. Publicou livros em diversos estilos como romances, poemas, peças teatrais e ensaios - esta é a terceira obra de Tawada traduzida para a língua portuguesa. É uma das autoras mais aclamadas do Japão, sendo reconhecida por premiações como o Prêmio Akutagawa, o Prêmio Adelbert von Chamisso, o Prêmio Tanizaki, o Prêmio Kleist e a Medalha Goethe. Compre o livro "As Últimas Crianças de Tóquio", de Yoko Tawada, neste link.


Sobre o Clube de leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um
Com um caráter informal, o Clube de leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um, conta sempre com a presença de um leitor convidado e já recebeu grandes profissionais da tradução japonesa no Brasil, autores brasileiros contemporâneos, editores, críticos, jornalistas e personalidades da cultura.

Organizado pela Japan House São Paulo e Quatro Cinco Um, o projeto gratuito e aberto para todos os públicos, põe a literatura japonesa em diálogo com grandes tradições literárias internacionais. Seu objetivo é promover uma discussão de alto nível, realizada a partir das chaves de leitura apresentadas pelos convidados e da experiência compartilhada pelos participantes. A mediação e curadoria é feita em conjunto pela Quatro Cinco um e a Japan House São Paulo. Garanta o seu exemplar de "As Últimas Crianças de Tóquio", escrito por Yoko Tawada, neste link.


Serviço
Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um. “As Últimas Crianças de Tóquio”, de Yoko Tawada pela Todavia (tradução de Satomi Takano Kitahara. Quinta-feira, 28 de setembro de 2023. Horário: 19h. Duração: aproximadamente 90 minutos. Custo: participação gratuita, mediante inscrição prévia (vagas limitadas). Inscrição: https://bit.ly/ClubeJHSP451set. Acesso: on-line, via plataforma Zoom. O link de acesso é enviado aos inscritos por e-mail. Participantes do clube têm acesso a compra com 20% de desconto, cedido pela Todavia, no site da Livraria Martins Fontes. Para usá-lo, basta aplicar o cupom toquio20.

.: "Gosto de histórias de mulheres fortes", conta diretor de "A Freira 2"


Em cartaz há duas semanas, longa da Warner Bros. Pictures traz Valak, a Freira Demônio, de volta para as telonas.
 

Novo capítulo do universo "Invocação do Mal", o filme "A Freira 2", longa da Warner Bros. Pictures, marca mais um sucesso nas telonas da todo Brasil. Em cartaz há duas semanas, o terror já arrecadou mais de R$38 milhões em bilheteria e levou quase 2 milhões de pessoas aos cinemas. Confira a crítica - "A Freira 2" é superior a "A Freira" e se amarra a "Invocação do Mal" - neste link.

 "A Freira 2" traz novamente Irmã Irene (Taissa Farmiga), em um cenário encantadoramente assustador, entrelaçando a história da Santa Luzia, a padroeira dos olhos e visão, com a atmosfera de tirar o fôlego da luta contra o mal. “Cresci no catolicismo e sempre fiquei impressionado com as imagens que a cercavam – essa mártir cujos olhos foram cortados. Muitas vezes, vemos seus olhos nas palmas das mãos. Acho que há algo assustador e rico nesse imaginário”, conta o diretor Michael Chaves.

Dando sequência à história do antecessor, "A Freira 2" traz obstáculos antigos, com Valak mais forte do que nunca, assim como duas heroínas apaixonantes, entrelaçadas pelo poder da coragem. “Gosto de histórias de mulheres fortes... A ideia dessas duas freiras encarregadas de uma missão atravessarem a Europa para tentar caçar esse demônio. Foi emocionante, uma história forte desde o início”, explica Michael.

Ainda segundo o diretor, Irmã Irene sempre esteve conectada com algo além dela e, em "A Freira 2", além de uma missão, a protagonista embarca em “uma jornada pessoal... Introspectiva, íntima, dentro de si mesma, para entender quem ela é – e encontrar sua própria visão e sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor”. Dirigido por Michael Chaves (“A Maldição da Chorona [2019]”, “The Maiden [2016]” e “Inovação do Mal 3: A Ordem do Demônio [2021]”), "A Freira 2" tem produção da New Line Cinema, The Safran Company e Warner Bros. Pictures.

 Além de Taissa Farmiga (“American Horror Story: Coven”, “Regressão”, “A Freira”) e Storm Reid (“Uma Dobra no Tempo”, “Euphoria”), o filme conta ainda com a participação de Jonas Bloquet (“Elle”, “A Freira”) e Anna Popplewell (“As Crônicas de Nárnia”). "A Freira 2" está em cartaz nas telonas de todo Brasil, também disponível em versões acessíveis. Mais informações podem ser obtidas diretamente nos cinemas de cada cidade.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Sobre o filme
Da New Line Cinema, o thriller de terror "A Freira 2" é o mais novo capítulo da história de “A Freira”, a maior bilheteria do Universo "Invocação do Mal" e seu rolo compressor de US$ 2 bilhões. É o ano de 1956, na França. Um padre é assassinado. Um mal está se espalhando. A sequência do grande sucesso mundial acompanha a Irmã Irene quando ela mais uma vez fica cara a cara com Valak, a freira demoníaca.

Taissa Farmiga (“A Freira”, série “The Gilded Age”) retorna ao papel da Irmã Irene, acompanhada por Jonas Bloquet (“Tirailleurs”, “A Freira”), Storm Reid (série “The Last of Us”, “O Esquadrão Suicida”), Anna Popplewell (trilogia “Fairytale”, trilogia “As Crônicas de Nárnia”), e Bonnie Aarons (reprisando seu papel de “A Freira”), ao lado de um elenco de estrelas internacionais.

Michael Chaves (“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”) dirige A Freira 2, a partir do roteiro de Ian Goldberg & Richard Naing (“Eli”, “A Autópsia”) e Akela Cooper (“M3GAN”, “Maligno”), e argumento de Akela Cooper, baseado nos personagens criados por James Wan e Gary Dauberman.

 Peter Safran, da Safran Company, e James Wan, da Atomic Monster, continuam sua colaboração na produção de todos os filmes anteriores de “Invocação do Mal”. A Freira 2 tem produção executiva de Richard Brener, Dave Neustadter, Victoria Palmeri, Gary Dauberman, Michael Clear, Judson Scott e Michael Polaire. A equipe de produção criativa do diretor Michael Chaves inclui o diretor de fotografia Tristan Nyby (“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”, “The Dark and the Wicked”); a designer de produção Stéphane Cressend (“Les Vedettes”, “A Crônica Francesa”); o editor Gregory Plotkin (“Pânico”, “Corra!”); a produtora de efeitos visuais Sophie A. Leclerc (“Finch”, “Lucy”); a figurinista Agnès Béziers (“Oxigênio”, “The Breitner Commando”); e o compositor Marco Beltrami (“Pânico”, “Venom: Tempo de Carnificina”).

O Universo "Invocação do Mal" é a franquia de terror de maior bilheteria da história do cinema, com mais de US$ 2 bilhões arrecadados em todo o mundo. Globalmente, quatro dos títulos do Universo “Invocação do Mal” ultrapassaram a marca de US$ 300 milhões de bilheteria (“A Freira”, US$ 366 milhões; “Invocação do Mal 2”, US$ 322 milhões; “Invocação do Mal”, US$ 320 milhões; “Annabelle 2: A Criação do Mal”, US$ 307 milhões), e todos os sete arrecadaram mais de US$ 200 milhões. “A Freira” é o filme mais bem-sucedido da franquia. A New Line Cinema apresenta uma produção da Atomic Monster/Safran Company, "A Freira 2". O filme é distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures e estreou no Brasil em 7 de setembro de 2023.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

.: Acervo da fotógrafa Vania Toledo chega ao Instituto Moreira Salles


Caio Fernando Abreu e Cazuza. Coleção Vânia Toledo / Acervo IMS

Acervo da fotógrafa Vania Toledo (1945-2020), consagrada pelos registros da cena cultural brasileira, chega ao Instituto Moreira Salles. O acervo inclui imagens produzidas ao longo de toda a carreira da fotógrafa, incluindo retratos de Ney Matogrosso, Cazuza, Caio Fernando Abreu, Rita Lee, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Andy Warhol, além de registros de peças teatrais, da noite paulistana, entre outros destaques.

Com sua Yashica a tiracolo, Vania Toledo (1945-2020) costumava percorrer os corredores de teatros e clubes noturnos, registrando as personagens marcadas de suor e purpurina que circulavam pelos locais. Em seu estúdio, também retratou nomes centrais da música e do teatro nacional, convidando-os a posar e se abrir para suas lentes. Essa proximidade com as pessoas fotografadas e com as cenas que captava — “meu vício é gente”, declarava em entrevistas — caracterizam a obra e carreira de Vania.

Constituído majoritariamente ao longo de sua trajetória na imprensa, na noite e em seu estúdio particular, o acervo da fotógrafa acaba de ser adquirido pelo Instituto Moreira Salles. A coleção é composta por cerca de 250 mil imagens, sobretudo retratos em preto e branco, além de reportagens em jornais e revistas, livros e documentos, como credenciais de imprensa. Com a aquisição, o IMS passa a ter direito de fazer exposições e publicações para divulgar a obra de Toledo. Já os direitos autorais permanecem com Juliano Toledo, filho e herdeiro da fotógrafa.

No acervo, há retratos de Gal Costa, Ney Matogrosso, Caio Fernando Abreu, Rita Lee, Cazuza, Pelé, Milton Nascimento, José Celso Martinez Corrêa e Caetano Veloso, além de registros da vida noturna de São Paulo nos anos 1980. Outro destaque é a série pioneira de nus masculinos que deu origem ao livro Homens: ensaio (1980), com personagens famosos e menos conhecidos. 

Nascida em 1945 na cidade de Paracatu (MG), Vania mudou-se na década de 1960 para São Paulo, onde cursou ciências sociais na USP e passou a trabalhar na área de educação da Editora Abril. Até os 30 anos, fotografava apenas de forma amadora. No fim dos anos 1970, decidiu se dedicar à profissão e iniciou sua carreira no jornal Aqui São Paulo, onde se tornou responsável pela coluna de festas.

A partir de então, passou a colaborar com diferentes jornais e revistas do Brasil e do exterior, como Vogue, Interview, Claudia, Veja, IstoÉ, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Time e Life. Em 1981, abriu seu próprio estúdio, Studio Salto Alto, na capital paulistana, que funcionava num sobrado no bairro dos Jardins, em São Paulo, onde pôde aprofundar seu trabalho como retratista, reunindo personalidades da música, do cinema e das artes visuais para sessões de fotos imersivas.

No acervo, há muitas imagens feitas nos bastidores do teatro. Ela começou sua carreira fotografando gratuitamente atores que frequentavam o circuito da praça Roosevelt e precisavam de materiais de divulgação. Posteriormente, documentou espetáculos marcantes da história do teatro brasileiro, encenados durante a ditadura militar, como a montagem de Macunaíma. Também retratou astros como Marília Pêra e Raul Cortez, Marco Nanini, Ney Latorraca, Irene Ravache, entre vários outros, desenvolvendo uma intensa relação com a cena teatral, que marcaria toda sua trajetória.

Rita Lee. Coleção Vânia Toledo / Acervo IMS

Em paralelo ao trabalho nas redações, na década de 1980, Vania Toledo documentou seu próprio entorno, especialmente as festas que frequentava na cena underground no centro de São Paulo. De maneira espontânea, registrava as pessoas que se entregavam nas pistas de dança, com roupas e comportamentos que questionavam os padrões sociais. As fotos trazem flagras dessas personagens, captando o ritmo e a energia de um ambiente, marcados por purpurina e música disco. Em entrevista para a revista ZUM, a fotógrafa comenta as imagens: “Eu gostava da noite, de dançar, de festa. A fotografia tem muito a ver, no meu caso, com o olhar e a liberdade de ação. Eu fazia da pista de dança o meu estúdio. Tinha uma espontaneidade que eu adorava. [...] Eram personagens muito interessantes, muito libertárias.”

O acervo traz também fotos realizados para a indústria fonográfica. Vania assinou capas de discos consagrados, como "Refestança", de Gilberto Gil e Rita Lee, e "Televisão", dos Titãs. Outro artista muito fotografado é Ney Matogrosso, com quem Vania cultivou uma estreita amizade. É também de sua autoria a famosa foto de Cazuza abraçado ao escritor Caio Fernando Abreu, em 1988. Vania Toledo fotografou também a escritora Cassandra Rios, que teve mais de 30 livros censurados durante a ditadura. Outro destaque são as imagens que clicou em Nova York, no fim dos anos 1970, onde registrou ícones como Andy Warhol e Truman Capote na lendária discoteca Studio 54, em Manhattan.

 A coleção inclui ainda a famosa série Homens: ensaio (1980), primeiro livro publicado por Vania e um dos mais importantes de sua carreira. Para o ensaio, a fotógrafa convidou amigos para posarem nus diante de suas câmeras, invertendo as posições de artista e modelo, tradicionalmente ocupadas por pessoas do gênero masculino e feminino, respectivamente. A série inclui retratos de nomes como Caetano Veloso, Roberto de Carvalho e Ney Matogrosso. 


Gilberto Gil. Coleção Vânia Toledo / Acervo IMS

No IMS, o acervo de Vania se soma a outros, como o de David Drew Zingg, Madalena Schwartz e Otto Stupakoff, que registram a efervescência cultural e o questionamento dos padrões de comportamento no país.

O coordenador de fotografia contemporânea do IMS, Thyago Nogueira, comenta a incorporação da coleção: “É uma honra trazer ao IMS acervo tão importante para a história da fotografia brasileira. Vania foi ao mesmo tempo uma cronista irreverente da noite paulistana, franqueando acesso aos momentos de intimidade de artistas e personalidades de toda classe, e uma retratista rigorosa, que usou seu carisma transbordante para construir a cumplicidade com que registrou boa parte da cena cultural brasileira. Em vez de uma observadora distante, era uma fotógrafa implicada em seu trabalho. Ainda há muito que estudar em seu arquivo, mas é notável como a informalidade e a descontração se transformaram em estratégias para registrar – e viver – de dentro as mudanças culturais e comportamentais dos anos 70, 80 e 90. O acesso à efervescência das festas noturnas, a inversão de papéis de gênero e mesmo a adoção de uma máquina fotográfica amadora fazem parte da revolução visual promovida por uma artista libertária.”

Juliano Toledo, filho da fotógrafa, ressalta a importância da aquisição do acervo pelo IMS: “Minha mãe foi uma fotógrafa além do seu tempo. Imagina, uma mulher em plena ditadura militar fazer um livro com ensaios de homens nus. Ela não tinha pudores! Ela conseguia captar a essência do ser humano que estava sendo registrado pelo seu clique. Como ela sempre dizia: ‘O meu vício é gente’. Agora seu legado vai poder ser apreciado pelas próximas gerações.”

:: "Esta é a história deles", afirma Oprah Winfrey em vídeo de "A Cor Púrpura"


Adaptação do musical da Broadway estreia no Brasil em 2024 e conta com a famosa apresentadora como uma das produtoras.

A Warner Bros. Pictures acaba de divulgar um vídeo exclusivo dos bastidores de "A Cor Púrpura", longa-metragem que é adaptação do musical homônimo que estreou na Broadway em 2005. Com entrevistas exclusivas com o elenco que traz estrelas como Fantasia Barrino, H.E.R, Taraji P. Henson, Halle Bailey e Ciara, o material conta ainda com a participação de Oprah Winfrey, intérprete da personagem Sofia no filme de 1985 dirigido por Steven Spielberg e agora uma das produtoras da versão musical.

“Não há nada que tenha sido mais importante ou vital para mim culturalmente e artisticamente do que 'A Cor Púrpura'. Todo homem e toda mulher que já se sentiram invisíveis e desvalorizados, esta é a história deles”, declara a atriz e apresentadora indicada ao Oscar. Baseado no romance literário de Alice Walker, vencedor do Prêmio Pulitzer, o longa é ambientado no começo do século XX, nos Estados Unidos, e traz a história de Celie (Fantasia Barrino), uma jovem negra que vive no Sul.

Abusada sexualmente pelo pai, ela tem a irmã Nettie (Halle Bailey) como única amiga, mas a vida de ambas é modificada para sempre quando são obrigadas a se separarem e Celie se vê sozinha com as adversidades enfrentadas por uma mulher negra na Geórgia no século passado. A adaptação musical tem direção de Blitz Bazawule (“Black Is King”, “The Burial of Kojo”) e produção de Oprah Winfrey, Steven Spielberg, Scott Sanders e Quincy Jones. O drama musical tem estreia prevista para 2024 nos cinemas de todo Brasil.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Sobre o filme
A Warner Bros Pictures convida você a experimentar a extraordinária fraternidade de três mulheres que compartilham um vínculo indissolúvel em "A Cor Púrpura". Esta nova versão ousada do amado clássico do cinema é dirigida por Blitz Bazawule, artista multimídia cuja estreia no cinema foi com o elogiado filme “O Enterro de Kojo”. Na produção estelar de "A Cor Púrpura" estão Oprah WinfreySteven Spielberg, Scott Sanders e Quincy Jones.

"A Cor Púrpura" é estrelado por Taraji P. Henson (“O Curioso Caso de Benjamin Button”), indicada ao Oscar; Danielle Brooks (series “O Pacificador”, “Orange is the New Black”), vencedora do Prêmio SAG e indicada ao Prêmio Tony; Colman Domingo (“A Voz Suprema do Blues”, série “Euphoria”), vencedor do Prêmio Emmy e indicado ao Tony; Corey Hawkins (“Em um Bairro de Nova York”, “Seis Graus de Separação”), indicado ao Tony; H.E.R. (“Judas e o Messias Negro”), vencedora do Oscar e do Grammy; Halle Bailey (“A Pequena Sereia”), indicada ao Grammy; Aunjanue Ellis-Taylor (“King Richard: Criando Campeãs”, “Ray”), indicada ao Oscar; e Fantasia Barrino, vencedora do Grammy, em sua grande estreia no cinema.

O roteiro foi escrito pelo aclamado dramaturgo Marcus Gardley, vencedor do Prêmio WGA (Associação dos Escritores da América) pela série “Maid”, baseado no romance de Alice Walker e no libreto do musical teatral, escrito por Marsha Norman, com música e letra de Brenda Russell, Allee Willis e Stephen Bray.

 Na equipe de produção criativa do diretor Blitz Bazawule estão reconhecidos artistas como o diretor de fotografia Dan Laustsen (“A Forma da Água”); o designer de produção Paul Denham Austerberry (“A Forma da Água”), vencedor do Oscar; o editor Jon Poll (“O Escândalo”, “Entrando Numa Fria”); a figurinista Francine Jamison-Tanchuck (“Tempo de Glória”, “Uma Noite em Miami...”); e a coreógrafa Fatima Robinson (“Dreamgirls: Em Busca de um Sonho”). A trilha sonora foi composta pelo indicado ao Oscar Kris Bowers (“King Richard: Criando Campeãs”, Green Book: O Guia”, “A Concerto is a Conversation”).

 A Warner Bros Pictures apresenta uma produção da Harpo Films, Amblin Entertainment, Scott Sanders /QJP, A Cor Púrpura. O filme será distribuído globalmente pela Warner Bros Pictures, com previsão de estreia no Brasil em 2024.

"A Cor Púrpura" - Vídeo especial

"A Cor Púrpura" - Trailer

.: Ruth Rocha lança "As Férias de Miguel e Pedro" pela Global Editora


A escritora Ruth Rocha, mais uma vez, demonstra maestria em contar histórias que cativam crianças e adultos. O livro "As Férias de Miguel e Pedro" é um convite para leitores se reconectarem com a magia e a simplicidade da natureza, relembrando o prazer genuíno de estar ao ar livre e se divertir sem as distrações tecnológicas.

As férias escolares são um momento de alegria e diversão para os estudantes, mas nem sempre as expectativas dos pequenos são correspondidas… Em uma narrativa envolvente e cheia de aventuras, o sexto livro da Coleção Comecinho mostra a vez em que Miguel e Pedro ficaram desapontados por terem de passar o recesso escolar no sítio do tio Chico, onde não tinha TV nem luz elétrica.

Porém, os irmãos vão descobrindo outras formas de brincar e se divertir. Eles encontram na natureza um cenário perfeito para criar momentos inesquecíveis. As atividades ao ar livre, como nadar no rio, trazem uma sensação de liberdade e despertam neles o prazer de estar em contato com o meio ambiente.

"As Férias de Miguel e Pedro" é ricamente ilustrado por Mariana Massarani, que dá vida aos personagens e à beleza da natureza ao redor. Com suas ilustrações encantadoras, a obra convida os jovens leitores a embarcar em uma jornada repleta de descobertas e aprendizados. Compre o livro "As Férias de Miguel e Pedro", de Ruth Rocha, neste link.


Sobre a Coleção Comecinho
Certa vez, Miguel, neto de Ruth Rocha, estava muito triste, pois ninguém podia brincar com ele. Seus pais estavam trabalhando e seu irmão Pedro era muito pequeno para brincar. Pensando nisso, a autora escreveu uma história de dois tatuzinhos que levavam o nome do menino e de seu irmão. Eduardo, esposo de Ruth, fez a ilustração e enviaram para Miguel por fax. Assim nasceu a Coleção Comecinho.

A série é formada por oito livros, sendo que seis já foram publicados pela Global: "Meu Irmãozinho me Atrapalha", "Quando Miguel Entrou na Escola", "O Dia em que Miguel Estava Muito Triste", "Meus Lápis de Cor São Só Meus", "Os Amigos de Pedrinho" e "As Férias de Miguel e Pedro". Garanta o seu exemplar de "As Férias de Miguel e Pedro", escrito por Ruth Rocha, neste link.

Sobre a autora
Ruth Rocha nasceu em 2 de março de 1931, em São Paulo. Ouviu da mãe, dona Esther, as primeiras histórias, e com vovô Ioiô conheceu os contos clássicos que eram adaptados pelo avô baiano ao universo popular brasileiro. Ruth está entre as escritoras para crianças e adolescentes mais amadas e respeitadas do país. Seu estilo direto, gracioso e coloquial, altamente expressivo e muito libertador, mudou para sempre a literatura escrita para crianças no Brasil. Em mais de 50 anos dedicados à literatura, tem mais de 200 títulos publicados e já foi traduzida para 25 idiomas, além de assinar a tradução de uma centena de títulos infantojuvenis. Recebeu os mais importantes prêmios literários, entre eles, oito prêmios Jabuti. Foto: Arquivo pessoal. Compre a Coleção Comecinho, escrita por Ruth Rocha, neste link.

.: Zezé Motta em um bate-papo musical grátis no Notas Contemporâneas do MIS


Público pode participar com perguntas durante o evento, que acontece no dia 27 de setembro, às 20h, no Auditório MIS, com entrada gratuita. Zezé Motta conversa com a jornalista Lorena Calábria sobre sua carreira, enquanto a Banda MIS interpreta grandes sucessos da artista no palco. Foto: ALLLEXANDROS


A edição de setembro do "Notas Contemporâneas" apresenta a cantora e atriz Zezé Motta, que participa de uma conversa especial sobre sua carreira, nesta  quarta-feira, dia 27. Mediado pela jornalista Lorena Calábria, o bate-papo musical acontece às 20h, no Auditório MIS, e tem entrada gratuita.

O programa mensal do MIS - Instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo - se divide em duas etapas: a primeira é conduzida pela historiadora Rosana Caramaschi, que registra, em estúdio, um depoimento que irá integrar o acervo do Museu. 

A segunda etapa acontece ao vivo e com presença de plateia, no palco do Auditório MIS e a presença da Banda MIS, com direção musical de Yan Montenegro (que cria releituras inéditas e exclusivas dos maiores sucessos da personalidade homenageada). A entrada é livre, e o público pode participar fazendo perguntas, que passam a integrar o roteiro da noite.


Sobre a convidada
Há mais de 50 anos, Zezé Mottaa se dedica à cultura no Brasil. Nascida em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, ela estudou no Teatro Tablado e começou a carreira profissionalmente em 1968 com a peça "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda (e dirigido por José Celso Martinez Correia). Na música, lançou mais de 14 LP’s, CDs e DVDs e apresentou-se em Hannover (Alemanha), Carnegie Hall de Nova York (EUA), França, Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola e Portugal.

É uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado, que denuncia casos de racismo. No cinema e na TV, Zezé se destacou por seus papéis em "Beto Rockefeller" (1968), "Xica da Silva" (1976), "Quilombo" (1984), "Porto dos Milagres" (2001), "Sinhá Moça" (2006), "O Outro Lado do Paraíso" (2017), entre muitos outros. São mais de 50 projetos na TV e mais de 70 filmes. 


Sobre a mediadora
Lorena Calábria
é jornalista especializada em cultura. Vencedora do Prêmio Comunique-se na categoria Jornalista de Cultura, em três edições, e do WME Awards 2020, como Melhor Jornalista Musical. Desde 1985, atua em TV, rádio, web e mídia impressa. Escreveu e apresentou diversos programas, como "Som Maior" (Rede Manchete), "Clip Clip" (Rede Globo), "Cine MTV", "Metrópolis" (TV Cultura), "Ensaio Geral" (Multishow), "Cine Conhecimento" (Futura), "Rádio Café" (Oi FM), entre outros.

Trabalhou como repórter e editora na revista "Bizz" (editora Abril), "TPM" (editora Trip) e "Revista da Folha" (Folha de S.Paulo). Assinou a curadoria do Festival Dia da Música, Sonora Live (portal Terra) e Afinando a Língua (Futura). Foi produtora artística do álbum “Agenor – Canções de Cazuza” (selo Jóia Moderna). É autora do livro “Chico Science & Nação Zumbi – Da lama ao Caos” (editora Cobogó, 2019) e colaborou com “1979 – O Ano que Ressignificou a MPB” (Garota FM Books) e “Expresso 2222” (editora Iyá Omin). Atualmente, apresenta o programa “Radar”, ao vivo na NovaBrasil FM, e é editora de conteúdo do selo musical Três Selos. Também produz entrevistas sobre música brasileira para seu canal no YouTube. 


Sobre a banda
A Banda MIS é um grupo de formação variável, composta por membros do grupo Gama Musical, que nasceu com o intuito de homenagear os convidados do programa Notas Contemporâneas, sempre trazendo releituras de clássicos de seu repertório, originais e inéditas, executadas ao vivo. A adaptação das canções, arranjos e direção musical ficam a cargo do pianista Yan Montenegro, e os músicos da banda são pensados de acordo com cada artista convidado.


Sobre a pesquisadora e entrevistadora (em estúdio)
Rosana Caramaschi é historiadora com especialização em arte, crítica e curadoria. Possui larga experiência em música e artes cênicas, com ênfase em ópera. No segmento musical, destaque para atividades ligadas à música erudita e popular, onde realiza pesquisas e curadorias diversas. Desde a primeira edição do Notas Contemporânea, em 2011, é responsável pela pesquisa, desenvolvimento de roteiro e condução do depoimento conforme ferramentas da história oral.

O Núcleo de música do MIS tem como Patrono o Goldman Sachs. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedora a empresa B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group e Telium.


Serviço
Notas Contemporâneas | Zezé Motta. Local: Auditório MIS (172 lugares). Nesta quarta-feira, dia 27 de setembro, às 20h. Ingresso: gratuito – retirada na bilheteria com 1h de antecedência.

.: Versão brasileira do musical "Cabaret" volta em 2024 com parceria artística


A dramaturga, diretora e produtora cultural Marilia Toledo e o diretor, artista e produtor cultural, Kleber Montanheiro, figuras renomadas do cenário teatral brasileiro, anunciam a montagem do clássico musical "Cabaret" (com músicas de John Kander, letras de Fred Ebb) no Brasil em 2024. O musical, criado em 1966, está em cartaz em Londres e também tem previsão de estreia na Broadway, também no primeiro semestre de 2024.

Com estreia programada para março de 2024 no 033 Rooftop do Teatro Santander, a montagem vai transportar o público para a atmosfera única e envolvente do Cabaret, com uma proposta imersiva inspirada nas montagens de sucesso internacional.  A negociação dos direitos de "Cabaret" teve início em julho de 2022, com o contrato sendo assinado em novembro do mesmo ano.

Marília, autora, idealizadora e diretora dos musicais "Ney Matogrosso - Homem com H" e "Silvio Santos Vem Aí", assume a produção, enquanto Kleber, responsável pelos sucessos como "Tatuagem" (acaba de ganhar o APCA por este trabalho) e "Carmen, a Grande Pequena Notável", encarrega-se da direção. 

A dupla Marília e Kleber não é estranha ao sucesso. Fundadores do Miniteatro na Praça Roosevelt em 2009, trabalharam juntos em peças como “Amídalas”, escrita por Marília e dirigida por Kleber, “A Odisseia de Arlequino”, ambas premiadas. Agora, após mais de 14 anos de hiato, retomam a parceria para trazer ao público brasileiro uma nova perspectiva sobre um clássico. As audições para o elenco acontecem em novembro de 2023. 

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