quinta-feira, 24 de outubro de 2024

.: Grupo Grial apresenta "Uma Mulher Vestida de Sol", no Sesc Pompeia


Criado por Ariano Suassuna e pela coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, o coletivo explora a dança contemporânea no contexto das tradições populares. Foto: Eric Gomes


Transportando o clássico "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, para o contexto do sertão, Ariano Suassuna (1927-2014) escreveu a peça "Uma Mulher Vestida de Sol". A partir dessa história, a coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo faz uma releitura  para o  Grupo Grial, com um olhar mais feminino. O espetáculo faz agora quatro apresentações no Espaço Cênico do Sesc Pompeia, entre os dias até dia 26 de outubro, sábado, às 20h30.

Suassuna se inspirou em um folheto de cordel de João Martins de Athayde para criar a sua história. Publicado em 1947, foi seu primeiro texto dramatúrgico. Na trama, os leitores são apresentados a dois jovens sertanejos, Rosa e  Francisco, que, apesar de primos, não podem conviver e, muito menos, viver um romance, pois  seus pais são inimigos devido a uma disputa de terras.

A direção coreográfica de Maria Paula Costa Rêgo faz uma adaptação dessa história para o universo contemporâneo da dança. Apesar de pontuar nos corpos e na sonoridade as poéticas típicas da região, o coletivo traz uma visão trágica de um Brasil arcaico, apegado à tradição do poder do homem sobre a terra, sobre outros homens e principalmente sobre as mulheres.


Sobre a encenação
“Naquele ambiente árido, não há espaço para o feminino. Rosa, assim como tantas outras personagens, não têm vez e nem voz. Nossa protagonista não vê nenhuma saída para a opressão além da morte. Quer dizer, não é exatamente uma história como a de Romeu e Julieta, em que o amor fala mais alto, mas uma história sobre a solidão”, conta Maria Paula.   

Para ilustrar essa atmosfera, optamos por povoar a cena com couros de bode. No sertão, são eles que povoam as terras e estradas. Em cena estão Aldene Nascimento, Emerson Dias e Bruna Alves, que também assumem a trilha e os vocais. A direção musical é assinada pelo pandeirista Miguel Marinho. Ele também foi responsável por fazer a poesia sertaneja de improviso, chamada de glosa, estar presente no trabalho. “Eu queria uma sonoridade estranha e quando ele toca seu pandeiro produz um som tão potente que é quase como se tivesse uma orquestra acompanhando”, comenta a diretora. 

Fundado em 1997 por Ariano Suassuna e a coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, o Grupo Grial integra o movimento armorial, que busca criar uma arte erudita brasileira a partir das tradições populares. Ao longo desses anos, o coletivo buscou uma aproximação com as brincadeiras populares, desenvolvendo outro corpo dançante.  

Maria Paula afirma que o grupo entrou em sua quarta fase produtiva. Agora, a ideia é expandir os horizontes artísticos, mesclando dança, canto, poesia e teatro. “Nossa sala de aula é o terreiro, as sambadas... Já temos um corpo atravessado por algumas tradições pernambucanas (cavalo marinho, frevo, maracatu rural, maracatu nação, entre outras) e alinhavado por procedimentos da criação contemporânea”, explica. 


Livro
Poeira, sagrado e festa é um registro do processo de construção da linguagem do Grupo Grial. Ao mesmo tempo, celebra seus  25 anos de existência, criado em 1997 pelo escritor Ariano Suassuna e pela coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, no ensejo de pesquisar e criar uma dança contemporânea com cerne nas tradições populares de Pernambuco.

Ao longo das páginas do livro, diferentes autores analisam a importância de “Ariano Suassuna com seu Movimento Armorial na intenção de criar uma arte erudita brasileira fundamentada na cultura popular” e a peleja do Grupo Grial “por modos de buscar uma comunicação entre o que não se comunicava”, como bem resumiram Carlos Newton e Helena Katz. Poeira, Sagrado e Festa apresenta uma memória de 25 anos, que cobre o período de 1997 a 2022. Nesse espaço de tempo, o Grupo Grial passou por três fases distintas, e é a profundidade do mergulho no universo da tradição popular que define a qual das fases a obra coreográfica pertence.

Através dos testemunhos de intérpretes do Grial sobre a busca por uma dança com cerne na tradição popular, o livro procura transmitir às novas gerações a experiência artística e os caminhos possíveis para mais e mais surgimentos de danças que se assemelhem com a do Grial, brasileiros de todos os lugares, e nossas histórias. Durante a temporada em São Paulo de Uma Mulher Vestida de Sol está programado evento de relançamento do livro, no saguão do Sesc Pompeia, a partir das 15h, no dia 26 de outubro. 


Sobre o Grupo Grial
O Grupo Grial de Dança foi criado em 1997 pelo escritor Ariano Suassuna e a coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo. Desde então, o coletivo avança nas suas pesquisas por uma linguagem contemporânea de dança com cerne no universo das tradições populares. Vem criando sólida referência no panorama da dança brasileira, com participações em diversos festivais de dança nacionais e internacionais, além de receber Prêmios e Patrocínios para suas criações e circulações. Foi indicado como Melhor Espetáculo pelo Jornal Estado de São Paulo em 2012 (com Travessia) e recebeu o APCA 2013, de Intérprete Criadora (com Terra). O Grupo Grial possui em sua trajetória 13 criações coreográficas e 3 estudos em parceria com outras companhias.


Sinopse de "Uma Mulher Vestida de Sol"
A obra literária "Uma Mulher Vestida de Sol" é uma adaptação de Ariano Suassuna do folheto de cordel de João Martins de Athayde, que por sua vez se inspira na clássica história de amor entre Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Em sua releitura coreográfica, o Grupo Grial mergulha na beleza árida do sertão nordestino, cria um universo vazio habitado por bodes... e duas famílias inimigas. Apesar de pontuar nos corpos e na sonoridade as poéticas típicas da região, o Grial traz uma visão trágica de um Brasil arcaico, apegado à tradição do poder do homem sobre a terra, sobre outros homens e principalmente sobre as mulheres.


Ficha técnica
Espetáculo  "Uma Mulher Vestida de Sol" 
Direção coreográfica: Maria Paula Costa Rêgo
Intérpretes criadores: Aldene Nascimento e Emerson Dias
Direção musical/Intérprete/Poeta: Miguel Marinho
Intérprete cantora: Bruna Alves
Iluminação: Luciana Raposo
Sonoplastia: Jordy
Figurino: Biam Diphá
Cenografia: Grupo Grial


Serviço
Espetáculo  "Uma Mulher Vestida de Sol"
De 23 a 26 de outubro, de quarta-feira a sábado, às 20h30
Local: Espaço Cênico - Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Compra on-line: https://www.sescsp.org.br/programacao/uma-mulher-vestida-de-sol/
Duração: 50 minutos
Classificação: 12 anos

.: Cineflix Cinemas estreia "Venom: A Última Rodada", "Caindo na Real" e mais!

Imagem de "Venom: A Última Rodada" que tem estreia na Cineflix Cinemas em 24 de outubro


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia o longa de ação "Venom: A Última Rodada", a comédia nacional "Caindo na Real" e o drama "O Quarto Ao Lado" para serem assistidos com balde de pipoca quentinha. Seguem em cartaz o terror "Sorria 2" , a animação "Robô Selvagem" e o thriller musical "Coringa: Delírio A Dois". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana na Cineflix Santos

"Venom: A Última Rodada" (Venom: The Last Dance). Ingressos on-line neste linkGênero: açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h50. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: Kelly MarcelRoteiro: Kelly Marcel. Elenco: Tom Hardy, Chiwetel Ejiofor, Juno TempleSinopse: Eddie e Venom devem tomar uma decisão devastadora enquanto são perseguidos por um misterioso homem. Confira os horários: neste link

Trailer "Venom: A Última Rodada"


"Caindo na Real" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia dramáticaClassificação: 10 anos. Duração: 1h30. Ano: 2024. Distribuidora: SElo Studios. André PellenzRoteiro: Bia Crespo. Elenco: Evelyn Castro, Belo, Victor LamogliaSinopse: Em um Brasil futurista, dentro de uma crise econômica e institucional sem precedentes, a vida de Tina (Evelyn Castro) é tão agitada pois vive atrás da chapa de uma lanchonete. Enquanto enfrenta o caos diário da cozinha, não consegue pensar em tempo para namoros, o constante desespero de um romântico Barão (Belo) apaixonado que não desiste de suas serenatas. No entanto, Tina não imagina que seu destino está prestes a mudar de forma inesperada. A mudança da sua vida acontece quando um golpe político restaura a Monarquia no país e genealogistas revelam uma surpreendente conexão: Tina, uma chapeira comum do subúrbio do Rio de Janeiro, é a herdeira legítima da família Real, fruto de uma antiga "pulada de cerca" imperial. De repente, Tina se vê trocando sua vida simples e suas preocupações com aumento e vale-transporte pelo comando de uma nação inteira. Agora, como a recém-nomeada Rainha do Brasil, enfrenta desafios inéditos e uma nova realidade política, tudo enquanto tenta equilibrar suas novas responsabilidades com sua vida pessoal e sua relação não assumida com Barão, um taxista que, apesar de seu nome nobre, é bem mais simples do que parece. Em Caindo na Real, acompanhe a jornada de uma mulher comum transformada em realeza, lutando para governar um país em crise e encontrar seu lugar em um mundo que virou de cabeça para baixo. Confira os horários: neste link

Trailer "Caindo na Real"


"O Quarto Ao Lado" (The Room Next Door). Ingressos on-line neste linkGênero: açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h50. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Pictures Brasil. Direção: Pedro AlmodóvarRoteiro: Pedro Almodóvar. Elenco: Tilda Swinton (Martha), Julianne Moore (Ingrid), John Turturro (Damian), Alessandro Nivola (Detective)Sinopse: Uma escritora best-seller reconecta-se com sua mãe após perder contato com ela por vários anos. Confira os horários: neste link

Trailer "O Quarto Ao Lado"

Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Sorria 2" (Smile 2). Ingressos on-line neste linkGênero: terrorClassificação: 18 anos. Duração: 2h07. Ano: 2024. Distribuidora: Paramount Filmes. Direção: Parker FinnRoteiro: Parker Finn. Elenco: Naomi Scott, Rosemarie DeWitt, Lukas GageSinopse: A estrela pop Skye Riley (Naomi Scott) vive a vida dos sonhos, repleta de fama, dinheiro e admiração. Prestes a embarcar em uma turnê mundial, a estrela presencia a morte de um colega do ensino médio, Lewis Fregoli (Lukas Gage). A partir daí, começa a ser perseguida por um sorriso sombrio. Ela o vê em seus fãs, em seus parceiros de trabalho e em desconhecidos na rua. Sorria 2 acompanha as tentativas de Riley de exterminar esse mal que a aterroriza e retomar o controle de sua vida. A pressão da fama e o horror dessas experiências inexplicáveis obrigam Skye a confrontar seu passado antes que seja tarde demais. Confira os horários: neste link

.: Crítica: "Sorria 2" alerta sobre abusos diversos e garante sequência

Trailer "Sorria 2"

"Robô Selvagem" ("The Wild Robot"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação, infantil, aventuraClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures Brasil. Direção: Chris SandersRoteiro: Chris Sanders. Elenco: Lupita Nyong'o Rozzum (Roz), Pedro Pascal (Fink), Bill Nighy (Longneck), Catherine O'Hara (Pinktail), Kit Connor (Brightbill), Mark Hamill, Paul-Mikél WilliamsSinopse: Uma história comovente e cheia de aventuras sobre o que acontece quando a natureza e a tecnologia colidem inesperadamente, como os humanos. Baseado na série de livros de mesmo nome de Peter Brown, produzido pela DreamWorks Animation e distribuído pela Universal Pictures. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Robô Selvagem" é sobre sermos mais do que fomos programados

Trailer de "Robô Selvagem"


"Coringa: Delírio A Dois" (Joker: Folie À Deux). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, thriller, musicalClassificação: 16 anos. Duração: 2h19. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Filmes. Direção: Todd PhillipsRoteiro: Todd Phillips, Scott Silver. Elenco: Joaquin Phoenix (Arthur Fleck / Coringa), Lady Gaga (Harley Quinn), Brendan Gleeson (Jackie Sullivan), Catherine KeenerSinopse: Arthur Fleck institucionalizado em Arkham, à espera de ser julgado pelos seus crimes como Joker. Enquando luta contra a sua dupla personalidade, Arhtur não só encontra o amor verdadeiro, mas também a música que sempre esteve dentro dele. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Coringa: Delírio A Dois" é confusão excessivamente musicada

Trailer "Coringa: Delírio A Dois"


.: "Terrifier 3": Art não foi inspirado em serial killer, mas em palhaço de ônibus

Considerado um ícone do terror moderno, o palhaço assassino volta aos cinemas em 31 de outubro em novo longa, distribuído pela Diamond Films


Depois de tantas mortes cruéis e sanguinolentas, é fácil presumir que Art, o palhaço assassino de "Terrifier 3", foi inspirado em um serial killer igualmente impiedoso. Contudo, a verdade é que o personagem idealizado pelo diretor e roteirista Damien Leone surgiu a partir de uma ideia mais simples. Por isso, antes da volta do Art nos cinemas em 31 de outubro, no mais novo lançamento de terror da Diamond Films, conheça a história do carismático e terrível palhaço: "Terrifier 3"

Esqueça os assassinos da vida real. Damien Leone criou Art depois de imaginar uma cena peculiar, mas bastante crível: um palhaço inconveniente, atormentando uma mulher no ônibus. Ela só queria voltar para casa depois de um dia de trabalho, mas aquele estranho tentava chamar sua atenção com brincadeiras infantis. Embora ela estivesse só, a interação era bastante inocente – a princípio. Porque conforme a mulher o rejeitava, o palhaço ficava mais e mais violento e intimidador.

Essa ideia de cena eventualmente deu origem ao curta The 9th Circle, parte da coletânea All Hallows Eve. Ali, o conceito do personagem ganhou corpo, conforme o ator Mike Giannelli, o primeiro intérprete de Art, apresentou alguns de seus maneirismos e personalidade. Contudo, foi na parceria entre Leone e o ator David Howard Thornton nos primeiros dois longas da franquia que o palhaço virou um ícone do terror moderno.

Hoje, muito se discute se Art é humano ou uma criatura sobrenatural. Há até quem especule que talvez ele seja apenas um médico que abandonou a carreira – o que explicaria seu interesse intenso, digamos, na anatomia humana. Porém, independentemente da explicação para a existência do personagem, fato é que Art está de volta para o que já é considerado o capítulo mais violento da franquia.

Ambientado cinco anos após os eventos do último filme, "Terrifier 3" acompanha o palhaço assassino aterrorizando o Natal de velhos conhecidos e novas vítimas. Com planos ainda mais perturbadores e impiedosos, Art não pretende deixar sobreviventes nessa sua nova matança e, por isso, sair dessa vivo será altamente improvável.

"Terrifier 3" estreia no dia 31 de outubro com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina,  responsável também pelos lançamentos de “Longlegs - Vínculo Mortal”, “Imaculada” e “Entrevista com o Demônio” no Brasil.


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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

.: "Ser feliz: é possível?", Monja Coen e Gustavo Arns respondem em livro

Baseados em culturas e vivências, autores unem ciência e espiritualidade em novo livro


Muito se debate sobre o que é felicidade e como encontrá-la. Afinal, o que é preciso para ser feliz? Unindo espiritualidade e ciência, Monja Coen e Gustavo Arns tentam responder se "Ser feliz: é possível?", nesse livro que é um lançamento da Papirus 7 Mares. Os autores conversam sobre a importância de ser realmente presente para alguém e de acolher as emoções, sejam elas boas ou ruins.

Gustavo Arns é o idealizador do Congresso Internacional de Felicidade, evento que reúne palestrantes de todo o Brasil e do mundo. Juntamente com a Monja Coen, apresenta, na obra, uma análise sobre a felicidade que inclui reflexões relacionadas à procura de um propósito e ao contentamento com a vida.

Segundo os autores, a busca por um estado de satisfação é um processo que envolve autoconhecimento, equilíbrio e capacidade de viver plenamente o presente. Monja Coen destaca o fato de a felicidade ser transitória, pois existem momentos de plenitude e outros de insatisfação. Gustavo Arns explora o impacto da cultura e da ciência na compreensão desse sentimento, na perspectiva de que pode ser desenvolvido como uma habilidade a ser treinada.


Precisamos parar de culpar o outro pela nossa infelicidade e assumir nossa autorresponsabilidade, fazendo as melhores escolhas dentro dessa construção.

(Ser feliz: é possível?, p. 106)


Como se participassem da conversa, os leitores são chamados para a discussão e convidados a pensar sobre o papel das emoções, da liberdade e das escolhas pessoais. Para os autores, a felicidade pode ser um pano de fundo para a existência – não que as pessoas estejam felizes o tempo todo, mas vivenciam situações de alegria em diferentes nuances.

"Ser feliz: é possível? Um diálogo entre ciência e espiritualidade" é uma publicação para aqueles que procuram por um entendimento aprofundado do significado da felicidade e de como traçar esse caminho de maneira equilibrada. Em concordância, os autores apontam que felicidade não significa acumular bens ou realizar desejos imediatos, mas simboliza a capacidade de sentir a vida e as diferentes emoções que ela proporciona.


Compre Ser feliz: é possível?: Um diálogo entre ciência e espiritualidade, dos autores Monja Coen e Gustavo Arns aqui: amzn.to/3NA8jkr


Livro: Ser feliz: é possível?

Subtítulo: Um diálogo entre ciência e espiritualidade

Autores: Monja Coen e Gustavo Arns

Editora: Papirus 7 Mares

Categoria: Filosofia

ISBN: 978-65-5592-054-3

Formato: 14 x 21 cm

128 páginas



.: Trailer de "A Contadora de Filmes" que estreia em novembro nos cinemas

Com estreia marcada para o dia 28 de novembro, longa conta com distribuição da Diamond Films e tem Walter Salles como co-roteirista


A Diamond Films acaba de revelar o trailer oficial de "A Contadora de Filmes" (La Contadora de Películas), longa que conta com Walter Salles como co-roteirista. Com estreia marcada para o dia 28 de novembro nos cinemas brasileiros, a obra é baseada no best-seller homônimo de Hernan Rivera Letelier e traz uma história comovente capaz de unir famílias. Confira o trailer aqui.

A trama de "A Contadora de Filmes" se passa em torno da pequena María Margarita. A mais nova de quatro irmãos, a protagonista leva uma vida simples e sem grandes emoções em uma cidade mineira no deserto do Atacama, no Chile. Aos domingos, porém, tudo mudava, tendo em vista que toda a família ia ao cinema, onde eram transportados para mundos fantásticos, permitindo que o sonho e a fantasia vivessem fortemente dentro de Maria, mesmo que por algumas horas.

Contudo, quando o seu pai sofre um acidente de trabalho e a renda de casa fica comprometida, apenas um dos filhos passa a poder desfrutar deste passatempo. Para compensar a ausência dos irmãos, fica a cargo do felizardo da vez narrar o que assistiu na telona. É assim que María descobre que possui uma aptidão para narrar. Aos poucos, sua maneira de contar histórias, dramática e cheia de humor, conquista toda a vila e, quando menos espera, muda até a sorte da sua família.

O roteiro é assinado pelo brasileiro Walter Salles ao lado de Rafa Russo e Isabel Coixet. Além disso, "A Contadora de Filmes" é estrelado por Antonio de La Torre, Sara Becker, Berénice Bejo e Daniel Bruhl.

O filme estreia nos cinemas em 28 de novembro, com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina.



.: Helena Ranaldi e Martha Meola estrelam peça "Por Trás das Flores"

Espetáculo que fica em cartaz até 28 de novembro no novo Teatro Multiplan MorumbiShopping  explora a relação mãe e filha e os contrastes culturais entre Brasil e Líbano


Helena Ranaldi e Martha Meola em Por Trás das Flores. Foto: Camila Rios


De 29 de outubro a 28 de novembro, às quartas e quintas, sempre às 21h (sessão extra de estreia terça, 29/10, também às 21h), o Teatro Multiplan MorumbiShopping, localizado no Piso G2 do shopping, recebe o espetáculo Por Trás das Flores. Estrelado por Helena Ranaldi e Martha Meola, Por Trás das Flores convida o público a mergulhar em uma narrativa poética explorando a complexa relação entre uma filha e sua mãe. Ambientada no Norte do Líbano e também na imaginação da Filha, a peça acompanha a tentativa da Mãe de convencer a Filha a retornar ao Brasil e viver entre os seus.

Contrastando tradição e modernidade, a trama ressalta as diferenças culturais entre o Líbano e o Brasil, ao mesmo tempo em que revela o abismo temporal entre o mundo contemporâneo e a época em que a mãe migrou para o Brasil, em meados do século XX. A obra revela a profundidade das subjetividades de duas mulheres tão próximas e, ao mesmo tempo, tão distintas, destacando aspectos psicológicos, sociais e míticos.


Espetáculo

Segundo Marcelo Lazzaratto, o espetáculo apresenta como espaço único, em que ocorre a ação, um quarto de uma antiga casa no Líbano. A encenação optou por manter apenas três elementos essenciais para configurá-lo: um tapete, um baú e um vaso com uma muda de Cedro-do-Líbano. Essa opção sintética aposta no jogo entre as atrizes para configurar as paisagens libanesas, que é o anseio da Filha; o cotidiano no Brasil, que é o desejo da Mãe; e todas as outras imagens advindas de suas memórias.

Sobre o cenário, o diretor acrescenta: “Há um painel atrás composto por módulos que lembram teares, como se a trama neles gerada fosse o enredo de memórias da família, memórias que transcendem a vida vivida das personagens e acessa elementos de sua ancestralidade”.

Ao detalhar os conceitos da encenação, Lazzaratto considera que, “em uma abordagem psicanalítica, esse tapete intensamente iluminado, inserido em um palco como uma caixa preta, estabelece-se como sendo um espaço de consciência da personagem Filha que é visitada pela sua Mãe que surge do entorno do “tapete-consciência”, das latências de seu inconsciente”.

Para Samir Yazbek, o texto, inspirado em suas raízes libanesas, propõe “um mergulho na psique dessas duas mulheres que, apesar de suas diferenças geográficas e temporais, elaboram seus traumas, num acerto de contas que opera a partir de arquétipos familiares, mas que faz ressoar dilemas éticos e morais que refletem a encruzilhada das visões de mundo do Oriente e do Ocidente, tão presente na formação da sociedade brasileira”.

Nas palavras do diretor, o espetáculo, ao propor uma jornada desafiadora para as personagens, é “um rito de passagem da morte à vida”. Nesse sentido, por meio da referência ao Cedro, árvore milenar libanesa, Lazzaratto sintetiza: “Vida que se manifesta através de um broto de Cedro-do-Líbano no vaso disposto no canto da cena; árvore-símbolo daquele país que possui variados significados: na Bíblia, por exemplo, ele é mencionado frequentemente como um elemento de grandiosidade e bênçãos divinas, valores muito adequados às necessidades das personagens da peça. Mesmo que elas não lhes deem a devida atenção, o broto de Cedro está ali, crescendo, anunciando um amanhã renovado”.


Sinopse: Em algum lugar entre o Líbano e o Brasil, duas mulheres fazem um acerto de contas, investigando questões ligadas à sua ancestralidade e ao seu futuro.


Ficha técnica

Direção: Marcelo Lazzaratto

Texto: Samir Yazbek

Elenco: Helena Ranaldi e Martha Meola

Cenário: Marcelo Lazzaratto

Cenotécnico: Wanderley Wagner

Iluminação: Marcelo Lazzaratto

Operação de luz e som: Bruno Garcia

Figurino: Juliana Bertolini

Assistente de figurino: Vi silva

Visagista: Junior Carvalho

Cabelo: Cida Grecco

Camareira: Rosa Silverio

Fotos: Camila Rios

Direção de Produção: Jessica Rodrigues

Produção executiva: Carolina Henriques

Assistente de produção: Rommaní Carvalho e Julia Terron


Serviço:

POR TRÁS DAS FLORES

29 de outubro, terça-feira, 21h (pré-estreia)

30 de outubro a 28 de novembro, quartas e quintas, às 21h00

*não haverá apresentação no dia 14 de novembro, quinta-feira

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 60 minutos

Ingressos: de R$40 a R$100 | Vendas pela Sympla

Teatro Multiplan MorumbiShopping 

Avenida Roque Petroni Júnior, nº 1.089, Piso G2, Jardim das Acácias, 04707-900, São Paulo/SP.

Bilheteria abre em dias de espetáculo, 2h antes de cada sessão.

Capacidade: 250 lugares.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

.: "A falecida": MIS debate filme baseado em obra de Nelson Rodrigues

Com presença da escritora Aline Bei, MIS realiza debate sobre filme baseado em obra de Nelson Rodrigues. “A falecida”, adaptação para as telas da peça homônima do escritor, é tema da edição de outubro do Clube do Filme do Livro

Cena do filme "A falecida". Imagem: reprodução


No dia 31 de outubro, o MIS realiza mais uma edição do Clube do Filme do Livro, programa mensal que reúne cinema e literatura. Desta vez, o tema é o filme “A falecida”, longa-metragem baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues. A escolha do título é da escritora Aline Bei, autora de “O peso do pássaro morto”, que participará do debate com o público após a sessão.

Lançado em 1965, o filme, dirigido por Leon Hirszman, acompanha a vida de Zulmira (Fernanda Montenegro), uma mulher de classe média baixa que, obcecada com a ideia de sua própria morte, decide planejar seu funeral de maneira grandiosa, enfrentando as limitações de sua realidade e os conflitos com seu marido e conhecidos. O filme carrega a atmosfera eternizada por Nelson Rodrigues no teatro nacional, integrando a lista de cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos da ABRACINE. O longa também marca a estreia da atriz Fernanda Montenegro no cinema. 


Cena do filme "A falecida". Imagem: reprodução


A produção de Hirszman é baseada na peça homônima, escrita por Nelson Rodrigues em 1953. A obra retrata a obsessão de uma mulher da classe média baixa do Rio de Janeiro pela ideia de uma morte iminente e um enterro luxuoso. Marcada pelo humor ácido e pela crítica social, a obra expõe a hipocrisia e o desejo de ascensão social na sociedade brasileira da época. Nelson Rodrigues, conhecido por sua abordagem ousada de temas tabus e por sua linguagem crua, reforça sua reputação de explorador das tragédias cotidianas suburbanas. “A falecida” é a primeira peça da chamada série “tragédias cariocas”, formada por oito títulos, escritos até 1978. 

Você sabia?

“A falecida” inovou na interação dos atores com o cenário. Na primeira montagem da peça, os próprios intérpretes moviam cadeiras e outros acessórios pelo palco, o que chamou a atenção da crítica e do público.


Sobre o Clube do Filme do Livro: Clube do Filme do Livro é o programa mensal do MIS que reúne cinema e literatura. A cada mês, um convidado elege um filme baseado em um livro, e o museu exibe a produção, seguida de um bate-papo. A ideia é tratar do filme sob a ótica da adaptação, sobretudo a partir de impressões, reflexões e abordagens do convidado de cada edição. O público poderá participar com perguntas e comentários ao longo da conversa. 

Sobre a convidada:  Aline Bei nasceu em São Paulo, em 9 outubro de 1987. É formada em Letras pela PUC-SP, em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena e pós-graduada em Escritas Performáticas pela PUC-Rio. “O peso do pássaro morto” (Editora Nós, 2017), finalista do prêmio Rio de Literatura e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, é o seu primeiro livro. Em 2021, lançou o segundo, “Pequena coreografia do adeus”, pela Companhia das Letras. O romance foi finalista do prêmio Jabuti e do prêmio São Paulo de Literatura e já vendeu mais de 120 mil cópias. Os dois livros estão publicados em Portugal pela Particular Editora e têm seus direitos reservados para o cinema. 


Serviço | Clube do Filme do Livro – “A falecida”

Data: 31.10, às 19h

Local: Auditório MIS

Avenida Europa, 158 - Jd. Europa - São Paulo

Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria física do MIS)

Classificação: 10 anos

 A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, Vivo, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè, Sorvetes Los Los e Água Mineral São Lourenço. 

.: "Abraço de Mãe": terror protagonizado por Marjorie Estiano estreia na Netflix

No Brasil, o filme foi um dos destaques na programação do Festival do Rio


Amanhã, dia 23 de outubro, chega ao Netflix, a maior plataforma de streaming no Brasil, o terror brasileiro “Abraço de Mãe”, estrelado por uma das atrizes mais premiadas de sua geração, Marjorie Estiano (indicada ao Emmy Internacional por seu papel na série “Sob Pressão”, da Globo) e com direção de Cristian Ponce, conhecido pelo premiado “Historia de lo Oculto”.

A trama se passa durante a enchente de fevereiro de 1996, que devastou a cidade e deixou cicatrizes profundas. O evento, um dos temporais mais intensos da história carioca, serve de pano de fundo para o terror psicológico que a personagem Ana (interpretada pela premiada atriz Marjorie Estiano), uma bombeira, enfrenta enquanto luta para sobreviver. O Rio de Janeiro tem um histórico de grandes chuvas, com o primeiro registro do Padre Anchieta espantado com as fortes chuvas na década de 1570. Faz parte da história da cidade as lendárias enchentes de 1811, 1924, 1966, 1988, entre tantas outras.

Durante a produção, os atores e a equipe contaram com a colaboração do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que forneceu treinamento aos atores e possibilitou as filmagens no prédio icônico do Quartel Central do Corpo de Bombeiros na Região Central do Rio de Janeiro.

Com produção de André Pereira e Mariana Muniz, da Lupa Filmes, “Abraço de Mãe” vem se consolidando como uma das grandes apostas do cinema de terror latino-americano do ano, principalmente depois de passar por festivais internacionais como o Festival de Cinema de Sitges, um dos mais importantes festivais de cinema mundial do gênero fantástico, na Espanha, e também o Beyond Fest, festival de cinema de gênero, promovido pela Cinemateca Americana em parceria com a distribuidora NEON, em Los Angeles, nos EUA.

No Brasil, o filme foi um dos destaques da programação do Festival do Rio e agora chega amanhã, dia 23 de outubro, para o público geral, quando estreia no catálogo da Netflix, a maior plataforma de streaming no Brasil.


SINOPSE: Em fevereiro de 1996, durante um dos temporais mais impiedosos que atingiu a cidade do Rio de Janeiro, uma equipe dos bombeiros recebe um chamado para evacuar um asilo com risco de desabamento. Ana, uma jovem bombeira afastada após sofrer um ataque de pânico em uma operação, se vê retornando à sua antiga equipe de resgate. Ao chegarem ao local, os bombeiros descobrem que os misteriosos moradores do asilo têm outros planos com a chegada da chuva. Ana terá que enfrentar seu próprio passado para sobreviver e salvar os outros antes que seja tarde demais.


Filme: Abraço de Mãe

Elenco: Marjorie Estiano como Ana, Chandelly Braz como Cristina, Javier Drolas como Ulisses, Reynaldo Machado como Roque, Val Perré como Dias, Angela Rabello como Drika, Helena Varvaki como Carmem, Rafael Canedo como Mourão, Maria Volpe como Lia, Mel Nunes como Ana Criança, Thelmo Fernandes como Coronel

FICHA TÉCNICA

Dirigido por: Cristian Ponce

Produzido por: André Pereira e Mariana Muniz

Coprodução: Pablo Guisa Koestinger

Roteiro: Cristian Ponce, André Pereira e Gabriela Capello

Argumento: André Pereira, Christiano Menezes, César Bravo e Gabriela Capello

Produção Executiva: Mariana Muniz

Direção de Fotografia: Franco Cerana, ADF e Leandro Pagliaro

Montagem: Hernán Biasotti

Direção de Arte: Lucas Osorio

Caracterização: Martin Macías Trujillo

Figurino: Valéria Stefani

Mixagem: Armando Torres Jr.

Desenho de Som: Bernardo Uzeda e Tomás Alem

Som Direto: Felipe Machado

Trilha Original: Bernardo Uzeda

Supervisão de Efeitos Visuais: Mauricio Stal

Assistência de Direção: Isabel Nessimian

Direção de Produção: Lika Lopes

Preparação de Elenco: Maria Silvia Siqueira Campos

Direção de Elenco: Raoni Seixas

Trailer


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