quarta-feira, 27 de agosto de 2014

.: O último clássico de Ernest Hemingway

"As Ilhas da Corrente" não é apenas a melhor obra póstuma de Ernest Hemingway, mas um de seus grandes livros. Publicado pela primeira vez em 1970, nove anos após a morte do autor, narra as aventuras e as tragédias presentes em momentos cruciais da vida do pintor Thomas Hudson – um evidente alter ego hemingwayniano.

“Uma história cheia de amor, de solidão, com o mesmo senso de humor e qualidade de tudo que escreveu”, disse a jornalista Mary Hemingway, que foi esposa do autor. Dividida em três partes, a obra pode ser vista tanto como uma reunião de novelas interligadas quanto como um romance fragmentado. De ambas as formas, é um trabalho que mostra um dos mais influentes escritores do século XX no ápice de sua maturidade literária.

A primeira parte, “Bimini”, é ambientada em uma paradisíaca ilha do Caribe onde Hudson – divorciado e beberrão – leva uma vida idílica. “Cuba”, o segundo segmento, tem ares mais sombrios: o personagem é um homem atormentado que perde o filho em um acidente. 

Ao mesmo tempo, reencontra a primeira esposa e revive o final infeliz da grande história de amor de sua vida. A última parte, por sua vez, é um drama de guerra que contém elementos que lembram outras obras de Hemingway como Por quem os sinos dobram e O velho e o mar. Batizada de “No mar”, mostra Hudson como um caçador de submarinos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

"As Ilhas da Corrente" é um retrato brilhante da vida de um homem complexo e intrigante. Nestas páginas, Hemingway alcança o seu zênite de maturidade literária.


"As Ilhas da Corrente"
("Islands in the Stream")
Ernest Hemingway
Tradução: Milton Persson
Literatura estrangeira
Editora: Bertrand Brasil
616 páginas
R$ 65,00

Próximo relançamento: "Contos – Volume 1".
Ernest Hemingway é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 18 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário, tornando-se motorista de ambulância para o Exército da Itália. Após ser ferido, recebeu uma condecoração do governo italiano. Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e então voltou para a Europa, cobrindo eventos como a Revolução Grega. Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, o qual ele descreveu em seu primeiro livro, O sol também se levanta (1926). Ernest Hemingway foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954 e faleceu em 1961.
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