quarta-feira, 22 de julho de 2015

.: "Tomara que caia" é muito engessado em roteiro

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em julho de 2015



A verdade é que a Rede Globo está inovando e tentando se atualizar. Nota-se a linguagem jovial e mais "livre" dos programas "Vídeo Show" e "Tá no ar". O segundo, em temporadas curtíssimas, tal qual um seriado, no momento, está em hiato. Sim! Ao que tudo indica, os programas da emissora de Roberto Marinho foram "classificados" como seriados. 

Ok! Eis que o "Zorra" cortou o Total, ganhou nova roupagem e ficou parecido com o "Tá no ar". Confesso que a diferença clara entre ambos, além do elenco, é o fato de um tirar sarro das criações televisivas e da emissora em questão, enquanto que o outro apoia-se nas situações do cotidiano para fazer graça.

Eis que os domingos nunca mais foram tão engraçados desde "Sai de baixo". Resultado: Foi decretada a necessidade absoluta de que "Tomara que caia" agradasse -e bastante- em sua estreia no domingo, 19 de julho. E assim, tal qual o texto das chamadas, o humorístico que é um game não desperta interesse.

Infelizmente, o programa está engessado num roteiro em que há interrupções descabidas dos atores que "assistem" as cenas que acontecem no palco. Mesmo não considerando estes bruscos cortes no ritmo da história, tudo é muito confuso. É uma brincadeira em que nem todos participam, por mais que o convite seja feito e sempre reforçado. Nem a participação da cantora Anitta foi o suficiente para envolver os jovens ou as mínimas participações dos talentosos: Os Barbixas. 

A verdade é que o fabuloso "Quinta categoria", da antiga MTV Brasil -que resistiu a mudança de tantos apresentadores- tinha tudo para ter uma versão sensacional na Rede Globo. Contudo, a expectativa de quem esperava algo neste formato caiu por terra. A imposição de um roteiro sem improviso algum foi desagradável. As sequências -e repetições das falas- ficaram tão claras que deixaram o público de casa alheio. É claro que no teatro até funciona, já na Tv... é preciso muito mais! 

Enfim, "Sai de baixo", pois "Tomara que caia" precisa melhorar e ser mais livre, leve e solto. A improvisação precisa de "Toma lá, dá cá" bem divertido e descolado!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 

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