segunda-feira, 2 de maio de 2011

.: Resenha crítica de "Eu Sou o Número Quatro", de roteiro fraco

Fugitivos de Lorien estão na Terra
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em maio de 2011


Ficção científica adolescente perde com roteiro fraco. Saiba mais de Eu Sou o Número Quatro!


Um filme adolescente focado em alienígenas. O longa "Eu Sou o Número Quatro", dirigido por  D. J. Caruso, conta a triste história dos últimos habitantes do planeta Lorien, destruído pelos Mogadorianos (personagens que remetem esteticamente os vampiros de 30 Dias de Noite). Chamados apenas por números, eles têm o grande desafio de fugir dos inimigos que tem como objetivo eliminar todos os nove, na ordem certa, para que poderes especiais não possam ser usados contra eles no futuro.

Para sobreviver o lorieno Número Quatro (Alex Pettyfer), junto com o seu protetor Henri (Timothy Olyphant), vivem (camuflados) entre os habitantes do planeta Terra. Com o intuito de não serem reconhecidos, os dois constantemente mudam de cidade e de nome. No entanto, nem todo cuidado é o suficiente, pois nos minutos iniciais da trama o adolescente descobre que será o próximo da lista. 

Tal aviso é dado quando, assim como um adolescente normal, Número Quatro aproveita um dia inteiro na praia com uma garota. Já de noite, para o seu total azar, ainda na água, quando está prestes a se dar bem, ele sente a perna queimando enquanto que raios de luz são emitidos do símbolo formado em sua pele. Desesperado, ele sai da água correndo, mas todos flagram o momento inusitado. Um "ligeirinho" das águas salgadas filma e posta o vídeo na internet (Quanta modernidade!).

Após o flagrante, Henri e seu protegido mudam de cidade. Eis que o Número Quatro, que era chamado de Daniel passa a ser John Smith. Na tranquila cidade de Paradise, em Ohio, "John" descobre seus novos poderes, conhece a estudante Sarah Hart (Dianna Agron) e se apaixona por ela. Quando a história de amor fica um pouco de lado, a número Seis (Teresa Palmer) encontra o próximo da lista dos Mogadorianos e os seres inimagináveis ganham papel fundamental na trama.

O longa é um bom representante de outros tantos filmes e alguns seriados. Como? Simples. É inevitável deixar de intertextualizar Eu Sou o Número Quatro com outras películas famosas como, por exemplo, Crepúsculo (garota tímida se apaixona pelo bonitão misterioso); Duro de Matar (a cena da Número Seis explodindo a casa); Transformers (são tantas cenas!). 

Tantos momentos de suspense remetem a filmes de terror como, por exemplo, Pague para entrar, reze para sair, e, lembram também o seriado Sobrenatural (sequência no parque de diversões em que os protagonistas passeiam em um Trator Fantasma). Glee é outro seriado que será lembrado, principalmente por ser um filme adolescente americano que retrata aa rixas escolares dos novatos e os "diferentes" contra os "queridinhos do colégio". Talvez esta lembrança também ocorra pelo fato de ter Dianna Agron no elenco de ambos). 

Em um balanço geral, Eu Sou o Número Quatro pode ser classificado como bom, principalmente quando considerados os efeitos elaborados que pipocam (e muito bem) na tela, a fotografia lindíssima e a trilha sonora perfeita para o gênero. Entretanto, quando o assunto é o enredo, mesmo aqueles que acharam o filme empolgante por gostarem de filmes de ficção científica, hão de concordar que o roteiro fraquinho e insosso deixa a desejar. Resultado: Eu Sou o Número Quatro tem tudo para ser mais um filme juvenil moderninho (ou modernístico?!?!) da Sessão da Tarde.

Filme: Eu Sou o Número Quatro (I am Number Four, EUA)
Ano: 2011
Gênero: Ficção científica
Duração: 110 minutos
Direção: D. J. Caruso
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar e Marti Noxon, baseados no livro de Jobie Hughes e James Frey
Fotografia: Guillermo Navarro
Trilha Sonora: Trevor Rabin
Produção: Michael Bay
Elenco original: Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Dianna Agron, Kevin Durand.

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