terça-feira, 25 de outubro de 2016

.: Após vazamento de edição não-publicada, PLAYBOY intensifica luta

"...o que aconteceu na última sexta, vai além de pirataria, estamos falando de vazamento de informação confidencial",
Guilherme Henn, advogado

Na última sexta-feira, 21 de outubro, a revista PLAYBOY foi vítima de um vazamento de informação confidencial. No final da tarde, alguns grupos do Facebook, começaram a receber fotos do ensaio principal da revista, que só chegou nas bancas nesta terça-feira, dia 25. 

Ter as imagens vazadas antes mesmo de chegar as bancas é um crime grave: não se trata apenas de pirataria, o que já não é pouco, trata-se de violação de direitos autorais e informação confidencial, tanto da editora, quanto da estrela de capa, Nyvi Estephan.

Abaixo você confere entrevista concedida pelo advogado Guilherme Henn, do escritório Zucolotto Sociedade de Advogados, responsáveis pelo departamento jurídico da marca.

O que aconteceu com a edição da Nyvi?
Na última sexta-feira nos deparamos com as imagens do ensaio dela na internet. Isso chocou muito a empresa porque a revista estava saindo para a distribuidora. Ela só chegará as bancas a partir de terça-feira. Isso é violação de direitos autorais, um crime grave.

Mas é fato que as fotos da PLAYBOY sempre param na internet. Qual a diferença de isso ter acontecido poucos dias antes?
Quando as fotos vão parar na internet, trata-se de um crime também, que inclusive prejudica imensamente nosso negócio. A pirataria hoje é tão recorrente que muitos esquecem, mas trata-se de um ato ilegal. No entanto, o que aconteceu na última sexta, vai além de pirataria, estamos falando de vazamento de informação confidencial. As fotos não poderiam ser vazadas dessa forma. Elas são de direito autoral da editora e da garota de capa.

Muitas fotos, vídeos e áudios são vazadas e ficam por isso mesmo. Vocês pretendem tomar alguma atitude?
Não nos indignar com isso, e "deixar quieto" é corroborar com pessoas que não valorizam e não respeitam a mulher e isso é inadmissível para a PLAYBOY. Desde que mudou de editora, a marca vem lutando para que o respeito à mulher vigore, independentemente de suas decisões. Não podemos nos calar. Não é porque a Nyvi está nua na revista que ela pode ter sua nudez violada, roubada e exibida. A Nyvi está nua em um trabalho artístico, que ela optou fazer, e pelo qual ela ganha com a venda. Ter suas imagens vazadas é um crime contra os seus direitos.

Quais os próximos passos da PLAYBOY?
Neste momento estamos apurando e levantando todas as informações sobre o ocorrido, com o intuito de punir os culpados pelo vazamento das informações para garantir que responsáveis sejam punidos. Além disso, isso nos dá força para botar de pé um projeto que estamos elaborando há três meses. Queremos levar ao Congresso um pedido que regulamente os direitos que a mulher tem sobre as imagens de seu próprio corpo. Nesta edição da revista tem uma extensa matéria falando sobre a covardia dos que vazam nudes como forma de vingança. Queremos ser um braço amigo e apoiador das mulheres nessa luta e vamos usar nossa força para que o Congresso dê a atenção que esta causa merece. As mulheres podem sim se fotografar nuas e enviar para quem elas quiserem, o crime está no fato dessas pessoas compartilharem imagens que não lhes pertencem.

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