sábado, 23 de junho de 2018

.: "Fábrica de Calcinha" traz a SP paisagem sonora de Porto Alegre

No início de julho, o espetáculo Fábrica de Calcinha vem de Porto Alegre (RS) e apresenta ao público paulistano as sonoridades do centro da capital gaúcha em cinco apresentações no Sesc Pompeia. Dirigida pela atriz Marina Mendo, a obra é apresentada no Espaço Cênico da Unidade, no período de 5 a 9/7. Os ingressos começam a ser vendidos no dia 26 de junho, pela internet, e no dia 27, nas bilheterias do Sesc São Paulo. 

A performance multissensorial tem cenas fabricadas ao vivo diante dos espectadores, manipuladas por equipamentos como pedal de efeitos sonoros, sampler, microfones e retroprojetor, combinados com uma performance de luz, desenvolvida a partir de objetos luminosos presentes no cotidiano urbano. Quem ativa a cena são os artistas Marina Mendo, Ricardo Pavão e Marta Felizardo, que fazem do corpo, do som e da luz matéria-prima para despertar a percepção do público. 
  
Sinopse: O que você está ouvindo agora? Você percebe os sons que estão ao seu redor criando uma paisagem sonora de acontecimentos acústicos? É na sua escuta que estes acontecimentos interagem, delineando a sonoridade da cidade, um estímulo afetivo e rico em informações culturais. Cada escuta é, nada mais, nada menos, que um intrincado mecanismo de relações percebidas pela mente como som.

Fábrica de Calcinha começa assim, no escuro, ouvindo os gritos e cantos da cidade, gente suada a ganhar o pão, gente desesperada pelo seu quinhão, máquinas a perfurar os ouvidos e o chão...e também alguns passarinhos, alguns louvores pelo caminho. Neste caminho, apesar do tanto que há para comprar ou vender ou quitar, encontramos, em cada um, corações sambando no peito. Dentre as camadas da realidade urbana que o trabalho revela, aparece uma perspectiva política, crítica e afetiva da mulher brasileira, perfurando estereótipos, apresentando sua força e resistência. 

Concepção: escuta do centro da cidade
Para a concepção do espetáculo, a equipe de criação do projeto realizou um trabalho de escuta do centro de Porto Alegre. A partir de exercícios de ocupação do espaço urbano, a equipe percorreu, de olhos fechados, o centro da cidade, absorvendo suas peculiaridades e deixando-se conduzir por acontecimentos sonoros do local, gravando estímulos em arquivos de áudio que depois compuseram a dramaturgia sonora do espetáculo. 

O arquivo de sonoridades urbanas captado ao longo do trabalho é utilizado na peça, através de sampler, pedal de efeitos, amplificadores e microfones, criando uma composição com a performance de luz, desenvolvida a partir de objetos luminosos presentes no cotidiano urbano como lanternas de celular, pequenos refletores manuais, luminárias e abajures. Já os objetos cenográficos partem dos materiais que compõe a vida nas ruas do centro da cidade: telhas de zinco, baldes metálicos, moedas, entre outros fragmentos visuais do centro de Porto Alegre. 

A composição da dramaturgia sonora originou-se de uma pesquisa realizada pela atriz Marina Mendo junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com orientação da Profa Dra Marta Isaacsson, bolsa Capes/Cnpq e colaboração voluntária do músico Ricardo Pavão e do performer Rossendo Rodrigues. O material revelou sua potência de encontro com o público ao ser uma das três obras selecionadas nacionalmente para o Festival de Arte 50 Anos do Goethe – Institut Porto Alegre, em 2015. Em 2017, esse mesmo material foi contemplado com o financiamento PRO-CULTURA/RS, da Secretaria de Estado da Cultura, Esporte, Turismo e Lazer, para transformar-se no espetáculo que estreou em abril do mesmo ano, em Porto Alegre.

FICHA TÉCNICA: 
Direção Geral: Marina Mendo 
Criação Sonora: Ricardo Pavão  
Criação de Luz: Marta Felizardo 
Ativadores da Cena (ao vivo): Marina Mendo, Marta Felizardo, Ricardo Pavão 
Performances vocais (em off): Bethânia Panisson Ávila, Dedy Ricardo, Lígia Lasevicius Perissé, Ricardo Pavão, Rossendo Rodrigues, Tereza Mendo Rodrigues. 
Participação na cuíca: Mateus Ávila
Figurino: Marina Anderle Giongo
Provocações cênicas e orientação de meditação: André Rosa 
Técnico de Som: Beto Chedid 
Produção Liége Biasotto – Cuco Produções 
Foto e Vídeo: Natália Utz – UTZ Filmes 
Realização: Sync. Produções de Arte e Fábrica de Calcinha – Coletivo de Criação

SERVIÇO 
Espetáculo-performance multissensorial
Fábrica de Calcinha 
De 5 a 9 de julho, quinta a sábado, às 21h30. Domingo e segunda, às 18h30.
Local: Espaço Cênico do Sesc Pompeia
Capacidade: 60 lugares 
Ingressos: R$ 6 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 10 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 20 (inteira).

Venda online a partir de 26 de junho, terça-feira, às 12h.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 27 de maio, quarta-feira, às 17h30. 
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos. 
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93, Água Branca, São Paulo (SP).
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

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