sábado, 15 de agosto de 2020

.: Acervo do Centro de Memória Bunge relembra história de Paulo Autran


Ator escreveu sua primeira peça aos 11 anos de idade e protagonizou grandes espetáculos, como a versão brasileira do musical "My Fair Lady". Paulo Autran - Prêmio Moinho Santista.Brasil; SP; Gaivota Produções Fotográficas; J.S.Alvarez; 1991. Acervo Centro de Memória Bunge.

Comemorado em 18 de agosto, o Dia do Artista de Teatro homenageia todos os envolvidos no processo de representação de uma história perante o público. A data, presente no Brasil desde o século XVI com encenações religiosas, surgiu a partir do Decreto de Lei nº 6.533 em 1978 para regulamentar as profissões de técnicos de produções, diretores e atores renomados, como Paulo Autran.

Um dos maiores artistas dos palcos brasileiros, Paulo recebeu o Prêmio Fundação Bunge em 1991 graças a sua carreira teatral. Nascido em 1922, no Rio de Janeiro, Autran escreveu sua primeira peça aos 11 anos, intitulada "As Onças da Jamaica" e em 1949 estreou na Companhia Tônia Carrero, onde optou por seguir em definitivo sua carreira nos palcos. Em seguida, foi contratado pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), marcando sua estreia no teatro profissional.

Em 1956 fundou sua própria companhia ao lado de Tônia Carrero e Adolfo Celi. O lançamento da parceria foi marcado com a peça Otelo, de Shakespeare em 1956, a qual Paulo atuou como o personagem-título. A parceria desfeita cinco anos depois, teve como seu último espetáculo a comédia "Tiro e Queda" de Marcel Achard. Nos anos seguintes, Autran seguiu protagonizando grandes peças teatrais, como a versão brasileira do musical "My Fair Lady", de Frederick Loewe e Alan Jay Lerner, e "Liberdade, Liberdade" de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, até montar sua própria companhia em 1966, onde viveu grandes personagens nos palcos, como Quixote, no musical "O Homem de La Mancha", de Wasserman.

Além da sólida profissão no teatro, Autran iniciou sua carreia televisiva em novelas em 1979 com "Pai Herói", de Janete Clair. Participou também de outras produções televisivas, entre as quais, "Guerra dos Sexos", "Sassaricando" e "Um só Coração". No cinema, o ator também colecionou personagens em filmes como "Vertiges", "Tiradentes" e "O Passado".

Durante sua carreira, Paulo Autran recebeu prêmios, como o da Fundação Bunge, em 1991. Além dele, também foi homenageado com Prêmio Saci, Shell de Teatro, Prêmio Air France e Festival de Brasília. No acervo do Centro de Memória Bunge, criado em 1994, é possível encontrar parte da história de Autran e de outros artistas contemplados com o Prêmio Fundação Bunge. O local que conta com mais de 1,5 milhão de documentos, pode ser acessado mediante agendamento.

Sobre o Centro de Memória Bunge
O Centro de Memória Bunge foi criado em 1994 e desde então é um dos projetos da Fundação Bunge. Referência na área de preservação da memória empresarial, o local tem como objetivo a guarda e preservação de documentação histórica, a disseminação do conhecimento e a utilização de seu acervo como um instrumento estratégico de gestão. Para facilitar o acesso ao público e compartilhar com a sociedade o aprendizado construído, conta com atividades gratuitas como Atendimento a Pesquisas, Exposições Temáticas, Visitas Técnicas e Benchmarking. Além disso, promove as Jornadas Culturais, série de palestras e oficinas gratuitas com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais.

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