sábado, 10 de outubro de 2020

.: Luto na música: o adeus de Eddie Van Halen e o que o rock perde sem ele


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical. 

No início da semana, fomos surpreendidos pelo anúncio da morte do guitarrista Eddie Van Halen que, junto com o irmão Alex, fundou a banda Van Halen nos anos 70. Além dos discos com momentos memoráveis, Eddie deixa um legado importante como músico, levando seu estilo virtuoso nos solos ao mais alto patamar da genialidade.

Ele vinha se tratando de um câncer na garganta há dez anos. E nos últimos anos as aparições dele ficaram cada vez mais raras, indicando que poderia haver algo de errado com sua saúde. E a triste notícia foi confirmada pelo seu filho, Wolfang, que também tocava baixo na última formação da banda.

Em termos de fases, podemos separar o Van Halen  em duas etapas. Uma inicial com o vocalista David Lee Roth, no período de 1974 a 1985, e depois com Sammy Hagar de 1985 a 1996. Em ambas as fases há momentos de genialidade pura, com um hard rock poderoso inspirado basicamente pelo rock dos anos 70 e 60. Houve ainda um terceiro vocalista (Gary Cherone, que foi integrante da banda Extreme), mas só durou um álbum apenas.

Os críticos consideram os álbuns da fase inicial do Van Halen como essenciais para entender como Eddie revolucionou a forma de tocar o instrumento. Mas é fato que a fase com Sammy Hagar também produziu momentos bem interessantes e intensos.Na minha opinião, todas as fases da banda merecem ser conferidas.

É fato que a banda não produzia um trabalho de estúdio desde 2012. Em 2013, foi anunciada uma parada por causa de uma operação que Eddie faria para tratar uma diverticulite. Desde então o público viva a expectativa de uma volta da banda aos palcos, que acabou não se concretizando.

Eddie Van Halen pode ser considerado um dos últimos guitar hero do rock. Apesar de ter um estilo muito diferente de Jimi Hendrix, ele também conseguiu inspirar e influenciar várias gerações de guitarristas. Joe Satriani, por exemplo, admite a influência de Eddie em seu trabalho com a guitarra. Mas podemos incluir outros como Yngwie Malmsteen e Steve Vai, só para citar dois exemplos de músicos virtuosos. É claro que o falecimento de Eddie deixa uma lacuna enorme no cenário do rock. Mas por outro lado, seu legado permanece e continuará a inspirar as novas gerações no futuro.

"Jump"

"You Really Got Me"

"Dreams"

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