sexta-feira, 1 de julho de 2022

.: "A Dama do Cerrado", de Mauro Rasi, no Teatro Commune

Peça clássica de Mauro Rasi, "A Dama do Cerrado" ganha nova montagem. Foto: Jefferson Oliveira

A comédia de humor ácido "A Dama do Cerrado", escrita em 1996 por Mauro Rasi (1949 - 2003) especialmente para a atriz Susana Vieira, é um dos textos notáveis do dramaturgo paulista. Além da premiada montagem original, a peça também teve versão para os palcos com Eliane Giardini.

Dessa vez, a história de Leda Florin será a primeira peça montada pela Cia Kikinico, criada por Benito Risi, que também está no elenco interpretando Fúlvio ao lado de Lia Oliveira (Leda Florin), Daniel Maschiari (Eládio) e Pat Albuquerque (Maria Celina Medeiros). A direção e adaptação são de Tom Dupim. A montagem fica em cartaz a partir do dia 2 de julho, sábado, 21h, no Teatro Commune.

Misturando humor escrachado com um thriller de jogos de poder, corrupção, drogas e sexo, A Dama do Cerrado satiriza os bastidores políticos de Brasília. A ideia da companhia foi a de adaptar o texto de Rasi sem comprometer sua ideia original, mantendo nos personagens a mesma gênese e papel social previstos no texto de 1986.

No enredo, a ex-miss Goiás Leda Florin passa por um momento decadente de sua vida e vai até o salão de um antigo amigo e confidente, Fúlvio, para dar um up no visual. Sua ideia é subir novamente à rampa do Planalto para expor os negócios escusos e mazelas dos poderosos, principalmente daquele que a rejeitou após assumir um cargo de ministro. Seu ressentimento se soma ao desejo de vingança contra um ex-amante poderoso que garantia benefícios e regalias.

Neste encontro com Fúlvio, o cabeleireiro lhe confidencia sua vida solitária e conflituosa, inclusive seu romance com um soldado da guarda-presidencial e também seus próprios ressentimentos com as pessoas públicas da classe social que Leda pretende voltar a pertencer. "Ambientada na década de 80, o texto de Mauro Rasi é de uma atualidade impressionante e ainda hoje dialoga em grande estilo com o cenário político do país. Tom Dupim traz uma Leda Florin negra e empoderada, apesar de decadente, e um Fúlvio tão humano quanto vencedor, representando a volta por cima da comunidade LGBTQIA+", diz Benito Risi.

Com cenas ácidas e tragicômicas, a peça é uma reverência ao autor Mauro Rasi, que trouxe por meio desse texto uma forma original de dialogar com a população sobre os problemas sociais criados pela classe política quando esta prioriza o benefício próprio em vez do trabalho a favor do povo. 

A obra foi a escolhida para inaugurar a Cia Kikinico justamente pelo seu apelo público e relação imediata que causa com o público, dado que o contexto político da época ainda reverbera muito nos dias de hoje. A companhia é uma junção função de artistas formados nas oficinas de teatro de Nilton Travesso e de Wolf Maya.


Sinopse sugerida
A peça mistura o humor escrachado a um thriller de jogos de poder, corrupção, drogas e sexo. No enredo, acompanhamos a história de Leda Florim, ex miss Goiás, agora em fase decadente, que depois de 20 anos volta ao salão de cabeleireiro de um antigo amigo e confidente, para dar up no visual, pois pretende subir novamente a rampa do Planalto para expor as falcatruas dos poderosos de Brasília que a exploraram. Porém, entre os espelhos de um humilde salão, as vidas que ali se refletem podem se revelar tão cômicas quanto sórdidas.


Sobre a Cia Kikinico
A Cia Kikinico é um projeto independente dirigido por Benito Risi (Pseudônimo de Lucio Risi) e tem por objetivo principal transformar o projeto em uma companhia de pesquisa. produção teatral e cinematográfica, sendo A Dama do Cerrado o espetáculo de estreia da proposta companhia, tendo Benito Risi também à frente da produção. 


Ficha técnica
"A Dama do Cerrado"
Texto livremente adaptado do original "A Dama do Cerrado", de 
Mauro Rasi (1986)
Produção:
Benito Risi (Cia Kikinico)
Texto: Mauro Rasi
Adaptação e direção: Tom Dupim
Elenco: Lia Oliveira (Leda Florin), Benito Risi (Fulvio), Daniel Maschiari (Eládio), Pat Albuquerque (Maria Celina Medeiros) e J. Adolpho (Eládio - Stand-in)
Preparação de atores: André Grecco
Sonoplastia e operação de som: Samuel Gambini
Iluminação e operação de luz: Jean Marcel
Cenografia: Jean Marcel, Benito Risi
Adereços: Cia Kikinico
Figurinos: Cia Kikinico
Arte e design: Clarissa Eulali
Mídia social: Helenice Pereira
Fotografia: Renan Katayama, Jefferson Oliveira
Arranjo musical: Mauro Souza
Digital influencer: Bruna Aiiso 
Apoiadores:
Oficina de Atores Nilton Travesso, Permita-se Brechó, Polo Cultural Educação e Arte , MonteSanto Semijóias, 4let Homes , Pas de Deux, SBAT São Paulo e Lohan Coiffure


Serviço
De 2 a 31 de julho de 2022, sábados, às 21h; e domingos, às 19h
Ingressos:
R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). À venda pela Sympla, Sampa Ingressos ou na bilheteria do Teatro Commune, que funciona 1 hora antes do início do espetáculo.
Local: Teatro Commune| Endereço: R. da Consolação, 1218 - Consolação - São Paulo
Capacidade: 84 lugares, um deles para cadeirante
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Telefones para contato: (11) 3476-0792 / 3476-8669 |(11) 98867-2218

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