sábado, 16 de setembro de 2023

.: Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa" em sessões nas madrugadas de São Paulo


O espetáculo, que traz de volta às agitadas sessões da madrugada em São Paulo, discute o amor, o sacrifício e preconceito contra o público LGBTQIA+ no Brasil. Com Glamour Garcia, Bárbara Bruno e Augusto Zacchi. Crédito: Barnabé Fotos


"A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome" é um projeto teatral que promove, através da arte, a reflexão sobre o preconceito, a importância da liberdade de expressão e o direito a igualdade para a comunidade LGBTQIA+. Escrito e dirigido por Rony Guilherme Deus, o espetáculo é inspirado em conto do escritor, poeta e dramaturgo Oscar Wilde (Irlanda 1854 - Paris 1900), símbolo da luta pelos direitos homossexuais. No elenco estão Bárbara Bruno, Augusto Zacchi e Glamour Garcia, primeira artista Trans a vencer um prêmio revelação por sua atuação.

O espetáculo nos leva ao final do século 19, quando um jovem soldado declara o seu amor a um outro soldado. Sua coragem vai além:  ele declara que se reconhecia como mulher no corpo de um homem. Sua audácia lhe custa a vida e seu corpo é jogado em um poço seco, que logo passa a verter muita água e a realizar milagres.

A cada noite de lua cheia uma linda figura, que mescla a imagem de uma mulher transgênero e um rouxinol, sai do poço dando início a lenda de que aquele Ser, quase mitológico, é o guardião do amor e dos casais apaixonados. Certa noite um jovem aristocrata vai ao poço pedir ajuda para se declarar à sua amada Donzela com uma inexistente rosa-vermelha.

A paixão pelo jovem é imediata e, aconselhada por uma velha feiticeira, a bela figura decide arriscar sua própria vida encostando o peito nos espinhos de uma roseira, tentando dar vida, com o sangue de seu coração, a rosa-vermelha.


Sobre o projeto
“Como escritor e diretor teatral, busco histórias que provoquem uma mudança de pensamento e toquem o público de maneira significativa”, fala Rony Guilherme Deus sobre "A Rouxinol e a Rosa - Um amor que não ousa dizer seu nome". O cenário é minimalista, mas belo. Esta simplicidade é fundamental para transmitir a mensagem de forma impactante, concentrando a energia no desenvolvimento dos personagens e na força das palavras de Oscar Wilde e a urgência de combater as injustiças e preconceitos presentes em nossa sociedade. A equipe técnica reúne renomados profissionais ligados a arte: assina a direção de movimento Ciro Barcelos e Cláudio Tovar os figurinos. “Acredito que essa peça tem o poder de tocar as pessoas, despertar a discussão sobre a necessidade de mudança e motivar ações em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva”, finaliza o diretor.


Sinopse
A Rouxinol (Glamour Garcia), uma figura mitológica e transgênero no corpo de homem, mulher e pássaro, vive intensa paixão por um Jovem Aristocrata (Augusto Zaccchi) mas, aconselhada por uma velha Feiticeira (Bárbara Bruno) abre mão de seus sentimentos e luta para conseguir uma rosa vermelha para que o jovem conquiste a sua amada.


Sobre Oscar Wilde
A vida e a obra de Oscar Wilde foram marcadas por sua identidade queer e seu confronto com as convenções sociais. Seu julgamento e prisão em virtude de sua homossexualidade despertaram debates sobre a injustiça das leis discriminatórias da época. Sua experiência pessoal refletiu a repressão e a perseguição enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+ na sociedade vitoriana. Além disso, Wilde foi um dos primeiros escritores a abordar abertamente a homossexualidade em sua literatura, mesmo que de forma velada.

Escrito por ele, "O Retrato de Dorian Gray" é considerado um marco na representação da sexualidade não heterossexual na literatura inglesa. Através de personagens e temas que questionam a moralidade sexual, Wilde desafiou as normas e ofereceu uma visão alternativa da sexualidade humana. Oscar Wilde também deixou um legado duradouro como símbolo de resistência e orgulho para a comunidade LGBTQIA+. Sua coragem em viver autenticamente, apesar das consequências adversas, inspirou gerações posteriores de ativistas e escritores LGBTQIA+. Sua história é um lembrete do poder da arte e da literatura como meios de expressão e luta pelos direitos e pela igualdade.


Ficha técnica
Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome". Texto e direção: Rony Guilherme Deus. Inspirado na obra de Oscar Wilde. Figurino: Claudio Tovar . Direção de movimento: Ciro Barcelos. Visagismo: Anderson Bueno. Elenco: Glamour Garcia, Bárbara Bruno, Augusto Zacchi e Guilherme Conradi. Direção de produção: Fernanda Ferrari Produção executiva: Fabiana Franco. Administração: Luciene Cunha e Cristine Natale. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação. Produção: Estúdio Mágico. Assistente de direção: Josi Ventura. Assistentes de produção:Émile Dias e Isadora Strada. Assistente de coreografia: Fernando Callegaro. Fotografia e audiovisual: Maria Gabriella Ferrari. Design: Mariana Persi, Mariah Gabriella Ferrari e Fernanda Ferrari. Cenário: Pedro Gabriel Kaleniuk. Sonoplastia/DJ: Milton Lemos. Iluminação: Tiago Sanches e Fernando Braga. Direção musical e trilha sonora: Julio Cesar Silva. Trilha sonora: Music Solution. Cenotécnicos:  André da Hora e Ronaldo Pereira. Costura: Débora Muniz e Ateliê Valerie. Duração: 80 minutos. Recomendação 16 anos.


Serviço
Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome". Temporada: até dia 28 de outubro, sessões sextas e sábados, às 23h50. Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 120,00. Ingressos on-line: https://teatrob32.byinti.com/#/event/a-rouxinol-e-a-rosa-um-amor-que-nao-ousa-dizer-o-nome. Bilheteria: das 14h às 18h. Local: Teatro B32. 478 Lugares. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.732 - Itaim Bibi. Localizado no complexo multiuso B32 o teatro é considerado o mais moderno e tecnológico do país. Estacionamento valet no local.

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