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sábado, 4 de janeiro de 2025

.: De quintais a terreiros: porque ler "Cazuá" é mergulhar no Brasil ancestral


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada"
, do escritor e professor Luiz Rufino, vai além das crônicas enquanto gênero literário. É uma obra que celebra a riqueza e diversidade da alma brasileira. Lançado pela editora Paz & Terra, o livro conduz o leitor a um Brasil real, profundo, e que não se limita aos registros históricos ou aos grandes eventos narrados nas salas de aula, mas se revela na dimensão encantada, ancestral e espiritual. Em "Cazuá", a  oralidade, os saberes populares e a devoção ganham protagonismo, costurando pontes que conectam passado, presente e futuro de maneira poética e visceral.

Luiz Rufino, com a escrita cheia de lirismo e sensibilidade, transforma o cotidiano em arte. Ele ensina o leitor a encontrar beleza e a sabedoria nas coisas aparentemente simples, como uma conversa de mercado, uma roda de samba, ou o silêncio de um quintal ao cair da tarde. As narrativas dele capturam a pluralidade do povo brasileiro e oferecem uma nova forma de enxergar o país, uma que valoriza as histórias contadas de boca em boca, as memórias compartilhadas nos terreiros, e os encantos escondidos nas esquinas.

No centro do livro está o conceito de "cazuá", um lugar de acolhimento, memória e mistério, onde a vida se manifesta em suas formas mais genuínas e surpreendentes. Este espaço simbólico, presente nas tradições afro-brasileiras, funciona como uma metáfora para as conexões humanas e espirituais que transcendem a materialidade e aproximam do encanto, do susto, do inusitado da vida.

"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é mais do que uma leitura; é uma experiência que alimenta o espírito e amplia a visão sobre o Brasil. É um livro para ser saboreado com calma, carregado consigo e revisitado sempre que se quiser reconectar com o que há de mais bonito na cultura brasileira. Com uma escrita que mistura oralidade e poesia, Rufino transforma cada página de "Cazuá" em um convite à reflexão, um refúgio para quem busca beleza nas pequenas coisas e uma janela para um Brasil tão vasto quanto mágico. Listamos os dez motivos pelos quais esta obra é uma experiência literária indispensável. Compre o livro “Cazuá: onde o Encanto Faz Morada” neste link.


1. Redescoberta de um Brasil profundo e encantado
Em "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" autor Luiz Rufino desafia quem o lê a enxergar o Brasil sob uma nova perspectiva, destacando suas raízes mais profundas e misteriosas. As crônicas vão além dos fatos históricos para revelar um país vivo, pulsante, onde a memória ancestral e o encanto caminham lado a lado. É uma jornada que amplia os horizontes e permite redescobrir a riqueza da cultura nacional.


2. Poética do cotidiano e da oralidade
O autor mostra como o dia a dia pode ser uma fonte inesgotável de beleza e significado. Em sua escrita, o cotidiano brasileiro – mercados, terreiros, esquinas e quintais – é transformado em poesia. Luiz Rufino valoriza a oralidade como uma herança cultural que transcende gerações, revelando o poder das histórias compartilhadas e vividas em comunidade.


3. Conexão com a ancestralidade afro-brasileira
"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" mergulha nas tradições e espiritualidades afro-brasileiras, trazendo à tona um universo de saberes e práticas que moldaram a identidade do país. As histórias revelam como a ancestralidade está presente em cada detalhe, conectando pessoas, territórios e tempos de forma profunda e transformadora.


4. Encanto e espiritualidade em cada página
O conceito de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é apresentado como um espaço simbólico de acolhimento e mistério. Nas histórias, plantas falam, santos interagem com crianças, e flores enfrentam facas, criando um ambiente onde o material e o imaterial se encontram. Essa dimensão encantada torna a leitura uma experiência única, quase ritualística.


5. Estilo narrativo que mistura oralidade e escrita
A escrita de Luiz Rufino é profundamente inspirada na tradição oral. Ele "oraliza a escrita", criando um estilo intimista que aproxima o leitor das histórias, como se estivesse ouvindo um relato ao pé de uma fogueira ou durante uma roda de conversa.


6. Personagens que representam o Brasil real
As crônicas de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" estão repletas de personagens que simbolizam a diversidade do povo brasileiro – crianças, trabalhadores, malandros e até plantas que conversam. Essa pluralidade reflete a riqueza cultural do Brasil e reforça a importância de valorizar as histórias e saberes de diferentes origens.


7. Exploração de múltiplos territórios brasileiros
A obra é uma viagem literária por diferentes geografias do Brasil, desde os subúrbios do Rio de Janeiro até o sertão nordestino. Cada cenário de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" carrega as próprias histórias, memórias e significados, permitindo ao leitor mergulhar em uma narrativa que celebra a pluralidade cultural e territorial do país.


8. Valorização da “miudeza” do cotidiano
Luiz Rufino destaca a grandeza que existe nas pequenas coisas. Ele transforma gestos simples, encontros casuais e espaços cotidianos em cenários ricos de significado, mostrando como a vida é feita de pequenos encantos que muitas vezes passam despercebidos.


9. Estímulo à imaginação e à introspecção
Mais do que contar histórias, "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" instiga o leitor a imaginar outros mundos e refletir sobre diferentes formas de existir. As narrativas desafiam as fronteiras entre o material e o espiritual, provocando questionamentos profundos e enriquecedores.


10. Exaltação da brasilidade e celebração da cultura popular
"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é uma ode à cultura brasileira em sua essência mais verdadeira. Com uma linguagem poética e sensível, Luiz Rufino exalta elementos como a música, a dança, a fé e a resistência, mostrando como a cultura popular é fonte de força, celebração e encantamento.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

.: "Bololô: gaiola Vazia", obra que redefine os limites da ficção brasileira


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O livro "Bololô: gaiola Vazia", escrito por Ricardo Maurício Gonzaga, não é apenas o romance vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2024; é uma obra que redefine os limites da ficção brasileira. Com uma narrativa intensa, direta e profundamente poética, o livro conduz o leitor pela vida de Roque Perigo e seus irmãos, personagens que enfrentam traumas familiares e os mistérios de um universo marcado pelo realismo mágico. O autor, um artista multidisciplinar, traz para o romance sua bagagem nas artes visuais, no teatro e na literatura, criando uma experiência única que ressoa com leitores de todas as origens.

Listamos dez motivos para você mergulhar nessa narrativa envolvente, que mistura brasilidade, estranheza e reflexões sobre as relações humanas. Com um enredo instigante, personagens inesquecíveis e uma linguagem que combina simplicidade e sofisticação, "Bololô: gaiola Vazia" é um convite irrecusável para quem valoriza a boa literatura. É uma obra que não apenas entretém, mas também provoca, emociona e transforma. Compre o livro "Bololô: gaiola Vazia, de Ricardo Maurício Gonzaga, neste link.


1. Reconhecimento literário e impacto cultural da obra  
"Bololô: gaiola Vazia" foi o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2024 na categoria Romance, uma das premiações mais prestigiadas para novos autores no Brasil. Essa conquista não apenas chancela a qualidade da obra, mas também posiciona Ricardo Maurício Gonzaga, que não é um estreante, entre os escritores mais promissores da atualidade. O prêmio é uma janela para descobrir novos talentos que trazem contribuições valiosas à literatura brasileira e, nesse quesito, o Prêmio Sesc de Literatura está muito bem servido.  


2. Uma narrativa que ecoa realismo e magia  
"Bololô: gaiola Vazia" mistura elementos de realismo mágico com a dura realidade da vida de seus personagens. A história de Roque Perigo e seus irmãos ganha uma dimensão única ao explorar mistérios da natureza, como o lago habitado por uma criatura composta de restos de seres vivos. Essa combinação de imaginação e realidade confere ao livro uma profundidade que instiga o leitor a refletir sobre o extraordinário no cotidiano.  


3. Linguagem direta e profundamente poética  
Ricardo Maurício Gonzaga adota uma linguagem sucinta, direta e crua, herdada do conto, mas que não perde a densidade poética. Essa abordagem estilística permite que a obra atinja camadas emocionais profundas sem se tornar prolixa, oferecendo uma leitura impactante que prende o leitor desde a primeira página.  

4. Reflexão sobre as relações familiares  
De um lado, o bololô, que pode ser relacionado, entre outos significados, a afeto. De outro, a gaiola vazia, que remete ao desamor. O livro mergulha na complexidade dos laços familiares, apresentando personagens marcados por traumas e dores, mas também pela busca por entendimento e reconciliação. A história revela como as ações – e omissões – dos pais moldam os destinos dos filhos, levando o leitor a refletir sobre a influência de seus próprios relacionamentos familiares.  


5. A estranheza como força narrativa
A estranheza de "Bololô: gaiola Vazia" permeia toda a narrativa, tanto nos personagens quanto nas situações vividas. Desde a peculiaridade de Roque e seus irmãos até a atmosfera inquietante do lago misterioso, o livro desafia expectativas e oferece uma leitura que rompe com clichês e lugares-comuns. Essa abordagem incomum é um convite para os leitores saírem de sua zona de conforto e explorarem novas formas de enxergar o mundo.  


6. Um narrador intrusivo e cativante
"Bololô: gaiola Vazia" apresenta um narrador intrusivo, com personalidade marcante e opinativa. Esse estilo narrativo permite que a história seja pontuada por comentários perspicazes e, por vezes, irônicos, que ampliam a experiência de leitura. Além de descrever os eventos, o narrador faz reflexões sobre a vida humana, criando uma interação quase direta com o leitor e enriquecendo o texto com camadas adicionais de significado.  


7. Um olhar profundamente brasileiro  
A brasilidade está presente em cada detalhe da obra, desde o cenário até as escolhas narrativas. "Bololô: gaiola Vazia" traz um retrato autêntico da cultura brasileira, com contrastes e riquezas, sem cair em estereótipos fáceis. Ao mesmo tempo em que é profundamente local, o livro aborda temas universais que ressoam com leitores de qualquer lugar do mundo. Abuso de poder, degradação ambiental, evasão escolar, gravidez na adolescência e luta de classes são algumas das temáticas que aparecem no livro.   


8. Uma jornada de autodescoberta para o leitor  
A intensidade do enredo de "Bololô: gaiola Vazia" e a profundidade das reflexões propostas pelos personagens fazem com que o leitor também embarque em uma jornada de autoconhecimento. Questões como o impacto da violência, a importância das relações humanas e a busca por sentido diante do caos são exploradas de forma tocante e transformadora.  


9. O autor e a trajetória em diversas artes  
Além de escritor, Ricardo Maurício Gonzaga também é um artista visual, performático e professor universitário que traz sua experiência multifacetada para a literatura. Essa vivência rica contribui para a originalidade do romance, que dialoga com diferentes formas de arte e explora temáticas como corpo, imagem e tempo. A obra anterior do autor, "Sobrenome Perigo", já havia demonstrado essa habilidade narrativa, mas é em "Bololô" que ele atinge um novo patamar de maturidade artística.  


10. Uma obra que transcende gêneros e formatos 
"Bololô: gaiola Vazia"
 não é apenas um romance; é uma experiência literária completa que desafia convenções e oferece uma leitura inovadora. A mistura de humor mordaz, fantasia, drama e crítica social cria um mosaico narrativo que agrada tanto a leitores que buscam entretenimento quanto aqueles que procuram profundidade intelectual.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

.: De "Stalking" a "Ainda Dá Tempo": os dez espetáculos que definiram o ano


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O teatro continua a proporcionar experiências únicas e transformadoras, e em 2024 não foi exceção. Esse ano trouxe uma safra de espetáculos memoráveis, com produções que exploram desde temas universais como amor, inclusão e superação até histórias cheias de humor e nostalgia. Seja em peças dramáticas ou em musicais grandiosos, o público foi convidado a refletir, emocionar-se e, muitas vezes, enxergar o mundo sob uma nova perspectiva. 

Esta lista destaca as montagens que mais se destacaram nos palcos em 2024, ranqueadas pelo impacto que causaram no público e pela excelência em suas performances, direção e produção. Cada espetáculo é uma obra que reafirma a vitalidade do teatro e sua capacidade de conectar pessoas a partir da arte. A seguir, listamos os dez melhores espetáculos do ano.

Listar os dez melhores do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar as dez melhores peças teatrais do ano, em meio a centenas de sugestões de pauta que chegam à nossa redação é, também, algo desafiador e uma viagem teatral ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários espetáculos tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser assistidos.  



10° "Ainda Dá Tempo"

"Ainda Dá Tempo" cativa o público ao abordar temas cotidianos com humor e reflexão. É uma montagem despretensiosa que, nas mãos de um elenco tão primoroso, transcende expectativas. A trama entrelaça gerações em torno de uma casa, refletindo sobre escolhas e relacionamentos. O texto bem construído de Jeff Gould, aliado à direção sensível de Isser Korik, conduz a plateia a risos e lágrimas. O espetáculo ficou em cartaz de 5 de abril a 2 de junho no Teatro Uol. Com Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi, que brilharam em cena.  Foto: Guilherme Assano.


9º "Gostava Mais dos Pais"
O espetáculo "Gostava Mais dos Pais" se consolida como uma comédia dramática única. Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho, unidos pela afinidade, prestam uma bela homenagem a seus pais icônicos da comédia brasileira. Com direção sensível de Debora Lamm, o espetáculo equilibra humor, emoção e crítica social. A peça não é apenas sobre legado, mas também sobre continuidade e afeto, abordando a conexão entre gerações de artistas. Destaque para a trilha sonora original executada por Plínio Profeta. Foto: Pedro Miceli.


8º "Um Dia na Broadway"
Para os apaixonados por musicais e pela magia da Broadway, "Um Dia na Broadway" é uma superprodução que não pode ser ignorada. Sob a direção de Billy Bond, a montagem recria o universo dos grandes teatros nova-iorquinos com números icônicos de clássicos como "Chicago", "Les Misérables" e "O Fantasma da Ópera". O espetáculo retorna para uma temporada de 11 janeiro a 22 fevereiro de 2025, às sextas-feiras, às 20h00; aos sábados, às 20h00 e aos domingos, às 18h00, no Teatro Claro Mais São Paulo. Foto: divulgação. 


7º "Querido Evan Hansen"
Um clássico contemporâneo, o musical "Querido Evan Hansen" emociona pela delicadeza com que aborda questões como saúde mental e autenticidade. Gab Lara é extraordinário como Evan Hansen, trazendo nuances e profundidade ao personagem. A direção de Tadeu Aguiar, associada a um elenco forte e trilha sonora marcante, cria uma atmosfera de intensa conexão emocional. Vanessa Gerbelli e Thati Lopes também brilharam, oferecendo interpretações que ampliam a densidade dramática do espetáculo. "Querido Evan Hansen" é uma experiência poderosa que ressoa com a juventude moderna e suas lutas. O espetáculo esteve em cartaz entre os dias 2 de agosto a 22 de setembro no Teatro Liberdade. Também estavam no elenco, Mouhamed Harfouch, Flavia Santana, Hugo Bonemer, Gui Figueiredo e Tati Christine. Foto: Everaldo Rodrigues.


6º "Beetlejuice - O Musical"
Com uma mistura de humor ácido, nostalgia e atuações grandiosas, "Beetlejuice - O Musical" é um espetáculo inesquecível. Eduardo Sterblitch, como Beetlejuice, e Ana Luiza Ferreira, como Lydia Deetz, lideram um elenco brilhante, reinventando personagens icônicos com talento e irreverência. A produção grandiosa, com cenários criativos e efeitos impressionantes, é um deleite visual. Sob a direção de Tadeu Aguiar, o musical conseguiu equilibrar o nonsense com mensagens profundas sobre a vida. "Beetlejuice" é uma celebração vibrante e cheia de personalidade, conquistando o público com sua ousadia. O musical ficou em cartaz entre os dias 22 de fevereiro a 21 de abril no Teatro Liberdade. No elenco, também estavam Thais Piza (Barbara Maitland), Marcelo Laham (Adam Maitland), Flávia Santana (Delia Deetz), Joaquim Lopes (Charles Deetz), Rosana Penna (Juno), Thiago Perticarrari (ensemble e cover Adam Maitland), entre outros. Foto: Leo Aversa. 


5º "Matilda - O Musical"
Baseado no clássico de Roald Dahl, "Matilda" é uma obra-prima teatral. A jovem protagonista foi interpretada com graça e talento por quatro nomes: Luísa Moribe, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, que ajudam a xontar a história da menina rejeitada pela família com maestria. A direção primorosa de John Stefaniuk, além de coreografias encantadoras e músicas envolventes criam uma experiência mágica. "Matilda" combina humor, drama e fantasia para contar uma história de coragem e empoderamento infantil. A produção encanta todas as idades, sendo um marco no teatro musical brasileiro. O musical esteve em cartaz entre os dias 18 de outubro a 4 de fevereiro. No elenco adulto, destacram-se os atores Cleto Baccic (Agatha Trunchbull), Fabi Bang (Srta. Honey), Myra Ruiz (Sra. Wormwood), Fabrizio Gorziza (Sr. Wormwood) e Mari Rosinski (Sra. Phelps), Foto: divulgação.


4º "Priscilla, a Rainha do Deserto - O Musical da Broadway"
Com exuberância visual e musical, este espetáculo celebra a diversidade e a liberdade. "Priscilla, a Rainha do Deserto - O Musical da Broadway" é um marco teatral. Reynaldo Gianecchini, Diego Martins e Verônica Valenttino protagonizam momentos impactantes, enquanto a direção de Stephan Elliott entrega um espetáculo memorável. As cenas icônicas e as músicas da era disco tornaram esta montagem uma experiência sensorial completa. O espetáculo contou com a participação luxuosa de Andrezza Massei e a figura sempre marcante de Fabrizio Gorziza - um nome que despontou em "O Guarda-Costas" interpretando o papel que foi de Kevin Costner no cinema e vem se destacando a cada papel pela versatilidade. Tatiana Toyota, e seu carisma, dão comicidade a uma peça que trata de assuntos espinhosos, mas consegue ser leve. Mais do que entretenimento, "Priscilla" é um hino à aceitação e ao amor próprio. O musical esteve em cartaz entre os dias 7 de junho a 1° de setembro no Teatro Bradesco, em São Paulo. Foto: Pedro Dimitrow / Divulgação: @PriscillaRainhaDoDesertoBr


3º "Hairspray"
Vibrante, dinâmico e inspirador, o musical  "Hairspray", dirigido e idealizado por Antonia Prado, Tiago Abravanel e Tinno Zani encantou pela mensagem de diversidade e inclusão. Tiago Abravanel entregou uma performance magistral como Edna Turnblad, enquanto Vânia Canto, Pâmela Rossini e Aline Cunha brilharam nos papéis de Tracy Turnblad, Penny Pingleton e Motormouth Maybelle. A produção é um espetáculo completo, com direção impecável e um elenco em perfeita sintonia. Ivan Parente, irreconhecível como Corny Collins, merece destaque. O musical ficou em cartaz entre os dias 5 de setembro a 15 de dezembro, no Teatro Renault. Foto: Ricardo Brunini.


2.º "Legalmente Loira - O Musical"
Surpreendente e relevante, o "Legalmente Loira - O Musical" aborda temas femininos contemporâneos com leveza e profundidade. Myra Ruiz brilha como Elle Woods e entrega uma atuação carismática e comovente. A direção de John Stefaniuk equilibra humor e crítica social, criando uma narrativa cativante. O espetáculo celebra a força feminina, apresentando personagens multifacetadas que inspiram o público. Além disso, a estética vibrante e as performances marcantes de Gigi Debei, Esther Arieiv e Hopólyto tornam "Legalmente Loira" uma experiência inesquecível. O espetáculo esteve em cartaz de 17 de julho até dia 15 de dezembro no Teatro Claro Mais SP. Foto: Andreia Machado.


1º "Stalking - Um Conto de Terror Documental"
Ainda não tão badalado quanto merecia, o melhor espetáculo de 2024 é "Stalking - Um Conto de Terror Documental"Ao mesclar a realidade crua com elementos de terror e de contos de fadas, a peça teatral evidencia como a sociedade reforça comportamentos machistas e abusivos. Com dramaturgia de Paulo Salvetti, direção de Rita Grillo e um elenco protagonizado por Livia Vilela, que passou pela situação, a peça aborda o impacto de uma relação de assédio no ambiente de trabalho, transformando a vida da protagonista em um verdadeiro conto de terror. A encenação combina dança, máscaras e animação de objetos com documentos reais, criando um espetáculo imersivo que nunca perde seu caráter documental. Inspirada por uma história real, a peça utiliza dispositivos narrativos típicos de contos de fadas para refletir sobre a sociedade de hoje. O espetáculo foi apresentado sábado, dia 19 de outubro, às 20h00, no Teatro do Sesc Santos. Foto: Guilherme Radell.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

.: Autores internacionais, os melhores livros de 2024: Italo Calvino encabeça


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Em 2024, o mundo literário trouxe uma série de obras impactantes e diversas, que não só exploram novas perspectivas e emoções, mas também aprofundam discussões sobre história, identidade e sentimentos humanos. Esta lista foi organizada para destacar os dez melhores livros internacionais do ano, levando em conta o impacto cultural, a profundidade literária, e a habilidade dos autores em conectar com seus leitores. Embora cada livro tenha se destacado de alguma forma, alguns brilham com mais intensidade e deixam uma marca mais duradoura. Aqui está uma análise de cada um deles, com suas qualidades únicas e os motivos pelos quais merecem figurar entre os mais destacados do ano.

Cada um desses livros trouxe algo único para a literatura deste ano, seja pela profundidade emocional, pela análise crítica ou pela exploração de temas universais e atemporais. Alguns conquistaram os leitores por sua beleza literária, enquanto outros brilharam pela sua originalidade e pela maneira como desafiaram as convenções do gênero. Todos, no entanto, são indispensáveis para quem deseja mergulhar no que há de mais relevante na literatura contemporânea.

Listar os dez melhores livros de autores internacionais do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar os dez Melhores Livros de Autores Internacionais de 2024 do portal Resenhando.com em meio a um ano tão fértil em relação à literatura e também a vários que chegam diariamente à nossa redação é algo desafiador e uma viagem literária ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários livros tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser lidos.  Confira também a lista dos Melhores Livros de 2023 neste link.


10. "Nadando no Escuro", de Tomasz Jedrowski
Em um ano de grandes lançamentos, "Nadando no Escuro", publicado pela editora Astral Cultural, é destacado como uma das mais poderosas obras literárias de 2024. Este romance aborda uma história de amor proibido em tempos de repressão, ambientado na Polônia de 1980. A obra escrita por Tomasz Jedrowski não só trata do amor entre dois homens em um contexto político tenso, mas também explora os dilemas existenciais e os sacrifícios feitos por aqueles que amam em tempos de opressão. A escrita de Jedrowski é visceral e emocionante, explorando o amor em sua forma mais crua, enquanto também lança luz sobre as complexidades políticas e sociais da época. Na décima colocação da lista de Melhores Livros Internacionais de 2024, traduzido por Luiza Marcondes, o livro oferece uma leitura profunda e comovente que permanece com o leitor muito após a última página, fazendo dela, sem dúvida, uma das melhores obras de 2024. Compre o livro "Nadando no Escuro", de Tomasz Jedrowski, neste link.


9. "Em Agosto Nos Vemos", de Gabriel García Márquez
O romance póstumo de Gabriel García Márquez apresenta uma mulher que, ao longo de sua vida, descobre os limites de seus desejos e a complexidade de sua identidade sexual. A escrita do autor é inconfundível, com a mesma magia e sensibilidade que marcaram sua carreira. Em "Em Agosto nos Vemos", publicado pela editora Record, o autor colombiano mergulha em temas profundos como o desejo, a perda e a liberdade. A obra encanta pela forma como retrata a busca pela autoaceitação e a resistência do prazer diante do tempo. Na nona colcação da lista, embora não atinja a grandiosidade de seus romances mais conhecidos, este livro póstumo oferece uma reflexão belíssima sobre a vida e as escolhas humanas. A tradução é de Eric Nepomuceno. Compre o livro "Em Agosto Nos Vemos", de Gabriel García Márquez, neste link.


8. "Caro Professor Germain: Cartas e Escritos", de Albert Camus e Louis Germain
Reunindo cartas trocadas entre Albert Camus e o professor Louis Germain, o livro "Caro Professor Germain: cartas e Escritos" apresenta uma bela demonstração de gratidão e respeito mútuo. Essas cartas, carregadas de emoção, oferecem uma visão sobre a relação entre o autor e aquele que desempenhou um papel fundamental na formação intelectual dele. Além disso, o livro contém um texto extra, "A Escola", que enriquece ainda mais a obra, mostrando a reverência de Camus pela educação. Na oitava colocação da lista, é um tributo tocante à relação entre mestre e aluno. A tradução é de Ivone Benedetti. Compre o livro "Caro Professor Germain: Cartas e Escritos", de Albert Camus, neste link.


7. "Neil Gaiman: Histórias Selecionadas", de Neil Gaiman
"Neil Gaiman: Histórias Selecionadas" é uma coletânea que reúne os melhores textos de Neil Gaiman, um dos mestres contemporâneos da literatura fantástica. De histórias de terror a contos de mistério e fantasia, o autor navega por uma variedade de estilos e temas, mostrando versatilidade. A seleção inclui 52 textos, com alguns inéditos, tornando a obra uma excelente porta de entrada para novos leitores e um item precioso para os fãs mais antigos. A tradução é de Leonardo Alves, Augusto Calil, Edmundo Barreiros, Fábio Barreto e Renata Pettengill. Compre o livro "Neil Gaiman: Histórias Selecionadas", de Neil Gaiman, neste link.


6. "O Homem Ciumento", de Jo Nesbø
"O Homem Ciumento"
, de Jo Nesbø, merece o título de sexto lugar na lista dos dez Melhores Livros de Autores internacionais do ano devido à sua extraordinária capacidade de explorar as complexidades da mente humana em situações extremas. Com maestria, ele utiliza os 12 contos que compõem o livro para criar um panorama sombrio e multifacetado dos sentimentos mais viscerais, como ciúme, vingança e desespero. Cada narrativa apresenta personagens em situações limítrofes, testando o comportamento humano e revelando as nuances de suas motivações. Outro ponto que reforça a grandiosidade do livro é a versatilidade das tramas, que se passam em diferentes culturas e contextos, mas mantêm a mesma intensidade e impacto. Desde o detetive grego lidando com um caso de ciúmes extremos até a mulher em um voo para Londres confrontando seu desejo de autodestruição, o autor oferece ao leitor uma experiência imersiva e inquietante. A tradução é de Ângelo Lessa. Compre o livro "O Homem Ciumento", de Jo Nesbø, neste link.


5. "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco
Em "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", o escritor Umberto Eco leva o leitor a uma jornada filosófica sobre o que é ficção, como ela se conecta à realidade e o que significa entrar no universo de uma história. Eco aborda temas complexos com a leveza e o humor característicos de seu estilo. Na quintta colocação da lista, o livro é uma excelente análise crítica sobre o poder da literatura. A tradução é de Hildegard Feist e a arte da capa, de Teco Souza. Compre o livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco, neste link.


4. "Escreva Muito e Sem Medo: uma História de Amor em Cartas (1944-1959)", de Albert Camus e Maria Casarès
Lançada pela editora Record, essa correspondência íntima entre Albert Camus e a atriz Maria Casarès é um tesouro para os fãs do autor francês. "Escreva Muito e Sem Medo: uma História de Amor em Cartas (1944-1959)" traz à tona um lado mais pessoal e vulnerável de Camus, oferecendo cartas reveladoras de sua relação com a atriz. Contudo, o impacto da obra está mais no contexto biográfico do que na profundidade literária do conteúdo. Embora seja uma excelente forma de explorar a figura de Camus sob uma nova perspectiva, a relevância desse material é mais voltada para quem já é fã de sua obra e deseja mergulhar na vida pessoal do autor. Para leitores que não estão tão familiarizados com o autor, o livro, que está na quarta colocação da lista, pode parecer excessivamente íntimo e pouco acessível - mas é uma boa porta de entrada para se aprofundar na obra de Albert Camus. A tradução é de Clóvis Marques. Compre o livro "Escreva Muito e Sem Medo: uma História de Amor em Cartas (1944-1959)", de Albert Camus e Maria Casarès, neste link.


3. "A Casa dos Significados Ocultos", de RuPaul Charles
Na autobiografia "A Casa dos Significados Ocultos", o autor RuPaul Charles oferece aos leitores um olhar sem precedentes sobre a vida, desde a infância em San Diego até a ascensão como um ícone mundial da cultura pop. A obra é um profundo mergulho na identidade desse artista, com reflexões sobre como a autoaceitação e a adaptação são essenciais para a construção de uma persona pública. RuPaul revela momentos vulneráveis da vida, o que torna o livro não apenas uma biografia, mas também um manifesto de superação e resistência. A mistura de sabedoria, humor e filosofia torna o livro - que está em terceiro lugar na lista - uma leitura gostosa e inspiradora. A tradução é de Helen Pandolfi. Compre o livro "A Casa dos Significados Ocultos", de RuPaul Charles, neste link.

2. "A Caminho de Macondo: Ficções 1950-1966", de Gabriel García Márquez
Lançado pela editora Record, "A Caminho de Macondo" reúne textos que formam a base do universo mítico de Macondo, uma das maiores criações da literatura mundial. São escritos que antecedem "Cem Anos de Solidão" e mostram o processo criativo de Gabriel García Márquez. Para os admiradores do autor, a obra é uma verdadeira preciosidade, pois oferece uma janela para o início do realismo mágico. No entanto, para o leitor casual, os textos podem parecer mais fragmentados e menos imersivos, já que muitos ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento. Isso torna o livro - que está na segunda colocação da lista - essencial para estudiosos da obra de Márquez e muito mais interessante, porque o leitor consegue visualizar um pouco do processo de criação do artista. A tradução é de Ivone Benedetti, Édson Braga, Danúbio Rodrigues e  Joel Silveira. Compre o livro "A Caminho de Macondo", de Gabriel García Márquez, neste link.


1. "Nasci na América…: uma Vida em 101 Conversas (1951-1985)", de Italo Calvino

"Nasci na América…: uma Vida em 101 Conversas" é uma coletânea de entrevistas com o renomado escritor italiano Italo Calvino. O livro oferece uma perspectiva única sobre a vida e o pensamento do artista que conquistou um lugar de destaque na literatura universal. As entrevistas, que abrangem três décadas, revelam a mente brilhante de Calvino e o olhar sobre temas como literatura, política, cinema e o futuro do homem. É uma espécie de "autobiografia intelectual" em construção, proporcionando uma compreensão mais rica do legado literário do autor. A obra brilha principalmente pela profundidade, clareza e a elegância inconfundível de Calvino, sendo um tesouro para os admiradores do artista e para os estudiosos da literatura contemporânea. O livro do ano na categoria Melhor Livro de Autores Internacionais é resultado do trabalho de vários profissionais, além do autor: Luca Baranelli (compilador), Federico Carotti (tradutor), Raul Loureiro (arte de capa) e Mario Barenghi (introdução). Compre o livro "Nasci na América…: Uma Vida em 101 Conversas (1951-1985)", de Italo Calvino, neste link.

domingo, 29 de dezembro de 2024

.: Crítica: "Um Dia na Broadway": Billy Bond traz a Broadway para o Brasil


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Se você já se emocionou ao assistir a um musical, sonhou em passear pelas ruas iluminadas da Times Square ou em viver a magia dos teatros da Broadway, a superprodução "Um Dia na Broadway" é uma oportunidade para preencher algumas lacunas. Dirigido pelo renomado 
Billy Bond, o espetáculo retorna a São Paulo para uma temporada que promete encantar e proporcionar uma experiência imersiva e inesquecível. De 11 de janeiro a 22 de fevereiro de 2025, no Teatro Claro Mais, o público terá a chance de ser transportado para o mundo dos grandes musicais de Nova York.

Combinando tecnologia de ponta, performances marcantes e uma narrativa emocionante, o espetáculo já conquistou milhares de espectadores em temporadas anteriores. Agora, está de volta ainda mais grandioso, com novos detalhes e aprimoramentos que consolidam seu lugar como uma das maiores produções musicais do Brasil. Nós do Resenhando.com assistimos a última apresentação do ano passado e listamos os dez motivos para justificar porque você não pode perder esse espetáculo. "Um Dia na Broadway" estará em cartaz no Teatro Claro Mais, em São Paulo, de 11 de janeiro a 22 de fevereiro de 2025, com apresentações às sextas, sábados e domingos.

1. Broadway ao alcance de todos
Você não precisa viajar até Nova York para sentir a grandiosidade da Broadway. "Um Dia na Broadway" recria toda a atmosfera dos grandes teatros nova-iorquinos, apresentando uma coletânea de momentos inesquecíveis dos mais famosos musicais do mundo. É uma oportunidade única para quem sempre sonhou em ter essa experiência.


1. Uma superprodução que envolve o público
Dirigida pelo veterano Billy Bond, conhecido pelo trabalho impecável em musicais como "Les Misérables" e "Rent", a produção reúne uma dramaturgia que cativa, músicas interpretadas ao vivo e efeitos especiais de tirar o fôlego. Cada elemento foi pensado para criar uma experiência que envolve todos os sentidos.

2. Acessível e inclusivo para todos
Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de assistir a grandes musicais internacionais, Um Dia na Broadway é uma oportunidade perfeita. Ao reunir os melhores momentos de dez produções icônicas, o espetáculo democratiza o acesso à magia da Broadway.

3. Dez clássicos eternizados no palco
Em uma noite mágica, o público é transportado para o universo de "Evita" ("Don’t Cry for Me Argentina"), "Chicago" ("All That Jazz"), "Mamma Mia!" ("Dancing Queen"), "O Fantasma da Ópera" ("The Phantom of the Opera"), "Cats" ("Memory"), "Grease" ("Summer Nights"), "Mary Poppins" ("Supercalifragilistic"), "A Bela e a Fera" ("Beauty and the Beast"), "Les Misérables" ("One Day More") e "Priscilla, a Rainha do Deserto" ("It’s Raining Men"). Cada musical é interpretado com uma precisão técnica e artística que impressiona.


4. Tecnologia de ponta e efeitos especiais para encantar
O espetáculo combina cenários físicos com projeções em 4K, um painel de LED com 160 metros de luzes e truques como levitação e números aéreos. Esses elementos criam uma experiência visual única, que imerge o público na atmosfera vibrante de Nova York e na magia dos musicais.


5. Coral e vocais impecáveis
Os artistas de "Um Dia na Broadway" devem ser selecionados a dedo pelo talento. As interpretações vocais são um dos grandes destaques do espetáculo. Com um coral poderoso e números musicais arrebatadores, cada canção é entregue com uma energia que arrepia e emociona o público do começo ao fim.

6. Cenários deslumbrantes e figurinos ricos em detalhes
Os figurinos exuberantes e os cenários detalhados recriam com perfeição o glamour da Broadway. Da Times Square ao Harlem, passando pela Grand Central Station e pelos palcos dos grandes musicais, cada cenário transporta o espectador diretamente para Nova York.


7. Uma história familiar e emocionante
O enredo segue uma família que viaja para Nova York para comemorar o aniversário de casamento dos pais. Após se perderem no Grand Central Station, as crianças embarcam em uma jornada pelos teatros da Broadway, onde vivenciam momentos dos maiores musicais de todos os tempos. É uma narrativa que equilibra humor, emoção e aventura, conectando o público de todas as idades. Bom, também, para despertar no público mais jovem o gosto pelo teatro.


9. Billy Bond: um mestre dos musicais
Com mais de 30 espetáculos em seu currículo e décadas de experiência, Billy Bond é um dos grandes nomes do teatro musical. Sua direção meticulosa e visão criativa garantem que cada detalhe de Um Dia na Broadway seja impecável, desde os números musicais até os efeitos visuais.


10. Uma experiência imersiva e transformadora
O espetáculo vai além de uma apresentação teatral: é uma viagem emocional, um espetáculo de som e luz que envolve completamente o espectador. Da ambientação sonora Surround ao cuidado com os detalhes visuais, você realmente se sente na Broadway.

Serviço
Espetáculo "Um Dia na Broadway", de Billy Bond
Temporada: 11 janeiro a 22 fevereiro de 2025
Às sextas-feiras, às 20h00; aos sábados, às 20h00 e aos domingos, às 18h00
Teatro Claro MAIS São Paulo - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo
Ingressos:
Plateia Broadway - R$ 150,00 a R$ 300,00
Plateia Cats – R$ 125,00 a R$ 250,00
Balcão Les Miserables – R$ 110,00 a R$ 220,00
Balcão Grease – R$ 90,00 a R$ 180,00
Times Square Popular- R$ 37,50 a R$ 75,00
Link de vendas: https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/um-dia-na-broadway-13819
Classificação: livre
Duração: 120 minutos com intervalo de 10 minutos
Capacidade: 803 lugares 

sábado, 28 de dezembro de 2024

.: De Aguinaldo Silva, "Meu Passado me Perdoa" é eleito o livro do ano de 2024


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O ano de 2024 foi o ano das biografias e de livros marcados por uma impressionante diversidade de lançamentos literários, com obras que abordaram uma gama de temas emocionais, sociais, culturais e pessoais, refletindo as complexas realidades do nosso tempo. Entre os destaques, houve uma fusão de narrativas sensíveis, corajosas, profundas e até irreverentes, levando os leitores a uma viagem literária rica e impactante.

Cada uma dessas obras se destaca pela abordagem única e pela maneira como desafiam o leitor a pensar sobre diferentes aspectos da vida, das relações e da sociedade. Em 2024, a literatura brasileira teve uma verdadeira explosão de criatividade, abrangendo desde questões pessoais até grandes reflexões sociais e culturais. A diversidade de temas e estilos mostra que a literatura contemporânea é multifacetada, rica em nuances e capaz de transformar e impactar profundamente a vida dos leitores. A seguir, apresentamos os dez melhores livros do ano.

Listar os dez melhores livros de autores brasileiros do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar os dez Melhores Lvros Brasileiros do ano do portal Resenhando.com em meio a um ano tão fértil em relação à literatura e também a vários que chegam diariamente à nossa redação é algo desafiador e uma viagem literária ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários livros tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser lidos.  Confira também a lista dos Melhores Livros de 2023 neste link.


10. "Açougueira", de Marina Monteiro
Em "Açougueira", publicado pela editora Claraboia, Marina Monteiro presenteia o leitor com uma obra de uma profundidade emocional e intelectual impressionantes. A narrativa, que gira em torno de um crime de assassinato e esquartejamento, não se limita apenas ao mistério, mas se aprofunda nas complexas questões sociais que envolvem a violência doméstica e a opressão das mulheres. A escolha de narrar a história a partir dos depoimentos de moradores da cidadezinha e da própria esposa do assassinado coloca o leitor no lugar da acusada, desafiando noções de culpabilidade e oferecendo uma reflexão crítica sobre a maneira como a sociedade lida com a violência contra a mulher. Décimo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, esse livro se destaca pela coragem com que aborda temas delicados e pela sensibilidade com que a autora constrói suas personagens e seus dilemas. Compre o livro "Açougueira", de Marina Monteiro, neste link.


9. "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira
A estreia de Jeovanna Vieira é um soco no estômago. "Virgínia Mordida", publicado pela Companhia das Letras, é um romance psicológico intenso que explora as profundezas das relações amorosas, os aspectos mais sombrios da psique humana e os impactos da violência emocional. Ao contar a história de Virgínia, uma mulher que vive um relacionamento tóxico com Henrí, um ator argentino, o livro se torna uma poderosa reflexão sobre como o amor pode ser disfuncional e destrutivo. A autora não tem medo de expor as fragilidades de seus personagens e a tensão entre eles é palpável, criando uma narrativa de ritmo acelerado e angustiante. Nono lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, Vieira se destaca pela sua habilidade de mergulhar nas emoções e nas motivações dos personagens de forma autêntica e, ao mesmo tempo, perturbadora. Compre o livro "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira, neste link. 


8. "Minha China Tropical: Crônicas de Viagem", de Francisco Foot Hardman
"Minha China Tropical"
, publicado pela Unesp Editora, é uma obra envolvente, mas que se destaca mais pela beleza do estilo do que pela profundidade dos temas abordados. Francisco Foot Hardman apresenta suas crônicas de viagem com uma leveza contagiante, capturando a essência da cultura chinesa e suas contrastantes semelhanças com a realidade brasileira. Embora a obra não tenha o mesmo impacto revolucionário de outros livros da lista, ela oferece uma leitura agradável e enriquecedora sobre as diferenças culturais e as experiências que moldam a visão de um estrangeiro sobre um país complexo e multifacetado. Oitavo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, Foot Hardman oferece uma narrativa calorosa e pessoal, desafiando estereótipos sobre a China e promovendo um diálogo entre as culturas. Compre o livro "Minha China Tropical", de Francisco Foot Hardman, neste link.

7. "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro
Vencedor do Prêmio Sesc de literatura e do Prêmio Jabuti na categoria Contos, "O Ninho"publicado pela editora Record, é um livro de contos que não apenas retrata o cotidiano das mulheres e suas realidades, mas também desafia as idealizações frequentemente associadas às relações familiares. Bethânia Pires Amaro utiliza sua escrita precisa e sensível para explorar os conflitos internos e externos de suas personagens femininas, que lidam com questões como maternidade, abuso e os traumas herdados de gerações anteriores. A autora tem a habilidade rara de fazer com que o leitor sinta empatia pelas situações difíceis que suas personagens enfrentam, ao mesmo tempo em que coloca em pauta a complexidade das relações familiares e a busca por identidade. Sétimo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é uma reflexão pungente sobre a realidade das mulheres e das relações humanas. Compre o livro "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, neste link.


6. "Tudo o que Posso te Contar", de Cecilia Madonna Young
Embora "Tudo o que Posso te Contar", o livro de estreia de Cecilia Madonna Young, seja divertido e ácido, ele também faz uma observação afiada das questões enfrentadas pela geração Z, abordando temas como depressão, ansiedade e identidade de maneira irreverente e sarcástica. Publicado pela editora Record, o livro oferece uma reflexão nua e crua sobre os dilemas existenciais que os jovens de hoje enfrentam. Sexto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, é uma leitura que mistura densidade e leveza, que proporciona uma boa visão sobre a vida moderna e as angústias da juventude. Compre o livro "Tudo o que Posso te Contar", de Cecilia Madonna Young, neste link.

5. "O Mito do Mito", de Rita Lee
Obra póstuma de Rita Lee, o livro "O Mito do Mito", publicado pela Globo Livros, mistura realidade e ficção de maneira sofisticada e instigante. Conhecida pelo talento irreverente e a capacidade de transformar qualquer tema em algo único e inesquecível, ela entrega ao público uma obra que é, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o seu próprio ser e uma narrativa envolvente de mistério. A história gira em torno da própria Rita Lee como protagonista, que busca respostas para suas questões internas durante sessões de terapia. O tom de humor ácido e introspecção presente na obra faz com que a leitura seja tanto divertida quanto profunda. Quinto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é uma verdadeira janela para a mente de uma das artistas mais icônicas do Brasil, revelando uma Rita Lee que, ao mesmo tempo em que se entrega a seus demônios, também se reinventa com leveza. Compre o livro "O Mito do Mito", de Rita Lee, neste link.


4. "Chatices do Amor", de Fernanda Young
"Chatices do Amor"
, publicado pela editora Record, é um livro póstumo que reúne dois romances de Fernanda Young, uma autora de indiscutível talento. No entanto, a obra não alcança o mesmo impacto que outros trabalhos póstumos de escritores consagrados. Ainda que a autora tenha uma escrita perspicaz, o tom de melancolia e humor entrelaçado na narrativa não ressoa com todos os leitores da mesma forma. Quarto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024,  o livro é, sem dúvida, um tributo ao estilo irreverente e profundo de Young, que mistura de humor e introspecção. Compre o livro "Chatices do Amor", de Fernanda Young, neste link.


3. "Longe do Ninho", de Daniela Arbex
O poder de "Longe do Ninho", publicado pela editora Intrínseca, está na forma como Daniela Arbex consegue transformar uma tragédia pessoal e coletiva em um relato investigativo de grande impacto social e humano. A jornalista apresenta um trabalho impecável ao investigar o incêndio no centro de treinamento do Flamengo, que matou dez jovens promessas do futebol. Com uma abordagem sensível, detalhada e humana, Arbex reconstitui não apenas os fatos, mas também a dor das famílias e as falhas institucionais que possibilitaram o acidente. Ao utilizar depoimentos exclusivos, documentos inéditos e a coragem de retratar o caso de forma crua, a autora apresenta um trabalho de altíssima qualidade que é, ao mesmo tempo, uma homenagem às vítimas e um alerta contra a omissão das autoridades. Terceiro lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é, sem dúvida, um livro-reportagem essencial, que vai além da simples narração de um fato e se torna uma reflexão profunda sobre a negligência e suas consequências. Compre o livro "Longe do Ninho", de Daniela Arbex, neste link.


2. "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Mauricio Stycer e Artur Xexéo
A biografia de Gilberto Braga é uma obra de grande riqueza para os fãs de novelas e da história da televisão brasileira. Por meio de uma parceria entre Mauricio Stycer e Artur Xexéo, "Gilberto Braga apresenta a trajetória do dramaturgo, desde sua infância até os grandes momentos da sua carreira. O livro traz à tona detalhes fascinantes sobre o processo criativo do novelista, as inspirações dele e como as novelas refletem os aspectos mais profundos da sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, a biografia serve como um tributo ao autor e à capacidade de tratar de temas delicados, como sexualidade, classe social e racismo, de maneira pioneira. Segundo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, a obra é uma excelente leitura para quem deseja compreender a importância de Gilberto Braga na formação da cultura televisiva brasileira. Compre o livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Mauricio Stycer e Artur Xexéo, neste link.

1. "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva
Mais que uma autobiografia, "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva é o relato de um sobrevivente. Com uma escrita cativante, o autor leva os leitores por uma jornada ao longo da vida e carreira, desde a infância até os bastidores das novelas que marcaram gerações. Este livro não é apenas uma memória pessoal, mas uma verdadeira aula sobre a história da televisão brasileira. Silva traz à tona histórias inéditas sobre o processo criativo das novelas, os desafios que enfrentou e as figuras que cruzaram o caminho dele. As anedotas e revelações sobre o mundo das telenovelas são fascinantes, e o autor também faz uma análise crítica sobre o papel das suas obras na sociedade brasileira. Primeiro lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, "Meu Passado me Perdoa", além de ser o livro do ano, é uma leitura envolvente para quem ama a TV e para quem deseja entender mais sobre a construção de uma das maiores referências da dramaturgia nacional. Compre o livro "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva, neste link.

.: Saudade, crítica e fé: tudo o que torna "O Auto da Compadecida 2" imperdível


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Após mais de duas décadas de espera, "O Auto da Compadecida 2" chega à rede Cineflix e aos cinemas brasileiros trazendo a sequência de um dos maiores clássicos do cinema nacional. Dirigido por Flávia Lacerda e Guel Arraes, o longa resgata os inesquecíveis personagens de João Grilo e Chicó em uma nova aventura que mistura humor, emoção e crítica social, mantendo a essência que conquistou o Brasil em 1999. O filme já bateu recordes de vendas antes mesmo de sua estreia, com mais de 30 mil ingressos comercializados em pré-venda, e promete ser um dos grandes sucessos do cinema nacional. 

Mais do que uma continuação do filme baseado no clássico de Ariano Suassuna, "O Auto da Compadecida 2" é uma celebração da cultura, da fé e do humor que fazem parte da alma do povo brasileiro. Com um elenco brilhante, direção impecável e uma história que emociona e diverte, o filme já se consagra como um dos grandes momentos da retomada do cinema nacional pós-pandemia. Abaixo, listamos em detalhes os principais motivos para você não perder essa obra-prima.


1. Matheus Nachtergaele brilha como João Grilo
Matheus Nachtergaele é, sem dúvida, um dos maiores nomes do cinema brasileiro, e sua atuação como João Grilo é a prova disso. Neste novo filme, o personagem retorna ainda mais engenhoso e carismático, e o ator entrega uma performance extraordinária. Um dos pontos altos é sua habilidade de interpretar diferentes versões de si mesmo, criando momentos de pura genialidade cômica e dramática. João Grilo, que é ao mesmo tempo controverso e adorável, domina a tela em cada cena, garantindo risadas e emoção.

2. A versatilidade de Selton Mello
Selton Mello, que retoma o papel de Chicó em "O Auto da Compadecida 2", oferece mais uma interpretação memorável. Sua atuação traz o equilíbrio perfeito entre humor e humanidade, características que definem o personagem como um dos mais marcantes do cinema brasileiro. O talento de Selton, no entanto, vai além do universo cômico de Taperoá. Recentemente, o ator brilhou em outra produção cinematográfica de enorme prestígio, o drama "Ainda Estou Aqui", onde deu vida ao político Rubens Paiva. O filme, escolhido como representante do Brasil no Oscar, destaca o lado dramático de Selton, explorando questões de memória, história e luta por justiça em um período sombrio da ditadura militar. Essa versatilidade impressionante, de Chicó a Rubens Paiva, reafirma Selton Mello como um dos maiores atores da atualidade no Brasil, transitando com maestria entre gêneros tão distintos e enriquecendo cada papel com profundidade.


3. Rosinha mais madura e complexa, interpretada por Virgínia Cavendish
Rosinha, que no primeiro filme tinha um papel mais secundário, retorna com uma presença mais forte e uma evolução notável. Virgínia Cavendish traz uma profundidade emocional à personagem, explorando as mudanças e desafios que ela enfrentou ao longo dos 20 anos. Rosinha agora reflete a força da mulher nordestina e se torna um elo importante na trama. Inclusive, é ela quem resolve o desfecho da história, como uma heroína feminista que se preze.

4. Fabíula Nascimento como Clarabela: um show de carisma
Fabíula Nascimento rouba a cena com sua interpretação de Clarabela, uma personagem nova e extremamente cativante. Com uma energia vibrante e um humor irresistível, Clarabela conquista o público desde a primeira aparição. A atriz mostra sua versatilidade ao equilibrar momentos de comédia com empoderamento feminino, tornando a personagem uma das surpresas mais agradáveis do filme.


5. Guel Arraes: direção afiada e inspirada
Guel Arraes, que já havia mostrado sua genialidade no primeiro longa-metragem, retorna ainda mais afiado nesta sequência. A capacidade do diretor em adaptar a obra de Ariano Suassuna para o cinema é inigualável. Arraes conduz a narrativa com precisão, garantindo que cada cena seja carregada de significado, humor e emoção. O olhar criativo de Guel Arraes transforma as paisagens do sertão nordestino em um cenário encantador e repleto de vida.


6. Luiza Arraes: talento que corre no sangue
Uma das grandes novidades do elenco é a participação de Luiza Arraes, filha de Guel Arraes e Virgínia Cavendish. A jovem atriz mostra que o talento está na família, entregando uma atuação afetiva e cheia de frescor. A presença dela é um sopro de novidade na trama e agrega ainda mais riqueza ao filme.


7. Diálogos afiados e narrativa envolvente
O texto é uma das maiores forças do filme, mantendo o tom espirituoso e filosófico que marcou o original. Os diálogos, escritos com inteligência e humor, refletem as questões sociais e políticas do Brasil contemporâneo, sem perder o charme da linguagem típica do sertão. A direção ágil e dinâmica garante que o público fique preso à história do início ao fim.


8. Uma atmosfera de nostalgia que emociona
Para os fãs do primeiro filme, "O Auto da Compadecida 2" é uma verdadeira viagem no tempo. A recriação dos cenários de Taperoá, a trilha sonora de arrepiar - com destaque para a canção "Fiadeira", interpretada por Maria Bethânia, e "Como Vai Você", interpretado por Chico César - e a volta dos personagens icônicos criam uma sensação de reencontro que aquece o coração. Ao mesmo tempo, o filme traz elementos novos que enriquecem a narrativa, agradando tanto os nostálgicos quanto os novos espectadores.

9. Taís Araújo como a Compadecida: força e serenidade
Taís Araújo assume o papel que na primeira versão era de Fernanda Montenegro e brilha como Nossa Senhora. Assim como a veterana no primeiro filme, ela entrega uma atuação que combina força, serenidade e humor. A presença de Taís é magnética, e as cenas com João Grilo estão entre os momentos mais especiais do longa-metragem. Tudo porque ela consegue transmitir a essência espiritual da personagem, ao mesmo tempo em que adiciona à história uma dose de carisma e modernidade.


10. Homenagem à fé e à cultura brasileira
O filme é um tributo à fé e à espiritualidade do povo brasileiro. Com cenas que abordam temas como moralidade, perdão e redenção, "O Auto da Compadecida 2" celebra as tradições religiosas do país de forma respeitosa e poética. A obra também destaca a riqueza cultural do sertão, valorizando o Brasil profundo em cada detalhe.


11. Crítica política atual e universal
Em tempos de polarização, o filme aborda a política com humor e inteligência, criticando a demagogia e os falsos líderes. Eduardo Sterblitch e Humberto Martins interpretam políticos que simbolizam extremos opostos, mas igualmente caricatos, criando uma sátira que dialoga com o cenário político atual sem apontar lados específicos.


12. A celebração da brasilidade em cada frame
Cada aspecto do filme – desde a fotografia, que explora as paisagens do sertão, até os figurinos, que capturam a essência do nordeste – exalta a cultura brasileira. A obra é um verdadeiro hino à brasilidade, mostrando a beleza, as contradições e a força do povo brasileiro.


13. Uma sequência à altura do clássico original
Embora as expectativas fossem altas, "O Auto da Compadecida 2" não decepciona. O filme honra o legado do primeiro longa-metragem ao manter a essência dos personagens e a genialidade de Ariano Suassuna, enquanto traz novidades que renovam a história. É uma obra que equilibra risos, lágrimas e reflexões, reafirmando o poder do cinema brasileiro.

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