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quinta-feira, 9 de maio de 2024

.: "Murdle - Volume 1", de G. T. Karber: quebra-cabeça literário chega ao Brasil


Best-seller mundial, quebra-cabeça literário inspirado em jogo on-line desafia o leitor a desvendar assassinatos, encontrar pistas ocultas e construir uma trama de suspense usando os métodos de um detetive.


Considerado pelo The Washington Post um dos dez melhores presentes para os amantes de livros, "Murdle - Volume 1" chega ao Brasil pela Intrínseca após fazer história no mercado editorial britânico. O livro de quebra-cabeças de mistério e assassinato, do escritor norte-americano G.T. Karber, foi o best-seller do Reino Unido no Natal de 2023 ao superar o número de vendas do novo livro de Richard Osman. O britânico, também publicado pela Intrínseca no Brasil, é autor da série O Clube do Crime das Quintas-Feiras, considerado o maior fenômeno literário do país desde Harry Potter.

Apontado por Osman, um dos mestres do cozy mystery, como um “fenômeno absoluto”"Murdle - Volume 1 arrebatou o Reino Unido ao oferecer entretenimento com um quebra-cabeça literário para toda a família. São cem enigmas de mistério curtos e divertidos que desafiam a descobrir quem matou, como, onde e por quê. A partir da análise de pistas e informações dadas por testemunhas, o leitor, ao lado do detetive Logicus, é convidado a desvendar misteriosos assassinatos.

“Há criptogramas para decodificar, depoimentos de testemunhas para examinar e muitos outros segredos para desvendar. À medida que for avançando e os mistérios começarem a se tornar mais desafiadores, você descobrirá que a sua habilidade de raciocínio será testada, porque a lógica é uma coisa esplendorosa, e sempre há técnicas novas a se aprender e novas deduções a se fazer”, explica o autor.

Com base em sua experiência em histórias imersivas no estilo “quem matou”, G.T. Karber criou um fio narrativo que conduz o leitor ao longo do livro. O escritor apresenta personagens e cenas de crime que se repetem para oferecer uma trama completa a partir da junção dos capítulos. Cada caso pode ser desvendado separadamente ou em sequência. Todos os homicídios guardam um segredo escondido e a obra contém uma mensagem que só pode ser decifrada após todos os casos terem sido desvendados.

Repleto de ilustrações, códigos e mapas, "Murdle - Volume 1" apresenta uma narrativa bem-humorada e perspicaz que envolve e conduz o leitor por enigmas com diferentes níveis de dificuldade — do básico ao impossível. Ao final do livro uma dica e a solução de cada caso são oferecidas ao leitor. Na apresentação, o leitor é introduzido ao universo de "Murdle" e recebe orientações para a resolução dos mistérios, além de ter acesso ao primeiro caso resolvido pelo maior cérebro do mundo na solução de mistérios: o dedutivo Logicus. Compre o livro "Murdle - Volume 1", de G.T. Karber, neste link



Sobre o autor
G.T. Karber, criador do popular jogo on-line "Murdle", cresceu em uma pequena cidade no Arkansas. Ele se formou, com distinção summa cum laude, em matemática e literatura inglesa pela University of Arkansas e em seguida mudou-se para Los Angeles, onde obteve o mestrado em belas artes pela School of Cinematic Arts da University of Southern California. Como secretário-geral da Sociedade dos Mistérios de Hollywood, uma organização independente, supervisionou a encenação de dezenas de obras imersivas no estilo “quem matou?” na região de Los Angeles. Foto: Annie Lesser. Garanta o seu exemplar de "Murdle - Volume 1", escrito por G.T. Karber, neste link.

.: Vampiro expert em Taylor Swift e doramas no 1° livro de Jenna Levine


Aluga-se quarto espaçoso em apartamento localizado em área nobre de Chicago. Totalmente mobiliado, com vista para o lago e cozinha semiprofissional. Preço: bem abaixo do mercado. O que poderia haver de errado com este anúncio? É o que a jovem Cassie Greenberg vai descobrir em "Morando com Um Vampiro", obra de estreia best-seller do USA Today assinada pela autora Jenna Levine. Nesta comédia romântica irresistível, um vampiro tricentenário aprende sobre Taylor Swift, assiste a doramas e divide apartamento com uma jovem artista desesperada por uma oportunidade. A tradução é de Lígia Azevedo.

Prestes a ser despejada, já que está cada vez mais difícil pagar o aluguel sendo uma artista independente, Cassie responde a um anúncio tentador e aceita morar com o misterioso Frederick J. Fitzwilliam em seu grande e luxuoso — mas antiquado — apartamento. Pelo bem de sua saúde financeira, ela faz vista grossa para os hábitos estranhos do novo companheiro: ele dorme o dia todo, passa as noites fora e se recusa a revelar o que guarda no cômodo misterioso ao fim do corredor. Além disso, fala e se veste como se vivesse na Inglaterra da era vitoriana.

Não demora até que Cassie descubra o segredo que o leitor já sabe desde a primeira página: seu colega de apartamento é um vampiro. No entanto, ele também é surrealmente bonito, se interessa por sua arte e escreve dezenas de bilhetes fofos para ela. Passado o horror inicial frente à revelação, Cassie acaba concordando em ajudar Frederick em uma missão: ensiná-lo a viver no presente para que ele consiga passar despercebido entre os humanos, já que suas habilidades sociais estão enferrujadas por ter passado cerca de um século desacordado. Nessa jornada, os dois descobrirão muito um sobre o outro e perceberão que talvez queiram mais do que apenas uma troca de conveniências… mas obstáculos poderosos e figuras do passado de Frederick vão atrapalhar a história dos pombinhos.

Morando com um vampiro reúne todos os elementos para conquistar qualquer fã de comédias românticas, além de contar com seus momentos de ação e drama — e uma pitada de hot. Sempre com muito humor e repleta de referências à cultura pop, a obra inclui diversos formatos em suas páginas: bilhetes deixados por Frederick e Cassie, trechos do diário de Frederick e mensagens de texto trocadas entre vampiros ajudam a contar essa história. Um final surpreendente e recompensador fará todo leitor fechar o livro com o coração aquecido — ao contrário do protagonista. Compre o livro "Morando com Um Vampiro", de Jenna Levine, neste link.



Sobre a autora
De dia, Jenna Levine trabalha para ampliar o acesso a moradias populares no sul dos Estados Unidos. À noite, ela escreve romances em que coisas ridículas acontecem com pessoas bonitas. Quando Jenna não está escrevendo, é possível encontrá-la vendo dramas coreanos (aos prantos), começando projetos de tricô que nunca vai terminar ou aproveitando o tempo com sua família e seu pequeno exército de gatos. Foto: Gabriel Prusak. Garanta o seu exemplar de "Morando com Um Vampiro", escrito por Jenna Levine, neste link.

terça-feira, 7 de maio de 2024

.: Seu vizinho é um serial killer? Livro revela os mistérios da mente assassina


Especialista brasileiro em criminologia, Rubens Correia Jr. assina "Serial Killers", livro sobre os caminhos sombrios da psique humana que desvenda o enigma da mente de um assassino em série. Lançamento da Matrix Editora, a obra apresenta uma combinação de psicologia forense, criminologia e estudos de casos arrepiantes, guiando o leitor pelos corredores sinistros da obsessão, da compulsão e da misteriosa gênese da intenção assassina.

Com o olhar atento aos fatores socioculturais que incubam essas mentes sombrias, o autor tece uma narrativa tão informativa quanto estarrecedora, e expõe as complexidades perturbadoras enraizadas na cabeça de um homicida. Seu objetivo é examinar passo a passo as particularidades do surgimento do conceito de homicídio em série e como ele foi estudado pelos diferentes especialistas.

O autor analisa as diversas facetas que envolvem esses casos, incluindo as diferenças subjetivas entre os respectivos autores. Por que e como matam? Como escolhem suas vítimas? Sentem remorso? São pessoas normais, comuns? Existe uma natureza criminosa? O livro tem o objetivo de aplacar a necessidade humana de entender os atos cruéis, torpes, selvagens e violentos que contestam a definição de uma sociedade civilizada, organizada e consensual, sem demonizar ou sacralizar indivíduos. Compre o livro "Serial Killers", de Rubens Correia Jr., neste link.


Trecho do livro
O estudo sobre serial killers ainda é tratado como um tabu, e grande parte da sociedade evita abordar o tema de maneira imparcial e científica. A sociedade prefere tachar tais sujeitos de monstros a aceitar que, inevitavelmente, uma parcela dos cidadãos vai cometer crimes bárbaros e aparentemente sem motivo. ("Serial Killers", p. 197)


Pode ser qualquer um
Para Rubens Correia Jr., os serial killers podem ser mais do que sujeitos desviados e brutalizados, mas representar um sintoma real de alguma falha na sociedade. O criminólogo psicanalista acredita não ser viável continuar tratando o fenômeno como uma anomalia isolada, ou um fato que somente atinge vilões monstruosos, pessoas anormais determinadas ou personagens de filmes, séries e livros.

O foco desse estudo não é apenas buscar as causas do fenômeno, e sim procurar descrever vários aspectos dos crimes, dos ofensores e das vítimas. Serial Killers apresenta elementos para que cada um forme sua própria convicção a respeito do fenômeno criminoso. “O leitor desconstruirá alguns mitos e falsas verdades sobre os assassinatos cometidos em série, questionará se há realmente um padrão nas condutas violentas ou se existe alguma possibilidade de prever tais ações e sairá de sua posição confortável para se aproximar dos serial killers”, destaca o autor.


Sobre o autor
Rubens Correia Jr.
é advogado, palestrante e criminólogo. Mestre em Ciências pela USP, professor de Pós-Graduação em Criminologia, Direito Penal, Criminal Profiling, Ciências Forenses e Psicologia Jurídica no IPEBJ/SP, UNIT/SE, ESP/MA, PUC/MG, UNIUBE/MG, FACTHUS/MG, dentre outras. Coordenador do Curso de Direito FACTHUS/MG. Escritor de livros na área de comportamento violento e tradutor de livros na área de psicanálise. Garanta o seu exemplar de "Serial Killers", escrito por Rubens Correia Jr., neste link. 

.: Adriana Lunardi lança "Contos Céticos" na Janela Livraria nesta quarta-feira


Arte e literatura são fio condutor para os textos que compõem "Contos Céticos", obra voltada para as relações humanas que marca a volta de Adriana Lunardi  às livrarias. O novo livro da premiada escritora surge como uma ode à literatura e suas expansões artísticas ao abordar temas como o luto, o plágio, a infância e a velhice, entre outros. O elemento que une os nove contos e o pequeno texto de encerramento, chamado de “Nota do Destino”, é a aposta na ficção para dar fora e desafiar o indizível da subjetividade humana.

O livro será lançado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, dia 8 de maio, na Janela Livraria, no Jardim Botânico, a partir das 19h00. No dia 25 de maio, a autora participa em Paris do Clube de Leitura da Embaixada do Brasil, e no dia 30 de maio é a convidada do Quartier du Livre, com a chancela da Librairie Portugaise & Brésilienne

Premiada com o Açorianos, o prêmio da Biblioteca Nacional para Obras em Andamento, o Fumproarte e o Icatu de Artes, ela dedicava-se nos últimos tempos à escrita de roteiros de um seriado de televisão. Para este livro, reuniu contos inéditos e outros que haviam sido publicados esparsamente em jornais e antologias. “Eu me dei conta de que todas as personagens tinham um olhar cético, desencantado, de quem não acredita muito no que era dado por certo”, diz a escritora sobre o título do livro, acrescentando que a publicação marca uma redescoberta do que ela vinha fazendo. “O livro reflete uma despretensão da minha parte, e a valorização da ficção como aposta estética para o que eu vinha vivendo”.

Em seus nove contos e uma nota do destino, conhecemos crianças erráticas, idosos mais erráticos ainda, escritores vaidosos e autoflagelados, e vislumbramos o que chamam de "loucura que acomete gênios e artistas", mas sequer chegamos perto de tocá-la – é impossível. Olhamos no olho do mistério porque, em "Contos Céticos", não há quarta parede diante do luto, das últimas imagens que se tem de alguém. Tudo pode ser maculado. Uma criança, a literatura, Paris.

Mas o que torna "Contos Céticos" uma coletânea excepcional são as imagens extraordinárias que a autora é capaz de criar a partir de elementos triviais da existência. Sua narrativa fascinante não vem apenas de uma habilidade magistral, mas de sua uma profunda intimidade com a palavra. O fio condutor que atravessa os contos deste livro não se estica e não se pretende linear, prefere antes partir-se e buscar o remendo, fazer nós e novelos; sua natureza, no entanto, é inequívoca, e diz: estou aqui para fazer literatura. Compre o livro "Contos Céticos", de Adriana Lunardi, neste link.

Sobre o livro
“Nestes contos, Adriana Lunardi – distante de modismos e dona de um teto todo seu na literatura brasileira – faz da dúvida e da ironia instrumentos para vasculhar uma realidade que glossários, fármacos ou truques diversos já não parecem mais capaz de manejar. Afiada, ela nos confronta com o nosso ridículo, mas também revela o que temos de belo quando as luzes diminuem e a afetação se cansa: salva-se, então, ‘um quê de ternura, um arrepio de poema’.” – Adriana Lisboa


Sobre a autora
Adriana Lunardi é autora de "Vésperas" (2002), "Corpo Estranho" (2006) e "A Vendedora de Fósforos" (2011). Foi publicada em Portugal, França e Argentina, entre outros países. Recebeu os prêmios Açorianos, Biblioteca Nacional para Obras em Andamento, Fumproarte e Icatu de Artes. É coautora do seriado de TV "Ilha de Ferro" (Globo, 2019). Nasceu em Santa Catarina e vive no Rio de Janeiro. Garanta o seu exemplar de "Contos Céticos", escrito por Adriana Lunardi, neste link.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

.: Natércia Pontes e a Copacabana que você nunca leu em livro de contos


Idílica, caótica, nostálgica, improvável. Os contos reunidos no livro "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes mostram o bairro de Copacabana como você nunca viu. Lançada pela Companhia das Letras, esta nova edição do livro de estreia da autora do romance "Os Tais Caquinhos", com apresentação de Letrux e Arthur Braganti.

A quitinete onde este livro foi escrito - cravada entre a rua Tonelero e a Barata Ribeiro, no coração de Copacabana - serviu de pouso para uma jovem vinda de Fortaleza que desembarcou no Rio de Janeiro com olhos e ouvidos ávidos em busca de boas histórias. Aos 24 anos, tudo ao seu redor era fascinante: as vitrines, os sebos, as locadoras de vídeo, as lojas de peruca Lady, os bares, os inferninhos. As pochetes, a maquiagem derretida no calor, os chapéus escandalosos, os vestidos de elastano, o esmalte vermelho descascado, os frangos de padaria, os sanduíches gordurosos, o chope na pressão.

Entre a prosa e a poesia, o banal e o extraordinário, a crônica e a fotografia instantânea, "Copacabana Dreams", lançado originalmente em 2012, recebeu altos elogios da crítica e foi finalista do prêmio Jabuti na categoria contos. A nova edição do livro de estreia de Natércia Pontes traz de volta para as prateleiras seu olhar a um só tempo cômico e trágico, pop e lírico, amoroso e cruel, e pinta um retrato apaixonante de uma cidade. Compre o livro "Copacabana Dreams", de Natércia Pontes, neste link. 

O que disseram sobre o livro

"Tudo ali é pequeno, canhestro e vulgar - não fosse também perdidamente humano. Triste pra burro e belo, belíssimo. É essa a grandeza de 'Copacabana Dreams'." - Beatriz Bracher

"As situações, os cenários e os personagens de Copa nunca são menos do que tresloucados, e são tão fascinantes quanto inquietantes. Nada aqui é óbvio ou previsível. Não só a voz de Natércia é única: sua imaginação também não encontra paralelos." - Camila Von Holdefer

"Sem dormir, ela sonhava acordada e confabulava essas pérolas que viraram esse livro, que pra mim é puro deslumbre. Lembro de não querer que acabasse e, quando acabou, já reli de cara, tamanho assombro e frisson me causou." - Letrux

"'Copacabana Dreams' é um brinde embrulhado em celofane neon, um agrado dourado àqueles que já viraram vapor e podem passear por tudo que é lado." - Arthur Braganti


Sobre a autora

Natércia Pontes nasceu em 1980, em Fortaleza, viveu no Rio de Janeiro, onde fez faculdade de radialismo, e atualmente mora em São Paulo. É autora do romance "Os Tais Caquinhos" (Companhia das Letras, 2021) e de "Copacabana Dreams" (publicado originalmente pela Cosac Naify, em 2012, reeditado pela Companhia das Letras em 2024). Garanta o seu exemplar de "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes , neste link.

.: "O Gato Subiu no Teclado": a história de um bichano que se transforma em poeta


Todo bichano é esperto, não? Com o andar elegante e suas patinhas inquietas, eles são capazes até de abrir uma torneira para beber água. Mas tem um gatinho, em especial, que se arriscou também em virar poeta. E sua história é contada em "O Gato Subiu no Teclado", escrito por Mariana Mesquita e com ilustração de Rafa Antón. Com uma abordagem criativa e divertida, a história mostra que para a literatura não há limites para imaginação e que o amor é capaz de extrair coisas inimagináveis.

"O Gato Subiu no Teclado", traz a história de um bichano que, despretensiosamente, começou a escrever poesias enquanto rolava pelo teclado. Seus passos leves e curiosos o levaram a explorar não apenas os telhados da vizinhança, mas também a literatura. Com um olhar curioso sobre o mundo, ele descobre que as palavras têm o poder de criar universos inteiros.

Ao colocar seus óculos e se olhar no espelho, ele se depara com uma visão surpreendente de si mesmo. Ali, diante do reflexo, ele se reconhece não apenas como um felino comum, mas como um ser capaz de ir além. Se vê um poeta em potencial, alguém que não se contenta em apenas observar o mundo, mas que deseja expressar sua essência por meio das palavras.

Motivado por essa revelação, o gato decide criar seus versos, mas sente que algo ainda lhe falta. Por mais que dominasse as técnicas e os ritmos poéticos - há referências até a versos do poeta português Fernando Pessoa -, o gato percebe que suas palavras careciam de emoção. Faltava-lhe o combustível essencial que fazia as palavras ganharem vida: o amor.

Foi então que o gato sentiu seu coração bater mais forte ao lembrar da gatinha da vizinha. Era algo sublime, pulsando em suas veias e inundando sua alma. Naquele instante, ele compreendeu que o verdadeiro motor da poesia era o sentimento puro e verdadeiro.

Com o amor e sua musa inspiradora, o gato finalmente encontrou a fonte de sua criatividade. Seus versos, agora impregnados de paixão, ganharam vida própria, fluindo livremente pelo teclado. Cada palavra era um reflexo de sua devoção pela gatinha da vizinha, um tributo à beleza e à profundidade do sentimento que os unia.

"O Gato Subiu no Teclado" não é apenas a história de um bichano que se transforma em poeta, mas também uma ode ao poder transformador do amor na arte. É uma celebração da criatividade e da imaginação, que nos lembra que, mesmo nos cantos mais inesperados, a beleza da poesia pode florescer. Compre o livro "O Gato Subiu no Teclado" neste link.

Sobre a autora
Mariana Mesquita
é uma artista multifacetada que emergiu no cenário do Rio de Janeiro nos anos 80. Iniciou como atriz no grupo Banduendes, "filho" do Asdrúbal Trouxe o Trombone, ela se destacou na fundação do Circo Voador, no Arpoador. Nos anos 90, expandiu sua atuação como assistente de direção e dirigiu peças notáveis, enquanto autografava obras como "Voluntários da Pátria" e "Solidão a Dois". Na TV, brilhou como roteirista em programas como "Malhação" e "A Grande Família", e em minisséries premiadas como Justiça. Sua contribuição literária para o público infantil inclui o Dicionário da Turma do Sítio e A Ilha de Malabares.


Sobre o ilustrador
Rafa Antón é natural da Galícia, Espanha, e já morou em Madri e Munique antes de estabelecer-se em São Paulo. Sua carreira está centrada na colaboração com produtoras de cinema e agências de publicidade, onde se destaca na criação de storyboards, animações e ilustrações diversas. Sua arte também se estende a revistas e obras de ficção, além de desenhos de personagens e projetos de animação. Garanta o seu exemplar de "O Gato Subiu no Teclado" neste link.

domingo, 5 de maio de 2024

.: Depois do show histórico, biografia de Madonna chega para arrebatar


Com escrita envolvente, Mary Gabriel faz em "Madonna: uma Vida Rebelde", lançado no Brasil pela editora BestSeller, um relato impactante sobre a vida de uma das maiores artistas do mundo, um ícone cultural que mudou os rumos da música pop. A biografia, que destaca a influência da cantora e sua obra na cultura e na sociedade mundial, foi indicada como livro do ano pelo Sunday Times, biografia do ano pelo Guardian e melhor livro do ano sobre música pelo Telegraph, além de estar entre as biografias indicadas pelo New York Times Editor’s Choice de 2023. A autora foi finalista dos prêmios Pulitzer, National Book Award e National Book Critics Circle Award. A tradução é de Patrícia Azeredo, Luana Balthazar e Alessandra Bonrruquer.

No último sábado, dia 4 de maio, Madonna fez o encerramento mundial da Celebration Tour, que comemorou os 40 anos de carreira da artista em um show inesquecível na praia de Copacabana, no Rio. O show gratuito, descrito no oficial da artista como a maior pista de dança do mundo, entrou para a história. Quando decidiu escrever "Madonna: uma Vida Rebelde", em 2016, Mary Gabriel, autora finalista dos prêmios Pulitzer e National Book Award, não imaginava que o resultado seria um trabalho monumental, com mais de 800 páginas. Escrever sobre uma artista como Madonna não é tarefa fácil, afinal, não se trata apenas de um ícone do entretenimento, mas de uma artista que teve impacto na cultura mundial.

A menina comum que perdeu a mãe para o câncer de mama e precisou amadurecer rápido demais para cuidar dos irmãos se transformaria em algo muito maior do que uma estrela da música pop: um ícone cultural e uma das artistas mais influentes da indústria. Questões culturais, religiosas, sociais e políticas sempre foram o combustível que alimentava a criatividade de Madonna, por vezes fazendo a artista ser alvo de polêmicas e sofre críticas vorazes. Mas ela nunca deixou de aproveitar a notoriedade de que desfrutava para - muitas vezes de forma chocante e até mesmo feroz - defender bandeiras: a liberdade sexual feminina, os direitos da comunidade LGBTQIAPN+, o antirracismo e a luta contra o patriarcado, o machismo e a xenofobia. Com falas de pessoas próximas à artista, "Madonna: uma Vida Rebelde" apresenta tudo o que influenciou (e ainda influencia) a obra da maior artista performática da nossa era.

Com escrita empolgante e pesquisa embasada, Mary Gabriel nos apresenta uma biografia monumental retratando as múltiplas faces de uma artista ousada, disciplinada e visionária, costurando os dramas da vida pessoal, o ativismo, o questionamento diante da sociedade e os feitos de uma das maiores artistas do nosso tempo. Compre o livro "Madonna: uma Vida Rebelde", de Mary Gabriel, neste link.


Sobre a autora
Mary Gabriel
é jornalista e já escreveu quatro livros, incluindo Amor & capital, sobre o casamento de Jenny e Karl Marx, que foi finalista dos prêmios Pulitzer, National Book Award e National Book Critics Circle Award. A autora trabalhou em Washington, D.C., e em Londres como editora da Reuters por quase duas décadas. Ela mora na Irlanda. Garanta o seu exemplar de "Madonna: uma Vida Rebelde", escrito por Mary Gabriel, neste link.

.: "É uma chance para recomeçar livre de pesos", diz autor que sofreu amnésia


Em entrevista, Tom W. Kooper conta como utilizou a literatura para recuperar as próprias lembranças e publicou "Identidade", romance policial ficcionalizado a partir desta experiência 

Imagine acordar em um dia qualquer, após um breve cochilo, e não lembrar de nada do que viveu nas três últimas décadas. Sua profissão, relacionamento, amigos, família: de repente, tudo desapareceu. Como se reconstruir após perder as lembranças dos principais momentos da vida? Esse foi o sofrimento real de Tom W. Kooper, professor de matemática que teve uma amnésia total em 2019, aos 50 anos. Baseado na experiência, o escritor publicou o romance policial Identidade, no qual ficcionaliza a própria história com uma boa dose de mistério. 

Nesta narrativa, Alan Cerqueira sofre um acidente que muda o rumo da sua trajetória: quando o carro dele é alvejado por tiros, o respeitado médico recebe uma descarga elétrica que o faz esquecer de tudo. Enquanto luta para recuperar as memórias, o protagonista descobre segredos obscuros, como traições e desvios de dinheiro no hospital que administrava. Mas além de buscar pelo passado perdido, assim como o autor, o personagem inicia uma missão para desvendar a verdadeira face das pessoas que o cercam e para tentar sobreviver a uma conspiração que pode colocar sua vida em risco. 

Hoje, Tom se divide entre dar aulas e escrever. Em entrevista, o autor conta sobre como transformou o hobbie da escrita em uma forma de resgatar a própria identidade. Ele também comenta sobre o impacto do trauma e como abordou isso no desenvolvimento da trama, trazendo para a ficção diversas reflexões existenciais. Compre o livro "Identidade", de Tom W. Kooper, neste link.


Sua experiência pessoal com a amnésia total é um aspecto único que influenciou diretamente a trama de "Identidade". Como a sua própria jornada de recuperação de memórias influenciou a construção do protagonista e a narrativa como um todo?
Tom W. Kooper - A influência foi grande. Durante a terapia, foi-me sugerido escrever sobre a minha condição e sobre como eu passava os dias, na forma de um diário. A partir desses registros, construí o personagem Alan Cerqueira e todo o drama que ele passou na tentativa de recuperar as lembranças perdidas. A minha experiência pessoal com a perda de memória facilitou e deu profundidade na descrição de cada passo da jornada dele.  


Como foi o processo de transformar uma experiência tão pessoal e desafiadora em uma narrativa ficcional? 
Tom W. Kooper - Quando eu decidi escrever "Identidade", eu já havia escrito um livro de estreia, "A Segunda Chance de Thomas Lutter", e também havia recuperado uma boa parte das minhas memórias, o que facilitou na escrita desse segundo livro.


Você encontrou alguma dificuldade em separar sua própria experiência da história que estava criando para o livro?
Tom W. Kooper - Na época em que escrevi "Identidade", tinham passado dois anos do ocorrido, e eu já compreendia melhor a minha situação, não havendo nenhuma dificuldade em abordá-la, mesmo de forma ficcional. 


Você acredita que sua experiência com a amnésia mudou sua perspectiva sobre a vida?
Tom W. Kooper - Essa é uma pergunta difícil de responder, uma vez que eu não me recordo da forma como eu enxergava a vida. Posso afirmar que houve mudanças de gostos e comportamento, relatados pelas pessoas mais próximas a mim. Hoje, eu me vejo como uma pessoa paciente, reflexiva, compreensiva, focada em viver o presente e aprender o máximo que posso sobre diversos assuntos. Apesar de ter sido um período difícil, sou grato pelo que me aconteceu, pois me proporcionou a ser quem eu sou hoje e a valorizar mais as minhas conquistas, a minha vida e as pessoas que fazem parte dela. 


Você começou a escrever como uma forma de recuperar as memórias. Como isso contribuiu para você se recordar das lembranças? 
Tom W. Kooper - Na verdade, a sugestão feita para que eu usasse a escrita como forma de terapia tinha como objetivo tirar o meu foco da busca pelas lembranças perdidas, pois estava me causando depressão e ansiedade.


E por que você decidiu enveredar pela ficção após iniciar o processo de escrita? 
Tom W. Kooper - Foi a minha esposa que sugeriu que eu deixasse de escrever sobre o meu dia a dia pós-amnésia e contasse uma história de ficção, baseada em uma redação elogiada do meu ensino médio. Nascia ali o meu primeiro livro,"A Segunda Chance de Thomas Lutter", inspirado em "O Conde de Monte Cristo", de Alexandre Dumas. Minhas memórias foram sendo recuperadas quando me submeti a sessões de hipnose. 


Protagonista do livro, Alan Cerqueira é retratado como um personagem complexo, enfrentando não apenas a perda de memória, mas também dilemas éticos e emocionais. Como você desenvolveu a jornada interna de Alan e como a amnésia sofrida por ele afeta não apenas a percepção do mundo ao seu redor, mas também sua própria identidade e moralidade?
Tom W. Kooper - Com a amnésia, Alan encontrou dificuldades nas relações pessoais e nas interações sociais, por não reconhecer as pessoas que faziam parte da sua vida pessoal e profissional, e por não saber se podia confiar no que lhe era dito. Apesar da perda de memória, o protagonista tinha uma noção do que era certo e errado, o que o levou a conflitos internos diante de descobertas de caráter questionável a respeito do seu passado e sobre as pessoas próximas, forçando-o a se posicionar.  


A capa do livro traz uma frase provocativa: "Se somos a soma das nossas experiências, então quem somos se todas as lembranças de uma vida desaparecem da noite para o dia?". No desfecho, qual é a mensagem que você espera passar para seus leitores com essa trama?
Tom W. Kooper - Nossa vida é muito frágil e, por isso, muito preciosa. Toda a nossa história, toda a nossa identidade é formada a partir de anos de experiências, de decisões certas e erradas. Perder todas as lembranças é desesperador, principalmente se você não sabe se vai recuperá-las, mas ao mesmo tempo, quando a mente silencia, é uma experiência reveladora, pois mesmo sem conhecimentos, sem crenças, sem referências, ainda nos restam valores intrínsecos à nossa vida e/ou à nossa personalidade mais básica. Esse é o primeiro item da nossa bagagem a ser carregada na nova jornada. Essa experiência é transformadora e uma grande chance para um recomeço livre de pesos, pressões e cobranças que impomos a nós mesmos.

.: Prestes a completar 160, "Alice no País das Maravilhas" ganha edição especial


Prestes a completar 160 anos, o clássico da literatura inglesa "Alice no País das Maravilhas" recebe uma nova edição no Brasil pelo selo Via Leitura, do Grupo Editorial Edipro. A obra, que chega a este marco em 2025, continua a encantar gerações, e é fonte de inspiração para inúmeras adaptações no cinema e na literatura.

Escrito por Charles Lutwidge Dodgson sob o pseudônimo de Lewis Carroll, o livro transcende a categoria de conto infantil ao oferecer aspectos históricos e culturais da época vitoriana. As primeiras ilustrações foram feitas pelo próprio Carroll, antes de Sir John Tenniel assumir a tarefa para a primeira edição, em 1865.

Esta nova edição preserva o texto integral da primeira edição, bem como as ilustrações originais de Sir John Tenniel. A capa foi criação do ilustrador, quadrinista e designer gráfico Thiago Souto, conhecido por seu trabalho premiado no Brasil, França, Polônia e Estados Unidos. Souto mergulhou na narrativa para trazer todos os elementos do clássico e proporcionar aos leitores uma experiência tão maravilhosa quanto a própria história de Alice – também nome de sua filha e inspiração para o trabalho. Pela primeira vez, o clássico entrou na lista de leituras obrigatórias e pode ser tema de questões nas próximas três edições do vestibular da Unicamp. Compre o livro "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, neste link.


Relembre a história
"Alice no País das Maravilhas"
narra a jornada épica de uma menina curiosa que cai na toca de um coelho, adentra um universo de personagens icônicos como o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas e o enigmático Gato de Cheshire. A maestria de Carroll na linguagem nonsense desafia convenções lógicas e cativa leitores de todas as idades.

Além de desconstruir a lógica tradicional e explorar a fantasia como um exercício de liberdade, a obra estimula a autenticidade e a diversão. Sem uma lição de moral, o autor refuta o maniqueísmo, e propõe a pensar o que é viver eticamente no mundo. Garanta o seu exemplar de "Alice no País das Maravilhas", escrito por Lewis Carroll, neste link.

sábado, 4 de maio de 2024

.: Livro narra detalhes da mais violenta revolta de escravizados no Brasil


Uma revolta de escravizados propositalmente apagada da história do Brasil é resgatada em detalhes em "Revolta de Carrancas: o Silêncio ao Redor", livro escrito por Joaci Pereira Furtado e publicado pela editora Madamu. A reconstituição dos fatos sangrentos ocorridos em 13 de maio de 1833, na zona rural do atual município de São Tomé das Letras, em Minas Gerais – então parte da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas –, é o objeto desse livro do historiador, no livro que tem ilustrações de Francisco Silva Neto e prefácio de Rodney William Eugênio.

Furtado, que é graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto e mestre e doutor em História Social pela USP, conta que nunca ouvira falar dessa revolta até 2019, quando um primo jornalista a mencionou, além de revelar o parentesco dele com um dos empregados do barão de Alfenas, dono da fazenda Bela Cruz, onde o massacre aconteceu.

Com a curiosidade aguçada, ainda em 2019 Furtado passou a se informar sobre o motim. Foi assim que ele descobriu a pesquisa de Marcos Ferreira de Andrade, professor da Universidade Federal de São João del-Rei que em 1992 encontrou o processo judicial que sentenciou os revoltosos. Esse é o único documento que atesta e detalha o evento – atualmente interditado à consulta, devido ao precário estado de conservação.

De acordo com Furtado, o que mais choca é o silêncio sobre a Revolta de Carrancas. Apesar dos esforços de divulgação do professor Andrade, que já publicou livros e artigos a respeito, essa rebelião de pessoas escravizadas permanece desconhecidamdo grande público. Foi a partir das pesquisas de Andrade, pois, que Furtado escreveu "Revolta de Carrancas: o Silêncio ao Redor" – obra que resume e reflete sobre essa que foi a mais violenta insurreição de cativos no Brasil. E uma das mais desconhecidas.


A Revolta
Ocorrido no dia 13 de maio de 1833, o motim resultou na morte de dezesseis pessoas, das quais nove integravam a rica e influente família de Gabriel Francisco Junqueira (1782-1868), primeiro barão de Alfenas. A violência dos insurgentes – com requintes de crueldade, que incluía emasculação e decapitação das vítimas – não poupou nem crianças da casa grande, mobilizando dezenas de escravizados que explicitamente desejavam a eliminação física de seus senhores como forma de conquista da liberdade.

Liderada por Ventura Mina, escravizado africano de quem pouco se sabe, a Revolta de Carrancas terminou no mesmo dia, com a morte do líder em combate com as forças de repressão e com a prisão dos demais revoltosos. Dezessete amotinados foram  condenados à forca, na maior aplicação da pena de morte na história de sua vigência no Brasil. Nem mesmo a célebre Revolta dos Malês, em Salvador (BA), em 1835, teve tantos sentenciados à pena máxima.

A elite escravista ficou de tal modo chocada com a rebelião mineira que fez aprovar, no parlamento imperial, legislação ainda mais severa contra qualquer pessoa escravizada que atentasse contra a vida de seus senhores e familiares. Surge assim a “lei nefanda”, de 1835. Diante de tamanha violência, e principalmente do cuidadoso silêncio que a própria aristocracia fundiária da época ergueu sobre a insurreição, Joaci Pereira Furtado empenhou-se na escrita desse breve mas contundente texto, na expectativa de romper tal silêncio e popularizar a reflexão sobre os inúmeros significados da Revolta de Carrancas – cujas motivações ainda ecoam na sociedade brasileira.

Revolta de Carrancas: o silêncio ao redor é prefaciado pelo babalorixá e antropólogo Rodney William Eugênio, tem texto de orelha assinado pelo sociólogo Ricardo Antunes (Unicamp) e é ilustrado por Francisco Silva Neto, mestrando em Filosofia pela USP. A edição é bilíngue, com versão integral em inglês de Bruno Bortone Campos.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

.: Revista serrote, do IMS, celebra 15 anos com nova edição e festival


A revista serrote 46 traz textos de Alejandro Zambra, Djaimilia Pereira de Almeida e Hilton Als. Já o festival organizado pela revista acontece em 3 e 4 de maio, no IMS Paulista, reunindo artistas e intelectuais para debates e atividades gratuitas. Dedicada a difundir o gênero do ensaio como exercício de experimentação e debate intelectual, a revista serrote completa 15 anos em 2024.

Nesse período, a publicação do Instituto Moreira Salles apostou na pluralidade de ideias, trazendo tanto autores consagrados quanto novos nomes, nacionais e estrangeiros. Em celebração ao aniversário da revista, o IMS lança a serrote #46, já disponível nas livrarias, e promove a 7ª edição do Festival Serrote, nos dias 3 e 4 de maio.


Sobre o Festival
Sediado no IMS Paulista, o Festival Serrote reunirá escritores, artistas e ativistas para dois dias de atividades gratuitas, em 3 e 4 de maio. A programação inclui debates e a já tradicional serrote ao vivo, apresentação que une performances, leituras e música. Entre os participantes confirmados, estão o escritor chileno Alejandro Zambra, que publica ensaio na serrote #46 e lança seu novo livro, "Literatura Infantil", pela Companhia das Letras, o pesquisador Mário Augusto Medeiros da Silva, autor de "A Descoberta do Insólito: literatura Negra e Literatura Periférica no Brasil".

Também estão entre os convidados, a escritora, roteirista e ativista Triscila Oliveira, o artista Thiago Rocha Pitta e a escritora Bianca Santana, a crítica literária e tradutora Fernanda Silva e Sousa e a jornalista e ensaísta Thaís Regina. O evento reunirá escritores, pesquisadores, jornalistas e artistas para apresentações e debates sobre temas como as literaturas periféricas e as narrativas de experiências negras. Todos os eventos são gratuitos, abertos ao público e contam com interpretação em Libras.


Sobre a serrote #46
Já disponível nas livrarias, o novo número da revista traz textos de autores como Alejandro Zambra, Hilton Als, Djaimilia Pereira de Almeida e Roland Barthes. Destaque desta edição, “Conto de Natal” é um relato entre a ficção, a memória e o ensaio, no qual Alejandro Zambra (1975) narra, de forma bem-humorada, a relação de amizade com o seu editor. “Agora sei que um editor é uma espécie de irmão mais velho, que nos educa, protege e reprime, ou talvez, propriamente, um segundo pai, que nunca deixamos de querer bem, respeitar e temer, mesmo que depois o desafiemos”, escreve o autor chileno.

A serrote #46 publica ainda um ensaio do filósofo francês Roland Barthes (1915-1980), sobre a obra de Saul Steinberg (1914-1999). No texto, intitulado “All except you”, o autor analisa aspectos da produção do artista, como o papel da representação e a presença de elementos constantes, como as máscaras e os gatos. Escrito em 1976, “All Except You” só viria à luz em 1983, publicado pela galeria Maeght, então representante de Steinberg na França. A tradução publicada na serrote é a primeira a restituir o formato original, com os desenhos de Steinberg.

A publicação traz também o ensaio “Minha Pinup”, do crítico norte-americano Hilton Als (1960), autor de "Garotas Brancas". O escritor revisita a carreira e a obra de Prince para refletir sobre gênero, negritude, poder e indústria cultural, temas frequentes em sua produção. Inédito no Brasil, o texto foi publicado em livro em 2022 pela editora New Directions.

Autora de "Esse Cabelo e Luanda, Lisboa, Paraíso", a escritora Djaimilia Pereira de Almeida (1982), nascida em Angola e hoje radicada nos Estados Unidos, assina o ensaio “A Condição Sem Nome”. A autora analisa os usos e significados do termo “mulata”. “Estará o problema não na palavra ‘mulata’, que abomino, mas no facto de que não há lugar no mundo para a (minha) raça ambígua? [...] Que fazer, se nem uns nem outros me aceitam como parte da tribo — branca não serei nunca, negra a sério muito menos?”, indaga a autora.

A linguagem também está no centro do ensaio “´Pretagogias”, da artista visual e professora Andréa Hygino (1992). A partir de memórias da infância, da convivência com a mãe, professora no subúrbio do Rio de Janeiro, e da experiência de uma residência artística em Joanesburgo, Hygino reflete sobre o papel da linguagem e dos sistemas de ensino como forma de dominação, mas também sobre as possibilidades de levante e valorização de novos saberes, no contexto dos movimentos estudantis e das culturas afrodiaspóricas. 

Em “Desapropriação para Principiantes”, a mexicana Cristina Rivera Garza (1964) investiga os processos de escrita e as tensões entre experiência individual e coletiva. “A figura solitária do autor, com suas práticas de devorador e seu estatuto de consumidor genial, encobriu a série de relações complexas de intercâmbio e compartência, a partir das quais são geradas as diferentes formas de escrita que, depois, ele assina como suas”, escreve.

A edição também publica dois textos que conquistaram menção honrosa na última edição do Concurso de Ensaísmo serrote. Em “Apontamentos para Costurar Mortalhas”, Douglas Santana Ariston Sacramento (1993), doutorando na Universidade Federal da Bahia, reflete sobre as representações da morte e o papel da literatura negra em criar espaços dignos de luto, “dando conta de tantos corpos que tombam diariamente em solo brasileiro”. Já o pesquisador, dramaturgo e escritor cearense kulumym-açu (1995), assina o texto “Era Possível Anoitecer como Velhim e Acordar como Curumim”, no qual une a arte da contação de histórias com reflexões sobre os resquícios da dominação colonial e a potência dos saberes ancestrais.

A escritora e pesquisadora Elvia Bezerra (1947), por sua vez, parte de memórias pessoais, da lembrança de um namorado de infância até uma ida recente ao médico, para refletir sobre como a experiência da surdez intriga pensadores e artistas. Esta edição traz ainda o ensaio visual “O Suplício de Cabral”, do artista Thiago Rocha Pitta, além de trabalhos de Lidia Lisbôa, Rodrigo Cass, Vivian Caccuri e Alisson Damasceno, que assina a capa da revista.


Sobre a revista
Lançada pelo Instituto Moreira Salles em 2009, a serrote é uma revista dedicada ao gênero do ensaio, publicada três vezes ao ano, em edição impressa. Nesses 15 anos, a revista apresentou textos inéditos em português de alguns dos principais nomes do ensaio mundial e publicou autores brasileiros consagrados e iniciantes. Também realiza, desde 2011, o Concurso de Ensaísmo serrote, que premia novas vozes. Já foram contemplados com o prêmio nomes como Djaimilia Pereira de Almeida, Francesco Perrotta-Bosch e Rodrigo Nunes. Em 2018, lançou a antologia Doze ensaios sobre o ensaio e promoveu a 1a edição do Festival Serrote, que reúne artistas, ativistas e intelectuais para debates, no IMS Paulista, e chega agora à sua sétima edição.

Entrada gratuita, com distribuição de senhas. Para o dia 3 de maio, sexta | Distribuição de senhas 1 hora antes do evento, com limite de 1 senha por pessoa. Para o dia 4 de maio, sábado | Distribuição de senhas para qualquer uma das mesas a partir das 12h. Limite de 1 senha por mesa para cada pessoa. Evento com interpretação em Libras,


IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo
Tel.: 11 2842-9120


Programação completa

Sexta-feira, dia 3 de maio
20h00 - serrote ao vivo
Alejandro Zambra + Hurtmold + Padmateo + Thiago Rocha Pitta + Triscila Oliveira + Vivian Caccuri & Thiago Lanis + Yasmin Santos

4 de maio (sábado)
15h00 - Mesa 1: Reescrevendo histórias negras
Fernanda Silva e Sousa e Thaís Regina. Mediação: Bianca Santana

17h00 - Mesa 2: As periferias e os livros
Mário Augusto Medeiros da Silva e Triscila Oliveira. Mediação: Juliana Borges

19h00 - Mesa 3: Encontro com Alejandro Zambra
Alejandro Zambra. Mediação: Ana Lima Cecilio
Evento com tradução simultânea


Sobre os participantes
Alejandro Zambra
(1975) é romancista, ensaísta e poeta chileno radicado na Cidade do México. É autor de Bonsai, Poeta chileno e Literatura infantil, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras. A serrote 46, lançada no festival, apresenta seu texto “Um conto de Natal”, escrito em diálogo com o editor Andrés Braithwaite. De Zambra a revista também já publicou os ensaios “Caderno, arquivo, livro” (#15) e “À procura de Pavese” (#22).

Ana Lima Cecilio (1978) é editora e curadora da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Bianca Santana (1984) é jornalista e escritora, professora na FAAP e na FGV, e diretora-executiva da Casa Sueli Carneiro, que compõe a Coalizão Negra por Direitos. É autora de Arruda e guiné: resistência negra no Brasil contemporâneo (Fósforo, 2022), Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021) e Quando me descobri negra (Fósforo, 2022). Foi uma das juradas do Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Fernanda Silva e Sousa (1993) é nascida e criada no Itaim Paulista, extremo leste da cidade de São Paulo. É doutora em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo (USP), tradutora, crítica e professora. Seu texto “Dos pés escuros que são amados” ficou em primeiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 e foi publicado na edição #45 da revista.

Hurtmold é uma das principais bandas do cenário alternativo e instrumental no país, com influências do rock e diversos gêneros. Presente desde a primeira edição da serrote ao vivo, em 2018, o grupo atualmente é formado por Fernando Cappi (guitarra e rabeca), Guilherme Granado (teclado/sinth e vibrafone), Marcos Gerez (baixo e sampler), Mário Cappi (guitarra e flauta), Richard Ribeiro (bateria) e Rogério Martins (percussão e clarone).

Juliana Borges (1983) é escritora, estuda segurança pública e é conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Droga e da Plataforma Brasileira de Política de Drogas. Feminista antipunitivista e antiproibicionista, é autora dos livros Encarceramento em massa (Pólen) e Prisões: espelhos de nós (Todavia). Na serrote, publicou "A quem interessa lotar as prisões?" (#33) e "A vida pulsante das periferias" (#35-36).

Mário Augusto Medeiros da Silva é professor do Departamento de Sociologia da Unicamp e diretor do Arquivo Edgar Leuenroth. É autor de volumes de contos e do livro A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2020), publicado em edição ampliada pelo Sesc em 2023.

Padmateo (1999) vive e trabalha entre Salvador e Jequié (BA), onde nasceu. É artista transdisciplinar e crítica de arte, bacharelanda em artes visuais pela UFBA e em arquitetura e urbanismo pela Unifacs. Em sua pesquisa, estuda as fantasmagorias e o invisível como método de emancipação do gênero e de trânsitos não binários. Ficou em terceiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 com “Pepper´s Ghost”, publicado na edição #45.

Thaís Regina (1996) nasceu em São Paulo, é repórter e ensaísta. Já colaborou com veículos como Time, Agência Pública, Elle Brasil e Uol. Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, atualmente estuda a relação entre prisões, poder e resistência. “Severinos, o Brasil é uma guerra nossa”, publicado na serrote 45, ficou em segundo lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Thiago Lanis (1983) é artista, DJ e músico e nasceu no Rio de Janeiro.

Thiago Rocha Pitta (1980) nasceu em Tiradentes (MG) e vive entre o Rio de Janeiro e Petrópolis (RJ). Artista multimídia, explora linguagens de vídeo, fotografia, escultura, intervenções públicas e aquarela. Na serrote 46, publica o ensaio visual “O suplício de Cabral”.

Triscila Oliveira (1985) vive em Niterói (RJ) e é escritora, roteirista e ativista dedicada a pautas de gênero, raça e classe. Com o desenhista Leandro Assis, publica charges na Folha de S.Paulo e lançou os livros de quadrinhos Confinada (2021) e Os santos (2023). Este último narra as histórias cruzadas de uma família periférica e uma família branca rica da Zona Sul carioca. 

Vivian Caccuri (1986), nascida em São Paulo e radicada no Rio de Janeiro, propõe experimentos com o som em trabalhos que abarcam dimensões visual, corpórea e tecnológica. Seu trabalho está publicado na serrote 46. 

Yasmin Santos (1998) é jornalista e escritora e vive no Rio de Janeiro. Colaborou com veículos como piauí, Quatro Cinco Um, Folha de S.Paulo, Nexo, The Intercept Brasil, Uol, GQ e Elle Brasil. É editora do selo Companhia das Letras. “Ladainha da sobrevivência”, menção honrosa no 4o Concurso de Ensaísmo serrote, em 2021, foi publicado no número 40 da revista.


serrote #46
224 páginas
R$ 48,50
Festival serrote
3 e 4 de maio (sexta e sábado)
IMS Paulista (Av. Paulista, 2424, São Paulo)
Entrada gratuita

.: Roteirista de "Malhação" e "Sessão de Terapia" lança romance infantojuvenil


Jacqueline Vargas é roteirista vencedora do Emmy Awards, conhecida pelo trabalho na televisão em obras como "Malhação - Viva a Diferença", "Sessão de Terapia" e "Floribella". Também psicanalista, ela publica agora "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", livro no qual entrelaça suas pesquisas sobre Psicanálise em uma ficção para o público infantojuvenil.

Esta obra é o retrato da Geração Alpha, uma juventude que teve a individualidade moldada por números na internet. A protagonista é Majô, uma influenciadora digital mirim que vê sua vida desandar após ser alvo de uma denúncia anônima on-line. O livro é o primeiro de uma trilogia que reflete sobre o impacto da tecnologia na primeira geração completamente exposta às redes sociais.

O cancelamento
No livro "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", a adolescente Majô tem uma vida perfeita, assim como todos os influenciadores digitais aparentam. É bonita, carismática, está sempre nas manchetes de sites de fofoca e seu engajamento das redes sociais é enorme. A adolescente começou a fazer vídeos quando era criança, e agora um “publi” lucra mais do que ganharia se seguisse uma carreira tradicional. Porém, depois de uma denúncia anônima, seu canal do YouTube fica à berlinda, e ela desaparece da casa dos pais. Esse enredo marca novo livro infantojuvenil de Jacqueline Vargas, roteirista vencedora do Emmy Awards, principal premiação para programas de televisão do mundo.

A arte de cancelar a si mesmo é o retrato dos conflitos de uma juventude que teve a individualidade moldada por números na internet. Aos 15 anos, a famosa mirim já precisa lidar com a ideia de sustentar toda a família, sofre com as dores de ter uma mãe narcisista e, por causa da profissão, não consegue manter amizades próximas. Entretanto, uma decisão muda a vida dela: enquanto todo o Brasil se pergunta o que teria acontecido à jovem, Majô está escondida na casa da vizinha Kauane – adolescente com um perfil completamente diferente da protagonista.

A garota que mora na casa ao lado é introvertida, sarcástica, neurótica e com uma tendência a reclusão social. Porém, quando encontra a influenciadora na edícula do lar, surge uma amizade improvável. A partir disso, as duas revisitam as memórias de infância, compartilham frustrações sobre o futuro, ponderam sobre o peso das redes sociais na vida delas, experienciam primeiros amores e tentam encontrar formas de existir sem se prenderem às amarras do engajamento no mundo virtual.

Nesta obra, a escritora entrelaça pesquisas sobre psicanálise em uma ficção para o público infantojuvenil. Entre as páginas, reflete sobre como a subjetividade dos jovens está conectada às redes sociais, pondera acerca das consequências do excesso de informações no cotidiano e questiona os limites entre o esquecimento e a necessidade de registrar as memórias na internet.

A autora atravessa esses temas em uma narrativa fluida e multimídia: com uma linguagem similar à da juventude contemporânea, utiliza as redes sociais como recurso extra para acrescentar detalhes no enredo. Na história, Majô tem um “dix”, uma espécie de perfil no Instagram para pessoas próximas. Sob o nome @rouxinoulazul, a menina publica poemas e desenhos em aquarela, e esse usuário existe de verdade com os posts que a protagonista teria divulgado.

"A Arte de Cancelar a Si Mesmo" - é o canto do rouxinol azul é o primeiro livro de uma trilogia, que terá as continuações “No Playground de Vênus - O Amor É de Brincadeira” e “Existe Vida Dentro do Meu Quarto - Quando Eu Era Feliz Antes de Ser Feliz”. As obras contarão com os mesmos personagens, mas haverá protagonismos diferentes. “Estamos diante de uma primeira geração exposta desta forma às redes sociais. Como será sua vida madura? Este livro fala de temas que outros até falam, mas não tão a fundo. E é um equívoco achar que o jovem não quer ir a fundo nos seus questionamentos”, afirma a escritora. Compre o livro "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", de Jacqueline Vargas, neste link.


Trecho do livro
“Trabalho”, a palavra voltou como um bumerangue. Tantos anos de trabalho. Quando foi mesmo que ela parou de falar dos animais? Quando foi mesmo que o canal virou um diário da sua vida apimentado com provações diárias de coragem e superação? O que tinha a vida dela de tão interessante assim? Ir para o Twitch a apavorava imensamente. E essa era a última novidade dos pais. Fez o teste e ficou quase dez horas “live”. A possibilidade de repetir a experiência a apavorava. (A arte de cancelar a si mesmo, pg. 125)


Sobre a autora
Jacqueline Vargas é roteirista com 20 anos de experiência. Adaptou as duas primeiras temporadas da série “Sessão de Terapia” e criou mais três temporadas originais. Trabalhou como consultora dramatúrgica de diversos projetos audiovisuais, como “No Mundo da Luna”. Ainda contribuiu para o roteiro de novelas como “Floribella”, “Malhação - Viva a Diferença” e “Terra Prometida”. Assinou os longas-metragens “Querida Mamãe”, “TPM - meu amor”, “Alguém como eu” e “As Polacas”. No mercado literário, lançou “Aquela que Não É Mãe”, “Valentina - A Herdeira da Magia” e agora publica a obra infantojuvenil "A Arte de Cancelar a Si Mesmo". Em paralelo, formou-se em Psicanálise, com foco na abordagem para a adolescência e tem pós-graduação em Filosofia, Psicanálise e Cultura, além de integrar o grupo de analistas “Escutamiga”. Garanta o seu exemplar de "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", escrito por Jacqueline Vargas, neste link.

.: Belchior e luto são assuntos de HQ da Conrad Editora e da Revista O Grito!


Uma parceria entre os selos HQ para Todos e HQ de Fato, da Conrad Editora e Revista O Grito!! respectivamente, o quadrinho traz duas histórias dedicadas ao Jornalismo em Quadrinhos e publicadas originalmente de forma digital no site da revista, que chegam agora em versão impressa: "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem".

A história "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" oferece uma perspectiva diferente sobre o luto. A autora Gabriela Güllich realiza uma reportagem sensível e envolvente sobre diversos aspectos relacionados ao tema, como os rituais de despedida e a arquitetura dos cemitérios, em especial o cemitério da Consolação, abordando a simbologia única para quem infelizmente já teve que passar por esse momento.

Já em "O Novo Sempre Vem", os leitores vão encontrar um novo olhar sobre a relevância e o impacto cultural de Belchior, um dos maiores artistas da música brasileira. A autora, Carol Ito, conta um pouco da trajetória do artista através da perspectiva da filha do cantor, Ali Vannick. Para os fãs da boa música brasileira, Ali Vannick mostra como foi seguir os passos do pai na música para manter viva a poética única criada por ele.

A edição de HQ de Fato, em poucas páginas, contempla duas temáticas distintas de forma bastante detalhada e sensível, combinando o trabalho e o talento de duas autoras e jornalistas brasileiras de destaque. O quadrinho foi lançado pela Conrad em 20 de março e está disponível nas edições física, por apenas R$ 14,90 na Amazon, e digital, de forma gratuita tanto na Amazon quanto no site oficial da Revista O Grito!. Compre os livros "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem", escritos por Gabriela Güllich e Carol Ito , neste link.


Sobre o livro
"O Luto É Um Lugar que Não se Vê" | "O Novo Sempre Vem"
Autoras: Gabriela Güllich e Carolina Ito
Páginas: 32
Preço: R$ 14,90 (versão impressa) / gratuita (versão digital)


Sobre as autoras
Gabriela Güllich
é jornalista, quadrinista e os dois ao mesmo tempo. Atua nas áreas de direitos humanos e meio ambiente, com foco nas dinâmicas do jornalismo visual. Venceu o Troféu HQMix com São Francisco, HQ-reportagem publicada no formato digital pela Conrad Editora. É autora da coluna Entre Quadros, projeto de entrevistas ilustradas no site Mina de HQ. Suas colaborações incluem Revista O Grito!, SOLRAD Mag, Latinográficas, ((o))eco e Embaixada da França no Brasil.

Carol Ito é jornalista, quadrinista e ilustradora que ama contar histórias usando narrativas gráficas. Trabalha com HQs desde 2014 e é especialista em jornalismo em quadrinhos, colaborando com veículos como Revista Piauí, Agência Pública, Revista Trip, Revista Morel, entre outras, com destaque para temas envolvendo direitos humanos e direitos das mulheres. Ela também entrou na lista da Forbes under 30 de 2022 e ganhou o prêmio Vladimir Herzog. Garanta o seu exemplar de "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem", escritos por Gabriela Güllich e Carol Ito , neste link.

.: Cartilha "O Caminho a Seguir" mostra como interagir corretamente


Livro essencial para compreender as possibilidades de inclusão em empresas e escolas e como lidar com uma PCD, "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", coordenado por Eliana Aparecida Conquista, e publicado pela editora O Artífice, preenche uma lacuna no campo editorial e nas relações sociais ao explicitar a terminologia mais assertiva ao se referir a uma Pessoa com Deficiência (PCD), os diversos tipos existentes, suas causas, bem como dicas de recursos facilitadores para quem possui algum tipo de deficiência, física, auditiva, intelectual ou visual.

A chamada "deficiência" está mais do que presente e deve ser olhada de frente e não de lado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de um bilhão de pessoas com diferentes deficiências no planeta! No Brasil, são 18,6 milhões de pessoas, o que representa quase 8,9% da população total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE, 2022).

Por isso, Eliana Aparecida Conquista trata do tema com ciência e consciência. Ciência dos dados e consciência, pois tem uma luxação congênita (desencaixe da cabeça do fêmur com o quadril) e é uma Pessoa com Deficiência (PCD) física, integrando as estatísticas e conhecendo todas as dificuldades que podem existir.

Esta cartilha traz a integração de PCDs na escola e nas empresas, com ênfase em temas como acessibilidade, cotas, estatuto e dicas de interação, inclusive com crianças, uma quebra de paradigmas para rachar o preconceito existente. Nela, você pode aprender sobre possíveis "micos". Pessoa com Deficiência (PCD) é a mais atualizada terminologia. E há um porquê. Já ouviu a utilização de diversos termos, né? Especiais, mas não somos todos especiais de algum modo? Ou excepcional: a mesma explicação anterior é válida.

Pessoa com necessidades especiais: todo indivíduo tem alguma especificidade: precisa de sapatos de determinado tipo ou evita algum alimento devido a reações alérgicas ou intolerância. E deficiente? Nem todos possuem as mesmas habilidades e é deficiente em alguma área; acerta em humanas, mas erra na matemática, por exemplo, e não se pode definir quem tem alguma deficiência como deficiente em sua totalidade.

E pessoa "portadora" de deficiência? Bem, quando portamos algo, podemos deixar de portá-lo, uma carteira que se deixa em casa, um passaporte, mas as PCDs não podem tirar sua deficiência. Por isso, quando se fala 'Pessoa com Deficiência', coloca-se a pessoa antes da deficiência e se define que essa é apenas uma das suas características e não toda ela.

Essa clareza de propósitos, conceitos e dicas é o que você encontrará neste livro, essencial para trabalhar a inclusão, dirimir dúvidas, superar preconceitos e construir um mundo diverso e com equidade. Leia e indique! Compre o livro "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", escrito por Eliana Aparecida Conquista, neste link.


Sobre o livro
"O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência". Eliana Aparecida Conquista. Com o apoio e pesquisa de Ana Paula Aquilino, Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado, Flávia Aquilino Marcondes Cezar. Ilustração: Raquel Boari. Gênero: educação inclusiva; desenvolvimento pessoal. Formato: 18x25 cm, colorido, 70 pág., ISBN 978-65-87788-06-7. São Paulo: editora O Artífice, 2023. R$ 50,00. Palavras-chave: pessoa com deficiência; acessibilidade; inclusão social; educação inclusiva.


Sobre a autora
Eliana Aparecida Conquista, coordenadora da cartilha, é psicóloga clínica, da linha Junguiana, especialista no Teste de Rorschach e Grafologia; graduada em Letras. É autora do livro autobiográfico Escolhi Ser Feliz. Palestrante, integra projetos voltados às Mães de Filhos com Deficiência, O Caminho a Seguir, sobre inclusão de PCDs em empresas, instituições e escolas, e grupos de adolescentes e idosos. O livro conta com a coautoria de Ana Paula Aquilino, Maria do Carmo B. A. Tirado e Flávia Aquilino, da Conquistah Consultoria Psicológica. Garanta o seu exemplar de "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", escrito por Eliana Aparecida Conquista, neste link.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

.: Global Editora lança edição especial de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos


Certa vez, Graciliano Ramos disse que uma de suas missões pessoais era registrar, através da ficção, a intensidade trágica do cotidiano de retirantes do início do século XX que buscavam esperança longe da seca nordestina. Tarefa magistralmente executada com o livro "Vidas Secas". Construída pela escrita precisa e penetrante do autor, a narrativa é permeada pelo desamparo e pela desesperança. Um enredo impac­tante, uma história de coragem, de encontros, de saberes e de dissabores de seres humanos e animais que persistem à procura de seu lugar no mundo.

Peça fundamental da literatura nacional, "Vidas Secas" é um retrato em várias dimensões do Brasil a partir do relato da história de uma família sertaneja. O casal Fabiano e Sinha Vitória, seus dois filhos, “o menino mais novo” e “o menino mais velho”, e a cachorra Baleia tentam fugir de uma situação de extrema pobreza e carência. Cada personagem é a encarnação de tantas e tantas pessoas que sofrem com as desigualdades e dramas de nosso país. A edição especial da Global Editora, a Casa da Literatura Brasileira, empresta nossa tradição de cuidado com texto, pesquisa, revisão de acervo e materiais e tratamento gráfico a esta obra singular.

Para fazer jus a tamanha relevância, o volume conta com posfácio de Alfredo Bosi, um dos maiores críticos literários brasileiros; fac-símiles (reproduções coloridas) de manuscritos originais coletados no acervo do autor no Instituto de Estudos Brasileiros da USP (IEB-USP); e, um texto apresentando a cronologia da vida de Graciliano Ramos. Compre o livro "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, neste link.


Sobre o autor
Graciliano Ramos (1892-1953) tornou-se um dos mais renomados escritores brasileiros do século XX. Nascido em Alagoas, destacou-se por sua prosa seca e realista. Além de escritor, foi prefeito de Palmeira dos Índios e teve uma trajetória política marcada pelo engajamento social. Sua contribuição à literatura brasileira continua a influenciar gerações de novos escritores e a formar mais e mais leitores. Garanta o seu exemplar de "Vidas Secas", escrito por Graciliano Ramos, neste link.

terça-feira, 30 de abril de 2024

.: História de amor de Marielle Franco e Monica Benicio contada por quem viveu


A história do amor de Marielle Franco e Monica Benicio é contada pela primeira vez pela viúva da vereadora que se tornou sinônimo de resistência política no livro "Marielle e Monica: uma História de Amor e Luta", lançado pela editora Rosa dos Tempos. Em 2004, quando Monica Benício topou passar o carnaval com as amigas numa praia em Saquarema, mal sabia ela que sua vida mudaria para sempre. Nessa viagem, outra convidada, até então desconhecida, roubaria sua atenção de forma arrebatadora. “Eu precisei levantar bem a cabeça e erguer meu pescoço para que meus olhos pudessem finalmente enxergar o rosto dela”, conta Monica. “Era uma mulher alta, linda, com sorriso largo e um brilho no olhar que parecia um farol. Tinha luz própria”.

Diante dela, surgiu uma jovem chamada Marielle, de apenas 24 anos, que seria sua companheira inseparável – não apenas daquele carnaval, mas da vida. Marielle e Monica logo se tornaram melhores amigas. E, dessa amizade, aos poucos, um amor genuíno foi ganhando espaço até o ponto em que tomou conta de tudo. Elas se apaixonaram perdidamente e deram início a um namoro às escondidas. No entanto, o jovem casal muito em breve se veria em maus lençóis.

Com dificuldades para afirmar a relação com Monica, Marielle tinha inseguranças que a afastaram da amada.A partir daí, deu-se uma sucessão de idas e vindas, que contaram com muitos períodos de afastamento e de reaproximação, ao longo de 14 anos de uma conexão intensa. Acontecesse o que acontecesse, elas se mantinham por perto, mesmo quando estavam vivendo outras relações. Até que, enfim, se acertaram. Monica estava ao lado de Marielle quando ela definiu que entraria para a política – decisão que mudaria não apenas a vida delas mas também marcaria definitivamente a história do Brasil.Pela primeira vez, Monica Benicio conta a história de amor que fez sua vida se entrelaçar com a de Marielle Franco.

Desde um quartinho na favela da Maré, que serviu de abrigo para encontros, até o gabinete 903 na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, onde Marielle Franco trabalhou, esta é uma história de amor emocionante e surpreendente, cheia de reviravoltas e fatos inusitados, que faz jus a qualquer novela de grande sucesso de público e crítica. Um amor tão profundo e bonito que, agora, conquistará leitores e leitoras pelos quatro cantos do mundo. Compre o livro "Marielle e Monica: uma História de Amor e Luta", de Monica Benicio, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Nestas linhas, regida por uma coragem absoluta, Monica fala do seu desejo de morrer e do impacto arrasador do alcoolismo em seu processo de luto. Lutar por justiça por Marielle também foi lutar por sua sobrevivência. Ao concluir este livro, seis anos depois de sua perda dilacerante, Monica Benicio revela um feito enorme: sua pulsão e desejo da própria vida..” – Fernanda Chaves, jornalista, amiga do casal e sobrevivente do atentado que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes

“Monica teve que lutar fortemente, até pelo direito à sua viuvez. Tanto quanto lutou para viver seu grande amor. Pelo simples fato de serem duas mulheres. ‘A luta mudou nossa vida para sempre, mas também nos fez perder o medo de lutar.’ Este livro tem uma enorme importância também porque nos deixa conhecer e acarinhar esses fatos, esse amor inspirador, que se desdobrou em tantas lutas e nos deu uma aliada na vida como Monica Benicio.” – Zélia Duncan, cantora e ativista pela comunidade LGBTQIAPN+

“Um amor bonito de se ver. De se embebedar. De se compartilhar. Mari me apresentou Monica na Maré, e logo de cara me embebedei com pé sujo na cama delas. Monica ficou braba, e ali compartilhamos um amor que nunca teve fim. Ali eu conheci outra Marielle: mais intensa, mais linda, mais inteira. Um amor bonito de se ver..”  Talíria Petrone, deputada federal e amiga do casal Marielle e Monica

“Sabe um amor que vem tão forte, que contagia todo mundo em volta? […] Agora, com este livro, essa história fica registrada para sempre – o tempo de duração desse amor..”  Juliana Farias, antropóloga, lésbica e amiga do casal Marielle e Monica desde 2008

.: "Um Dia na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, continua o sucesso


O escritor Satoshi Yagisawa retoma o palco e os personagens de "Meus Dias na Livraria Morisaki" para construir mais uma história que reflete sobre o poder da literatura como cura para relações difíceis e momentos angustiantes. "Um Dia na Livraria Morisaki" é a continuação do livro de sucesso que se passa em Jinbôchô, charmoso bairro de livrarias de Tóquio, um paraíso para os leitores. Um canto tranquilo a poucos passos dos grandes edifícios modernos, com vitrines cheias de livros, novos ou usados.

Entre elas está a livraria Morisaki, um estabelecimento intimista e especial. Um negócio familiar gerido por Satoru, que recentemente passou a contar com a ajuda de sua mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai administrar a livraria enquanto os tios viajam para celebrar o aniversário de casamento.

Takako instala-se mais uma vez no andar de cima da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico. Dessa vez, ela conta com novos amigos e novos rituais para compor a sua vida. Ela está entusiasmada, como fazia muito tempo não se sentia, mas… por que tio Satoru vem agindo de forma tão estranha? Com o passar do tempo, Satoru e Takako devem enfrentar a difícil escolha de manter a livraria aberta ou fechar as portas para sempre. Essa decisão os levará a uma jornada de volta às raízes da família e os lembrará do poder que uma livraria pode ter para a existência de um indivíduo, de um bairro e de toda uma cultura.

Satoshi Yagisawa constrói um cenário emocionante sobre como o amor compartilhado pelos livros reforça as relações cotidianas e sobre o ciclo da vida, no qual as pessoas partem e voltam, apaixonam-se e se desiludem, e eventualmente nos deixam para sempre. Compre o livro "Uma Noite na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Yagisawa sabe exatamente o que fazer para levantar o astral do leitor.” - Publishers Weekly


Sobre o autor
Satoshi Yagisawa nasceu em Chiba, no Japão, em 1977, e vive em Tóquio. "Uma Noite na Livraria Morisaki" é a sequência de "Meus Dias na Livraria Morisaki", seu romance de estreia, também publicado pela Bertrand Brasil, ganhou o Prêmio de Literatura Chiyoda. Além disso, se tornou um best-seller mundial, ganhou uma adaptação para filme e já foi publicado em mais de 20 países.


Leia também
Em "Meus Dias na Livraria Morisaki", uma jovem de 25 anos leva uma vida relativamente tranquila em Tóquio até que o namorado, com quem ela também trabalha, anuncia que vai se casar com outra pessoa. Ela resolve sair do emprego e entra em uma profunda depressão, até que recebe uma ligação do tio que não via havia muitos anos, convidando-a a morar em um quartinho no segundo andar da livraria que está na família há três gerações. Compre o livro "Meus Dias na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, neste link.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

.: "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira: a estreia mais empolgante da literatura


Ao retratar um relacionamento marcado sobretudo pela violência psicológica, Jeovanna Vieira apresenta no livro "Virgínia Mordida", lançado pela Companhia das Letras, uma das estreias mais empolgantes da ficção brasileira. A capa é de Alceu Chiesorin Nunes e Omar Salomão. No romance, Virgínia é uma carioca convicta radicada em São Paulo, que trabalha como advogada de dia e desfruta da cidade à noite. Certa vez, no Aparelha Luzia, encontra Henrí, um ator argentino que ela conhecia de vista, com quem tem uma conexão imediata.

É apenas questão de tempo até que aquele relacionamento tão intenso ganhe contornos nocivos, acentuados por diferenças culturais, de gênero e de raça. E, enquanto os flashbacks mostram a história dos dois, uma celebração no Bosque da Saúde vira o palco de uma série de eventos que colocará o namoro deles inteiro em perspectiva.

Narrado com capítulos curtos em um ritmo vertiginoso, Jeovanna Vieira constrói uma obra de estreia aterradora, que explora a complexidade humana em todas as suas formas: nossas fragilidades e nossos defeitos, a capacidade que temos de infligir dor em nome do amor e, sobretudo, o poder de sermos resgatados, mesmo quando nos falta coragem. Compre o livro "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira, neste link.


O que disseram sobre o livro
"Um romance que assombra pela descrição do horror do real. Um livro clínico aceso às discussões contemporâneas, que vão desde questões de raça a violências de um relacionamento abusivo. Jeovanna Vieira escreveu uma narrativa que flerta com a dramaturgia. Um livro de pausas, li querendo desler, desviver, ao mesmo tempo que fui seguindo página a página de modo compulsivo. 'Virgínia Mordida' é uma urgência, um alerta, um ebó." - Luciany Aparecida

"Relacionamento tóxico e violento é antigo demais para ser um acaso. Virgínia sabe e não se furta em amar quem a fisga. Mas há uma missão e ela é ancestral: 'firmar a minha geração e criar nódoa na memória dos galhos'. Romance galopante, sem rodeios. Nu, cru, imperdível." - Andréa del Fuego

Sobre a autora
Jeovanna Vieira nasceu em 1985, em Vila Velha, no Espírito Santo. Formada em jornalismo, é autora do livro de poemas "Deserto Sozinha" (Pedregulho, 2023). "Virgínia Mordida" é o romance de estreia da autora. A primeira versão da obra foi finalista do Prêmio Kindle de Literatura. Garanta o seu exemplar de "Virgínia Mordida", escrito por Jeovanna Vieira, neste link.

.: A nova edição de "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco


O que é o texto de ficção? Em que medida ele difere da verdade histórica? O que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias? Estas e outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, de forma acessível e bem-humorada, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na Universidade Harvard. Os textos estão reunidos no livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", que ganhou nova edição pela Companhia das Letras. A tradução é de Hildegard Feist.

De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade. Compre o livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco, neste link.


Sobre o autor

Autor de diversos livros, entre eles "O Nome da Rosa", clássico da literatura universal, Umberto Eco foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. Foi titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha. Garanta o seu exemplar de "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", escrito por Umberto Eco, neste link.

domingo, 28 de abril de 2024

.: "Cine Subaé" traça um retrato de Caetano pela ótica da sétima arte


Está em pré-venda o novo livro de Caetano Veloso, "Cine Subaé – Escritos sobre Cinema (1960 –2023)". Organizado por Claudio Leal e Rodrigo Sombra, a obra reúne críticas da década de 1960, publicadas no santamarense Archote e em periódicos da capital baiana, onde Caetano atuou na juventude como crítico e sonhava em dedicar sua vida à direção de filmes.

O livro chega às livrarias em 28 de maio e é um precioso testemunho que atesta o impacto que o Cinema Novo, as películas exuberantes norte-americanas, o neorrealismo italiano e o existencialismo das fitas francesas tiveram sobre a formação cultural de Caetano Veloso. A orelha do livro é assinada pelo cineasta Orlando Senna, editor de algumas das primeiras críticas publicadas pelo artista na imprensa baiana.

“Caetano participava de todas as interfaces da festa baiana como músico e como crítico, como autor de canções para filmes e trilhas sonoras. Como crítico cinematográfico também e, naturalmente, como ativista político, com direito a exílio no exterior, lutando e compondo pérolas do nosso cancioneiro moderno”, afirma o cineasta Orlando Senna. O livro é uma reunião de críticas e depoimentos sobre os filmes que marcaram a trajetória de uma das principais vozes da nossa cultura. Compre o livro "Cine Subaé – Escritos sobre Cinema (1960 –2023)", de Caetano Veloso, neste link.


Um retrato de Caetano pela ótica da sétima arte
Nome central da música e da poesia brasileira, Caetano Veloso atuou na juventude como crítico e sonhava em dedicar sua vida à direção de filmes. Sua adolescência foi moldada pelas programações do Cine Teatro Subaé, em Santo Amaro, e das salas de Salvador. Mesmo depois de seguir a carreira de músico, os filmes continuaram a ter papel decisivo em seu estilo de compor canções e conceber visualmente os shows.

Este volume, que chega em 28 de maio às livrarias, reúne críticas da década de 1960, publicadas no santamarense Archote e em periódicos da capital baiana ― muitas delas inéditas em livro ―, além de colunas de jornais, entrevistas, depoimentos e comentários que revelam as predileções, as reflexões, as criações de trilhas e o vasto repertório cinematográfico do compositor.

O livro é um precioso testemunho que atesta o impacto que o Cinema Novo, as películas exuberantes norte-americanas, o neorrealismo italiano e o existencialismo das fitas francesas tiveram sobre a formação cultural de Caetano Veloso. Com 64 textos – destes, 46 inéditos em coletâneas de Caetano –, 12 entrevistas e 76 fragmentos de opiniões sobre filmes e diretores, Cine Subaé contribui tanto para a história do cinema brasileiro como para a revisão do impacto múltiplo do movimento tropicalista sobre a cultura do país. O livro traz ainda três argumentos inéditos de filmes jamais realizados pelo compositor, que dirigiu dois videoclipes e um só longa, "O Cinema Falado" (1986).

Caetano escreveu uma introdução inédita para o volume. Ao longo de mais de seis décadas, seus textos discutiram os trabalhos de Anna Karina, Carmen Miranda, Federico Fellini, Giulietta Masina, Glauber Rocha, Helena Ignez, Jean-Luc Godard, Julio Bressane, Kléber Mendonça Filho, Pedro Almodóvar, Rogério Sganzerla e Woody Allen, entre outros nomes marcantes do cinema nacional e internacional. Cine Subaé é também uma ode à experiência de ver filmes em grandes salas de rua. Garanta o seu exemplar de "Cine Subaé – Escritos sobre Cinema (1960 –2023)", escrito por Caetano Veloso, neste link.

Trecho do livro
“O Cinema Santo Amaro ficava na praça da Purificação, bem perto da igreja de Nossa Senhora. Até a minha adolescência, esse era o único cinema da cidade. (...) As imagens movendo-se na tela me apaixonavam tanto quanto ou mais do que as ruas vistas da bicicleta, voando sobre paralelepípedos, beirando o rio Subaé. Eu queria ir todas as noites ao cinema. O som de gongo que precedia o apagar das luzes era sagrado.”


Sobre o autor
Caetano Veloso
nasceu no dia 7 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. É autor de "Verdade Tropical" (Companhia das Letras, 1997, reeditado em 2017), "Letra Só" (2003), "O Mundo Não É Chato" (2005) e "Letras" (2022), os três últimos organizados por Eucanaã Ferraz para a Companhia das Letras. Um dos líderes do movimento tropicalista, na década de 1960, Caetano Veloso dirigiu o filme "O Cinema Falado" (1986), atuou em longas de Julio Bressane e Pedro Almodóvar e compôs trilhas musicais para "São Bernardo" (1972), de Leon Hirszman, e "Tieta do Agreste" (1996), de Cacá Diegues, entre outros.

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