segunda-feira, 10 de agosto de 2020

.: Entrevista: Gustavo Falcão fala sobre a lealdade de um assessor "imperfeito"

Ator Gustavo Falcão comenta sobre seu personagem e celebra reexibição de "Cine Holliúdy". Foto: Globo/Marcos Rosa

Um tanto quanto atrapalhado, mas leal, acima de tudo. Seu Jujuba é aquele assessor que faz de tudo. Tem uma índole honesta e vive questionando a ética na política, para irritação do seu patrão, o prefeito Olegário (Matheus Nachtergaele). Sua aspiração de vida é se tornar amigo íntimo de Olegário e, em busca da aprovação dele, consegue transformar qualquer incumbência em uma possível catástrofe. O ator Gustavo Falcão se recorda com carinho do personagem, comemora a reexibição da série e afirma que "Cine Holliúdy" mostra um Brasil plural, rico, colorido e diverso. Confira a entrevista com o ator a seguir.

Que boas lembranças você guarda da fase de gravações de "Cine Holliúdy"?
Gustavo Falcão -
"Cine Holliúdy" foi uma jornada repleta de alegrias. Inúmeros momentos foram marcantes; posso citar o encontro com algumas das participações "mais que especiais", como com Ney Latorraca e seu conde Vlad, "herói" de minha infância. Foi muito especial o processo de preparação que tivemos, quando o elenco principal ser reuniu e no qual começamos, juntos, a construir a paleta de cores com as quais pintaríamos nossos personagens e as cenas. Fico muito feliz que, em um momento difícil como este para o mundo e, em especial, para o Brasil, a série seja reexibida. Além de estarmos lidando com a Covid-19, estamos vivendo uma fase política que deixa nosso olhar sobre a realidade ainda mais desgastado. A série pode ser uma lufada de humor e de amor, também porque mostra um Brasil plural, rico, colorido, diverso.

Conte um pouco sobre seu personagem, por favor.
Gustavo Falcão - O Seu Jujuba é um "clown", uma espécie de palhaço “escada” na dupla que ele acaba por formar com o Olegário (Matheus Nachtergaele). É o "assessor imperfeito”, um personagem de torpeza ingênua, extremamente leal e subserviente ao poder - manifestado na figura do prefeito. É gracioso, ardiloso, desastrado. Um personagem delicioso de ser interpretado.

Como você avalia a importância da arte nesta fase de quarentena?
Gustavo Falcão - A arte tira o véu do que a gente chama de realidade, e mostra outra realidade (ou outras realidades) por debaixo, mais profunda que o real. A gente está vivendo algo impensável. Então, de alguma forma, a arte nos ajuda a organizar nossos sentimentos e nosso olhar para o mundo, porque ela atua diretamente na subjetividade e no nosso inconsciente, que é o que fica mais abalado em momentos assim, de desestrutura. A arte, portanto, é importante desde sempre, pelas mesmas razões. O que acontece é que, neste tempo de quarentena, essa importância fica mais evidenciada.

Como está sendo a sua quarentena, o que você tem feito? Acha que esse momento pelo qual estamos todos passando mudou seu olhar sobre a vida?
Gustavo Falcão - São diversas descobertas ou reflexões que a pandemia e a quarentena trazem. Estou entendendo que é possível e é preciso viver diferente. Que precisamos todos cuidar de todos, como sociedade, como humanidade. Que podemos e devemos fazer escolhas melhores, que nossas escolhas, das menores às maiores, tem uma repercussão poderosa em nossa vida e em nosso entorno. Que podemos amar mais, e melhor. Que algumas pautas precisam ser urgentes. E a principal delas é garantir que qualquer grupo - ou até mesmo que qualquer pessoa que tenha sua existência ameaçada - tenha seus direitos à vida, à igualdade, ao amor e ao sonho. Isso tem que se tornar a prioridade de cada um e de todos.

Sobre o sexto episódio de "Cine Holliúdy"
Enquanto o povo de Pitombas se emociona na praça com as histórias da novela, Francisgleydisson (Edmilson Filho) lamenta ver o Cine Holliúdy vazio. Dessa vez, nem Marylin (Letícia Colin) aparece para prestigiar a sessão, o que deixa o cinemista magoado. No entanto, a chegada inesperada de Miguel (Miguel Falabella, em participação especial), pai da mocinha, comove Francis, que decide ajudá-lo a retomar os laços com sua filha.

Com a história de que está doente e deseja se despedir de Marylin, de quem se distanciou no passado, Miguel é acolhido por Francis no Cine Holliúdy. O que o cinemista não sabe é que está se metendo em confusão: Maria do Socorro (Heloísa Perissé), ex-mulher de Miguel, não quer vê-lo nem pintado de ouro. Mas Francis convence Marylin a se encontrar com o pai. Sensibilizada, a mocinha decide abrigar o pai na casa de Olegário para cuidar pessoalmente de sua saúde.

No Centro de Pitombas, a chegada do misterioso Tony (Charles Paraventi, em participação especial), deixa Francis, Munízio (Haroldo Guimarães), Seu Lindoso (Carri Costa) e Dona Belinha (Solange Teixeira) intrigados. A novidade faz Miguel ficar em alerta, já que ele vai ter que acertar suas contas com o passado.

As sequências fazem parte do sexto episódio de "Cine Holliúdy", que vai ao ar na próxima terça-feira, dia 11, após "Fina Estampa". A série de Marcio Wilson e Claudio Paiva tem direção artística de Patricia Pedrosa e direção de Halder Gomes e Renata Porto D’Ave. A série está disponível na íntegra para os assinantes do Globoplay.

.: Dia 10 de agosto é aniversário de Peter Parker e várias comemorações

Sony Pictures HE celebra o aniversário do Teioso da melhor forma, com promoções nas plataformas digitais para aluguel e compra e parceria com licenciados. #FelizAniversarioTeioso

Vem aí a celebração do aniversário do Peter Parker, o alter ego do Homem-Aranha, super-herói que nasceu nos quadrinhos pelas mãos geniais de Stan Lee e ganhou o mundo em super produções cinematográficas, tornando-se um dos heróis mais amados de todos os tempos.  A data de aniversário, dia 10 de agosto, foi revelada ao mundo em “Homem-Aranha: Longe de Casa” na cena em que Peter Parker mostra seu passaporte no aeroporto para embarcar com seus amigos para Europa.

A Sony Pictures Home Entertainment celebra o aniversário do Teioso, como é carinhosamente chamado pelos fãs, junto com os licenciados Hasbro e PlayStation, numa parceria que irá envolver fãs e influenciadores do Aranha

Haverá também as promoções nas plataformas digitais para aluguel e compra de todos os filmes da franquia, que estarão disponíveis conforme a lista abaixo: os clientes das plataformas NOW e Vivo Play terão 50% de desconto no aluguel de todos os títulos Homem-Aranha disponíveis na plataforma! Além disso, a AppleTV vai dar desconto em todos os filmes de Homem-Aranha, incluindo Venom, e cada um sairá por apenas R$ 9,90 a venda, ou seja, você compra e tem o filme para sempre com você. Lembrando que, o Google Play também está oferecendo a franquia entre seu acervo de filmes!

Homem-Aranha a franquia completa

"Homem-Aranha" ("Spider-Man", 2002). Direção: Sam Raimi. Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Willem Dafoe, James Franco e Rosemary Harris

"Homem-Aranha 2" ("Spider-Man 2", 2004). Direção: Sam Raimi. Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Alfred Molina, James Franco e Rosemary Harris

"Homem-Aranha 3" ("Spider-Man 3", 2007). Direção: Sam Raimi. Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Thomas Haden Church, James Franco e Rosemary Harris

"O Espetacular Homem-Aranha" (The Amazing Spider-Man", 2012). Direção: Marc Webb. Com Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Martin Sheen e Sally Field

"O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro" ("The Amazing Spider-Man 2", 2014). Direção: Marc Webb. Com Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Dane DeHaan, Sally Field e Paul Giamatti

"Homem-Aranha: De Volta ao Lar" ("Spider-Man: Homecoming", 2017). Direção: Jon Watts. Com Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr., Marisa Tomei, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Zendaya e Jacob Batalon 

"Homem-Aranha no Aranhaverso "(Spider-Man: Into the Spider-Verse", 2018). Direção: Bob Persichetti. Vozes de Shameik Moore, Jake Johnson, Hailee Steinfeld, Mahershala Ali e Nicholas Cage 

"Homem-Aranha: Longe de Casa" ("Spider-Man: Far From Home", 2019). Direção: Jon Watts. Com Tom Holland, Samuel L. Jackson, Jake Gyllenhaal, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya e Jacob Batalon 

Sobre Hasbro:
Hasbro (NASDAQ: HAS) é uma empresa global comprometida em Criar as melhores experiências de entretenimento do mundo. De brinquedos e jogos até produtos de consumo para televisão, filmes, jogos digitais, live actions, música e experiências de realidade virtual, a Hasbro se conecta a uma audiência global dando vida a grandes inovações, histórias e marcas em diversas plataformas. As marcas icônicas da Hasbro incluem Nerf, Magic: The Gathering, My Little Pony, Transformers, Play-Doh, Monopoly, Baby Alive, Power Rangers, Peppa Pig e PJ Masks, bem como as principais marcas parceiras. Por meio de seu estúdio de entretenimento global, a eOne, a Hasbro está construindo suas marcas globalmente com grandes histórias e conteúdo em todas as telas. 

A Hasbro está empenhada em tornar o mundo um lugar melhor para as crianças e suas famílias por meio da responsabilidade social corporativa e da filantropia. A Hasbro foi colocada entre os “100 Best Corporate Citizens”, pela 3BL Media e foi nomeada uma das Empresas Mais Éticas do Mundo pelo Instituto Ethisphere nos últimos nove anos. Compartilhamos rotineiramente importantes atualizações de negócios e marcas em nosso site de Relações com Investidores, na nossa Newsroom e nos nas redes sociais Twitter e Instagram (@Hasbro – em inglês).

Vídeo de Aniversário:

.: Marcelo Rubens Paiva está no #Provoca desta terça-feira

Na entrevista, Tas comenta um episódio de 2014, no qual o busto em homenagem a Rubens Paiva, ex-deputado e pai de Marcelo, foi atingido por um cuspe. Foto: Nathalie Bohm

Nesta terça-feira, da 11, o "#Provoca em Casa" entrevista o escritor, dramaturgo, roteirista e jornalista Marcelo Rubens Paiva. Com apresentação de Marcelo Tas, o programa vai ao ar a partir das 22h15, na TV Cultura e no canal oficial do "#Provoca" no YouTube.

Marcelo lançou seu primeiro livro, "Feliz Ano Velho", em 1982. De lá para cá, teve publicados, entre outras obras, os romances "Blecaute" e "Malu de Bicicleta". Em 2015, lançou sua segunda autobiografia, sob o título "Ainda Estou Aqui", na qual foca especialmente na importância de sua mãe, Eunice, em sua vida. 

Na entrevista, Tas comenta um episódio de 2014, no qual o busto em homenagem a Rubens Paiva, ex-deputado e pai de Marcelo, foi atingido por um cuspe. O político, que era muito engajado na luta contra a ditadura, está desaparecido desde 1971, quando foi preso por militares no auge da repressão. Segundo o escritor, o homem que cuspiu na estátua de seu pai após chamá-lo de “comunista” foi Jair Bolsonaro, acompanhado de seus filhos.

Paiva também comenta o acidente que o deixou tetraplégico aos 20 anos de idade, e não concorda quando associam sua imagem a um exemplo de superação. “Eu lembro de quando eu fiz o roteiro da abertura paralímpica, com o Vik Muniz e o Fred Gelli. [...] na quarta vez que eu ouvi ‘Ah, a superação… Porque a superação…’ eu falei: Gente, vamos fazer o seguinte. Cara, desculpe, eu não superei p**** nenhuma. Se eu pudesse voltar um minuto antes do meu acidente, eu voltava. Não é superação, é a vida”.



.: Grátis: Regina Braga interpreta poeta Elizabeth Bishop em live teatral

No espetáculo, Regina interpreta a aventura de uma mulher frágil e solitária diante de um país estranho e de seus demônios internos. Foto: divulgação

Dentro de apresentações teatrais das lives #EmCasaComSesc, nesta quarta-feira, dia 12, às 21h30, a atriz Regina Braga parte da sua experiência na peça "Um Porto para Elizabeth Bishop", para contar sobre o período em que a poeta norte-americana viveu no Brasil. A peça pode ser assistida no YouTube do Sesc São Paulo youtube.com/sescsp -  e no Instagram do Sesc Ao Vivo - @sescaovivo

No espetáculo, Regina interpreta a aventura de uma mulher frágil e solitária diante de um país estranho e de seus demônios internos. As cenas servem de ilustração para o relato da atriz sobre a personagem e sobre seu trabalho na peça, escrita especialmente para ela por Marta Góes. A direção de arte de Paulo Camacho ajuda a sublinhar as diferentes atmosferas do relato e do drama. "Um Porto para Elizabeth Bishop" estreou em 2001, no Festival Internacional de Teatro de Curitiba, com Regina Braga, direção de José Possi Neto e cenário de Jean-Pierre Tortil. Elizabeth Bishop é autora homenageada desta edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), adiada devido à pandemia. O ciclo de palestras em torno da autora homenageada, no entanto, acontece online a partir de 10 de agosto, em parceria entre o Sesc e a Flip.

O mito grego de Sísifo é a inspiração do ator, apresentador e humorista Gregório Duvivier, no monólogo de sexta-feira, dia 14. Em tempos de isolamento, mesmo os personagens míticos são obrigados a cumprir seu expediente em regime de home office. "(A Montanha Vai a) Sísifo" é um remix atualizado do espetáculo escrito por Gregório Duvivier e Vinicius Calderoni, interpretado pelo primeiro e dirigido pelo segundo. Uma ressignificação contemporânea do mito - na mitologia grega, o personagem é condenado a repetir eternamente a tarefa de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, sendo que, toda vez que está quase alcançando o topo, a pedra rola novamente montanha abaixo até o ponto de partida, por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. O texto, que conecta a mitologia ao caótico mundo hiperconectado e ao Brasil dos memes, é indicado para maiores de 16 anos .

No domingo, dia 16, a Cia. Mungunzá apresenta o primeiro episódio de seu "Poema em Queda-Live", uma narrativa digital inspirada no argumento do espetáculo "Poema Suspenso para Uma Cidade em Queda". A fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo moderno foi originalmente levada ao palco pela companhia em 2015 e é agora recriada em ambiente virtual. Intitulado "A Roteirista da Sua Vida e o Homem que Morava Dentro do Sofá", o primeiro episódio será apresentado no #EmCasaComSesc, com transmissão no YouTube do Sesc São Paulo e na página do Sesc Ao Vivo no Instagram, com apresentações também nos dias 18 e 20 de agosto no canal do Sesc Bom Retiro no YouTube. O segundo e terceiro episódios serão apresentados a partir de setembro pelas redes sociais da própria companhia.

Com direção de Luiz Fernando Marques, do Grupo XIX de Teatro, e dramaturgia de Verônica Gentilin, que integra o elenco criador ao lado de Leonardo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Pedro Augusto, Sandra Modesto e Virginia Iglesias, "Poema Em Queda-Live" sintetiza a perspectiva de seis personagens fabulares sobre a queda de um corpo e mescla à perspectiva subjetiva dos atores sobre o momento de suspensão atual. O videoartista Flavio Barollo se une ao elenco e direção utilizando diversas tecnologias existentes, como softwares de live streaming, vídeo mapping, manipulação ao vivo de imagens, para combinar a essência do teatro a diversas formas de artes digitais.

Agenda de 10 a 16 de agosto, às 21h30
12/8, quarta: Regina Braga em "Um Porto para Elizabeth Bishop"
14/8, sexta: Gregório Duvivier em "(A Montanha Vai a) Sísifo"
16/8, domingo: Cia Mungunzá, em "Poema em Queda-Live - Episódio 1"



.: Grátis: Chico Mendes apresenta show repleto de clássicos do samba

Com 50 anos de carreira, Chico Mendes iniciou sua trajetória no Rio de Janeiro em 1968, com o Samodesto Trio. Foto: divulgação

Dentro da programação do #EmCasaComSesc, nesta terça-feira, dia 11, às 19h, o cantor soteropolitano Chico Mendes apresenta um show com repertório de clássicos do samba e composições autorais, acompanhado dos músicos Gabriel Deodato (violão 7 cordas) e Cleiton Fernando (percussão). O Sesc São Paulo vem promovendo uma série de shows diários com transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp

Com 50 anos de carreira, Chico Mendes iniciou sua trajetória no Rio de Janeiro em 1968, com o Samodesto Trio. No final dos anos 1970, entrou para o grupo Os Cantores de Ébano, que se notabilizou com a música "Leva Eu Saudade". Na quarta-feira, dia 12, é dia de Áurea Martins, acompanhada pelo violão de Lucas Porto. A live é parte das comemorações dos 80 anos da cantora, que trará um apanhado do repertório de mais de 50 anos de carreira, com canções de Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Délcio Carvalho, Dona Ivone Lara, Johnny Alf, Hermínio Bello de Carvalho, Moacyr Luz e Cartola. 

Áurea é reconhecida por novos cantores da MPB e pelos grandes nomes da música, e continua apresentando seus shows e participando como convidada de projetos de outros artistas, como o grupo Casuarina, as cantoras Teresa Cristina, Fabiana Cozza, Mônica Salmaso, entre outros. Nascida Áldima Pereira dos Santos, se transformou em Áurea na década de 60 por iniciativa dos atores Mário Lago e Paulo Gracindo, que a levou para a Rádio Nacional.

Tim Bernardes, na voz, violão e piano, se apresenta na quinta-feira, dia 13. Na live, ele passeia pelo repertório de seu disco solo, Recomeçar, e traz algumas das canções do seu grupo O Terno, além de composições suas gravadas por outros artistas, como Jards Macalé, Gal Costa e Paulo Miklos. Tim ainda inclui no repertório algumas versões que marcaram seu lado intérprete também presente na turnê de "Recomeçar". Diretamente de sua sala e com atmosfera entre o caseiro e o home studio, Tim se reveza entre o piano e os violões, para apresentar as canções e conversar com o público. 

Músico, compositor, produtor musical e multi-instrumentista, Tim trabalhou com nomes como Tom Zé e David Byrne, entre outros. Com a sua banda, O Terno, tem quatro discos e um EP lançados, todos com composições da sua autoria. Em setembro de 2017, estreou sua carreira solo com o álbum Recomeçar, que integrou as principais listas de melhores álbuns desse ano no Brasil, incluindo a Rolling Stone, que o considerou um dos grandes compositores brasileiros da sua geração.

Na sexta-feira, dia 14, a apresentação fica por conta de Péricles Cavalcanti, em voz e violão. No repertório, relembra suas músicas mais conhecidas, gravadas por Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Céu e Tiê, entre outros, e também conversa sobre leituras que tem feito, a origem de suas canções e influências filosóficas, num clima informal e caloroso. Assim, não faltarão canções conhecidas, como "Quem Nasceu?", "Elegia", "O Velho Lenhador e a Morte" e "Medo de Amar nº3". 

Além de discos e singles, apresenta canções que fez para a peça "A Farra da Terra", do Grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, com Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães. Péricles possui uma variedade de canções representativas da riqueza da música brasileira. Agora, aos 73 anos, tem um rico trabalho autoral que valoriza gêneros musicais tão diversos como fundamentais, como samba, blues, frevo, bolero, baião, balada, carimbó e rock.

Os sambas de Dudu Nobre entram na programação de sábado, dia 15. Grandes sucessos seus e de outros compositores, como "A Grande Família", "No Mexe Mexe, no Bole Bole", "Goiabada Cascão", "Camarão que dorme a Onda leva", "Ô Irene", "Vou botar teu nome na Macumba", estarão no setlist. O músico, que completou 20 anos de carreira em 2019, lançou, em parceria com outros artistas, a canção "O Mundo Parou" no mês de março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus começou a afetar nosso país. 

A música foi gravada com o intuito de conscientizar a sociedade sobre a gravidade do Covid-19 e levar informação à população. Na live, Dudu promete trazer toda positividade e o clima do samba para os espectadores. Para fechar a semana, no domingo, dia 16, a cantora, compositora e instrumentista Ceumar apresenta canções do álbum lançado recentemente, "Espiral" (Selo Circus). O projeto marca seus vinte anos de carreira fonográfica, desde o lançamento do disco "Dindinha", produzido por Zeca Baleiro. No repertório, ela relembra ainda músicas de seus oito álbuns, além de surpresas para o público. 

Nascida na região da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, Ceumar coleciona parcerias com grandes nomes, como a poeta Alice Ruiz, o músico Chico César, a cantora Tata Fernandes, o instrumentista Lui Coimbra e o violeiro Paulo Freire, e realizou turnês pela Holanda ao lado do pianista jazzista Mike del Ferro. Como compositora, escreveu para a peça teatral do ator Gero Camilo, "Canções de Invento", que traz referências a violeiros do nordeste como Xangai e Vital Farias e mistura poesia, teatro e música popular. Tem canções gravadas pelos cantores Rubi e Gonzaga Leal.

Criado há 25 anos pelo Sesc São Paulo e hoje em operação em diversos estados do país, a iniciativa está com uma campanha para expandir sua rede de parceiros doadores e ampliar a distribuição de alimentos, produtos de higiene e limpeza em meio à crise causada pelo novo coronavírus. Também engajados pela causa, os artistas têm aproveitado as transmissões online para convocar as pessoas, principalmente empresários e gestores, a integrarem a rede de solidariedade. Para saber como ser um doador, basta acessar o site mesabrasil.sescsp.org.br.

Agenda 9 a 16 de agosto, sempre às 19h

11/8, terça: Chico Mendes. Participação: Gabriel Deodato e Cleiton Fernando.
12/8, quarta: Áurea Martins. Participação: Lucas Porto
13/8, quinta: Tim Bernardes
14/8, sexta: Péricles Cavalcanti
15/8, sábado: Dudu Nobre
16/8, domingo: Ceumar

domingo, 9 de agosto de 2020

.: Alexandre Machado homenageia Fernanda Young em nova série da Globo

Lázaro Ramos e Taís Araújo, protagonistas de um dos episódios, assinado por Alexandre Machado, falam sobre a experiência da gravação remota, sob a direção artística de Patrícia Pedrosa e supervisão de texto de Jorge Furtado.

Todos dizem "eu te amo", mas é em momentos adversos que o amor é posto à prova. Entre quatro paredes, ou algumas a mais, a quarentena trouxe para as pessoas rotinas e vivências nunca antes experimentadas. Muitos de nós se viram diante de conflitos internos, mas também externos, principalmente com as pessoas isoladas por tempo indeterminado.  

São situações nascidas neste cenário que levaram Jorge Furtado, autor de diversos programas de TV – entre os mais recentes, "Mister Brau", "Sob Pressão" e "Todas as Mulheres do Mundo" -, a criar a série "Amor e Sorte". Serão quatro episódios independentes, com previsão de estreia em setembro na TV Globo - três deles com direção artística de Patricia Pedrosa, que assinou também a direção artística de "Cine Holliúdy", "Shippados" e "Todas as Mulheres do Mundo", e outro com a direção artística de Andrucha Waddington, um dos grandes nomes do audiovisual brasileiro, à frente de filmes como "Casa de Areia" e "Sob Pressão".

“A situação-limite que estamos vivendo, confinados, em convivência forçada, amplifica todos os princípios da relação. Casamentos, amizades e parcerias são colocados à prova numa quarentena e podem sobreviver, mais fortes, ou sucumbir”
, comenta Jorge Furtado sobre a mensagem em comum nos episódios. 

Para a diretora, Patricia Pedrosa, a série poderia ser considerada um “reality show da dramaturgia”, pois os bastidores, no contexto em que a produção está inserida, têm uma grande importância para a compreensão do conceito do produto. “A série tem três episódios filmados única e exclusivamente pelos nossos atores. Ninguém entra na casa deles. Deixamos a câmera, o equipamento de som, de luz, os figurinos, os materiais de arte, enfim, tudo que precisamos num set de filmagem, na porta da casa deles. Eles recebem todo esse material higienizado, montam e operam os equipamentos sozinhos, apenas com nosso direcionamento virtual. Há toda uma equipe on-line trabalhando com eles: fotógrafo, figurinista, assistentes de direção, diretores, técnicos, produtores de arte, etc. É como se fôssemos músicos de uma orquestra entregando flauta, violino, piano, oboé, harpa, entre outros instrumentos, para trompetistas tocarem. Estamos descobrindo uma nova maneira de filmar”, relata.   

Três episódios gravados remotamente e um especial, gravado in loco 
Cada episódio desta série é uma poesia diferente sobre a quarentena, e cada trama foi pensada especialmente para ser interpretada por grandes nomes da dramaturgia que passam este período juntos. Lázaro Ramos e Taís Araujo são os personagens do episódio assinado por Alexandre Machado, autor de produções icônicas, como "Os Normais" e "Shippados", no primeiro trabalho após a partida de seu grande amor e parceira de profissão, Fernanda Young. Neste episódio, ele retrata um casal confinado que, ao divergir sobre uma questão ideológica, chega a uma grande discussão matrimonial turbinada pelos nervos à flor da pele.  

Caio Blat e Luisa Arraes protagonizam texto deles próprios e de Jorge Furtado, que fala sobre um relacionamento que começa exatamente quando as pessoas precisam entrar em confinamento. Emilio Dantas e Fabiula Nascimento protagonizam a história de um casal que caminha para o divórcio quando o isolamento começa, com texto assinado pelas autoras Jô Abdu e Adriana Falcão, que têm em comum séries de sucesso no currículo como "A Grande Família". 

O quarto episódio promete surpreender o público em cenas protagonizadas por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, interpretando mãe e filha que precisam lidar com o isolamento e seus fantasmas do passado. O texto é de Antônio Prata - que tem tratado sobre o tema da quarentena semanalmente com seus leitores e seguidores - ao lado de Chico Mattoso, Fernanda Torres e Jorge Furtado. O episódio conta com a direção artística de Andrucha Waddington, marido de Fernanda, que conduziu as gravações ao lado dos filhos, Pedro e Joaquim e do diretor de fotografia João Faissal. A equipe contou com produção remota de arte e de figurino e foi captado presencialmente na região serrana do Rio de Janeiro, onde a família passa esse período.  

No caso dos outros casais, os atores operam seus kits individuais de equipamento e são dirigidos à distância por Patricia Pedrosa. Neste momento em que as funções no "set" se misturam e se adaptam, Luisa Arraes, Caio Blat e Lázaro Ramos fazem uma dobradinha com Patrícia na direção de seus respectivos episódios, e o diretor Ricardo Spencer completa a equipe de direção no episódio de Emilio e Fabiula. 

A produção à distância em si, inclusive, foi uma das razões que levaram Jorge Furtado a pensar na série. “Este projeto surgiu da vontade, da necessidade, da urgência de autores, atores e técnicos de produzir em tempos de pandemia. A doença impede o encontro de equipe e elenco, que é o fundamento do nosso trabalho. Então, lembrei que muitos atores estão confinados juntos, ou porque são casados, ou porque são mãe e filha, amigos, irmãos. E pensei na possibilidade de criar dramaturgia para duplas já confinadas, ambientadas em suas próprias casas. São pequenos duetos e jogos cênicos com grandes atores”, define Furtado. 

Alexandre Machado homenageia Fernanda Young em série com Lázaro Ramos e Taís Araujo
O episódio escrito por Alexandre Machado para Lázaro Ramos e Taís Araujo mostra como a exaustão pela convivência excessiva pode afetar um casal. "O episódio fala do limite emocional pelo qual todos nós passamos durante essa quarentena. O confinamento forçado leva as emoções ao extremo, e nos vemos vivendo conflitos antes inimagináveis, sobre os assuntos mais prosaicos. Na história, acompanhamos como um casal reage a um panelaço, transformando uma crise política numa crise matrimonial. Vemos a dor e o ridículo disso”, adianta Alexandre.

Este é o primeiro trabalho de Alexandre Machado após a morte de Fernanda Young, sua companheira de décadas. O autor relembra o amor e a sorte que envolveram este relacionamento. “Conhecer Fernanda foi a melhor coisa da minha vida. Em todos os sentidos. Amorosamente, profissionalmente, espiritualmente, existencialmente. Ninguém aproveitou mais a Fernanda do que eu, foram 25 anos casados, muita sorte, realmente. Eu não seria 10% do que sou se não fosse por ela. Na verdade, não estaria nem vivo se não fosse por ela. Não teria esses quatro filhos, que hoje são tudo para mim. Mas não foi apenas sorte, porque nós dois nos dedicamos a ter um projeto de vida que foi muito além de marido e mulher. Foi não, continua sendo, pois ainda continuo no mesmo projeto traçado por ela. E pretendo encontrar com ela em muitas outras encarnações”. O episódio tem uma pequena dedicatória no final. “Escrevi o texto para ela”, conta. 

Com o texto em mãos, Lázaro Ramos e Taís Araujo precisaram realizar muito mais tarefas do que estudá-lo e interpretá-lo, como geralmente fazem. “A gente trabalhou duríssimo para colocar esse episódio na rua. O Lázaro tem muito mais knowhow do que eu tecnicamente, já dirigiu um filme, entende de lente e de coisas que eu não entendo. Tive que me esforçar para fazer e conseguir fazer. Até montagem de microfone a gente fez. A equipe estava remota, nos ajudando muitíssimo, mas não estavam aqui. Eles nos ajudavam, mas dependiam muito do nosso empenho. Então, era empenho dos dois lados, da equipe e nosso. Foi muito bonito de ver esse trabalho colaborativo”, comenta Taís. 

Apesar da experiência como diretor, Lázaro também destaca o grande aprendizado que foi realizar este trabalho: “Foi difícil porque é uma demanda muito diferente de quando trabalhamos com a equipe próxima. E, mesmo eu tendo experiência como diretor, tendo estudado um pouco para exercer minha profissão, tudo era muito diferente. Os equipamentos que chegaram, a maneira de se relacionar e conversar com os técnicos, com o diretor de fotografia à distância, a gente teve que criar nosso próprio vocabulário para esse momento. Mas, ao mesmo tempo, foi tudo muito prazeroso. Porque nesse momento em que está difícil exercer a nossa profissão, porque é uma profissão que necessita muito de proximidade, poder estar em cena, decorar o texto, atuar... Com um texto da qualidade do Alexandre Machado, trouxe alegria junto. Valeu muito a pena”.

Alexandre também falou sobre a felicidade de participar do projeto. “Eu adorei! Foi um desafio animador, em meio a esses momentos tão difíceis. A dramaturgia serve para isso: fazermos uma reflexão sobre o que passamos, para que o trauma possa ser curado. Além disso, há muito tempo esperava uma oportunidade de escrever algo para o Lázaro e a Taís fazerem juntos”, finaliza. 

"Amor e Sorte" é uma série em quatro episódios, criada por Jorge Furtado. O episódio "Linha de Raciocínio" tem roteiro de Alexandre Machado, direção artística de Patrícia Pedrosa e direção de Lázaro Ramos. 

.: The Puppini Sisters recria canções atuais com arranjos dos anos 40

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Já imaginou transformar canções pop feitas recentemente em músicas com arranjo dos anos 30 e 40? Pois é o que o grupo vocal feminino Puppini Sisters faz. E em um trabalho recente as moças uniram forças com a Pasadena Roof Orchestra no disco Dance Dance Dance para recriar canções de Whitney Houston, Abba e Dolly Parton, entre outros, trazendo-as  para o ambiente retrô das canções com vocal no estilo doo-woop, bastante difundido nos anos 40 e 50.

O grupo foi fundado em 2004 por Marcella Puppini, que se uniu a Kate Mullins e Emma Smith combinando elegânciam e sofisticação com um toque retrô e bem interessante sob a ótica do pop. Não por acaso artistas como Michael Bublé já declararam serem admiradores do grupo.

O nome do grupo é uma homenagem ao Andrews Sisters, outro grupo vocal feminino que fez muito sucesso nos Estados Unidos cantando canções com esses tipos de arranjos. E isso em uma época em que as mulheres ainda não tinham conquistado o seu merecido espaço na mídia artística na música pop.

O disco tem passagens interessantes, em especial, as releituras de "Nine To Five" (de Dolly Parton) e a clássica "Puttin On The Ritz" (de um filme de Fred Astaire), esta segunda com um show de vocais harmônicos das garotas. Mas elas conseguem convencer ainda cantando "I Wanna Dance With Somebody" (de Whitney Houston) e "Groove In The Heart" (do grupo Dee-Lite).

Essa mescla aparentemente improvável fica agradável de se ouvir no final. Isso se você curtir o estilo doo-woop bem produzido e cantado. Vale a pena conferir esse trabalho das talentosas cantoras do The Puppini Sisters.

"Groove In The Heart"

"I Wanna Dance With Somebody"

"Puttin On The Ritz"


.: "The Voice Kids" volta à grade da Globo para completar a temporada

Quinta edição do reality musical volta em setembro. "The Voice Kids": os apresentadores André Marques e Thalita Rebouças com os técnicos Claudia Leitte, Simone & Simaria e Carlinhos Brown. Foto: Globo/Victor Pollak

Chegou a vez das gravações do "The Voice Kids" serem retomadas para que a quinta temporada do reality musical seja completada. No dia 13 de setembro, 24 crianças e os técnicos voltam ao ar para dar continuidade à competição. E para que todos os envolvidos participem em segurança das apresentações, o programa terá algumas novidades e mudanças.  

O primeiro episódio, previsto para o dia 13 de setembro, será uma edição especial, que vai relembrar os melhores momentos e o que aconteceu desde o início da temporada. A partir daí todos os programas serão ao vivo.  Nos programas seguintes, nos dias 20 e 27 de setembro, os candidatos farão suas apresentações diretamente de suas casas. 

Os shows serão acompanhados e avaliados dos Estúdios Globo, onde os apresentadores André Marques e Thalita Rebouças comandarão o reality musical com Claudia Leitte, Simone & Simaria e Carlinhos Brown. Os técnicos - e todo o Brasil – assistirão e avaliarão as apresentações dos candidatos, que também serão escolhidos pelo público, através da votação popular. Após seus shows remotos, os participantes vão interagir com seus técnicos e conhecer o resultado de quem permanece na disputa, ao vivo.  

Os dois últimos programas, semifinal e a grande final do "The Voice Kids", também acontecerão ao vivo, nos primeiros domingos de outubro, dias 4 e 11, respectivamente. Assim como os programas que já retornaram aos Estúdios Globo, a retomada do "The Voice Kids" está sendo desenvolvida com todos os cuidados previstos no Protocolo de Segurança da Globo.   

As fases finais do "The Voice Kids" 

Eliminatória  A partir dessa fase, o público ajuda a escolher quais crianças de cada time seguem na disputa. Nos dois domingos, dias 20 e 27 de setembro, quatro crianças de cada time se apresenta - no total, 12 a cada fim de semana. O público salva uma, através de votação no site do Gshow, e o técnico escolhe mais uma para continuar na disputa.    

Semifinal – 12 crianças cantam e seis passam para a grande final - duas de cada time. Uma sendo escolhida pelo público, e a outra pelos técnicos.  

Final – Cada time terá dois representantes e o grande vencedor será conhecido, ao vivo, através da escolha exclusiva do público. 

Em janeiro, o "The Voice Kids" estreou com jovens cantores vindos dos quatro cantos do país que, ao longo da competição, usaram o palco do reality para mostrar sua música e seu talento. Em março, em virtude da pandemia do coronavírus, foi preciso dar uma pausa.  O programa volta ao ar, no dia 13 de setembro, aos domingos, logo após o "Esporte Espetacular". O programa tem apresentação de André Marques com Thalita Rebouças e direção artística de Creso Eduardo Macedo.


.: Grátis: Os Paralamas do Sucesso anunciam 1ª live com show inédito

 
Após inúmeros pedidos, a live mais aguardada da quarentena vai finalmente acontecer. No dia 29 de agosto (sábado), às 20h, o trio formado por Herbert Vianna (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) realizará seu primeiro show online, apresentando o espetáculo inédito "Paralamas Clássicos". 

A transmissão será pelo canal oficial da banda no Youtube (www.youtube.com/osparalamasdosucesso). O repertório passará pelas quatro décadas de carreira do grupo, destacando os grandes clássicos desta trajetória, como "Aonde Quer Que Eu Vá", "Meu Erro", "Óculos", "Lanterna dos Afogados", "Alagados", "Cuide bem do seu Amor", entre outros. Surpresas no repertório, preparadas pela banda especialmente para este show, também são esperadas. Mais detalhes serão anunciados nos próximos dias nas redes sociais de Os Paralamas.

sábado, 8 de agosto de 2020

.: Morre a atriz Chica Xavier, grande nome da dramaturgia brasileira

Chica Xavier foi uma precursora, símbolo de gerações de atrizes e atores negros, de representatividade, que trazia em cada cena ou fala traços latentes de baianidade. Foto: TV Globo/Nelson Di Rago

Diz o ditado que baiano não nasce, estreia. Não à toa, o estado da Bahia passou a ser conhecido como verdadeiro berço de talentos da arte e da cultura brasileira. Neste sábado, dia 8, a Boa Terra perdeu uma referência de sua história artística. Francisca Xavier Queiroz de Jesus, ou simplesmente Chica Xavier, morreu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de um câncer no pulmão que foi descoberto em estágio avançado. Uma precursora, símbolo de gerações de atrizes e atores negros, de representatividade, que trazia em cada cena ou fala traços latentes de baianidade. Nunca negou a origem. Um sorriso inconfundível, que bastava ser visto uma vez para não mais esquecer.

Conhecida por papéis emblemáticos e que marcaram a memória afetiva do público na TV, no cinema e no teatro, Chica Xavier mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, aos 21 anos, com o sonho de se aprofundar na arte. O companheiro de uma vida foi o também ator Clementino Kelé, com quem no último mês de julho completou 64 anos de casada. Começaram este matrimônio justamente no mesmo ano de 1956 que encenaram a primeira peça de suas carreiras: "Orfeu da Conceição", de Vinícius de Moraes. Recentemente, em uma entrevista, ela foi simples e direta sobre a relação com o marido: "Sou Chica Xavier, mas mais do que isso, eu sou Chica de Kelé". A união gerou três filhos - Christina, Izabela e Clementino Junior - e três netos - Ernesto Junior, Luana Xavier e Oranyan.

No cinema, estreou em 1962, no filme "Assalto ao Trem Pagador", dirigido por Roberto Farias. Participou de inúmeras novelas na TV Globo. A primeira delas foi "Os Ossos do Barão", quando interpretou a personagem Rosa, em 1973. A novela marcou o início da carreira dela na TV. Desde então, foram mais de 50 personagens só na televisão, como a Bá, de "Sinhá Moça", Inácia, de "Renascer" e a mãe-de-santo Magé Bassã da minissérie "Tenda dos Milagres". Esteve presente em outras novelas, como "Pátria Minha", "Cara & Coroa", "O Rei do Gado", "Força de Um Desejo". O trabalho mais recente na emissora foi na novela "Cheias de Charme", em 2012. Na última quarta-feira, Chica Xavier deu entrada em um hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro com um quadro de desconforto respiratório contínuo.

Em 2010, recebeu o Troféu Palmares concedido pelo MINc, através da Fundação Cultural Palmares, pelo trabalho de preservação e incentivo à cultura afro-brasileira. Em 2011, foi homenageada ao dar o nome ao Centro Cultural Atriz Chica Xavier do projeto. No Palco da Vida, que também abriga o acervo de sua brilhante carreira no Teatro, TV e Cinema. Já em 2013 a biografia "Chica Xavier: Mãe do Brasil" foi lançada. Escrita por Teresa Montero, o livro registra toda trajetória desse grande nome da dramaturgia brasileira.

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