terça-feira, 25 de agosto de 2020

.: Fernanda Young: um ano de saudade e o que vem por aí

Fernanda Young deixou um legado que transcende a vida. Foto: Globo/Paulo Belote

Quando o Resenhando fez três anos, nós fizemos 33 perguntas para Fernanda Young (a entrevista completa está neste link). Ela foi o primeiro grande nome a acreditar no Resenhando, sempre muito solícita e gentil. Hoje o portal tem 17 anos e, nesta terça-feira, dia 25 de agosto, completa um ano da morte da escritora, roteirista, apresentadora e atriz Fernanda Maria Young de Carvalho Machado. Ela morreu na madrugada de domingo, dia 25 de agosto de 2019, em decorrência de complicações respiratórias depois de uma crise de asma, na cidade de Gonçalves, no interior de Minas Gerais. 

Fernanda Young tinha 49 anos e deixou o marido Alexandre Machado e quatro filhos: as gêmeas Cecília Madonna e Estela May, hoje com 20 anos, Catarina Lakshimi, na época com dez anos, e John Gopala, hoje com 11 anos. O velório foi realizado no Cemitério de Congonhas, em São Paulo. Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1º de maio de 1970, Fernanda sempre foi apaixonada por literatura. Chegou a cursar Letras na Universidade Federal Fluminense, Jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e Rádio e Televisão na FAAP, já morando em São Paulo, mas não terminou nenhum dos cursos.

Estreou como roteirista na Globo em 1995, com a série "A Comédia da Vida Privada", baseada em textos de Luís Fernando Veríssimo, que assinou com o marido Alexandre Machado, seu parceiro em todos os trabalhos na TV. No ano seguinte, ela publicaria seu primeiro romance, “Vergonha dos Pés”, pela editora Objetiva, o início de uma carreira de sucesso na literatura que teria ainda mais 13 títulos. Pela mesma editora, lançou "A Sombra das Vossas Asas" (1997), "Carta para Alguém Bem Perto" (1998), "As Pessoas dos Livros" (2000), "O Efeito Urano" (2001). Pela Ediouro, também lançou "Aritmética" (2004) e o livro de poesias  "Dores do Amor Romântico" (2005). 

Em 2005, pela Objetiva, publica "Melhores Momentos de Os Normais". Em 2007, pela Ediouro, "Tudo que Você Não Soube". Volta para a editora Rocco e lança "O Pau" (2009) e "A Louca Debaixo do Branco" (2012). Em 2016, pela Globo Livros, lança o livro de poemas "A Mão Esquerda de Vênus" e "Estragos", que reuniu os 18 primeiros contos da escritora escritos entre 1987 a 1995. Em 2018, lançou pela Leya o livro "Pos-F - Para Além do Feminino e Masculino" que postumamente, receberia o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria Crônica. Em 2019, lançou o livro "Posso Pedir Perdão, Só Não Posso Deixar de Pecar", obra póstuma publicada pela editora LeYa.

Em 2001, veio um dos maiores sucessos da comédia da televisão brasileira: "Os Normais", série estrelada por Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães, que ficou no ar até 2003 e ganhou dois longa-metragens de grande bilheteria no país. Trabalhando sempre em parceria com Alexandre Machado, Fernanda Young assinou as séries "Os Aspones", "O Sistema", "Separação?!", "Macho Man", "Como Aproveitar o Fim do Mundo", "O Dentista Mascarado", "Vade Retro", o especial de fim de ano "Nada Fofa" e os quadros do "Fantástico": "As 50 Leis do Amor" e "Super Sincero".

Fernanda Young foi indicada duas vezes ao prêmio de Melhor Comédia do Emmy Internacional, por "Separação?!" e "Como Aproveitar o Fim do Mundo". O último trabalho dela como roteirista na Globo foi "Shippados", série original Globoplay estrelada por Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch, lançada em maio deste ano. No canal GNT, participou de programas como “Saia Justa”, “Irritando Fernanda Young”, “Odeio Segundas” e “Surtadas na Yoga” e, no Viva, do “TV Mulher”. No cinema, além dos filmes “Os Normais” e “Os Normais 2”, participou do roteiro de “Bossa Nova” e “Muito Gelo e Dois Dedos D’Água”. Fernanda Young entraria em cartaz no dia 12 de setembro de 2019, em São Paulo, com a peça “Ainda Nada de Novo”, em que contracenaria com Fernanda Nobre.

Fernanda Young transitava entre a literatura, a TV e o teatro. Foto: Globo/Paulo Belote

Fernanda Young, escritora
A formação literária de Fernanda Young foi em parte constituída durante a travessia da baía de Guanabara em barcas ou ônibus. Ela se dedicou aos livros na busca de aperfeiçoamento, influências e distração. Interrompeu os estudos após a conclusão do ensino fundamental, posteriormente concluindo o médio por meio de um supletivo de seis meses. Frequentou a faculdade de Letras da Universidade Federal Fluminense, sem chegar a se formar.

Ainda viria a cursar Jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e, depois de mudar-se para São Paulo e iniciar sua carreira de escritora, virar aluna de Rádio & Televisão na FAAP, mas não terminaria nenhum dos cursos. Fernanda teria jurado nunca mais pisar em um campus universitário após as experiências, mas atualmente estava cursando Artes Plásticas na FAAP.

Em 1995 estreou como autora no seriado "A Comédia da Vida Privada", da Rede Globo. No ano seguinte, Fernanda lançou seu primeiro romance, "Vergonha dos Pés", que já tem mais de 15 edições. No ano seguinte, lançou "À Sombra de Vossas Asas", que conta a história de amor, obsessão e vingança entre o fotógrafo Rigel (que reaparece no livro "Aritmética") e da aspirante-a-top-model Catarina, que teve os direitos comprados por uma produtora de Hollywood interessada em fazer um filme da história. A princípio, os livros de Fernanda conseguiram boa exposição na mídia devido à sua persona peculiar, suas declarações controversas, sua obsessão com cultura pop e seu visual, construído por cabelos geralmente curtos, grandes tatuagens e, por algum tempo, ostensivas pulseiras de baquelite das décadas de 1920 a 1950.

Em 1998, lançou o romance "Carta para Alguém Bem Perto", seguido pelo incrível "As Pessoas dos Livros" (2000). Em 2001, após o lançamento de seu quarto romance, "O Efeito Urano", Fernanda retomou a carreira de roteirista de televisão, com "Os Normais". O seriado seria exibido durante dois anos na Rede Globo e culminaria em dois longas-metragens, o primeiro lançado em 2003. Fernanda também participaria dos roteiros do quadro "Supersincero" (2005), no programa "Fantástico", e do seriado "Minha Nada Mole Vida", em 2006. Entre 2002 e 2003, Young coapresentou, ao lado de Rita Lee, Mônica Waldvogel e Marisa Orth, o programa feminino "Saia Justa" no canal à cabo GNT. Seus próximos livros, o romance "Aritmética" e a coletânea poética "Dores do Amor Romântico", sairiam, respectivamente, em 2004 e 2005 pela Ediouro. Escreveu uma coluna mensal na revista Claudia.

Apresentou no canal GNT o programa "Irritando Fernanda Young", programa de entrevistas com celebridades entre 2006 a 2010. Em maio de 2012, estreia no GNT o programa "Confissões do Apocalipse", seguindo a linha de entrevistas com pessoas conhecidas, porém tendo como pano de fundo a previsão maia acerca do fim do mundo, em 21 de dezembro de 2012, data de sua última exibição. Em 2013, escreveu e atuou como uma das protagonistas da série "Surtadas na Yoga", com 13 episódios na primeira temporada. A série conta a história de três mulheres que fazem ioga para não surtar. 

As "surtadas" Jessica (Fernanda Young), Ana Maria (Flávia Garrafa) e Marion (Anna Sophia Folch) não estão em busca de sexo e de homens. São solitárias, sim, gostariam de encontrar alguém, sim, mas estão mais preocupadas em sobreviver à loucura do mundo – e à loucura própria – com independência e a consciência tranquila. Devido ao sucesso e crescimento de 115% na audiência do GNT, em abril de 2014, a segunda temporada entrava no ar com mais 13 episódios.

Foi duas vezes indicada ao Emmy Internacional de melhor comédia, pelos seriados "Separação?!" (Rede Globo, 2010) e "Como Aproveitar o Fim do Mundo" (Rede Globo, 2012). Fernanda Young posou nua para a edição brasileira da revista Playboy, lançada em novembro de 2009. Em maio de 2015, lançou seu 11º livro e o 2º de poesias de sua carreira, intitulado "A Mão Esquerda de Vênus", pela Globo Livros. O lançamento aconteceu na Galeria Vermelho em São Paulo. 

Também escreveu a nova versão do "TV Mulher" em 2016 para o Canal Viva. Lançou sua última obra literária, "Estragos", em outubro de 2016. O livro, que oferece 18 contos inéditos da artista, escritos entre 1987 e 1995, época de seus 16 a vinte e poucos anos de idade, convida a conhecer o ícone ainda jovem, procurando seu caminho em meio as palavras, afinando a escritora que hoje conhecemos.

Fernanda Young iria estrear uma nova peça, "Ainda Nada de Novo", programada para o próximo dia 12 de setembro, no Centro Cultural São Paulo. Com temática homoafetiva, a peça seria estrelada por ela e sua xará, a atriz Fernanda Nobre. Pouco antes de Fernanda Young morrer, uma matéria foi publicada pela revista Veja SP anunciando o evento.



Escritora e roteirista, Fernanda Young continua viva em sua obra. Foto: Globo/Estevam Avellar

Vida pessoal
Em 1990, iniciou um namoro com o roteirista e escritor Alexandre de Carvalho Machado. Ambos casaram-se em 1993. Nascida Fernanda Maria Leite Young, passou a assinar Fernanda Maria Young de Carvalho Machado. Juntos, eles tiveram as gêmeas Cecília Madonna e Estela May, nascidas em 7 de agosto de 2000, via cesariana, no Rio de Janeiro. 

Em 2007, grávida de uma menina, sofreu um aborto espontâneo aos quatro meses de gestação. Muito abalada emocionalmente com o episódio, decidiu, em comum acordo com seu marido, entrar na fila de adoção, paralelamente a um tratamento de fertilização, mas que não obteve êxito. Em 2010, conseguiu adotar dois filhos: Catarina Lakshimi, nascida em 10 de novembro de 2008, e John Gopala, nascido em 21 de julho de 2009.

Em entrevistas, revelou ter sido uma criança bastante deprimida, mas sem nenhuma causa que a fizesse constantemente estar triste. Aos dez anos de idade cortou os pulsos, mas só iniciou tratamento psicoterápico aos 13 anos, quando descobriu possuir dislexia. Também revelou que foi violentada aos 16 anos por seu primeiro namorado, e isto constituiu um trauma que a fez abandonar a escola e isolar-se.

Só aos 24 anos, voltou a estudar e terminou o ensino médio, na mesma época em que foi diagnosticada com depressão, e iniciou tratamento com antidepressivos e ansiolíticos, remédios que tomou por mais de dez anos, mas decidiu manter uma vida saudável, sem medicamentos, tendo voltado para a terapia, passando a praticar exercício físico e meditação, o que atenuou os sintomas de sua depressão. Católica desde o nascimento, em 1996 converteu-se ao hinduísmo. Em 2012, o escritor e jornalista Rômulo Zanotto publicou o romance "Quero Ser Fernanda Young", uma obra intertextual e antropofágica em homenagem à Fernanda, em que dialoga com a obra literária e audiovisual da autora.

Fernanda era portadora de asma desde a infância, sempre fazendo tratamento, mas devido a uma crise asmática intensa e repentina, faleceu no dia 25 de agosto de 2019, aos 49 anos. A artista estava hospedada no sítio de sua família, em Gonçalves, Minas Gerais, onde sempre ia para visitá-los e descansar em meio a natureza. 

Após passar mal e desmaiar no quarto, foi chamada a ambulância, que a levou para o hospital mais próximo, localizado na cidade de Paraisópolis, tendo morrido vítima de uma parada respiratória, que causou uma parada cardíaca, durante a madrugada, pouco mais de uma hora depois de sua internação na UTI. A escritora foi sepultada no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, cidade onde vivia há 15 anos.

O que vem por aí...
O canal GNT irá homenagear a atriz e roteirista Fernanda Young com um documentário. A emissora da TV paga do Grupo Globo vai coproduzir o filme "Tudo Que Você Não Soube Sobre", que contará a trajetória da artista. O título se relaciona ao livro "Tudo Que Você Não Soube". De acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a direção será de Susanna Lira. O roteirista Alexandre Machado, viúvo de Fernanda, está reunindo material, assim como Eugênia Ribas, a editora de Fernanda Young. A expectativa é que o documentário seja lançado em 2021. A ideia é fugir do formato tradicional de entrevistas e registros de arquivo e mostrar também ficção e imagens abstratas. 

Antes disso, Alexandre Machado assina um dos episódios da série "Amor e Sorte". Com estreia prevista para setembro, o episódio é uma homenagem à Fernanda Young e contará com a participação dos atores Tais Araújo e Lázaro Ramos que, casados na vida real, interpretarão um casal durante o isolamento social da pandemia.

Ainda este ano, a peça "Pós F", dirigida por Mika Lins e inspirada no livro da escritora e roteirista. Com interpretação de Maria Ribeiro a estreia do espetáculo, baseado no livro "Pós-F, Para Além do Masculino e do Feminino" que ganhou o Prêmio Jabuti de literatura, três meses após a morte da artista, será dia 12 de setembro no palco do Teatro Porto Seguro, com transmissão via streaming, em temporada até 4 de outubro, com sessões aos sábados e domingos, às 20h. Vendas de ingressos a partir de 25 de agosto.

Se a melhor maneira de celebrar a existência de um escritor é lê-lo, o Resenhando fez uma lista em ordem alfabética com os livros de Fernanda Young à espera de um leitor. 

"A Louca Debaixo do Branco" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link.

"A Mão Esquerda de Vênus" (Globo Livros), de Fernanda Young. Compre neste link.

"A Sombra das Vossas Asas" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link

"As Pessoas dos Livros" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link

"Aritmética" (Ediouro), de Fernanda Young. Compre neste link.  

"Aritmética" (Editora Rocco, relançamento), de Fernanda Young. Compre neste link.  

"Carta para Alguém Bem Perto" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link.

"Dores do Amor Romântico" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link.

"Estragos" (Globo Livros), de Fernanda Young. Compre neste link.

"O Efeito Urano" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link.

"O Pau" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link

"Pós-F: Para Além do Masculino e do Feminino" (Editora Leya), de Fernanda Young. Compre neste link.

"Posso Pedir Perdão, só Não Posso Deixar de Pecar" (Editora Leya), de Fernanda Young. Compre neste link

"Tudo que Você Não soube" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link

"Vergonha dos Pés" (Editora Rocco), de Fernanda Young. Compre neste link



.: Grátis: Nelson Sargento, a lenda viva do samba, leva samba em live

Aos 96 anos e com mais de 60 anos de carreira, o presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira apresenta músicas inéditas de seu próximo disco. Foto: Edinho Alves

Dentro da programação do #EmCasaComSesc, nesta quinta-feira, dia 27, às 19h, o cantor e compositor Nelson Sargento, a lenda viva do samba (compre o álbum "Sonho de Um Sambista", de 1979, neste link). Aos 96 anos, completados em julho, e com mais de 60 anos de carreira, o presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira apresenta músicas inéditas de seu próximo disco, ainda em fase de gravação, e faz uma retrospectiva de seu repertório autoral. O Sesc São Paulo vem promovendo uma série de shows diários com transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp

Sargento é reconhecido no Brasil e no exterior e teve suas composições gravadas por nomes como Beth Carvalho (1946-2019), Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Alcione. Entre os seus grandes parceiros, destaque para Alfredo Português (1885-1957), Cartola (1908-1980) e Darcy da Mangueira (1932-2008).

Na sexta-feira, dia 28, a cantora Tássia Reis apresenta canções de "Próspera", terceiro trabalho de estúdio (compre neste link). A cantora estará acompanhada dos músicos Jhow Produz (arranjador e beatmaker) e Weslei Rodrigo (baixista). Verso a verso, rima a rima, Tássia Reis fala sobre seguir em frente, progredir e valorizar um olhar mais delicado com a vida, rompendo ideias, ciclos e histórias que nada trazem de positivo. O disco surgiu da necessidade da cantora de prosperar em todos os sentidos: pessoais, amorosos e espirituais. Lançado em 2019, "Próspera" levou a jovem artista a se apresentar em todo o Brasil e à sua primeira turnê internacional pela Europa, onde passou pelos palcos do Roskilde Festival (Dinamarca), Walthamstow Garden Party (Londres), Sfinks Festival (Bélgica) e Les Escales (França).

Sábado, 29 de agosto, é dia de curtir o show de Zizi Possi, que apresenta os grandes sucessos de seus mais de 40 anos de carreira. Entre seus 19 discos e quatro DVDs, destaca-se o álbum "Per Amore" (compre neste link), lançado em 1997 e com mais de três milhões de cópias vendidas. No ano seguinte, Zizi concorreu em três categorias do Grammy: melhor disco, melhor intérprete e melhor música pela canção que dá título ao álbum. Em 2008, celebrando os 30 anos de carreira, produziu "Cantos e Contos", gravado em DVD, onde se apresentou na companhia das cantoras Ana Carolina e Alcione, e dos cantores Alceu Valença, Edu Lobo, Roberto Menescal, João Bosco e Ivan Lins, além de outros grandes nomes da música brasileira. Nos últimos anos, Zizi também percorreu diversas capitais do país em show com a filha, Luiza Possi.

Domingo, dia 30, a cantora Jussara Silveira e o violonista Luiz Brasil apresentam "Gangorra de Dois", show que nasceu do reencontro da dupla de artistas no Festival Mário de Andrade, realizado em outubro do ano passado, pela Secretaria Municipal de Cultural de São Paulo. Atuando juntos há mais de 20 anos, a cantora e o violonista interpretam, neste show, clássicos da música brasileira e obras pouco executadas, como "Os Passistas", de Caetano Veloso, "Ludo Real", de Chico Buarque e Vinicius Cantuária, e composições de Dorival Caymmi (1914-2008), a quem Jussara dedicou um disco tributo com participação de Luiz Brasil no violão, arranjos e produção musical. Compõem ainda o repertório releitura de trilhas do álbum "Nobreza", que a cantora lançou em 2006, e composições de Carlinhos Brown, Cézar Mendes, Beto Pellegrino Milton Nascimento, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Beto Guedes.

Criado há 25 anos pelo Sesc São Paulo e em operação em diversos estados do país, a iniciativa está com uma campanha para expandir sua rede de parceiros doadores e ampliar a distribuição de alimentos, produtos de higiene e limpeza em meio à crise causada pelo novo coronavírus. Também engajados pela causa, os artistas têm aproveitado as transmissões online para convocar as pessoas, principalmente empresários e gestores, a integrarem a rede de solidariedade. Para saber como ser um doador, basta acessar o site mesabrasil.sescsp.org.br.


Agenda de 24 a 30 de agosto, sempre às 19h

Terça-feira, 25 de agosto: Edvaldo Santana
Quarta-feira, 26 de agosto: Virgínia Rodrigues. Participação: João Mendes. 
Quinta-feira, 27 de agosto: Nelson Sargento.
Sexta-feira, 28 de agostoTássia Reis. Participação de Jhow Produz e Weslei Rodrigo.
Sábado, 29 de agostoZizi Possi.
Domingo, 30 de agosto: Jussara Silveira e Luiz Brasil.
Transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo -
 youtube.com/sescsp

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

.: Priscila Steinman comenta o retorno de Sofia em "Totalmente Demais"


Priscila Steinman, que é uma das autoras da próxima "Malhação", considera "Totalmente Demais" como um conto de fadas moderno. Foto: Globo/João Cotta

No papel de espectadora, Priscila Steinman já tem programa certo para os próximos dias. Assim como os muitos fãs de "Totalmente Demais", a atriz e escritora não esconde a expectativa com o retorno de Sofia, a filha de Lili (Vivianne Pasmanter) e Germano (Humberto Martins), considerado um dos pontos altos da trama de Rosane Svartman e Paulo Halm. 

A aparição da jovem – que todos acreditavam que teria morrido num acidente de carro – mexe com as estruturas da família. “É interessante como a história desperta o interesse do público. Ela é uma personagem sedutora, que traz a revelação de um segredo surpreendente e reviravoltas que dizem respeito a vários personagens”, explica Priscila. Está com saudade da novela? 

Na trama, Fabinho (Daniel Blanco), irmão de Sofia, fica desnorteado ao ter uma visão da jovem ao deixar Cassandra (Juliana Paiva) em casa, no Bairro de Fátima. Mesmo olhando de relance, ele não tem dúvidas de que a mulher é sua irmã. Ao chegar em casa, ele comenta com a mãe, que há tempos convive com a angústia da dúvida e fica emocionada com a revelação de Fabinho. Lili também se sente culpada por ter engatado um namoro com Rafael (Daniel Rocha), ex-noivo da filha. O fotógrafo até tenta convencê-la sobre a impossibilidade de Sofia ter sobrevivido e que tudo não passa de uma obsessão dela. Confusa, Lili garante ao namorado que com a volta de Sofia, ela não se sente segura para seguir com o relacionamento.  

Enquanto Sofia (Priscila Steinman) não reaparece oficialmente para a família, a moça resolve fazer uma visita surpresa para Jacaré (Sergio Malheiros) na prisão. O ex-amante da jovem fica chocado ao se deparar com Nina viva, codinome que Sofia usava para participar das armações com Jacaré. Sofia explica que durante esses dois anos viajou pelo mundo às custas do dinheiro da família e que só voltou agora porque a ‘fonte’ secou. 

Depois de acompanhar cada passo da família pela internet, ela prepara a aparição para os pais e ainda pretende acabar com as chances de Eliza (Marina Ruy Barbosa) de ser uma das herdeiras da Bastille. "Totalmente Demais" é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroi. Nesta entrevista, a atriz Priscila Steinman fala sobre o retorno da personagem.

"Totalmente Demais" proporcionou uma grande visibilidade para a sua carreira como atriz. Nos próximos dias, teremos o retorno de Sofia, um ponto alto da trama. Como está a sua expectativa?
Priscila Steinman -
"Totalmente Demais" foi a primeira novela que eu fiz no sentido de integrar o processo inteiro. Foi a minha primeira experiência em novela desde a preparação até o final. Acho que quanto maior a visibilidade, maior a responsabilidade. Adoro a novela, é um conto de fadas moderno, contemporâneo, muito bem desenvolvida pela Rosane Svartman, Paulo Halm e por toda a equipe. Assim como público, também estou na expectativa.


Você tem acompanhado a repercussão da novela nas redes sociais? 
Priscila Steinman -
Sim! O interesse pelo retorno de Sofia é enorme! Acompanho pelas notícias e pela rede social toda a repercussão de como essa trama desperta o interesse do público. É realmente uma personagem sedutora, que traz a revelação de um segredo surpreendente e reviravoltas que dizem respeito a vários personagens da história, gerando tensão, conflito e surpresas eletrizantes.


O que mais chama a sua atenção na Sofia?
Priscila Steinman - O que mais me chama atenção é a frieza da Sofia. Acho interessante pensarmos os personagens através de suas fendas e o que é possível transbordar. Eu li alguns livros quando recebi os capítulos com o retorno de Sofia. Um deles foi ‘Garota Exemplar’, que me inspirou muito na composição para esta fase. 


Qual a sua lembrança mais marcante da época das gravações? 
Priscila Steinman - Fomos muito felizes em todo o processo da novela. Lembro quando durante a preparação do elenco, durante um exercício, eu e Vivi (Vivianne Pasmanter) tivemos uma crise de riso. Nos conectamos ali. Guardo lindas amizades desse trabalho. Depois trabalhamos juntas, anos depois, em ‘Novo Mundo’. Durante as gravações, a cena mais marcante sem dúvida foi a volta de Sofia para casa. Gravamos em um take só, direto, sem nenhum corte sob a direção do Luiz Henrique Rios.

Como surgiu a oportunidade de direcionar a sua carreira para o lado de autora? Há vantagem em ser uma atriz/autora?
Priscila Steinman - A escrita sempre foi uma prática natural e fluida para mim, desde criança. Comecei a escrever no curso de teatro Tablado, que fiz desde os 9 anos. Aos 10 anos, escrevi meu primeiro texto que compartilhei em público, atuando durante uma peça de fim de ano. Foi divertido. Sempre escrevi cartas para presentear a minha família e amigos. Eu não tinha a projeção de um dia viver para a escrita, como é hoje em dia. Foi algo natural, uma necessidade de compartilhar as ideias, de realizar! Eu não vejo exercer a profissão de atriz e autora como algo dicotômico, acho que somos múltiplos e complexos. Eu sinto a necessidade de criar e realizar como artista. É onde o meu prazer habita. 


Quais foram os seus trabalhos como autora, roteirista e/ou colaboradora na Globo?
Priscila Steinman - Comecei a trabalhar na Globo como autora há dez anos, quando eu tinha 22 anos. Já integrei a equipe de roteiristas da novela "Malhação - Intensa", escrita por Rosane Svartman e Gloria Barreto, e na equipe do "Na Moral", antigo programa do Pedro Bial. Depois parei por um período para me dedicar exclusivamente à atuação. Até que assinei como autora titular o especial "O Natal Perfeito", exibido em 2018, e agora trabalho na nova temporada de "Malhação - Transformação". É um trabalho árduo e que, atualmente, requer a minha dedicação total. 


Quais são seus planos pós pandemia?
Priscila Steinman - 
Quero poder reencontrar minha família e meus amigos. Quero proporcionar momentos afetuosos para a minha filha, que ela possa abraçar e conviver com os amigos. Sinto saudades da convivência com o outro e também de ações cotidianas: de pegar metrô, levar minha filha na creche, de me moldar na areia da praia, de ir me emocionar no teatro, de compartilhar uma sessão de cinema. Espero que essa pandemia tenha construído novos olhares e práticas na nossa sociedade. Que o exercício da cidadania seja incorporado em nossas vidas. Que ajudar as pessoas em situações vulneráveis seja um projeto de justiça social diária. 


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.: "Recuperação da figura de bruxa é resgate do papel feminino", diz filósofa

Foto: Glauco Araújo  

A Inquisição, na Idade Média, silenciou hereges e feiticeiros, acusados de crimes contra a fé católia. E também mulheres que antes protagonizavam o imaginário popular como símbolo de conhecimento natural, da cura e da magia. Assim, uma sabedoria que atravessou o tempo foi silenciada. Agora, porém, percebe-se o renascimento de práticas de cura associadas a um contato estreito com a natureza, parte de um movimento de recuperação de símbolos antigos da dignidade e sabedoria femininas, analisa Julia Myara, mestre em Filosofia Antiga pela PUC-RJ.

"A recuperação da figura da 'bruxa' não como um ser demonizado e maligno, mas como uma mulher com contato estreito com a natureza e com o próprio corpo evoca um antigo vínculo entre as mulheres, as práticas de cura, a vida comunal e a natureza. Essa relação parece expressar uma recuperação dos laços com o mundo natural e com o papel fundamental das mulheres na estrutura social e nos saberes", diz Julia, que dará curso online sobre o tema na Casa do Saber Rio (rj.casadosaber.com.br). Confira a entrevista a seguir.


Ao longo da história, a figura feminina esteve ligada ao cuidado e manutenção do vínculo com a natureza, ocupando o imaginário popular como símbolo de cura e conhecimento. Mas, com o tempo, mulheres que dominavam esse conhecimento natural passaram a ser vistas como bruxas. Como e por que isso ocorreu?
Julia Myara -
Existem diversas explicações possíveis para esse fenômeno. Uma delas, sustentada pela pesquisa de Silvia Federici na obra "O Calibã e a bruxa", afirma que o fenômeno da Inquisição e do controle dos corpos e sabedoria das mulheres está intimamente ligada com os eventos que diminuíram a população europeia no fim da Idade Média e começo da Modernidade. Dessa forma, o capitalismo nascente, sustentado solidamente pelo patriarcado, empreendeu uma política de estado organizada de perseguição e controle das mulheres. Como resultado dessa perseguição, o conhecimento sobre cura e conhecimento da medicina natural historicamente associado as práticas femininas foram "demonizados" e as mesmas perseguidas como bruxas e feiticeiras, violentamente forçando um espaço para um tipo diferente de saber e de modo de vida.


Que impacto teve a Inquisição no desenvolvimento dessa ciência (ou "bruxaria", como preferem os detratores)?
Julia Myara -
A Inquisição é um fenômeno histórico-político associado a diversos outros, tais como a solidificação do sistema capitalista, o desenvolvimento do pensamento moderno, o racionalismo, enfim, o que hoje compreendemos como as estruturas da nossa civilização. Objetivamente, a Inquisição matou pessoas, homens e mulheres, hereges, bruxas, feiticeiras. Além da violência praticada contra determinados indivíduos e grupos de pessoas, a Inquisição deve um papel fundamental no apagamento de determinadas sabedorias historicamente associada ao papel social das mulheres. A Inquisição foi peça chave para o silenciamento e apagamento da história das mulheres.


Ainda hoje há quem faça relação entre bruxaria e curas a partir de elementos naturais? Por que isso ocorre?

Julia Myara - O renascimento das práticas de cura associadas a um contato mais estreito com a natureza e com o mundo natural faz parte de um grande movimento de recuperação não só dessas práticas, mas de símbolos antigos da dignidade e sabedoria femininas. A recuperação da figura da "bruxa" não como um ser demonizado e maligno, mas como uma mulher com contato estreito com a natureza e com o próprio corpo evoca um antigo vínculo entre as mulheres, as práticas de cura, a vida comunal e a natureza. Essa relação parece expressar uma recuperação dos laços com o mundo natural e com o papel fundamental das mulheres na estrutura social e nos saberes.


Em dias de polaridade política e radicalismo religioso como os atuais, vivemos o risco de uma nova caça às bruxas?
Julia Myara - Certamente. Se alargarmos o entendimento do termo "caça às bruxas" a todas as minorias historicamente e atualmente perseguidas, podemos perceber que nossa realidade expressa determinados afetos historicamente associados a perseguição de grupos, povos e práticas que não se enquadram nos afetos vigentes de uma sociedade conservadora, normativa e violenta. A caça às bruxas é um exemplo de como uma sociedade pode perseguir por séculos, determinado grupo com o objetivo de dominá-lo e usurpar sua sabedoria. O renascimento dos símbolos das bruxas e sua sabedoria natural é a prova de como se opera uma potente resistência.


De que forma a bruxaria está ligada ao sagrado feminino e ao conceito de empoderamento?
Julia Myara - Essa é uma pergunta delicada pois o conceito de empoderamento ficou bem esvaziado de sentido. Na minha visão, nenhuma mulher se empodera sozinha. Ninguém se empodera sozinho. Nós somos seres comunitários e nossas vitórias são comunitárias. Um indivíduo que conquista algo de especial e importante em sua vida, ainda que o faça de uma maneira bela, não necessariamente liberta seus iguais das opressões estruturais. Dessa forma, a bruxaria, como resgate dos símbolos da sabedoria das mulheres e suas práticas de resistência empoderam enquanto articulam um comum entre mulheres. Se, na recuperação desses símbolos e afetos, as mulheres se organizarem e se entenderem como uma coletividade, lutando por direitos, criando redes de apoio, fortalecendo laços de respeito e amizade, penso que um verdadeiro empoderamento pode acontecer. Sobre o sagrado feminino, acredito que seja um fenômeno religioso interessantíssimo, de recuperação dos antigos símbolos das religiões que cultuavam a grande Deusa. Se nós, seres humanos, somos contadores de histórias, e se parte das nossas histórias envolvem a dimensão do sagrado na existência, penso ser interessantíssimo o retorno da adoração de uma grande divindade feminina.

.: Grátis: Eduardo Okamoto apresenta "Eldorado" em live teatral


Eduardo Okamoto apresenta "Eldorado", espetáculo pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2009. Foto: Fernando  Stankus

Dentro de apresentações teatrais das lives #EmCasaComSesc, nestquarta-feira, dia 26, às 21h30, o ator Eduardo Okamoto apresenta "Eldorado", espetáculo pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2009. A peça teatral pode ser assistida no YouTube do Sesc São Paulo youtube.com/sescsp -  e no Instagram do Sesc Ao Vivo - @sescaovivo

Inspirado pela pesquisa com construtores e tocadores de rabeca, instrumento de arco e cordas parecido com o violino e presente em muitas manifestações da cultura popular brasileira. Na história, um cego busca encontrar o que nenhum homem pôde: Eldorado. Com classificação indicativa de 12 anos, a peça tem dramaturgia de Santiago Serrano e direção e iluminação de Marcelo Lazzaratto. O espetáculo já percorreu várias cidades brasileiras e foi apresentado na Espanha.

Nesta sexta-feira, dia 28, Leona Cavalli apresenta o solo "Elogio da Loucura", baseado em livro homônimo de Erasmo de Rotterdam (compre neste link), humanista e teólogo que viveu na Idade Média. A obra é uma sátira à sociedade dos séculos XV e XVI, retratando males que ainda são identificados atualmente, como a hipocrisia e a perda dos valores da vida. Em sua versão para o teatro, a autora Thelma Guedes mantém o discurso sobre a loucura por meio da ótica da obra, que acaba sendo um reflexo da sociedade de todas as épocas. O espetáculo tem direção de Eduardo Figueiredo e classificação 14 anos.

Os atores Leonardo Rocha e Mariana Arruda, do Grupo Maria Cutia, fazem uma releitura para tempos de isolamento social do "Auto da Compadecida", clássico de Ariano Suassuna (compre neste link), dirigido por Gabriel Villela e apresentado neste domingo, dia 30. A peça narra as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó, que começam com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro e de sua mulher e acabam em uma epopeia milagrosa no sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo. 

Todo o cenário e as canções de "Auto da Compadecida" são executadas ao vivo na peça e foram adaptadas para a encenação. O diretor Gabriel Villela, reconhecido pelo estilo barroco de seus espetáculos, faz nesta adaptação uma analogia estética entre a cor dos figurinos e a cor da lama do rompimento das barragens de mineradoras em Minas Gerais. Esse traço contemporâneo é uma característica presente em todo o espetáculo. A classificação é livre.

Durante o período de distanciamento social, em que as unidades do Sesc no estado de São Paulo permanecem fechadas para evitar a propagação do novo coronavírus, um conjunto de iniciativas garantem a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. Pelos canais digitais e redes sociais, o público pode acompanhar o andamento dessas ações e ter acesso a conteúdos exclusivos de forma gratuita e irrestrita. Confira a programação e fique #EmCasaComSesc.

Agenda de 21 a 30 de agosto, sempre às 21h30

Segunda-feira, 24 de agostoClaudio Tovar em "Diário de Um Louco".

Quarta-feira, 26 de agostoEduardo Okamoto em "Eldorado".
Sexta-feira, 28 de agostoLeona Cavalli em "Elogio da Loucura".
Domingo, 30 de agosto: Grupo Maria Cutia em "Auto da Compadecida".
Transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp. 


Livros que inspiraram as peças desta semana:
"Elogio da Loucura", de Erasmo de Rotterdam. Compre o livro neste link.
"Auto da Compadecida", clássico de Ariano Suassuna. Compre o livro neste link.
"Auto da Compadecida", clássico de Ariano Suassuna. Compre o filme neste link.

.: Grátis: Virgínia Rodrigues apresenta o show "Cada Voz É Uma Mulher" em live


Com seis álbuns na carreira, Virgínia Rodrigues já dividiu o palco com Milton Nascimento, Djavan e Caetano Veloso. Foto: Pico Garcez

Dentro da programação do #EmCasaComSesc, nesta quarta-feira, dia 26, às 19h, Virgínia Rodrigues constrói diálogos entre compositoras de países de língua portuguesa, como Brasil, Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Angola no show "Cada Voz É Uma Mulher" (compre o álbum neste link). O Sesc São Paulo vem promovendo uma série de shows diários com transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp

O show de Virgínia Rodrigues traz composições de Sara Tavares, Mayra Andrade, Aline Frazão, Lena Bahule, Luedji Luna, entre outras. Com seis álbuns na carreira, Virgínia Rodrigues já dividiu o palco com Milton Nascimento, Djavan e Caetano Veloso. No exterior, destaque para as apresentações no Wassermusik Black Atlantic Revisited (Alemanha), no Festival Mundial de Música Sacra de Fez (Marrocos), no Museu Quai Branly (França), em Barbican (Inglaterra) e no Coliseu de Lisboa (Portugal). O show tem participação do músico João Mendes.

Na quinta-feira, dia 27, o #EmCasaComSesc recebe o cantor e compositor Nelson Sargento, a lenda viva do samba (compre o álbum "Sonho de Um Sambista", de 1979, neste link). Aos 96 anos, completados em julho, e com mais de 60 anos de carreira, o presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira apresenta músicas inéditas de seu próximo disco, ainda em fase de gravação, e faz uma retrospectiva de seu repertório autoral. Sargento é reconhecido no Brasil e no exterior e teve suas composições gravadas por nomes como Beth Carvalho (1946-2019), Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Alcione. Entre os seus grandes parceiros, destaque para Alfredo Português (1885-1957), Cartola (1908-1980) e Darcy da Mangueira (1932-2008).

Na sexta-feira, dia 28, a cantora Tássia Reis apresenta canções de "Próspera", terceiro trabalho de estúdio (compre neste link). A cantora estará acompanhada dos músicos Jhow Produz (arranjador e beatmaker) e Weslei Rodrigo (baixista). Verso a verso, rima a rima, Tássia Reis fala sobre seguir em frente, progredir e valorizar um olhar mais delicado com a vida, rompendo ideias, ciclos e histórias que nada trazem de positivo. O disco surgiu da necessidade da cantora de prosperar em todos os sentidos: pessoais, amorosos e espirituais. Lançado em 2019, "Próspera" levou a jovem artista a se apresentar em todo o Brasil e à sua primeira turnê internacional pela Europa, onde passou pelos palcos do Roskilde Festival (Dinamarca), Walthamstow Garden Party (Londres), Sfinks Festival (Bélgica) e Les Escales (França).

Sábado, 29 de agosto, é dia de curtir o show de Zizi Possi, que apresenta os grandes sucessos de seus mais de 40 anos de carreira. Entre seus 19 discos e quatro DVDs, destaca-se o álbum "Per Amore" (compre neste link), lançado em 1997 e com mais de três milhões de cópias vendidas. No ano seguinte, Zizi concorreu em três categorias do Grammy: melhor disco, melhor intérprete e melhor música pela canção que dá título ao álbum. Em 2008, celebrando os 30 anos de carreira, produziu "Cantos e Contos", gravado em DVD, onde se apresentou na companhia das cantoras Ana Carolina e Alcione, e dos cantores Alceu Valença, Edu Lobo, Roberto Menescal, João Bosco e Ivan Lins, além de outros grandes nomes da música brasileira. Nos últimos anos, Zizi também percorreu diversas capitais do país em show com a filha, Luiza Possi.

Domingo, dia 30, a cantora Jussara Silveira e o violonista Luiz Brasil apresentam "Gangorra de Dois", show que nasceu do reencontro da dupla de artistas no Festival Mário de Andrade, realizado em outubro do ano passado, pela Secretaria Municipal de Cultural de São Paulo. Atuando juntos há mais de 20 anos, a cantora e o violonista interpretam, neste show, clássicos da música brasileira e obras pouco executadas, como "Os Passistas", de Caetano Veloso, "Ludo Real", de Chico Buarque e Vinicius Cantuária, e composições de Dorival Caymmi (1914-2008), a quem Jussara dedicou um disco tributo com participação de Luiz Brasil no violão, arranjos e produção musical. Compõem ainda o repertório releitura de trilhas do álbum "Nobreza", que a cantora lançou em 2006, e composições de Carlinhos Brown, Cézar Mendes, Beto Pellegrino Milton Nascimento, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Beto Guedes.

Criado há 25 anos pelo Sesc São Paulo e em operação em diversos estados do país, a iniciativa está com uma campanha para expandir sua rede de parceiros doadores e ampliar a distribuição de alimentos, produtos de higiene e limpeza em meio à crise causada pelo novo coronavírus. Também engajados pela causa, os artistas têm aproveitado as transmissões online para convocar as pessoas, principalmente empresários e gestores, a integrarem a rede de solidariedade. Para saber como ser um doador, basta acessar o site mesabrasil.sescsp.org.br.


Agenda de 24 a 30 de agosto, sempre às 19h

Segunda
-feira, 24 de agostoFábio Caramuru.
Terça-feira, 25 de agosto: Edvaldo Santana
Quarta-feira, 26 de agosto: Virgínia Rodrigues. Participação: João Mendes. 
Quinta-feira, 27 de agosto: Nelson Sargento.
Sexta-feira, 28 de agostoTássia Reis. Participação de Jhow Produz e Weslei Rodrigo.
Sábado, 29 de agostoZizi Possi.
Domingo, 30 de agosto: Jussara Silveira e Luiz Brasil.
Transmissões pelo Instagram @sescaovivo e YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp

.: Grátis: oficina de elaboração de projetos culturais abre inscrições


Aprenda a desenvolver projetos culturais em uma oficina online e gratuita

Se você é artista ou produtor e sonha em tirar o seu projeto cultural da gaveta, não pode perder a oficina online e gratuita “Elaboração de Projetos Culturais”, que será realizada, de 24 a 28 de agosto, das 16h às 17h, pelo ator e produtor Julio Luz, por meio de videoconferências na Sympla Streaming (Beta). Os interessados já podem se inscrever por meio deste link: https://www.sympla.com.br/oficina---elaboracao-de-projetos-culturais__932521.

A iniciativa - aberta a toda sociedade - faz parte do Programa Cultura Presente nas Redes e é financiada pelo Fundo Estadual de Cultura da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Segundo Julio Luz, os participantes terão a oportunidade, de conhecer os itens essenciais para o planejamento e elaboração de um projeto cultural bem sucedido, tais como: apresentação, objetivo, justificativa, público alvo, equipe, etapas de trabalho, cronograma de atividades, orçamento, plano de divulgação, plano de distribuição e plano de contrapartidas. “A oficina irá direcionar os participantes a elaborarem um plano estratégico para trilharem o caminho do sucesso, declara.

Júlio Luz é professor, diretor, produtor e ator e atua no mercado artístico e cultural há 21 anos. É licenciado em Teatro pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, foi coordenador da Casa Aguinaldo Silva de Artes, localizada na cidade de São Paulo, onde lecionou, durante dois anos, no curso de Atuação – Módulo Básico. Atualmente, leciona na sede da Cia de Teatro Contemporâneo, no Rio de Janeiro, as disciplinas História do Teatro Mundial e História do Teatro Brasileiro.

No teatro, seus últimos trabalhos foram: "Sonho", “Os Contos que trago” (2019), “Amor, um show poético”, “Viva Suassuna”, “ Mulheres de Lorca”, “Isso é um absurdo” (2018), “Histórias de Suassuna e outros contos” (2017 e 2018), (In)definido “Cururu: o sapo jururu”, “Memorial de Amor Inquieto” (2018 e 2017), “Salinama: mar de lama”,  entre outros.

Serviço
Videoconferência via Sympla Streaming (Beta) - Zoom
Período:
24 a 28 de agosto de 2020.
Horário: 16h às 17h
Inscrição gratuita
https://www.sympla.com.br/oficina---elaboracao-de-projetos-culturais__932521

#editalculturapresentenasredes
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#quarentenacultural

domingo, 23 de agosto de 2020

.: #ResenhaRápida: Rodrigo Miallaret, talento do teatro musical


Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do ResenhandoPróximo desafio de Rodrigo Miallaret é estrelar, no período pós-pandemia, a superprodução musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate". Fotos: Osmar Lucas

Com quase 20 anos de carreira nos grandes musicais, o ator, cantor, diretor e dublador Rodrigo Miallaret é um artista multifacetado. Ele se prepara para estrelar, pós-pandemia, a superprodução musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" no papel do Vovô Joe. Foi em Belo Horizonte que ele descobriu a conexão com a arte, ao conhecer e fazer parte do Grupo Folclórico Aruanda.

Vários musicais fazem parte da trajetória artística deste talentoso intérprete, como "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera", "Sítio do Picapau Amarelo - O Musical" , “Jekyll & Hyde – O Médico e o Monstro”, "Crazy For You", "We Will Rock You", "A Era do Rock"’, "Castelo Rá-Tim-Bum – O Musical", e "Forever Young". No cinema, Miallaret emprestou a voz a dublagens conhecidas, como Maurice, o pai de Bela, na versão live-action da animação "A Bela e a Fera" da Disney.  Também foi o Sultão, pai de Jasmine no live-action de "Aladdin", e mais recentemente como o Scar, o vilão de "O Rei Leão", na última versão desse clássico do cinema.

Miallaret começou o ano se preparando para dar vida ao carismático Vovô Joe, personagem de destaque na clássica história de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", baseada no conto de Roald Dahl, que há mais de 50 anos conquistou o mundo a partir das adaptações cinematográficas que inspirou. É o personagem de Miallaret quem acompanha o neto Charlie Bucket, ganhador de um bilhete dourado, em uma visita à excêntrica Fábrica de Willy Wonka, o que torna para ele, fã da obra e chocólatra assumido, mais especial.

“Assisti aos dois filmes, mas tenho uma maior identificação com o primeiro, de 1971, que assisti na infância e me apaixonei. Lembro de quando assistia com minha mãe e via aquelas delícias do filme, da vontade que sentia de comer chocolate (risos), lembra. “O Vovô Joe é um eterno sonhador, que vê mágica nas coisas, assim como seu neto. E ele é uma delícia de avô, daqueles que dá vontade de levar para casa. Tenho duas músicas deliciosas, uma delas dividida com o Charlie, e sei que será um espetáculo com muitas surpresas, muita magia, como a história que já conhecemos”, completa. Enquanto todos esperam a realização de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", é possível conhecer um pouco mais sobre este intérprete maravilhoso e cheio de talento em uma entrevista exclusiva e imprevisível.

#ResenhaRápida com Rodrigo Miallaret

Nome: Rodrigo Miallaret.
Apelidos: Miala, Bada.
Data de nascimento: 10 de abril de 1965.
Altura: 1,78m.
Qualidade: generosidade. 
Defeito: compulsivo.
Signo: áries.
Ascendente: câncer.
Uma mania: sentir o cheiro.
Religião: Deus.
Time: o elenco.
Amor: necessário.
Sexo: adoro.
Mulher bonita: Vera Fischer.
Homem bonito: Brad Pitt.
Família é: tudo.
Ídolo: Chico Buarque de Holanda.
Inspiração: várias.
Arte é: vida.
Brasil: complicado.
Fé: sempre.
Deus é: sensacional.
Política é: chata.
Hobby: cozinhar.
Lugar: Londres.
O que não pode faltar na geladeira: comida (!!)
Prato predileto: frango.
Sobremesa: sorvete de chocolate.
Fruta: goiaba.
Bebida favorita: água.
Cor favorita: preto.
Medo de: altura.
Uma peça de teatro: "Les Misérables".
Um show: Elton John.
Um ator: Raul Cortez.
Uma atriz: Fernanda Montenegro.
Um cantor: George Michael.
Uma cantora: Zizi Possi.
Um escritor: Monteiro Lobato.
Uma escritora: Agatha Christie.
Um filme: "Amadeus". Compre neste link.
Um livro: "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato. Compre neste link.
Uma música: "Desenredo", de Edu Lobo.
Um disco: (qualquer um) do Chico (Buarque).
Um personagem: o atual (sempre).
Uma novela: "Que Rei Sou Eu?", de Cassiano Gabus Mendes.
Uma série: "O Método Kominsky" (Netflix).
Um programa de TV: "Chico City" (Globo, anos 90). Compre neste link.
Indique um site: A Broadway É Aqui!.
Indique um canal no YouTube: Receitas de Pai.
Uma saudade: meu pai.
Algo que me irrita: contabilidade.
Algo que me deixa feliz é: o palco.
Quem levaria para uma ilha deserta? Arthur (meu cachorro). São as melhores companhias. 
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo seria... Minha Vó Edith. Precisava aproveitá-la mais. 
Não abro mão de: meu cantinho.
Do que abro mão: chatice.
Se tivesse que ser um bicho, eu seria: águia.
Ser homem hoje é: complexo.
O que seria se não tivesse sido ator: médico.
Ser ator é: ser vários.
Willie Wonka em uma palavra: volta!!!
Teatro em uma palavra: essencial.
Televisão em uma palavra: monitor.
Rodrigo Miallaret por Rodrigo Miallaret: "de boa".


.: "Enfodere-se!": Caio Carneiro fatura prêmio e quem ganha o presente é você

O isolamento social está fazendo com que as pessoas desenvolvam um novo olhar em relação à vida, ao menos para quem está disposto a se reinventar. A ausência de atividades sociais presenciais tem mostrado que é necessário criar novos hábitos prazerosos e saudáveis, para além das obrigações com o trabalho ou estudos home office - o que explica o crescimento das vendas de livros e e-books em todo o país.

Para uns, os livros sempre foram parceiros para todas as horas. Para outros, os livros só se tornaram ótimas companhias recentemente. O empreendedor Caio Carneiro orgulha-se por figurar entres os autores mais vendidos do Brasil, em meio à pandemia da Covid-19, com seu "Enfodere-se!" (Buzz Editora, compre neste link), ampliando o interesse pelo livro e a leitura.

Na publicação, que faturou o "Livro de Ouro" ao alcançar 100 mil exemplares vendidos em apenas cinco meses, Caio Carneiro compartilha as técnicas que aprendeu ao longo de toda a sua vida profissional. Para comemorar a conquista, a Buzz Editora lança uma edição especial de luxo em capa dura, de tiragem limitada.

O livro é resultado de uma intensa pesquisa e vivência compartilhada do seu exercício profissional. Ao longo de sua trajetória, Caio tem documentado seus aprendizados e vivências através de suas mídias sociais, conectando-se com milhões de pessoas, com a intenção de ensinar conceitos de liderança, vendas, negócios, como manter o foco diante das adversidades, como vender mais na crise, como ser promovido em tempos difíceis.

Considerado pela Business For Home como um dos líderes com mais influência no mundo do Marketing de Relacionamento, o empreendedor, investidor e palestrante Caio Carneiro conseguiu enorme destaque no mercado da venda direta ainda muito jovem, aos 25 anos, somando mais de dois bilhões em vendas. Pai de dois filhos, a Bella e o Theo, e casado com a Fabi, Carneiro é autor de livros de negócios mais vendidos do país, desde 2018.

Compre "Enfodere-se!", de Caio Carneiro, neste link
Compre "Seja Foda!", de Caio Carneiro, neste link

.: Maria Ribeiro em live com Mika Lins e Monica Iozzi sobre Fernanda Young


Maria Ribeiro faz live no Instagram para contar ao público sobre o processo de ensaios para a peça "Pós F", inspirado no livro de Fernanda Young. Foto: Bispo

Dia 25 de agosto, dia da morte de Fernanda Young, a atriz Maria Ribeiro faz uma live em seu Instagram (@mariaaribeiro), para contar ao público sobre o processo de ensaios para a peça "Pós F", dirigida por Mika Lins e inspirada no livro da escritora e roteirista. A live começa às 19h e conta com a participação de Monica Iozzi, que protagonizou a série "Vade Retro", escrita por Young e Alexandre Machado, e foi exibida pela Rede Globo em 2017.

Primeira obra de não-ficção de Fernanda Young, "Pós-F, Para Além do Masculino e do Feminino" (compre o livro neste link) venceu o Prêmio Jabuti 2019, mesmo depois da precoce morte da autora em agosto do mesmo ano. A peça "Pós F" estreia dia 12 de setembro, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, com transmissão via streaming direto do palco, em temporada até 4 de outubro, com sessões aos sábados e domingos, às 20h. Vendas de ingressos a partir de 25 de agosto.

Peça teatral é inspirada no livro "Pós-F, Para Além do Masculino e do Feminino", de Fernanda Young, que vendeu o Prêmio Jabuti de Literatura. Compre o livro neste link.

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