segunda-feira, 5 de outubro de 2020

.: Espetáculo "O Mistério de Irma Vap" volta para curtíssima temporada


Assistido por mais de 80 mil pessoas, "O Mistério de Irma Vap" volta em formato drive in para curtíssima temporada em São Paulo. Foto: Priscila Prade

Sucesso de público e crítica, a comédia besteirol "O Mistério de Irma Vap" (crítica neste link) retorna para curtíssima temporada, no Drive In das Américas do Espaço das Américas, em São Paulo. A temporada adaptada acontecerá na próxima sexta-feira e sábado, dias 9 e 10  de outubro, e tem como protagonistas a dupla Luis Miranda e Mateus Solano na montagem dirigida pelo encenador Jorge Farjalla a partir do texto de Charles Ludlam. A produção e realização são da Bricabraque Produções e Palco7 Produções. 

A trama original se passa em um lugar remoto da Inglaterra e conta a história de Lady Enid, a nova esposa do excêntrico Lord Edgar. Ela tem que se adaptar a viver em uma mansão mal-assombrada pelo fantasma da primeira esposa de seu marido, Irma Vap - lugar onde o filho do casal foi morto por um lobisomem. Na casa, há uma governanta que assume a posição de rival da recém-chegada. Para retomar o amor de seu marido, Lady Enid come o pão que o diabo amassou e pratica peripécias divertidas. Em cena, dois atores interpretam os vários personagens, entre humanos e assombrações.

O texto foi montado pela primeira vez em 1984 em um pequeno teatro em Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos, pela companhia Ridiculous Theatrical Company, do próprio Charles Ludlam. Ele fez uma paródia dos clássicos e inspirou-se em um gênero da Inglaterra Vitoriana chamado “penny dreadful” (que pode ser traduzido como terror a tostão) para criar um novo tipo de comédias, o melodrama vitoriano.

Diferente da história original, a versão é situada em um trem fantasma de um parque de diversões macabro. “Usamos como referência os filmes de terror, como 'Pague para Entrar, Reze para Sair', de Tobe Hooper; 'Rebecca', de Alfred  Hitchcock e a estética dos anos 80. Mergulhamos também no universo do videoclipe de 'Thriller', de Michael Jackson, que foi dirigido pelo cineasta John Landis, uma referência do que é um filme de horror. Além disso, a obra também tem várias citações de Shakespeare, principalmente de Hamlet. Desfragmentamos todas as camadas do texto para ver o que estava por trás dele e ressignificar a obra”, conta o diretor e encenador Jorge Farjalla.

A primeira e icônica montagem brasileira do texto, com direção da saudosa atriz Marília Pêra e atuação de Ney Latorraca e Marco Nanini, estreou em 1986 e ficou em cartaz durante 11 anos consecutivos, o que garantiu ao texto o registro no livro "Guiness World Records". A peça ficou marcada na história do teatro por uma espécie de gincana de troca de figurinos por Nanini e Latorraca.

O espetáculo, ainda segundo o diretor, tem a proposta de expor aos olhos do público essa troca de roupas e enfatizar ainda mais o texto e o trabalho do ator. “Nós teatralizamos a troca de roupas. Eu quero mostrar para o espectador o teatro como uma grande ilusão e o ator como um grande mago, que pode criar tudo na frente do público e fazê-lo acreditar naquela situação. Quero que a plateia sinta o trabalho do ator e como eles vão dividir esses personagens em um jogo de espelhos. O próprio texto de Ludlam sugere o jogo teatral e tentamos enfatizar ao máximo a questão dos atores como um duplo”, comenta.

Essa encenação ousada só é possível graças ao talento de Luis Miranda e Mateus Solano. “Os dois são de uma genialidade, uma elegância artística. “Eles têm juntos uma energia maravilhosa. Estou muito grato por tê-los comigo e por partilhar algo tão sagrado para mim, que é o fazer teatral”, acrescenta.

Elementos cênicos de "Irma Vap"
O cenário de Marco Lima é um trem fantasma, com o carrinho utilizado de forma manual, artesanal e mecânica. Tudo construído com madeira, ferro e materiais simples. As luzes do cenário piscam e as portas abrem e fecham. Na montagem, os quatro atores “vodus contrarregras” fazem a movimentação do cenário. Todo palco está aberto, mostrando a caixa cênica, sem bambolinas, sem rotundas, revelando o maquinário do teatro e não escondendo nada. “O cenário foi inspirado no filme de terror dos anos 80, 'Pague para Entrar, Reze para Sair'. É todo teatralizado”, detalha Marco Lima.

O figurino de Karen Brusttolin é todo feito à mão, por uma equipe composta por sapateiro, chapeleiro, costureira, bordadeira, designer de adereços e envelhecimento. O tecido utilizado foi o jeans, para dar um ar contemporâneo.  São sete trocas de roupa, referências e universos diferentes que transitam desde a era medieval até David Bowie. “Temos trocas de roupas muito rápidas. O diretor optou por revelar essas mudanças ao público. Pensei que este figurino deveria ser feito em camadas, criei a roupa “base” como bonecos de vodu. Depois disso fui lapidando cada roupa pensando nas necessidades de cada ator, para que essas trocas pudessem acontecer com fluidez”, conta Karen. 

A iluminação de César Pivetti é quase uma personagem. São vários efeitos, 300 movimentos de luz. “Procurei usar algumas tonalidades que remetessem ao clima de trem fantasma e escolhi dois tons de lavanda. Posicionei as máquinas de fumaça, criando um pântano. Com os refletores de chão e com toda a possibilidade de cenografia, conseguimos criar essa região pantanosa”, comenta César. 

A trilha musical é quase cinematográfica, pontua as cenas e as ações dos atores. As escolhas foram feitas em cima da opção do diretor de ambientar a peça no trem fantasma. A referência, como já citada no release, foi o cinema de terror das décadas de 70/80. “Não é tão comum usar a música no teatro desta maneira. Eu bebi bastante a fonte do filme Pague para Entrar, Reze para Sair, por sugestão do Farjalla. Apesar do clima de terror, o humor está tanto na caricatura de cenário, figurino, atuação dos atores, quanto na música. Então essa caricatura do terror, da tensão, do suspense, traz consigo o humor, porque fica às vezes tão bizarro, que torna a coisa engraçada”, finaliza o diretor musical Gilson Fukushima.

Ficha Técnica de "O Mistério de Irma Vap"
Texto:
Charles Ludlam. Idealização: Andrea Francez. Direção, encenação e dramaturgia: Jorge Farjalla. Elenco: Luis Miranda, Mateus Solano, Biagio Pecorelli, Fagundes Emanuel, Gus Casabona, Thomas Marcondes. Traducão: Simone Zucato. Assistente de direção: Raphaela Tafuri. Direção de produção: Marco Griesi e Priscila Prade. Coordenação de produção: Daniella Griesi. Produção executiva: Maristela Marino. Assistente de produção: Carolina Teixeira. Direção musical: Gilson Fukushima. Cenografia: Marco Lima. Iluminação: Cesar Pivetti. Figurinos: Karen Brustolin. Fotografia: Priscila Prade. Comunicação: Rodrigo Souza. Mídia Digital: Gigi Prade e Leila Guimaraes. Comunicação Visual: Kelson Spalato e Murilo Lima. Produção de elenco: Marcela Altberg. Realização: Bricabraque Produções e Palco7 Produções. 

Serviço:
"O Mistério de Irma Vap"
Sexta-feira e sábado às 21h, dias 9 e 10 de outubro.
Local: Drive In Das Américas
Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP
Classificação indicativa: 12 anos.
Gênero: comédia.
Duração: 110 minutos.
Ingressos: Lote 1 / por carro - R$ 320 (até quatro pessoas por veículo). Lote 2 / por carro - R$ 350 (até quatro pessoas por veículo). Lote 3 / por carro - R$ 380 (até quatro pessoas por veículo).
À venda na Ticket 360  - https://www.ticket360.com.br/

.: Ronnie Von revela transtorno de ansiedade no #Provoca desta terça


O #Provoca desta terça-feira, dia 6, entrevista, remotamente, o cantor e apresentador Ronnie Von. Na edição inédita, ele fala de sua carreira musical, sua fase psicodélica e, também, conta sobre os motivos por trás do título "mãe de gravata" que recebeu.

O programa ainda traz um papo sobre paternidade e revela algumas facetas desconhecidas do príncipe, como seu transtorno de ansiedade. Vai ao ar às 22h15, na TV Cultura e no canal oficial do #Provoca no YouTube. Realização: Fundação Padre Anchieta, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal - Lei de Incentivo à Cultura.

.: Obra de Plínio Marcos é celebrada em documentário no YouTube


Documentário, que pode ser assistido gratuitamente no YouTube, retrata fielmente Plínio Marcos, conhecido também como o artista das "Quebradas do Mundaréu".

A vida e a obra de Plínio Marcos é homenageada no lançamento oficial do documentário "Plínio Marcos - Nas Quebradas do Mundaréu", material dirigido pelo cineasta Julio Calasso, que retrata com assimetria a trajetória de vida do ator, escritor, diretor e jornalista. Com autorização da família e participação de diversos amigos de Plínio, o material é considerado por muitos o que melhor personifica quem fora este que encantou e transitou pelas noites madrigais e pelos caminhos do "roçado do bom deus".

Com diversos livros e livretos publicados, peças de teatro consagradas e trabalhos memoráveis, ele escreveu sua carreira mantendo uma linha tênue com o povo e isso fica evidenciado em peças como: "Abajur Lilás", "Barrela", "Dois Perdidos numa Noite Suja", "Navalha na Carne" entre outro. Um grande artista que ajudou a fomentar a carreira de outros grandes nomes do teatro, televisão e da música brasileira através de suas peças e exaltou com carinho o samba paulistano nos palcos com "Balbina de Iansã", "Jesus Homem", "Nas Quebradas do Mundaréu" (nome que reforça o título do documentário).

Vencedor do Prêmio da Associação dos Críticos de Arte em 1976 e com título póstumo de Grão Cruz da Ordem do Mérito em 2012, fora outros prêmios que acumulou ao longo de sua carreira. Plínio, que completaria na mesma data, 85 anos, merecia este recorte que fora feito com muito cuidado e capricho e contou com o acompanhamento de sua família em cada parte deste processo.

Viajam nessa nave do tempo, os temperos do caldeirão: Tônia Carrero, Rogério Sganzerla, Aguilar, Geraldo Sarno, Vera Fischer, Gilberto Mendes, Geraldo Filme, Cacilda, Cleide Yaconis, Abujamra, Cartola, Vanzolini, Gero Camilo, Neville d’Almeida, Zé Joffily, Carlos Cortez, Braz Chediak, Cláudio e Sérgio Mamberti, Renato Ciasca e Beto Brandt, Nelson Xavier, Buñuel, Andrea Tonacci, Itamar Assumpção, Glauce Rocha, Jece Valadão e Joelho de Porco, tudo junto e misturado. Esta é uma obra que ratifica, o talento, a arte e a capacidade de expor cada detalhe deste que enxergou de forma peculiar todo cotidiano da população brasileira. São intensos 100 minutos pela arte e pela vida. O filme já está disponível no youtube e pode ser assistido abaixo:

"Plínio Marcos - Nas Quebradas do Mundaréu"

Ficha técnica de  "Plínio Marcos - Nas Quebradas do Mundaréu":
Roteiro, produção, direção, coedição:
Julio Calasso. 
Edição, arte, edição de som: Pedro Calasso. 
Assistente de edição e montagem: Adécimo de Lucca.
Fotografia e câmera: Aloysio Raulino.
Som direto: Yan Ssaldanha (Rio de Janeiro).

.: A literatura brasileira em 15 frases inspiradoras de Paulo Coelho


Amado por uns e odiado por outros, Paulo Coelho atuou como dramaturgo, jornalista e compositor, antes de se dedicar à literatura. Nascido em 1947, no Rio de Janeiro, Paulo Coelho é considerado um fenômeno literário, que tem a obra publicada em mais de 170 países e traduzida para 84 idiomas. Desde 2016, a editora Paralela publica sua obra. Escolher 15 frases inspiradoras de Paulo Coelho é um passeio pela literatura brasileira.


“Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize seu desejo.”
"O Alquimista"


“Não estamos sós. O mundo se transforma, e nós somos parte dessa transformação.”
"As Valkírias"


“Você é o que acredita ser.”
"A Bruxa de Portobello"


“Quem quer aprender deve começar olhando à sua volta.”
"Hippie"


"Certas coisas da vida foram feitas para serem experimentadas – nunca explicadas. O amor é uma dessas coisas."
"Maktub"


“O caminho da sabedoria é não ter medo de errar.”
"Brida"


“O que é mais importante nesta vida? Viver ou fingir que vivi?”
"Onze Minutos"


“O desafio não espera. A vida não olha para trás. Uma semana é tempo mais que suficiente para sabermos decidir se aceitamos ou não o nosso destino.”
"O Demônio e a Srta. Prym"

“O importante não é a batalha isolada, mas o final da guerra.”
"Manual do Guerreiro da Luz"


“Ama-se porque o Amor é o Dom Supremo e não porque ele nos dá algo em troca.”
"O Dom Supremo"


“O Extraordinário reside no Caminho das Pessoas Comuns.”
"O Diário de Um Mago"


“Há momentos em que as tribulações acontecem em nossas vidas, e não podemos evitá-las. Mas estão ali por algum motivo. [...] Só quando as ultrapassamos, entendemos por que estavam ali.”
"O Monte Cinco"


“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.”
"O Zahir"


“A grandeza de Deus sempre se mostra através das coisas simples.”
"Ser Como o Rio que Flui"


"Que jamais me vejam como uma vítima, mas sim como alguém que deu passos com coragem e pagou sem medo o preço que precisava pagar."
"A Espiã"


.: Mary del Priore lança novo livro em palestra virtual no dia 8 de outubro


#ConectaPlaneta: Novo livro de Mary del Priore, "Sobreviventes e Guerreiras" será lançado em palestra virtual no dia 8 de outubro. Autora dá voz às brasileiras que resistiram ao patriarcalismo de 1500 a 2000 em nova obra publicada pela Editora Planeta

"A história nos ajuda a compreender que, contra a engrenagem da repetição, contra o retorno da adversidade, há o desejo de autonomia e igualdade. Há a vontade de rejeitar a vitimização generalizada." - Mary del Priore

"Resistimos como respiramos, por reflexo. Resistimos para sobreviver e também para defender nossos valores, sem os quais a vida não tem sentido". Pós-doutora pela École des Hautes Études em Sciences Sociales de Paris, a historiadora Mary del Priore é autora de mais de 50 livros de História do Brasil.

Agora, em um momento de pandemia em que estatísticas alarmantes evidenciam a insistente e cruel realidade de violência doméstica contra as mulheres brasileiras, Priore volta às origens do patriarcalismo em "Sobreviventes e Guerreiras", obra essencial para entendermos a história da luta feminina por um novo ângulo que tira o foco do papel da mulher como subalterna e o coloca em sua fundamental participação para as transformações históricas do país.

O lançamento do livro acontecerá por meio de uma palestra virtual gratuita na próxima quinta-feira, dia 8 de outubro, às 18h. O projeto tem como objetivo trazer informação e entretenimento por meio de palestras realizadas pelos nossos autores e estimular uma rede de solidariedade ao apoiar livrarias independentes, um dos segmentos mais fragilizados do mercado no atual contexto, e auxiliar entidades filantrópicas. O livro "Sobreviventes e Guerreiras" estará à venda ao final do bate-papo e parte da verba será destinada a uma instituição. A inscrição pode ser realizada pelo site do projeto.

Sobre a autora: 
Historiadora, pós-doutora pela École des Hautes Études em Sciences Sociales de Paris e autora de mais de 50 livros de História do Brasil, Mary Del Priore lecionou na FFLCH/USP, na PUC/RJ e na Universidade Salgado de Oliveira. Com mais de 20 prêmios literários nacionais e internacionais, entre os quais três Jabutis, apresenta um programa na rádio CBN, "Rios de História", colabora com jornais e revistas acadêmicos e não acadêmicos e é sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, entre tantos outros. Presta consultoria para consagrados diretores de cinema como Daniela Thomas, Beto Amaral e Estevão Ciavatta, e vem colaborando com documentários realizados para a televisão brasileira com enfoque em história.

Serviço:
#ConectaPlaneta
"Sobreviventes e Guerreiras" - Palestra com Mary del Priore
Quinta-feira, dia 8 de outubro, às 18h.
Gratuito.
Inscrições: conectaplaneta.com.br.

domingo, 4 de outubro de 2020

.: Grátis: peça teatral com Fernanda Nobre e Maria Helena Chira no Sesc


A partir da próxima semana a programação de Teatro #EmCasaComSesc entra em nova fase com atrizes e atores ocupando os palcos das unidades do Sesc na capital paulista. Apresentações passam a começar mais cedo, às 21h. Foto: Victor Iemini

A partir da próxima semana a programação de Teatro #EmCasaComSesc entra em nova fase com os atores e as atrizes ocupando os palcos das unidades do Sesc na capital paulista. Com a mudança, o Sesc São Paulo passa a acolher versões de espetáculos com estruturas maiores, que contarão com os recursos do palco para uma transmissão de melhor qualidade. 

Nesta nova fase, os teatros receberão as peças sem a presença do público e dentro de todos os protocolos de segurança. As apresentações nos teatros das unidades serão intercaladas com as lives realizadas na casa dos artistas. Em novo horário, mais cedo, às 21h, a série terá apresentações aos domingos, quartas e sextas. Os espetáculos podem ser assistidos no YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp -  e no Instagram do Sesc Ao Vivo - @sescaovivo

O formato híbrido, com a manutenção das transmissões realizadas da casa dos artistas, permite que a série continue oferecendo encontros com nomes de outros estados e com atores e atrizes em condições de maior vulnerabilidade ao coronavírus. Ao reabrir as portas dos palcos do Sesc, dá-se oportunidade a mais profissionais para realizarem seu trabalho, ajudando a estimular o setor cultural.

O novo formato será estreado com o espetáculo "A Desumanização", com Fernanda Nobre e Maria Helena Chira, nesta quarta-feira, dia 7, às 21h, diretamente do Sesc Santana, mesmo palco em que a peça estreou, em 2019. O espetáculo é uma adaptação para o teatro do livro homônimo do premiado autor português Valter Hugo Mãe. Sucesso de crítica e público, a montagem foi vista por quase 5 mil espectadores, incluindo o próprio escritor. 

No enredo de "A Desumanização", a personagem Halldora relembra a infância e o que a fez deixar sua cidade natal, na Islândia. A morte da irmã gêmea, o envolvimento com um homem ofuscado por um segredo e a difícil tarefa de existir numa comunidade opressora são os elementos com que tem que lidar, a partir dos recursos próprios da infância. A peça retrata poeticamente a busca da identidade e da integridade de uma mulher em luta íntima para encontrar o espaço de sua existência. Classificação: 14 anos.

Na sexta-feira, dia 9, ao vivo do palco do Sesc Ipiranga, tem a montagem "Lugar Nenhum" com a Companhia do Latão. Inspirada na obra do autor russo Anton Tchekhov (1860 - 1904) e escrita por Sérgio de Carvalho com colaboração do elenco, a peça propõe uma reflexão atual sobre aspectos que acompanham a sociedade brasileira desde o período colonial, como a exploração do trabalho, o racismo, a violência institucional, e outros elementos que culminam nas práticas naturalizadas de extermínio das populações periféricas, negras e indígenas no país. 

O espetáculo "Lugar Nenhum" se passa numa casa de praia onde uma família de artistas se reúne para comemorar o aniversário de seu filho. Debates ideológicos sobre arte e política no Brasil se misturam aos pequenos estragos e violências cotidianas. A montagem tem dramaturgia e direção de Sérgio de Carvalho. Classificação: 16 anos .

Encerrando a semana, no domingo, dia 11 de outubro, o ator Duda Woyda apresenta "Caio F. em Casa". Trata-se de uma versão intimista, baseada no espetáculo solo "O Outro Lado de Todas as Coisas", do próprio artista e com direção de Marcus Lobo e Rafael Medrado. Realizada entre 2016 e 2019, em Salvador, na Bahia, a montagem foi exibida em diversos festivais brasileiros. 

Agora, a nova versão, que une ficção e realidade, busca estabelecer uma troca e preencher o vazio experimentado devido ao isolamento social pelo qual passamos, falando das dores e delícias do amor e de como podemos nos proteger de tamanha fragilidade como a que vivemos. A peça tem direção de Marcus Lobo, dramaturgia de Djalma Thürler e colaboração de Rafael Medrado e Mariana Moreno. Classificação: 12 anos.

Agenda de 7 setembro a 11 de outubro, às 21h

Quarta-feira, 7 de outubro: Fernanda Nobre e Maria Helena Chira em "A Desumanização" - diretamente do palco do Sesc Santana.
Sexta-feira, 9 de outubro: Companhia do Latão em "Lugar Nenhum" - diretamente do palco do Sesc Ipiranga.
Domingo, 11 de outubro: Duda Woyda em "Caio F. em Casa" - diretamente da residência do artista.

.: Entrevista: Andrea Beltrão faz um balanço do trabalho em "Hebe"


Atriz foi indicada ao Emmy Internacional pela interpretação de Hebe Camargo. Equipes de direção de arte, figurino e caracterização da série tiveram acesso à casa, objetos pessoais, roupas e sapatos originais da artista. Foto: Globo/Fábio Rocha 

Ao longo de dez episódios o público pode acompanhar, desde a adolescência, momentos-chave da vida de Hebe Camargo. Alguns, quando ela ainda nem imaginava que seria consagrada uma das damas da televisão brasileira. A série "Hebe" chegou ao fim na última quinta-feira, dia 1º de outubro, trazendo mais algumas páginas da história da apresentadora, como a morte do segundo marido, Lélio Ravagnani (Marco Ricca) e a homenagem recebida no programa "Domingão do Faustão".

Original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, a série foi criada e escrita por Carolina Kotscho, tem direção artística de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu. Andrea Beltrão, que interpretou a loira na fase adulta e está indicada ao Emmy Internacional 2020 pelo papel, falou da saudade que sente desse trabalho e conta qual é a mensagem que espera que "Hebe" deixe para o público.


Como foi acompanhar a exibição da série na TV aberta, ainda mais agora que você tem perfil em rede social?
Andrea Beltrão -
Adoro assistir aos programas na TV, na hora em que vão ao ar, ouvir as televisões dos vizinhos, é muito divertido. Na rede social, onde sou novata e ainda estou me “encontrando”, foi muito legal. Puder fazer várias homenagens para Hebe, para o elenco, para a equipe, e mostrar algumas fotos dos bastidores, que são sempre saborosas e mostram um pedacinho do nosso trabalho. Os comentários foram super carinhosos, sempre. A Hebe era, é, e sempre será muito querida. Peguei uma carona no brilho dela.


Assistir ao último episódio indicada ao Emmy tem um gostinho diferente?
Andrea Beltrão - 
Ah, tem sim, porque essa indicação é muito importante, não só para mim, mas para todos nós que trabalhamos neste ofício de contar histórias, de mostrar nossa cara, nossa vida, falar da nossa realidade, das coisas que nos dizem respeito. Falar da nossa aldeia é falar para muitos.


O que mais te deixa saudade desse trabalho?
Andrea Beltrão - 
Tudo me deixa com saudade. As pessoas, os cenários, as roupas, o sotaque, o jeito Hebe de ser, e a história dela. Outra coisa que me traz muita saudade é a ligação com a figuração, que fazia as cenas de palco comigo. Eles foram importantes e muito atenciosos, me ajudaram demais, e sem a animação deles nas gravações, as cenas de plateia simplesmente não existiriam.


Que mensagem você espera que a história da Hebe deixe para o público?
Andrea Beltrão - 
Ela dizia uma coisa simples, mas que adoro: “Viva cada minutinho da sua vida. Com paixão”. E ela fez isso como ninguém. Que mulherão essa tal de Hebe Camargo! E, agora, um pedacinho dela mora dentro de mim.

.: "O Morro dos Ventos Uivantes" inaugura o selo Darklove Classics

Mulheres eternas, clássicas e imortais. Para honrar as autoras que inspiram gerações de escritoras, chega a nova marca DarkLove Classics. O selo reúne obras escritas por mulheres à frente de seu tempo: vozes do passado que abriram caminho para autoras no presente. As histórias mais amadas da literatura clássica agora têm lugar reservado na DarkSide® Books.

Em uma homenagem aos corações valentes, a obra que inaugura o novo selo é um dos romances mais arrebatadores de todos os tempos: O Morro dos Ventos Uivantes. O clássico de Emily Brontë concentra toda a perspicácia, imaginação e autenticidade da autora, e a consolidou como um dos principais nomes da literatura mundial.

O romance chega para os leitores em uma edição belíssima, com as ilustrações apaixonantes e sombrias de Luciana Vasconcelos e tradução da devota Marcia Heloisa.

"Emily foi inspirada por alguma concepção mais ampla. O ímpeto que a instigou a criar não foi seu próprio sofrimento ou seus próprios ferimentos. Em desordem gigantesca, ela olhou para uma fenda no mundo e sentiu dentro dela o poder de uni-lo em um livro." - Virginia woolf

.: Indicado ao Emmy Internacional 2020, Raphael Logam fala sobre Impuros

Impuros. Foto: Divulgação

Pelo segundo ano consecutivo, Raphael Logam é indicado ao Emmy Internacional de Melhor Ator pelo papel de Evandro, o protagonista da série ‘Impuros’, cuja segunda temporada estreia no Globoplay nesta quinta-feira, dia 01 de outubro. Evandro do Dendê é um jovem de uma favela no Rio de Janeiro que se tornou um dos maiores traficantes do país. Nesta sequência da obra, ele está de volta após fugir da prisão. Agora, ele precisa matar seus inimigos para recuperar as rotas do narcotráfico internacional, e além disso se entender com sua mãe para retomar de onde parou. 

Para reconquistar seu poder depois de ser preso, ele precisará fugir para a Bolívia levando sua esposa Geise (Lorena Comparato), sua cunhada (Bárbara Reis) e os filhos das duas mulheres. Além de lutar contra a polícia, ele deverá aprender a conviver com as mulheres em sua vida.

Por outro lado, o policial federal Vitor Morello (Rui Ricardo Diaz) está desesperançoso com o sistema da instituição e precisa aprender a lidar com suas próprias emoções. Para proteger sua filha dependente de cocaína e que lembra sua própria mãe que morreu de overdose quando ele era criança, Morello deixará Dendê escapar muitas vezes. A segunda temporada de 'Impuros' conta ainda com João Vitor Silva, Gillray Coutinho, Fernanda Machado, André Gonçalves, Peter Brandão, Leandro Firmino e Rocco Pitanga no elenco.

Outras séries policiais nacionais que estão na plataforma são A Divisão, Arcanjo Renegado e Alemão. 


Entrevista com Raphael Logam

Qual foi sua reação ao receber, pela segunda vez consecutiva, uma indicação ao Emmy Internacional pelo papel?

Sensação única. Foi igual à primeira vez: mesma emoção, mesma gritaria, mesmo choro! Sinceramente eu não esperava. Obviamente, depois da primeira vez, você entende que a possibilidade existe. Ainda mais, quando se trata do mesmo produto. Mas, obviamente, tomei o mesmo susto.

 

Como você define seu personagem? 

Pra mim o Evandro é um ser humano sobrevivente. Evandro é a realidade de muita gente de comunidade. Muito família, fiel aos amigos, inteligente. Um cara que, por muitas vezes, é impedido de seguir uma vida normal e acaba sendo sugado para vida do crime.

 

O que você aprendeu com este trabalho?

Esse trabalho foi um divisor de águas na minha carreira. Fazer um protagonista desse tamanho traz a possibilidade de aprender mais e mais. E isso engloba tudo: concentração, estudo, dedicação.

Sobre Globoplay: O Globoplay é a maior plataforma brasileira de streaming, com oferta de conteúdo gratuito e exclusivo para assinantes. Com mais de 840 títulos publicados em 2019 e cerca de 115 milhões de horas de consumo por mês, o serviço reúne conteúdos originais Globo e do mercado audiovisual independente, filmes e séries internacionais renomadas, dentre elas produções exclusivas, que só serão exibidas online. Tudo junto, na mais completa e variada oferta de conteúdo para que o público acesse a qualquer momento e de onde estiver o que está no ar, o que já foi ao ar e o que ainda será exibido.

.: Nova aposta POP da Sony Music, Joca lança "Nosso Amor"


Guarde bem este nome: Joca. O jovem cantor carioca, que já tem contrato assinado com a gravadora Sony Music, se lança na carreira de cantor com influência POP e trabalho 100% autoral. O single escolhido para dar o start nos lançamentos do primeiro projeto de Joca é ‘Nosso Amor’, composta por ele, e está disponível em todas as plataformas digitais a partir de hoje, 02 de outubro. A faixa vem acompanhada de videoclipe, dirigido por Marlene Mattos e Felipe Bella, estrelado por Joca e Lívian Aragão, e poderá ser assistido na próxima semana, no canal oficial do cantor no Youtube.

A canção ‘Nosso Amor’ transmite paz em seus acordes e verso e tem um valor muito sentimental para Joca. Ele conta que costumava ficar muito tempo em seu quarto compondo e gravando canções e que, certo dia, seu pai estava chateado com a ausência dele e das conversas que tinham “foi então que me veio a inspiração para escrever a ‘Nosso Amor’. Quando mostrei para o meu pai, ele me disse que era a melhor música que já tinha ouvido e ele só sabia sorrir. Por isso decidi começar por ela, que também mostra muito de quem eu sou e minhas influências musicais”.

Gravado na capital carioca, cidade natal de Joca, o videoclipe de ‘Nosso Amor’ teve como cenário alguns pontos turísticos da cidade e foi estrelado pelo próprio cantor, na companhia da atriz Lívian Aragão. “Gravar um videoclipe foi um desafio pois nunca atuei, mas, com a ajuda da Lívian e toda a equipe deu tudo certo. Eu só consigo agradecer por ter comigo a Marlene Mattos, que é referência na área, o Felipe e todos que me ajudaram com esse sonho. Há alguns meses estava no meu quarto compondo e agora estou vivendo a história da música, incrível tudo isso” conta Joca.

‘Nosso Amor’ dá início à uma sequência de lançamentos que formarão o primeiro EP da carreira do jovem cantor, intitulado ‘Presságio’. Segundo Joca: “Presságio é um indício de que algo vai acontecer. No meu caso, é algo bom. Um prenúncio de que as coisas sempre vão dar certo e devo isso tudo à minha fé, palavra que move a minha vida. Sempre tive fé que tudo ia dar certo, e que eu não podia desistir dos meus sonhos. Com todo o esforço e com toda minha crença, fui recompensando com a oportunidade que sempre quis ter”.

Link das plataformas: joca.lnk.to/NossoAmor
Link do canal oficial do Joca no Youtube: youtube.com/channel/UCqinwUjKm247m3TebMk4kAA

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