quarta-feira, 14 de abril de 2021

.: Inspirada na mitologia Iorubá, peça online aborda necropolítica brasileira


Cia. do Despejo faz crítica à necropolítica brasileira na videoarte online ‘IRETI’, inspirada na mitologia Iorubá. Com dramaturgia de Ingrid Alecrim e direção de Thaís Dias, a distopia narra a história de uma mãe preta que pariu o Brasil e, depois de ser preterida pela nação, reivindica seus direitos de criação. Foto: Duda Viana

Com a missão de dar voz às culturas afrodiaspóricas – que foram depreciadas ao longo da História -, a Cia. do Despejo estreia a videoarte online “Ireti”, inspirada no espetáculo de mesmo nome. A obra é uma crítica à necropolítica brasileira e às violências sofridas pelas mulheres negras em nosso país. O texto ficou em 4º lugar no edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos, realizado pelo CCSP – Centro Cultural São Paulo em 2019.

As cenas foram gravadas sem plateia e seguindo todos os cuidados para garantir a segurança do elenco. O resultado será transmitido entre os dias 15 e 18 de abril, 13 a 16 de maio, 19 a 22 de junho e 17 a 19 de julho, sempre às 20h, pelo canal da Cia. Mungunzá de Teatro no YouTube.

A montagem, que tem dramaturgia de Ingrid Alecrim e direção de Thaís Dias, é inspirada na mitologia Iorubá, sobretudo na figura de Nanã Buruku, orixá que cedeu a lama do seu domínio para a criação dos corpos humanos. Ela também é responsável pela desencarnação, uma vez que exige de volta a matéria criadora da vida.

“O texto surgiu da ideia persistente de que o Brasil (conforme nominado após a colonização) foi parido e aleitado por mulheres indígenas, africanas e afrodescendentes. “Nosso ‘mundo’ é moldado através das mãos dessas mulheres e, muitas vezes, contra suas vontades. Na colonização, tudo o que é frutífero ficará arrasado: a terra e suas preciosidades, o corpo feminino e sua capacidade de gerar os povos miscigenados, que já nascem sob dominação”, revela a dramaturga Ingrid Alecrim.

A narrativa é conduzida por uma mãe preta e pobre, a personificação de Nanã Buruku. Ela ergueu o Brasil com os próprios braços, mas foi preterida pelo país e, agora, mergulhada em um contexto de miséria, violência, fome e terror, assiste a seus filhos serem mortos e presos e a suas filhas serem estupradas.

A matriarca furiosa reivindica seus direitos de criação, exige que a matéria humana retorne para si e procura alguma maneira de acabar com o mundo em desequilíbrio. A personagem é inserida em uma distopia, na qual as guerrilhas urbanas e rurais expandem uma guerra contra a governança brasileira.  E, nesse contexto, ela reflete sobre o que precisa ser mudado se quisermos viver em um país mais justo e menos violento.

“Ela toma as rédeas da existência humana, se colocando como uma figura central da história do Brasil, e não aceita ser musa, escrava, empregada ou ladra. Ela deixa de ser protagonista de uma história silenciada e solitária e se assume como protagonista da nação. Com essa história, a Cia do Despejo, da qual sou cofundadora, valoriza as narrativas das mulheres brasileiras ao dar voz às verdades desagradáveis, às culturas afrodiaspóricas depreciadas e à configuração de uma realidade apocalíptica convergente com os acontecimentos atuais”, comenta a autora.

Além de denunciar todos os tipos de atrocidades cometidas contra a população negra desde a colonização, a peça tem a proposta de valorizar as ancestralidades. “A todo momento são reavivados saberes e costumes ancestrais que chegam a nós através da afrodiáspora e das culturas orais indígenas. Ritos de cura e presenças míticas permeiam a narrativa e seus acontecimentos. A mitologia Iorubá chegou ao Brasil por meio das pessoas escravizadas e sobrevive através de muita resistência, também inevitavelmente mesclada à cultura do colonizador”, acrescenta.

Segundo Thaís, a encenação nasceu de uma estética uterina, “gestada coletivamente por uma equipe desejante desse nascimento/estreia/partilha cênica. Plasticamente composta de elementos suspensos, a cenografia e os objetos cênicos de Lui Cobra trazem em suas formas e funcionalidades as possibilidades de jogo entre os atuadores e o local da montagem. São camadas de tecidos, paredes-véus a serem costuradas, defumação flutuante, uma banheira parideira: nosso trono de assentamento para esperança nāo vindoura nesse Brasil-Terra-Chāo”, afirma.

O figurino criado por Duda Viana funciona como uma segunda pele, obedecendo aos tons terrosos do cenário e fazendo uma alegoria das figuras a serem interpretadas. “Um elemento que liga a espacialidade e as vestimentas sāo as máscaras feitas por Cleydson Catarina, que representam as nossas vozes, as vozes das mulheres pretas desse Brasil e a das nossas ancestrais”, completa. 


Sinopse do espetáculo
A narrativa é guiada por uma mãe preta inspirada na personificação de Nanã Buruku. Na história ela aparece como a mulher que pariu e levantou com seus braços o Brasil. País que a pretere, mata seus filhos e lhe relega a ingratidão e as sobras. Vislumbrando este mundo onde suas crianças vivem numa realidade cruel de fome, violência e dor, ela deseja a matéria da criação de volta para si, buscando uma maneira de acabar com um mundo desequilibrado. Nana reivindica seus direitos a uma boca que fala e a mãos que curam e matam. Ela se assume como a terra aberta, pulsando e se preparando para voltar ao início. 

Sobre a autora
Ingrid Alecrim é atriz, dramaturga, roteirista, produtora cultural e maquiadora. É cofundadora da Cia do Despejo, onde atuou como cocriadora, atriz, figurinista e maquiadora do espetáculo "Fêmea" e atualmente é dramaturga e produtora do espetáculo “Ireti”. Formada como atriz pela SP Escola de Teatro, iniciou sua trajetória artística através do Teatro Vocacional nos anos de 2006 a 2011. Atualmente, cursa licenciatura em Artes Cênicas na ECA/USP.


Sobre a diretora
Thais Dias é artista piracicabana atuante como atriz, figurinista, produtora cultural, arte educadora e diretora artística. Atriz formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André-ELT (2009). Atriz do Grupo de Teatro Forfé, Coletivo Quizumba. Cantora nos rspetáculos de Repertório da Cia Treme Terra; e da Cia Zona Agbara.  Atuou como diretora artística das obras "Degredo", em 2015, e em “Ireti”, montagem em andamento em 2021. 

Encontra-se em pesquisa para elaboração do figurino dos processos artísticos dos grupos: Zona Agbaras, Coletivo Okan e a Coletiva de Teatro. E em processo criativo temporariamente intitulado: "Camadas da Pele /ou/ Parir a si mesma" onde investiga sua negritude, pele, feminismos e matriarcado.


Ficha técnica

Espetáculo: "Ireti"
Dramaturgia: Ingrid Alecrim
Encenação: Thaís Dias
Direção de movimento: Carol Ewaci
Intérpretes: Breno Furini, Isamara Castilho e Jennifer Souza
Concepções luminosas: Carolina Gracindo
Composição sonora: Aline Machado
Concepção de figurino e costura: Duda Viana
Concepção de cenografia e cenotécnica: Lui Cobra
Orientação de percussão: Helena Menezes Garcia
Orientação de máscaras: Renata Kamla
Mascareiro: Cleydson Catarina
Fotografia: Duda Viana
Artes de divulgação: Afrobela
Produção: Ingrid Alecrim
Assessoria de Imprensa: Bruno Motta Mello e Verônica Domingues –  Agência Fática
Este projeto foi contemplado pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais do Município de São Paulo – VAI.


Serviço
Espetáculo: 
"Ireti", da Cia do Despejo
Apresentações: 15 a 18 de abril, de quinta a domingo, às 20h
13 a 16 de maio, de quinta a domingo, às 20h
19 a 22 de junho, de sábado a segunda, às 20h
17 a 19 de julho, de sábado a segunda, às 20h
Transmissão pelo canal do YouTube da Cia Mungunzá: https://www.youtube.com/c/CiaMungunz%C3%A1deTeatro
Ingressos: grátis
Duração: 30 minutos
Classificação: 16 anos

.: Ando Camargo em monólogo baseado em conto de Caio Fernando Abreu


Ando Camargo protagoniza o monólogo "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga", adaptação do conto do escritor Caio Fernando Abreu. Foto: Sergio Santoian

O #EmCasaComSesc segue em 2021 com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. São shows, apresentações de teatro e de dança, e espetáculos para crianças e famílias, sempre mesclando artistas e companhias consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As transmissões permanecem de terça a domingo, às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo , exceto a apresentação para crianças, no sábado, que ocorre às 15h .

Em conformidade ao anúncio do Governo de São Paulo, que reclassificou todo o estado para a fase mais restritiva da quarentena onde são permitidas apenas atividades essenciais, as transmissões do #EmCasaComSesc serão realizadas da residência ou estúdio de trabalho dos artistas, seguindo todos os protocolos de segurança.

Nesta quarta-feira, dia 14, o ator Ando Camargo apresenta no Teatro #EmCasaComSesc, direto de São Paulo, o monólogo "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga", com direção de Cássio Scapin. Em seu quarto de pensão, um rapaz escreve uma carta para o melhor amigo, que está longe há sete anos. Por meio de suas lembranças, ele busca encontrar uma identidade em meio à dureza e ao caos de uma grande metrópole. "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga" é um conto do livro "Os Dragões Não Conhecem o Paraíso", de Caio Fernando Abreu (1948-1996). Após a apresentação, haverá bate-papo com o ator e o diretor. Classificação indicativa: 14 anos. Classificação indicativa: 14 anos

A série #EmCasaComSesc teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte - que somaram 13,5 milhões de visualizações, até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Transmissões ao vivo acontecem no YouTube do Sesc São Paulo e no Instagram do Sesc Ao Vivo: youtube.com/sescsp e instagram.com/sescaovivo.


.: Leila Navarro, palestrante e atriz, apresenta stand-up "A Poderosa Sou Eu"


Uma das maiores palestrantes do país, Leila Navarro apresenta temporada online do stand-up "A Poderosa Sou Eu". Autora de livros best-sellers, palestrante motivacional e atriz Leila Navarro cria reflexões através do humor em stand-up que terá temporada online. Foto: Acervo do Instituto Leila Navarro

A partir desta quarta-feira, dia 14 de abril, às 21h, o público terá a oportunidade de assistir ao primeiro stand-up criado por Leila Navarro, artista com mais de 20 anos de carreira conhecida como “viagra empresarial” pelo teor irreverente de suas palestras motivacionais. "A Poderosa Sou Eu" é um show que reúne textos dos melhores momentos e versões de Leila sobre a sua fase atual da carreira como artista. A apresentação, gravada previamente, será veiculada pelo Sympla e tem o apoio da Lei Aldir Blanc.

Colecionando diversos prêmios em sua trajetória e sendo reconhecida por veículos especializados da imprensa e público como uma das melhores palestrantes do Brasil, Leila viajou pelo mundo a trabalho, é autora de 16 livros, atriz, humorista, apresentadora, mentora, mãe, avó e muito mais. Aos 68 anos, ri de si mesma e inspira seus ouvintes a darem a volta por cima a partir das reflexões sobre sua vida.

Leila Navarro conta que sua experiência como palestrante contribuiu imensamente para a concepção de A Poderosa Sou Eu. Criado em três meses, o texto reflete sobre relacionamentos, mudanças, família, terceira idade e viagens, entre outros assuntos. O stand-up também tem momentos hilários sobre a relação de Leila com tecnologia, como quando aponta a assistente virtual Siri como uma psicopata, já que ela diz que "apenas os seres humanos têm a habilidade de gostar" e da vez que alterou o idioma do Waze para espanhol para ter uma companhia sedutora em seus trajetos de carro.

"Fiquei conhecida como a poderosa pela minha autoestima e autoconfiança. Nas minhas palestras, uso o humor para fazer profissionais se motivarem e apresentarem seus melhores resultados. Com esse show, quero divertir muita gente e fazer as pessoas pensarem em suas vidas por um lado mais positivo", diz.


Sobre a artista
Leila Navarro é atriz, humorista, escritora, apresentadora e empresária reconhecida no mercado de palestras como empreendedora do seu próprio talento. Há mais de 20 anos no mercado, conquistou sólida carreira no Brasil e no exterior. Suas palestras já foram assistidas na Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão, México, Peru, Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal por mais de um milhão e meio de pessoas.

No Brasil, segundo a revista "Veja", ela integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros, sendo a única mulher. Autora de 16 livros, é difusora da Terapia do Riso no Brasil. Como artista, trabalhou em vários projetos de stand-ups e produziu o show musical "Leila Canta e Conta". Um de seus livros, "Grandes Egos Não Cabem no Avião", foi adaptado para o teatro com Leila como protagonista.

Serviço
Espetáculo: "
A Poderosa Sou Eu", com Leila Navarro
Temporada online: de 14 a 25 de abril de 2021, quarta a domingo, 21h
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: grátis, mas é sugerido um pagamento que será doado integralmente ao GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) nos valores de R$20, R$50 ou R$100.
Para reservar o ingresso, basta acessar o site https://www.sympla.com.br/produtor/apoderosasoueu.



terça-feira, 13 de abril de 2021

.: Espetáculo online "Vizinhança": público escolhe entre comédia ou terror


O espetáculo online "Vizinhança" está em cartaz em todos os domingos de abril às 19h, com ingressos à venda no Sympla. A peça teatral é totalmente improvisada e conta com a participação do público para a criação das histórias. As janelas do zoom viram janelas de um edifício e o público se sente como um voyeur vendo a vida dos moradores. Em um mundo com quase oito bilhões de habitantes, imagina quantos condomínios não tem por aí? No país, na cidade, no bairro. 

Quantas histórias já não foram contadas, ouvidas, espalhadas? Brigas que saíram janelas afora, xícaras de açúcar e histórias de amor? O que você já ouviu e viveu na sua vizinhança? O que tinha de mais estranho ou de mais engraçado? Você é o fofoqueiro ou o quietinho que ninguém sabe o que anda fazendo? O espetáculo "Vizinhança" traz um pouquinho de tudo, seis moradores com histórias improvisadas, um síndico que tudo vê e um vizinho bem fofoqueiro que não deixa nada passar.

O público poderá ver tudo o que acontece nesses apartamentos bem de perto e ainda ajudar o elenco a decidir o destino dessas histórias nada convencionais que se cruzam a todo momento. Toda semana, até o último dia de abril, este condomínio receberá um novo nome, novas janelas e um vizinho convidado. O público deve ficar de olhos bem abertos para não perder as histórias que cada uma dessas janelinhas tem para contar.

“Vizinhança” é o primeiro espetáculo da recente Companhia Aérea e Impro, criada durante a pandemia por improvisadores de três estados do Brasil (Bahia, São Paulo e Paraná) e de diversas cidades, unidos pela internet. A maioria deles nunca se viu pessoalmente, mas devido a pandemia se conheceram e fundaram essa companhia que já apresenta seu primeiro fruto.


Comédia ou terror à escolha do público
"Vizinhança" é um espetáculo totalmente improvisado que utiliza as janelas de videochamadas para simular janelas de um edifício. Através de softwares as molduras das janelas são projetadas, sendo que o público escolhe qual será essa janela (colorida ou escura), escolha que definirá o gênero do espetáculo (comédia ou terror). Sete improvisadores atuam em nove janelas que forma um prédio de três andares com três apartamentos por andar. Desta forma o público atua como um voyeur vendo o dia-a-dia dos moradores desse prédio.

Existem duas opções de janelas: colorida e escura. Elas são escolhidas pelo público por votação. Essas janelas representam o gênero do espetáculo a partir da escolha do público. A janela colorida é para o gênero de comédia (semelhante a um sitcom) e a janela escura é para o gênero de terror. Esses personagens interagem por telefone, com moradores do seu apartamento ou pelas janelas (com outros moradores). Como maioria do público acompanha pelo YouTube, todos tem a mesma visão do edifício.


Interatividade
O espetáculo é interativo por essência. Incialmente, o público escolhe qual será a janela do edifício e, a partir disso, acaba escolhendo o gênero do espetáculo. Na sequência, uma parte do público que está no zoom (a maioria estará no Youtube), interage com um personagem que atua como mestre de cerimônia. Esse MC não mora no edifício, é um morador da rua que fala sobre a vida desses moradores.

As perguntas iniciais servem para inspirar a história e as personagens do espetáculo, como por exemplo: qual o nome desse edifício? Na sua vizinhança/condomínio já teve alguma história curiosa Qual o seu maior medo? Você já teve um vizinho esquisito/apavorante? No fim meio do espetáculo, esse vizinho interage mais uma vez com o público que está no Zoom, para que eles falem o desfecho da história, através da pergunta: se fosse você nessa vizinhança, o que faria?


Convidados
A cada semana, o espetáculo recebe um convidado, improvisadores com vasta carreira e de grande reputação. Na primeira temporada o “Vizinhança” recebeu: Edson Duavy, Ian Soffredini, Michelle Gallindo e Allan Benatti.Essa estrutura garante que o elenco de cada apresentação varie a cada apresentação.


Serviço
O espetáculo online "Vizinhança" está em cartaz em todos os domingos de abril às 19h, com ingressos à venda no Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ciaaereaOs ingressos são para todos os bolsos (de R$ 2,50 a R$ 30), a pessoa compra aquele que pode no momento (considerando todo o contexto em que se vive).

.: Teatro: "Moscou para Principiantes" faz seis transmissões gratuitas


Versão online experimental traz no elenco Fernanda Stefanski, Natacha Dias e Rita Grillo e cria reflexão sobre os sentidos atuais do trabalho a partir do ponto de vista da mulher. Foto: Magon.

Integrante e cofundadora da Cia Hiato, a atriz, dramaturga e diretora Aline Filócomo faz uma versão online experimental a partir do seu novo texto, Moscou Para Principiantes. O experimento, que transita entre as linguagens teatral e cinematográfica, foi pensado exclusivamente para o Edital Proac Expresso LAB (Lei Aldir Blanc) e será transmitido via canal do youtube da peça, nos dias 13, 14, 15, 20, 21, 22 de abril, às 17h. O elenco é formado pelas atrizes Fernanda Stefanski, Natacha Dias e Rita Grillo e o espetáculo presencial está no radar da diretora e terá sua estreia nos palcos assim que retornarmos aos teatros.

O texto, que foi publicado em 2020 pela editora Javali, surgiu da transcrição poética de conversas estabelecidas entre as artistas a partir de temas presentes em “As Três Irmãs”, de Anton Tchekhov e, do registro de encontros entre a dramaturga e um grupo de mulheres da terceira idade. A ideia é criar uma reflexão sobre os sentidos atuais do trabalho pela ótica da mulher, relacionando esse tema com questões como o “desejo e a capacidade de criação” e “o impulso de concretização de outras realidades possíveis”. 

A peça de Aline Filócomo tangencia discussões importantes do atual momento político brasileiro, quando é colocado em pauta o fim das seguranças trabalhistas e previdenciárias. Desse modo, cada vez mais a existência é estritamente associada à capacidade humana de produzir: o tempo é transformado em matéria consumível, e o ataque generalizado à arte e à cultura anulam o direito à criação e contemplação. 

A ideia de investigar esse tema surgiu há 5 anos, quando as artistas tiveram uma conversa profunda sobre o reconhecimento de certo esgotamento nos antigos moldes de relacionar o teatro às próprias vidas e o desejo de encontrar uma forma criativa coerente com a nova imagem de si mesmas que a meia-idade começava a construir. 

Elas também compartilharam o fim de certas expectativas cultivadas sobre a profissão e a urgência de reprogramar seus rumos profissionais e reinventar anseios pessoais. Alguns temas desse encontro entre as artistas tinham semelhança com a peça de Tchekhov e eram diretamente influenciados pela atual crise política brasileira, que começava a interferir de modo direto e impactante nas relações cotidianas e profissionais já naquele momento.

Como no texto de Tchekhov, os diálogos de "Moscou Para Principiantes" carregam a marca da aparente segurança de uma classe que, embora viva de modo confortável, esconde o impacto de um mundo em ebulição e sofre as consequências da falta de um projeto concreto de mudança. “Viver”, “trabalhar” e “criar” eram há 100 anos – e ainda o são hoje – palavras à espera de um novo sentido, ainda desconhecido.

Diferente do discurso original das três irmãs tchekhovianas, nesta obra o trabalho não aparece apenas como dispositivo de fuga pessoal, mas como urgência vinculada à sobrevivência, tal qual ocorre com a maioria das mulheres em nosso país. Para elas, a ideia de autorealização é em si mesma uma utopia impossível, problema abafado pelo acúmulo de tarefas em jornadas diárias mal recompensadas financeira e emocionalmente.

Para as mulheres contemporâneas, não basta sobreviver do trabalho, como dizem a sociedade e uma das personagens da peça tchekhoviana. É necessário sobreviver ao trabalho. Assim como as três irmãs sentem-se velhas aos 20 e poucos anos, para as mulheres de agora, o tempo é o elemento que consome sua capacidade de produzir, de gerar renda, de ter filhos e, principalmente, de criar uma existência autêntica.

Essas questões são abordadas por personagens identificadas como “a da direita”, “a da esquerda” e “a do meio”. Como o próprio momento atual, a linguagem opera por um jogo de tentativa e erro, na construção e desconstrução de pontos de vista de três figuras que transitam entre ficções e realidades variadas. Ora parecem ser as personagens Olga, Macha e Irina de Tchekhov, ora são três idosas fictícias, ora são as próprias atrizes que dão seu testemunho a partir de experiências pessoais e coletivas vivenciadas. Como uma matryoska, boneca russa que remete à imagem da mulher fértil, uma camada contém a outra.


Sobre a autora Aline Filócomo
Com 41 anos, Aline Filócomo é atriz, diretora, dramaturga, cofundadora e integrante da Cia Hiato. Criou e atuou nos espetáculos "Cachorro Morto", "Escuro", "O Jardim", "Ficção", "2 Ficções", "Amadores" e "Odisseia". Ao longo de de 12 anos da sua trajetória artística com a Cia Hiato, participou de vários festivais, temporadas e apresentações em diversas capitais brasileiras, cidades do interior de São Paulo e países como Chile, Colômbia, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria, Romênia, Grécia e Portugal.

Integrou o elenco do Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, coordenado por Antunes Filho, e é atriz criadora do "Prêt-à-Porter 8". Participou da turnê internacional da montagem francesa "Le Retour au Désert", da Compagnie Dramatique Parnas, dirigida por Catherine Marnas. Fez preparação de elenco do espetáculo "O Silêncio Depois da Chuva", dirigido por Leonardo Moreira, em cartaz no Sesi-SP. Conduziu e coordenou o módulo "Personagem – Um Estudo sobre Sinônimos" no Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI-SP, a Oficina de teatro no Sesc Pinheiros – Projeto Fala Sério, a Oficina Outros Olhares no Projeto Juventudes do Sesc Itaquera e, projetos voltados para o público a partir de 60 anos: a Oficina Teatro das Horas Vagas, no Sesc Pinheiros e, a leitura cênica "Carta a D. - História de Um Amor", no projeto Finitudes do Sesc Ipiranga. 


Sinopse de "Moscou para Principiantes [experimento online]" 
Transitando entre as linguagens teatral e cinematográfica, "Moscou para Principiantes [experimento online]"  discute os sentidos atuais do trabalho, relacionando o tema a questões como o desejo e a capacidade de criação e impulso de concretização de outras realidades possíveis. O texto, publicado pela editora Javali, recorre à transcrição poética de diálogos promovidos em dois núcleos de mulheres (artistas de teatro X grupo de aposentadas da terceira idade), com procedimentos livremente inspirados nos diálogos de “As Três Irmãs”, de Anton Tchekhov


Ficha técnica
Espetáculo:
"Moscou para Principiantes [experimento online]"
Texto e direção: Aline Filócomo
Elenco: Fernanda Stefanski, Natacha Dias e Rita Grillo
Produção: Aura Cunha | Elephante Produções
Projeção: Grissel Piguillem
Luz e cenário: Marisa Bentivegna
Figurino: Anne Cerutti
Trilha sonora: Kuki Stolarski
Preparação corporal: Fabricio Licursi
Transmissão e edição de vídeo: Ricardo Suzart
Assessoria de imprensa: Pombo Correio


Serviço
Espetáculo: 
"Moscou para Principiantes [experimento online]"
Transmissão: via canal do youtube: moscou para principiantes
Dias: 13, 14, 15, 20, 21, 22 de abril, às 17h
No dia 20, ferá realizada uma transmissão simultânea no canal do YouTube das Oficinas Culturais do Estado de SP: https://www.youtube.com/OficinasCulturaisdoEstadodeSaoPaulo
Classificação etária:
14 anos

.: Festival de Dramaturgia traz mostra de textos curtos online e aulas abertas


Festival de Dramaturgia traz mostra de textos curtos online e aulas abertas com novo olhar sobre a Jornada do Herói. No total serão seis aulas abertas e uma mostra de dramaturgia audiovisual de textos curtos em formato online dos trabalhos selecionados. Os convidados são Silvia Gomez, Daniel Veiga, Cláudia Barral, Jé Oliveira, Janaína Leite e Matteo Bonfitto. A iniciativa é do Núcleo de Pesquisa Drama Seis e produção da Romã Atômica. 

O Festival de Dramaturgia: Jornadas Heroicas Possíveis será realizado nos dias 13, 14, 15, 20, 21 e 22 de abril de forma gratuita pelo Youtube. Idealizado pelo Núcleo de Pesquisa Drama Seis e com produção da Romã Atômica, a proposta do evento é ampliar a discussão sobre dramaturgia e tem como proposta de interface a obra O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell. A obra serviu para novos autores criarem textos com abordagens que desafiavam a estrutura estabelecida da Jornada do Herói.

A programação inclui uma mostra audiovisual, sempre às 18h30, em formato online de seis dramaturgias de textos curtos. Foram selecionadas pelo edital: Pra Santo Comer, de Rafael Cristiano; Cicatriz Anciã, de Denizart Fazio; Kalunga, de Monalisa Silva; Cachorro De Rua, de Lucas Venturin; O Empréstimo, de Danilo Dal Lago; e Body.Exe, de Roberto Simão. 

Já as aulas abertas ocorrem às 19h com artistas convidados que discutirão o próprio trabalho em fricção com alguns aspectos presentes na Jornada do Herói. Os convidados e os títulos das aulas são: Silvia Gomez ("Heroína Cósmica com Cheiro de Sundown"); Daniel Veiga ("A Telenovela e a Jornada Melodramática"); Cláudia Barral ("Uma Leitura Psicanalítica de Campbell na Contemporaneidade: a Jornada de Uma Dramaturga"); Jé Oliveira ("Narrativas Anti-Heroicas: Farinha com Açúcar e Racionais MC’s"); Janaína Leite ("Autobiografia como Despossessão"); e Matteo Bonfitto ("Dispositivos Dramatúrgicos e Heroicidades Aporéticas"). A programação completa está logo abaixo.

“É possível perceber elementos da Jornada do Herói identificada por Campbell em muitas das narrativas contemporâneas — não só naquelas assumidamente ficcionais, mas também na política, por exemplo, ou em outras formas de organização coletivas. Com o festival, procuramos discutir ou desafiar essa estrutura e inserir no debate novas perguntas e personagens. As seis dramaturgias selecionadas são materiais muito diversos entre si e a mostra audiovisual também explora essa pluralidade”, ressalta Elenice Zerneri, do Drama Seis.

Uma revista virtual será lançada no dia 29 de abril e vai compilar tudo o que foi realizado no festival: as seis dramaturgias selecionadas, com textos críticos correspondentes (elaborados pelos integrantes do Drama Seis: Breno Rosa-Gomes, Bruna Varga, Elenice Zerneri, Lara Duarte, Rafael Arruda e Thais Ribeiro), imagens e ficha técnica dos materiais audiovisuais e, por último, textos dos artistas convidados já citados, que abordarão sínteses de suas aulas. 


Programação (https://festivaldedramaturgia.com.br/

Terça-feira, dia 13 de abril
18h30:
"Pra Santo Comer", texto de Rafael Cristiano
Sinopse: a comida do Santo foge. Dô e Tinha conversam. Precisam decidir se vão em busca da galinha pelo bairro ou se ficam e esperam. Esperam. Dô vai e Tinha fica. E quando volta, volta sem a galinha.
19h: Aula aberta com Silvia Gomez - "Heroína Cósmica com Cheiro de Sundown"


Quarta-feira, dia 14 de abril
18h30:
"Cicatriz Anciã", texto de Denizart Fazio
Sinopse: E se ninguém reconhecer o herói? Se na volta para casa ele pudesse ouvir as histórias dos que ficaram. Como as pessoas que permaneceram no mesmo lugar podem ter uma cicatriz desse tamanho? Tendo como disparador o poema épico "A Odisseia", o trabalho aborda a recusa de Euricleia em reconhecer Ulysses como herói.
19h: Aula aberta com Daniel Veiga - "A Telenovela e a Jornada Melodramática"
 

Quinta-feira, dia 15 de abril
18h30:
"Kalunga", texto de Monalisa Silva
Sinopse: "Kalunga" investiga as possibilidades de ficção através da memória. Um corpo utiliza estrategicamente a imaginação, a mentira e a ginga. O objetivo é inventar passado e futuro.
19h: Aula aberta com Cláudia Barral -  "Uma Leitura Psicanalítica de Campbell na Contemporaneidade: A Jornada de Uma Dramaturga"


Terça-feira, dia 20 de abril
18h30:
"Cachorro de Rua", texto de Lucas Venturin
Sinopse: Um cachorro morre e apodrece em terreno baldio. Meninos, jovens e homens passam por ele em um misto de curiosidade e aversão. Ficam tristes. Em jornada que incorpora a estética da cultura pop, seus relatos se transformam em hip-hop, palavra cantada e declamação.
19h: Aula aberta com Jé Oliveira - "Narrativas Anti-heroicas: Farinha com Açúcar e Racionais MC’s"

 
Quarta-feira, dia 21 de abril
18h30:
"O Empréstimo", texto de Danilo Dal Lago
Sinopse: Mauro precisa quitar seu aluguel para não ser despejado. Mauro não encontrou lugar melhor para se esconder que não seu maior - e único - bem. Mauro pode ser qualquer um de nós.
19h: Aula aberta com Janaína Leite - "Autobiografia como Despossessão"


Quinta-feira, dia 22 de abril 
18h30:
"Body.Exe", texto de Roberto Simão
Sinopse: Eles não venceram a última fase e mesmo assim avançaram no jogo. Agora o desafio da fase anterior se aproxima novamente. Será que eles vão superar e vencer o desafio ou pular e passar para a próxima fase mais uma vez?
19h: aula aberta com Matteo Bonfitto - "Dispositivos Dramatúrgicos e Heroicidades Aporéticas" 


Ficha técnica
Festival de Dramaturgia: Jornadas Heroicas Possíveis
Produção geral:
Romã Atômica Produtora (Paloma Rodrigues e Amara Hartmann)
Organização: Drama Seis (Breno Rosa-Gomes, Lara Duarte, Elenice Zernieri, Bruna Varga, Thais Ribeiro e Rafael Arruda)
Convidados: Daniel Veiga, Janaína Leite, Matteo Bonfitto, Cláudia Barral, Silvia Gomez, Jé Oliveira
Design gráfico: Juliana Piesco


Serviço
Festival de Dramaturgia: Jornadas Heroicas Possíveis
Dias do Festival: 
dias 13, 14, 15, 20, 21 e 22 de abril
Mostra de Dramaturgia de Textos Curtos: de terça a quinta, às 18h30
Aulas: de terça a quinta, às 19h
Publicação de revista digital: quinta-feira, dia 29 de abril
Atividades sempre no YouTube do Drama Seis

.: Estreia de "Sônia - Um Ato por Tolstói", com Mariana Muniz, será nesta terça


Elias Andreato dirige Mariana Muniz no texto inédito "Sônia - Um Ato por Tolstói", que estreia em formato online nesta terça-feira, dia 13 de abril. Foto: Claudio Gimenez


A atriz e bailarina Mariana Muniz estreia monólogo online sobre a vida de Sófia Andrêievna Tolstaia no dia 13 de abril, às 20h pelo YouTube, com direção de Elias Andreato. Neste espetáculo, os dois veteranos trabalham  na dramaturgia do jovem escritor Thiago Sogayar Bechara, com carreira literária e editorial, mas ainda inédito nos palcos.

O solo apresenta Sófia Andrêievna Tolstaia (cujo apelido era Sônia), a viúva de Liev Tolstói, autor de clássicos universais como "Guerra e Paz" e "Anna Kariênina", a partir de uma visão feminina da relação conjugal que, desde o século XIX, é tema de discussão na filosofia, na sociologia, na psicologia, na política e, claro, na literatura, onde Tolstói deu primazia biográfica para acontecimentos ligados direta ou indiretamente ao seu casamento.

“Dito de outro modo, ouvir Sônia, neste ato de amor ao marido mas também de reivindicação para si própria do reconhecimento que lhe é devido, significa ouvir tantas vozes femininas caladas ao longo de séculos, quantas foram oprimidas por uma supremacia masculina, quando em verdade desempenhavam papel social e pessoal indispensável para a manutenção do status quo da sociedade em seus alicerces machistas de virilidade”, explica Mariana Muniz. 

“Tratando-se de um casal emblemático da literatura mundial, pelo grau de complexidade dos acontecimentos íntimos, e pelo modo sui generis por meio do qual tais conflitos reverberaram na literatura do grande escritor, tornando-se públicos, dar voz à Sônia tem significado simbólico agregado, e funciona imediatamente como metáfora para a discussão de temas universais e contemporâneos do ser humano, como respeito, tolerância, empoderamento feminino, lugar de fala, religiosidade, artes e, claro, amor. Não o amor idealizado em perfeição e equilíbrio estável, mas o amor concreto, construído e manutencionado dia após dia, reforçado com doses de concessão mas também de autoritarismo, ciúmes, posse, e todos os componentes da falibilidade humana que tornam uma relação, inevitavelmente, um laboratório de emoções e investigações sobre a espécie”, finaliza Thiago Bechara.

Sinopse
Preparando-se para receber uma homenagem póstuma feita ao marido, a viúva Sófia Andreiêvna (Sônia) se debate contra as paredes de sua memória e acaba por revelar seu ponto de vista sobre um homem a respeito do qual o mundo inteiro pensava ter direitos. 


Ficha técnica:
Espetáculo:
"Sônia - Um Ato por Tolstói"
Interpretação e figurino: Mariana Muniz
Texto: Tiago Sogayar Bechara
Direção e ambientação cênica: Elias Andreato
Assistente de direção e operação de som: Pedro Scalice
Edição de trilha sonora e vídeomaker: Rafael Petri
Fotos para divulgação: Cláudio Gimenez
Edição de fotos: Fellipe Oliveira
Produção geral: MoviCena Produções
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Designer gráfico: Carolina Venancio
Produção administrativa e financeira: Luciana Venancio


Serviço:
Espetáculo: "Sônia - Um Ato por Tolstói"
Transmissão online pelo YouTube da MoviCena Produções (www.youtube.com/movicenaproducoes)
Temporada de 13 a 22 de abril – terças, quartas e quintas, às 20h.
Ingressos gratuitos.
Duração: 45 minutos
Classificação: 14 anos

.: TV Globo estreia terceira temporada de "The Good Doctor: O Bom Doutor"

Cena do seriado protagonizado por Freddie Highmore


Os fãs de ‘The Good Doctor’ já podem contar os dias para matar as saudades. Todas as quintas, a partir do próximo dia 15, depois do 'BBB 21', a TV Globo exibe a terceira temporada da aclamada série médica. Nos novos episódios, além de lidar com a rotina atribulada e desafiadora no hospital, Doutor Shaun Murphy (Freddie Highmore) dá uma chance para sua vida amorosa e decide rever seu pai, que estava doente. O médico enfrenta as consequências deste reencontro e ainda se vê diante de um triângulo amoroso com Lea (Paige Spara) e Doutora Carly Lever (Jasika Nicole). Enquanto isso, a vida na Califórnia tem uma reviravolta trágica quando um terremoto atinge a região e não deixa ninguém a salvo do perigo. 

Os 20 episódios da terceira temporada do drama médico estão disponíveis para assinantes do Globoplay e, ainda no mês de abril, a plataforma estreia a primeira parte da quarta temporada com exclusividade. 'The Good Doctor' é uma série desenvolvida por David Shore, mesmo criador de 'House', e com produção executiva do ator de 'Lost' e 'Hawaii 5.0' Daniel Dae Kim, que comprou os direitos da premiada série sul-coreana 'Good Doctor', de 2013, em viagem ao seu país de origem. 

Na produção, Shaun Murphy é um jovem cirurgião com autismo e síndrome de savant, que troca uma vida tranquila no interior para trabalhar na unidade cirúrgica de um hospital prestigiado. Sozinho e com extrema dificuldade de se conectar com aqueles que o rodeiam, Shaun usa seus extraordinários dons médicos para salvar vidas e desafiar o ceticismo de seus companheiros profissionais. Freddie Highmore já foi indicado ao prêmio de melhor ator em série dramática no Globo de Ouro e a produção conquistou prêmios como melhor série no ASCAP Screen Music Awards e no Banff Rockie Awards. Também compõem o elenco de 'The Good Doctor' Antonia Thomas, Nicholas González, Hill Harper, Richard Schiff, Fiona Gubelmann, Will Yun Lee e Christina Chang, entre outros.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

.: Resenha de "Coraline", de Neil Gaiman, livro para ler e reler

Por: Mary Ellen Farias dos Santos


Em "Coraline", de Neil Gaiman, a garota que dá nome ao livro, protagoniza 224 páginas, por ser dona de uma mente criativa. Filha única e tendo ao lado os pais que vivem trabalhando -verdadeiros workaholics homeoffice-, para sair do tédio, ela tenta encontrar diversão na casa nova a ponto de conhecer os vizinhos excêntricos. Embora seja chamada erroneamente de Caroline, a menina faz amizade com um treinador de ratos circenses e duas irmãs que fisicamente parecem tão diferentes, mas se completam.

Contudo, no livro tudo começa com uma portinha e sua chave. Curiosa, Coraline mergulha num universo paralelo que, no decorrer da trama, percebe ser super do mal. Lá estão, inclusive, os pais dela que fazem as vontades dela. Totalmente diferentes dos que estão do outro lado da porta na parede. Como ela os diferencia? Não apenas pelo tratamento recebido, mas por cada um, no lugar dos olhos, ter botões.

Imagem sem legenda

Transitando entre duas formas diferentes de viver, Coraline, pelas mãos de Neil Gaiman, leva o leitor numa escrita deliciosa que envolve de modo orgânico e sempre desperta o desejo de "ler só mais um pouquinho" a cada fim de capítulo. A missão da pausa acaba sendo impossível, pois a curiosidade de Coraline faz a leitura fluir e permitir que o entretenimento não pare. 

"Coraline" é um livro voltado ao público infantil?! Também. No entanto, diria ser uma leitura obrigatória para o leitor, do mais jovem ao adulto. Em capa dura, as páginas com letras graúdas, facilitam a leitura. A publicação também tem as bordas das páginas na cor roxa, com divisórias ilustradas por Chris Riddell, assim como a capa e contracapa, a cada novo capítulo. A edição ainda acompanha um marcador especial do livro.


"Coraline", de Neil Gaiman é o tipo de livro para ler e reler. Não somente pela história incrivelmente inventiva e ágil, mas pela apresentação caprichada dada pela Editora Intrínseca. A edição especial que é um verdadeiro convite visual para a leitura de qualidade, já foi pauta aqui no Resenhando.com, em "Dez motivos para ler "Coraline", de Neil Gaiman, em edição especial" e até tema do "#ResenhandoQuiz: sabe tudo de "Coraline"? Descubra!". Isso que é livro para ter em destaque na estante para futuras releituras!!

Você pode comprar "Coraline", de Neil Gaiman aqui: Amazon neste link.


Livro: "Coraline"
Autor: Neil Gaiman
Ilustrador: Chris Riddell 
Tradutora: Bruna Beber 
224 páginas
Ano: 2020
Editora: Intrínseca
Link de venda: amzn.to/3bJoud3

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

.: Diário de uma boneca de plástico: 12 de abril de 2021


Querido diário,

Minha dona publicou um vídeo resumindo a história da boneca Susi, lá no canal dela em que eu apareço de sempre em sempre. Eu amo ser filmada! Confesso...

Daí ela fala dessa amiga de 30 centímetros que é mais velha do que a Barbie, aqui no Brasil, mas também é bastante esquecidinha por grande parte dos colecionadores. Até a minha dona só tem sete meninas. Ela já teve mais garotas, mas vendeu para enxugar a coleção e ficou com as que estão, inclusive, nesse vídeo aí sobre a história da Susi.

Confira o vídeo lá no canal do youtube.com/c/Photonovelas

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg




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