quinta-feira, 16 de setembro de 2021

.: Tudo sobre a edição comentada de "Quatro Peças" de Anton Tchékhov


Com tradução direta do russo por Rubens Figueiredo, livro tem as peças "A Gaivota", "Tio Vânia", "Três Irmãs" e "O Jardim das Cerejeiras".

Quatro clássicos do repertório teatral de Anton Tchékhov estão reunidos em edição comentada do livro "Quatro Peças", lançada pela Penguin Companhia, com nova tradução direta do russo feita por Rubens Figueiredo.


Anton Tchékhov é um dos principais nomes da literatura mundial. Filho de um pequeno comerciante falido, ele se formou em medicina, mas, já na faculdade, começou a contribuir para revistas literárias. Entre 1896 e 1904, ano de seu falecimento, escreveu as quatro peças que compõem este volume – e que se tornaram clássicos do repertório teatral.

Em "A Gaivota", um jovem escritor enfrenta o fracasso de uma de suas criações enquanto lida com uma decepção amorosa; já em "Tio Vânia", uma cidade do interior vê seu pacato cotidiano ser balançado pela chegada de um professor e sua filha; "Três Imãs" narra as aspirações e frustrações de mulheres do interior da Rússia; e em "O Jardim das Cerejeiras", última peça escrita pelo autor, os dilemas entre o campo e a cidade são trazidos à tona.

Sempre trabalhando com uma galeria de personagens diversos e surpreendentes, Tchékhov explora como poucos as frustrações humanas. Tradução, apresentações e notas de Rubens Figueiredo.

Sobre o autor
Anton Pávlovitch Tchékhov (1860-1904) nasceu em Taganrog, sudoeste da Rússia, em 1860. Em 1884, concluiu a faculdade de medicina da Universidade de Moscou e deu início à carreira de médico. Ainda estudante, colaborou com revistas satíricas, sob alguns pseudônimos, e publicou uma coletânea de contos humorísticos. Em 1887, foi levada ao palco Ivánov, sua primeira peça encenada. É autor de, entre outros, A estepe e os contos "Kaschtanka", "A Dama e o Cachorrinho" e "O Beijo". Faleceu em 1904, na Alemanha.

Você pode comprar o livro "Quatro Peças", escrito por Anton Tchékhov, publicado pela Penguin Companhia, neste link.


Ficha técnica
Livro: 
"Quatro Peças" |  Título original: "Чайка, Дядя Ваня, Три Сестры, Вишнё&#x" | Autor: Anton Tchékhov | Tradução: Rubens Figueiredo | Páginas: 368 | Lançamento: 23 de setembro de 2021 | Selo: Penguin Companhia | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/39bENgw.


.: Cia Triptal faz temporada virtual de texto raro de Tennessee Williams


A Cia Triptal volta para uma temporada virtual de "Inferno - Um Interlúdio Expressionista". O espetáculo é inspirado em "Not About Nightingales", obra escrita por Tennessee Williams (1911 – 1983). As sessões são gratuitas e acontecem de 27 de setembro a 8 de outubro, todos os dias às 19h30, seguido por debate. A direção é de André Garolli e o elenco conta com Camila dos Anjos, Fernando Vieira, Fabrício Pietro e mais 37 atores. Para reservar o ingresso, o público pode acessar o Sympla. Foto: Alexandre Inserra

Serão 12 sessões gratuitas da peça que tem André Garolli na direção e o elenco conta com Camila dos Anjos, Fernando Vieira, Fabrício Pietro e mais 37 atores. O público também pode participar de um debate sempre após o espetáculo. A montagem é dedicada à memória de quatro homens torturados que morreram em uma prisão americana, em agosto de 1938. A cia também conta com ensaio aberto para um próximo projeto e participou de um documentário do Sesc Pinheiros sobre a interrupção de seus trabalhos na pandemia.

O ano de 2020 marcou os 30 anos da Cia Triptal que estava prestes a estrear mais uma temporada de "Inferno - Um Interlúdio Expressionista" no Teatro Alfredo Mesquita, trabalho inspirado em "Not About Nightingales", obra escrita por Tennessee Williams (1911 - 1983). Porém, com a pandemia e o fechamento dos teatros, a cia teve que mudar completamente seus planos.

Além de fazer uma série de atividades e pesquisas de forma online durante o período de lockdown, o espetáculo volta para uma temporada virtual que foi gravada no Teatro João Caetano, em 2019, e editado pela Polaco Filmes. As sessões são gratuitas e acontecem de 27 de setembro a 8 de outubro, todos os dias às 19h30, seguido por debate. A direção é de André Garolli e o elenco conta com Camila dos Anjos, Fernando Vieira, Fabrício Pietro e mais 37 atores. Para reservar o ingresso, o público pode acessar o Sympla. Esta atividade é parte do projeto contemplado no Edital Prêmio Aldir Blanc de Apoio à Cultura da Secretaria Municipal de Cultura.

A montagem retrata a atrocidade que realmente ocorreu em uma prisão em Holmesburg, Pennsylvania, em 1938. Um grupo de 25 presos realizou uma greve de fome e como punição foi trancado em uma cela fechada com vapor aquecido. Quatro deles morreram assados, e quando a notícia da brutalidade foi disseminada por meio dos jornais, a opinião pública americana ficou indignada. O texto foi escrito quando Tennessee Williams tinha apenas 27 anos de idade e foi descoberto somente nos anos 90.

André Garolli conta sobre as dificuldades enfrentadas pela cia e quais foram as alternativas para prosseguir. “Nossos encontros via plataformas digitais seguiram ao longo de todo período de pandemia e foram ferramentas importantes no suporte emocional e criativo dos integrantes. A falta de trabalho e as dificuldades financeiras impactaram negativamente em todos nós e os encontros serviram como base de troca de experiências e auxílio mútuo. Porém quase metade dos integrantes se afastaram de seus interesses artísticos por falta de suporte financeiro. A continuidade de nossas atividades com o subsídio da Lei Aldir Blanc foi um fator essencial para manutenção coletivo. Mesmo com a flexibilização dos teatros, com 40 atores e atrizes em cena e os devidos protocolos de segurança contra Covid-19, ficou inviável a realização presencial de “Inferno” até o final de 2021 e o projeto precisou ser adaptado para o formato de exibição online”.

Antes da pandemia, a montagem teve temporadas no Oficina Cultural Oswald de Andrade, Teatro João Caetano, Viga Espaço Cênico, Cia da Revista, Teatro Flávio Império, CEU’s, Escola Estadual Albino César e chegou atingir um público estimado de 18.300 pessoas. A peça foi destaque em diversas premiações: Ganhou o prêmio de melhor estreia de 2019 pelo Guia da Folha de S. Paulo; indicado por “Melhor Direção” pelo Prêmio SHELL (André Garolli); recebeu 3 indicações pelo Prêmio Aplauso Brasil – “Melhor Espetáculo de Grupo”, “Melhor Arquitetura Cênica” e “Melhor Ator” (Fabrício Pietro); venceu em 8 categorias do Prêmio Cenym – “Melhor Espetáculo”, “Melhor Direção” (André Garolli), “Melhor Elenco”, “Melhor Ator” (Fabrício Pietro), “Melhor Atriz Coadjuvante” (Camila dos Anjos), “Melhor Texto Adaptado” (Luis Marcio Arnout), “Melhor Direção de Arte” (André Garolli), Melhor Cenário (André Garolli).


"Inferno - Um Interlúdio Expressionista"
“Essa dramaturgia tem uma grande dose de horror, violência, sangue e morte. Ele nos mostra os problemas e as consequências de usarmos ações disciplinares arcaicas e brutais, e que infelizmente, ao relermos setenta anos depois, percebemos que pouca coisa mudou. É uma história verídica que serviu para rever questões do sistema carcerário nos Estados Unidos e dos direitos humanos”, conta Garolli.

Cenograficamente, o espetáculo é dividido em duas características: realista com os móveis da diretoria e expressionista com a representação das celas. O enclausuramento foi um dos temas focados durante o processo, o que refletiu no cenário que evoca o sentido de aglomeração das pessoas por meio de um empilhamento de cadeiras. Os figurinos incorporam uma época que se passa em meio aos anos 30 e 40, pós crise de 1929. Preto e cinza marcam a palheta de cores predominantes em cena, a maquiagem contribui para causar o efeito padronizado do aprisionamento.

O reaparecimento desse trabalho engavetado de um autor como Tennessee Williams chocou e surpreendeu muitos críticos e estudiosos, quando foi realizada a montagem pela primeira vez em Londres no ano de 1998. Escrito no final de 1938, mas nunca produzido até sessenta anos depois, a obra oferece um retrato muito diferente de seu autor ícone, um dramaturgo que é mais conhecido por seu lirismo e comoventes retratos de personagens tão vulneráveis como Laura Wingfield ("À Margem da Vida") e Blanche DuBois ("Um Bonde Chamado Desejo").

O diretor ressalta a importância desse texto do dramaturgo. “Tennessee defendia uma crítica aos padrões estabelecidos pelo 'mainstream' e coloca em pauta o marginalizado, 'os perdedores' e os fora do padrão normativo (à deriva). Lança um olhar crítico e distanciado sobre a sociedade, uma vez que se recusa a julgar os personagens e estabelecer morais de conduta”.

A peça surgiu a partir do projeto "Homens À Deriva" foi contemplado no 32º edital de Fomento ao Teatro, iniciativa que aborda as possibilidades de aprisionamento em que uma sociedade pode levar uma pessoa. Durante o processo, houve uma convocatória pública direcionada para atores e estudantes da área e atraiu 217 pessoas que participaram de diversas fases até fechar o elenco.

O projeto "Homens à Deriva" faz parte de uma trilogia que iniciou com "Homens ao Mar" (2004-2009) com peças de Eugene O'Neill, o segundo foi "Homens à Margem" (2011 - 2014) com trabalhos que focavam na marginalidade. “Homens à Deriva vem do sentindo que quando eles são retirados da sociedade para o cárcere, ao retornar, ficam a esmo, emprego e família ficam destruídas. Todos esses tipos de violência foram gatilhos que inspiram toda a montagem”, enfatiza o diretor.

André Garolli também foi convidado para participar do Provincetown Tennessee Williams Theater Festival, que foi realizado em setembro de 2019 em Provincetown, cidade localizada no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Uma forma de ficar ainda mais próximo com o universo do dramaturgo por meio de palestras e simpósios, uma valorização dos projetos realizados nos últimos anos.


Do palco para o universo digital
Apesar das interrupções devido a pandemia, a Cia Triptal mantém diversas ações on-line. A partir de 18 de outubro, inicia o processo dos Ensaios abertos Cia Triptal. São encontros abertos para interessados no estudo em andamento do coletivo, que irá resultar em peça inédita em 2022. Nas atividades, serão compartilhados exercícios cênicos, leituras e debates no intuito de testar o diálogo do tema com o público. Os encontros serão pelo Zoom. Os interessados devem em contato por mensagem direta no perfil no Instagram (https://www.instagram.com/ciatriptal/ ) para mais informações.

A cia também realizou outras pesquisas de maneira remota. O Coro Trágico na Obra de Jorge de Andrade com coordenação de André Garolli e orientação de Marco Antônio Guerra. Late Plays de Tennessee Williams trouxe em leituras dramáticas obras do autor e focou em peças da última fase da carreira do dramaturgo, as chamadas late plays, escritas entre 1962 e 1983, além de dramaturgias da primeira fase e algumas mais conhecidas.

As traduções foram realizadas por Luis Marcio Arnaut. E Dramaturgia Nacional é uma pesquisa de dramaturgias brasileiras fundamentais para o panorama histórico do teatro, seguidas de bate-papos entre o núcleo artístico, com mediação de professores e/ou artistas convidados. Foram lidos textos de Martins Penna, Jorge de Andrade, Oduvaldo Vianna Filho, João do Rio, Anamaria Nunes, Nelson Rodrigues, entre outros. A coordenação foi de Mônica Granndo e André Garolli.

Em julho deste ano, o Sesc Pinheiros lançou documentário sobre a interrupção da pesquisa da Cia Triptal em decorrência da pandemia, dentro do projeto Artes Cênicas Em Processo. O filme segue disponível no YouTube.


Ficha técnica:
Espetáculo: 
"Inferno - Um Interlúdio Expressionista" |  Inspirado no texto "Not About Nightingales", de Tennessee Williams, dentro do projeto "Homens À Deriva" | Direção: André Garolli | Assistente de direção: Mônica Granndo | Elenco: Camila dos Anjos, Fernando Vieira, Fabrício Pietro, Athos Magno e Simone Rebequi. Atuadores Coral: Alan Recoba, Bella Santos, Bruza, Carol Rossi, Diego Versali, Eduardo Carrilho, Fábul Henrique, Felipe Cardoso, Fernanda Otaviano, Nando Medeiros, Gabriel Ornelas, Gabriela Carriel, Geovane de Oliveira, Guilherme Maia, Igor Constantinov, Ingrid Arruda, Isadora Maria, Jenifer Costa, Jhonatan Bào, Joel Rodrigues, Jorge Filho, Larissa Palacio, Lucas Guerini, Lucas Argüello, Luiza Módolo, Mayara Villalva, Rafael Custódio, Rafaelly Vianna, Roana Paglianno, Wes Machado | Produção: Cia. Triptal | Assistência de produção geral: Giulia Oliveira | Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes | Projeto realizado com apoio da Lei Aldir Blanc na Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de São Paulo e do Governo Federal | Direção de produção: André Garolli e Fabrício Pietro | Elaboração de projeto: André Garolli, Fabrício Pietro e Camila dos Anjos | Assistente de produção: Rafaelly Vianna | Produção e finalização de vídeo: Polaco Filmes | Operação de streaming: Bruza | Arte design: Nando Medeiros e Carol Rossi | Operação de mídias sociais: Fabrício Pietro e Carol Rossi. Produção administrativa: Amanda Leones - Versa Cultural | Assessoria Contábil: Executiva Contabilidade | Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes | Realização: Cia Triptal e Pietro Arte | Tradução-Revisão-Dramaturgia: Luis Marcio Arnaut | Desenho de luz: Aline Santini | Cenografia: André Garolli e Cesar Rezende (Basquiat) | Figurino: Marichilene | Visagismo: Beto França | Direção musical: Pax Bittar | Operador de luz: Lucas Arguello | Operador de som: Marcelo Rocha | Coreografia de movimento: Luiza Módolo | Produção: Cia. Triptal de Teatro | Assistência de produção geral: Giulia Oliveira | Ensaios: Oficina Cultural Oswald Andrade | Fotos de sivulgação: Alexandre Inserra.
 

Serviço:
Espetáculo: "Inferno - Um Interlúdio Expressionista" |   (Gravado no Teatro João Caetano de São Paulo em 2019) | Temporada: de 27 de setembro a 8 de outubro | Todos os dias, às 19h30 | Duração: 120 Minutos | Classificação: 16 anos | Grátis | Ingressos: https://www.sympla.com.br/produtor/ciatriptaldeteatro


.: Lançamento de "Índigo Borboleta Anil" faz Liniker crescer em 355%


Estrela do seriado "Manhãs de Setembro" lança primeiro álbum solo, que conta com participações de Milton Nascimento e Tássia Reis. Foto: divulgação

Depois de um EP e dois álbuns com a banda Os Caramelows, Liniker está seguindo voo solo e ressurge com Índigo Borboleta Anil , seu novo álbum cheio de soul, R&B, hip-hop, samba, samba-rock e pagode para agradar os seus fãs, que garantiram para a cantora um crescimento de 355% em streams na Deezer.

Estrela do seriado "Manhãs de Setembro" - crítica neste link - A artista define o novo trabalho como um disco "de preto" e as letras das novas músicas são um show à parte, carregadas com os sentimentos mais atuais da mesma, desde memórias da infância e adolescência, romances, representatividade e muito amor próprio, que conta com participações de Milton Nascimento e Tássia Reis.

Atualmente, as canções do álbum mais executadas na plataforma são "Antes de Tudo" e "Baby 95", single lançado em junho de 2021. Outro achado do levantamento é que Liniker não tem apenas ouvintes no Brasil, mas também no Japão - o segundo país que dá mais streams para a cantora. A lista de países com mais fãs da artista segue com os Estados Unidos, França e, logo depois, a Irlanda. Ainda de acordo com os dados, 43% dos ouvintes da Liniker são jovens adultos na faixa dos 26 a 35 anos, seguidos por aqueles de 18 a 25 (30%), e os de 36 a 45 (18%).


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

.: "American Crime Story: Impeachment" traz romance com beijo do presidente

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


O segundo episódio de "American Crime Story: Impeachment" batizado de "The President Kissed Me" tem um toque romântico, principalmente seguindo a ótica de Mônica Lewinsky (Beanie Feldstein). Para detalhar como a relação entre ela e o presidente Clinton (Clive Owen) foi construída, a trama segue para 15 de novembro de 1995. 

Ainda com testemunhas, dentro da Casa Branca, um olhar de puro flerte é trocado entre a californiana Mônica Lewinsky e o presidente dos Estados Unidos. Mesmo tendo como função sentar e atender telefonemas, o destino faz com que os dois se apresentem, sem mais ninguém no mesmo ambiente. Galante, de voz encorpada, ele diz ter gostado do suéter dela. Em tempo, a caracterização de Owen também está impressionante!

Um avanço na história para 30 de outubro de 1996 com direito ao sonzinho clássico de conexão, embora se trate apenas de um documento saindo diretamente do fax. Enquanto que a estagiária tenta esconder os papeis -até de modo atrapalhado-, Linda Tripp (Sarah Paulson) segue investindo para tirar informações de Mônica. Afinal, quem é o "namorado secreto da moça"?

Chata, Tripp insiste muito na tecla do romance da jovem. Para tanto, Linda revela estar "fechada para balanço", mas demostra total interesse na vida amorosa da amiga de trabalho. Eis que conversa vai, conversa vem. Uma saidinha entre "amigas", uma nova aproximação forçada e os passos para a estagiária soltar as verdades começa a ser formado pela ardilosa Linda.

E não é que a rainha da astúcia, consegue tirar a valiosa informação que tanto ambicionava? Monica cai direitinho na conversa e detalha como tudo começou com o presidente. E descobrimos que nem tudo acaba em pizza, mas também pode começar. Além da atuação fabulosa de Sarah Paulson, Owen também não brinca em cena. O que dizer da voz dele na pele de Bill Clinton?!

Apesar de Linda ter em mãos o conhecimento do relacionamento de Monica e Clinton é na história de outra mulher, que também transmite um ar puro, Paula Jones (Annaleigh Ashford), protagonista de um caso de denuncia de prática de sexo oral com o presidente. É nesse núcleo da história que surge na boca dos personagens o subtítulo da atual temporada de "American Crime Story": o impeachment!

Pode-se dizer que a cricri e amarga Linda de Sarah Paulson é do tipo Nazaré Tedesco -sem o deboche típico de uma personagem brasileira. Em repetidas vezes a quem a assiste agir com malícia, desperta a vontade absurda de passar pela tela e estapeá-la na cara. Como pode ser tão maldosa?! Contudo, o sentimento de Linda é partilhado com quem está do lado de cá, quando em casa, assiste a Clinton e Hillary dançando no baile inaugural da pose. Quanto cinismo por parte dele! E o que trasmite o sentimento de raiva é o fato de ela saber o que sabe -e agora, no andar da história, também sabemos.

Os encontros passam a ter importância ao ponto de Clinton revelar sentir saudade do sorrido de Monica e lhe presentear. Fechando o segundo episódio com chave de ouro, no finalzinho, Linda lança uma provocação que deixa qualquer um com o coração saindo pela boca. Ao menos as emoções serão  resgatadas no próximo episódio. Ao menos é o que entregou o sneak peak do terceiro episódio. 

Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 2: "
The President Kissed Me"
Exibido em: 14 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm



.: Crítica: "Cidadãos do Mundo" mostra que nunca é tarde para mudar a vida


Por Mary Ellen Farias dos Santos
, em setembro de 2021.

"Cidadãos do Mundo" do diretor Gianni Di Gregorio de "Almoço em Agosto" e roteirista de "Gomorra" é a história dramatizada que pode ser de qualquer um. Logo exprime um desejo que geralmente reprimimos: o eterno pensamento do "se eu fosse embora daqui, minha vida seria muito melhor". 

Seguindo a premissa de que nunca é tarde para mudar a vida, dois amigos, em idade avançada, um  Professor (Gianni Di Gregorio), que ensinou latim e grego e Giorgetto (Giorgio Colangeli), um morador de Roma que recebe uma pensão de pobreza, acreditam que buscar outro país para se viver é a chance de aproveitarem o que lhes resta. 

Acreditando que em outro país, a grama será mais verde e seu poder de compra mais substancial, esbarram no boêmio, vendedor de antiguidades e fofoqueiro, Attilio (Ennio Fantastichini). Sempre num tom cômico, porém seguindo pela suavidade, o trio se empenha em encontrar o lugar perfeito para a nova fase da vida: Açores, em Portugal. Ainda que façam aula para melhorar a pronúncia da língua portuguesa.

Vale destacar que o diretor da produção italiana também é protagonista. Na película, Gianni Di Gregorio interpreta o professor que trabalhou tanto, vive com pouco e se engraça com uma bela senhora do local. Como não se comover com a grana curta do profesor? Ainda mais quando ele reencontra um ex-aluno e se dá conta de que todo o esforço de lecionar foi em vão.

Ainda que ponha em prática um desejo que estamos habituados a desencorajar, o longa é de muita delicadeza e envolve o público que tenta acertar o desfecho da trama para os amigos. O trio aprende a se desapegar, mas, nitidamente, tem dificuldade em dar adeus e partir em viagem. 

Ao percorrerem o caminho de deixar tudo para atrás, percebem com o poder da amizade que sempre é possível fazer o bem a alguém extremamente próximo. A comédia com toque de drama, "Cidadãos do Mundo" é sobre laços entre pai e filha, fraternais e de amigos, enquanto deixa claro o que é ser, de fato, um cidadão do mundo. Longa belíssimo e imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em 
Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Cidadãos do Mundo 
Título original: Lontano Lontano
Gênero: Comédia 
Duração: 1h 32m 
Diretor: Gianni Di Gregorio 
Ano de produção: 2019 
Data de lançamento: 2 de setembro de 2021 (Brasil) 
Elenco: Gianni Di Gregorio, Ennio Fantastichini, Giorgio Colangeli 
Assista no Cineflix Cinemas.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

Trailer de "Cidadãos do Mundo"




.: Conrad lança HQ que inspirou "The End of The F***ing World" da Netflix

Quadrinho que originou série no Netflix chega ao Brasil em formato impresso e digital.

A Editora Conrad lança neste mês uma versão inédita da HQ "The End of the F***ing World - O Fim da P**a Toda" em português, história que inspirou série da Netflix. O quadrinho criado pelo cartunista americano Charles Forsman, em 2008, aborda a rotinha de um casal de adolescentes entediado, com conflitos existenciais e que começam a cometer crimes como uma forma de dar sentido à vida.

A obra reúne um misto de drama e comédia sob uma narrativa simples. Charles é conhecido por ser um dos melhores quadrinistas da nova geração de autores norte-americanos. Além de "The End of the F***ing World" o artista é responsável pelo sucesso "I Am Not Okay With This" que também se tornou uma série da Netflix.

Trazer para os fãs brasileiros a HQ de Forsman era um dos objetivos da Conrad, explica Cassius Medauar, gerente editorial da marca do Grupo Ibep. Segundo ele, a editora atende um pedido de fãs de quadrinhos brasileiros que sentiam a falta de conhecer o conteúdo original. "Era também um desejo antigo da Conrad publicar a versão em português. Diante dos inúmeros pedidos que nossos leitores fizeram, a editora se empenhou para obter os direitos autorais. Com essa etapa cumprida, disponibilizamos o formato impresso e também o formato de ebook", explica Medauar.


Você pode comprar "The End of the F***ing World - O Fim da P**a Toda" em português aqui: amzn.to/3lsLTD0.

Ficha técnica:
Autor: 
Charles Forsman | Tradução: Dandara Palankof | Categoria: Quadrinhos - Volume único | 
Lançamento: setembro 2021 | Dimensões: 13,3 x 17,1 cm | Páginas: 176 | Link do livro na Amazon: amzn.to/3lsLTD0.


.: Com enredo envolvente, livro "Lagoa Seca" narra ficção vivida no Ceará


Lançamento traz história de Raimundo, um personagem que vive experiências de vida em cidades como, Crateús, Canindé, Tauá e Monsenhor Tabosa.

Raimundo é o principal personagem do livro “Lagoa Seca”, um romance que acaba de ser lançado pela editora Viseu. A narrativa traz um enredo envolvente, que acontece, em boa parte, em cidades do Ceará, como: Cratéus, Canindé, Tauá e Monsenhor Tabosa. Os relatos trazem um misto de ficção com as características locais e situações reais de cada região que o personagem transita.

“O romance envolve o leitor com muitos diálogos, descrevendo de forma detalhada os personagens e locais, fazendo com que o leitor navegue na trama, que passa por suspense, mistério e conflitos pessoais”, explica o autor da obra, Ricardo Lemos.

O enredo envolve pontos sobre política, relacionamentos extraconjugais, drogas, depressão, crimes e ainda deixa claro que nunca se é tarde para recomeçar. Durante a narrativa, o personagem principal vive histórias familiares e se envolve em experiências positivas e negativas com cada um deles.

O romance tem um estilo próprio, levando o leitor a navegar no mundo de Raimundo e seus irmãos que, no início da história em 1981, são pessoas simples, porém, se tornam poderosos no desenrolar da trama. “A trama envolve conflitos pessoais e políticos, tendo como norte o vilão Eduardo e suas trapaças”, conta o autor.

Ricardo Lemos é escritor e está, atualmente, na sua terceira obra. Ela já é autor dos livros “A Arquitetura da Felicidade", "O Melhor da Vida Após os Cinquenta Anos" e, agora, o primeiro romance "Lagoa Seca". Disponível nas principais livrarias do país, o livro “A Lagoa Seca” tem 172 páginas.

Você pode comprar “Lagoa Seca”, escrito por Ricardo Lemos, publicado pela editora Viseu, neste link.


.: Isabel Fillardis lança single "O Meu Lugar" e retoma carreira de cantora


Com uma relevante trajetória na teledramaturgia, teatro, moda e cinema, Isabel Fillardis agora também dá lugar a sua antiga paixão: a música. Após apresentar o show "Refeita" no festival online Afrofuturistic Lab, no último mês, a cantora consolida sua estreia com o lançamento do single "O Meu Lugar", que chegou às plataformas digitais em 9 de setembro, seguido de um especial lyric vídeo no YouTube, no dia 16. 

Com uma combinação de afrobeat e ijexá, a música reflete sobre a ressignificação e a busca por um novo horizonte, criando uma atmosfera de esperança e renascimento. A faixa é assinada pelos compositores Renato Gues e Sérgio Souza e irá compor o futuro EP da cantora "Bel, Muito Prazer", que promete trazer muitas referências do soul, jazz e R&B.

"O Meu Lugar" é uma música que, inicialmente, tinha um significado muito pessoal para Isabel, pois simbolizava sua história e seus diversos renascimentos como mulher – como a própria cantora define. Porém, nesta nova realidade após a pandemia, a letra ganhou pluralidade e um novo significado. "A música fala sobre o abraço, o sorriso, a importância do afeto, resgatar as coisas que foram perdidas, que foram colocadas de lado, como a empatia, o amor. É sobre a busca por esse lugar que as pessoas querem encontrar. Todo mundo que escutar, com certeza vai se encontrar nela", comenta a artista sobre a composição.

A música está enraizada na história de Isabel e se faz presente nos primeiros capítulos de sua carreira artística, que completa quase 30 anos. A cantora foi uma das vocalistas do trio de sucesso "As Sublimes", na década de 90, e sempre manteve o canto presente em sua trajetória, atuando em diversos musicais. Mas, após enfrentar e vencer um câncer na língua em 2014, que poderia ter comprometido sua habilidade de fala, Isabel decidiu não conter mais o dom de cantar e hoje o considera uma verdadeira dádiva: "a arte escolhe a gente e eu vou exercer tudo aquilo que agrega ao meu coração e minha alma. E a música, definitivamente, não largo mais", afirma.

Simultaneamente a sua carreira musical, Isabel lidera o movimento "Afrofuturistic", idealizado pelo produtor Tony Prada e também manager da cantora. Baseado nos princípios afrofuturismo, o projeto tem por objetivo ressignificar, viabilizar e fortalecer a produção da música negra no Brasil, englobando gêneros como trap, soul, jazz, R&B e bossa nova. Artistas como DJ Hum, Thulla Melo, Klyn, Arape, Banda Ultra Soul, Ellen Oléria, Bebé Salvego, Tony Gordon e Izzy Gordon - já integram o movimento, que recentemente lançou sua primeira edição do festival de música Afrofuturistic Lab e prevê realizar futuras turnês pelo país, além da produção de uma série online sobre economia, sob o aspecto da cultura negra.

Em breve, Isabel Fillardis anunciará o próximo single de seu EP "Bel, Muito Prazer", que consiste em quatro faixas. A cantora já assegura que continuará dedicando-se a sua carreira na atuação, a qual ama tanto quanto a música. Entre seus próximos trabalhos na televisão e no cinema estão: a novela "Gênesis", da Record TV, e o filme "O Faixa-preta – A Verdadeira História de Fernando Tererê".

.: Natureza e memória na mostra de Luiza Gottschalk, ex-"A Fazenda"


A partir de 11 de setembro, obra da artista paulistana reencontra a paisagem natural da Serra da Mantiqueira em nova exposição na Orlando Lemos Galeria.

Até os nove anos de idade, Luiza Gottschalk viveu em uma fazenda no pico da Serra da Mantiqueira – as famosas "montanhas que choram" em tupi-guarani. A natureza montanhosa e exuberante da região, formada ainda por rios, cachoeiras, araucárias, trilhas e cores sem fim, inspiraram o percurso da artista paulistana. A partir do dia 11 de setembro, na Orlando Lemos Galeria de Arte, em Nova Lima (BH), será possível presenciar esse reencontro com a paisagem local na exposição "Matéria e Memória", com curadoria de Júlio Martins.

"Essa exposição é muito importante porque é a primeira vez que meu trabalho estará próximo de onde tudo começou, na serra de Minas Gerais. Minha pintura nasce desse contato intenso que tive com a natureza, acessa de maneira verdadeira essa atmosfera", conta Luiza, que atualmente participa de residência no ISCP (International Studio & Curatorial Program), em Nova York.

Ex-participante da terceira edição de "A Fazenda", a artista costuma dizer que seu primeiro contato com o que chamava de arte na infância foi justamente com os líquens (espécie de simbiose entre fungos e algas) que nasciam nos troncos das árvores. "Quando você tem o ar muito puro, como era o caso na fazenda, os líquens ficam muito coloridos e eu gostava de sair pela mata para encontrá-los", conta.

A água e as cores são os principais ativadores da profusão de sentidos encontrada nas telas de Luiza, que trabalha com pigmentos concentrados e, principalmente, muito líquidos. "A água percorre na tela um caminho próprio. Gosto de observar o percurso que ela faz e vejo por onde ela me guia. A cor é outro norteador, mas de ordem muito intuitiva, é como se uma pedisse a outra", explica ela, que costuma trabalhar com telas de grandes dimensões.

Luiza formou-se em artes cênicas no Célia Helena Centro de Artes e Educação, em São Paulo, e dedicou-se muitos anos a essa vertente artística, ainda presente no hibridismo de linguagens (principalmente pintura, dança e teatro) que norteiam sua pesquisa. Além de participar de diversas exposições coletivas entre 2013 e 2018, idealizou as individuais "Acidente" (2016), "Ensaio Aberto" (2019) e "Caminhos e Percursos das Águas" (2021), todas na capital paulista. Uma nova exposição, inédita, está marcada para fevereiro, em Brasília.

Mais sobre a artista
Luiza Gottschalk (São Paulo, 1984) vive em São Paulo e é graduada em Artes Cênicas pela Escola de Teatro Célia Helena (2001); graduada em Artes Plásticas pela FAAP (2014) e pós-graduada em Artes Visuais também pela FAAP (2018). Em seu trabalho se interessa pelo cruzamento de linguagens da arte, como pintura, dança e teatro, sempre utilizando o movimento corporal como gatilho. Participou de diversas exposições coletivas entre 2013 e 18, com destaque nos 46o, 47o Annual Art Awards (MAB Museu de Arte do Brasil, São Paulo, 2014 e 2015), conquistando o segundo e terceiro prêmios (todos com pinturas), e no 47o Salão das Artes de Piracicaba. 

Em 2016 realizou sua primeira individual, “Acidente”, no foyer do subsolo da Estação Satyros, importante teatro experimental de São Paulo, com curadoria de Lucas Pexão. Em 2019, sua segunda individual, “Ensaio Aberto”, contou com curadoria de Ana Paula Cohen na Praça das Artes, Teatro Municipal de São Paulo. Entre as exposições coletivas que participou se destacam: “Artists at Work” (ISCP-NY, Nova Iorque, 2020); “Unidos da Barra Funda” (Olhão, São Paulo, 2018); “Práticas Artísticas Contemporâneas: Formação Continuada” (MAB-FAAP, São Paulo, 2018); “Técnica Mista, Dimensões Variáveis” (Lab 52, São Paulo, 2015); “Em Oito Atos” (Agosto, São Paulo, 2015) e “Acervo” (Galeria Fita Tape, São Paulo, 2016). Participou das residências artísticas “Agora Collective” (Berlim, 2012); “Siena Art Institute” (Siena, 2016); “Atelier do centro” (São Paulo, 2017) e “ISCP-NY” (Nova Iorque, 2020 e 21). Luiza Gottschalk morou até os 9 anos de idade na mata da Serra da Mantiqueira e em suas pinturas traz a força e visceralidade da natureza das montanhas que choram (significado de “mantiqueira” em tupi-guarani).

Júlio Martins (Brasília, 1982) vive em Nova Lima, em Minas Gerais, e é curador, historiador da arte, professor e editor da nunc edições de artista (Belo Horizonte e São Paulo). De 2008 a 2011 foi curador geral do Museu Inimá de Paula (Belo Horizonte). Participou em 2009 do Programme Courants du Monde, Maison des Cultures du Monde (Paris) e integrou a curadoria do Rumos Artes Visuais 2011-13, Instituto Itaú Cultural (São Paulo). Em 2012 realizou a exposição “through the surface of the pages...”, no DRCLAS Harvard University (Cambridge). Foi curador residente do MAES (Vitória) de 2014 a 2020. Desde 2019 é curador do Edital Novos Artistas do Memorial Minas Gerais Vale (Belo Horizonte). Atualmente é professor de Estudos da Forma na Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte). Na Orlando Lemos Galeria curou as exposições coletivas “Anatomia Fantástica” (2019), “Geometrias Sensíveis” (2020) e “Ritos de Imanência” (2021), além de “Matéria e Memória”, exposição individual da pintora Luiza Gottschalk. 


Serviço
Exposição: "Matéria e Memória"
Até dia 2 de outubro.
Na Orlando Lemos Galeria de Arte (rua Melita, 95, Jardim Canadá, Nova Lima/MG). Tel: 31 3224-5634. Grátis. 


terça-feira, 14 de setembro de 2021

.: Musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" estreia em São Paulo


Ministério do Turismo e Brasilprev apresentam o musical baseado no livro de Roald Dahl Libreto David Greig. O espetáculo estreia dia 17 de setembro no Teatro Renault. O Instituto Artium de Cultura traz aos palcos o musical, que é a primeira versão não-réplica do musical autorizada pela Warner Bros. Company, com 15 crianças no elenco. Apresentações acontecerão seguindo protocolos de saúde e segurança.


O Instituto Artium de Cultura, abrirá a temporada de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", musical apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Brasilprev (líder e especialista do setor de previdência privada) baseado na obra de Roald Dahl, um dos mais importantes escritores do mundo.

O diretor canadense John Stefaniuk, que realiza sua terceira incursão no Brasil, após ter dirigido a montagem de "O Rei Leão", da Disney, e "Billy Elliot", do Atelier de Cultura, conta com 38 atores em cena para levar aos palcos a história de Charlie Bucket, um garoto pobre, que acha um dos cobiçados bilhetes dourados que lhe dá o direito a visitar a misteriosa fábrica do chocolateiro Willy Wonka.

Willy Wonka está há anos isolado em seus pensamentos e fantasias. Sai ao mundo para buscar um sucessor de coração puro que possa tomar seu lugar. Ele lança o concurso de busca a um dos cinco bilhetes dourados colocados aleatoriamente em suas barras de chocolates. As estratégias de cada um dos premiados para encontrarem os bilhetes começará a revelar suas formas de lidarem com situações e revelará suas personalidades.

As crianças premiadas, acompanhadas por um familiar, entram na fábrica acolhidas por seu dono, e mergulham em um mundo da mais pura fantasia. Este passeio, por vários dos setores que fabricam e desenvolvem seus incríveis e mágicos produtos, permitirá a gradativa eliminação das crianças que não tem os atributos de valores e afeto que Willy Wonka enxerga em si mesmo, quando ele próprio era uma criança.

O público deve esperar as icônicas cenas dos dois filmes de "A Fantástica Fábrica de Chocolate". É com grande encantamento que serão apresentadas a fonte de chocolate, o laboratório de miniaturização, a sala dos esquilos, o elevador de vidro que sobrevoa o palco e efeitos especiais como a menina que infla como uma amora gigante.

O diretor John Stefaniuk construiu um Willy Wonka engraçado, irônico e repleto de emoções. Sua direção imprime um ritmo muito dinâmico, que se mescla com as arrojadas coreografias de Floriano Nogueira. Willy Wonka será vivido pelo ator Cleto Baccic, premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) por sua atuação como Dom Quixote em "O Homem de La Mancha".

Michael Carnahan ("Billy Eliott", São Paulo) é o responsável pelo projeto do maior cenário de musical construído no Brasil. Seu projeto imprime alegria às cenas por utilizar muitas cores e recursos tecnológicos avançados. O figurino de Lígia Rocha e Marco Pacheco harmoniza-se com os cenários e dá ampla liberdade de movimentos para as coreografias. As personagens serão lúdicas e caracterizadas por cores que articulam-se com o design de luz, a cargo do premiado Mike Robertson ("Annie", "Billy Eliott" e "Escola do Rock", todos em São Paulo). O visagismo baseia-se no humor e no excesso, sob talento de Feliciano San Roman.

A direção musical estará sob a batuta do Maestro Daniel Rocha (Prêmio Bibi Ferreira por Annie) que regerá uma orquestra completa para a orquestração original, com 17 músicos para executar as músicas de Marc Shaimann. Ele também assina as letras do musical ao lado de Scott Wittmann.  Serão executadas também músicas originais do filme, compostas por Leslie Bricusse e Anthony Newly.

A montagem conta com efeitos especiais nunca antes vistos em cena no Brasil, como os que serão usados para o desaparecimento das crianças ao longo da visita à Fábrica. Além disso, oito projetores de ponta foram locados especificamente para o projeto, devido às diversas cenas com projeção mapeada que serão complementadas por um painel de LED de 18m por 16m.

A primeira tradução mundial do original em inglês está sob as talentosas mãos de  Mariana Elizabetsky e Victor Mületahler. O espetáculo estreará no Teatro Renault, um dos mais importantes e tradicionais palcos do país. O teatro é um dos poucos espaços do Brasil capazes de receber a montagem de Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate, devido à complexidade técnica do seu cenário com 15 metros de altura, efeitos especiais e elevador de vidro que voa pelo palco.

A empresa Fly by Foy foi contratada para realizar o momento mágico do voo do elevador de vidro. É uma das empresas mais experientes do mundo, tendo participado de produções como "Mary Poppins", "Billy Elliot", "Wicked", "O Rei Leão", "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", entre outros. A produção também contratou a designer de bonecos Bea Brandauer, de Hamburgo, responsável pelos bonecos da montagem de "O Rei Leão", da Disney.

Escrito por Roald Dahl, o livro "Charlie and the Chocolate Factory" foi publicado em setembro de 1964, inicialmente nos Estados Unidos. Em 1971, foi lançada a primeira adaptação para o cinema. O primeiro esboço para o roteiro foi escrito pelo próprio Roald Dahl e posteriormente reescrito por David Seltzer, dando origem ao filme Willy Wonka and the Chocolate Factory, com direção de Mel Stuart e Gene Wilder no papel de Willy Wonka. No Brasil, o filme foi traduzido como "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Em 1972, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original e Gene Wilder foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical.

A segunda adaptação para o cinema foi feita em 2005, com direção de Tim Burton, roteiro de John August e Johnny Depp no papel de Willy Wonka, lançada com o título original do livro: "Charlie and the Chocolate Factory". No Brasil, o filme foi novamente traduzido como "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino e ao BAFTA nas categorias de Melhor Maquiagem, Melhor Figurino, Melhor Direção de Produção e Melhores Efeitos Especiais. Johnny Depp foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor Ator em Comédia ou Musical e Wonka's Welcome Song foi indicada ao Grammy na categoria de Melhor Canção.

Em junho de 2013, o musical "Charlie and the Chocolate Factory" estreou no West End (UK), adaptado por David Greig. Além de utilizar a música Pure Imagination, retirada da adaptação cinematográfica de 1971, o musical apresentou uma nova trilha escrita por Marc Shaiman e Scott Wittman.

O musical foi reformulado na Broadway e estreou em 2017. Em 2018, foi iniciada uma turnê do espetáculo nos Estados Unidos. Em seguida o espetáculo foi realizado em Sydney (2019), Melbourne (2019), Milão (2019) e Oslo (2019).

“O personagem Willy Wonka criou um universo que está presente na memória popular há anos, e fazer parte disso, por meio do apoio da Brasilprev, é muito importante, principalmente pela oportunidade de contribuir para uma retomada segura e responsável destes eventos”, diz  Ângela Beatriz de Assis, diretora presidente da Brasilprev, líder e especialista em previdência privada. “Aguardamos mais de um ano pela estreia e esse é um dos primeiros espetáculos a abrir as portas para o público. Desejamos que quem vá ver o musical possa se encantar novamente e que seja um momento de descontração e alegria no período de pandemia em que ainda vivemos”. O espetáculo conta também com o patrocínio máster da Vivo e da Comgás.

Observando os protocolos de saúde, o espetáculo do Instituto Artium de Cultura admitirá apenas pessoas vacinadas contra a covid-19 e contará com a capacidade de público limitada a 80% do espaço garantindo o distanciamento social, além de medidas de segurança como a disponibilização de álcool em gel em diferentes pontos estratégicos, entradas e saídas organizadas e testagem de toda a equipe.


Sobre a Brasilprev
Com 28 anos de atuação, a Brasilprev Seguros e Previdência S.A tem como acionistas a BB Seguros, braço de seguros, capitalização e previdência privada do Banco do Brasil, e a Principal, uma das principais instituições financeiras dos Estados Unidos. Líder do setor, a companhia conta com mais de R$300 bilhões em ativos sob gestão e uma carteira de 2 milhões de clientes. Especialista no negócio de previdência privada, com produtos acessíveis e serviços diferenciados, a Brasilprev conta com a rede de agências do Banco do Brasil como seu principal canal de distribuição.


Sobre a Comgás
A Comgás possui mais de 19 mil quilômetros de rede de distribuição de gás natural encanado em 93 municípios, abastecendo os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e disponibilizar gás para usinas de termogeração.

Com fornecimento ininterrupto e atendimento 24h, a companhia atende mais de 2,1 milhões de clientes em sua área de concessão no Estado de São Paulo: a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Campinas, a Baixada Santista e o Vale do Paraíba.


Sobre a Vivo
A Vivo completa 17 anos de incentivo permanente à cultura, com investimentos no âmbito das artes cênicas e plásticas, música e cinema em território nacional. Por meio de seus patrocínios e do Teatro Vivo, a marca busca ampliar e democratizar o acesso dos brasileiros à arte. Os 27 espetáculos virtuais do Teatro Vivo em Casa apresentados desde 2020 já foram vistos por mais de 15 mil pessoas, de todas as regiões do país; e a plataforma @vivo.cultura, também lançada durante a pandemia, teve mais de 1,5 milhão de visualizações, com conteúdos voltados às artes cênicas e às artes plásticas.

Em 2021, a Vivo lançou o Vivo na Arte, que promove o acesso ao conhecimento histórico e ao acervo de importantes museus brasileiros, sob a lente da diversidade, por meio de aulas online e gratuitas.  São parceiros da Vivo neste conteúdo a Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Imagem e do Som (MIS-São Paulo), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Instituto Inhotim, Museu Oscar Niemeyer e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM- São Paulo) – todos equipamentos culturais apoiados pela marca.


Ficha técnica:
Espetáculo: "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate"
 | Baseado no livro de Roald Dahl | Libreto: David Greig | Música: Marc Shaiman | Letras: Scott Wittman e Marc Shaiman | Canções do filme: Leslie Bricusse e Anthony Newley | Direção geral: John Stefaniuk | Direção musical Daniel Rocha | Cenógrafo: Michael Carnahan | Coreógrafo: Floriano Nogueira | Figurino: Ligia Rocha e Marco Pacheco | Designer de luz: Mike Robertson | Designer de som: Gastón Briski | Visagista: Feliciano San Roman | Designer de projeção: Protótipo Filmes e Maze FX | Design de bonecos: Bea Brandauer | Versão brasileira: Mariana Elizabetsky e Victor  | Mületahler | Cenógrafo associado: Amelia Bransky e Craig Napolielo | Designer de luz associado: Tom Mulliner | Designer de som associado: Alejandro Zambrano | Elenco: Cleto Baccic (Willy Wonka), Felipe Costa, Davi Martins e Leonardo Freire (Charlie Bucket), Rodrigo Miallaret (Vovô Joe), Sara Sarres (Senhora Bucket), Isidoro Gubnitsky, Rodrigo Espinosa e Vinícius Spada (Augustus Gloop), Vânia Canto (Senhora Gloop), Lorena Castro, Nina Medeiros e Lanna Moutinho (Violeta Beauregarde), Guilherme Leal (Senhor Beauregarde), Agyei Augusto, Pedro Sousa e Sam Sabbá (Mike Tevê), Giovana Zotti (Senhora Tevê), Arízio Magalhães (Jerry), Lia Canineu (Cherry) | Ensemble: Aline Serra, Bia Castro, Carla Vazquez, Carol Tanganini, Clarty Galvão, Danilo Martho, Della, Fernanda Biancamano, Guilherme Gonçalves, Ludmillah Anjos, Marco Azevedo, Rafael Pucca, Rodrigo Garcia e Sandro Conte | Apresentado por: Ministério do Turismo e BrasilPrev | Patrocínio máster: Comgás e Vivo | Patrocínio: Prosegur, Alelo, UOL, Eurofarma e Cacau Show | Apoio: Ernst Young e Bain & Company | Hotelaria oficial: Radisson Blu São Paulo | Uma produção: Atelier de Cultura | Realização: Instituto Artium de Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Serviço
Espetáculo: "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" | Teatro Renault (1.570 lugares) | 
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 - Bela Vista | Bilheteria: de terça a sábado das 12h às 18h | Em dias de eventos até o início dos mesmos. Aceita cartões de crédito (Amex, Visa, Credicard e MasterCard), cartões de débito (Visa Electron e Redeshop) ou dinheiro. Ar condicionado. Acessibilidade | Vendas: ticketsforfun.com.br | Sexta-feira às 20h30 | Sábado às 15h30 e 20h30 | Domingo às 14h30 e 19h30 | Ingressos: De R$ 50 a R$ 310 | Duração: 150 minutos (com 20' de intervalo) | Classificação Indicativa: Livre | Gênero: teatro musical | Estreia dia 17 de Setembro de 2021 | Clientes Brasilprev têm 30% de desconto na aquisição de ingressos do musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate". Desconto não cumulativo, válido para todas as sessões, exceto no setor Balcão Economy.



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