quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

.: Casal inusitado tem nova volta às telas de cinema

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2012


A Bela e a Fera em 3D: O clássico encantador dos Estúdios Disney em nova roupagem. Saiba mais!


Escutei de alguém próximo que eu não me canso do desenho "A Bela e Fera". Após um sorriso, percebi que a observação estava correta, afinal estive nas salas de cinema por três vezes, em décadas diferentes. Na estreia, nos anos 90, aos 10 anos do filme, para assistir a versão estendida -com a música "Ser humano outra vez"- e na terceira, para conferir A Bela e a Fera em 3D. Não há como negar, a magia e o encanto deste clássico Disney permanece.

Alcançando a maioridade (o filme está com quase 21 anos), o longa apresenta uma excelente história, em um compasso mais calmo, o que aproxima o público da narrativa. Assim é fácil se apaixonar pela jovem brilhante que vive no interior e tem apenas o pai como companhia. Algo bem distante das histórias cheias de ação e adrenalina das animações atuais, normalmente vividas por personagens do futuro e/ou com poderes, não é mesmo? 

A Bela e Fera, primeira animação Disney a ser indicada ao Oscar de melhor filme (época em que a AMPAS ainda não havia criado a categoria de melhor longa de animação), apresenta uma excelente história, com delicadeza na introdução e ao longo de toda a história. Incluindo, as sequências musicais, que não enchem apenas os olhos, mas enriquecem a narrativa, com canções de Alan Mencken e Howard Ashman. Portanto, são bem-vindas as crianças que foram aos cinemas, há 20 anos e hoje podem levar os próprios filhos para vivenciarem essa beleza clássica com o atrativo moderno dos efeitos em 3D.

Entretanto, a versão 3D de A bela e a Fera tem a missão de reapresentar a história para novas gerações, com o intuito de agradar a todos e, principalmente, aqueles que, assim como Bela, amam histórias de feitiços, em lugares distantes com príncipes disfarçados e duelos de espada. O uso da tecnologia intitulada de Disney Digital 3D, dá um toque especial em A Bela e a Fera 3D. Torna a película mais impressionante, embora os efeitos ainda sejam discretas em determinadas cenas. No entanto, é por meio da profundidade nos cenários que se percebe detalhes jamais notados. 

O clássico reapresenta Bela, moça que ama a leitura e, por sua vez, é cobiçada pelo bonitão da cidade, Gaston. Após o pai, o inventor Maurice, sumir, a jovem segue floresta adentro. Ao reencontrá-lo no castelo de Fera, troca de lugar com o senhor e vira prisioneira. Inicialmente, a Bela e Fera não conseguem dialogar, mas com o passar do tempo, ela percebe que a Fera, criatura rude e amarga, também pode amar. Confira esta beleza!

Curiosidades: 
*O filme foi indicado a seis prêmios da Academia® e ganhou o Oscar®, de Melhor Canção, para os consagrados Alan Menken e Howard Ashman, e o de Melhor Trilha Sonora (Menken).
* A Bela e a Fera foi o primeiro longa de animação a ultrapassar a marca de US$ 100 milhões no lançamento inicial.
* Alan Menken foi indicado ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas 15 vezes e ganhou sete. Antes de seu falecimento em 1991, Howard Ashman recebeu seis indicações ao Oscar® e ganhou dois.
* Três anos depois do lançamento do filme, A Bela e a Fera chegou à Broadway. O musical estreou no Palace Theatre e foi apresentando em Nova York em 5.464 exibições entre 1994 e 2007, tornando-se a oitava produção que mais tempo ficou em cartaz. A peça foi encenada em 13 países e 115 cidades e continua a encantar plateias em todo o mundo.

Tangled Ever After: A continuação de Enrolados virou um curta-metragem, exibido nos cinemas, nas sessões de A Bela e a Fera 3D. Com apenas alguns diálogos, o enredo desenrola-se a partir do momento em que Pascal e Maximus, com todos reunidos para o casamento real de Rapunzel e Flynn, perdem as alianças. O final é hilário, alá estúdios Disney, no modo antigo.

Cinesystem: Aliando tecnologia de ponta a um atendimento jovem e caloroso, a equipe de funcionários da Rede oferece um bom atendimento e recepção em salas de cinema que completam o momento de lazer do público que tem a melhor experiência em entretenimento. O Cinesystem Litoral fica na Avenida Aytron Senna da Silva, 1511, Praia Grande, SP.

Filme: A Bela e a Fera 3D (The Special Edition of Beauty and the Beast 3D, EUA)
Ano: 2011
Gênero: Animação
Duração: 92 minutos
Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise
Roteiro: Linda Woolverton, Roger Allers, Brenda Chapman, Burny Mattinson, Brian Pimental, Joe Ranft, Kelly Asbury, Christopher Sanders¹, Kevin Harkey, Bruce Woodside, Tom Ellery, Robert Lence, Jeanne-Marie Leprince de Beaumont
Elenco (vozes originais): Paige O'Hara, Robby Benson, Richard White (1), Jerry Orbach, David Ogden Stiers, Angela Lansbury, Bradley Michael Pierce¹, Rex Everhart, Jesse Corti, Hal Smith, Jo Anne Worley, Mary Kay Bergman, Brian Cummings, Alvin Epstein, Tony Jay

.: Resenha crítica de "Meia-noite em Paris", de Woody Allen

Romance em meio a grandes nomes da arte
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2012


É fácil escutar  que a vida imita a arte e vice-versa. No entanto, é raro alguém afirmar que a arte é o combustível que move e encanta a vida. Em "Meia-noite em Paris", longa de Woody Allen, Gil (Owen Wilson) é um roteirista de Hollywood apaixonado pelos anos de 1920, período em que grandes escritores e pintores circulavam livremente pela cidade.

Apaixonado pelo ideia de "frequentar" as ruas em que F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso pisaram, Gil decide passar as férias em Paris com a família da sua noiva, Inez (Rachel McAdams). Após um dia de passeios com o ex de sua noiva, Gil decide voltar sozinho para o hotel. Perdido, ele decide para em uma escadaria, quando é surpreendido. É neste momento em que seu sonho vira realidade. Um carro da época de 1920, para e o convida para uma festa. Apesar de recear, aceita e embarca.

Pseudointelectual é uma palavra muito mal utilizada hoje em dia - qualquer discussão sobre cultura termina nessa ofensa, como uma Lei de Godwin dos ignorantes orgulhosos - mas, quando a usa em Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris), Woody Allen o faz com propriedade.

Owen Wilson interpreta Gil, roteirista de Hollywood que está passando férias em Paris com a família da noiva, Inez (Rachel McAdams). Gil adora voltar à Cidade Luz. É lá que se reconecta com a "grande arte", longe do dia a dia de enlatados encomendados de Los Angeles. Seu sonho era viver nos anos 1920, quando F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso circulavam por ateliês e cafés da cidade. Certa noite, Gil misteriosamente realiza esse sonho.

Allen adere ao realismo fantástico para discutir uma imagem de Paris que, amargamente, os americanos engoliram ao longo do século 20: é a cidade que prestigia os mestre, um lugar onde artistas sem crédito nos EUA podem se refugiar para ter seu valor reconhecido. Uma cidade-museu. Não deixa de ser irônico: o cineasta que não conseguia financiamento para rodar em Nova York e partiu para uma bem-sucedida turnê de filmes europeus, ao chegar em Paris, debate essa própria acolhida.

A questão é que Allen (que já fez piada com ostracismo parisiense no final de Dirigindo no Escuro) não acredita na arte como museologia. Daí a provocação de Gil contra o erudito amigo (Michael Sheen) de Inez, que leva todo mundo pra conhecer as estátuas de Rodin, os jardins de Versalhes, e derrama seus conhecimentos. "É um pseudointelectual", diz Gil. O cara está tentando pegar a noiva dele, então dá pra entender a raiva. Em todo caso, Allen defende aqui que a arte não deve ser ostentada, mas experimentada.

É uma noção presente em muitos filmes do diretor, essa valorização do "consumível" (ou cultura popular, se preferir, afinal Cole Porter também é pop) versus o intelectualismo de pedestal - cuja imagem fundamental talvez seja a presença de Marshall McLuhan na fila do cinema em Annie Hall. Em Tiros na Broadway, John Cusack aprende que até mesmo os gângsteres podem ser dramaturgos. Em Manhattan, assim como em Meia-Noite em Paris, Allen abre o filme com imagens da cidade em movimento, o cartão-postal em transformação. É o anti-museu.

O parentesco mais imediato de Meia-Noite em Paris, claro, mesmo por conta do realismo fantástico, é com A Rosa Púrpura do Cairo. Além da repetição dos "Gils" (Gil Shepherd no filme de 1985, Gil Pendler agora), há as referências a Buñuel: os personagens grã-finos de Rosa Púrpura congelam como a aristocracia de O Anjo Exterminador, e em Meia-Noite em Paris aprendemos - é uma das melhores piadas do filme - como o cineasta espanhol teve aquela ideia surreal.

Mais importante, tanto A Rosa Púrpura do Cairo quanto Meia-Noite em Paris defendem com humor e melancolia que não se deve abdicar da vida em nome da arte - afinal, a arte mais elevada é aquela que nos ajuda a entender a vida.


Filme: Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, Espanha/EUA)
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Owen Wilson, Marion Cotillard, Rachel McAdams, Carla Bruni-Sarkozy, Michael Sheen, Nina Arianda, Alison Pill, Tom Hiddleston, Kathy Bates, Corey Stoll, Kurt Fuller, Mimi Kennedy

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

.: Resenha crítica de "Histórias cruzadas", direção de Tate Taylor

O racismo dos anos 60 sob a ótica da mulher negra
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2012


Histórias cruzadas: Longa dirigido por Tate Taylor mescla drama e comédia ao tratar brilhantemente o tema racismo. Saiba mais!


O tema racismo é delicado. Logo, é preciso ter sabedoria suficiente para fazer com que o público reflita, enquanto absorve a beleza de uma produção. Uma película que soube "mexer" neste tema de modo brilhante foi A cor púrpura, drama estadunidense de 1985, dirigido por Steven Spielberg, baseado no romance da escritora afro-americana Alice Walker. "Histórias Cruzadas" chega a lembrar o filme de Spielberg, porém tem um toque contemporâneo, pois mistura (e muito bem) o gênero drama e comédia ao retratar a luta pelos direitos civis dos negros nos anos de 1960, nos EUA.

A  direção de Tate Taylor tem como objeto principal o racismo, mas, simultaneamente, retrata a condição da mulher, independente de raça. Assim como "A cor púrpura", "Histórias Cruzadas" é uma adaptação proveniente de um best-seller, ou seja, o longa em questão é originário do livro "A Resposta" (The Help), de Kathryn Stockett. 

Taylor, apesar de ser pouco experiente na direção (este é seu segundo longa), tem o dom de brincar com o enredo e encaminhá-lo para um belo desfecho, mantendo sempre o suspense criado para cada núcleo. As várias histórias se cruzam diante de um elenco muito bem selecionado, como por exemplo, Sissy Spaceck (a eterna Carrie, a Estranha) e Cicely Tyson (O Pássaro Azul), além de novos rostinhos talentosos, como por exemplo, Emma Stone (A Mentira). Nesta equipe de peso, as indicações ao Oscar ficaram com Viola Davis, para melhor atriz, enquanto que para atriz coadjuvante há duas indicações: Octavia Spencer e Jessica Chastain.

Em "Histórias Cruzadas" Emma Stone é a jovem Skeeter Phelan, que, após cursar a universidade, volta para casa, em Jackson, Mississipi. Por ver a vida local de outro ângulo, a moça tem a disposição de reverter a tradição sulista que destina às mulheres ao casamento e vários filhos. Como ela tenta reverter a situação? Skeeter quer ser jornalista e consegue uma coluna no jornal local: dicas sobre limpeza doméstica. 

É com esta chance e seu olhar clínico que a moça pensa em concretizar uma ideia: Escrever sobre a situação das empregadas negras de Jackson, mulheres oprimidas e dominadas por leis escravistas. Após conseguir a cooperação massiva destas mulheres, Skeeter divulga toda a verdade no livro The Help. 

"Histórias Cruzadas" migra da comédia para o drama e vice-versa. Desta forma, as lágrimas que emocionam ficam mescladas com as que são expelidas durante risos e até gargalhadas (descontroladas). Como não rir da proeza "elaborada" por Minny Jackson (Octavia Spencer) para a líder arrogante da cidade, Hilly Holbrook (Bryce Dallas Howard)? Histórias Cruzadas é um filme para ser visto repetidas vezes. Confira!

Curiosidades
* O livro de Kathryn Stockett, que foi adaptado para o filme Histórias Cruzadas, permaneceu na lista de best sellers do jornal New York Times por 103 semanas, seis delas ocupando o primeiro lugar.
* O diretor Tate Taylor e a autora Kathryn Stockett são amigos de infância que cresceram em Jackson, no Mississipi, mesmo local da história do filme.
* A Brent's Pharmacy do filme foi recriada igual a da época em que Taylor e Stockett eram crianças.
* O cinema que Skeeter observa no início, é o mesmo frequentado por Tate Taylor quando criança, que foi fechado nos anos 80 e reaberto pela equipe de produção.
* As duas intérpretes de Gwen Stacy, dos filmes da série Homem-Aranha, estão em Histórias Cruzadas. Bryce Dallas Howard a interpretou em Homem-Aranha 3 (2007) e Emma Stone em O Espetacular Homem-Aranha (2012).
* Os integrantes passaram um dia inteiro em um salão de baile, aprendendo as danças da época.
* As mães de Tate Taylor, Kathryn Stockett e Brunson Green fazem participações especiais no filme.
* O produtor Brunson Green colaborou no figurino cedendo um vestido de sua avó.
* A livraria do filme, Avent & Clark Booksellers, recebeu este nome em homenagem a Avent Clark, produtora assistente de Histórias Cruzadas.
* Os cidadãos da verdadeira cidade de Jackson ajudaram as filmagens fornecendo adereços de época para o filme. Vários deles trabalharam como figurantes no filme.

Cine Roxy 5 Gonzaga: Av. Ana Costa, 443 - Gonzaga - Santos-SP. 5 salas - 1.305 poltronas. Cine Fone (13) 3289-8336
Roxy 6 Brisamar: Shopping Brisamar. Rua Frei Gaspar, 365 - Centro - São Vicente-SP. 6 salas 1.700 poltronas. Cine Fone (13) 3289-8336. Estacionamento de carros, gratuito por 3 horas para clientes do cinema, mediante validação de ticket 
Roxy 4 Pátio Iporanga: Shopping Pátio Iporanga. Av. Ana Costa, 465 - Gonzaga - Santos-SP. 4 salas Cine Fone (13) 3289-8336

Filme: Histórias Cruzadas (The Help, Estados Unidos)
Ano: 2011
Gênero: Comédia / Drama
Duração: 146 minutos
Direção: Tate Taylor
Roteiro: Tate Taylor
Elenco: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer, Bryce Dallas Howard, Jessica Chastain, Ahna O'Reilly, Allison Janney, Anna Camp, Chris Lowell, Cicely Tyson, Mike Vogel

.: 2012: Os grandes vencedores da 84ª edição do Oscar

"O artista" é o grande vencedor da 84ª edição do Oscar
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2012


"O Artista" e "A Invenção de Hugo Cabret" levaram cinco estatuetas na noite do cinema. Saiba mais!


Na noite de 26 de fevereiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou, em Los Angeles, os prêmios aos vencedores do Oscar 2012. A Invenção de Hugo Cabret que liderava com 11 indicações, ficou somente com 5 estatuetas das que concorria. Desta forma, o grande vencedor da noite foi O Artista, que também conquistou 5 estatuetas, porém abocanhou as principais indicações: Melhor Filme, Direção e Ator. Confira a lista completa:

Melhor filme
O Artista (Vencedor)
Os Descendentes
A Árvore da Vida
Histórias Cruzadas
A Invenção de Hugo Cabret
O Homem Que Mudou o Jogo
Cavalo de Guerra
Meia-Noite em Paris
Tão Perto e Tão Forte

Melhor ator
Jean Dujardin - O Artista (Vencedor)
George Clooney - Os Descendentes
Brad Pitt - O Homem Que Mudou o Jogo
Demián Bichir - A Better Life
Gary Oldman - O Espião que Sabia Demais

Melhor atriz
Meryl Streep - A Dama de Ferro (Vencedora)
Glenn Close - Albert Nobbs
Viola Davis - Histórias Cruzadas
Rooney Mara - Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Michelle Williams - Sete Dias com Marilyn

Melhor ator coadjuvante
Christopher Plummer - Toda Forma de Amor (Vencedor)
Kenneth Branagh - Sete Dias com Marilyn
Nick Nolte - Guerreiro
Max Von Sidow - Tão Perto e Tão Forte
Jonah Hill - O Homem Que Mudou o Jogo

Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer - Histórias Cruzadas (Vencedora)
Bérénice Bejo - O Artista
Jessica Chastain - Histórias Cruzadas
Janet McTeer - Albert Nobbs
Melissa McCarthy - Missão Madrinha de Casamento

Melhor diretor
Michel Hazanivicous - O Artista (Vencedor)
Woody Allen - Meia-Noite em Paris
Terrence Malick - A Árvore da Vida
Alexander Payne - Os Descendentes
Martin Scorsese - A Invenção de Hugo Cabret

Melhor roteiro adaptado
Os Descendentes (Vencedor)
A Invenção de Hugo Cabret
Tudo pelo Poder
O Espião que Sabia Demais
O Homem Que Mudou o Jogo


Melhor roteiro original
Meia-Noite em Paris (Vencedor)
O Artista
Margin Call - O Dia Antes do Fim
Missão Madrinha de Casamento
A Separação

Melhor filme em língua estrangeira
A Separação (Irã) (Vencedor)
Bullhead (Bélgica)
Monsieur Lazhar (Canadá)
Footnote (Israel)
In Darkness (Polônia)

Melhor longa animado
Rango (Vencedor)
Gato de Botas
Kung Fu Panda 2
Um Gato em Paris
Chico & Rita

Melhor trilha sonora original
O Artista (Vencedor)
As Aventuras de Tintim
O Espião que Sabia Demais
A Invenção de Hugo Cabret
Cavalo de Guerra

Melhor canção original
"Man or Muppet" - Os Muppets (Vencedor)
"Real in Rio" - Rio

Melhores efeitos visuais
A Invenção de Hugo Cabret (Vencedor)
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Gigantes de Aço
Planeta dos Macacos - A Origem
Transformers: O Lado Oculto da Lua

Melhor maquiagem
A Dama de Ferro (Vencedor)
Albert Nobbs
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2

Melhor fotografia
A Invenção de Hugo Cabret (Vencedor)
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
O Artista
A Árvore da Vida
Cavalo de Guerra

Melhor figurino
O Artista (Vencedor)
Anônimo
A Invenção de Hugo Cabret
Jane Eyre
W.E. - O Romance do Século

Melhor direção de arte
A Invenção de Hugo Cabret (Vencedor)
O Artista
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Cavalo de Guerra

Melhor documentário
Undefeated (Vencedor)
Hell and Back Again
If a Tree Falls
Paradise Lost 3: Purgatory
Pina

Melhor documentário de curta-metragem
Saving Face (Vencedor)
God is the Bigger Elvis
The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement
Incident in New Baghdad
The Tsunami and the Cherry
Blossom

Melhor montagem
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Vencedor)
Os Descendentes
O Artista
O Homem Que Mudou o Jogo
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor curta
The Shore (Vencedor)
Pentecost
Raju
Time Freak
Tuba Atlantic

Melhor curta animado
The Fantastic Flying Books of Mister Morris Lessmore (Vencedor)
Dimanche
La Luna
A Morning Stroll
Wild Life

Melhor edição de som
A Invenção de Hugo Cabret (Vencedor)
Drive
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
Transformers: O Lado Oculto da Lua

Melhor mixagem de som
A Invenção de Hugo Cabret (Vencedor)
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
Transformers: O Lado Oculto da Lua
O Homem Que Mudou o Jogo

.: Resenha crítica de " O artista", a Hollywood da década de 20

Talento de um artista ameaçado pela barreira do som
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2012


O artista: Filme de Michel Hazanavicius, vencedor de três prêmios no Globo de Ouro 2012, retrata a Hollywood no final da década de 20. Saiba mais!


O amor expresso pelo olhar. O artista, longa dirigido por Michel Hazanavicius, acontece na Hollywood da década de 20 (1927) e apresenta o astro de cinema George Valentin (Jean Dujardin). O galã de filmes mudos (o personagem tem até um bigodinho alá Clark Gable) vive muitas aventuras na telona, ao lado de seu cão Jack (da raça Jack Russel Terrier), dupla que sempre era garantia de sucesso. Por esse motivo, Valentin não acredita no futuro das produções faladas. Eis o seu grande erro.  

Em um curto espaço de tempo, totalizando apenas alguns anos, pelo caminho do cinema falado, segue a jovem dançarina Peppy Miller (Bérénice Bejo), garota "apresentada" a Valentin de um modo peculiar. Ela, que posteriormente mostra ser uma grande amiga do ex-galã, aproveita a novidade cinematográfica para fazer fama. De uma simples figurante (com uma pintinha alá Marilyn Monroe), tem o seu nome estampado em cartazes de filmes, ocupando o lugar de destaque, que um dia pertenceu a Valentin. 

Ele, sem o brilho dos holofotes, nos anos seguintes produz um filme mudo e não consegue encher a sala de cinema. Após sofrer mudanças na vida pessoal, por conta da dispensa do estúdio em que era a estrela principal, Valentin acaba falido, em um quartinho de quinta categoria, quando é "reencontrado" por Peppy que, por sua vez, oferece a ele a chance de se reinventar, embora ele não consiga emitir um som que seja. 

O drama enfrentado pelo galã é fácil de ser compreendido. Talvez pela simplicidade do longa, mas sobretudo é a ausência de som que valoriza cada movimento da face e o gestual dos atores. O Artista pode não agradar muito por ser em preto e branco e mudo (nos últimos minutos há algumas falas), mas não há dúvida de que é um grande filme, uma homenagem à evolução cinematográfica, pois retrata a necessidade da reinvenção do cinema. Considerando os dias atuais, trata-se dos efeitos em 3D.

Com audácia, a película de Michel Hazanavicius resgata o passado e destaca a possibilidade dos diretores modernos não caírem de cabeça na tentação dos efeitos em 3 dimensões, mas repensar, focar o objeto e apresentar o que deseja ao público. Tudo de modo convincente e bem elaborado. Não deixe de conferir O artista!

Curiosidades:
*Durante as filmagens, o ator Jean Dujardin morou em uma casa construída no ano de 1930, em Hollywood Hills. 
* A dupla Jean Dujardin e Bérénice Bejo ensaiaram suas cenas de dança no mesmo estúdio de Debbie Reynolds e Gene Kelly.
* A atriz Penelope Ann Miller já tinha interpretado a famosa atriz do cinema mudo Edna Purviance em Chaplin (1992).
* O personagem Jack, cachorro da raça Jack Russell Terrier, foi interpretado por três cães parecidos chamados Uggie, Dash, e Dude. Na verdade, Uggie fez a maioria das cenas, mas para aquelas que ele não participou os outros animais tiveram que ser coloridos para se parecerem com ele.
* O orçamento estimado foi de US$ 12 milhões.
* O filme foi rodado em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos.
* O Artista teve sua primeira exibição pública ocorrida no Festival de Cannes 2011.

Cine Roxy 5 Gonzaga: Av. Ana Costa, 443 - Gonzaga - Santos-SP. 5 salas - 1.305 poltronas. Cine Fone (13) 3289-8336
Roxy 6 Brisamar: Shopping Brisamar. Rua Frei Gaspar, 365 - Centro - São Vicente-SP. 6 salas 1.700 poltronas. Cine Fone (13) 3289-8336. Estacionamento de carros, gratuito por 3 horas para clientes do cinema, mediante validação de ticket 
Roxy 4 Pátio Iporanga: Shopping Pátio Iporanga. Av. Ana Costa, 465 - Gonzaga - Santos-SP. 4 salas Cine Fone (13) 3289-8336

Filme: O Artista (The Artist, França / Bélgica)
Ano: 2011
Gênero: Romance / Drama
Duração: 100 minutos
Direção: Michel Hazanavicius
Roteiro: Michel Hazanavicius
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian, Malcolm McDowell.

domingo, 22 de janeiro de 2012

.: Eis os indicados para a 84ª cerimônia do Oscar 2012

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2012


O maior evento do cinema já tem os seus indicados de 2012. Saiba mais!


O Oscar, o mais conhecido e cobiçado prêmio do cinema hollywoodiano, chega na 84ª cerimônia. Evento em que ocorrerá a entrega deste importante prêmio de produções cinematográficas, no dia 26 de fevereiro. O longa A Invenção de Hugo Cabret lidera com 11 indicações, seguido por O Artista, presente em dez categorias. Confira a lista divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood dos indicados ao Oscar 2012. 


Melhor filme
Os Descendentes
A Árvore da Vida
Histórias Cruzadas
A Invenção de Hugo Cabret
O Homem Que Mudou o Jogo
Cavalo de Guerra
O Artista
Meia-Noite em Paris
Tão Perto e Tão Forte

Melhor ator
George Clooney - Os Descendentes
Brad Pitt - O Homem Que Mudou o Jogo
Jean Dujardin - O Artista
Demián Bichir - A Better Life
Gary Oldman - O Espião que Sabia Demais

Melhor atriz
Glenn Close - Albert Nobbs
Viola Davis - Histórias Cruzadas
Rooney Mara - Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Meryl Streep - A Dama de Ferro
Michelle Williams - Sete Dias com Marilyn

Melhor ator coadjuvante
Kenneth Branagh - Sete Dias com Marilyn
Nick Nolte - Guerreiro
Max Von Sidow - Tão Perto e Tão Forte
Jonah Hill - O Homem Que Mudou o Jogo
Christopher Plummer - Toda Forma de Amor

Melhor atriz coadjuvante
Bérénice Bejo - O Artista
Jessica Chastain - Histórias Cruzadas
Janet McTeer - Albert Nobbs
Melissa McCarthy - Missão Madrinha de Casamento
Octavia Spencer - Histórias Cruzadas

Melhor diretor
Woody Allen - Meia-Noite em Paris
Terrence Malick - A Árvore da Vida
Alexander Payne - Os Descendentes
Michel Hazanivicous - O Artista
Martin Scorsese - A Invenção de Hugo Cabret

Melhor roteiro adaptado
A Invenção de Hugo Cabret
Tudo pelo Poder
Os Descendentes
O Espião que Sabia Demais
O Homem Que Mudou o Jogo

Melhor roteiro original
Meia-Noite em Paris
O Artista
Margin Call - O Dia Antes do Fim
Missão Madrinha de Casamento
A Separação

Melhor filme em lingua estrangeira
A Separação (Irã)
Bullhead (Bélgica)
Monsieur Lazhar (Canadá)
Footnote (Israel)
In Darkness (Polônia)

Melhor longa animado
Gato de Botas
Kung Fu Panda 2
Rango
Um Gato em Paris
Chico & Rita

Melhor trilha sonora original
As Aventuras de Tintim
O Artista
O Espião que Sabia Demais
A Invenção de Hugo Cabret
Cavalo de Guerra

Melhor canção original
"Man or Muppet" - Os Muppets
"Real in Rio" - Rio

Melhores efeitos visuais
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
A Invenção de Hugo Cabret
Gigantes de Aço
Planeta dos Macacos - A Origem
Transformers: O Lado Oculto da Lua

Melhor maquiagem
Albert Nobbs
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
A Dama de Ferro

Melhor fotografia
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
O Artista
A Invenção de Hugo Cabret
A Árvore da Vida
Cavalo de Guerra

Melhor figurino
Anônimo
O Artista
A Invenção de Hugo Cabret
Jane Eyre
W.E. - O Romance do Século

Melhor direção de arte
O Artista
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
A Invenção de Hugo Cabret
Cavalo de Guerra

Melhor documentário
Hell and Back Again
If a Tree Falls
Paradise Lost 3: Purgatory
Pina
Undefeated

Melhor documentário de curta-metragem
God is the Bigger Elvis
The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement
Incident in New Baghdad
Saving Face
The Tsunami and the Cherry
Blossom

Melhor montagem
Os Descendentes
O Artista
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
O Homem Que Mudou o Jogo
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor curta
Pentecost
Raju
The Shore
Time Freak
Tuba Atlantic

Melhor curta animado
Dimanche
The Fantastic Flying Books of Mister Morris Lessmore
La Luna
A Morning Stroll
Wild Life

Melhor edição de som
Drive
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
A Invenção de Hugo Cabret
Transformers: O Lado Oculto da Lua

Melhor mixagem de som
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
A Invenção de Hugo Cabret
Transformers: O Lado Oculto da Lua
O Homem Que Mudou o Jogo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

.: Resenha crítica de "Gato de Botas", o anti-herói fofinho

Fofura em ação que agrada os olhos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2012


Gato de Botas: Animação com muita aventura em três dimensões. Saiba mais!


Antes de conhecer "Shrek", o dono de um olhar apaixonante (em Shrek 2), viveu uma incrível aventura ao lado da durona e malandra Kitty Pata-Mansa e o astuto Humpty Alexandre Dumpty. O "Gato de Botas", personagem que dá nome ao longa em três dimensões apresenta de um modo inovador algumas histórias infantis como a da gansa dos ovos de ouro e até Alice no País das Maravilhas.

O longa não apresenta apenas belas imagens desenhadas em um colorido que encanta, vai além. Segue a linha de Shrek, um anti-herói (inicialmente) em uma jornada mesclada a histórias que nos são contadas ainda durante a infância. E ao falar sobre os primeiros anos de vida, conhecemos o gato quando ainda era um lindo e fofo bebê. No orfanato, ele faz amizade com Dumpty. 

Contudo, quando o gato é usado (para o mal) pelo falso amigo, eles se afastam ("por motivos de força maior"). Afinal, o Gato de Botas passa a ser um foragido pela justiça de São Ricardo por roubar o banco da cidade. Numa vida cheia de surpresas, em um bar ele é provocado por um desconhecido, que, mais tarde, descobre ser a gata Kitty Patamansa que está a trabalho de seu ex-amigo. Desta forma, o trio parte em busca de feijões mágicos. 

Embora a história não seja tão chamativa para a maioria, principalmente se considerarmos a escolha das histórias referenciais, Gato de Botas agrada. Não apenas por ser uma animação em 3D, mas pelo modo em que a história é contada e os efeitos são utilizados, de forma moderada. Um fator que pesa positivamente é a ambientação da animação que tem um toque latino, com um modo faroeste de viver a vida.


Por fim, o que resta na mente daquele que assiste o longa animado é a mensagem de amizade, a qual exige afeto, compreensão e perdão. Que este seja o primeiro de uma nova franquia de sucesso. Vale a pena conferir Gato de Botas em 3D!

Cinesystem: Aliando tecnologia de ponta a um atendimento jovem e caloroso, a equipe de funcionários da Rede oferece um bom atendimento e recepção em salas de cinema que completam o momento de lazer do público que tem a melhor experiência em entretenimento. 


Filme: Gato de Botas (Puss in Boots, EUA)
Ano: 2011
Gênero: Animação/Comédia
Duração: 90 minutos
Direção: Chris Miller
Elenco (vozes no original): Antonio Banderas, Salma Hayek, Zach Galifianakis, Billy Bob Thornton, Amy Sedaris, Constance Marie, Guillermo del Toro.
Distribuidora: Paramount/Dreamworks

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

.: Resenha crítica de "A Casa dos Sonhos", suspense e drama

Mistura de gêneros
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2011


A Casa dos Sonhos: Confusão de gêneros em longa que mescla drama e suspense. Saiba mais!


Troca de gêneros em filme recheado de nomes famosos: Daniel Craig, Naomi Watts e Rachel Weisz. "A Casa dos Sonhos" em seu trailer é apresentado como um suspense. Contudo, no decorrer do longa, fica fácil perceber que se trata da história de uma família que se muda para uma casa cheia de segredos e que, por fim, vive um grande drama, capaz até de tirar lágrimas do público.

Nesta película, o editor Will Atenton (Daniel Craig) deixa seu emprego de executivo em Manhattan e segue com a esposa e duas filhas para uma cidade da Nova Inglaterra. Enquanto a família se adapta à nova vida, o verdadeiro histórico da casa vem à tona. Ao investigar detalhadamente os acontecimentos, Will não tem certeza se está vendo fantasmas ou se a história trágica está se repetindo.

História manjada, não? Na verdade, o longa dirigido por Jim Sheridon -que pediu para que seu nome fosse retirado dos créditos por não ter gostado do resultado final-, é um belo drama. Já sob a ótica do gênero que foi "vendido", suspense, não é surpreendente e muito menos inovador. Até porque, sempre há novos moradores para as muitas casas assombradas. Portanto, A Casa dos Sonhos não tem originalidade para ser um suspense marcante. De fato, essa mescla de gêneros é interessante e, entre tantos filmes fracos, A Casa dos Sonhos, torna-se uma boa pedida como entretenimento para, pelo menos, 92 minutos.

Inicialmente, o enredo demora para engrenar e não envolve. O longa derrapa na velha história da família feliz (ou que está tentando ser feliz) de mudança para uma casa que foi cenário de uma tragédia. É claro que este detalhe importante somente é descoberto por meio de vizinhos e boatos. Lembrou de algum filme com esta "linha" de casa maldita? Não é preciso pensar muito, pois há vários, como por exemplo, "Horror em Amityville", "A casa do espanto" e até o novo seriado "American Horror Story" está centrado nesta trama.

Repetitivo? É justamente este o problema de A Casa dos Sonhos. Não convence. No entanto, antes de acabar, o filme ganha fôlego, apesar de não ter como remediar o estrago já foi feito nos minutos anteriores. Para aqueles que buscam diversão nas poltronas do cinema, A Casa dos Sonhos é perfeitamente indicado, mas para aqueles que só gostam de ver bons filmes... É melhor fugir ou terá pesadelos!

Confusões dos bastidores: O longa precisou refilmar algumas imagens, pois a agenda do ator Daniel Craig estava lotada, o que atrasou o lançamento. Já o problema com o diretor Jim Sheridan foi referente ao resultado final. Portanto, ele pediu à DGA (Associação de Diretores Norte-americanos) que seu nome fosse removido dos créditos do longa dirigido por ele. De acordo com Sheridan, a versão lançada nos cinemas foi totalmente reeditada, sendo então, absolutamente distinta da dele. No entanto, os produtores podem escolher como editar um filme, alterando até o enredo, e lançá-lo nos cinemas sem necessitar da aprovação do diretor, como foi o caso de A Casa dos Sonhos. Com o pedido  recusado pela DGA, a película foi lançada com o nome de Sheridan como diretor.

Cinesystem: Aliando tecnologia de ponta a um atendimento jovem e caloroso, a equipe de funcionários da Rede oferece um bom atendimento e recepção em salas de cinema que completam o momento de lazer do público que tem a melhor experiência em entretenimento.

Filme: A Casa dos Sonhos (Dream House, EUA)
Ano: 2011
Gênero: Suspense / Drama
Duração: 92 minutos
Direção: Jim Sheridan
Elenco: Daniel Craig, Rachel Weisz, Naomi Watts, Marton Csokas, Claire Geare, Taylor Geare, Rachel G. Fox, Mark Wilson.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

.: Entrevista com Moacyr Scliar, escritor, autor de "O Carnaval dos Animais"

"Gosto da ficção que tenha humor e imaginação" - Moacyr Scliar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2004, entrevista republicada em maio de 2011



Moacyr Jaime Scliar autor de quase cem livros e membro da Academia Brasileira de Letras, conhecido popularmente sem o segundo nome (Jaime), no dia 27 de fevereiro, teve falência múltipla de órgãos, aos 73 anos. Internado desde 11 de janeiro para uma cirurgia de extração de tumores no intestino, Scliar sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico no dia 16 de janeiro, sendo encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo. 

No dia seguinte, sofreu uma cirurgia para retirada de coágulo decorrente do AVC, quando foi mantido com o mínimo de sedação necessária. Quando passava pela retirada gradual da sedação quando, no dia 9 de fevereiro, o escritor apresentou um quadro de infecção respiratória, retomando a sedação e a respiração por aparelhos.

Ele que nasceu em Porto Alegre, no dia 23 de março de 1937, conversou com a equipe do site cultural Resenhando.com, no final de 2004 e falou suas publicações, seus gostos e suas referências literárias. Saiba mais sobre de Moacyr Scliar!



RESENHANDO - Como foi para você receber, em 1968 - Prêmio da Academia Mineira de Letras, quando havia ingressado na literatura á pouco tempo? 
MOACYR SCLIAR - Foi muito importante. O prêmio foi para o meu segundo livro, "O Carnaval dos Animais" (contos) que representava para mim mesmo um desafio. É que eu estava insatisfeito com meu primeiro livro, "Histórias de médico em formação", uma coletânea de contos sobre minhas vivências como estudante de medicina que, relendo, me pareceu uma obra de principiante, com muitas falhas. Eu havia decidido que meu destino como escritor dependeria de "O Carnaval". O livro foi bem recebido, ganhou prêmios como o mencionado e, mais importante, resistia à minha própria releitura. Fui em frente...


RESENHANDO - Qual o seu estilo literário preferido? 
MOACYR SCLIAR - Gosto da ficção que tenha humor e imaginação.


RESENHANDO -  Entre os seus mais de 60 livros publicados, qual prefere? Porque? 
MOACYR SCLIAR - Pergunta difícil de responder: é o mesmo que perguntar a um pai de que filho gosta mais (para mim não é problema: só tenho um filho). Mas gosto muito de "O Centauro no Jardim", "A Majestade do Xingu" e "A Mulher que escreveu a Bíblia". Além dos contos.


RESENHANDO -  Como é produzir livros voltados para o público infantil? 
MOACYR SCLIAR - Exige uma sensibilidade especial. O importante é recuperar a criança que existe dentro de cada um e dialogar com ela.


RESENHANDO - Em 31 de julho de 2003 você foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Qual a sensação de estar entre os imortais da literatura? 
MOACYR SCLIAR - O aspecto mais importante, para mim, é o fato de ser um escritor gaúcho. O RS tinha um trauma com a ABL desde que o nosso grande poeta Mario Quintana foi derrotado duas vezes em eleições. Quando me pediram que me candidatasse hesitei muito, mas não havia como recusar. Candidatei-me meio apreensivo mas o resultado final não deixou dúvidas.


RESENHANDO - Como você interpreta a palavra "imortais", muito empregada para o escritores que fazem parte da Academia Brasileira de Letras? 
MOACYR SCLIAR - Não a levo muito a sério. Imortalidade é uma metáfora, não a realidade.



RESENHANDO -  Qual foi o momento mais marcante na sua carreira de escritor? 
MOACYR SCLIAR - Vou falar em momentos: são aqueles em que me ocorrem uma boa ideia ou quando eu termino um texto que considero satisfatório


RESENHANDO -  Após o reconhecimento, o que a literatura representa na sua vida?
MOACYR SCLIAR - É uma realização pessoal e é uma forma de relação com as pessoas: ofereço-lhes o melhor que sei fazer e fico contente quando um leitor diz que gostou de um livro ou de um texto que escrevi.


RESENHANDO - Quais os escritores que lhe influenciaram na escrita? Qual deles é referência para você até hoje? 
MOACYR SCLIAR - No início de minha carreira, Érico Veríssimo e Jorge Amado; depois, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Graciliano Ramos. Todos eles são referência, ainda hoje.


RESENHANDO - Entre os novos escritores, qual nome destaca? Por quê? 
MOACYR SCLIAR - Não saberia dizer. Não consigo acompanhar todos os lançamentos, tenho medo de injustiças ou omissões.



Alguns títulos de Moacyr Scliar:

A estranha nação de Rafael Mendes.
A festa no castelo. 
A guerra no Bom Fim.
A majestade do Xingu. 
A mulher que escreveu a Bíblia.
Cavalos e obeliscos.
Cenas da vida minúscula.
Ciumento de carteirinha. 
Doutor Miragem.
Eu vos abraço, milhões.
Os cavalos da República. 
O ciclo das águas.
O exército de um homem só.
O tio que flutuava.
Os deuses de Raquel. 
Os vendilhões do templo.
Manual da paixão solitária.
Max e os felinos.
Memórias de um aprendiz de escritor. 
Mês de cães danados. 
Na noite do ventre, o diamante.
No caminho dos sonhos. 
Os leopardos de Kafka.
Os voluntários.
Pra você eu conto
Sonhos tropicais.
Um sonho no caroço do abacate. 
Uma história farroupilha.
Uma história só pra mim.



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm
← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.