segunda-feira, 3 de setembro de 2018

.: "Pássaros Feridos" e "Pantanal" fizeram a Globo "perder o sono"


Por André Araújo*, em setembro de 2018.

Nos anos 80 (a realidade era essa mesma!), toda e qualquer coisa que a Rede Globo exibisse liderava a audiência. Sem muitas opções, impossível que a emissora de Roberto Marinho não dominasse. Ainda assim, existiram algumas porcarias chamadas de novelas que foram um grande fracasso de popularidade; ou seja, as pessoas ligavam na Rede Globo por hábito, mas ninguém prestava atenção no que estava no ar. 

"De Quina Pra Lua", em 1985, foi um exemplo! Quem lembra? E ainda em 1985, mesmo com o estrondoso sucesso de "Roque Santeiro" (eu ainda acho "Corpo a Corpo", do Gilberto Braga, superior à saga da "Viúva Porcina", do Dias Gomes!), houve um embate de alto nível: o SBT (quem diria!), dominou geral ao exibir a minissérie estrangeira "Pássaros Feridos", que tirou o sono da "Vênus Platinada", que não via a hora da trama importada acabar... e só pra chatear, Sílvio Santos (marca registrada dele!), espichava os capítulos da história do Padre que vivia um amor proibido, óbvio, com a intenção de fazer a alta cúpula global perder o sono (e conseguiu!)

Em 1986, outro embate de alto nível: a Rede Manchete roubou as atenções para si ao inovar produzindo a maravilhosa novela "Dona Beija". Que sucesso! A questão foi que a Rede Globo não reagiu, diferente de "Pantanal", em 1990, que fez a emissora carioca se revirar no túmulo e até criar, a toque de caixa, um novo horário de novelas: 21h30, para bater de frente com a trama em que a personagem Juma Marruá (Cristiana Oliveira) liderava sem precisar de muito esforço. 

Mas era tarde demais!..."Pantanal" estava em reta final e e o público que seguia a história do "véio" do Rio não mudaria de canal, tal qual aconteceu com "Os Dez Mandamentos" em 2015. "A Regra do Jogo", do João Emanuel Carneiro, que estreou no auge do sucesso da saga de "Moisés", jamais faria os telespectadores da Rede Record trocarem de canal (quem se arriscaria mesmo?). Ainda que "A Regra do Jogo" tivesse em suas chamadas a frase extra "Do mesmo autor de 'Avenida Brasil'", o que se viu na substituta do mega fracasso "Babilônia", de Gilberto Braga, foi uma trama policial sem pé nem cabeça em que o público não sabia quem era quem e não tinha por quem torcer. 

Atenção autores de novelas: em telenovela tudo deve ficar bem claro! Mocinho pode até ser dúbio, mas há necessidade de uma personagem por quem o público vibre e torça. Só em UMA novela, entre DEZ MIL, há acerto quando o seu autor envereda pelo cainho da indecisão. Anti-herói funcionou bem nos anos 1970, mas hoje com tantas opções, melhor não arriscar. Mas voltando à Rede Globo em 1990, mesmo assinada pelos intelectuais Dias Gomes, Ferreira Gullar e Lauro César Muniz (sempre péssimo como autor de telelágrimas!), "Araponga", estrelada pelo eterno galã Tarcísio Meira, não empolgou.

Quem viu a novela do Tarcisão, só pegou os últimos meses, pois teve de esperar pelo desfecho de "Pantanal". E mesmo que tentem falar o contrário, nada poderá mudar o que passou.

*André Araújo é um apaixonado por telenovelas. Tanto que ele escreve algumas por aí e publica pela internet, arrebatando fãs e distribuindo inspiração. Da cabeça dele já saíram grandes personagens. Entre as novelas virtuais, é autor de "Uma Vez Na Vida! e "Flor de Cera".



.: Canta Comigo: Gabriel Camilo e Prih Queiroz se classificam para final

Outros dois finalistas serão revelados na última semifinal, na próxima semana, dia 5 de setembro



Gugu e jurados. Crédito da foto: Antonio Chahestian/Record TV


O cantor Gabriel Camilo, de Ibirité, em Minas Gerais, e a backing vocal Prih Queiroz, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, garantiram vaga na final do Canta Comigo. No episódio do reality show musical apresentado por Gugu Liberato que foi ao ar nesta quarta-feira, dia 29/08, os dois conseguiram agradar ao maior número de jurados e, assim, continuar na disputa pelo prêmio de R$ 300 mil. Enquanto ele fez uma interpretação emocionante de “Como Nossos Pais”, ela cantou “Roar”, sucesso de Katy Perry.

Os dois se juntam ao cantor Vinny Fist (Fortaleza – CE), à estudante Yasmine Mahfuz (São Paulo – SP), à cantora Débora Pinheiro (Rio de Janeiro – RJ) e à representante comercial Naheda Beydoun (Berlim – Alemanha), que, durante a fase de eliminação, por terem feito os cem jurados se levantarem diante de suas performances, garantiram uma vaga na finalíssima do programa.

Na próxima quarta-feira, dia 5, acontece a segunda semifinal do Canta Comigo e outros dois candidatos também garantirão vaga na final.

A grande decisão será, ao vivo, no dia 12 de setembro,


Veja a performance dos já classificados para a final da atração:

Gabriel Camilo (Ibirité – MG)



Prih Queiroz (Campo Grande – MS)


Vinny Fist (Cantor – Fortaleza – CE)


Yasmine Mahfuz (Estudante – São Paulo – SP)


Débora Pinheiro (Cantora – Rio de Janeiro – RJ)


Naheda Beydoun (Representante comercial – Berlim – Alemanha)



Como funciona? Entenda a dinâmica do programa

SEMIFINAL
A semifinal do programa é dividida em dois episódios. Em cada um deles, os candidatos qualificados na fase de seleção se reapresentam para os 100 jurados em novas e contagiantes performances. Dois deles em cada uma das semifinais vão para a final do reality show.

FINAL
Na etapa final, os finalistas se apresentam mais uma vez para os jurados. Os dois que conseguirem a maior pontuação vão a voto popular, e o público é quem tem a palavra final: o mais votado pela audiência é consagrado o vencedor da temporada, faturando o prêmio de R$ 300 mil.

.: Resenha do livro "Onde está a banda The Beatles?", da Ciranda Cultural

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2018 


Já disse Charles Möeller, o homem do teatro musical do Brasil, que a banda "The Beatles" é eterna. Prova disso é que o quarteto mais famoso de Liverpool permanece no posto de ícones da música, de geração para geração. Aos fãs e admiradores, a Ciranda Cultural disponibilizou nas livrarias o livro em capa dura "Onde está a banda The Beatles?", com a proposta de divertir a todos, independente de idade. 

O livro em capa dura e páginas acetinadas, permite uma vasta busca nas ilustrações que levam ao Submarino Amarelo até o Magical Mystery Tour, além de não ser restrita a John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison. "Onde está a banda The Beatles?" desafia a encontrar outras 13 figuras nas 24 páginas.

A publicação também comenta sobre cada um dos quatro rapazes de Liverpool e aqueles que o influenciaram ou cercaram, desde o Rei do Rock, Elvis Presley até Ravi Shankar, conhecido por popularizar a cítara e a música clássica indiana no mundo ocidental, o estilo de Ravi foi importante influência para Gerge Harrison.

As cenas incríveis baseadas na carreira destes grandes astros envolvem uma entretenimento que pode ser desfrutado de forma individual ou em família. Descubra se você consegue achar esses quatro ícones da música, além de Yoko Ono, Davi Bowie, Madonna e outros.

The Beatles: Foi uma banda de rock britânica, de 1960, formada em Liverpool. É o grupo musical mais bem-sucedido e aclamado da história da música popular. Em 1962, houve a troca de dois integrantes e o grupo formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo, piano e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal) iniciou no sucesso musical. Enraizada do skiffle e do rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos gêneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros, em formas inovadoras e criativas. Sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de "Beatlemania", fez com que eles crescessem em sofisticação.

Compre "Onde está a banda The Beatles?" aqui: amzn.to/3GpHLP9

COLEÇÃO: A pergunta “Onde está Wally?” fez a alegria de crianças e adultos no final da década de 1980. Criada pelo ilustrador inglês Martin Handford, a série se tornou uma febre mundial e ainda influencia publicações em todo o planeta. Nela, um garoto de gorro, óculos redondos e blusa listrada desafiava o leitor a encontrá-lo na praia, no Império Romano ou na cidade, sempre camuflado em meio a objetos e personagens.

Inspirada na obra de Handford, a coleção “Onde está?”, lançamento da editora Ciranda Cultural, estimula o jovem leitor a encontrar as maiores lendas da música do século XX, Elvis Presley e os meninos de Liverpool, The Beatles, em cenários paradisíacos, divertidos e históricos. 


Livro: "Onde está a banda The Beatles?"
Autor: Ciranda Cultural 
Editora: Ciranda Cultural 
Idioma: Português 
24 páginas
Encadernação: Capa dura
cirandacultural.com.br



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm 





.: Quarteto de Cordas toca Brahms e composições de Léa Freire

Sala do Conservatório (Foto: Nelson Kon)


“Quinteto, opus 34”, em versão para dois violoncelos e “Dança Húngara 17” são peças selecionadas de Brahms para a apresentação; “Sambito”, “Vento em Madeira”, entre outras, são as composições de Léa Freire

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, corpo artístico do Theatro Municipal, instituição da Secretaria Municipal de Cultura, conta com mais um violoncelista para sua primeira apresentação de setembro, Robert Suetholtz. Mas o músico é um velho conhecido do grupo. “O Bob (Suetholtz) entrou no Quarteto de Cordas em 1991 e ficou conosco até 2016”, conta Marcelo Jaffé, violista do grupo.

No concerto, que ocorre em 13 de setembro, às 20h, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes, os músicos interpretam composições de Johannes Brahms, como Quinteto, opus 34, em versão para dois violoncelos, “como Brahms o teria concebido a princípio, antes de torná-lo um Quinteto para Cordas e Piano”, explica Jaffé e a Dança Húngara 17,  escolhida para, neste concerto, representar o intenso contato que o músico alemão teve com imigrantes húngaros.

Já no dia 27, Léa Freire é a convidada do grupo formado por Betina Stegmann e Nelson Rios, nos violinos; Marcelo Jaffé, na viola; e Rafael Cesário, no violoncelo. “Fizemos mais trabalhos em paralelo com a Léa e já era hora de ela vir tocar conosco na Sala do Conservatório. Vamos fazer um programa com o repertório desta compositora, pianista e flautista que tem uma intensa trajetória na música brasileira”, elabora o violista do grupo. No repertório estão Sambito, Vento em Madeira, Fé e Deixa Estar, entre outras composições de Freire.

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo foi fundado em 1935 por iniciativa de Mário de Andrade. Inicialmente era chamado de Quarteto Haydn e buscava difundir a música de câmara e estimular compositores brasileiros a compor novo repertório para o gênero. O grupo passou a ser chamado de Quarteto de Cordas Municipal a partir de 1944, chegando à sua forma definitiva em 1981, como Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo.

O Quarteto apresenta-se constantemente no Brasil e no exterior, em eventos como a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha; o Festival de Música de Saragoza, na Espanha; e o Festival Internacional de Música de Morelia, no México. No Brasil, além da participação nos mais importantes festivais e cursos de música, desenvolveu projetos de estímulo a jovens instrumentistas por meio de concursos e de concertos didáticos em escolas da rede pública, universidades e escolas de música.

Em concertos comentados, o Quarteto apresenta o amplo repertório para a formação, inclusive o de vanguarda, promovendo o contato do público com todas as tendências e escolas de composição, como parte do projeto original do grupo, de fomento e formação de plateias. Em sete oportunidades o Quarteto de Cordas ganhou o prêmio de Melhor Conjunto Camerístico da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e por três vezes o Prêmio Carlos Gomes.

Serviço
Quarteto toca Brahms
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
Dança Húngara 17 | J. Brahms
Quinteto, opus 34 | J. Brahms
Betina Stegmann – violino
Nelson Rios – violino
Marcelo Jaffé – viola
Rafael Cesário – violoncelo
Convidado:
Robert Suetholtz – violoncelo
Local: Sala do Conservatório – Praça das Artes (Av. São João, 281 - Centro - 200 lugares)
Data: Quinta-feira, 13/9, 20h.
Duração: aprox. 60 min.
Classificação indicativa: livre (indicado para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada para aposentados, maiores de 60 anos, professores da rede pública e estudantes)

*Não será permitida a entrada após o início da apresentação

domingo, 2 de setembro de 2018

.: "Brasileiro": a entrevista (quase) perdida de Silva


"Podem falar o que for, mas melodia é tudo", 
Silva.


Por Helder Moraes Miranda, em setembro de 2018.

Qual é o momento certo de publicar uma entrevista. Nos tempos de faculdade, um professor dizia que "matéria boa é matéria publicada". Portanto, entre linhas, ele orientava a não perder tempo com "preciosismos". A entrevista com Lúcio Silva de Souza, mais conhecido pelo nome artístico de Silva, feita há alguns meses, quase não foi publicada justamente pela espera do momento certo. 

Seriam os 30 anos que ele completou em julho? Ou o próprio lançamento do álbum "Brasileiros", alguns meses atrás? Ou seria a proximidade das eleições, cujo brasileiro fará valer o direito de escolha nas urnas em um momento tão polarizado?

Essas são questões que não têm uma resposta precisa. Mas, seja por conta da espera em publicar ou da imprecisão que coloca o tempo como coadjuvante entre o cantor, o veículo e o público, essa entrevista, publicada agora, quase ficou presa em nossos arquivos. 

Nascido em Vitória, Silva é um cantor, compositor, produtor musical e músico multi-instrumentista brasileiro. Tornou-se conhecido após o primeiro álbum, "Claridão", lançado em 2012 pela SLAP. Em 2014, lançou o segundo álbum de estúdio, intitulado "Vista Pro Mar", que teve como convidada a cantora Fernanda Takai na faixa "Okinawa". 

No final de 2016, lança o álbum "Silva Canta Marisa", composto por regravações de músicas da cantora Marisa Monte, que participa na faixa inédita "Noturna (Nada De Novo Na Noite)" cantando em dueto com ele e sendo autora da letra. O projeto também virou um DVD ao vivo. Nesta entrevista exclusiva, ele fala das parcerias com Maria Monte e Anitta, de que maneira um álbum complementa outro e sobre se sentir estrangeiro no próprio país.

RESENHANDO - Por que apostar na brasilidade explícita depois de um trabalho tão consistente sobre a obra de Marisa Monte?
SILVA - Não chamaria de aposta e acho que é aí que está o negócio. O disco não foi feito numa reunião de uma empresa de publicidade. As ideias vieram de forma intuitiva, sem muito planejamento e sem pressa. Me aproximar de Marisa me trouxe muitas coisas boas. Eu sempre fui fã dela, mas hoje sou também amigo e isso me colocou em contato outra vez com minhas influências mais brasileiras, me fez evoluir no canto e na música de uma forma geral. É aquela história de a gente saber escolher bem nossos ídolos.

RESENHANDO - O que há de autobiografia nos álbuns que você lança?
SILVA - Meus discos sempre refletem a fase que eu vivo. Gosto de falar das coisas que tenho conhecimento, das coisas que já experimentei na vida e das minhas expectativas sobre o futuro. Mas tento não colocar o foco em mim o tempo todo. Tem muita coisa bonita pra ser falada por aí.

RESENHANDO - É possível estabelecer uma ligação, ou até mesmo uma continuidade, nos álbuns que você lança? 
SILVA - Acredito que sim. Sempre fui responsável por toda a parte criativa dos meus álbuns, desde a composição até a pós-produção. O fato de saber tocar alguns instrumentos ajuda nesse sentido, porque você deixa a música do jeito que você quer, sem depender da cabeça de um outro produtor. 

RESENHANDO - De que maneira um álbum complementa ou continua o outro?
SILVA - Sempre tive um apego com a parte melódica da música e mesmo mudando de assunto de um disco para o outro, mantenho um certo cuidado com a melodia. Podem falar o que for, mas melodia é tudo.

RESENHANDO - Para você, hoje, o que é ser brasileiro?
SILVA - Brasileiro pra mim é sinônimo de luta e esforço. Eu quero de alguma forma contribuir pra que esse país seja melhor e que a gente tenha uma relação mais profunda com a nossa história e nossa cultura. Acho que só assim a gente consegue evitar os mesmos erros que cometemos no passado.

RESENHANDO - Ser brasileiro nos dias de agora difere de ser brasileiro nas outras fases de sua vida - infância, adolescência, início da vida adulta?
SILVA - Sim, muito. Eu lembro que ouvia uma parte da minha família falar muito mal do Brasil, uma eterna insatisfação com isso tudo aqui. Não vejo problema em estar insatisfeito, mas acho uma atitude mimada quando não se faz nada para contribui e tentar melhorar as coisas. Lembro que quando eu era adolescente o legal era parecer gringo, ver MTV e conhecer a última banda que foi lançada em Londres. Hoje me sinto mais seguro comigo mesmo, como músico, como pessoa e até mesmo como brasileiro. Isso eu não poderia dizer há dez anos.



RESENHANDO - Por que hoje "a cor é rosa"?
SILVA - Essa música tem várias interpretações. Ela foi inspirada na história de Iansã e Iemanjá e é como se uma estivesse cantando para a outra. Outra coisa é o momento polarizado em que vivemos. Usar verde-azul-amarelo infelizmente ficou associado àquelas manifestações com patos de borracha gigantes, então preferi não associar o brasileiro com as cores da bandeira. Meu estado, o Espírito Santo, tem as cores azul, branco e rosa. Prefiro me apegar a ela nesse momento.

RESENHANDO - Como surgiu a ideia da parceria com Anitta?
SILVA - Admiro muito a Anitta e já tinha vontade de gravar algo com ela. Mandei a versão demo para ela ouvir e ela gostou muito. 

RESENHANDO - A música brasileira proporciona misturas de artistas de universos diferentes. Dentro dessa diversidade, como foi trabalhar com ela? 
SILVA - Foi algo bem espontâneo e o que conectou a gente foi a música mesmo, não tínhamos nem amigos em comum. 

RESENHANDO - Musicalmente, em que são mais parecidos e, também, mais diferentes?
SILVA -Acho que somos parecidos porque gostamos muito de trabalhar com música, ela do jeito dela, fazendo mil coisas e eu do meu jeito mais lento. Acho que essas diferenças é que deixam as coisas interessantes.

RESENHANDO - Qual o motivo de acrescentar músicas instrumentais no novo álbum?
SILVA - Elas ajudam a contar a história do álbum, dão um clima e servem de transição de uma faixa pra outra. Eu amo música sem vocal, elas descansam meu ouvido e me colocam em sintonia apenas com os sons. Letras não são necessárias sempre.

RESENHANDO - Nesse novo trabalho, há um questionamento permanente que respinga em praticamente todas as canções: "Como a gente vai ser brasileiro?". Como você, como homem e como artista, responderia a essa pergunta?
SILVA - Lutando diariamente contra o preconceito, a injustiça, a intolerância e tendo uma visão mais profunda sobre nós mesmos. O álbum, mesmo levantando esses questionamentos, é um álbum sobre amor. E tudo que a gente tá precisando nesse momento é de um pouco mais de amor. Pode parecer romântico e utópico, talvez, mas prefiro entrar para o grupo dos sonhadores.

RESENHANDO - Em algum momento você se sente um estrangeiro no próprio país? 
SILVA - Já me senti estrangeiro quando era bem novo, porque não me esforçava pra me sentir parte daqui. Quando comecei a me aprofundar um pouco mais na nossa história, pude me sentir mais brasileiro e firmar minhas raízes aqui.


*Helder Moraes Miranda escreve desde os seis anos e publicou um livro de poemas, "Fuga", aos 17. É bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando e assina a coluna dominical DOM.

.: #DOM18: Cacau Oliver lançará primeiro reality da transformação sexual


Programa mostrará a história de 10 transexuais que vão competir por um prêmio: a cirurgia de redesignação sexual ou mudança de sexo.

O criador do Miss Bumbum Cacau Oliver parece que não cansa de impressionar o mundo do entretenimento. O jornalista já prepara para 2019 o novo reality chamado "Transformation", onde transexuais participarão de um programa online com foco em suas próprias histórias de vida. 

A melhor história será julgada pelos internautas e a mais votada ganhará sua tão sonhada cirurgia de redesignação sexual, ou popularmente conhecida como mudança de sexo. Para participar do reality, as candidatas já devem estar em estágios avançados do processo de redesignação sexual e com os testes médicos que atestem que elas estão aptas à cirurgia.

"É algo único, sempre dizem que tudo se copia e este é o primeiro", declara Oliver. 
Por opção do jornalista a primeira temporada será totalmente interativa e para usuários da rede, no Youtube, com a história de vida de cada competidora. No final, a votação popular dará para a vencedora a oportunidade de ter toda a sua cirurgia paga. "Não tenho interesse nas TVs, quero algo 100% para a internet, como foi o 'Porta dos Fundos' no início"A competição será feita com dez participantes e durará três meses. A seleção das candidatas começa em breve.


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Pietra Príncipe ensina como fazer bons nudes 
em workshop na Sexy Fair 2018



Apresentadora do programa "Papo Calcinha" no Multishow por seis anos e capa da revista Playboy em outubro de 2013, Pietra Príncipe, atualmente apresentadora do canal "Tá Dentro" e do programa "Rio By Night", da Rádio SulAmérica Paradiso, para comandar o workshop "Como Fazer Bons Nudes" que acontecerá no sábado, 8 de setembro, a partir das 22h. Com isso, ela trará técnicas de melhores ângulos e jeitos para sua foto fazer sucesso na Internet, sempre com muita segurança, claro!

O Sexlog, maior rede social adulta da América Latina, participará da Sexy Fair 2018 que acontecerá entre os dias 4 e 9 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. O evento chega à sua terceira edição e é considerado um dos principais encontros de profissionais e atrações do mercado erótico do Brasil.

Por ser uma grande rede social adulta, com 8 milhões de usuários cadastrados, o Sexlog resolveu apostar em ações que ajudem seu público a usar da melhor maneira a plataforma e, assim, se sentir ainda mais satisfeito e seguro para viver livremente a sexualidade sem tabus.

"Quando fomos convidados para participar da Sexy Fair 2018 pensamos em uma iniciativa que o nosso público se identificasse e que fosse útil para o dia a dia dele, tanto no uso da nossa plataforma como na sua sexualidade como um todo. Então, tivemos a ideia de parceria com a Pietra. Além de ser um ícone no universo adulto, ela sabe tirar fotos sensuais como ninguém. Com certeza terá muito o que ensinar para os convidados", afirma a diretora de Marketing do Sexlog, Mayumi Sato.

Além disso, durante o evento, o Sexlog terá um stand com distribuição e sorteio de brindes, o "Sexy Clique" que será um espaço com atores e acessórios para que o público se divirta e tire fotos sensuais e engraçadas. A rede social também irá selecionar um grupo de usuários para um encontro durante a feira.

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Eu fiz o aborto sem anestesia"diz Claudia Alencar 
sobre procedimento aos 17


A atriz Claudia Alencar participou recentemente de uma conversa sobre o aborto no programa "Sensacional", apresentado por Daniela Albuquerque, e se mostrou favorável à sua legalização no Brasil. “A mulher está desprotegida, completamente desprotegida. Nós mulheres somos vilipendiadas por essa sociedade machista, nós mulheres somos realmente donas do nosso corpo, porque todo mundo é dono do seu corpo”, defendeu ela, revelando ter recorrido ao procedimento quando engravidou aos 17 anos de idade do então namorado.


"Nós tínhamos muito medo de ter filho. A gente só namorava, transava, ficava junto, fazia amor sem penetração”, relembrou a atriz. “Quando a gente viu que eu estava grávida, a gente [falou]: 'como? Tudo o que a gente menos queria era isso'. A gente tinha muito cuidado. Isso não é raro, isso não se fala, há muitas mulheres grávidas virgens além de Nossa Senhora e Claudia Alencar, isso é provado pelos ginecologistas”, afirmou.


Claudia também se emocionou ao recordar como foi o procedimento, realizado no primeiro mês da gestação. “Eu fiz o aborto sem anestesia. Ele colocou um ferro dentro de mim, que eu me lembro a dor até hoje, e fez assim (gesticula), raspou e jogou no lixo de metal, que eu ouço o som até hoje e a dor até hoje. E eu fui com meus pais, com a boca fechada, tirar férias no Guarujá, não falei nada para ninguém”, explicou ela, ressaltando a importância de alertar as mulheres sobre o assunto.


“Nós não fazemos amor para abortar, isso é uma mentira. Eu fiz todas as precauções para não ter filhos e tive. Eu não poderia, meus pais eram professores, meu pai era filósofo, não tínhamos dinheiro, então eu sei da dor das mulheres em fazerem um aborto. Eu sei da dor e sei que nenhuma mulher é monstro, nenhuma mulher. Todas as mulheres querem ter filhos, mas elas não podem. E se elas não podem, que o Brasil legalize o aborto como os Estados Unidos, para que nós passamos ter os filhos nas melhores condições e dar a eles o nosso melhor, nosso maior amor”, completou.


Ainda no palco, que também estavam Alessandra Scatena e Rebeca Mendes – primeira brasileira a buscar no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de realizar um aborto legal - Claudia afirmou não ter se arrependido da decisão de abortar. “Tenho dois filhos lindos, nunca me arrependi porque eu sei que eu não seria a mãe que eu fui porque não tinha maturidade, eu não teria dinheiro, não teria a possibilidade de criar e dar para eles o melhor, e eles estão aí no mundo para dar para o mundo o melhor”, encerrou a atriz.



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Vocalista do Falamansa fala sobre análise feita 
por Jout Jout, da canção "Xote dos Milagres"


Prestes a completar 20 anos de estrada, os músicos da banda Falamansa relembram a trajetória e falaram, no programa "Ritmo Brasil" sobre o forró. Durante a entrevista, Tato, vocalista do grupo, comentou a análise feita pela digital influencer Julia Tolezano, a Jout Jout, sobre a canção "Xote dos Milagres", um dos grandes sucessos da banda. 

O vídeo postado no canal "Jout Jout, Prazer" viralizou nas redes sociais, alcançando mais de 880.000 visualizações. “Quando você analisa uma música, você consegue interpretar do jeito que quiser”, diz o cantor, negando a versão apresentada pela youtuber. Em seguida, revela sua inspiração para a letra: “Eu escrevi ‘Xote dos Milagres’ com uma veia romântica em relação a outra pessoa, mas também fala de buscas, desejar coisas que para outros são impossíveis”.


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“Tiazinha é uma grande obra de arte”
diz Suzana Alves a Danilo Gentili

(Crédito: Gabriel Cardoso/SBT)


Suzana Alves esteve recentemente no programa "The Noite" para uma entrevista. Com 25 anos de carreira, a atriz falou como começou no mundo artístico e recorda: “Fiz teste pra ser Angeliquete e borboleta da Mara (Maravilha). Tava lá o tempo todo, xeretando para ter uma oportunidade”

Após ganhar projeção nacional como a Tiazinha, personagem sadomasoquista do programa “H”, apresentado entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000 nas tardes da Band, ela contou: “Você vai entrando naquele contexto erótico. Fui me sentindo mais à vontade e a coisa foi tomando uma proporção maior. Mas aquilo foi me incomodando ao mesmo tempo. Sonhava em ser uma atriz famosa, não um símbolo sexual”

O sucesso estrondoso, somado à pouca idade, a assustaram. “Cresci tendo certeza que queria ser atriz, mas depois da Tiazinha fiquei perdida. Num contexto geral da minha vida. Desejei ter aquilo mas também não era feliz com aquilo”, finalizou.

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Lázaro Ramos, Zezé Motta e Ailton Graça 
estão no novo filme de Jeferson De, ‘M8’

O cineasta Jeferson De, diretor do premiado "Bróder" (2010), acaba de rodar no Rio de Janeiro seu novo longa: "M8 – Quando a Morte Socorre a Vida". A produção é baseada no livro homônimo de Salomão Polack e conta a história de Maurício (Juan Paiva), um calouro da prestigiada Universidade Federal de Medicina. 

Em sua primeira aula de anatomia, ele é apresentado a M8 (Raphael Logam), corpo que servirá para estudo dele e dos amigos durante o primeiro semestre. Em uma jornada permeada de mistério e realidade, ele enfrenta suas próprias angústias para desvendar a identidade desse rosto desconhecido.

Com os amigos Suzana (Giulia Gayoso), Domingos (Bruno Peixoto) e Gustavo (Fábio Beltrão), Maurício forma uma turma que vive as dificuldades e as descobertas do primeiro ano da vida universitária. Dia após dia, eles são confrontados com a aspereza do mundo adulto e têm que fazer escolhas nem sempre fáceis. O filme estreia em 2019, é produzido pela Migdal Filmes e distribuído pela Paris Filmes/Downtown Filmes.

Equipe e elenco rodaram por cinco semanas em locações que percorreram alguns dos principais bairros do Rio de Janeiro, da Zona Sul até a Zona Oeste, passando pelo Centro da cidade. A atriz Mariana Nunes ("Carcereiros", "Liberdade, Liberdade" e "Zama", entre outros) interpreta Cida, mãe de Maurício. Ela criou o filho sozinha e tem muito orgulho da conquista de Maurício. Nem por isso deixará de ser dura com ele quando for preciso.

O elenco conta com Zezé Motta (Ilza), Ailton Graça (Sá), Alan Rocha (Sinvaldo), Rocco Pitanga (policial), Dhu Moraes (Mãe de Santo), Léa Garcia (Dona Angela) e Lázaro Ramos, que faz uma participação especial. "M-8 - Quando a Morte Socorre a Vida" conta ainda com Henri Pagnoncelli (professor Djalma) e Malu Valle (Carlota) no elenco. Além da direção, Jeferson De também assina o roteiro do longa-metragem, ao lado de Felipe Sholl. A produção é de Iafa Britz e Carolina Castro, com produção executiva de Romulo Marinho Jr..


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Beto Jamaica lança projeto "Movimento do Beto”

Uma deliciosa mistura do melhor da música popular brasileira com o samba do recôncavo da Bahia e o samba baiano. Essa é a proposta do projeto Movimento do Beto que reúne os cantores Beto Jamaica, Jean Oliver, Negão Jamaica, Caboquinho Movimento, Juninho Movimento e Pagode da Choca. Juntos, eles prometem um repertório de primeira qualidade e que não vai deixar ninguém parado levando para o palco um misto de clássicos da boa música.

“A ideia do projeto é resgatar musicas que marcaram uma era no cenário musical do país, sobretudo na Bahia. A intenção é também mostrar para a Bahia essa nova geração que faz música muito boa e que tem bastante talento. E sem dúvida vem muita coisa boa pela frente”, explicou Beto Jamaica que quis incentivar a turma de amigos e, a partir da experiência à frente da É o Tchan, uma das bandas mais conhecidas em todo o Brasil, compartilhar parte de sua experiência.  

“Sigo à frente dos vocais do Tchan. Os projetos não se misturam e um não atrapalha o outro. Pelo contrário, o Movimento do Beto é um projeto paralelo onde o foco é unir o talento dessa turma em um só lugar”, ressaltou. O single “Rosas Vermelhas”, uma composição de Sérgio Roberto e Paulo Jorge é o pontapé inicial do projeto. Com uma letra romântica, a canção é dona de um ritmo contagiante e que promete conquistar os amantes da música e do samba. 


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Equivalente ao Framboesa de Ouro: Anitta e Cristiano Ronaldo 
são Bumbuns de Ouro em votação na internet

Já pensou se as super celebridades também participassem do concurso Miss Bumbum? Para trazer esse elenco para o torneio de bumbum mais famoso do mundo, o jornalista Cacau Oliver, criador do Miss Bumbum, também criou o prêmio "Bumbum de Ouro", com votações feitas pelos próprios internautas, através dos seus comentários em publicação no Instagram do concurso

Entre os dez nomes selecionados para a categoria feminina e os dez nomes da categoria masculina, a cantora Anitta e o jogador Cristiano Ronaldo foram as duas celebridades mais citadas para prêmio Bumbum de Ouro. Se a final fosse hoje, além do título, eles levariam para casa o troféu dourada, conforme a foto.

A inspiração para o Bumbum de Ouro veio do prêmio Framboesa de Ouro, prêmio humorístico dos Estados Unidos, concebido como uma paródia do Oscar, realizado um pouco antes da premiação oficial. A final do Miss Bumbum Brasil e o anúncio dos vencedores oficiais do Bumbum de Ouro será no próximo dia 5 de novembro, em grande festa na casa de show Eazy, Barra Funda, São Paulo. O troféu estará reservado para eles.


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CELACC-USP abre processo seletivo para 
cursos de pós-graduação lato sensu

Está aberto do processo seletivo para o cursos cursos de pós-graduação do Celacc-USP. A seleção para as próximas edições dos cursos de especialização, lato sensu, são para os cursos "Gestão de Projetos Culturais", "Mídia, Informação e Cultura" e "Cultura, Educação e Relações Étnico-Raciais". Outras informações pelo site: www.usp.br/celacc.


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Roberto Justus e Band adiam "O Aprendiz" para 2019

Roberto Justus e Band transferem o projeto de O Aprendiz para o primeiro semestre de 2019. Considerado produto premium para o horário nobre da programação da rede, O Aprendiz é uma das principais apostas da Band para aproveitar a tendência da retomada da economia brasileira no ano que vem.

.: Netflix anuncia "The Final Table - Que Vença o Melhor" com chef brasileira


A Netflix, principal serviço de entretenimento por internet do mundo, anunciou a nova série não roteirizada "The Final Table - Que Vença o Melhor", que estreia ainda este ano. "The Final Table..." é uma competição gastronômica em que os chefs mais renomados do mundo disputam uma posição na Mesa Final, composta pelos melhores profissionais da área. A consagrada chef brasileira Helena Rizzo é uma das nove estrelas culinárias que formam o time dos  principais chefs de cozinha da série.

"The Final Table..." reúne 12 duplas de chefs de cozinha do mundo inteiro encarregados de preparar pratos tradicionais do México, Espanha, Inglaterra, Brasil, França, Japão, Estados Unidos, Índia e Itália. Cada episódio destaca um país e sua culinária, com a participação de celebridades, críticos gastronômicos e do chef mais admirado de seu respectivo país, que vão eliminando equipes até a final. 

No último episódio, somente um dos competidores ganhará um lugar na Mesa Final entre os melhores, ao lado dos nove lendários ícones da culinária mundial: Helena Rizzo (Brasil), Enrique Olvera (México), Andoni Aduriz (Espanha), Clare Smyth (Reino Unido), Vineet Bhatia (Índia), Grant Achatz (Estados Unidos), Carlo Cracco (Itália), Yoshihiro Narisawa (Japão) e Anne-Sophie Pic (França). A série é apresentada por Andrew Knowlton, escritor vencedor do prêmio gastronômico James Beard e editor da revista americana Bon Appétit.

A série não roteirizada tem produção da theoldschool. A criação e a produção executiva contam com Robin Ashbrook e Yasmin Shackleton (ambos de "MasterChef" e "MasterChef Junior").

.: Instituto Pró-Livro abre inscrições para Prêmio IPL - Retratos da Leitura

Podem concorrer ao prêmio projetos de fomento à leitura nas seguintes categorias: Bibliotecas públicas e comunitárias, Cadeia produtiva do livro, Mídia e Organizações da Sociedade Civil - OSCs.

Estão abertas as inscrições para o 3º Prêmio IPL - Retratos da Leitura, organizado pelo Instituto Pró-Livro (www.prolivro.org.br) que, entre tantas iniciativas de fomento à leitura realiza a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, maior e mais completo estudo sobre o comportamento leitor do brasileiro. 

Motivado pela missão de transformar o Brasil em um país de leitores e pelo compromisso de investir em ações para melhorar os indicadores de leitura revelados pela pesquisa, o IPL lançou em 2017 a Plataforma Pró-Livro, com o objetivo de mapear, valorizar e difundir as iniciativas de incentivo à leitura que acontecem nos diversos rincões pelo Brasil afora. 

O Prêmio, lançado com a Plataforma, veio para coroar os melhores projetos, homenagear e estimular o intercâmbio de experiências promovidas por tantas entidades. “O prêmio visa incentivar e dar visibilidade às iniciativas exitosas e fazer do Brasil um país de leitores”, conclui Luís Antonio Torelli, presidente do Instituto Pró-Livro (IPL).

Em duas edições o prêmio já contemplou 24 projetos de diversos Estados brasileiros. Para 2018, o IPL espera ampliar esses números. No ano passado foram contemplados projetos como A Literatura no Cárcere – A formação do eu; Tô na rede Pará - Instituto de Políticas Relacionais - São Paulo/SP; Programa Prazer em ler - RNBC - Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias- Salvador/BA; Ler é legal – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – Brasília/ DF; A menina que indica livros – São Paulo/ SP e Quarta Capa - PUC TV Minas. 

“O prêmio é um reconhecimento do nosso trabalho, que é de extrema importância para as bibliotecas comunitárias de todo o Brasil, e só de concorrer já é uma tremenda vitória para o projeto para que possamos lutar ainda mais para que as bibliotecas comunitárias sejam reconhecidas”, destaca Rodrigo Rocha Pita, gestor da rede nacional de bibliotecas comunitárias. Já Fausto Rodrigues de Lima, do projetor Ler é Legal, afirma que o prêmio é um incentivo e uma amostra para que a leitura também seja também um fonte de lazer entre as pessoas.

Para a edição de 2018, as inscrições vão de 27 de agosto a 27 de setembro. Vale lembrar que, as inscrições e o cadastro de projetos devem ser realizadas na Plataforma Pró-Livro (www.plataforma.prolivro.org.br). Antes da inscrição, é importante verificar se o projeto atende ao regulamento da terceira edição. Projetos já cadastrados na Plataforma, não estão automaticamente inscritos. Será necessário fazer a inscrição para concorrer ao prêmio. Para cadastrar seu projeto, se inscrever no Prêmio, ou atualizar o projeto cadastrado, acesse a Plataforma Pró-Livro, leia o regulamento e siga as orientações.

Como no ano anterior, serão escolhidos projetos em quatro categorias: Empresas da cadeia produtiva do livro; Organizações Sociais; Mídias; Bibliotecas públicas e comunitárias. Uma equipe de especialistas fará uma seleção prévia dos finalistas e uma comissão de jurados elegerá três vencedores para cada uma das categorias. A entrega da terceira edição do prêmio ocorrerá em dezembro de 2018.

Além de ser um reservatório de projetos de incentivo à leitura, a Plataforma Pró-Livro também possibilita o intercâmbio de informações, pois oferece espaço para fóruns de discussões, acervo digital de estudos, teses, publicações e artigos voltados à leitura, alimentado pelos próprios usuários e, também pela curadoria do IPL. 

Além de poder usufruir de notícias sobre o setor, acerca do prêmio e sobre outras inciativas da área de promoção de leitura, formação leitora e acesso ao livro. “Acreditamos que conseguimos criar uma ferramenta colaborativa que tem muito potencial para estimular conexões e fomentar novas iniciativas. O intuito é o de ampliar o intercâmbio e a propagação dessas experiências; oferecer curadoria para aqueles que buscam implantar ou qualificar seus projetos, além de dar maior visibilidade à essas ações. Continuamos na torcida para que investidores sociais descubram esse mapeamento como um repertório de boas práticas a serem patrocinadas e o selo que recebem os projetos finalistas”, finaliza Zoara Failla, coordenadora da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil e gerente executiva do Instituto Pró-Livro. 

Sobre o Instituto Pró-Livro: O IPL (www.prolivro.org.br), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sem fins lucrativos, criado  e mantido pelas entidades do livro – Abrelivros, CBL e SNEL –, com a missão de  transformar o Brasil em um país de leitores, tem como objetivo promover pesquisas  e ações de fomento à leitura. 

Realiza periodicamente a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, maior e mais completo estudo sobre o comportamento leitor do brasileiro, para avaliar impactos e orientar ações e políticas públicas do livro e da leitura, visando melhorar os indicadores de leitura e o acesso ao livro. 

Também é responsável pelo Prêmio IPL – Retratos da Leitura, que busca reconhecer e homenagear organizações que desenvolvem práticas de incentivo à leitura e, deste modo, promover e difundir experiências para que ganhem amplitude e investimentos, orientem políticas públicas e inspirem outras iniciativas pelo Brasil. Estas ações foram todas mapeadas na Plataforma Pró-Livro (www.plataformaprolivro.org.br). 

O IPL também conta com outra ação importante - uma plataforma digital colaborativa que reúne informações dessas práticas ao redor do país, divulga e incentiva a conexão entre essas experiências. 

.: "Manual do Covarde": Guilherme Fiuza lança ensaio sobre a derrocada do PT

Em seu novo livro, o jornalista Guilherme Fiuza mais uma vez aponta sua crítica para a corrupção capitaneada pelo PT durante seu período na presidência da República. Relato inédito, documentado e bem-humorado, “Manual do Covarde” cobre o período que começa com impeachment de Dilma, passa pela operação Lava-Jato e chega até a prisão de Lula, em abril de 2018.

No texto, Fiuza ensina o modus operandi daqueles que considera os covardes: personagens que simulam altruísmo para obtenção de ganhos pessoais, e que estão em todas as esferas da sociedade, não somente na política. “Dedico especial atenção aos do STF, do Ministério Público, das artes (sic), dos partidos que se dizem de esquerda, enfim, pra onde você olhar você vai encontrar um cafetão da bondade patrulhando o inimigo imaginário e se dando bem com isso”, explica o autor em entrevista ao Blog da Record.

Fiuza pode ser considerado um antipetista de primeira hora: sua obra é um registro de quem nadou contra a maré do partido desde o primeiro governo Lula até o impeachment de Dilma. Entre os textos assinados por ele durante este tempo estão por exemplo os livros “Não é a Mamãe - Para Entender a Era Dilma” (2014) e “Que Horas Ela Vai? O Diário da Agonia de Dilma” (2016), que reúnem dezenas de artigos publicados semanalmente na imprensa brasileira.

Orelha:
Conheci o Guilherme Fiuza quando ele se chamava Salomão Antunes. Foi lá atrás, na virada do século, no lendário site NoMínimo – um dos primeiros jornalísticos da internet, do qual eu era colunista.

Na verdade, tratava-se de um personagem criado pelos grandes Marcos Sá Corrêa e Tutty Vasques para Fiuza, então um jovem editor vindo de O Globo – que passou assim a encarnar um velho homem de imprensa encostado na seção de cartas. “Salomão” respondia aos leitores sempre de forma categórica e contraditória, e as patrulhas nunca sabiam de que lado ele estava. Foi divertida aquela pré-história da interatividade.

De lá para cá, Fiuza se tornou um best-seller, com sucessos como "Meu Nome Não É Johnny" (na literatura e no cinema), "Bussunda", "O Império do Oprimido" e outros. E também um dos jornalistas mais influentes do país, decisivo no desmascaramento dos governos petistas – cuja delinquência ele expôs durante uma década nas suas colunas no Globo e na Época.

Aliás, nosso primeiro reencontro foi na famigerada lista negra do PT, onde estávamos bem acompanhados por outros sete nomes da imprensa e das artes que o partido convidava sua militância a perseguir. Isso foi quando eles ainda achavam que ficariam no poder para sempre.

O leitor pode estar perguntando, então, se este "Manual do Covarde" é um livro do jornalista ou do escritor. Respondo: dos dois.

Esta é a crônica política do esfacelamento de Lula, o mito – passo a passo, com toda a teia da covardia politicamente correta que vive pendurada nele. Como se extrai literatura disso? Bem, aí só entrando pra ver.

Quanto maior a zombaria dos impostores, maior o sarcasmo do autor ao arrancar seus disfarces solenes. Destaque para o thriller da conspiração entre um procurador-geral e um caubói, com a bênção da corte suprema e de parte da imprensa, que Fiuza apontou sabendo o preço a pagar.

Nosso novo reencontro, aliás, foi nesse front. São as oportunidades que a covardia nacional nos dá. Entre e venha conhecê-la de perto. (Augusto Nunes)

Nota do autor:
“Meio século após a explosão da contracultura — os loucos anos 60 —, o mundo vive um novo despertar político.

Ele é especialmente forte no Brasil — e contém um elemento sem precedentes: sua força está na sua falsidade.

É a primeira revolução fake da história.

Em 1968, escolher um lado do Muro de Berlim podia custar a vida. Passados 50 anos, seus problemas acabaram: você pode ser um herói de esquerda sem sair do Facebook.

O "Manual do Covarde" é uma crônica desse falso despertar — espécie de feira politicamente correta — e sua escalada febril do impeachment de Dilma à prisão de Lula.

Se cada vez mais gente finge ter uma causa (a chamada minoria esmagadora), este livro também finge ser um manual — que vai te ensinar a ciência deles: como ficar sempre bem na foto sem precisar tirar a máscara.

De Lula a Bono Vox, de Maduro ao papa, do STF à MPB, do PT a Hollywood, biografamos para você as melhores farsas do século 21.

Aprenda com quem faz.”

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