terça-feira, 26 de outubro de 2021

.: Entrevista: Vladimir Brichta interpreta ex-ídolo do futebol em novela das 19h


Próxima novela das sete, escrita e criada por Mauro Wilson, tem previsão de estreia em novembro. Ator fala sobre a experiência de viver Neném. Foto: Globo/João Miguel Júnior

"Quanto Mais Vida, Melhor!", próxima novela das sete com previsão de estreia em novembro, conta a jornada de Neném (Vladimir Brichta). Nascido e criado na Tijuca, tradicional bairro da Zona Norte do Rio, o ex-ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira, com passagens por times da Europa, tenta retomar sua carreira de jogador de futebol.

A rotina de noitadas e bebedeiras contribuiu para o declínio de sua forma física e consequente aposentadoria precoce dos gramados. Os problemas financeiros o obrigaram a voltar a morar com a mãe, Nedda (Elizabeth Savala), as filhas e suas duas ex-mulheres: a primeira, Jandira (Micheli Machado), namorada de infância, com quem teve Martina (Agnes Brichta); e a segunda, Betina (Carol Garcia), com quem teve Bianca (Sara Vidal).

Além do apoio delas, o jogador tem em seu empresário, Osvaldo (Marcos Caruso), um verdadeiro pai. E, quando tentava desesperadamente embarcar para São Paulo, para fazer um teste para a Ponte Preta, Neném sofre um acidente aéreo que muda seu destino e faz sua trajetória cruzar com as vidas de Paula Terrare (Giovanna Antonelli), Guilherme Monteiro (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage).

"Quanto Mais Vida, Melhor!" é um convite a uma viagem por um mundo divertido e lúdico, com estreia prevista para novembro. A próxima novela das sete é criada e escrita por Wauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman. Escrita com Marcelo Gonçalves, Mariana Torres e Rodrigo Salomão, direção geral de Pedro Brenelli e direção de Ana Paula Guimarães, Natalia Warth, Dayse Amaral Dias e Bernardo Sá. No elenco, estão nomes como Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage, Elizabeth Savala, Marcos Caruso, Ana Lucia Torre, Mariana Nunes, Bárbara Colen, entre outros. A produção é de Raphael Cavaco e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

“Eu definiria o Neném como um craque de futebol, um grande pai e um cara passional. E ao longo da novela, dada a urgência com que ele precisa resolver seus problemas, sua vida vai ganhando proporções dramáticas”, aponta Vladimir Brichta, que, na entrevista abaixo, conta mais detalhes sobre a aventura de viver esse personagem.


Em quem se inspira para viver Neném?
Vladimir Brichta - 
Não me inspirei nenhum personagem especificamente para viver o Neném. Ele é uma mistura de pessoas que conheci, de outros personagens que já fiz, e tem muito de mim também. Procurei fazer com que esse personagem tivesse bastante carisma, que fosse positivo, alegre. É uma figura que passa por vários percalços, muitas dificuldades, mas sempre com energia otimista. Ele também tem uma trajetória romântica importante, feita de uma maneira menos tradicional, com muito humor presente.


Como foi a preparação para vivê-lo? 
Vladimir Brichta - 
A preparação envolve muitas coisas. Na parte mais técnica, além dos encontros e diversas leituras com elenco, também fiz preparação para o futebol. Afinal, ele é um craque. Para isso, a linguagem adotada, assim como no futebol, é uma linguagem mais superlativa, fantástica.


Já tinha intimidade com a bola?
Vladimir Brichta - 
Claro que eu já tinha alguma intimidade com a bola, mas, ao mesmo tempo, eu não preciso fazer um jogo inteiro de verdade para que a gente capte, e sim, que a gente ensaie determinados lances, que tenham plasticidade. E foi para isso que eu me preparei. O Jamir Gomes, que é assessor de futebol e ex-atleta profissional (com passagens por Grêmio, Botafogo, entre outros clubes), acompanha não só a mim, mas também todo núcleo do futebol. Joguei bola durante muito tempo na minha vida, mas parei de jogar há muito tempo também. Então, precisava resgatar essa confiança e ensaiar alguns movimentos e dribles.


Como é a sua relação com futebol? 
Vladimir Brichta - 
Não tenho time no Rio de Janeiro, assim como não tenho time em São Paulo, nem Pernambuco, nem no Ceará. Meu time é só o Bahia. Eu adoro futebol, joguei muito ao longo da minha infância e adolescência. Se eu tivesse talento, teria tentado seguir carreira porque eu realmente era fascinado por futebol.


Quem são seus ídolos no futebol?
Vladimir Brichta - 
Meu primeiro ídolo no futebol foi o Bobô. Minto. Foi talvez o segundo, porque meu primeiro ídolo no futebol foi o Luca, personagem do Mário Gomes na novela ‘Vereda Tropical’. Ele foi meu primeiro herói, meu primeiro ídolo. Quis ser jogador de futebol por causa dessa novela, diga-se de passagem. E depois disso, em 1988, o Bahia foi campeão brasileiro. E Bobô era o jogador principal. Então, posso dizer que Bobo foi meu segundo ídolo. E, a partir daí, tive vários. Vi grandes jogadores pela Seleção Brasileira: Zico, Ronaldo, Romário, Sócrates, Casagrande, Falcão... a lista é interminável.


Como é a relação do Neném com a paternidade?
Vladimir Brichta - 
Ele é um cara muito dedicado como pai - e eu posso dizer que me reconheço nisso. Gosto muito; tenho prazer em exercer a paternidade. Porém, ao contrário do Neném, eu tive um pai muito presente. Ele é um personagem que sofre muito com a ausência do pai.


Como está sendo contracenar com a Agnes?
Vladimir Brichta - 
É um prazer, um presentão. Não sei nem se posso dizer que é um sonho porque nunca nem ousei sonhar fazer uma novela contracenando com ela. É uma alegria, um orgulho muito grande. O personagem dela foi uma conquista dela, que se deu sem o meu intermédio, e isso me deixa muito feliz também.


.: Entrevista: Juan Paiva fala sobre Ravi, personagem da próxima novela das 21h


O ator, que fez parte da campanha "Vacina Sim", comenta o trabalho na novela e analisa o personagem: “Ele é um cara muito sensível, emotivo, acredita de verdade nas pessoas e na vida”. Foto: Globo/Divulgação


Na novela "Um Lugar ao Sol", assim como Christian (Cauã Reymond), Ravi (Juan Paiva) cresceu em um orfanato, em Goiânia, numa realidade em que as oportunidades são escassas. Dez anos mais novo, ele sempre viu Christian como um irmão mais velho, sua figura de proteção e confiança. O laço entre eles é tão forte que, mesmo durante os 10 anos em que ficam distantes fisicamente – Christian deixa o orfanato aos 18 anos, quando Ravi ainda tem oito – os dois continuam se correspondendo e acompanhando a vida um do outro.

Quando Ravi completa 18 anos, passa a morar no Rio de Janeiro com o amigo. Christian promete ajudá-lo e consegue um emprego para o jovem como faxineiro de um restaurante. É aí que Lara (Andréia Horta) entra na vida deles. Ela, que cursou gastronomia, trabalha no mesmo restaurante. Ravi fica fascinado por aquela mulher. Tanto que convence Christian a ir com ele ao aniversário de Lara. Só que quando ela e Christian se conhecem, não tem jeito, o espaço no coração de Lara é logo preenchido. Ravi, à princípio, fica magoado com o amigo, mas diz para si mesmo que dificilmente teria alguma chances com uma mulher tão instruída e passa a apoiar que Christian fique com ela.

Após algum tempo, Ravi conhece Joy (Lara Tremouroux). Ele não tem por ela o mesmo sentimento que nutria por Lara, mas quando Joy engravida, o rapaz fica esperançoso com a possibilidade de finalmente ter uma família de verdade, algo que sempre lhe foi negado. Íntegro e leal, ele estará ao lado de Christian em todos os momentos, inclusive depois que o amigo resolve assumir a identidade do irmão gêmeo, Renato. "Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias. Estreia em novembro.


Como você descreveria o Ravi?
Juan Paiva -
O Ravi é órfão, foi criado em um abrigo. Ele é um cara muito sensível, emotivo, acredita de verdade nas pessoas e na vida. Ele entende que a vida é a vida. Quanto mais ele puder ser humano, afetivo, melhor. Ele é carente de carinho. Um cara que gosta dos insetos e que tem essa ligação com a natureza. E quando chega ao Rio é outra pegada; são os prédios, concreto. Ele vai morar com o Christian numa comunidade bem diferente do abrigo que morou a vida toda. Então tudo é muito novo para ele.

Como é a relação do Ravi com Christian?
Juan Paiva - 
O Christian é como se fosse um irmão mais velho para o Ravi. Um pai, um melhor amigo. Ele tem respeito e grande admiração pelo Christian ter cuidado dele. Ter dado amor e carinho e ensinado ele a ler e a escrever. O Ravi foi adotado por uma família e depois foi devolvido porque ele tinha um déficit de atenção. Ele não sabia lidar com os problemas e ficava muito nervoso. As famílias que o adotavam não tinham muita paciência para a energia do garoto. Ele sempre teve um vazio no peito por essa ausência dos pais. Então, para o Ravi, o Chris é tudo.


O Ravi e o Christian são muito amigos, mas têm personalidades muito diferentes, certo?
Juan Paiva - 
O Christian na verdade muda a personalidade quando assume o lugar do Renato, e isso é um baque para o Ravi porque ele começa a perceber a ambição do amigo. O Ravi não é a favor da forma de viver que o Christian acaba adotando. Se for para ele ter conquistas materiais, que seja pelo mérito dele, através do esforço. O Ravi acredita muito no estilo de vida desta forma. De correr atrás, de acreditar. E ele está o tempo todo tentando trazer o amigo para a essência, para terra, pôr os pés no chão.


Qual o impacto da Lara sobre o Ravi?
Juan Paiva - 
No Rio, o Ravi conhece a Lara através de um emprego e se apaixona imediatamente. Ele tem uma grande admiração por aquela mulher. Depois ele até renuncia a ela pelo amigo. Para ele, o importante é os três se unirem para tentar viver a vida de outra forma. Só que não acontece da forma como ele imaginava, já que Christian resolve assumir o lugar do Renato.


Como foi gravar a novela durante a pandemia?
Juan Paiva - 
Foi uma novidade, uma adaptação. Tivemos que gravar com acrílico, máscara, manter o distanciamento. Tivemos algumas pausas nas gravações e no retorno foi aquele processo de readaptação. Não enferruja, mas foi uma dinâmica para entrar no personagem novamente principalmente em relação ao sotaque já que ele é goiano e eu sou carioca.


.: "Sobre Viver o Luto": livro aborda as dificuldades de encarar o luto


Em uma sociedade que prefere mudar de assunto, o livro "Sobre Viver o Luto", escrito por Shelby Forsythia, aborda as dificuldades de encarar as perdas em um momento em que a morte nunca esteve tão perto de nós.

Se perder alguém próximo sempre foi um grande temor, com a pandemia da covid-19, esse receio se transformou em uma realidade corriqueira e assustadora. Mas será que tantas mortes mudaram nossa maneira de encarar a perda? Será que viver tantas perdas ao mesmo tempo aumentou nossa empatia com relação à dor do outro? Será que a sociedade tem paciência com quem vive o luto? Como processar a dor no nosso tempo quando a vida segue adiante?

Não há um de nós que não tenha perdido algum familiar ou pelo menos alguém próximo: um amigo, um professor, um vizinho...A dor da perda virou um sentimento corriqueiro que nos invadiu sem pena, sem cerimônia, sem data marcada. Um soco coletivo de dor e realidade no estômago de toda a humanidade. Mas, por mais que o contato com perdas tão profundas tenha se tornado parte de nossas rotinas, é impossível banalizar o impacto que o luto tem em nossas vidas.

Quem sabe como vivê-lo? Quem fala sobre isso? Quem se planeja para a dor de perder um ente querido? Quem sabe qual o tempo “permitido pela sociedade” para se recolher e viver a perda? Quem passa por isso sem sequelas emocionais? Certamente não há um manual para amenizar a dor. Mas, para a escritora e titular de três podcasts Shelby Forsythia, especialista no tema desde que perdeu a mãe, em 2013, existem várias maneiras diferentes de processar esse momento difícil e inevitável. Algumas delas estão reunidas em seu livro "Sobre Viver o Luto" (Astral Cultural).

“Sobre viver o luto” não é um livro de autoajuda para acabar com a dor da perda, mas uma reunião de pequenos textos, distribuídos por todos os dias do ano (que não precisam ser lido em sequência), que ajudam o leitor na condução do seu luto da maneira que ele quiser vivê-lo.

Permitindo-se sofrer e se isolar por um tempo... Encarando a dor de frente... Resguardando-se... Resgatando ou se desfazendo de lembranças e objetos... Escrevendo, lendo, desenhando, dançando, cantando, doando, procurando grupos de apoio... Além de 365 convites curtos e diretos à reflexão, o livro traz citações de estudiosos e especialistas sobre o tema e dá dicas práticas de como cuidar e processar o próprio luto no dia a dia, com exercícios práticos, meditações curtas, lembretes para escrever e ajudar a alcançar cada etapa e ações concretas para atravessar essa jornada, que nunca é fácil, mas pode ser um pouco mais leve e até reconfortante com algum tipo de apoio.

"Este livro é um guia simples e sem frescura para você navegar pela vida depois da morte de um ente querido. Não existe absolutamente nenhuma pressão para concordar com as citações apresentadas, nem para realizar as tarefas práticas. Pegue o que funciona para o seu caso e descarte o restante. Não existe jeito certo ou errado de se curar de uma perda. Este livro se propõe a dar caminhos para você encontrar o seu em uma sociedade que prefere mudar de assunto", conclui. Você pode comprar o livro neste link.

Sobre a autora
Shelby Forsythia
é autora dos livros "Sobre Viver o Luto" e "Permission to Grieve" e host dos podcasts sobre o tema Grief Book Roundup, Grief Seeds e Coming Back: Conversations on Life after Loss. Depois de perder a mãe, em 2013, começou a estudar profundamente o tema e a se dedicar a orientar pessoas sobre a experiência humana da perda.


"Sobre Viver o Luto - Um Guia Reconfortante para Enfrentar o Dia Após Dia Depois de Uma Perda"
Shelby Forsythia
Editora Astral Cultural
224 páginas

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

.: 1x5: The Big Leap, "We Were Just Babies" tem lindos números de dança

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


"The Big Leap", a nova série da Fox, começa o quinto episódio "We Were Just Babies" com a história de Paula (Piper Perabo), estando ela durante o trabalho, tal qual uma mulher poderosa e dona de si, até que leva uma torta na cara. Eis que, estamos de volta aos tempos atuais. Assim,  Paula surta nos bastidores uma vez que pretende contar que foi ela quem demitiu Mike (Jon Rudnitsky) -e mudou a vida dele completamente. Para tanto, tenta de tudo para negociar com a equipe do reality show: quer fazer isso fora das filmagens, sem microfone, o que Nick (Scott Foley) salienta ser proibido no contrato.

Eis que parte do elenco volta aos tempos de escola: Gabby (Simone Recasner), Justin (Raymond Cham Jr.), Reggie (Ser'Darius Blain), Brittney (Anna Grace Barlow) e Simon (Adam Kaplan). Tudo em nome de encorajar os jovens alunos a alcançarem seus sonhos. Enquanto Reggie diante do microfone incentiva alunos, aproveita a oportunidade para terminar com Brittney -o que não deixa de ser engraçado, mas deixa a moça pra lá de revoltada. 

Mike segue feliz. Afinal, ele não faz ideia sobre o que Paula causou a ele há um certo tempo. Como ele irá reagir ao saber que foi Paula quem virou a vida dele do avesso? É nessa curiosidade que o episódio marca ritmo. Sempre prestes a acontecer, mas novas situações surgem na tela. Desta forma, a curiosidade só aumenta.

Com os alunos, Gabby toma a posição de coreógrafa e cria sequências. Uma pausa para a mãe solteira filmar um depoimento ao lado do professor. Aquele quem foi professor dela. E que cena revelação de arrepiar. Enquanto Nick assiste a tudo, percebe qual é a importância desse professor na vida de Gabby. embora seja sempre calculista, Nick mostra um pouco de humanidade a ponto de conversar com a jovem.

E como está Mike? Ainda cheio de amor por Paula e lotado de empolgação. Gabby e Justin, como bons amigos de tempos, conversam. Mais verdades sobre a relação dela com o professor é exposta ao público que assiste a tudo do lado de cá da telinha. 

E, para não nos esquecermos de que o seriado é sobre um reality show, numa sala, a equipe debate o rumo da história dos personagens do programa. Claro! É assustador observar a forma como um reality é conduzido. Por fim, concluem que parte do público deseja a redenção de Gabby. Até mesmo Monica se manifesta a favor de Gabby. Ufa! Ela realmente parece ter coração, embora desempenhe por vezes o papel de vilã.

No entanto, uma sequência belíssima acontece quando Reggie aceita o pedido de um aluno de chamar uma garota para o baile da escola. Antes, o jogador acaba despejando as percepções sobre o que acontece entre ele e Gabby, mas decide ajudar o rapaz. Ótimo! 

Num balé para contar esse detalhe do passado, Paula garante uma sequência incrível de número de dança ao fugir da vigilância do programa para contar tudo para Mike fora dos holofotes. Como?! Paula e Mike estão sendo mantidos separados, pois a equipe precisa registrar o momento da revelação. Entretanto, ela burla e consegue contar a ele. Automaticamente, a felicidade dele murcha. 

Acabou?! Não um outro lindo número de dança acontece na telinha quando Simon coloca uma coroa e inicia uma apresentação para efetivar o convite entre alunos para o baile. Linda sequência de dança com a música "I really like you".

E como nem toda história de amor tem apoio, quando Nick tem as câmeras ligadas, Paula e Mike entram em atrito. Vixi! O episódio "We Were Just Babies" ainda garante mais um lindo número de dança. Na quadra de basketball da escola, uma apresentação dos alunos coreografados por Gabby fazem uma sequêcia cheia de energia que impressiona Monica. A ponto de arrancar admiração dela. Estaria Monica derretendo seu coração gelado pelo encantos da aluna Gabby?! Aparentemente, sim!

E como Julia (Teri Polo), um tanto que apagadinha, até então, contracena com um homem. A imaginação voa longe. O que é muito engraçado. Compreensível uma vez que ela ainda está sem o marido. E lá no finalzinho, ainda conheceremos o outro lado dessa mulher que parece uma rocha. Julia vai aos prantos e recebe o conforto das filhas. Cena bonita entre mãe e filhas.

Outra reviravolta boa na trama, é quando Gabby conta ao professor sobre a vergonha que sentia pelo relacionamento dos dois, que a deixou grávida. E muitas verdades são ditas. Enquanto Mike tenta entender o que aconteceu entre ele e Paula, com os amigos num bar, a moça o procura para se desculpar. Embora abra o coração para Mike, ele sentencia não conseguir fazer a relação deles funcionar e pede mais bebida. "The Big Leap" vai crescendo e muito a cada episódio!!


Seriado: The Big Leap
Temporada: 1
Episódio 5: 
"We Were Just Babies"
Exibido em: 18 de outubro de 2021, EUA.
Elenco: Piper Perabo (Paula Clark), Scott Foley (Nick Blackburn), Teri Polo (Julia Perkins), Mallory Jansen (Monica Suillvan), Ser'Darius Blain (Reggie Sadler), Kevin Daniels (Wayne Fontaine), Simone Recasner (Gabby Lewis), Anna Grace Barlow (Brittney Lovewell), Jon Rudnitsky (Mike Devries), Raymond Cham Jr. (Justin Reyes), Adam Kaplan (Simon Lovewell), Tom Lennon (Zach Peterman), Robert Wisdom (Earl)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


.: Tudo sobre as edições comemorativas de "Quarto de Despejo"


Lançado em comemoração aos 60 anos da obra de Carolina Maria de Jesus, o livro recebeu o selo FNLIJ 2021 de "Altamente Recomendável" para o público juvenil. A adaptação para o teatro inclusive foi agraciada com o Prêmio Lúcia Benedetti de Melhor Livro de Teatro. A autora inclusive ganhou uma exposição no IMS Paulista. Adaptação teatral de Edy Lima também é contemplada com o prêmio Lúcia Benedetti de "Melhor Livro de Teatro".


"Gosto de manusear um livro. O livro é a melhor invenção do homem”. A frase da autora Carolina Maria de Jesus está presente no clássico brasileiro "Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada", que em 2020 completou 60 anos. Em comemoração ao aniversário da obra, a editora Ática criou uma edição especial, juntamente com a publicação inédita da adaptação para o teatro escrita por Edy Lima.

Em 2021, as duas obras foram contempladas com o selo “Altamente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). A seleção é feita anualmente com o objetivo de promover a leitura e a divulgação de livros de qualidade para o público infantil e juvenil, além de orientar escolas, bibliotecas e instituições sobre a elaboração de um acervo.

Além do selo, a adaptação teatral foi agraciada com o Prêmio FNLIJ Lúcia Benedetti de Melhor Livro de Teatro. A montagem original de "Quarto de Despejo Para o Teatro", em 1961, teve direção de Amir Haddad – que assina o texto de apresentação do livro de Edy Lima –, e no papel de Carolina, a atriz Ruth de Souza, comadre e grande amiga de Edy. Considerada fundamental para a abertura de caminhos a intérpretes negros nas artes cênicas, na televisão e no cinema, Ruth chegou a visitar a favela do Canindé para compor sua personagem.

A relevância de "Quarto de Despejo"
A importância da obra "Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada" é extensa pela sua relevância social, pela exposição de desigualdades e pelo clamor por justiça e influência. “Carolina Maria de Jesus cria uma tradição literária na medida em que outras mulheres também oriundas de classes populares passam a escrever sob influência se não estética de conteúdo”, analisa a escritora ganhadora do Prêmio Jabuti, Conceição Evaristo.

A parte da história de Carolina, contada em formato de diário e traduzida para 13 idiomas, agora também é destaque na exposição "Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os Brasileiros", em cartaz no Instituto Moreira Salles Paulista até 30 de janeiro de 2022. "Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada" retrata o cotidiano de uma mulher que vive na favela do Canindé, em São Paulo, em busca de alimentar seus filhos.  O conteúdo da obra escancara uma realidade de extrema pobreza, desigualdades sociais, de gênero e de raça; problemas que ainda persistem na sociedade brasileira contemporânea. Você pode comprar os livros neste link.


.: "Uma Página do Mundo" expõe a pandemia sob o olhar de uma criança


Texto de Adriana Falcão, publicado pela editora Melhoramentos, mostra de maneira sensível como o isolamento tocou os pequenos.

Se para os adultos já foi difícil lidar com o isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus, imagine para as crianças. De uma hora para outra tiveram de se adaptar a aulas online, ficar longe dos amiguinhos, aprenderam a brincar sozinhas e, tudo isso, sob a atmosfera de uma doença fatal. De olho no crescimento de suas duas netinhas, a escritora e roteirista da TV Globo, Adriana Falcão, alimentou sua criatividade e escreveu "Uma Página do Mundo", obra publicada pela editora Melhoramentos

Na obra, ao invés de focar nas dificuldades impostas por este período ímpar na história da humanidade, a autora primou pelo aprendizado, que também vem com "as tempestades". Com texto sensível e poético - e a aquarela lúdica do ilustrador Jonathas Martins -, ela conta a história de uma garota que passou tempo precioso com sua família em casa e que aproveitou o período para apreciar as belezas da vida, ainda que pelas páginas dos livros ou da janela do apartamento em que mora. 

A menina não podia sair de casa. Não entendia a razão por ficar com os pais o tempo todo, sem ir à rua, na escola, no parque. Era momento de olhar para macaco, praia, árvore só pelos livros, que eram seus grandes companheiros. A imaginação foi quem deu a ela as asas necessárias para a liberdade. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre a autora
Adriana Falcão nasceu no Rio de Janeiro, em 1960, mas passou boa parte de sua vida em Recife, onde se formou em arquitetura. Ela exerceu a profissão, mas usa suas habilidades para criar as estruturas de suas histórias, sempre muito divertidas e influenciadas pela tradição literária nordestina. Escritora premiada por seus livros para crianças, jovens e adultos, Adriana também encanta o público com o seu talento nos roteiros que cria para programas de TV ("A Comédia da Vida Privada"; "A Grande Família"; "As Brasileiras"; "Louco por Elas"; "Mister Brau"); para o cinema ("O Auto da Compadecida"; "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias"; "Fica Comigo essa Noite"; "Mulher Invisível"; "Eu e o Meu Guarda-chuva"; "Se Eu Fosse Você 1 e 2") e para o teatro ("A Máquina"; "A Vida em Rosa"; "Tarja Preta").

Livro: "A Página do Mundo"
Autora: Adriana Falcão
Ilustrador: Jonathas Martins
Número de páginas: 40
Altura: 27,5 cm
Largura: 20,5 cm


.: “Blue Banisters”, o álbum mais aclamado e intimista de Lana Del Rey


Lana Del Rey
lançou o oitavo disco de estúdio, “Blue Banisters”, após o sucesso de seu último álbum, “Chemtrails Over The Country Club”.  O novo disco já está disponível em todos as lojas digitais em CD, com vários formatos exclusivos. “Blue Banisters” inclui canções anteriormente lançadas, como “Wildflower Wildfire”, “Blue Banisters”, “Text Book” e “Arcadia”.

Lana já apresentou a música “Arcadia” no programa de TV “The Late Show With Stephen Colbert”. Recentemente, a cantora lançou um vídeo alternativo para a faixa. Nesta última quarta-feira, Lana lançou um vídeo para a faixa-título, “Blue Banisters”. A canção foi escrita por Lana e Gabriel Edward Simon e o vídeo foi dirigido por Lana Del Rey. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/LDRBlueBanistersPR.


“Blue Banisters” tracklist:

1. Text Book

2. Blue Banisters

3. Arcadia

4. Interlude - The Trio

5. Black Bathing Suit

6. If You Lie Down With Me

7. Beautiful

8. Violets for Roses

9. Dealer

10. Thunder

11. Wildflower Wildfire

12. Nectar of the Gods

13. Living Legend

14. Cherry Blossom

15. Sweet Carolina

Lana Del Rey - "Arcadia" (alternate video)

Lana Del Rey - “Blue Banisters”

.: Festival Varilux de Cinema Francês anuncia as datas da edição presencial


Com filmes inéditos, evento será realizado nos cinemas de todo o país seguindo os protocolos de segurança contra a covid. 

A 12ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês já tem data confirmada: de 25 de novembro a 8 de dezembro. Presencial, nas salas de cinema de todo o país, o festival contará com filmes inéditos e recentes da filmografia francesa.

Uma mostra especial irá homenagear o ator Jean-Paul Belmondo, falecido em setembro último, e celebrado no ano passado ao estampar a identidade visual do evento ao lado de Jean Seberg no clássico "Acossado", que completou 60 anos. Maior evento dedicado à cinematografia francesa fora da França, o Festival Varilux realizou nesses últimos 11 anos cerca de 35 mil sessões e somou um público de mais de um 1,1 milhão de espectadores.

Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinador principal a Essilor/Varilux, além do Ministério do Turismo, Secretaria especial da Cultura, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura.

Outros parceiros importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Club Med, Air France, Fairmont e Ingresso.com, as distribuidoras dos filmes desta edição Bonfilm, California Filmes, Diamond Films, Mares Filmes, PlayArte, Synapse e Vitrine Filmes, e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.


Sobre a Bonfilm
Distribuidora de filmes e também produtora, a Bonfilm realiza o Festival Varilux de Cinema Francês há 11 edições e, desde 2015, o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda ao ar livre no Rio de Janeiro e em cinemas de todo Brasil.

domingo, 24 de outubro de 2021

.: Crítica: "O Ovo de Ouro" traça paralelo entre Brasil de hoje e Alemanha nazista


Último espetáculo de Sérgio Mamberti nos palcos trata sobre o conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte. Duda Mamberti substitui o pai em cena ao lado de Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do autor Luccas Papp. A direção é de Ricardo Grasson. Foto: Kim Leekyung

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Uma apresentação histórica marcou a reabertura do Sesc Santos em apresentações teatrais. O espetáculo "O Ovo de Ouro", em primeira apresentação fora da grande São Paulo, foi memorável por diversos motivos. O primeiro deles é Duda Mamberti, cujas lembranças da infância em Santos ainda vivem no grande artista que se tornou. Ele reviveu o personagem que até pouco tempo era defendido pelo pai, Sérgio Mamberti, falecido recentemente, em uma peça que fala sobre o holocausto.

No espetáculo, sob a direção competente de Ricardo Grasson, é possível estabelecer vários paralelos com a realidade em que se vive nos tempos contemporâneos e, sim, traça um paralelo entre o Brasil de hoje e a Alemanha nazista. "O Ovo de Ouro" fala sobre uma série de questões que hoje, ainda mais, depois de 605 mil mortos só no Brasil, são urgentes e coloca o dedo na ferida a respeito do genocídio - intencional ou não, ele não deixa de ser a mesma coisa, já que os resultados de uma tragédia acabam recaindo sobre as famílias que perderam seus entes ou nos traumas de quem ficou para repassar uma história que não pode, não deve e muito menos precisa ser repetida.

Todo o elenco se destaca no texto forte e repleto de maturidade de Lucas Papp, que desponta como um dos grandes autores do teatro hoje. Ele também brilha em um papel da peça, ao lado de Leonardo Miggiorin e Rita Batata, grandes atores que vêm encontrando papéis à altura no teatro. A força das imagens e pistas falsas permeiam o espetáculo. 

Nada é o que parece ser e neste oráculo de cenas fortes há, como pano de fundo, um tempo psicológico que é o narrador obssessivo que engana, distorce e, no fim das contas, entrega ao espectador uma verdade dura, mastigada e digerida. Parece repetir: "não faça isso novamente, n]ão compactue com isto". Destaca-se, também, o ator Ando Camargo pela naturalidade com que fala os absurdos do personagem que interpreta. No final, uma homenagem a Sergio Mamberti. 

Ao que tudo indica, bons tempos estão soprando. É o teatro como agente mobilizador e conscientizador de mentes. Não há doutrinação, mas uma espécie de esclarecimento para que ações - as mais absurdas - não voltem a acontecer. Nunca mais. Em cartaz até este domingo no Sesc Santos.


Serviço:
"O Ovo de Ouro" no Sesc Santos
Domingo, dia 24 de outubro, às 19h.
Classificação: 12 anos.
Duração: 90 minutos.
https://www.sescsp.org.br/unidades/20_SANTOS

Sesc Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone - (13) 3278-9800
Ingressos - R$ 40 inteira. R$ 20 meia (estudante, servidos de escola pública, +60 anos, aposentados e pessoas com deficiência


Ficha técnica
Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp. Voz em off: Eric Lenate. Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro e Edgar Cardoso Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel. Desenho de luz: Wagner Freire. Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo).  Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Operação de Luz: João Delle Piagge. Operação de Som: Karine Spuri. Camareira: Elizabeth Chagas. Posticeria Facial: Feliciano San Roman. Assistência de Palco: Pedro Didiano e Hel Prudencio. Cenotécnico: Alicio Silva. Aderecista: Ronaldo Dimer. Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa. Alfaiataria: JC. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Assistente de Figurino: Eduardo Dourado. Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto. Conteúdo Histórico: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo. Assessoria Linguística e Fonética de Liturgia Judaica: Beto Barzilay. Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Produção: NOSSO cultural. Direção de produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia e Fernando Maia. Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Leekyung Kim.


"O Ovo de Ouro"
Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor. O público também poderá adquirir o livro "Sérgio Mamberti: Senhor do Meu Tempo" (Edições Sesc), escrita pelo ator, junto ao jornalista Dirceu Alves Jr.

O espetáculo que estreou em 2018 celebrando os 80 anos de Sérgio Mamberti, morto em setembro de 2021, trouxe à tona a função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, interpretado agora por Duda Mamberti, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.



.: Crítica: "Verdades Secretas 2" parece ter sido escrita por uma criança


"Verdades Secretas II’, novela original Globoplay, estrou na última quarta-feira, dia 20 de outubro. Na imagem, Cristiano (Romulo Estrela), Angel (Camila Queiroz) e Giovanna (Agatha Moreira). Foto: Pedro Pinho

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Falta sutileza nos dois primeiros capítulos de "Verdades Secretas 2", novela lançada com exclusividade na plataforma de streaming Globoplay. A primeira temporada também carecia disso, é óbvio, mas o que se vê nos episódios desta sequência é uma "mistureba" de cenas pensadas para chocar com textos óbvios, mal escritos, fracos, em situações risíveis, inconsistentes e inverossíveis. 

Giovanna, a personagem de Agatha Moreira, sempre ornada por roupas minúsculas muito próximas às de heróinas de HQ erotizadas, parece uma criança birrenta teimando para convencer as pessoas a fazerem algo que ela quer. Se a vingança é um prato que se come frio, faltou esse sangue frio na personagem que entrega tudo no primeiro capítulo. Parece ter sido escrita por uma criança que quer chocar ou que está escrevendo um roteiro para trabalho escolar que será apresentado em um seminário. Tudo muito direto.

É uma pena, porque Walcyr Carrasco é excelente como cronista, escritor de livros infantojuvenis e até de novelas das seis - mas, ao que tudo indica pela demanda de trabalho composta por sucessos na televisão - ele vem enfraquecendo como dramaturgo e entregando cada vez menos. Será a putaria dos capítulos capaz de salvar a primeira novela brasileira feita para estrear no streaming? Pelo barulho que tem feito, pode ser que sim. 

Mas há diferença entre "produto bom" e "produto masturbativo" - daqueles que as pessoas assistem para se excitar e, na falta de algo melhor para fazer, brincam sozinhas. Como aqueles adolescentes da era pré-internet que viam escondido a "Sexta Sexy" na Band dos anos 90 e até mesmo o famigerado "Cine Privê" nas madrugadas de sábado da mesma emissora. 

Diante da empolgação de uns, sobretudo na internet, venho pensando que a mentalidade do brasileiro médio vem regredindo a ponto de não ter maturidade para encarar cenas de sexo e agir com naturalidade. Ou, diante da empolgação em uma novela que se apoia nas cenas sexuais, tudo leva a crer que os brasileiros estão transando menos ou querem variar o cardápio. 

Falta construção em "Verdades Secretas 2" que parte de uma premissa boa, a partir de um gancho da primeira temporada. Só no primeiro capítulo, a personagem de Agatha Moreira recebe a Angel de Camilla Queiroz no apartamento em que está de fio-dentalzinho e algumas tiras que cobrem mais ou menos as partes íntimas da atriz. Quase nua, provocativa, exagerada e canastrona, enfim, uma espécie de "Mulher-Gato" brasileira. Angel é aquilo de sempre - e a atriz que a interpreta é correta no que vem entregando, mas nada demais. 

Entre os outros personagens, não há sentido em Cristiano, interpretado por Romulo Estrela, contar toda a sua vida para a personagem de Agatha Moreira após uma cena de sexo dentro de um carro - como se já estivesse envolvido com ela. É nos detalhes que "Verdades Secretas 2" perde e, cá entre nós, chega a ser um desperdício ver bons atores declamando textos tão ruins.

O melhor/pior do primeiro capítulo, entretanto, são as preliminares que acontecem ao som de uma música bacana antes da esperada sacanagem que busca o público da novela. Depois de descobrirem uma pista que nunca tinha sido sequer imaginada pelos investigadores oficiais da suposta morte de Alex (Rodrigo Lombardi) em cinco anos (ou seja, investigadores terceirizados são ótimos, mesmo) os personagens vão embora.

Em uma garagem onde está estacionado o carro do personagem de Romulo Estrela, a vingativa Giovanna pede para dançar assim que escuta uma música. Do nada, em frente ao carro dele, ela vai tirando a roupa e fazendo gestuais obscenos pensados para serem sensuais, mas que acabam sendo patéticos. Cristiano, um investigador que - presume-se, deve ter uma reputação a zelar - começa a esboçar uns passos de dança e, a partir daí, tudo fica ridículo. 

É como se o espectador adentrasse naquelas cenas de musicais em que tudo é motivo para interrupção, música e passos de danças - a diferença é que nos musicais essa prática faz sentido. Em "Verdades Secretas 2" é somente sexo pelo sexo. Não se sabe até que ponto vai a subserviência do personagem de Romulo Estrela, tendo em vista que o rapaz aceita trabalhar como modelo para incriminar a inimiga de Giovanna. 

Ou seja, "Verdades Secretas 2" se torna um produto vendável para entreter e promete atender a demanda de quem tem curiosidade para ver atores peladinhos e transantes - ou apenas rir dos absurdos proporcionados pelaprimeira novela brasileira do streaming. Com base no que foi visto nos dois capítulos iniciais da trama, verdade seja dita, é tudo aquilo que promete nas chamadas - provocativa e todo o resto - mas também é ultrajante... de tão ruim. 



.: Por que você precisa ler urgentemente "Os Dois Morrem no Final"


Sucesso de público e crítica, aguardado best-seller de Adam Silvera fala com sensibilidade sobre amor e finitude.


Após anos de espera, os leitores brasileiros já podem comemorar: "Os Dois Morrem no Final" será lançado pela Intrínseca em outubro. Um dos maiores nomes da literatura jovem, Adam Silvera encantou o público com "E se Fosse a Gente?", escrito em parceria com Becky Albertalli, autora de "Com Amor, Simon". Agora ele nos presenteia com a emocionante história de Mateo Torrez e Rufus Emeterio, dois jovens que dividem suas últimas horas de vida e, juntos, constroem experiências inesquecíveis.

No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, os dois recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia. O que fazer quando se tem apenas algumas horas de vida? Mateo e Rufus decidem aproveitar cada minuto. Eles não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia.

Sucesso de pré-venda no Brasil, "Os Dois Morrem no Final" retornou às listas de mais vendidos internacionais e se tornou o livro jovem adulto mais vendido de 2021 nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália. Com seu olhar único, Adam Silvera nos relembra o significado de estar vivo e que cada segundo tem sua importância. Afinal, mesmo que não haja vida sem morte, nem amor sem perda, tudo pode mudar em 24 horas. Você pode comprar o livro neste link.


O que disseram sobre o livro
“Extraordinário e inesquecível.” - Booklist

“De forma honesta e comovente, Rufus e Mateo refletem sobre destino, a injustiça do que estão vivendo e o que significa estar vivo.” Publishers Weekly

“Adam Silvera captura de forma pungente a emoção de enfrentar a mortalidade.” Buzzfeed

“O que você faria se só tivesse mais um dia de vida? Mateo e Rufus decidiram aproveitar cada minuto.”Kirkus Reviews

“A história nos leva a analisar como vivemos agora e como queremos viver no futuro.” Teen Vogue


Sobre o autor
Adam Silvera é escritor e trabalhou por anos no mercado editorial. Best-seller do New York Times, é autor de "E se Fosse a Gente?" e "Here’s to Us", que escreveu em parceria com Becky Albertalli, e também de "História é Tudo que me Deixou", "Lembra Aquela Vez", "Infinity Reaper" e "Infinity Son", todos sucesso de público e crítica. Nasceu e foi criado no Bronx, em Nova York, e atualmente mora em Los Angeles, onde escreve em tempo integral.


"Os Dois Morrem no Final", de Adam Silvera
Tradução: Vitor Martins
Páginas: 416
Editora Intrínseca


.: "Um Lugar ao Sol" marca a volta de Andrea Beltrão às novelas


Na novela de Lícia Manzo, a personagem da atriz, traída pelo marido, irá se envolver com o namorado da melhor amiga da filha. Foto: Globo/Fabio Rocha

Andrea Beltrão está de volta às novelas do horário nobre da Globo.  Em "Um Lugar ao Sol", a próxima novela das nove, a atriz interpreta Rebeca, ex-modelo de sucesso que vive oprimida pelo curto prazo de validade da carreira que abraçou. A personagem é a filha mais velha de Santiago (José de Abreu) e meia-irmã de Bárbara (Alinne Moraes) e Nicole (Ana Baird).

Descoberta ainda na adolescência pelo olheiro de uma agência, Rebeca saiu cedo de casa e voou literalmente para longe das irmãs e da família. Não é fácil para ela ver que o tempo está passando e que seu espaço no mercado publicitário é cada vez menor. Rebeca é mãe de Cecília (Fernanda Marques) e está casada com Túlio (Daniel Dantas), mulherengo inveterado. 

Há tempos a relação dos dois não tem a mesma paixão do início, mas Rebeca não sabe bem o que fazer com a situação. Enquanto isso, Túlio tem um caso com Ruth (Pathy Dejesus), engenheira que presta serviços para a rede de supermercados Redentor. A vida de Rebeca muda quando ela conhece Felipe (Gabriel Leone), namorado de Bela (Bruna Martins), a melhor amiga de Cecília. Rebeca e Felipe não conseguem resistir à paixão e acabam se envolvendo.

A diferença de idade entre eles, entretanto, será motivo de grande conflito para ela. “Nasce um sol na vida da Rebeca quando ela conhece o Felipe. É um bom conflito porque essa paixão não é vista por bons olhos pelas pessoas à volta dela. A Ilana (Mariana Lima), sua grande amiga, compreende, mas com reservas”, comenta Andrea Beltrão. "Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias. Estreia em novembro.

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