domingo, 5 de junho de 2022

.: "O Infinito em Um Junco", de Irene Vallejo: o livro sobre os livros

Best-seller premiado de autora espanhola conta história dos livros em uma cativante viagem da Grécia Antiga aos tempos atuais.

 Os primórdios da materialização da palavra escrita; o passeio por papiros, escrituras em pedras, papéis de seda e manuscritos; o avanço da tecnologia ao longo de séculos; tudo isso constrói a narrativa da civilização humana na incessante tentativa de eternizar suas histórias no tempo e no espaço. A trajetória da invenção do livro é permeada por disputas de poder na Grécia Antiga, com batalhas travadas por Alexandre, o Grande, e seus fiéis desbravadores em busca de exemplares para sua ambiciosa biblioteca de raridades “do mundo todo”. 

Também transpassa os cenários dos palácios de Cleópatra, reverencia a atividade de escribas, vendedores ambulantes, sábios e professores, além de conectar o passado ao presente através de espaços contemporâneos de conservação de narrativas, como a impressionante Biblioteca de Oxford. A história do livro como objeto é a história da humanidade e de sua tentativa de preservar a memória ao longo dos anos.

"O Infinito em Um Junco", que chega ao Brasil pela editora Intrínseca, nasce das perguntas que alimentavam o pensamento da autora Irene Vallejo e de sua vontade de embarcar em uma jornada por tempos e terras distantes em busca de desvendá-las: “quando surgiram os livros?”, “qual é a história secreta dos esforços para multiplicá-los ou aniquilá-los?”, “o que se perdeu no caminho e o que se salvou?”, “por que alguns se tornaram clássicos?”, “que livros foram queimados com ódio e quais foram copiados da forma mais apaixonada?”. As respostas são dadas de forma informativa e cativante ao longo da obra, que foi considerada uma das melhores de 2020, segundo os jornais El Mundo, La Vanguardia e The New York Times na Espanha.

Traduzido para mais de 30 idiomas,  "O Infinito em Um Junco" recebeu o Premio Nacional de Ensayo (2020) e o El Ojo Crítico de Narrativa  (2020), ambos da Espanha, e foi elogiado por nomes consagrados da literatura, como o escritor peruano, Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa.

Acima de tudo, O infinito em um junco é a representação da fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível. Pessoas comuns cujos nomes muitas vezes são apagados da história, mas que desempenharam funções e iniciativas fundamentais, no decorrer dos séculos, para resguardar essas fontes de memória. Você pode comprar o livro "O Infinito em Um Junco", de Irene Vallejo, neste link.

Sobre a autora
Irene Vallejo nasceu em Zaragoza, Espanha, em 1979, e estudou filologia clássica. Fez doutorado nas universidades de Zaragoza e Florença. Dedica-se a um intenso trabalho de divulgação do mundo clássico ministrando conferências e cursos, e colabora com o El País Semanal, entre outros. De sua obra literária, destacam-se os romances "La Luz Sepultada" (2011) e "El Silbido del Arquero" (2015). Publicou também ensaios e livros infantis. As antologias "Alguien Habló de Nosotros" (2017) e "El Futuro Recordado" (2020) reúnem seus artigos de jornais, e lançou ainda "Manifiesto por la Lectura" (2020), uma ode à leitura. Foto: Santiago Basallo


Livro: "O Infinito em Um Junco"
Autora: 
Irene Vallejo
Editora: 
Intrínseca
Tradução: Ari Roitman
e Paulina Wacht
Páginas:
496
Link na Amazon: https://amzn.to/3MiE927

.: "Inventando Anna": a bizarra história real de uma herdeira de mentirinha

Com ritmo de tirar o fôlego, livro conta uma história inesquecível de dinheiro, poder, ganância e amizade.

Lançado pela editora Rua do Sabão, o livro "Inventando Anna", que gerou o seriado de sucesso, é a espantosa história real de Anna Delvey, uma jovem vigarista que se diz ser a herdeira de uma fortuna para a alta sociedade de Nova Iorque. Narrado por sua melhor amiga à época, e que também foi vítima do golpe, trata-se de um relato poderoso, que foi eleito pela revista Times um dos melhores livros do ano.

O livro conta em detalhes como Anna era generosa. Ela pagou a conta de jantares luxuosos no Le Coucou, sessões de sauna infravermelha no HigherDOSE, bebidas no 11 Howard Library e sessões de exercícios com um personal trainer famoso. Porém, na viagem para Marrakech, com todas as despesas pagas - inclusive a villa privada que custava incríveis US 7.500,00 por noite! - os cartões de Anna misteriosamente pararam de funcionar. Sua amiga pagou a conta, certa de que seria reembolsada, o que nunca aconteceu.

Aos poucos, um padrão de enganos emergiu. Anna havia deixado um rastro de mentiras - e contas não pagas - por todos os lugares que passou. A promotoria pública foi acionada e Anna Delvey desmascarada. Seu verdadeiro nome era Anna Sorokina, nascida nos arredores de Moscou, filha de um motorista e da dona de uma pequena loja de conveniência.

Ela havia trabalhado como estagiária de uma revista de moda, em Paris, e foi lá que inventou Anna Delvey. Valendo-se de uma suposta fundação com seu nome e de vários extratos falsos, ela passou a circular na alta sociedade de Nova Iorque. E foi na prisão, sentenciada há mais de três anos de reclusão, que ela assinou o contrato para a série de sucesso na Netflix, com direção de Shonda Rhimes. Você pode comprar o livro "Inventando Anna", de Rachel DeLoache Williams, neste link.


Sobre a autora
Rachel DeLoache Williams
nasceu em Knoxville, Tennessee, e se formou no Kenyon College. Em 2010, mudou-se para Nova Iorque e conseguiu o emprego dos seus sonhos no departamento de fotografia da Vanity Fair. Seja trabalhando em projetos colaborativos ou empreendimentos criativos independentes, a autora é movida pela curiosidade e um amor genuíno pelas pessoas.


Livro: "Inventando Anna"
Autora: Rachel DeLoache Williams
Editora‏: Rua do Sabão
Páginas: ‎ 371
Link na Amazon: https://amzn.to/3amn8GQ

Livro inspirou a série de sucesso na Netflix, dirigida por Shonda Rhimes


.: "Terra de Matadouros", inspirada em Brecht, no Centro Cultural Santo Amaro

Com direção de Fábio Resende, o elenco se reveza na interpretação de dezenas de personagens, na operação técnica e na execução de músicas originais, que são tocadas e cantadas ao vivo. Peça teatral é livremente inspirada em clássico de Bertolt Brecht. Foto: Fábio Resende


Com uma crítica ao sistema capitalista em ruínas, o espetáculo "Terra de Matadouros", da Brava Companhia será apresentado no Centro Cultural Santo Amaro, nos dias 12, 18 e 25 de junho e 1º, 2 e 3 de julho. A peça, dirigida e adaptada por Fábio Resende é livremente inspirada no texto "Santa Joana dos Matadouros", do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).

Em cena, Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Paz se revezam na interpretação de dezenas de personagens, na operação técnica e na execução de músicas originais, que são tocadas e cantadas ao vivo. A peça é estruturada sem coxias, ou seja, todo o jogo cênico acontece aos olhos do público. 

A partir do enredo original da peça, escrita em 1931, o espetáculo evidencia a crise provocada pela superprodução do mercado de carne em Chicago, nos Estados Unidos, dos anos de 1930. Em cena, aparecem duas tramas: de um lado está o grande industrial da carne enlatada Pedro Paulo Borraca, que cria artimanhas nefastas para continuar lucrando diante do fiasco financeiro.

Do outro, está a ingênua Joana Dark, a líder do grupo religioso Exército dos Boinas Pretas, que luta para diminuir o sofrimento dos desempregados e desalentados. E o destino dessa personagem não poderia deixar de ser trágico, depois que ela é renegada tanto por seu grupo religioso – que se alia aos industriais em troca de apoio ideológico - quanto pelos trabalhadores - que se veem traídos pela pretensa heroína.

Além dessas duas histórias, a peça mostra a organização dos capitalistas diante da desorganização da classe trabalhadora. Ainda aparecem o Partido Comunista, retratado como um vestígio dessa desarticulação operária; o Estado, responsável pela repressão armada aos rebeldes; e a imprensa, a porta-voz política do capital.

Segundo o diretor Fábio Resende, a Brava Companhia começou a flertar com a ideia de adaptar Santa Joana dos Matadouros entre 2017 e 2018. “Ao lermos a peça, evidenciamos a atualidade dela, principalmente no que se refere às formas mais avançadas de extração de mais valia, ou seja, o capital organizado pautando uma pretensa organização social extremamente violenta no que diz respeito à supressão de direitos e imposição da precariedade do mundo de trabalho”, conta. 

A montagem pretende criar uma aproximação entre a situação apresentada pelo texto de Brecht e o contexto atual do Brasil, considerado um dos maiores produtores de carne do mundo. “Estudamos muito o avanço do capitalismo financeiro no Brasil e no mundo e os instrumentos ideológicos de enfraquecimento do Estado frente ao rentismo. Apesar de se passar entre o final dos anos 1920 e o início dos anos 1930, o processo é bem parecido ao que ainda vivemos no país, cujo processo capitalista é, em alguns aspectos, tardio”, acrescenta o encenador.

Além do texto de Brecht, o grupo pesquisou obras como "Guerras Híbridas", de Andrew Korybko; "Brasil - Capital Imperialismo", de Virginia Fontes; "17 Contradições e o Fim do Capitalismo", de David Harvey; e livros de Ricardo Antunes sobre o mundo do trabalho. A cenografia de Márcio Rodrigues evidencia a diferença social entre os industriais e os trabalhadores: as cenas acontecem em cima de um grande palco suspenso, onde figuram os industriais da carne, e o chão, onde os trabalhadores são representados. 

Em junho, A Brava também fará o lançamento do "Caderno de Erros 5", uma publicação que tem a função de difundir a pesquisa, os estudos e os referenciais teóricos adotados e produzidos pelo grupo.  Além de materiais formativos eles também cumprem a função de registro histórico da trajetória da Companhia.


Sobre a Brava Companhia
A Brava Companhia é um grupo de teatro que atua desde 1998 a partir da periferia da região sul da cidade de São Paulo, seu local de origem, onde desenvolve espetáculos, experimentos cênicos e atividades formativas e de agitação cultural – também articuladas com outros grupos, coletivos e artistas do território.

Entre os espetáculos montados pelo grupo ao longo de todos esses anos, estão Estudo sobre a Padaria; O Chão Não Tá Pra Urso; Show do Pimpão; JC; O Errante; Este Lado para Cima; Corinthians, Meu Amor - Segundo Brava Companhia e A Brava;


Ficha técnica:
Criação:
Brava Companhia. Texto original: Bertolt Brecht. Adaptação:  Fábio Resende, com colaboração de Ademir de Almeida. Elenco: Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Paz. Direção: Fábio Resende. Direção de arte, criação e confecção de cenários, adereços e figurinos: Márcio Rodrigues. Assessoria de arte e pintura do cenário: Peu Pereira. Direção musical: Max Raimundo. Assessoria musical: Lucas Vansconcelos. Assessoria vocal: Gleiziane Pinheiro. Músicas originais e arranjos: Max Raimundo, Lucas Vasconcelos e Brava Companhia. Trilha sonora: Max Raimundo e Lucas Vansconcelos. Iluminação: Fábio Resende e Márcio Rodrigues. Arte gráfica: Ademir de Almeida e Bora Lá! Agência Popular de Comunicação e Marketing. Fotos: Fábio Resende e Jardiel Carvalho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Kátia Alves.


Serviço:
"Terra de Matadouros", com a Brava Companhia
Classificação:
12 anos
Duração: 105 minutos
Ingressos: grátis, são distribuídos uma hora antes de cada apresentação nos teatros. Nas apresentações na rua, basta chegar ao local no horário marcado.
Centro Cultural de Santo Amaro - Avenida João Dias, 822, Santo Amaro
Dias 12, 18, 19 e 25 de junho - Sábados às 20h e domingos às 18h
Dias 1º, 2 e 3 de julho - Sexta e sábado às 20h e domingo às 18h.
Apresentações exclusivas para escolas e grupos: Dias 15, 22, 29 e 30 de junho, às 10h30. Dias 16 de junho, às 16h e às 19h.

.: "Pantanal": resumo dos capítulos de 6 a 11 de junho

Bomba na novela das nove: Juma (Alanis Guillen) tenta evitar a atração que sente por José Lucas (Irandhir Santos). Foto: Globo/João Miguel Júnior

A novela "Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. Confira os resumos dos capítulos de 30 de maio a 4 de junho de 2022. Os capítulos estão sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das nove - entre e fique à vontade para participar!


Capítulo 61
Jove afirma a Juma que não deixará a fazenda. Juma decide ajudar José Lucas a encontrar um marruá. Tibério promete a Muda que não vai atrás de Levi. Velho do Rio diz a Jove que Juma está com José Lucas. Tenório revela a Alcides que sabe quem ele é e propõe um acordo contra José Leôncio e Levi. Tenório fica surpreso ao saber a identidade das famílias de Muda e de Juma. Juma ameaça atirar em José Lucas se ele balear o marruá.
 

Capítulo 62
José Lucas leva Juma para a tapera, depois que a jovem atira para salvar o marruá da mira do peão. Levi desconfia do interesse repentino de Alcides por gado. O Velho do Rio revela a José Lucas que ele é um Leôncio. Juma tenta evitar a atração que sente por José Lucas. Jove fica atônito quando José Lucas lhe diz que Juma foi caçar marruá com ele. José Lucas chama José Leôncio de pai, e ambos se emocionam. Zefa flagra Maria Bruaca e Levi juntos. Alcides combina com Tenório os próximos passos para o roubo do gado e a morte de Levi.
 

Capítulo 63
José Leôncio anuncia aos peões que José Lucas é seu filho. Muda comenta com Juma que entende o ciúme que Jove tem de José Lucas. Filó critica Irma por ter se esquecido do aniversário de Jove. Guta insinua para Tadeu que José Lucas pode ser um vigarista. Jove diz a Juma que vai se afastar da jovem, para ela entender melhor o que sente por José Lucas. Zefa escuta a conversa de Tenório e Maria Bruaca. José Leôncio surpreende Jove com uma festa de viola em comemoração ao aniversário do filho. José Leôncio decide que a sela de prata do pai deverá ser disputada por seus três filhos.
 

Capítulo 64
Jove fica encantado com o drone que ganhou de aniversário da avó. Irma sente o descaso de Jove com a disputa proposta pelo pai. Maria Bruaca reage às insinuações de Tenório de que ela estaria interessada em Levi. José Lucas se afasta de Irma depois que ela o beija e o chama de José Leôncio. Muda diz a Filó que Tadeu está nas mãos de Guta. Davi diz a José Leôncio que ele deveria entregar o comando da fazenda do Pantanal para a empresa. Tadeu deixa claro para Tenório que ele é quem manda em sua vida.
 

Capítulo 65
Tadeu fica surpreso quando Tenório lhe diz que gostaria que o rapaz assumisse sua fazenda. José Leôncio afirma que o primeiro filho que mostrar competência assumirá a fazenda do Pantanal. Filó e Irma se desentendem. Tadeu conta a José Lucas que pensa em se casar com Guta. Juma rejeita Jove. Alcides revela a Levi que Tenório o mandou matá-lo em troca de terras no Sarandi. Levi dispara contra Alcides. Filó comenta com Irma que Tadeu está sendo manipulado por Tenório e Guta. Levi mente para Juma, conta que Tenório matou Alcides e pede abrigo. Juma ameaça Levi. Alcides volta subitamente à vida. Levi se nega a ir embora da tapera e enfrenta Juma.
 

Capítulo 66
Levi tenta atirar em Juma, mas a moça o desarma, obrigando-o a deixar a tapera. José Lucas diz a Jove que ele deveria ir atrás de Juma. Juma sente saudades de Jove. Alcides conta a Maria Bruaca que Levi tentou matá-lo. Trindade ajuda Jove no treino para ganhar a disputa com os irmãos. Alcides conta a Guta tudo o que Tenório fez e revela que foi para a fazenda para matar o pai da jovem. Tenório conta a sua segunda família que Maria Bruaca descobriu sobre eles. Zuleica diz a Tenório que tem pena de Maria Bruaca. Jove vai buscar Juma e fica sabendo que Levi esteve na tapera.

sábado, 4 de junho de 2022

.: Capítulo 1: "Aurora" em "Quando eu fui embora"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2022


Era hábito, sempre respondia "igual aos outros" quando alguém lhe perguntava sobre como havia sido o dia. Ok. A verdade é que nas reuniões de grupos, por menores que fossem, ela era a que ficava mais calada. Assim, adotou como fuga um parceiro que só precisava estar carregado e com franquia suficiente de dados: o celular. 

A verdade é que aquele dia não era mais um para ela rotular como mais um "igual aos outros". Aurora estava saindo de um grupo de idade e mudando para outro. Estava completando 40 anos. A princípio, tudo acontecia dentro dos padrões a que ela estava habituada. 

Enquanto dirigia até o centro da cidade, lembrou-se de ter deixado em cima da mesa da cozinha o último CD da Katy Perry. Pois é! Então fez o que o título do álbum indicava: Sorriu. Era da velha guarda, ainda curtia comprar os discos prateados das suas cantoras favoritas, e a norte-americana, a mãe da Daisy, estava na lista das cinco mais amadas, ao lado de Mariah Carey, Shakira, P!nk e Whitney Houston.

O expediente do banco, ainda acontecia, quando passou numa agência para conferir o saldo no caixa. Na tela constava R$ 13,31. Sabia que teria de cobrar o RH do jornal por tal equívoco. Mais uma vez. Chato e desgastante. O pior seria esperar mais alguns dias até o valor finalmente cair em sua conta, com atraso, claro.

- Parece que não existe pix, mas se fosse eu que atrasasse algo... - resmungou a aniversariante.

Enquanto se afastava da máquina e guardava  o cartão no compartimento correto da bolsa, sorriu. Lembrou-se de que tinha dormido com a parte de cima do "babydoll" do avesso. Quando notou que estava prestes a deixar escapar uma risadinha a ponto de alguém ali ouvir, segurou-se.

Ao cruzar a porta de vidro para a calçada ouviu um barulho forte vindo da esquina. Parou e rapidamente localizou o ponto daquele caos. Um homem abriu a porta do carro sem olhar e derrubou um motoqueiro. Ao longe observou a cena. A demora do causador do problema em sair do veículo estacionado e oferecer ajuda fez ecoar, na mente dela, novamente o som da portada e da moto em queda raspando no chão.

Instintivamente, Aurora sentiu um dos joelhos. Certa vez, andando ao lado do marido, por uma das adjacências da Rua 25 de março, levou uma portada de uma infeliz que não olhou antes de sair do veículo também estacionado. 

- Outra toupeira por aqui e fez um estrago feio. Era um entregador em baixa velocidade, mas o empurrão foi suficiente para levá-lo ao chão, com a motocicleta. - pensou Aurora enquanto olhava a presepada. 

O causador, bateu a porta de volta, enquanto que pedestres correram para levantar o rapaz que era bastante miudinho. Quando a situação estava sendo remediada, o "derrubador de motoqueiro" veio até o acidentado.

Como era dia de aniversário, ela precisava chegar na casa dos pais que a esperavam para o lanche da tarde. Recebeu abraços, beijos e mais uma vez a mãe relatou como estava o dia em que Aurora nasceu e como ela era vermelha no rosto, por ter nascido antes do tempo.

Antes de escurecer e chegar a tempo de o marido voltar do trabalho, ela pegou o carro para voltar para casa. 

O dia estava bastante nublado e passou a chover quando aquela "aguarada" foi aumentando torrencialmente. Com o limpador de para-brisa na velocidade máxima, na via toda aquela água parecia uma lâmina jorrando ao passar com os pneus. Com a atenção toda voltada ao espaço de visão que estava menor, os vidros do carro começaram a embaçar, notou que o caminho estava interditado. 

Pensou que antes de a selfie receber esse nome, quem empunhava uma máquina fotográfica, mesmo as com filme fotográfico, já tirava selfie, embora não tivesse tal nome. Quem nunca ousou tirar uma foto de si naquela época, mesmo que de modo atrapalhado, sem ter ideia de como seria a foto quando revelada?! Muitos caíram na tentação, sim!

Com o pensamento embaralhando, após passar a flanelinha para ampliar a visão pelo vidro dianteiro do carro, sentiu um solavanco seguido de um som seco e alto. Viu a pista em rodopio e um som final.

Smash!!


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Capítulo 2: "Aurora" em "Nunca realmente acabou"

When I´m Gone, Katy Perry


.: "Homens no Divã" chega no Rio de Janeiro pela primeira vez em nove anos

Para comemorar o nono ano, a comédia mais bem falada de São Paulo aterrisa pela primeira vez no Rio de Janeiro, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea em curtíssima temporada. Marília Gabriela faz participação especial com sua voz inconfundível no papel da temida psicanalista Dra. Maczka. O elenco é formado por Guilherme Chelucci (na peça desde 2014); Ken Kadow interpretando Cadú; (a terceira montagem com o diretor) e o idealizador e diretor geral Darson Ribeiro.

O encontro inesperado de três homens na antessala do consultório de psicanálise da Dra. Maczka (voz de Marília Gabriela) é o ponto de partida para mudanças radicais na vida do bombeiro Renatão (Guilherme Chelucci), de Fred (Darson Ribeiro), gerente executivo da Eletropaulo (no Rio, da Light) - (Ribeiro), e do ginecologista Cadú (Ken Kadow).

Para não perder os homens amados, as três esposas exigem que eles busquem apoio terapêutico, e assim, os três marmanjos acabam se encontrando em pleno consultório freudiano. A amizade no início desconfiada pelo inusitado do encontro, vai se fortalecendo a cada momento do ano que então, passarão juntos, entre conversas e situações pertinentes ao "homem comum". É assim que eles acabam se autoanalisando numa espécie de complemento à terapia, e vão “elaborando” seus problemas e progredindo. 

O texto que instiga, usando o estereótipo para apontar as falhas masculinas, é recheado de situações engraçadas do cotidiano masculino, que Darson Ribeiro vem mantendo nesses nove anos, (título criado por ele) a fidelidade ao público que já ultrapassou 250 mil em quase 500 sessões. Depois do sucesso por nove anos em São Paulo, a peça fica em cartaz no Teatro das Artes no Shopping da Gávea. 

Além de assinar figurino, luz e cenografia, e dirigir, Darson Ribeiro arranca aplausos em cena aberta por várias vezes durante as apresentações, com seu Frederico de Freitas Fernandes. “Concebi uma direção ágil e verdadeira a partir das idiossincrasias masculinas para brincar com assuntos difíceis à primeira vista (e até hoje tabu), como traição, machismo e narcisismo, quando falados em público. A brincadeira com os fetiches femininos é justamente para que o público absorva de cara tais assuntos que são raramente expostos e quase nunca discutidos, e que aqui, vêm numa forma lúdica e de fácil acesso. A partir de pequenos solilóquios com a psicanalista (de quem só se ouve a voz) e o tête-àtête, os três acabam instituindo um divã próprio, inconsciente e espontâneo, desconstruindo personalidades ultrapassadas, e por isso, agradam não só as mulheres, mas, o público masculino".

Darson Ribeiro vive o executivo Frederico Freitas Fernandes, que enfrenta a decepção da traição num casamento de dezoito anos. Perturbado e deslocado na nova condição de solteiro-solitário-traído, busca a identidade perdida descoberta pela manipulação da esposa Marjorie. Os amigos passam a ter papel decisivo em sua metamorfose, da mudança radical no se vestir a lugares inimagináveis – onde as situações inusitadas e engraçadas vêm à tona.

Guilherme Chelucci é o bombeiro sedutor Renato Paes de Barros Seabra, rústico e machista. Foi parar no divã achando que era um truque para convencer a amada de que “amor é amor e sexo é sexo.” Ken Kadow é o ginecologista Carlos Eduardo Carrara Travertino, cujo alto grau de narcisismo o impede de perceber o mundo feminino à sua volta, principalmente da mulher que ama. A conversa entre os três o faz entrar em contato com sentimentos e emoções jamais explorados.

A produção bem cuidada resulta dos desenhos criados por Darson Ribeiro para cenário e figurinos, como a inspiração na trompa de falópios para o divã - vermelho, concebido de forma elegante e instigante na intenção de situar os três homenzarrões dentro do órgão sexual feminino. Persianas de madeira foram construídas especialmente para a cenografia pela Hunter Douglas/Casa Mineira. O “divã” rompe as quatro paredes e as mudanças de luz ajudam a criar os vários ambientes – academia, balada, sauna, apartamento e consultório. O ritmo dinâmico da direção concebeu mais de uma dezena de trocas de roupa em 1h30 de ação.


Ficha técnica
"Homens no Divã"
Texto:
Miriam Palma (título original "Desesperados")
Direção geral: Darson Ribeiro
Elenco Guilherme Chelucci, Ken Kadow e Darson Ribeiro
Voz da psicanalista: Marília Gabriela | Voz da secretária: Cecilia Arienti | Cenografia, trilha, luz e figurino: Darson Ribeiro | Camarim e assistência geral: Bianca Arcanjo | Fotos: Claudinei Nakasone | Plotagem: Raio X Empresarial | Montagem e operação de luz e de som: Marcelo Andrade | Tapetes By Kamy e Persianas Hunter Douglas/Casa Mineira especialmente confeccionados  |  Realização DR Darson Ribeiro Produções Ltda.

.: Diário de uma boneca de plástico: 4 de junho de 2022


Querido diário,

Hoje é um dia muito especial, pois comemoro meu aniversário de casamento com Auden P!nk -e mais um ano de vida da minha dona, a Mary Ellen. 

Sim! Hoje, Auden e eu, celebramos bodas de madeira, ou seja, cinco anos de casadinhos. "O elemento “madeira” tem forte significado para o relacionamento: esse tempo que percorreram juntos foi suficiente para que se fortalecessem, criando raízes ainda mais profundas para os próximos anos que virão."

Meu diário, nesse dia foi uma festança tão, tão linda. Tudo aqui no jardim de casa. Só as fotos do meu álbum, após a cerimônia, que foram feitas no Orquidário em Santos.

E não é que após estar no vídeo das noivas do canal Photonovelas eu me peguei revirando o meu álbum de casamento?! Que volta ao passado... Parece que foi noutro dia, mas já é inesquecível. 

Pensando aqui com os meus botões, a nossa relação começou tão, tão confusa... rsrsrs 

Ele, lindo, mas eu não queria saber de namoro, não. kkkk

Sabe, diário, eu fiz o unboxing dele. Aqui: http://photonovelas.blogspot.com.br/2014/07/all-american-auden-love-revolution.html

Diário, confesso, gostaria de poder reviver esse dia lindo sempre, ou, pelo menos, uma vez a cada ano. 

Olha só o meu álbum. Diário, não é lindo?! https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1933908753534287&type=3

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg
Redes sociais:
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youtube.com/c/Photonovelas

Vídeo das noivas

Vídeo da fotonovela da chegada de Auden P!nk





.: "Espetáculo Wastwater", do autor inglês Simon Stephens, no Pequeno Ato

Espetáculo do autor inglês Simon Stephens, Wastwater estreia dia 11 de junho no Teatro Pequeno Ato. Com direção de Fernando Vilela, a peça trata do desespero humano diante de situações limites e de como agimos longe dos limites da sociedade. A trama apresenta três casais diante de escolhas que vão definir seus futuros. Em cena, Ariel Rodrigues, Filipe Augusto, Fernanda Paixão, Gabriela Gama, Gabriela Moraes e Shirtes Filho. Foto: Gabryel Matos

"Wastwater", espetáculo do autor inglês Simon Stephens, ganhou os palcos em 2011, em Londres, e obteve boa crítica. Agora, a peça estreia no Brasil, com direção de Fernando Vilela, em temporada de 11 de junho a 8 de julho, no Teatro Pequeno Ato, na Vila Buarque, em São Paulo.

O elenco é formado por Ariel Rodrigues, Filipe Augusto, Fernanda Paixão, Gabriela Gama, Gabriela Moraes e Shirtes Filho, que já trabalharam com o diretor em outros espetáculos, como "Tragédia: Uma Tragédia", apresentado em 2021.

A peça trata do desespero humano diante de situações limites e de como agimos nas sombras, longe dos holofotes e dos limites da sociedade. Situado ao redor do Aeroporto de Heathrow, Londres, "Wastwater" é um tríptico do instante onde três casais estão fazendo uma escolha definitiva sobre seus futuros.

Frieda e Harry, mãe e filho que têm uma relação possessiva, se encontram pela última vez antes de uma viagem sem volta. Lisa e Mark, casal de amantes, entram num jogo de sedução e limites, mas deixam transbordar dores e traumas antigos. E Sian e Jonathan, longe dos olhos de todos, estabelecem um acordo terrível e sem saída sobre um tema delicado. Assim como um tríptico, as três cenas estão interligadas.

Com essas três duplas, o autor joga luz sobre ações e desejos escondidos e provoca uma discussão sobre o que define nossos valores visíveis e ocultos e sobre como estamos cada vez mais naturalizados diante da violência cotidiana e diária. "Wastwater" é o nome do lago mais profundo da Inglaterra. E ele dá nome à peça justamente por essa dualidade entre superfície e profundeza que o autor propõe. Quem somos e nossos papéis diante dos outros são só a capa superficial que nos envolve. A crítica elogiou a montagem inglesa de 2011 por provocar uma sensação de incômodo e tratar, de maneira atraente, crises existenciais.

O texto chamou a atenção do diretor Fernando Vilela pela potência do jogo proposto em cena, mas ganhou novo sentido a partir da pandemia de Covid-19, que aumentou as sensações de solidão e medo. Por isso, ele provoca o público a se questionar como nos comportamos diante de todas essas mudanças de nossa realidade. E o texto de Stephens, mesmo escrito há mais de dez anos, escancara justamente este incômodo encontro com uma violência silenciosa que se apresenta de diversas formas.

“Como estamos vivendo com a retina sendo bombardeada a todo instante de acontecimentos trágicos? Como estamos vivendo tendo muita morte no ar? Qual a medida que estabelecemos como normal? Em meio a uma escalada brutal do número de mortes e infectados num país que não apresentou planos de controle da doença; em meio às cabeças pretas sendo pisoteadas no asfalto; em meio a protestos, em meio a tudo isso, o texto de Simon Stephens se abre para novas chaves de ressonância”, diz Vilela.

O maior desafio de Vilela na direção e montagem da peça foi adicionar essa carga de atualidade e conexão sem mudar o texto de Simon Stephens. Ele optou também por manter o nome original pelo significado que ele traz.

“O mundo mudou muito desde que conheci esse texto. Com a chegada da pandemia, as necessidades, as urgências passaram a ser outras, em escalas maiores. Mas hoje, em 2022, passado o auge da pandemia e com a retomada dos trabalhos, o desafio maior é estar em relação com esse novo mundo, com essa nova configuração - ainda que estranha - de realidade. O texto do Simon Stephens é absurdamente vertiginoso, pois ele dá contorno às perguntas ainda sem respostas. E o que importa não são as respostas e as decifrações, mas os movimentos. As tentativas de movimento. O trânsito entre a superfície e a profundeza. E o reconhecimento de si nesse lugar”, explica o diretor.

O trabalho com os atores se deu em duas partes, uma on-line e a outra presencial. O grupo leu o texto pela primeira vez em março de 2020, “uma sexta-feira, antes do mundo fechar”, conta Vivela. “Passamos dois anos, já que tínhamos tempo, discutindo, lendo muitas e muitas vezes, investigando cada passo, analisando cada frase, cada palavra. E isso ajudou muito quando fomos para o presencial. Estávamos todos muito carregados do texto, querendo testar logo as possibilidades. E a construção, o trajeto do jogo, se deu de forma mais natural, muito por conta desse período extenso de análise”, conta o diretor.

“Eu sempre espero que o nosso trabalho seja uma oportunidade de olharmos para os nossos nós, os nossos vazios, nossas questões, nossos conflitos. Talvez a gente carregue alguma resposta durante esse processo, mas com certeza a gente carrega uma tentativa de início de alguma resposta. E eu espero que a peça consiga, na sua potência máxima, ser um disparador de movimento. Não há lugares estanques. Que a gente consiga ter consciência dos cantos escuros e das tomadas de decisão”, diz Vilela.


Sobre o autor
Simon Stephens é um dos expoentes mais sólidos do cenário atual da dramaturgia inglesa. Com 51 anos, tem mais de 30 peças escritas, entre adaptações de textos clássicos e contemporâneos, como "A Casa de Bonecas", de Ibsen, e "A Gaivota", de Tchekhov, e peças que pensam o mundo atual e suas grandes questões: violência, paternidade, solidão, racismo. Seu trabalho é muito difundido na Europa e nos Estados Unidos. Venceu o prêmio Tony em 2015 com a peça "The Curious Incident of the Dog in the Night-Time".


Sobre o diretor
Fernando Vilela
é diretor, designer e artista visual. Formado em atuação pelo Teatro Escola Célia Helena, em Design de Moda pelo Istituto Europeo di Design e em cinema na FAAP, Vilela ministrou aulas de Method Acting/Lee Strasberg com Estrela Straus. Dirigiu as montagens "Dolores", de Edward Allan Baker (2019); "Tape", de Stephen Belber (2019); "O Filho do Moony Não Chora", de Tennessee Williams (2018); "Os Sobreviventes", de Caio Fernando Abreu (2016); e a montagem on-line de "Tragédia: Uma Tragédia", de Will Eno (2021).


 


Ficha técnica:


Texto: Simon Stephens. Direção: Fernando Vilela. Elenco: Ariel Rodrigues, Filipe Augusto, Fernanda Paixão, Gabriela Gama, Gabriela Moraes e Shirtes Filho. Cenografia e direção de arte: Fernando Vilela. Iluminação: Gabryel Matos. Direção de produção: Daniele Aoki. Produção executiva: Renata Reis. Realização: FRESTA e Árvore Azul.


 


Serviço:


Espetáculo Wastwater


Temporada: De 11 de junho a 26 de junho, sábados às 20h e domingos às 19h.


De 30 de junho a 8 de julho, quintas e sextas às 21h.


Duração: 110min.

Classificação etária: 16 anos.


Teatro Pequeno Ato 


Rua Doutor Teodoro Baima, 78 – Vila Buarque.


Telefone: 11 99642-8350.


Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões.


Capacidade: 40 lugares.


Venda: Sympla. (ainda sem endereço) e bilheteria.

: "Além da Ilusão": resumo dos capítulos de 6 a 11 de junho

Casamento de Isadora (Larissa Monoela) e Rafael (Rafael Vitti) terminará em escândalo. Foto: Globo/Fábio Rocha

Na novela das 18h, "Além da Ilusão", o público acompanha a história de Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela), em uma viagem ao Brasil das décadas de 1930 e 1940, marcado por tempos de profundas mudanças. Escrita por Alessandra Poggi e com direção artística de Luiz Henrique Rios, essa saga de amor surpreendente, que reúne o belo, o mágico e o delicado, desperta os sonhos de quem vive o encantamento dos grandes encontros. Confira os resumos dos capítulos de 30 de maio a 4 de junho de 2022.  Os resumos dos capítulos estão sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das seis - só falta você!



Capítulo 103
Matias confunde Isadora com Elisa e afirma que irá atirar contra Rafael. Leônidas tenta acalmar Matias. Violeta se preocupa com os comentários sobre Isadora após sua noite de amor com Rafael. Davi se angustia com a certeza de ter sido reconhecido por Matias. Joaquim revela a Úrsula que flagrou Emília e Enrico dando um golpe no cassino. Giovanna e Cipriano sentem atração um pelo outro. Cipriano confronta Emília. Matias aceita que pode estar confundindo Rafael com Davi, e se afasta do rapaz. Plínio se aproxima de Leopoldo. Joaquim exige sociedade nos golpes de Emília e Enrico. Matias ameaça Leônidas.

 
Capítulo 104
Leônidas consegue acalmar Matias. Violeta, Heloísa, Isadora e Davi combinam o casamento dos dois. Julinha reconhece um trambiqueiro no cassino e convence Constantino a contratá-la. Abel fornece informações a Joaquim sobre os funcionários da tecelagem. Emília ouve a conversa de Matias com Isadora. Eugênio fica esperançoso com o início da expansão da tecelagem, sem saber que Joaquim e Úrsula sabotaram as máquinas. Todos acreditam que Josiel roubou o dinheiro do time de futebol, e Abel comemora. Emília revela a Joaquim que Isadora dormiu com Rafael antes do casamento. Joaquim agride Rafael e garante a Úrsula que terá Isadora de volta.


Capítulo 105
Isadora pede que Joaquim não a procure mais. Eugênio demite Josiel. Úrsula sabota o sorteio das casas da vila e premia Abel. Joaquim descobre o paradeiro de Iolanda. Iolanda faz um acordo com Célia e seu marido. Filipa e Bento se preocupam com a possibilidade de Silvana voltar para a guerra. Letícia e Lorenzo comemoram a publicação do livro de Bento e o sucesso do exame de Letícia. Plínio descobre que o namoro de Leopoldo e Arminda é falso. Julinha desconfia de Enrico no cassino. Iolanda é roubada e acusa Joaquim.
 

Capítulo 106
Joaquim afirma que não roubou Iolanda e a atriz deduz que foi Célia. Leopoldo e Plínio se entendem. Leônidas constata que Matias sabe o paradeiro da filha que teve com Heloísa. Iolanda revela que dormiu com Rafael e Joaquim pensa em contar para Isadora. Iolanda volta com Joaquim para Campos e Margô a repreende. Joaquim detalha para Úrsula sua armação. Felicidade e Onofre desconfiam de que Josiel tenha sido injustiçado. Leônidas sugere visitar um orfanato com Heloísa, em busca de Clarinha. Heloísa vê um cartaz de “procura-se” com a foto de Davi e confronta o rapaz.
 

Capítulo 107
Davi revela sua história a Heloísa, que apoia o ilusionista. Enrico arma para Julinha, que acaba demitida do cassino. Leônidas suspeita que Olívia possa ser a filha de Heloísa. Isadora, Violeta e Heloísa comemoram o casamento da jovem com Rafael. Heloísa sabota a bebida de Matias sem que Leônidas perceba. Silvana decide voltar para a guerra e Filipa promete cuidar de Bento. Letícia se entristece ao perceber que perdeu sua vaga por privilégios de outra pessoa. Margô fica chocada com o preconceito de Francisco contra Plínio. Todos se preparam para o casamento de Isadora e Rafael, quando Iolanda interrompe a cerimônia.
 

Capítulo 108
Iolanda revela que dormiu com Rafael, e Isadora se revolta. Violeta anuncia que não haverá mais casamento. Heloísa e Violeta tentam convencer Isadora a perdoar Rafael. Iolanda chantageia Rafael e o obriga a se casar com ela. Julinha exige que Arminda lhe consiga um papel na radionovela. Francisco afirma que não gosta da amizade entre Leopoldo e Plínio. Augusta e Abílio se casam. Violeta conversa com Rafael. Joaquim observa Isadora. Leônidas questiona Matias sobre Olívia. Isadora desmaia e cai dentro do lago.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

.: "Jurassic World: Domínio" encerra trama de dinossauros com suspense

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2022


O desfecho da nova trilogia de aventuras do mundo dos dinossauros chega ao fim com o aguardado "Jurassic World: Domínio", dirigido por Colin Trevorrow, responsável também por "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros", longa de 2015 que resgatou, em grande estilo, a clássica trilogia "Jurassic Park". No novo longa de 2h27m, em cartaz na rede de cinemas Cineflix, humanos aprenderam a conviver com algumas espécies jurássicas, mas algo deu errado numa outra criação em laboratório, o que faz com que a doutora Ellie (Laura Dern) volte para a trama e traga ainda o parceiro de trabalho: Alan Grant (Sam Neill) que assume todo um estilo Indiana Jones.

Em outro lugar, Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) e Owen Grady (Chris Pratt) vivem uma história de amor numa cabana longe da vida agitada da cidade, com direito a uma filha: Maisie Lockwood (Isabella Sermon). A adolescente que morava na Mansão Lockwood, de seu falecido avô Sir. Benjamin Lockwood (James Cromwell), um antigo sócio de John Hammond (Richard Attenborough). De fato, no decorrer do longa, o público é relembrado de que Claire não é tão boa no cuidado de herdeiros alheios.

Entretanto, a missão do caubói de dinossauros, Owen, não é de somente resgatar a jovem Maisie, mas também o bebê da carismática velociraptor Blue que vive livre e sempre por perto de seu adestrador, de há alguns anos, no "Jurassic World". Ao embarcar nesse resgate duplo de muito risco, com Claire, os dois esbarram na piloto Kayla Watts (DeWanda Wise) que acaba se tornando uma importante aliada contra a vilã pra lá de canastrona -e com paradas de modelo na passarela- Zia Rodriguez (Daniella Pineda).

A verdade é que "Jurassic World: Domínio" tem o mérito de reforçar a importância da coexistência entre as espécies, assim como de unir personagens chave de "Jurassic Park" e "Jurassic World", mas peca -e muito- ao se esbaldar nas consecutivas coincidências. Se Owen está em perigo, uma moto aparece disponível para o herói. Até Claire, enquanto foge de uma espécie mortal, tem a total sorte de encontrar uma caminhonete abaixo de uma sacada e, então, amortecer a queda a ponto, além de ser rapidamente notada por Kayla que, de pronto, assume a direção do veículo com destino que quem assiste não faz ideia, somente os personagens.

"Jurassic World: Domínio" prometia muito, mas entregou uma história sem bons desdobramentos, mas cheia de efeitos e cenas emblemáticas que, visivelmente tem o toque do mestre Steven Spielberg e sua produtora Amblin Entertainment. Seja pela jovem de destaque ter uma bicicleta como parceira ou a adaptação da cena clássica em que uma possível vítima está em pleno desespero e em primeiro plano, surge o bocão de um dinossauro com seus dentes afiados.

O novo longa da franquia pode não ser bem o que fãs e admiradores esperavam, porém garante entretenimento, além de criar muito suspense, garantindo bons sustos. Embora acabe sendo uma despedida amarga. 

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Filme: Jurassic World: Domínio

Diretor: Colin Trevorrow

Classificação: 12 anos. 

Idioma: Inglês. Duração: 02:27

Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Jeff Goldblum


Trailer


.: Def Leppard: cada vez mais perto do mainstream em novo álbum

 


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Depois de um hiato de sete anos, a banda britânica Def Leppard está divulgando seu mais novo disco com canções inéditas. Denominado "Diamond Star Halos", o álbum segue o padrão de sonoridade que consagrou o grupo, que se mostra cada vez mais próximo do mainstream.

A formação conta com Joe Elliott (vocal), Phil Collen (guitarra), Vivian Campbell (guitarra), Rick Savage (baixo) e Rick Allen (bateria). E a manutenção dos integrantes pode explicar o direcionamento do som da banda, que se aproxima muito do chamado rock de arena dos anos 70.

O disco conta com a participação da cantora americana Alisson Krauss nas faixas "This Guitar" e "Lifeless", em dois momentos mais introspectivos do disco. Mas não há como evitar um certo clima de saudosismo nas faixas "Take What You Want", "Kick" e "Fire It Up". Parece até que vamos começar a ouvir os discos da fase clássica, como "Pyromania" e "Hysteria".

É claro que o vocalista Joe Ellliot já não tem o mesmo alcance do início da carreira. Mas sabe usar muito bem os recursos atuais que dispõe. E o restante da banda consegue produzir aquele tipo de som que nos acostumamos a ouvir com o Leppard: rocks cheios de energia, mesclados com baladas de cunho pop radiofônico.

A verdade é que o Leppard sempre manteve um flerte com o chamado mainstream. Desde a época dos hits "Love Bites" e "Pour Sugar On Me", entre outros. E essa tendência se reforça nesse novo álbum de inéditas. As faixas "Unbreakable" e "All We Need" são exemplos que seguem nessa direção.

Não dá para deixar de mencionar o ótimo trabalho das guitarras e do baterista Rick Allen, que mesmo tendo perdido um dos braços em um acidente automobilístico ocorrido em 1984, consegue manter o ritmo e fazer levadas bem interessantes com o instrumento. "Diamond Star Halos" é puro rock de arena, com plenas condições de levantar o público nos shows ao vivo. Por isso é que vale muito a pena conferir esse novo trabalho do Leppard.


"Take What You Want"

"Fire It Up"

"Kick"


.: Companhia de Brasília traz espetáculos gratuitos a São Paulo

Setor de Áreas Isoladas se apresenta em junho e julho com peças baseadas em clássico do russo Anton Tchekhov e texto contemporâneo do francês Pascal Rambert. Peças teatrais discutem a morte do amor e a beleza da resistência

A trupe brasiliense Companhia Setor de Áreas Isoladas traz dois espetáculos gratuitos a São Paulo entre junho e julho: a estreia de "A Moscou! Um Palimpsesto" e a reestreia de "Encerramento do Amor". A primeira fica em cartaz na Galeria Dandi dias 3, 4 e 5 de junho. E a segunda também tem curta temporada, dias 7, 8 e 9 de julho na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Sessões com acessibilidade em Libras às sextas-feiras.

Com dramaturgia e direção de Ada Luana, "A Moscou! Um Palimpsesto" é um retrato questionador sobre a busca da felicidade. Ela parte do clássico "As Três Irmãs", do dramaturgo russo Anton Tchekhov, que usava o momento de transformação da Rússia czarista, no começo de 1900, para falar do desejo humano de realização pessoal e a dificuldade de resistir. A diretora está em cena ao lado de Ana Paula Braga, Camila Meskell, Filipe Togawa, Kalley Seraine e Taís Felippe.

A ideia de montar esta adaptação nasceu de um momento marcante e doloroso da diretora. “Estava vivendo um momento pessoal muito difícil, lidando com o fim de um relacionamento, afastada da prática, pensando o teatro apenas na academia e com muita vontade de voltar para o palco. Foi um marco profissional de peitar esse lugar que ainda é tão dominado pelos homens, na direção teatral e na dramaturgia. E foi muito bonito porque foi um processo de empoderamento por meio de um projeto artístico”, conta Ada.

A diretora faz uma releitura da peça clássica à luz dos problemas políticos e sociais do presente, reformulando as perguntas deixadas por Tchekhov em seu texto. Ela bebeu de muitas fontes para criar sua versão do espetáculo. Além da influência de outras obras de Tchekhov, também há ecos do autor estadunidense Henry David Thoreau e do dramaturgo francês Joël Pommerat, além de improvisos das atrizes e dos músicos. A própria palavra palimpsesto surgiu de uma leitura de Pommerat. "Eram os pergaminhos usados em práticas litúrgicas onde se raspava o texto para se poder reutilizar o papiro. Para mim, nós, escritores, sempre escrevemos por cima de rascunhos e textos que já existiram”, explica a diretora.

A música tem um papel importante na composição do espetáculo. Um pianista e um violinista executam a trilha sonora ao vivo, composta especialmente para a peça pelo diretor musical Filipe Togawa. Além de ter feito parte da origem da composição do espetáculo, a música é um elemento importante da própria peça, uma vez que os personagens tocam e têm relação afetiva com os instrumentos.

A proposta cênica também é ousada. À medida que a peça é encenada, é montado também o cenário. Ele começa com objetos cênicos e figurinos que fazem alusão a um ensaio e vai sendo transformado, ao vivo, nos cenários da história. “Quero que o público veja como a gente cria a cena e quebra a ilusão, veja a gente construindo esses mundos e se permitam estar na ficção também. Temos uma proposta de quebrar a quarta parede, entre o personagem e as atrizes narradoras. Fazemos o tempo inteiro esse jogo de quebra e volta”, conta Ada.

Para a diretora, uma das grandes lições da peça é a beleza da resiliência dessas três mulheres fortes, que suportam toda a sorte de opressão e ruína do mundo como conheciam. "A arte tem uma relação muito íntima com a vida de três das mulheres que não só encenam a peça, mas também trabalharam para mantê-la de pé. Foi no fazer deste espetáculo que a Companhia Setor de Áreas Isoladas voltou à vida", diz a diretora.

A companhia havia decidido encerrar as atividades em 2012 e feito um funeral simbólico para fechar o ciclo. Mas, quando A Moscou começou a ser pensada por Ada Luana, Camila Meskell e Taís Felippe, todos foram tocados pela peça e decidiram revivê-la. Agora, a companhia voltou a trabalhar em projetos conjuntamente.


A volta de "Encerramento do Amor"
Ada Luana também está na montagem da peça "Encerramento do Amor", que retorna à capital paulista para três apresentações. Neste espetáculo, ela é a atriz principal, e divide a cena com João Campos e Taís Felippe, dirigidos por Diego Bresani. É a versão brasiliense da obra "Clôture de l’Amour", do dramaturgo francês Pascal Rambert.

A peça acompanha um casal que vive seus derradeiros dias de amor e um embate sufocante e desigual que surge desse descompasso. A atriz se encantou pela ousadia que o texto de Rambert exala, um desafio para ela como intérprete, mas também uma maneira de trabalhar com a potência das relações humanas.

Para dar vazão à complexidade de sentimentos, o espetáculo trabalha com um duelo de palavras, muito focado em discursos fortes que sintetizam a violência, as memórias e a bagagem dessas duas pessoas, a fim de discutir sobre nossa capacidade de escuta, diálogo e compreensão do outro. Para isto, cada personagem faz seu monólogo sobre o fim do relacionamento, como num ringue, separados por um número de sapateado.

A companhia expande a discussão levantada pelo texto ao inserir temáticas atuais importantes sobretudo por uma perspectiva de gênero, como abuso emocional, violência psicológica e machismo nas relações. Apesar de representar um casal, ela não fala somente do amor romântico, mas faz um retrato real e sem filtros da humanidade e suas relações.

A peça estreou no Cena Contemporânea 2018 - Festival Internacional de Teatro de Brasília - e passou também pelo Festival do Teatro Brasileiro/Janeiro de Grandes Espetáculos, em Recife e em Salvador. Embora tenham estilos e temáticas completamente diferentes, as duas peças têm a assinatura da companhia na montagem. "São trabalhos muito distintos, feitos por dois diretores com escolhas diferentes, mas ambas têm uma linguagem que passa por todos nós, pois estamos há 15 anos juntos. Uma característica é a sujeira material no palco, as duas usam desse recurso, com fruta, confete e terra", conta Ada.

A circulação dos espetáculos tem o apoio do FAC - Fundo de à Cultura do Distrito Federal. A Moscou! Um palimpsesto foi apresentado em Brasília e Rio de Janeiro. Encerramento do Amor passou por Belo Horizonte e depois de São Paulo será apresentado no Rio de Janeiro.


Ficha técnica "A Moscou! Um Palimpsesto"
Direção:
Ada Luana. Assistência de Direção: Júlia Rizzo. Dramaturgia: Ada Luana, Gabriel F. Elenco: Ada Luana, Ana Paula Braga, Camila Meskell, Filipe Togawa, Kalley Seraine, Taís Felippe. Iluminação e fotografia: Diego Bresani. Cenografia e figurinos: Roustang Carrilho. Direção musical e trilha sonora original: Filipe Togawa. Músicos: Filipe Togawa, Kalley Seraine. Designer visual: Gabriel Menezes. Preparação de canto: Michelle Fiúza. Produção: Taís Felippe, Camila Meskell e Ada Luana. Produção local: Junior Cecon - Plural Produções Artísticas. Intérpretes libras: Mirian Caxilé e Igor Calumbi.


Ficha técnica "Encerramento do Amor"
Texto:
Pascal Rambert. Tradução: Marcus Vinícius Borja. Direção: Diego Bresani. Elenco: Ada Luana, João Campos e Taís Felippe. Iluminação: Diego Bresani. Fotografia: Henri dos Anjos. Cenografia e figurino: Companhia Setor de Áreas Isoladas. Produção: Taís Felippe. Produção local: Junior Cecon - Plural Produções Artísticas. Intérpretes libras: Mirian Caxilé e Igor Calumbi.


Serviço:
"A Moscou! Um Palimpsesto"
Temporada:
dias 3, 4 e 5 de junho - sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h. Ingressos: gratuitos, retirada pelo site do Sympla - https://bit.ly/38hZ0Vh. Duração: 90 minutos. Classificação etária: 14 anos. 

Galeria Dandi
Rua Barão de Tatuí, 17 - Sobreloja - Vila Buarque
Capacidade: 25 lugares
Telefone: 11 96319 2202


"Encerramento do Amor"
Temporada:
dias 7, 8 e 9 de julho - quinta e sexta, às 20h, e sábado, às 17h.
Ingressos: gratuitos, retirada com 1h de antecedência
Duração: 80 minutos.
Classificação etária: 14 anos.


Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro
Capacidade: 40 lugares

Teaser - "A Moscou! Um Palimpsesto" - Companhia Setor de Áreas Isoladas




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