quinta-feira, 21 de julho de 2022

.: Crônica: a mulher da casa abandonada que virou um circo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Acredito que tenha pouco mais de duas semanas que meu marido veio puxar papo sobre a história da mulher da casa abandonada que conhecera num podcast. Veio me dizendo como se fosse uma novidade. Contudo, eu já sabia do que se tratava, por estar em grupos de relatos sobrenaturais. Num deles, há coisa de um ano, alguém deu um jeitinho de mencionar o caso da mansão localizada em Higienópolis. 

"A Mulher da Casa Abandonada", o podcast sobre a trama criminosa, inteirou meu marido e outras pessoas sobre essa "assombração". Tanto é que a narrativa ganhou proporções assustadoras sobre Margarida Bonetti. O que ela realmente fez? É acusada de explorar e agredir uma empregada, ao lado do marido, René Bonetti, quando moravam nos Estados Unidos. 

Enquanto ele cumpriu pena em solo americano, Margarida refugiou-se no Brasil, onde viveu com a mãe, na tal casa que hoje está em processo de degradação, até ficar sozinha. Eis que aos 78 anos, com a história alcançando a opinião pública, Margarida passou a ser vigiada -em tentativas de fotos de bisbilhoteiros para ganhar likes nas redes sociais- e ameaçada -por meio de pichações. Foi assim que o espetáculo começou.

A cereja do bolo veio na quarta-feira, dia 20 de julho de 2022. Enquanto a polícia cumpria um mandado, a mídia marcou presença e transformou tudo num grande circo. Diante das câmeras, a mulher discutiu com a polícia que arrombou a mansão, enquanto que na internet, foi exibido ao vivo o resgate de um cachorrinho. Nas palavras de um apresentador, a mulher fora abandonada pela família nesses 20 anos, logo, uma vítima. Em contrapartida, por fora da mansão, a grande plateia xingava Margarida.

Eis o problema de um caso sério cair na pauta do jornalismo sensacionalista. Não só por transformá-lo num completo show de horrores estampado em todos os meios, mas por colocar em segundo plano, de certa forma, o verdadeiro crime cometido. Será que alguém lembra que a senhora é acusada de manter uma pessoa em condições análogas à escravidão?!


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: Crítica: "O Dia dos Mortos" é remake descartável de clássico


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Uma história rasa para zumbis ágeis. Assim poderia ser resumida a refilmagem de 2018 para o clássico "Dia dos Mortos". O longa que em inglês tem subtítulo "Day of Dead: Bloodline", é o segundo remake para o filme clássico lotado de mortos-vivos -que até correm. E, infelizmente, nada acrescenta para os filmes do gênero terror ou infestado de zumbis. De fato, a produção dirigida por Hèctor Hernández Vicens é uma bobageira descartável.

Todavia, deixa a marca do desserviço para um saga respeitada. Ainda mais ao considerar que o original, de 1985, foi lançado como o terceiro filme da saga de filmes de zumbis "Dead Series", com direção de George A. Romero. E, ainda, o primeiro remake, lançado em 2008, passou pelas mãos do consagrado Steve Miner ("A Casa do Espanto", "Sexta-feira 13", "Halloween H20: Vinte Anos Depois").

Apesar de trazer para as telonas uma nova história com mortos-vivos, a audácia assustadora da produção de 2018, deixa nítido que não há razão para existir tal longa de quase 1h30. A trama acontece em torno de Zoe (Sophie Skelton) que consegue um "zumbi para chamar de seu". Inicialmente, Max (Johnathon Schaech) é um paciente fissurado na estudante de medicina. Contudo, ele é mordido por um morto-vivo enquanto tentava abusar da mocinha.

Eis que passados 5 anos, ela vive num abrigo com outros, enquanto segue nas pesquisas em busca da cura para o vírus zumbi. Apesar de estarem seguros ali, uma menininha precisa de medicamentos específicos que não tem na área. Zoe sabe que tem na universidade em que estudava e, claro, onde estavam. Nessa visita ao antigo espaço de estudos, o zumbi tarado, de tão obstinado consegue reencontrá-la. Como? Pelo cheiro. Para não perdê-la de vista, dá uma de Rambo enquanto repete que "ela é dele".

Embora não seja um grande filme -orçamento de 8 milhões de dólares-, considerando a situação a que passamos e ainda vivemos nos dias de hoje, o da pandemia, é possível encontrar alguma importância em "O Dia dos Mortos". Principalmente ao considerar o objetivo de Zoe e seu feito -apresentado ao fim do longa. De toda forma, o filme búlgaro se resume ao trauma sexual da protagonista que ainda termina ressaltando a necessidade de "baixar a guarda, ser feliz e amar". 


Filme: "O Dia dos Mortos" ("Day of Dead: Bloodline")

Gênero: Terror/ Thriller

Classificação: 16 anos

Ano de produção: 2018

Direção: Hèctor Hernández Vicens

Roteiro: Lars Jacobson , Mark Tonderai

Duração: 89m

Distribuído por: Universal Studios

Data de lançamento: 23 de março de 2018 (Brasil)

Elenco: Johnathon Schaech, Marcus Vanco, Jeff Gum, Sophie Skelton, Atanas Srebrev, Cristina Serafini, Debbie Sherman, Lillian Blankenship, Lorina Kamburova, Luke Cousins, Mark Rhino Smith, Nathan Cooper, Rachel O'Meara, Shari Watson, Ulyana Chan


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: “Emails I Can’t Send” mostra lado vulnerável de Sabrina Carpenter


“Emails I Can’t Send”
, novo álbum de Sabrina Carpenter faz a crônica das transformações da artista em 13 composições ultrapessoais e poderosas interpretações apaixonadas. Em faixas como “Tornado Warnings”, de dinâmica extrema, e “because i liked a boy”, honesta e potente, o álbum mostra a cantora de forma bruta, real.

“Emails I Can’t Send” também é Sabrina no seu estado mais vulnerável, oferecendo ao público um olhar íntimo sobre o seu crescimento pessoal e sua força. Sabrina recentemente ganhou destaque na mídia por sua participação no filme “Emergency”, que estreou no Sundance Film Festival 2022. Ela participou do “Tonight Show Starring Jimmy Fallon” para falar sobre a experiência e sobre novos trabalhos musicais.

Ela também acaba de lançar sua primeira fragrância, desenvolvida em parceria com a Firmenich, um perfume que apresenta notas de marshmallow, chocolate, baunilha, chantilly e almíscar açucarado. A fragrância em tamanho de amostra já está disponível em ScentBeauty.com, e a Eau de Parfum em tamanho real vai ser lançada em setembro. Você pode combrar a versão física do álbum “Emails I Can’t Send”, de Sabrina Carpenter, neste link.


Sobre a artista
Sabrina Carpenter encantou milhões de pessoas como cantora, compositora, atriz, designer, produtora e ícone da moda. Com sua música, entregou um hino atrás do outro no palco e no estúdio, ganhando várias certificações de ouro e se apresentando para multidões em turnês com capacidade esgotada. Como atriz, alcançou um fandom gigante. Seu primeiro papel principal foi no filme “The Short History of the Long Road” de 2019, que estreou no Tribeca Film Festival com críticas empolgantes e lhe rendeu o Prêmio Jury de Melhor Performance no Savannah Film Festival.

Sabrina também liderou o elenco e atuou como produtora executiva de “Work It” (da Netflix), que estreou em primeiro lugar na plataforma ao ser lançado, em 2020. No mesmo ano, Sabrina fez sua estreia na Broadway estrelando  “Mean Girls”. Depois estrelou outro sucesso, “Clouds” (Disney+). Seu crescente catálogo musical inclui hit singles como “Thumbs”, “Sue Me” e “Why” e os álbuns “Singular: Act I” e “Singular: Act II”.

A revista “Time” a coloca na lista de artistas pop “a serem acompanhados”. A “V Magazine” a definiu assim: “Com dois álbuns pop bem sucedidos e repercussão de grande impacto, a carreira de Carpenter cresceu mais rapidamente do que a de muitos de seus antecessores egressos da Disney”. Em 2020, ela foi selecionada para a prestigiosa lista 30 Under 30 da revista “Forbes”. Ela também é coestrela no filme recém-lançado, “Emergency” (Amazon Prime), que estreou no Sundance Film Festival. Sabrina assinou recentemente com a Island Records, por onde lançou os singles de sucesso “Skin”, “skinny dipping”, “Fast Times” e “Vicious”.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

.: 1x5: Ms. Marvel conhece passado da família em "Time And Again"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


"Quem você quer ser neste mundo?". Essa pergunta já foi feita para Kamala Khan (Iman Vellani) pela própria mãe. Eis que "Ms. Marvel" segue essa tônica quando no quinto episódio, intitulado "Time And Again", a rotulada pelo público de "Luz da Noite" dá a melhor resposta para tal questionamento ainda que não use qualquer palavra -apenas seu talento mágico.

Contudo, antes de dar a resposta -não somente para a mãe, mas para todos nós-, Kamala faz uma viagem no tempo. Assim, o seriado juvenil garante cenas belíssimas de afetividade e respeito aos antepassados -tema que faz lembrar da animação Disney, "Viva, a vida é uma festa". Assim, o bracelete herdado da bisavó, leva a fã da Capitã Marvel ao encontro do tão mencionado trem. Ali é que está a chave para todos os mistérios que rondam a família da paquistanesa. Por outro lado, a forma que a sequência de acontecimentos é desenvolvida, encanta.

Definitivamente, não há como deixar de se emocionar com a linda história de amor dos bisavós de Kamala -apesar das origens bastante diversas, um humano e um ser mágico. Não bastando tal empecilho, para tornar tudo ainda mais arrepiante, no passado, é Kamala quem promove o reencontro da avó e do bisavô na estação lotada de pessoas se empurrando para tomar o último trem. Depois, também é lindo de se ver a reconciliação entre mães e filhas! Quando menos se percebe, uma lagrimazinha brota nos cantinhos dos olhos.

Não há como negar que "Ms. Marvel" tem um diferencial diante das muitas outras produções Marvel. Por isso, é importante ressaltar que se trata de uma trama adolescente. Definitivamente, é agradável acompanhar a descoberta e evolução da jovem, grande fã de uma heroína que a faz vestir-se igual numa convenção. Tudo o que acontece na trama de "Ms. Marvel" contribui. E nesse episódio há  contextualização histórica e constatação sobre quem Kamala Khan é, de fato. E, claro, termina com um tremendo gancho protagonizado por Bruno e Kamran. Incrível!

 

Seriado: Ms. Marvel
Episódio: "Time And Again"
Elenco: Kamala Khan (Iman Vellani), Bruno Carrelli (Mall Lintz), Nakia Bahandir (Yasmeen Fletcher), Kamran (Rish Shah), Yusuf Khan (Mohan Kapoor), Muneeba Khan (Zenobia Shroff), Zoe Zimmer (Laurel Marsden), Najma (Nimra Bucha), P. Cleary (Arian Moayed), Najaf (Azhar Usman), Tyesha Hillman (Travina Springer)
Exibido em 6 de julho de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: Teatro Vivo: comédia musical "Bom Dia Sem Companhia", de Vitor Rocha

Com formato inédito, espetáculo problematiza o incentivo que as crianças recebem para que se tornem criadoras de conteúdo, além de temas como ansiedade, solidão e síndrome do impostor. Foto: Dalila Rodrigues

Escolhido pela revista Forbes como um dos 90 jovens mais bem-sucedidos no país, o ator, diretor e dramaturgo Vitor Rocha faz uma nova temporada do musical "Bom Dia Sem Companhia" no Teatro Vivo, entre os dias 3 de agosto e 29 de setembro, com apresentações às quartas e quintas, às 20h. Com direção musical e arranjos de Elton Towersey, o espetáculo foi criado durante a pandemia de covid-19 em formato inédito: uma peça musical também pensada para uma versão cinematográfica.

“Bom Dia Sem Companhia” conta a história de Vini (Vitor Rocha) e Lara (Luiza Porto), dois ex-apresentadores mirins que são convidados a gravar, ao vivo, um especial de 10 anos do antigo programa que comandavam, o “Vini e Lara Show”. O convite os leva a reviver memórias boas e ruins, as alegrias e frustrações e faz com que eles levem esses conflitos para suas sessões de terapia. A obra deixa evidente as marcas que o sucesso do passado deixaram em suas vidas e na amizade entre os dois. 

Assuntos atuais, discutidos ao longo desse mais de um ano de pandemia, são trazidos na peça. Os destaques vão para a terapia e o alerta sobre o incentivo a crianças gerarem conteúdo, principalmente por conta das redes sociais. Outros temas como ansiedade, solidão e síndrome do impostor, também são abordados na peça. 

A peça é dirigida por Alonso Barros e produzida pelo Encanto Artístico e Enxame Produções Culturais. O elenco é composto pelo próprio Vitor Rocha, que está em cena ao lado de Luiza Porto, Ana Bia Toledo, Letícia Helena, Luci Oliveira, Mikael Marmorato, Renan Rezende e Thiago Venturi. A produção também tem participação especial de Anna Beatriz Simões, Lorenzo Tarantelli, Hugo Picchi e Marilice Cosenza. 


Sinopse
O espetáculo conta a história de Vini (Vitor Rocha) e Lara (Luiza Porto), dois ex-apresentadores mirins que são convidados a reviver seu antigo programa em um especial que será gravado ao vivo 10 anos depois do fim da atração. Entre memórias boas e ruins, alegrias e frustrações, eles relembram os tempos em que eram amados pelo país inteiro e enfrentam as marcas que o sucesso deixou na história de cada um e na amizade deles também. Com criatividade e músicas originais até mesmo uma sessão de terapia pode ser divertida enquanto passeia por temas tão temidos e atuais como a síndrome do impostor, ansiedade, insegurança e comparação. 


Ficha técnica
Idealização, texto e letras: 
Vitor Rocha
Músicas: Elton Towersey
Direção: Alonso Barros
Direção musical e arranjos: Elton Towersey
Direção de movimento e coreografia: Alonso Barros
Direção de arte, cenário e figurinos: Juliana Porto
Confecção de bonecos: Renan Luchon
Desenho de luz: Marina Gatti
Desenho de som: Paulo Altafim através da AUDIO S.A.
Elenco: Luiza Porto, Vitor Rocha, Ana Bia Toledo, Letícia Helena (swing), Luci Oliveira, Mikael Marmorato, Paulo Alves (swing), Renan Rezende e Thiago Venturi
Participação especial: Anna Beatriz Simões, Lorenzo Tarantelli, Hugo Picchi e Marilice Cosenza
Produção: Luiza Porto e Vitor Rocha
Assistência de produção, fotografia e redes sociais: Victor Miranda
Operador de som: AUDIO S.A.
Operador de trilha: Gustavo Fló
Realização: Encanto Artístico e Enxame Produções Culturais
Equipe audiovisual: Vienna Filmes 


Serviço
"Bom dia Sem Companhia", de Vitor Rocha
Temporada:
3 de agosto a 29 de setembro
Às quartas e quintas, às 20h
Teatro Vivo - Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460, Vila Cordeiro
Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada)
Venda on-line em bileto.sympla.com.br/event/74950/d/148661/s/972887
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos

.: "Trava Bruta" tem nova temporada no Teatro do Sesc Belenzinho

Espetáculo é um manifesto sobre a experiência de Leonarda Glück com a transexualidade e marca os 25 anos de carreira da artista, que já se apresentou em países da Europa e América Latina. Créditos: Silvia Machado I MITsp
 

“Todos, todas e todes vieram em seguida. Leonarda já estava lá. E é verdade que era bruta, uma força bruta. Ácida. Puro escárnio, e palavras cortantes. Palavras-ponta-afiada. Lançava-as. Tratava-se de um treinamento constante. Tratava-se de uma metodologia. Tratava-se de resiliência. Ou nada disso Chegou lapidada. Entendemos depois. Chegou pronta. Emancipada. Cedo. Antes que as teorias todas nos fossem familiares” Artigo de Amabilis de Jesus, TeatroJornal

Após passar por dois dos maiores eventos de artes cênicas do Brasil, a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo e o Festival de Teatro de Curitiba, o solo "Trava Bruta", de Leonarda Glück, ganha uma nova temporada em São Paulo, no Sesc Belenzinho, entre os dias 22 de julho e 7 de agosto.

O espetáculo é um manifesto que parte da experiência transexual da autora, e estreou em 2021, ano em que a artista celebrou seus 25 anos de carreira, propondo uma ponte e também um contraponto entre o contexto artístico e a atual conjuntura política e social do Brasil no campo da sexualidade.

Com ampla trajetória no campo das artes cênicas brasileiras, Leonarda fundou importantes coletivos nacionais como a Companhia Silenciosa e a Selvática Ações Artísticas e apresentou seus trabalhos em diversos países da Europa e América Latina. Esta é, porém, a primeira vez em que a artista aborda exclusivamente a questão da transexualidade em uma de suas criações. Para tanto, o espetáculo busca tensões entre a ficção e a realidade, costurando diversas camadas de artificialidade, como videoprojeções, efeitos sonoros, filtros de redes sociais (que modificam a aparência da atriz em tempo real) e artifícios de figurino, que ora revelam, ora ocultam. 

Leonarda conta que começou a escrever o texto para a peça em 2018 em Curitiba, sua cidade natal, antes de se radicar em São Paulo. “Me veio uma possível angústia repentina: a de talvez não ter conseguido em outro momento antes escrever tão intimamente sobre o assunto da transexualidade, e seus efeitos na minha mente e na vida social da qual faço parte”, diz Leonarda, que arrastou por meses a tarefa de terminar o texto.

A direção da obra ficou a cargo de Gustavo Bitencourt, parceiro de Glück há mais de 20 anos. Juntos os dois já desenvolveram criações em performance, dança e teatro, com destaque para Valsa Nº 6, montagem do texto de Nelson Rodrigues premiada pela Funarte, feita em 2012 na ocasião do centenário do autor. A produção é da Pomeiro Gestão Cultural, produtora que realiza a gestão dos projetos de Leonarda.

Quando foi convidado para dirigir o espetáculo, Gustavo Bitencourt ficou com um pouco de medo. “Porque era um texto que falava muito da experiência dela como mulher trans no Brasil. Onde é que eu ia poder contribuir nisso? O que é que eu sei disso? Mas lendo e relendo, fui vendo o quanto esse texto também fala de muitas coisas que dizem respeito a todo mundo, e que era importante que a gente olhasse tanto pro que tem de específico nesse contexto do qual ela fala, quanto pra onde essa história se conecta com outras tantas”. Partindo daí, ele conta que foram entendendo o texto de "Trava Bruta" como um jeito de falar de coisas que são reais e concretas e nem por isso menos ficcionais.

Leonarda e Gustavo, então, se encontraram na ideia de ficção, como nos diz o diretor. Para Gustavo, o ponto chave da ideia de ficção explorada no trabalho encontra-se no fato de que “algumas ficções são permitidas e outras não. Quando se trata de gênero, as pessoas tendem a ficar muito assustadas”. "Ttava Bruta" desloca o seu olhar para um dos principais dilemas culturais, políticos e sociais de hoje: a ideia da diversidade.

Neste caso, ela se refere muito mais ao lugar ocupado pelas pessoas trans na sociedade brasileira e mundial. Leonarda é enfática: “Chego aqui com a certeza de que o herói macho branco, heterossexual, cristão e suas ideias precisam urgentemente ser substituídos, trocados ou mesmo revisitados por outros ângulos. Estão chatos. De alguns eu ainda gosto muito, mas estão chatos”.

A temporada do trabalho no Sesc Belenzinho possui um caráter especial para o espetáculo, como conta Igor Augustho, coordenador de produções da Pomeiro Gestão Cultural: “Nossa temporada de estreia em 2020, teria 20 apresentações. Em função da pandemia, acabamos realizando presencialmente apenas seis delas, já em 2021. Depois passamos pelo Festival de Curitiba e pela MIT, em apresentações pontuais, e o retorno do público foi bem interessante. Estamos muito contentes em voltar para São Paulo agora e ter mais chances de fazer com que o público paulistano assista à peça". 


Ficha técnica:
Criação, texto e interpretação:
Leonarda Glück
Direção: Gustavo Bitencourt
Trilha original: Jo Mistinguett
Luz: Wagner Antônio
Assistente de iluminação: Dimitri Luppi
Criação em vídeo e projeções: Ricardo Kenji
Figurino: Fabianna Pescara e Renata Skrobot
Direção de produção: Igor Augustho
Produção executiva: Lydia Arruda
Design gráfico e identidade visual: Pablito Kucarz
Ilustração: André Costa
Fotografias e registro audiovisual: Alessandra Haro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Pichetti e Helô Cintra)
Assessoria em marketing digital: Platea Comunicação e Arte
Assessoria jurídica e contábil: Ivanes Mattos
Produção: Pomeiro Gestão Cultural


Serviço:
"Trava Bruta", de Leonarda Glück
Temporada:
22 de julho a 7 de agosto de 2022.
Sextas e sábados às 21h30. Domingos às 18h30.
Local: Sala de Espetáculos I
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 9 (credencial Sesc)
Vendas on-line no site sescsp.org.br. Venda presencial.
Classificação: 18 anos.
Duração: 70 minutos


Sesc Belenzinho
Endereço:
rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho/São Paulo.
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento.
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12 a primeira hora e R$ 3 por hora adicional.
Para espetáculos pagos, após as 17h: R$ 7,50 (credencial Plena do Sesc - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo). R$ 15 (não credenciados).
Transporte público.
Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

.: "Fortuna"- comédia estrelada por Maya Rudolph é renovada


A Apple TV+ anuncia a renovação para a segunda temporada de “Fortuna" ("Loot"), comédia de sucesso produzida e estrelada pela vencedora do Emmy Maya Rudolph (“Saturday Night Live”, “Missão Madrinha de Casamento”), e pelos criadores vencedores do Emmy Alan Yang (“Little America”, “Master of None”) e Matt Hubbard (“30 Rock”, “Forever”).

A notícia chega logo após a estreia da primeira temporada, bem como o anúncio de um novo contrato de vários anos com a Animal Pictures, a produtora administrada pelas produtoras executivas da série - Maya Rudolph, Natasha Lyonne e Danielle Renfrew Behrens.

"Agradeço à Maya, Alan, Matt e todo o elenco incrivelmente talentoso de 'Fortuna' junto à equipe criativa, que criou uma série cheia de personagens cativantes e momentos hilários e emocionantes ao longo de cada episódio”, disse Matt Cherniss, chefe de programação da Apple TV+. “Esta série conquistou os corações do público por todo o mundo e mal podemos esperar pela segunda temporada”.
 
Desde sua estreia na Apple TV+ em 24 de junho, “Fortuna” atraiu o público e foi aclamada pela crítica como “hilária e reconfortante”, “um verdadeiro encanto”, uma “sitcom sobre trabalho imensamente divertida” e “uma comédia com tanto calor quanto humor”. A cada semana, a série ainda continua a receber elogios pelas interpretações de seu elenco. Além de Rudolph, o elenco de “Fortuna” é liderado pelas estrelas Michaela Jaé Rodriguez (Vencedora do Globo de Ouro por "Pose"), Ron Funches (“Undateable”), Nat Faxon (“Married”) e Joel Kim Booster (“Sunnyside”).
 
Em “Fortuna”, a bilionária Molly Novak (Rudolph) tem a vida dos sonhos, com jatinhos privados, uma enorme mansão, um grande iate e tudo que seu coração deseja. Mas, quando seu marido de 20 anos a trai, ela se descontrola publicamente e se torna o material perfeito para os tabloides de fofocas. Prestes a chegar ao fundo do poço, ela descobre que tem uma organização de caridade liderada pela pragmática Sofia Salinas (Rodriguez), que, por sua vez, pede a Molly para parar de gerar má publicidade. 

Com o dedicado assistente Nicholas (Kim Booster) ao seu lado, a ajuda de Sofia e de uma nova equipe - que inclui o educado contador Arthur (Faxon) e seu primo otimista e fã da cultura pop, Howard (Funches) - Molly embarca numa jornada de autoconhecimento. Nesta série, ajudar aos outros pode ser exatamente o que ela precisa para voltar a ser ela mesma.

“Fortuna” tem criação, roteiros e produção executiva de Yang e Hubbard. Rudolph trabalha como produtora executiva ao lado de Natasha Lyonne e Danielle Renfrew Behrens pela Animal Pictures. Dave Becky também é produtor executivo pela 3 Arts. “Fortuna” é produzida para a Apple pela Universal Television, uma divisão da Universal Studio Group.

O projeto marca a segunda colaboração entre a Apple TV+ e Yang após a série de antologia “Little America”, indicada ao Spirit Awards, o BAFTA e o NAACP Image Award (Prêmio da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor). A segunda temporada de “Fortuna” se junta à lista em crescimento de comédias originais premiadas e de sucesso mundial na Apple TV+, incluindo “Ted Lasso”, “Mythic Quest”, “Schmigadoon!”, “Depois da Festa” e muito mais.

.: Universal Music Group torna-se a casa da obra de Frank Zappa

 

Empresa adquire gravações, catálogo de canções, imagens e conteúdo integral dos arquivos do legendário artista americano, ativista pela liberdade de expressão e ex-embaixador cultural da Checoslováquia,  reconhecido mundialmente como compositor e guitarrista genial


A Universal Music Group (UMG), líder mundial em entretenimento baseado em música, anunciou um acordo com Moon, Dweezil, Ahmet e Diva Zappa (membros do Zappa Trust) para adquirir as obras de Frank Zappa, incluindo suas incontáveis gravações, o catálogo editorial de canções antológicas, o arquivo de filmes e o conteúdo integral do que está guardado em The Vault, depósito mítico que abriga suas gravações. Esse conteúdo abrange toda a prolífica carreira de quatro décadas do músico legendário, aclamado compositor, guitarrista virtuoso e ativista de destaque.

Com a aquisição, que inclui ainda o nome e a imagem de Frank Zappa, a Universal Music Enterprises (UMe), empresa de catálogo global da UMG, e o Universal Music Publishing Group (UMPG), principal editora de música da empresa, vão trabalhar juntas. Elas partem do bem sucedido histórico da empresa com o Zappa Trust para amplificar a projeção de Frank Zappa como pioneiro, iconoclasta, músico brilhante e artista destemido que desafiou a música e a cultura de seu tempo com visões anticonvencionais, sempre defendidas de forma intransigente.

Sob o novo acordo, o UMPG adquire o catálogo editorial completo de Zappa, incluindo “Watermelon In Easter Hay”, “Cosmik Debris”, “Peaches En Regalia”, “Uncle Remus”, “Joe’s Garage” e centenas de outros. Descrito pela revista “American Songwriter” como um “gênio da composição”, Zappa é conhecido por escrever canções com conselhos sábios (“Don't Eat The Yellow Snow”), críticas culturais astutas (“Valley Girl” e “Trouble Every Day”), sátiras da disco music (“Dancin' Fool”) e também composições orquestrais sérias (“The Perfect Stranger” e “Strictly Genteel”).

O Zappa Trust declarou: “Há dez anos, Gail Zappa fez uma parceria com a UMe para trazer a música de Frank Zappa para a era digital e ajudar a expandir os negócios de Frank Zappa mundo afora, colocando em movimento uma parceria frutífera que resultou em crescimento exponencial. Na última década, juntos, disponibilizamos o vasto catálogo de música de Frank para streaming e download, reeditamos muitos de seus álbuns em vinil, criamos uma série de lançamentos empolgantes e conjuntos de caixas expansivas, incluindo uma série comemorativa dos lendários concertos de Halloween da FZ, e fomos indicados para um Grammy® pelo álbum orquestral ‘200 Motels (The Suites)’. A UMG tem mais do que provado sua paixão pela arte de Frank. Por isso toda a família Zappa - Moon, Dweezil, Ahmet e Diva - está entusiasmada ao passar o bastão para os novos gestores definitivos de todas as coisas que envolvem Frank Zappa. Os velhos e novos fãs terão mais do que querem - mais música de Frank Zappa para os próximos anos! Frank lançou seu primeiro álbum em 1966 pela Verve Records, foi o álbum de estréia do Mothers Of Invention, ‘Freak Out!’. Então este é um momento muito completo: mais de cinco décadas depois, sabemos que sua música e seu legado estarão nas melhores mãos possíveis para as gerações vindouras”.

O presidente e CEO da UMe Bruce Resnikoff disse: “Foi um privilégio trabalhar com a família Zappa para lançar a música de Frank Zappa no mundo inteiro, aumentar seu público e proteger seu legado durante a última década. Zappa foi um artista pioneiro e visionário que criou um corpo incrível de trabalho e estamos incrivelmente orgulhosos de que Gail, e agora, seus filhos, nos confiaram seu importante legado. Continuaremos a desenvolver formas inovadoras de celebrar seu vasto e influente catálogo, tanto para os antigos fãs quanto para aqueles que acabam de descobrir sua genialidade. Como um artista prolífico bem à frente de seu tempo, Frank Zappa estava constantemente criando e gravando. Ele deixou em seu The Vault um tesouro extraordinário de músicas e vídeos ainda não lançados que nos ajudará a inaugurar a próxima era dos fãs de Frank Zappa”.

Marc Cimino, presidente do Universal Music Publishing Group, disse: “Uma voz poderosa na música e na cultura, Frank Zappa foi um dos artistas mais brilhantes de seu tempo. Temos a honra de receber o influente catálogo de canções de Zappa, depois que seus herdeiros escolheram a UMG para cuidar de sua arte e fazer crescer seu imenso legado em todo o mundo”.

Durante a última década trabalhando em sintonia, o Zappa Trust e a UMe revitalizaram o catálogo de Frank Zappa através de um fluxo constante de emocionantes lançamentos de arquivos, reedições em vinil de álbuns clássicos e iniciativas de streaming. Isso acabou tornando sua música mais amplamente disponível em todo o mundo do que nunca. A UMG tem aumentado o fluxo de músicas de Zappa em porcentagens de dois dígitos a cada ano e recentemente grande parte do catálogo de Zappa foi disponibilizada em Hi-Res Audio (áudio de alta resolução) para download e streaming pela primeira vez. A partir dos esforços multifacetados da UMe e do Zappa Trust, e do aclamado documentário “Zappa”, de Alex Winter, lançado em 2020, Zappa e sua música experimentaram uma nova popularidade. Duas décadas após sua morte, ela só faz crescer. 

Em 2012, Zappa Records e o Zappa Trust - liderado por sua viúva, Gail Zappa  -   disponibilizaram digitalmente pela primeira vez todo o catálogo gravado de Zappa através de uma parceria com a UMe, com metade dos álbuns remasterizados a partir das fontes analógicas originais e os álbuns restantes retransferidos e preparados a partir das fitas digitais originais para CD, streaming e download. Muitos álbuns também foram remasterizados para reedição em vinil.

Pouco tempo depois, o Zappa Trust assinou com a UMe um contrato global de licença e distribuição que proporcionou o lançamento de 60 das gravações do Zappa. Em 2015, eles firmaram um acordo de licenciamento global de longo prazo para todo o catálogo de gravações do Zappa, bem como a participação da administração de direitos em todo o restante do cânone criativo do artista. A parceria cresceu e tornou-se uma licença expandida com Resnikoff e UMe que também inclui novos lançamentos de produtos, licenciamento de marcas registradas, filmes e produções teatral.

Até o momento, houve 122 lançamentos oficiais de Frank Zappa. Mas isso é apenas a ponta do iceberg que o futuro reserva, representa uma pequena fração das gravações do riquíssimo The Vault de Zappa. Um documentador obsessivo, ao longo da vida Zappa gravou quase todas as sessões, ensaios, apresentações ao vivo e mesmo as jams informais de que participou, usando uma variedade de formatos de áudio e vídeo. A UMG planeja mergulhar em The Vault para novos projetos de arquivo nas próximas décadas. Além disso, com o nome e a imagem de Zappa, a UMG envolverá fãs atuais e novos públicos globais com produtos de merchandising, filmes, experiências interativas, NFTS e outros projetos Web3 de próxima geração.

Dos primórdios psicodélicos no rock até as experiências de vanguarda, explorações jazz-rock, suítes sinfônicas e paródias debochadas, Zappa sempre esteve ligado a inovações conceituais, composicionais e tecnológicas. Em 1990, ele foi nomeado por Vaclav Havel, então presidente da Checoslováquia, Embaixador Especial para Comércio, Cultura e Turismo. Zappa quebrou as regras a cada passo do caminho: hoje sua influência e ethos continuam a reverberar fortes como sempre.

Em uma carreira sem precedentes, incrivelmente prolífica, Frank Zappa lançou em vida mais de 60 álbuns inéditos como artista solo e com suas bandas, The Mothers of Invention e The Mothers. Do rock psicodélico do álbum de estréia de 1966, com The Mothers Of Invention, “Freak Out!” (um dos primeiros álbuns duplos no rock), à fusão jazz-rock de “Hot Rats”, de 1969, ao empurrão experimental e envolvente do “Uncle Meat” de 1969 e da trilha sonora surrealista de 1971, “200 Motels”, às composições orquestrais de seus últimos anos, o incansável impulso artístico de Zappa o empurrou para uma vertiginosa variedade de mundos musicais, nunca se contentando em ficar em uma região por muito tempo.

Além desses álbuns, alguns dos muitos destaques de sua volumosa discografia de estúdio e ao vivo incluem “We're Only in it for the Money” (1968), “Burnt Weeny Sandwich” (1970), “Chunga's Revenge” (1970), “Apostrophe (')” (1974), “Zoot Allures” (1976), “Zappa In New York” (1978), “Joe’s Garage” (1979), “Sheik Yerbouti” (1979), “Ship Arriving Too Late To Save A Drowning Witch” (1982), “Jazz From Hell” (1986) e “The Yellow Shark” (1993).

Após o falecimento de Frank Zappa em 1993, houve mais de 60 lançamentos póstumos, começando com “Civilization Phaze III”, de 1994, e abrangendo o último álbum de Zappa concluído antes de sua morte, “Dance Me This”, lançado em 2015 como seu 100º álbum, para elaborar e expandir conjuntos de caixas incluindo álbuns como “200 Motels”, “Hot Rats”, “Orchestral Favorites” e “Zappa In New York”, bem como edições super deluxe de seus lendários concertos de Halloween, completos com fantasias, e outros favoritos ao vivo como “The Roxy Performances”. Lançamentos recentes incluem “Zappa '88: The Last U.S. Show”, um conjunto de caixas intitulado “The Mothers 1971”, que celebra a formação de Zappa 1971, e “Zappa/Erie”, uma coleção de seis discos que reúne um trio emocionante de concertos inéditos que o maestro realizou em Erie, Pensilvânia, e arredores, entre 1974-76.

Frank Zappa morreu de câncer de próstata quando tinha 52 anos. Foi compositor, guitarrista virtuoso, compositor, defensor dos direitos dos artistas, provocador, inimigo incansável da censura, pioneiro musical e embaixador cultural da Tchecoslováquia. Ele foi admitido postumamente no Rock and Roll Hall of Fame em 1995 e em 1997 recebeu o prêmio Grammy® peo conjunto da obra, Lifetime Achievement.


terça-feira, 19 de julho de 2022

.: “O Sumiço do Baba-Balloon”, de Renato Moriconi, a verdade e a lorota

Autor reconhecido e vencedor de prêmios literários, Renato Moriconi, publica o livro “O Sumiço de Baba-Balloon”, pela Editora Scipione, que pode ser um instrumento de aprendizado para as crianças sobre a disseminação de fake news.


Assim como na vida real, “O Sumiço do Baba-Balloon”, escrito por Renato Moriconi, é uma história que, situada nas águas profundas do oceano, navega entre a verdade e a lorota. Neste caso, quem criam as lorotas são os espadartes, uma espécie de peixe que parece ter uma espada na cabeça, característica pela qual eles próprios são alvo de lorotas.

Obviamente, os protagonistas são conhecidos pelos outros animais marinhos como os mais mentirosos do reino. Cansados e indignados com todas as invenções, os seres se reúnem em uma assembleia para “dar um basta” na situação. O livro, publicado pela editora Scipione, vem para proporcionar debates acerca do limite e das nuances da mentira e das maneiras de combatê-la.

A narrativa traça um paralelo com a história de Pinóquio, sendo possível estabelecer também uma ligação com “O Pastor e o Lobo”, fábula infantil cujo desfecho permite refletir sobre as consequências negativas da mentira. Por isso, “O Sumiço do Baba-Balloon” possibilita o pensamento crítico, científico e até mesmo criativo, uma vez que se trata de um conto contemporâneo que abarca fantasias e fábulas.

O “Baba-Balloon” ao qual se refere o título diz respeito a uma carga valiosa que se encontra perdida no mar, procurada incessantemente pela polícia costeira. Essa autoridade, por sua vez, esbarra em um boato envolvendo os espadartes. Mas, entre o mar e a terra, cabe ao leitor decidir no que se deve acreditar. A história instigante, que incentiva o jovem leitor a ter autonomia de interpretação sobre a verdade, pode ser também relacionada com a atualidade e a propagação das fake news, assunto carente de atenção devido à sua rápida disseminação. 

A pessoa por trás da criação do conto, das ilustrações e até mesmo do lettering que compõe o livro é Renato Moriconi, artista plástico e designer gráfico. O autor possui mais de quarenta livros publicados no Brasil e em outros lugares do mundo, como França, México e Coreia do Sul. Recebeu alguns prêmios ao longo de sua carreira, como o de Melhor Livro-Imagem, em 2011, e de Melhor Livro Para a Criança, em 2012, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Além disso, foi finalista do prêmio Jabuti 2011 em duas categorias: Melhor Ilustração Infantil e Melhor Livro Infantil. Você pode comprar o livro “O Sumiço do Baba-Balloon”, escrito por Renato Moriconi, neste link.


Livro: "O Sumiço do Baba-Balloon"
Autor e ilustrador: 
Renato Moriconi
Editora: Scipione
Formato:
20,5 x 27,5 cm
Páginas: 48
Link na Amazon: https://amzn.to/3PiCsnk

.: "Barba Azul" na Mostra Solo Mulheres no Teatro de Contêiner

Barba Azul, solo da atriz e dramaturga Lígia Fonseca, integra a programação da Mostra Solo Mulheres, em julho de 2022. O projeto foi criado para difundir trabalhos artísticos solos concebidos por mulheres da cena atual e conta com sete performances, dois filmes, duas vídeo-instalações, seis aberturas de processo, 12 espetáculos, um show e quatro oficinas. Foto: Andrea Pimont.


Atriz e dramaturga, Lígia Fonseca estreia o solo "Barba Azul" na Mostra Solo Mulheres. A peça se passa em um programa televisivo de culinária, onde a apresentadora começa a contar, através dos ingredientes e modo de preparo da receita, a história ancestral “Barba Azul”.

Trata-se, na verdade, de um pano de fundo para revelar uma relação de abuso sofrida por ela. Os ingredientes têm os nomes dos personagens do conto, que, por sua vez, estão no lugar dos personagens reais da história vivida. Cada parte do conto conta um pouco mais sobre o que ela, até então, escondia.


Sobre Lígia Fonseca:
É atriz, dramaturga e mãe. Sua formação teatral se deu na PUC-SP (Comunicação Artes do Corpo), Unicamp (Artes Cênicas), Casa de Artes Operária e SP Escola de Teatro. Em dança, estudou ballet, jazz e sapateado na Especial Academia de Ballet, da mestra Aracy De Almeida e no Grupo Raça. Seus trabalhos mais recentes são: “Acorda, Alice”, com o núcleo de pesquisa do Grupo XIX de Teatro (direção de Juliana Sanches); “Interditos” (direção de Nelson Baskerville); “O Relato de uma Morte que Aconteceu na Esquina”, com o Grupo Folias (direção de Rogério Tarifa); performance “Encanto”, com a Velha Cia (direção de Kiko Marques); “Maratona” com o Grupo Galpão (direção de Júlio Maciel e Inês Peixoto).

Atualmente, faz parte do Núcleo Musical da Cia do Tijolo e do Núcleo de Dramaturgia Feminista, liderado por Maria Giulia Pinheiro, com o qual lançou o livro “Mentiras e outros pequenos furtos - um inventário da verdade”, 2021, pela Editora Urutau. “Barba Azul”, dramaturgia dessa peça, será publicada agora em 2022, pela mesma editora.


Ficha técnica:
Concepção, atuação e dramaturgia: 
Lígia Fonseca.
Direção e o desenho de luz: Nelson Baskerville.
Produção: Lígia Fonseca e Ana Elisa Mattos.
Trilha sonora: Lígia Fonseca.
Cenário: Lígia Fonseca e Nelson Baskerville.
Direção multimídia: Alexandre Passos.
Arte do programa e das mídias: Victoria Moliterno.
Desenhos: de Cora Maria.
Apoio geral: equipe do Teatro de Contêiner.


Serviço:
"Barba Azul"
Dia 28 de julho, quinta-feira, às 20h30
Teatro de Contêiner: rua dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia/São Paulo
Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia)
Link para compra: https://linktr.ee/mostrasolomulheres


.: Maior banda de rock, Rolling Stones completa 60 anos


O ano de 2022 é um marco na longa carreira da lendária banda Rolling Stones. Isso porque o quarteto completa 60 anos de uma bem-sucedida e premiada carreira. Para dar início às comemorações de uma data tão emblemática, o grupo divulgará em agosto um documentário de quatro episódios chamado “My Life as a Rolling Stone”. A produção conta a história da banda com um retrato individual e único de Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e o falecido baterista Charlie Watts.

Narrado por Sienna Miller e dirigido por Oliver Murray e Clare Tavernor, o documentário revela entrevistas inéditas, performances antigas, diversas histórias de bastidores e muito mais. Além da obra, o grupo segue pela Europa com a turnê “Sixty”, também em comemoração pelo marco na trajetória. Até o final deste mês, eles se apresentam em países como França, Áustria, Alemanha e Suécia. Confira as datas: https://rollingstones.com/tour. No site oficial da banda, os fãs podem encontrar mais de 50 discos especiais, incluindo “Honk”, de 2019, lançados ao longo destes 60 anos. Não perca: https://sixty.rollingstones.com.

No dia 12 de julho de 1962, no Marquee Club, em Londres, o grupo se reuniu para fazer seu primeiro show ao vivo. Depois disso, em 1969, os Rolling Stones ficaram marcados por uma apresentação icônica no Hyde Park para mais de 200 mil pessoas. A banda de rock britânica é considerada uma das maiores, mais antigas e mais bem-sucedidas de todos os tempos. Com mais de 250 milhões de álbuns vendidos no mundo inteiro, os Rolling Stones são considerados símbolos de mudanças comportamentais e musicais da década de 60, além de serem relacionados com o importante movimento da contracultura.

Donos de Grammys e inúmeros hits, como “Satisfaction”, “Start Me Up”, “Miss You”, “You Can’t Always Get What You Want”, entre muitos outros, o grupo liderado por Mick Jagger segue na ativa e sem indícios de que irá parar. Os verdadeiros ícones do rock, que já se apresentaram três vezes no Brasil, seguem apostando na irreverência e autenticidade de cada integrante para arrastar multidões ao redor do mundo.

.: "Cinco Dias no Hospital Memorial": série une Vera Farmiga e John Ridley


A Apple TV+ lança trailer de “Cinco Dias no Hospital Memorial” ("Five Days at Memorial"), nova série limitada que estreia na sexta-feira, 12 de agosto, com seus primeiros três episódios, seguidos por novas estreias semanais até 16 de setembro. A produção é baseada em eventos reais sobre as consequências Furacão Katrina. A produção é do vencedor do Oscar, John Ridley (por "12 Anos de Escravidão") e do vencedor do Emmy, Carlton Cuse (“Jack Ryan”, “Lost”), e estrelada pela indicada ao Emmy Vera Farmiga (“Bates Motel”), por Robert Pine (“CHiPs”) e a vencedora do Emmy Cherry Jones (“Transparent”, “Succession”).

“Cinco Dias no Hospital Memorial” foi escrita a partir do livro "Five Days at Memorial: Life and Death in a Storm-Ravaged Hospital", da jornalista Sheri Fink, que recebeu com o obra o Prêmio Pulitzer de Reportagem Investigativa de 2010. A história e conta os eventos reais após o impacto do Furacão Katrina e suas consequências em um hospital em New Orleans (EUA). Quando as águas subiram, a luz acabou e o calor aumentou, enfermeiros exaustos foram forçados a tomar decisões que os impactaram por anos. 

A série limitada em oito episódios tem produção executiva e roteiro de Cuse e Ridley; é dirigida por Cuse, Ridley e Wendey Stanzler (“Sex and the City”, “For All Mankind”, “Dispatches From Elsewhere”) e estrelada também por Julie Ann Emery (“Better Call Saul”, “Preacher”), Cornelius Smith Jr. (“Escândalo - Os Bastidores do Poder”, “Self Made: Inspired by the Life of Madam C.J. Walker”), Adepero Oduye (“O Falcão e o Soldado Invernal”, “Pariah”), Molly Hager (“Happyish”, “It’s Kind of a Funny Story”), Michael Gaston (“Ponto Cego, “The Leftovers”) e W. Earl Brown (“Deadwood”, “Preacher”). “Cinco Dias no Hospital Memorial” é uma produção da ABC Signature, subsidiária da Disney Television Studios.

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